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Caro(a) aluno(a), Para viver no mundo atual com qualidade de vida é preciso ter cada vez mais conhecimentos, respeitar valores e desenvolver atitudes positivas em relação a si e aos outros. Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da história são um valioso tesouro que nos permite compreender o mundo que nos cerca, interagir com as pessoas, tomar decisões... Ler, observar, registrar, analisar, comparar, refletir e expressar-se são algumas formas de compartilhar esse tesouro. Este material foi preparado especialmente para ajudar você a entender esses co- nhecimentos e utilizá-los com competência nas diferentes linguagens: oral, escrita, imagética, sonora e corporal, como forma de conhecer a si mesmo, a sua cultura e o mundo em que vive. Familiarizar-se com as diferentes linguagens e saber usá-las adequadamente é dar sentido às relações que estabelecemos com o outro e com o mundo. Quando nos expressamos, construímos cultura e nos apropriamos das manifestações culturais, além de atuarmos como sujeitos produtivos na sociedade contemporânea. Com este Caderno, você poderá ampliar suas possibilidades de reflexão sobre a vida e as relações humanas, que se expressam de diferentes maneiras no cotidiano e nas obras literárias e artísticas, o que lhe permitirá apreciar e aproveitar os bene- fícios do conhecimento. Aprender exige esforço e dedicação, mas também envolve curiosidade e criati- vidade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que você participe das aulas, fique atento às explicações do professor, faça anotações, exponha suas dúvidas, não tenha vergonha de fazer perguntas, procure respostas e dê sua opinião. Caso precise, peça ajuda ao professor. Ele pode orientá-lo sobre o que estudar e pesquisar, como organizar os estudos e onde buscar mais informações sobre um assunto. Reserve todos os dias um horário para fazer as tarefas e rever os conteúdos; assim você evita que eles se acumulem. E, principalmente, ajude e peça ajuda aos colegas. A troca de ideias é fundamental para a construção do conhecimento. Aprender pode ser muito prazeroso. Temos certeza de que você vai descobrir isso. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Equipe Técnica de Linguagens e Códigos

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Caro(a) aluno(a),

Para viver no mundo atual com qualidade de vida é preciso ter cada vez mais conhecimentos, respeitar valores e desenvolver atitudes positivas em relação a si e aos outros.

Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da história são um valioso tesouro que nos permite compreender o mundo que nos cerca, interagir com as pessoas, tomar decisões... Ler, observar, registrar, analisar, comparar, refletir e expressar-se são algumas formas de compartilhar esse tesouro.

Este material foi preparado especialmente para ajudar você a entender esses co-nhecimentos e utilizá-los com competência nas diferentes linguagens: oral, escrita, imagética, sonora e corporal, como forma de conhecer a si mesmo, a sua cultura e o mundo em que vive.

Familiarizar-se com as diferentes linguagens e saber usá-las adequadamente é dar sentido às relações que estabelecemos com o outro e com o mundo. Quando nos expressamos, construímos cultura e nos apropriamos das manifestações culturais, além de atuarmos como sujeitos produtivos na sociedade contemporânea.

Com este Caderno, você poderá ampliar suas possibilidades de reflexão sobre a vida e as relações humanas, que se expressam de diferentes maneiras no cotidiano e nas obras literárias e artísticas, o que lhe permitirá apreciar e aproveitar os bene-fícios do conhecimento.

Aprender exige esforço e dedicação, mas também envolve curiosidade e criati-vidade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que você participe das aulas, fique atento às explicações do professor, faça anotações, exponha suas dúvidas, não tenha vergonha de fazer perguntas, procure respostas e dê sua opinião.

Caso precise, peça ajuda ao professor. Ele pode orientá-lo sobre o que estudar e pesquisar, como organizar os estudos e onde buscar mais informações sobre um assunto. Reserve todos os dias um horário para fazer as tarefas e rever os conteúdos; assim você evita que eles se acumulem. E, principalmente, ajude e peça ajuda aos colegas. A troca de ideias é fundamental para a construção do conhecimento.

Aprender pode ser muito prazeroso. Temos certeza de que você vai descobrir isso.

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENPSecretaria da Educação do Estado de São Paulo

Equipe Técnica de Linguagens e Códigos

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 TRAÇOS CARACTERíSTICOS DA TIPOLOGIA expor

Leitura e Análise de Texto

1. Leia individualmente os textos a seguir.

Texto 1: Verbete da Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil

Grupo Indígena Deni

Os Deni estão entre os grupos indígenas da região dos rios Juruá e Purus que, na dé-cada de 40, sofreram os impactos do segundo ciclo da borracha, que atraiu milhares de migrantes. Com estes, vieram doenças, violentas disputas territoriais e exploração da mão de obra indígena. Desde então, os Deni tiveram que esperar décadas até terem seus direi-tos territoriais assegurados, sendo preciso iniciar uma campanha de autodemarcação das terras, com apoio de ONGs, para então conseguirem a demarcação oficial, que foi con-cluída em agosto de 2003. Ainda enfrentam, contudo, problemas advindos de invasões recorrentes de atividades clandestinas como pesca e extração de madeira.

Enciclopédia dos povos indígenas no Brasil. Instituto Socioambiental. Disponível em: <http://pib.socioambiental.org/pt/povo/deni>. Acesso em 23 out. 2009.

Texto 2: Trecho de uma entrevista com Roger Chartier

Muitos dizem que o gosto dos jovens pela leitura é um desafio

Mulher lendo um livro impresso.

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agesChartier: Certamente. Mas é papel da es-

cola incentivar a relação dos alunos com um patrimônio cultural cujos textos servem de ba-se para pensar a relação consigo mesmo, com os outros e o mundo. É preciso tirar proveito das novas possibilidades do mundo eletrônico e ao mesmo tempo entender a lógica de outro tipo de produção escrita que traz ao leitor ins-trumentos para pensar e viver melhor.

O senhor quer dizer que a internet pode ajudar os jovens a conhecer a riqueza do mun-do literário?

Chartier: Sim. O essencial da leitura hoje passa pela tela do computador. Mas muita gen-te diz que o livro acabou, que ninguém mais lê, que o texto está ameaçado. Eu não concordo.

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Entrevista feita por Cristina Zahar com Roger Chartier, especialista em história da leitura. Os livros resistirão às tecnologias digitais. revista Nova escola, ano XXII, n. 204, ago. 2007.

Texto 3: Artigo de divulgação científica escrito especialmente para o Caderno Mais!, da Folha de S.Paulo

Como o beija-flor maximiza o ganho de energia

Os beija-flores são os menores vertebrados endotérmicos, isto é, cuja temperatura é mantida constante por processos regulatórios internos. Por isso, é natural que sua taxa meta-bólica específica, ou por unidade de massa, seja muito elevada. Esse é um princípio geral que relaciona a energia metabólica com a massa do animal. Mas há um outro motivo para esse alto metabolismo: é o seu modo de se alimentar, librando diante das fontes de néctar.

Homem lendo um texto no computador.

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Imag

es O que há nas telas dos computadores? Tex-to – e também imagens e jogos. A questão é que a leitura atualmente se dá de forma fragmentada, num mundo em que cada texto é pensado como uma unidade separa-da de informação. Essa forma de leitura se reflete na relação com as obras, já que o li-vro impresso dá ao leitor a percepção da totalidade, coerência e identidade; o que não ocorre na tela. É muito difícil manter um contato profundo com um romance de Machado de Assis no computador.

Beija-flor extraindo néctar de uma flor.

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agesJ. M. Diamond e colaboradores (Nature,

320, 62) determinaram a queima de energia por duas espécies de colibris, o Calypte anna e o Selasphorus rufus, com resultados pratica-mente iguais. Uma avezinha de 4,3 g tem ta-xa metabólica específica de 58 quilocalorias por quilograma-hora, cerca de 30 vezes a de um homem. Um musaranho de peso similar (Sorex sp.) tem taxa de 57.

Com tão elevado metabolismo, o colibri deve passar a maior parte de seu dia ativo ali-mentando-se, para se manter vivo. John Gibb determinou que uma ave insetívora de 9 g, o parus ater, tem de comer um inseto do tama-nho de um afídeo de 2,5 em 2,5 segundos, ou um do tamanho de uma lagarta de 2,5 cm 25 segundos o dia todo, para sobreviver.

