A L T E R A Ç Õ E SC O G N I T I V A SA S S O C I A D A S ÀC O V I D - 1 9
CU IDA IDOSAMENTE
EFEITOS DA INFEÇÃO, DO TRATAMENTO E DAS COMORBILIDADES
DOENÇA POUCO CONHEC I DA -
E F E I TO S NEUROLÓG I COSPOSS Í V E I S
O vírus SARS-CoV-2, responsável pela doença COVID-19, é ainda pouco
conhecido no que diz respeito aos seus efeitos colaterais e a longo
prazo, mas sabe-se que o mesmo invade as células nervosas. Faz
sentido compreender, por isso, que relação existe entre a COVID-19 e
as alterações cognitivas.
E F E I TO S QUANDO A DEMÊNC I A É UMACOMORB I L I DADE COM A COV I D - 1 9Tratar o vírus em pessoas com demência e interações com os fármacos
Gestão da terapêutica é mais desafiante, pois alguns fármacos
antidemenciais (ex: donepezilo) revelam interações medicamentosas
negativas com alguns fármacos utilizados para tratar os sintomas da
COVID-19, podendo agravar alguns sintomas psicológicos da demência.
E F E I TO S DAIN F EÇÃO NACOGN I ÇÃO
Estima-se que 5% dos casos,
normalmente os mais graves,
possam originar como sequela
encefalopatia aguda. Nos mais
jovens estima-se um aumento
de 20% de episódios cérebro-
vasculares (ex. AVC).
E F E I TO S DOTRATAMENTODA I N F E ÇÃONA COGN I ÇÃOEfeitos de alguns fármacos
Apenas fármacos como
hidroxicloroquina e
tocilizumab revelaram grande
neurotoxicidade e, por isso,
maior risco para um prejuízo
do funcionamento cognitivo.
O QUE PARECE S ER D I F ERENTE EMTERMOS DOS E F E I TO S DA COV I D - 1 9NO CÉREBRO , COMPARAT I VAMENTE
COM OUTROS V Í RUSRESP I RA TÓR IO S ?
O vírus SARS-CoV-2, ao contrário dos demais vírus e particularmente,
do primeiro vírus SARS-CoV, parece ter efeitos igualmente prejudiciais
nos doentes jovens e o tempo de tratamento para os seus sintomas
parece mais longo.
Tal faz sugerir, por alguns investigadores, que os efeitos a longo prazopoderão ser mais nefastos e crónicos.
Por isso sugere-se:
- Avaliação cognitiva de todos os doentes que tiveram COVID-19, com
prioridade para os que tiveram internamentos prolongados;
-Avaliação cognitiva repetida 6 meses e 1 ano após a remissão dos
sintomas para COVID-19;
- Sinalização para especialistas em caso de alterações cognitivas
neste período temporal.
Muitas vezes as alterações cognitivas que são sequentes a infeções
respiratórias (ex: DELIRIUM, CONFUSÃO, DESORIENTAÇÃO) são
negligenciados, mas sabe-se que as infeções são responsáveis, em
idosos, por exemplo, por um risco aumentado de 30% para evolução
para demência,
Daí a importância de AVALIAR para intervir precocemente e
PREVENIR, tanto quando possível, os efeitos de deterioração cognitiva
a longo prazo.