Download - Analisando a "Vida em Directo"
Qual o significado do título?
• o show é Truman – sem ele, não haveria programa;• é um reality-show, que mostra a vida de pessoas “reais”;• “febre” do directo: o que é “em directo” é real?
Filme realizado numa época em que os media eram alvo detoda a crítica
Os media controlam toda a informação e chegam aquestionar-se a si próprios
Filme realizado para questionar a forma como os media e, em
especial, a TV manipulam a opinião pública, criam ficçãoe mascaram certos factos
Para tal, o filme mostra-nos um personagem – TrumanBurbank - que vive num mundo de ficção, uma invenção dosmedia
Truman, e unicamente ele, não tem ideia de que se encontranum gigante estúdio de TV, à medida que o resto dahumanidade o observa
Truman Burbank (Carrey) vive em Seahaven,
um verdadeiro paraíso terrestre onde as
pessoas parecem coexistir no meio da utópica
alegria de uma série de TV dos anos 50. Ele é
casado com Meryl (Linney), mas o seu
casamento não é dos mais felizes. Truman
começa a aperceber-se que as aparências
iludem, e que o ambiente onde vive é
meticulosamente controlado, pois o paraíso é
apenas um gigantesco e sofisticado cenário de
um programa de televisão, criado e
desenvolvido por um homem chamado
Christof (Harris).
• Qual é o seu “papel”?– O criador (Deus?...)
• Truman é a criatura?– Truman olha para a lua à noite - a
natureza ou Deus -, não sabendo que o seu olhar se dirige para Christof (um nome nada subtil). A religião das pessoas "reais" é a televisão (uma idosa poderia ter uma almofada com a cara do Papa, mas não pode entreter-se a seguir a sua vida em directo). O mundo das aparências e o desejo de compreender e alcançar o que está mais além, sempre foi um grande ensejo dos filósofos. A própria natureza humana é posta à prova. Truman é "programado" para não deixar a ilha em que vive, e, consequentemente, deseja conhecer o que está no outro lado do mundo, tal como Fernão de Magalhães
Um verdadeiro paraíso
terrestre onde as pessoas
parecem coexistir no meio da
utópica alegria de uma série
de TV dos anos 50.
Truman começa a aperceber-
se que as aparências iludem,
e que o ambiente onde vive é
meticulosamente controlado,
pois o paraíso é apenas um
gigantesco e sofisticado
cenário de um programa de
televisão, criado e
desenvolvido por um homem.
Meryl é uma simples
marioneta da empresa:
não sabe porque faz o
que faz, mas faz na
mesma.
Não é dotada de
qualquer espírito crítico
ou vontade própria…
Marlon, o “amigo de Truman” que faz por
cumprir ordens, compreende a vontade de
fugir de Truman, mas obedece sempre à
empresa.
Faz-se acompanhar de um “six-pack of
beer”.
Sylvia, a mulher dos sonhos de Truman,
é a única que tenta impedir que a
“exploração” de Truman continue a
acontecer.
A sua vida é representada em palco, exibida num programa “non-stop” quedeixa as audiências se deleitarem com um pouco de pathos (sofrimento) ealguma emoção os quais se tornam viciantes
A audiência, no filme, congratula-se com a felicidade e a tristeza deTruman, tal como nós nos identificamos com ele, vivenciamos os seusdramas, sofremos, gostamos, odiamos,…
Enquanto isso, o produtor-realizadorganha milhões, fazendo-se passar por“Deus” na vida de Truman
Quando Truman sai do cenário,demonstra uma postura crítica peranteo mundo que o rodeia, liberta-se dessemundo composto meramente poractores que vivenciam situações numacidade circunscrita por uma plataformade alta tecnologia, onde o sol e a chuvasão meros efeitos especiais
Truman vive num mundo ficcionado pelos media, tal como nós queaceitamos o que os media e, em especial, a TV, nos oferecem;
O seu receio em abandonar aquele mundo é idêntico à nossa
passividade perante os programas aos quais assistimos que nos
induzem ao divertimento, ao entretenimento, longe dos problemas doquotidiano
No entanto,
Quando Truman sai do cenário, este demonstra uma postura crítica perante aquele mundo, liberta-se dele e analisa criticamente a atitude do produtor-realizador
Esta deverá ser a nossa postura perante os media
Devemos criar uma postura crítica, assumindo um distanciamento entre
aquilo a que estamos expostos e a imagem do mundo que nos é dada Neste filme, também nós, espectadores, somos analisados como vilões,
vítimas e heróis, à semelhança do agente de seguros Truman Burbank.
A essência do filme é a conspiração. O
medo que todos temos de estarmos sendo
observados o tempo todo.
Mas também traz a vontade que qualquer
humano tem de ser o centro das atenções
pelo menos uma vez na vida (a tal
história dos 15 minutos de fama).
E, no caso de não
vos voltar a ver:
bom dia, boa
tarde e boa noite.
Trabalho de grupo (a escrever no Moodle)
• grupos de 3 alunos
• reflexão em grupo sobre o filmeTemas para reflexão:
1. o filme centra-se na evolução das suspeitas e
reacções de Truman;
2. vemos televisão para fugir à nossa realidade, para
fugir ao mundo; Truman quer fugir da televisão e ir
para o mundo…
3. Até que ponto um ser humano (ou uma empresa)
pode ter poder sobre a vida de outra pessoa?
4. Até que ponto o ser humano é livre para escolher
seu destino?
5. Quando estamos com outras pessoas somos nós
mesmos ou passamos a vida toda representando
alguém que gostaríamos ser?
6. Qual a atitude dos telespectadores assim que o
programa acabou?
7. Como é que a publicidade nos média interfere na
vida das pessoas?
8. reflectir sobre as semelhanças/diferenças com
programas como o BigBrother ou Secret Story.