O beija-flor vive basicamente de néctar. Um Hylocharis de 3 g, controlado por Scheihauer em viveiro, sugou durante um dia de 16 horas 22 g de água açucarada contendo 2,2 g de açúcar, isto é, 73% de seu peso. Além disso, capturou 677 drosófilas num total de 0,8 g,

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portanto 27% do seu peso. O consumo diário de alimento era de 25 g, mais de oito vezes a massa de seu corpo. O Calypte ingere cerca de 180 refeições por dia, totalizando três vezes o seu peso corporal.

Os estudos comportamentais da sequência com que os colibris visitam as flores numa planta, o número de flores que eles defendem e o volume de seu alimento têm mostrado de maneira consistente, segundo J. R. Krebs e F. H. Harvey (mesma revista, 18), que essas aves adotam estratégias alimentares que maximizam a taxa líquida de ganho de energia.

Diamond revela que o colibri também possui um sistema digestivo eficientíssimo para ex-tração do néctar e do açúcar contido nele. A colheita faz-se, conforme H. Sick, por um mecanis-mo capilar constituído pelo bico e pela língua, que funciona como bomba de puxar água.

O alimento passa muito depressa pelo tubo digestivo: 15 minutos após a ingestão já aparecem nas fezes sinais de seu processamento, sendo de 49 minutos o tempo médio de retenção. Apesar dessa velocidade a ave consegue extrair 97% da glicose ingerida numa refeição. O intestino do colibri tem a mais alta taxa de transporte ativo de glicose e ao mesmo tempo a mais baixa permeabilidade passiva a esse açúcar já vista em vertebrados.

O mais curioso é que, apesar de toda essa atividade, o colibri fica 75% de seu tempo acordado empoleirado e parecendo nada fazer. Diamond sugere que o que limita a veloci-dade da digestão é o tempo que o papo leva para esvaziar, quatro minutos para ficar pela metade após refeição de 100 microlitros. Durante esses quatro minutos de espera para abrir espaço no papo para nova refeição, o beija-flor fica pousado e minimiza seu gasto de energia. A pausa entre as refeições costuma ser de quatro minutos.

Em suma, os colibris são por necessidade uns terríveis glutões que sabem como nin-guém aproveitar a comida que ingerem e só repousam enquanto aguardam espaço para nova refeição e enquanto dormem. Nessa espera gastam 75% de seu tempo acordado.

REIS, José. Como o beija-flor maximiza o ganho de energia. Folha de S.paulo. Seção Ciência, 9 set. 2001.

2. Em pequenos grupos, conversem sobre o que compreenderam dos textos lidos, comparando-os. Em seguida, respondam às questões a seguir:

a) O que há em comum entre os textos?

b) Em que veículo cada um desses gêneros de textos costuma circular?

Texto 1 –

Texto 2 –

Texto 3 –

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Situação de comunicação/gênero textual

Que tipo depessoa escreve?

Para qual veículo escreve?

Que tipo de leitor o autor imagina que

lerá seu texto?

A linguagem apresenta

termos científicos?

EntrevistaJornalista +especialista no assunto

Educadores interessados em ensino de leitura e de literatura

Verbete Enciclopédia

Artigo de divulgação científica

Leitores interessados em comportamento animal que já tenham algum conhecimento do assunto.

Provavelmente associa termos científicos a palavras usadas no dia a dia.

Título do texto Gênero textual a que pertence

Função ou objetivo do gênero textual

Entrevista

Verbete de enciclopédia

Artigo de divulgação científica

3. Os textos que você leu foram escritos em diferentes situações de comunicação. Complete o quadro, relacionando cada um deles ao gênero a que pertence:

É possível incluir os três textos no grupo dos textos expositivos? Por quê?

4. Complete o quadro com os elementos das situações de produção de cada gênero.

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5. Todos os grupos devem preencher uma ficha organizativa sobre as informações contidas em cada um dos textos lidos a fim de sistematizar os conhecimentos adquiridos até aqui. Sigam o modelo:

Modelo de ficha organizativa

Informações gerais sobre cada um dos textos

Texto 1 Texto 2 Texto 3

Título Grupo Indígena Deni Os livros resistirão às tecnologias digitais

Como o beija-flor maximiza o ganho de energia

Nome do autor Informação não apresentada ao leitor

Entrevistador: Cristina Zahar

Gênero Verbete da enciclopédia Entrevista com especialista

Onde o texto foi publicado

No site <http://www.socioambiental.org/pib/epi/deni>

revista Nova escola, agosto de 2007

Tema

Apresentação de um grupo indígena que, ainda hoje, sofre com as invasões de suas terras

A leitura e os livros diante das novas tecnologias

Informações obtidas sobre o tema com a leitura do texto

Grupo indígena Deni:vive na região dos rios •Juará e Purus;desde a década de 1940 •sofre com invasões de suas terras; com as invasões, entrou em contato com doenças;sofreu com a violência •e a exploração da mão de obra indígena;recebeu ajuda de ONGs •para fazer a demarcação de suas terras, oficializa-da em 2003;

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Informações gerais sobre cada um dos textos

Texto 1 Texto 2 Texto 3

mesmo com a demar-•cação, ainda sofre com a pesca e a extração de madeira clandestina

Outras informações que julgaram relevantes

PESQUISA EM GRUPO

1. A atividade de leitura e interpretação de textos da seção anterior será ampliada com um trabalho de pesquisa. Para isso, é necessária a formação de três novos grupos, que se en-carregarão de realizar uma pesquisa sobre um dos temas tratados nos textos analisados. O objetivo é que vocês possam encontrar outras referências e textos para uma exposição oral, a ser realizada posteriormente, a fim de que todos da classe ampliem seus conhecimentos.

2. Para realizar a pesquisa, a classe será dividida em três grupos, compostos do seguinte modo:

Grupo A:• será responsável pelo tema tratado no texto Grupo indígena Deni.

Grupo B:• será responsável pelo tema tratado no texto os livros resistirão às tecno-logias digitais.

Grupo C• : será responsável pelo tema tratado no texto Como o beija-flor maximi-za o ganho de energia.

3. O professor sorteará os temas; em seguida, vocês iniciarão a pesquisa (na internet, em livros e/ou enciclopédias), buscando novos textos e informações sobre eles. Nesta ativi-dade, será necessário que cada grupo prepare uma nova ficha organizativa, semelhante à preenchida na atividade da seção Leitura e Análise de Texto, registrando tudo o que for relevante para a apresentação oral que será feita posteriormente.

Essa ficha deve ser feita no caderno ou em folhas avulsas. Cada integrante do grupo deve ter sua própria ficha, a fim de consultá-la sempre que necessário.

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Produção escrita

A partir da ficha organizada na atividade da seção Pesquisa em grupo, individualmente, você deve produzir dois parágrafos expositivos sobre o tema pesquisado. Ao final da atividade, entregue uma cópia desses parágrafos a seu professor para que ele possa corrigi-los.

Parágrafo 1: apresentar o tema, indicando pelo menos um aspecto relevante a ser discutido.

Parágrafo 2: continuar a exposição iniciada no primeiro parágrafo, explanando sobre o aspecto selecionado. Considere as seguintes questões: por que esse aspecto é relevante ao tema? De que modo ele contribui para que o leitor compreenda melhor o tema?

Oralidade

Uma exposição oral, para apresentar resultados de uma pesquisa, quando feita fora da es-cola, é realizada por um especialista no assunto que será exposto. A oralidade, nesse caso, não é espontânea, não “nasce” naturalmente. Quem faz a exposição oral de um assunto para o público precisa antes prepará-la com muita leitura e escrita. É o que acontece, por exemplo, com as pes-soas que são entrevistadas na TV. Mesmo os apresentadores dos jornais televisivos não decoram as notícias antes de transmiti-las; eles leem as notícias a partir de um local que os telespectadores não conseguem ver. Mas, para fazer isso com segurança e com a entonação adequada, eles preci-sam conhecer bem os assuntos que estão divulgando.

Retomando a seção Pesquisa em grupo, com as novas informações selecionadas, lidas e anali-sadas, cada grupo deve organizar sua exposição oral sobre o que encontrou nos novos textos lidos. Vocês devem considerar as etapas a seguir.

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1. Avaliar qual o modo de falar apropriado para a situação (mais formal) e para envolver os ouvin-tes (dinâmico, com turnos entre os apresentadores, com apoio em imagens etc.).

2. Preparar uma abertura para a apresentação do tema, pensando no público-alvo (colegas dos outros grupos) e legitimando sua condição de especialista no assunto. Por isso, é necessário que estudem bastante o tema a partir da seleção dos novos textos que encontraram.

3. Fazer uma introdução do tema, apresentando a proposta da exposição: delimitar o tema, cha-mar a atenção do público para sua importância, informá-lo sobre as fontes que foram consulta-das pelo grupo (sites especializados na internet, enciclopédias, livros, revistas, jornais etc.).

4. Organizar uma lista dos tópicos mais importantes que serão abordados e desenvolver a exposi-ção propriamente dita.

5. Sintetizar a exposição, retomando os pontos que julgarem necessários. Aqui é importante con-siderar as reações da plateia: houve momentos de dúvida ou falta de compreensão sobre algum aspecto do que apresentaram?

6. Concluir a exposição com algumas questões sobre o tema que possam gerar um debate entre os expositores e os ouvintes, abrindo espaço para o diálogo, o esclarecimento de dúvidas etc.

7. Agradecer a atenção do público.

Estudo da língua

Para esta atividade, o professor gravará uma situação de exposição oral (feita por ele mesmo ou por outra pessoa), discorrendo sobre um tema de interesse comum da classe. Sua tarefa será:

Passo 1 – Ouvir a gravação e observar os temas abordados pelo expositor.

Passo 2 – Discutir com seus colegas o que vocês entenderam sobre o tema exposto.

Passo 3 – Anotar em seu caderno as características estruturais do texto exposto: o expositor fez uma abertura e o contato inicial com os ouvintes? Ele apresentou a proposta da exposição, delimitando o tema e informando as fontes de consulta?

Passo 4 – Em grupos, vocês devem transcrever a exposição oral, respeitando as expressões e interjeições próprias da língua falada.

Passo 5 – Coletivamente, com a ajuda do professor, façam uma análise dos aspectos do texto oral transcrito, observando quais mudanças serão necessárias para transformá-lo em uma expo-sição escrita.

Passo 6 – Ainda em grupos, vocês devem refletir sobre quais aspectos próprios da língua escrita precisam ser cuidados durante a transposição, tais como pontuação e elementos coesivos (pre-posição, conjunção e pronome relativo), conteúdos já estudados nas séries anteriores.

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LIÇÃO DE CASA

O professor selecionará, no livro didático, alguns exercícios sobre preposição e conjunção a fim de que você possa resolvê-los no caderno.

Anote aqui as indicações das atividades, para não esquecer

Páginas:

Exercícios:

Na aula seguinte, eles serão corrigidos coletivamente. Aproveite esse momento para tirar dúvi-das e analisar como as informações sobre esses tópicos da língua e os exercícios apresentados pelo livro didático podem ampliar sua compreensão da atividade de transposição do texto oral para o texto escrito, desenvolvida na seção Estudo da língua.

!? SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

TRAÇOS CARACTERíSTICOS DO AGRUPAMENTO TIPOLóGICO arGumeNtar

Foram reunidos para esta sequência de atividades alguns textos que tratam de um mes-mo assunto, porém diferentes na forma. Você deve seguir as orientações propostas em cada etapa da sequência a fim de reconhecer o tema e analisar o modo como ele é apresentado pelo autor.

Leitura e Análise de Texto

Parte A – Ouvindo a música

1. Depois de ouvir a música a minha alma (o professor apresentará para a classe), você deve participar de uma roda de conversa com seus colegas, falando das suas primeiras impressões sobre a letra ouvida. Não se esqueça de anotar essa letra de música no caderno a fim de poder consultá-la posteriormente.

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2. Em seguida, responda individualmente às questões:

a) Você já conhecia essa música? O que achou dela? Explique.

b) Você conseguiu verificar qual o tema tratado na letra da canção?

c) Nessa letra existe a “voz” de alguém (eu) que se dirige ao seu interlocutor (aquele que ouve a letra e interage com ela), pedindo-lhe algo. O que esse eu pede? Por quê? Em sua opinião, ele será atendido?

d) Qual a opinião do autor dessa letra sobre o tema que ele aborda? Que versos ajudam a comprovar essa opinião?

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e) Você conhece outras letras semelhantes à que ouviu?

f ) Se conhece, em que essas letras são semelhantes?

Parte B – Agora é a vez da crônica

Para realizar esta atividade, você deve ficar atento às instruções, observando que, em alguns mo-mentos, trabalhará individualmente; em outros, trabalhará em parceria com seus colegas e o professor.

Leitura e Análise de Texto

1. Faça uma leitura silenciosa da crônica a seguir.

Segurança

O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.

Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.

Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatros lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.

Mas os assaltos continuaram.

Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.

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2. Escreva, no caderno, um pequeno comentário sobre a crônica de Luis Fernando Verissimo.

3. Em pequenos grupos, troquem seus comentários, comparando-os oralmente. Vocês tiveram impressões semelhantes? Ou foram muito diferentes? Em que elas se assemelharam ou se dife-renciaram? Você concorda com as impressões de seus colegas? Por quê?

4. Produzam, no mesmo grupo, um cartaz que ilustre as principais questões abordadas no texto. Ele pode mesclar imagens e palavras.

Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo que os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas gradeadas.

Mas os assaltos continuaram.

Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assal-tantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso con-trole das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização ex-pressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.

Mas os assaltos continuaram.

Foi reforçada a guarda.

Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para se-rem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima.

E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.

E ninguém pode sair.

Agora a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.

Mas surgiu outro problema.

As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade. A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

VERISSIMO, Luis Fernando. In: Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 97. © by Luis Fernando Verissimo.

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5. Cada grupo apresenta o cartaz elaborado a toda a classe e aguarda sua reação. Os colegas devem dizer o que acharam; se gostaram do cartaz; se identificaram um diálogo entre a mensagem produzida e a crônica de Verissimo. Por fim, vocês expõem o que pensaram ao elaborar essa produção, esclarecendo os colegas sobre os pontos de enlace entre o texto original e o elaborado por vocês.

Parte C – Lendo a imagem

Leitura e Análise de Imagem

1. Observe a imagem e responda às questões.

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e

a) Em sua opinião, como Laerte compreende a questão do medo e da violência?

b) Que elementos da charge contribuem para que você identifique a opinião do car-tunista?

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Em sua casa, selecione novas imagens que também discutam a questão da violência e das “gra-des”. Podem ser outras charges ou quadrinhos, retirados de jornais, revistas e sites, ou mesmo fotos tiradas por você que mostrem casas ou comércios com grades.

Cole essas imagens em uma folha de cartolina ou papel kraft, anotando ao lado ou embaixo de cada uma delas a fonte de onde foram retiradas. Não se esqueça de dar ao cartaz um título que dialogue com o tema.

PESQUISA EM GRUPO

c) Você identificou alguma relação entre a mensagem apresentada na charge e a dos textos anteriores? Qual?

O trecho a seguir foi retirado do texto Direito à segurança e direito à cidade, de Lúcia Siqueira. Em grupos, vocês devem fazer uma pesquisa na internet para recuperar o texto na íntegra. Façam sua leitura, observando como a autora estabelece a relação entre a questão da violência e a arquitetura da cidade.

E a cidade, como é que fica?

presídio professor aníbal Bruno, Curado. Doze câmaras de vigilância eletrônica, muro de seis metros de altura, cerca elétrica, nenhum sistema detector de violação. Função: retirar do convívio social pessoas que, teoricamente, representam ameaça à coletividade.

edifício Hockenheim, Jaqueira. Dezesseis câmaras de vigilância eletrônica, muro de oito metros de altura, sistema infravermelho com sete pontos de detecção, acionamento remoto de patrulha de segurança. Função: proteger seus moradores de pessoas como as que se encontram no aníbal Bruno.

Diário de Pernambuco, outubro de 2001. Apud: SIQUEIRA, Lúcia. Direito à segurança e direito à cidade. Disponível em: <http://www.fase.org.br/noar/anexos/acervo/10_Lucia_Siqueira_33.doc>.

LIÇÃO DE CASA

1. Quem são os autores dos textos lidos?

2. Em que momento os textos revelam o ponto de vista desses autores em relação ao tema? A opinião deles sobre o tema converge ou diverge?

3. Que argumentos eles utilizam para sustentar essa opinião?

4. Qual dos textos, em sua opinião, deixa mais claro o tema que está sendo discutido? Por quê?

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Após as discussões sobre a coletânea de textos aqui apresentada, é preciso que vocês se posicio-nem formalmente sobre o tema comum a eles, considerando o que de fato aprenderam. Certamente vocês notaram que o tema é abordado em diferentes gêneros textuais, mas, por ser polêmico, “obri-ga” os autores a tomar uma posição sobre as controvérsias resultantes. Quem toma uma posição a defende com argumentos. Assim como os autores, é o que vocês farão nesta sequência de atividades: assumir um ponto de vista sobre o tema e defendê-lo, usando argumentos para convencer seus in-terlocutores.

1. Em primeiro lugar, vocês vão analisar os textos lidos, considerando não só o que têm em co-mum, mas também as diferenças entre eles. Para tanto, devem primeiro preencher, em grupo, o quadro-síntese a seguir.

1. Quem são os autores dos textos lidos?

2. Em que momento os textos revelam o ponto de vista desses autores em relação ao tema? A opinião deles sobre o tema converge ou diverge?

3. Que argumentos eles utilizam para sustentar essa opinião?

4. Qual dos textos, em sua opinião, deixa mais claro o tema que está sendo discutido? Por quê?

VOCÊ APRENDEU?

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É importante que você já se utilize, nesta etapa, de alguns recursos argumentativos. Ou seja, não basta dizer com qual texto mais se identificou, mas saber dizer o por-quê dessa identificação.“Eu acho que o texto ‘X’ é mais claro, porque...”“A violência existe por causa da”“A consequência mais direta da violência é o aprisionamento das pessoas, porque...”

5. Se fossem escrever sobre o tema vio lên cia, qual gênero vocês escolheriam? Por quê?

6. Se os textos fossem vistos isoladamente, vocês teriam a mesma compreensão do tema e da opinião dos autores?

2. Responda individualmente, em folha avulsa, às questões a seguir, entregando-as ao pro-fessor:

Qual sua opinião sobre o tema discu-•tido na coletânea?

Você concorda com a opinião dos •autores?

Com qual deles você mais se identi-•fica?

Em que medida esse tema faz parte •também de seu cotidiano? De que forma?

1. Leia os textos a seguir, retirados de uma página de revista.

2. Em grupos, façam uma exploração da página, observando como ela foi montada e como essa montagem contribui para que o leitor reconheça a polêmica sobre o tema a ser apre-sentado. Verifiquem se, somente com a leitura do título, vocês já conseguem depreender o tema e se reconhecem nele uma questão para ser discutida e argumentada.

Leitura e Análise de Texto

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5. Se fossem escrever sobre o tema vio lên cia, qual gênero vocês escolheriam? Por quê?

6. Se os textos fossem vistos isoladamente, vocês teriam a mesma compreensão do tema e da opinião dos autores?

Página 13 da revista da Semana, edição 11, ano 1, de 12 de novembro de 2007.

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3. Preencham o quadro a seguir com as principais ideias e com os argumentos apresentados nos textos.

Texto Principais ideiasSeleção dos argumentos

utilizados pelos autores para defender seu ponto de vista

Texto 1acham que sim

Texto 2acham que não

Oralidade

Cada um de vocês deve se posicionar diante do tema proposto, a inteligência é genética?, para participar de uma discussão coletiva sobre a polêmica envolvendo os dois textos. Nessa discussão, vocês devem justificar seu posicionamento.

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PESQUISA INDIVIDUAL

Estudo da língua

1. Volte aos textos de a inteligência é genética? e circule alguns articuladores sintáticos que contri-buem para a construção da argumentação. Anote esses articuladores em um quadro semelhante ao do exemplo a seguir, explicando sua função.

Para ampliar a atividade, você deve pesquisar sobre o tema na internet ou em outras fontes indicadas pelo professor, selecionando novos materiais e informações que possam ser apresentados, posteriormente, a seus colegas e professor. Esta pesquisa ajudará a aumentar seus conhecimentos, desenvolvendo sua capacidade argumentativa.

Parágrafo Texto 1: Acham que sim Texto 2: Acham que não

1o parágrafoArticuladores/função

2o parágrafoArticuladores/função

3o parágrafoArticuladores/função

4o parágrafoArticuladores/função

5o parágrafoArticuladores/função

2. Em grupos, façam uma pesquisa, no livro didático ou em uma gramática normativa, sobre os tipos de conjunção existentes na língua portuguesa e o uso que seus falantes fazem deles. É im-portante aqui que vocês não decorem esses tipos, mas analisem seus efeitos na composição dos períodos compostos por subordinação e coordenação.

3. O professor fará a seleção, no livro didático, de alguns exercícios de sistematização sobre o uso dessas conjunções. Desenvolva-os individualmente, anotando suas dúvidas no caderno.

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LIÇÃO DE CASA

Com base nas explicações dadas pelo professor (e encontradas no livro didático) sobre o uso das conjunções nas orações coordenadas, escreva no caderno três sentenças usando cada uma dessas conjunções.

Conjunções adversativas•

Conjunções explicativas•

Conjunções conclusivas•

Conjunções alternativas•

Conjunções aditivas•

Critérios para a elaboração das sentenças:

1. Elas devem ser fundamentadas em um dos assuntos/temas desenvolvidos nas seções Leitura e Análise de Texto (violência) e Oralidade (inteligência e racismo), indicando sua posição pessoal.

2. Algumas dessas sentenças servirão de base para que, posteriormente, você elabore três parágrafos expositivos-argumentativos sobre um desses temas.

Produção escrita

Com base nas sentenças formuladas na tarefa anterior, você deve escrever três parágrafos expositivos-argumentativos, discorrendo e posicionando-se sobre o tema que escolheu (violência ou inteligência e racismo).

Anote aqui as indicações das atividades, para não esquecer

Páginas:

Exercícios:

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Atenção: evidentemente, novas sentenças com outros tipos de conjunção devem ser escritas a fim de compor os parágrafos. O importante é que você consiga articu lá-las coe rentemente.

Siga as orientações:

Parágrafo 1: apresente o tema escolhido e seu posicionamento sobre ele, indicando, por exem-plo, os prós e contras que permeiam a questão (como no caso de a a inteligência é genética?).

Parágrafo 2: tente provar sua tese ou seu ponto de vista, apresentando alguns argumentos que expliquem por que você pensa assim.

Parágrafo 3: conclua seu pensamento, ratificando as afirmações feitas nos parágrafos anteriores.

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!? SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

O DIáLOGO ENTRE AS TIPOLOGIAS TEXTUAIS NA COMPOSIÇÃO DO GÊNERO

Se preferirem, em comum acordo com o professor, vocês podem elaborar uma lista de filmes a que gostariam de assistir e fazer um sorteio para escolher um título.

Você gostou (ou não) do filme?Explique as razões.

Você se identificou (ou não) com as personagens? Por quê?

Você ficou com vontade de assistir ao filme novamente?

Por quê?

O que você pensa sobre o tema central do filme?

Você já havia pensando sobre esse tema? Em que

circunstância?

Oralidade

Para realizar esta sequência de ativida-des, vocês assistirão, na escola, a um filme escolhido pelo professor.

1. Após assistir ao filme e antes de conversar sobre ele com os colegas, anote no quadro a seguir suas primeiras impressões:

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2. Em uma roda de conversa, com base nas anotações individuais anteriores, fale com seus colegas sobre suas impressões a respeito do filme. Procure ampliá-las com alguns argumentos que as jus-tifiquem. Por exemplo: em vez de simplesmente dizer “gostei/não gostei”, tente dizer as razões de ter apreciado ou não, ilustrando-as com passagens do próprio filme.

LIÇÃO DE CASA

1. Dando continuidade à atividade anterior, faça uma busca, na internet, sobre o filme visto, sele-cionando comentários feitos por internautas. Você encontrará facilmente esse tipo de comentá-rio em sites que oferecem guias culturais sobre cinema, teatro, exposição.

2. Compare esses comentários com suas anotações.

As impressões dos internautas sobre o filme são semelhantes às suas?•

Provavelmente, os comentários apontam para diferentes pontos de vista. Identifique pelo •menos dois pontos de vista divergentes.

Você se identificou com alguns dos comentários feitos pelos internautas? Por quê?•

3. Em seu caderno, faça uma seleção dos comentários lidos, bem como de suas anotações, agru-pando-os em duas colunas diferentes, como no exemplo fictício a seguir:

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4. Reflita: quando você assiste a um filme e comenta suas impressões com algum amigo, esse co-mentário se assemelha ao que está em qual das colunas da tabela anterior? Por quê?

Comentários que apenas demonstram impressões sobre o tema do filme,

sem justificá-las ou defendê-las

Comentários que expressam impressões sobre o filme, já

apresentando a defesa de ideias

Ex.: Eu gostei do filme. Achei legal. Tipo assim, fiquei com vontade de assistir de novo.

Ex.: Eu gostei do filme porque é feito para os jovens, discute problemas reais sobre a vida de jovens pobres e moradores de periferia, como o desemprego e a falta de perspectiva.

Leitura e Análise de Texto

1. O professor apresentará à classe uma resenha sobre um novo filme e outra sobre um livro.

2. Em grupos, façam a leitura dessas resenhas e completem o quadro a seguir:

Informações Resenha 1 Resenha 2

Título da resenha

Nome do autor da resenha

Lugar de publicação

Título da obra resenhada

Nome do autor da obra resenhada (escritor, diretor)

Tema tratado na resenha

Informações Resenha 1 Resenha 2

Opinião do autor da resenha sobre a obra

Argumentos utilizados pelo autor da resenha para justificar sua opinião (anotem, pelo menos, dois argumentos de cada resenha)

Impressões da obra a partir da leitura da resenha (este item deve ser preenchido individualmente)

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3. Coletivamente, discutam a estrutura do gênero textual resenha, considerando que ele tem características de dois grupos de textos que vocês já estudaram: os expositivos e os argu-mentativos. Em seguida, façam a leitura das afirmações contidas no quadro e respondam às questões.

Informações Resenha 1 Resenha 2

Opinião do autor da resenha sobre a obra

Argumentos utilizados pelo autor da resenha para justificar sua opinião (anotem, pelo menos, dois argumentos de cada resenha)

Impressões da obra a partir da leitura da resenha (este item deve ser preenchido individualmente)

O gênero resenha costuma ser publicado em jornais e revistas e tem como função •social informar as pessoas sobre filmes, peças de teatro etc. que estão em cartaz, compondo ou conduzindo a formação de opiniões prévias do leitor.

O gênero resenha tem um caráter expositivo-argumentativo porque pode contem-•plar mais de uma tipologia: mistura de informação e opinião.

O gênero resenha tem um caráter analítico porque expressa a opinião de seu autor •sobre o objeto que está sendo analisado.

As resenhas são textos baseados necessariamente em outras obras.•

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a) Comentem o conteúdo do quadro verificando se, entre os itens apresentados, há algum incorreto.

b) Quais informações contidas no quadro já foram verificadas por vocês durante a leitura das duas resenhas apresentadas pelo professor? Dê dois exemplos, confirmando-os com trechos das resenhas lidas.

PESQUISA EM GRUPO

1. Em pequenos grupos, façam uma pesquisa em revistas/jornais, sites e no próprio livro didático sobre resenhas, selecionando algumas que falam de assuntos de seu interesse (filmes, livros, exposição).

As resenhas misturam informação e opinião sobre determinada obra.•

O autor da resenha sempre destaca em seu texto aspectos da obra que considera mais •importantes para dar sustentação à sua análise.

Há resenhas relativas a uma mesma obra, mas escritas por autores diferentes, que apre-•sentam opiniões completamente diversas e/ou divergentes. Isso é bom, porque permite aos leitores ampliar seu alcance sobre o tema e analisar essas opiniões, posicionando-se em relação ao que dizem da obra.

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Produção escrita

A tarefa de vocês, agora, é escrever uma resenha sobre um livro ou filme de seu interesse. Para tanto, sigam as instruções contidas nos enunciados, observando em quais momentos trabalharão em grupos, duplas e individualmente.

1. Em grupo, vocês devem definir qual obra pretendem analisar na resenha. Se escolherem um novo filme ou um livro, terão de fazer novamente todos os passos de discussão realizados para a análise do filme visto na escola: roda de conversas e discussão de ideias; pesquisas sobre o filme (o diretor, o elenco); organização de fichas com esses dados.

2. Seguindo os modelos de resenhas estudadas anteriormente, façam um planejamento da escrita, selecionando as informações que devem aparecer no texto, bem como as opiniões que preten-dem compartilhar com o leitor. É importante que vocês selecionem também trechos do filme (ou do livro) que contribuam para a justificativa das opiniões.

3. Voltem ao quadro sobre as características do gênero resenha e verifiquem se, de fato, estão con-siderando todas elas nesse planejamento.

4. Escrevam, em folha avulsa ou no caderno, a primeira versão de sua resenha. Mas atenção: esta etapa deve ser realizada individualmente. É importante que você siga o planejamento, mas se sinta livre para acrescentar outros aspectos que julgar relevantes durante a escrita de seu texto.

5. Após essa escrita, leia seu próprio texto e responda às perguntas a seguir:

O meu leitor entenderá o que quero dizer?•

O que devo dizer a mais para que meu texto fique claro e compreensível para meu leitor?•

Como dizer de outro jeito a fim de tornar meu texto compreensível?•

2. Leiam as resenhas selecionadas e discutam entre si os conteúdos desses textos, bem como seu grau de interesse pela obra a partir dessa leitura.

3. Organizem um quadro com as principais características observadas nessas resenhas, ratificando (ou não) as informações que já possuem sobre esse gênero.

4. Apresentem à classe as resenhas lidas e falem de suas impressões sobre a obra resenhada. Depois, mostrem o quadro organizado na questão anterior, comparando-o com os qua-dros dos outros grupos.

5. O professor montará na lousa, com a colaboração da classe, um novo quadro, a partir das informações apresentadas por todos os grupos, sintetizando as principais caracte-rísticas do gênero resenha. Esse novo quadro deve ser copiado por você, no caderno, a fim de auxiliá-lo na hora em que for escrever suas resenhas.

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6. Reformule em seu texto o que julgar necessário a partir das questões anteriores.

7. De volta aos grupos de trabalho, e com o auxílio de seu professor, façam a leitura dos textos dos colegas e iniciem um trabalho de revisão, chamando a atenção do autor para tudo o que acharem que interfere na compreensão do texto. Essas observações devem ser anotadas a lápis, na lateral da página. Levem em consideração os seguintes aspectos:

trechos incoerentes ou confusos;•

ausência ou • excesso de informações para a compreensão do texto;

incoerências ou falta de conexão entre as ideias;•

redundâncias;•

parágrafos muito curtos ou muito longos;•

falta ou excesso de pontuação;•

problemas de concordância nominal ou verbal;•

uso de linguagem coloquial ou gírias;•

ortografia.•

8. Individualmente, retome seu texto e refaça as partes com problemas, levando em consideração as observações feitas pelos colegas. Depois, entregue-o a seu professor, com a primeira versão, para que seja possível fazer uma comparação de como você evoluiu (ou não) depois do trabalho de revisão. O professor fará novas observações e lhe devolverá o texto para que possa dar conti-nuidade à atividade.

9. Em duplas, vocês devem ler as observações feitas pelo professor; depois, um deve ajudar o outro na reelaboração das partes indicadas. Passem a limpo os textos e organizem uma exposição de rese-nhas na própria sala de aula ou em algum mural disponível na escola, onde outros alunos possam ler o que vocês escreveram sobre novos filmes e livros.

Estudo da língua

O professor apresentará à classe uma resenha que contém sete problemas gramaticais de con-cordância verbal, concordância nominal, uso repetitivo do pronome relativo “que”, conjunção, ortografia, adequação vocabular, pontuação.

Sua tarefa será:

1. Em grupos, vocês devem ler a resenha e descobrir onde estão esses problemas, anotando-os na coluna 1 do quadro a seguir:

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Coluna 1 Coluna 2

Problemas encontrados Reformulação dos trechos com problemas

2. Façam a reformulação dos trechos com problemas de acordo com o conhecimento que possuem das regras da norma-padrão. Anotem sua reformulação na coluna 2 do quadro da Questão 1.

3. Pesquisem, no livro didático ou na gramática, as regras que envolvem os aspectos problemáticos selecionados na Questão 1. Aqui, não é necessário pesquisar todos os sete problemas, mas ape-nas aqueles que apresentarem maior dificuldade para vocês.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 DEBATER É MAIS DO QUE TROCAR IDEIAS

Para começo de conversa

Nesta sequência de atividades vocês farão um debate regrado sobre um tema polêmico. Para prepará-lo, será necessário que realizem várias atividades diferentes. Fiquem atentos às

orientações apresentadas a seguir.

4. Individualmente, faça os exercícios de sistematização selecionados pelo professor no livro didático.

Anote aqui as indicações dos exercícios, para não esquecer

Páginas:

Exercícios:

!?

Atividade em grupo

1. Coletivamente, façam uma lista de temas polêmicos sobre os quais gostariam de saber mais para discuti-los com segurança. Apresentamos algumas sugestões a seguir:

Os padrões de beleza definidos pela mídia.•

A anorexia e a bulimia na adolescência.•

A obesidade na infância e na adolescência.•

Preservação ambiental: o compromisso com a natureza.•

A escassez de água em um futuro próximo.•

Os programas televisivos feitos para jovens.•

A Copa de 2014 no Brasil.•

2. Dividam-se em grupos e sorteiem um tema para cada grupo.

3. Os grupos devem pesquisar sobre o tema que lhes foi designado, selecionando pelo menos três textos que servirão de base para a discussão.

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Debater temas polêmicos exige que os interlocutores – como você já sabe – conheçam bem um assunto, entendam as polêmicas que giram em torno dele, tomem posição e construam argu-mentos sólidos para convencer os que pensam de forma diferente.

4. Os textos selecionados devem ser lidos e analisados por vocês, considerando as principais ideias, informações e argumentos apresentados.

5. Organizem um quadro que contenha as informações obtidas com a leitura e análise dos textos. Vejam o modelo a seguir:

Informações Texto 1 Texto 2 Texto 3

Informações sobre os textos lidos pelo grupo: título, autor, fonte (retirado do livro “tal”, da internet, do jornal etc.)

Tema e subtemas (o que dizem, como dizem, qual a opinião do autor sobre o tema)

Quais aspectos do texto lido ajudam o grupo a elaborar suas opiniões sobre o tema

Os textos lidos apresentam um único ponto de vista sobre o tema ou pontos de vista diver-sos e, por vezes, divergentes?

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Se for possível, assistam a filmes, a programas de televisão etc. a fim de ampliar seu repertório sobre o assunto e ter mais condições para defender seu ponto de vista diante dos colegas e do professor. Neste caso, vocês devem organizar um quadro semelhante ao do exercício 5 da seção Atividade em grupo, anotando todas as informações que julgarem pertinentes para a composição do debate.

Oralidade: debate regrado

1. Seu professor apresentará à classe um debate regrado que tenha sido transmitido em um progra-ma televisivo.

Vocês terão de:

a) Assistir ao programa.

b) Discutir os procedimentos dos debatedores.

c) Elaborar um quadro com os principais procedimentos a fim de utilizá-lo como referência quando forem organizar o debate regrado desta Situação de Aprendizagem.

2. Com a ajuda do professor, definam quais os objetivos e limites do debate a fim de evitar fugas do tema.

3. Definam de quem será o papel de moderador para o debate que farão, que terá como função:

apresentar o tema;•

definir os limites da discussão;•

criar estímulos que permitam a todos os participantes falar, cada um na sua vez;•

retomar aspectos da discussão que vão sendo deixados de lado no decorrer da atividade;•

evitar fugas ou desvios temáticos.•

4. Em um debate, os grupos envolvidos precisam ter pontos de vista opostos sobre as polêmicas que serão discutidas. Será necessário que vocês se distribuam em torno de duas (ou mais) ideias divergentes, preparando-se para defendê-las. Nesse momento, os grupos devem dividir-se em subgrupos para realizar o debate. Escolham quais integrantes farão a defesa de cada um dos pontos de vista.

Vejam o exemplo:

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5. Combinem com o professor o dia em que o debate ocorrerá, preparando com antecedência o espaço: vocês devem organizar os lugares que serão ocupados por debatedores e moderador a fim de que todos da classe possam vê-los e observar seus gestos durante a explanação.

6. Dependendo da quantidade de pessoas em cada grupo, não haverá possibilidade de que todos possam ocupar a função de debatedor. Nesse caso, os outros integrantes devem ocupar a função de avaliadores do debate, considerando para isso os aspectos a seguir. Se for necessário, criem mais colunas para o quadro:

Quadro de avaliação do debate

Aspectos observados Debatedor 1 Debatedor 2 Debatedor 3

A formalidade por parte dos debatedores (rigor vo-cabular, correção linguística, clareza de raciocínio, coerên-cia entre os argumentos es-colhidos)

Capacidade para avaliar o próprio funcionamento comunicativo dessa situa-ção (escolhe argumentos ou exemplos adequados ao con-texto; os interlocutores e a plateia parecem compreender o que está sendo dito; refor-mula o modo de dizer a fim de tornar mais clara a ideia exposta)

Tema – os padrões de beleza definidos pela mídia

Alguns integrantes do grupo – defendem os padrões de beleza definidos pela mí-dia por acreditarem que eles sejam o fio condutor para que os sujeitos tenham uma vida bem-sucedida.

Outros integrantes do grupo – defendem exatamente o oposto: como os padrões são definidos pela mídia, que tem por princípio incutir e vender ideias, valores, produtos, seria no mínimo suspeita a crença de que esses padrões de beleza sejam “superiores” aos demais.

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VOCÊ APRENDEU?

Caso algum integrante do grupo ou sua escola disponha de uma filmadora, vocês podem gravar os debates, combinando com o professor outra aula para que assistam às filmagens.

A proposta é que vocês utilizem as gravações para fazer uma avaliação do processo do debate regrado a partir das seguintes instruções:

1. Assistam aos vídeos.

2. Observem o comportamento dos debatedores/moderador ou o modo como atuam diante da fala do outro: ouvem o que o outro tem a dizer? Respeitam seu momento de fala? Aproveitam uma colocação do outro em favor da defesa dos próprios pontos de vista? Que recursos utilizam para apresentar e defender seu ponto de vista?

3. Comparem as informações da Questão 2 com o quadro elaborado na Atividade 6 da seção Oralidade.

4. Escreva um comentário pessoal sobre as coisas que aprendeu com a preparação e a execução do debate regrado.

Aspectos observados Debatedor 1 Debatedor 2 Debatedor 3

Construção de uma sequên-cia de ideias (lança mão de exemplos retirados do mun-do concreto dos interlocu-tores do debate)

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Produção escrita

Neste momento, a classe trabalhará com o assunto variedades linguísticas, que são as variações das normas utilizadas em uma língua. As normas se dividem em padrão, que é a oficialmente aceita e usada formalmente, e popular, abrangendo todos os modos de usar a língua que fogem à norma-pa-drão. Os modos de usar a língua variam porque as situações de comunicação nas quais as pessoas se envolvem também variam de acordo com as condições sociais e culturais dos interlocutores.

Parte 1

1. Leia o texto a seguir para começar a discutir o assunto.

Situação 1

Você é um sitiante e vende 50 cabeças de boi para um frigorífico de sua cidade. Cada cabeça vale 200 reais. Sendo assim, o valor total da venda é R$ 10 000,00. O comprador propõe que o pagamento seja feito em cinco prestações de 2 mil reais. Você aceita a proposta, mas precisa se certificar de que os pagamentos serão efetuados.

Como você poderia registrar essa venda e a forma de pagamento a fim de garantir o re-cebimento de todo o dinheiro? Acreditar apenas na palavra do comprador? Mas como pro-var que os bois foram entregues, caso o comprador não pague a dívida?

Por conta dessa dúvida e tantas outras, podemos dizer que a escrita surgiu como um tipo de solução. Pondo por escrito o trato, ambos – você e o comprador – poderiam ter a garantia de que receberiam aquilo que lhes cabe. De que forma, porém, vocês escreveriam isso? Que variedade linguística vocês utilizariam? Poderiam escrever como falam? Vocês teriam de usar uma variedade da língua portuguesa comum a ambos. Quer dizer, teriam de escrever o fato (compra/venda do gado; valor da negociação, condições de pagamento) de forma clara, possível de ser lida pelos dois envolvidos na situação e por qualquer outra pessoa que pegasse esse texto.

Por isso, o ideal é que ele fosse escrito em uma linguagem formal, padrão e, portanto, sem gírias, sem expressões coloquiais ou regionais. Essa linguagem formal, por ser padrão (modelo conhecido por pessoas letradas), pode superar as possíveis diversidades (diferen-ças) entre interlocutores (quem escreve e quem lê) de um texto. Ou seja, mesmo que os interlocutores utilizem, no seu dia a dia, variedades linguísticas diferentes da variedade culta padrão, se forem razoavelmente letrados, terão condições de entender a mensagem desse documento.

Adaptado de: AGUIAR, Eliane Aparecida. Das palavras ao contexto. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 146.

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2. Diante da situação apresentada e das explicações resumidas no início desta sequência sobre variedade-padrão da língua, em grupos, redijam um acordo entre o vendedor e o comprador da Situação 1, considerando os dados de compra e venda e a variedade linguística adequada.

3. Troquem sua produção com outro grupo a fim de que seus colegas possam avaliá-la, anotando sugestões de correção dos trechos com problemas. Vocês devem proceder do mesmo modo com o texto do outro grupo. Devolvam os textos a seus respectivos autores.

4. Reformulem seu texto a partir das sugestões apresentadas pelos colegas e entreguem a nova versão ao professor.

Parte 2

1. Leia o texto a seguir.

Situação 2

Um jovem vai a uma entrevista para uma vaga de balconista em uma loja de roupas masculinas, bastante tradicional em sua cidade. Essa loja costuma atender clientes economi-camente abastados e de meia-idade (homens com mais de 50 anos). O gerente da loja per-gunta por que o jovem deseja o emprego, quais suas qualificações para o cargo e seus objeti-vos. O jovem responde da seguinte maneira:

tô precisando liberar adrenalina nesse trampo! Dá uma reciclada nas ideias. tipo assim... Sei lá. Botá um bando de coisas maneras no meu modo de pensar. aí, cê sabe o lance das influências-cabeças? Fala sério. tô superpreparado pro cargo. Cê pode me contratar no sossego que, tipo assim, esse cargo tem tudo a ver comigo. Fala sério!

O gerente ouve o jovem e diz que ele não serve para o cargo.

A linguagem utilizada pelo garoto não estava adequada ao contexto? Por quê?•

Se você estivesse no lugar dele, como responderia às questões feitas pelo ge-•rente?

E se a proposta fosse que você escrevesse um texto expressando suas intenções, que •variedade linguística utilizaria para responder à demanda do contexto?

É importante que você pense sobre o que os clientes e o gerente da loja em questão es-peram de um novo funcionário: clareza na fala e formalidade para atendê-los. No entanto, o jovem apresentou-se de modo “descolado”, utilizando-se de muitas gírias e expressões que tornaram difícil a compreensão de seu discurso. Afinal, o que é “botar adrenalina nesse

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2. Imagine-se no lugar do jovem da Situação 2 e redija uma carta de intenção, expondo os motivos pelos quais você deseja o emprego na loja. É importante que você convença seu interlocutor (no caso o gerente da loja) de que, se for contratado, será um bom funcionário.

Para essa produção escrita, será necessário que você:

a) faça primeiro um esquema para seu texto. No esquema, você deve apontar, de forma bem geral, as informações que gostaria de colocar em sua carta de intenções. Selecione também os melhores argumentos para convencer seu interlocutor de que a vaga deve ser sua. Eles servirão de base para sua produção final;

b) retome a estrutura do gênero carta, já estudado nas séries anteriores, considerando que o item “intenções” está relacionado ao contexto no qual essa produção escrita foi solicitada: seleção de funcionário para a vaga de emprego;

c) organize a carta em parágrafos:

trampo”, “lance das influências-cabeças”? O problema da situação não está exatamente no modo “certo ou errado” de o jovem falar, mas na adequação da linguagem ao contexto, con-siderando seu interlocutor (o gerente) e a formalidade da situação.

Atividade adaptada de: AGUIAR, Eliane Aparecida. Das palavras ao contexto. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC; Inep, 2002. p. 148.

parágrafo expositivo• , apresentando-se e as suas qualificações para a vaga em ques-tão.

parágrafo expositivo-argumentativo• , justificando por que essas qualificações são adequadas à vaga na loja.

parágrafo conclusivo• , agradecendo a atenção do interlocutor e registrando sua ex-pectativa diante da espera de uma resposta.

d) escreva a primeira versão de sua carta, considerando os itens anteriores. Nesta etapa, é mui-to importante que você cuide da linguagem, evitando expressões coloquiais e gírias;

e) leia e revise seu texto, observando os trechos confusos e incoerentes;

f ) reformule a carta e deposite-a em uma caixa preparada por seu professor. Todos os estu-dantes devem colocar sua produção nessa caixa (não coloque seu nome para não se identi-ficar);

g) retire da caixa outra carta (se pegar novamente a sua, devolva-a à caixa), faça a leitura do texto e sugira algumas reformulações que possam torná-lo mais adequado à situação pro-

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posta. Não conte ao autor da carta que foi você o responsável pelas sugestões. Devolva-a novamente à caixa;

h) volte à caixa, pegue seu próprio texto e leia as sugestões feitas por seu colega. Reformule o que julgar pertinente. Depois, escreva no corpo do próprio texto um pequeno bilhete, agradecendo a seu colega a colaboração;

i) fixe sua carta em um mural, na sala de aula, a fim de que todos possam ver o resultado final. Deixe o bilhete em um lugar bem visível do texto e aguarde para descobrir seu lei-tor secreto.

Estudo da língua

1. Leia a situação a seguir e responda à questão proposta.

Situação 3Fazendo um contrato

Imagine que o texto a seguir seja o contrato que você fez com o comprador de seus bois, para garantir o negócio apresentado na Situação de Aprendizagem 1.

Senhor comprador: estou vendendo os meus boizinhos com muita dó no coração. mas fazer o quê? assim é a vida, não é? espero que você cuide bem deles: trate-os com carinho e cha me-os pelos nomes. ah! Já ia me esquecendo: tem a Joaninha, o Bartolomeu, a Cristeva, o Juquinha... mas vamos aos negócios. Vou esperar o seu pagamento naqueles dias que combina-mos. Se precisar de mais uns dias, não tenha vergonha de me falar. um abraço. o Vendedor.

Em sua opinião:

a) ( ) A linguagem que o autor utilizou é apropriada para um contrato de compra e venda, pois é formal, objetiva e clara, sem palavras que indiquem afetividade.

b) ( ) As informações realmente importantes foram colocadas no texto: os prazos para o pagamento, o valor de cada parcela, como efetuar o pagamento.

c) ( ) O nome dos bois e vacas vendidos era uma informação fundamental para a realização do negócio.

d) ( ) A linguagem afetiva e informal utilizada nesse texto não é apropriada para um contrato, pois o autor parece estar escrevendo uma carta pessoal para um amigo.

Atividade adaptada de: AGUIAR, Eliane Aparecida. Das palavras ao contexto. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 147.

2. Discuta com seus colegas sobre as formas que a linguagem assume de acordo com a situação de uso. Deem exemplos de como vocês falariam com seus interlocutores se estivessem nas seguintes situações:

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a) conversa entre amigos que assistem a um jogo de futebol;

b) conversa entre um rapaz e uma garota. Ele quer convidá-la para um passeio;

c) discussão, na TV, sobre um tema polêmico;

d) exposição de um professor durante uma aula em que ele pretende ensinar um novo tema;

e) orientação de um médico a um paciente.

LIÇÃO DE CASA

1. Faça uma pesquisa, na internet ou em seu livro didático, ampliando seu conhecimento sobre o tema variedades linguísticas.

2. Copie em seu caderno pelo menos duas explicações para esse tema.

3. Reflita sobre como o conhecimento das variedades linguísticas contribui para seu entendimento das atividades realizadas nas seções Produção escrita e Estudo da língua.

4. Anote suas dúvidas sobre esse tema e, na próxima aula, apresente-as a seus colegas e ao professor. Nessa conversa, será necessário que, coletivamente, vocês sistematizem todas as dúvidas e expli-cações expostas a fim de garantir maior compreensão da importância do estudo das variedades linguísticas para sua formação como leitor e escritor de diversos textos.

5. Pesquise na internet ou em outra fonte indicada pelo professor as diferenças entre dois gêneros textuais comuns nos jornais, a notícia e os textos de opinião. Observe que ambos podem tratar do mesmo assunto, são publicados em jornais, atingem o mesmo grupo de leitores. Onde estão as diferenças? Seu professor organizará um momento para discutir com a classe as respostas encontradas.

!? SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

RECAPITULANDO OS CONTEúDOS

Leitura e Análise de Texto

As Questões de 1 a 4 baseiam-se no texto apresentado a seguir e foram retiradas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), 2003. Leia o texto e responda às questões.

Um repórter de jornal redigiu a seguinte notícia e a entregou a seu chefe:

A greve dos motoristas de ônibus de São Paulo pegou a população desprevenida. Des-de a madrugada, milhares de trabalhadores irritados aguardavam nos pontos os ônibus que

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1. De acordo com as informações contidas no texto, é correto afirmar que:

a) os passageiros não deixaram de se solidarizar com os grevistas.

b) os grevistas não se preocuparam em justificar o movimento.

c) a paralisação dos ônibus não afetou outros setores de transporte.

d) o movimento grevista não obteve apoio integral dos motoristas.

2. A expressão população desprevenida significa população:

a) despreparada.

b) desamparada.

c) desesperada.

d) desinteressada.

3. A notícia trata, principalmente,

a) da depredação de veículos e instalações das empresas.

b) do bloqueio dos grevistas e de suas agressões aos seus colegas.

c) da greve dos motoristas de ônibus por maiores salários.

d) de iniciativas radicais que merecem duras respostas das autoridades.

4. O chefe da redação pediu ao repórter para cortar do texto o que representa uma opinião, con-servando apenas os fatos. Atendendo à recomendação, o repórter cortou de seu texto, acertada-mente, a seguinte frase:

a) Desde a madrugada, milhares de trabalhadores aguardavam nos pontos os ônibus que os grevistas não permitiram que saíssem das garagens.

b) Houve casos de depredação de veículos e de instalações das empresas.

c) Os carros do Metrô passaram a circular superlotados.

d) O fato é que movimentos radicais como esse merecem uma dura resposta das autoridades.

os grevistas não permitiram que saíssem das garagens. Alguns motoristas insistiram em furar o bloqueio e foram agredidos pelos colegas. Houve casos de depredação de veículos e de instalações das empresas. Os carros do Metrô passaram a circular superlotados, o que também acabou por gerar uma série de tumultos. Os grevistas argumentam que o movi-mento se deve à defasagem salarial, mas o fato é que iniciativas radicais como essa mere-cem uma dura resposta das autoridades.

Disponível em: <http://saresp.edunet.sp.gov.br/2003/e_f/8a/índex.htm>. Acesso em: 31 jan. 2008.

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5. A notícia de jornal escolhida para a atividade do Saresp apresenta um problema. Que problema é esse? Qual a relação desse problema com a Questão 4?

Estudo da língua

1. Individualmente, faça a leitura do relatório a seguir e observe o sentido de algumas palavras e expressões que ajudam na composição do texto expositivo.

Relatório de experimento em Ciências

Na aula de Ciências, eu e meu grupo levamos uma garrafa com água, dois potinhos de tintas de cores diferentes, três cravos, uma tesoura e quatro copos.

Nós colocamos um pouquinho de tinta de cor diferente em cada um dos copos. [...]

Depois, juntamos um pouco de água. [...] Em seguida, cortamos ao meio o talo de uma flor. Ela ficou com duas perninhas. As outras duas ficaram do mesmo jeito. Pegamos a flor de talo cortado e colocamos metade do talo em um copo com água de uma cor e a outra metade no outro copo com a outra cor. As flores que estavam com o talo inteiro, sem cortes, nós pusemos uma em cada um dos outros copos. Deixamos os copos na escola e fomos para casa.

No dia seguinte, observamos que a cor das pétalas das flores tinha ficado da mesma cor da água do copo no qual estavam. A flor que teve seu talo dividido em dois copos, com água colorida com cores diferentes, ficou com duas cores. As flores que não tiveram os talos cortados ficaram de uma cor só. É porque as flores têm veias que levam a água desde o talo até cada pedacinho das pétalas.

Foi bem interessante essa experiência.

[...] Esse é o meu relatório da experiência de Ciências.

Rodrigo da Silva Luzia – 6a série A, no 28 – texto autêntico.

Belém, 3 de junho de 2002.

Atividade adaptada de: PELá, Cleuza. Interligando as linguagens. Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Educação Artística, Educação Física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Coord. Zuleika de Felice Murrie. Brasília: MEC/INEP, 2002, p. 19.

2. Grife essas palavras e expressões.

3. Explique o que essas palavras e expressões indicam sobre as ações do autor no experimento apresentado.

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Leitura e Análise de Imagem

1. Observe as imagens a seguir:

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René Magritte. os amantes. Favela e bairro de Ipanema vistos a partir do morro de Cantagalo. Rio de Janeiro – RJ – 9/2007.

Catástrofe da natureza provocada pelo homem. Lagoa Rodrigo de Freitas. Rio de Janeiro – RJ.

Fila de pessoas. Fachada da Estação da Luz – São Paulo/2006.

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2. Coletivamente, em uma roda de apreciação, discuta com seus colegas e o professor suas primeiras impressões dessas imagens.

3. Dividam-se em grupos e sorteiem uma imagem para cada grupo.

Sua tarefa será:

Refletir sobre a imagem: o que ela diz? A quem se dirige? Como ela poderia ser in-•terpretada? O que ela mobiliza? A que temas remete? Por que vocês acham isso?

Anotar o resultado dessa reflexão, em forma de tópicos ou listas.•

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Oralidade

Apresentem as anotações feitas na atividade anterior a toda a classe, explicando como chegaram a essas conclusões. No momento dessa apresentação, é importante abrir espaço para que os colegas formulem questões. Observem também se o nível de reflexão sobre as imagens foi ampliado em relação às Atividades 2 e 3.

Produção escrita

Individualmente, escolha uma das imagens estudadas e escreva um pequeno comentário sobre suas impressões de leitura dessa imagem. É importante que, nesse texto, você exponha os motivos que o leva-ram a escolhê-la, justificando-os: o que chamou sua atenção? Que elementos da roda de apreciação e da discussão promovida a partir dela ajudaram na sua escolha e no seu entendimento da imagem lida?

Atividade complementar em grupo

Orientações para a produção escrita

1. Para garantir o caráter expositivo-argumentativo desse comentário, retome os estudos rea-lizados nas Situações de Aprendizagem 1, 2 e 3 sobre as tipologias expor e argumentar.

2. Faça uso das orientações sobre as etapas da produção escrita: planejar, primeira versão do texto, revisão e reformulação do texto.

Seu professor apresentará à classe dois novos textos pertencentes a gêneros e tipologias dife-rentes.

Sua tarefa será:

a) Ler os dois textos.

b) Indicar qual deles é organizado a partir das características da tipologia expositiva, justifi-cando o porquê.

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LIÇÃO DE CASA

1. Retome, na Situação de Aprendizagem 1 (pág. 4), o texto Como o beija-flor maximiza o ganho de energia (artigo de divulgação científica escrito especialmente para o Caderno Mais! da Folha de S.paulo).

Responda:

a) Esse texto pertence ao grupo dos textos expositivos. Explique por que é possível fazer essa afirmação.

b) Relembrando o que aprendeu sobre textos expositivos, preencha o quadro-síntese a seguir.

Estudo da língua

1. Em grupos, gravem um pequeno relato oral sobre as imagens analisadas na sequência da seção Leitura e Análise de Imagem desta Situação de Aprendizagem.

2. Façam a transcrição literal desse relato, em cartolinas.

3. Depois, coletivamente, façam a leitura dessas transcrições, observando quais características do relato oral não poderiam ser mantidas no relato escrito, tais como:

expressões tipicamente orais (aí, daí, né...);•

falta de pontuação entre as falas;•

gírias;•

ausência de elementos coesivos entre enunciados do texto oral.•

Informações gerais sobre o texto

Título

Autor

Gênero de texto

Onde o texto foi publicado

Tema

Informações que você obteve sobre o tema com a leitura do texto

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4. Discutam com seus colegas e o professor as possibilidades de transposição desse relato oral para o escrito:

a) O que deve ser eliminado e mantido para que o relato escrito respeite a norma-padrão?

b) Como articular as falas, no relato escrito, utilizando alguns recursos coesivos? No lugar do aí, o que podem usar, por exemplo?

5. Cada grupo deve fazer essa transposição, observando se os aspectos próprios da oralidade e da escrita formal já discutidos foram, de fato, levados em conta e contribuíram para a compreensão e adequação do texto, de acordo com sua função comunicativa.

6. Apresentem a versão final do relato a toda a classe.

VOCÊ APRENDEU?

1. Para sistematizar o estudo do agrupamento tipológico argumentar, verificando o que e quanto aprendeu até aqui, é importante que você retome tudo o que foi feito, organizando uma lista dos conteúdos estudados.

2. Ao lado dos itens dessa lista, registre suas impressões, dúvidas e questionamentos. Essa avaliação pode ser feita na sala de aula ou em casa, de acordo com a orientação de seu professor.

Lista de conteúdos estudados Impressões, dúvidas e questionamentos

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3. Caso seja feita na escola, essa pesquisa dos conteúdos deve ser em dupla, mas cada um anota individualmente suas questões.

4. Na sequência, apresente sua lista e anotações ao colega a fi m de que um possa auxiliar o outro em suas difi culdades.