Download - Alfabetização
INCLUSÃO
o espaço dos auxiliaresCom váriosformatos de trabalho, eles são
fundamentais para muitos alunos com NEECAMILA CAMILO [email protected]
NO SITEabr.io/ftexibilizacao
Guia deFlexibilização.
P ara que a inclusão realmente aconteça, éimportante garantir diversos recursos: a
parceria entre o atendimento educacional espe-cializado(AEE)e osdocentes,o amparo dasfamí-liase o investimentoem acessibilidade.Emalgunscasos,no entanto, é precisoum elemento a mais:o auxiliar.Trata-sede um profissionalque acom-panha o aluno diariamente, contribuindo nacompreensãode suascaracterísticase eliminandobarreiras que o impedem de se inserir na vidaescolar. Assim,ele complementa o trabalho doeducador responsávelpela turma e o do AEE.
Nem todos que têm necessidades educacionaisespeciais (NEE) precisam de um auxiliar. Ele en-tra em cena quando há algum impedimento àinclusão. Em certos casos, a criança necessita al-guém que a acompanhe em classe, flexibilizandoas aulas. Em outros, requer ajuda em questõesmotoras, com exercícios específicos e adaptaçõespara a escrita. Há ainda alunos que só conseguemfrequentar a escola se têm apoio para locomoção,higiene e alimentação, e demandam uma pessoacapacitada para fazer esse atendimento da formacorreta, evitando lesões e constrangimentos.
Saúde e cuidadoNa EMEF Maria Lúcia dos Santos, em SãoPaulo, a coordenadora pedagógica, MarizaBeranger, solicitou o apoio da Secretariade Educação para que os estudantes cadeirantese com mobilidade reduzida tivessem ajuda paraalimentação, higiene e locomoção. Foi quandoAdriana Nascimento de Jesus chegou à escola."Recebi formação da Associação Paulista para oDesenvolvimento da Medicina, ligadaà Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),para ocupar o cargo de auxiliar de vida escolar,profissional que acompanha os alunos", conta.
Adriana fica à disposição de quatro criançasno perfodo da manhã. Ela transfere para acadeira de rodas as que precisam, evitandolesões, orienta aquelas que têm dificuldadesde mastigação e deglutição, e contribui com ahigiene e os primeiros socorros.
A auxiliar participa das reuniões pedagógicase compartilha o que sabe com a equipe. "Noteique o Guilherme Cândido, aluno do 32ano comencefalopatia, quando quer negar algo, primeirobalança a cabeça de baixo para cima e, depois,da esquerda para a direita!' Essa descobertaajudou a melhorar a comunicação com o garoto.
Para cada uma dessas situações, há um profis-sional que melhor atende às necessidades dosalunos - podendo ser um professor auxiliar, umespecialista em inclusão, um estagiário de Peda-gogia ou Psicologia, ou alguém da área de Saúde(leia os depoimentos ao longoda reportagem).
As especificidades, no entanto, não estão clarasna legislação sobre o tema - que é escassa. RogérioDiniz Junqueira, pesquisador do Instituto Nacio-nal de Estudos e Pesquisas Educacionais AnísioTeixeira (Inep), explica que "não existem leis queindiquem a formação mínima ou as responsabi-lidadesdo auxiliar".Cada governo define se e emque circunstâncias o trabalhador será solicitado.
Em geral, as regras locais têm como orientaçãoa Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB), que afirma no artigo 58 que "haverá, quan-do necessário, serviços de apoio especializado, naescola regular, para atender às peculiaridades daclientela de Educação Especial", sem citar comoisso deve ser organizado.
Além da falta de leis nacionais claras, há um
desconhecimento das regras locais por parte dasescolas. "Nem todas as Secretarias possuem regu-
Em busca da autonomiaCarlos Emanoel dos Santos, aluno do 22ano,aprendeu a ler e escrever em braile na EMProfessor Antônio Amam, em Cataguases,a 304 quilômetros de Belo Horizonte. Eleconta com o auxnio da professora de apoiopermanente Mariana Virginia de Resende, que,quando soube que atenderia um cego, buscoucursos de capacitação oferecidos pelo InstitutoBenjamin Constant, no Rio de Janeiro.
Para garantir o aprendizado do estudante,a docente aposta no trabalho colaborativo. ,"Participo de todas as reuniões e mostro aosprofessores como planejar é importante. Elesme passam os textos de aula com antecedênciapara eu transcrevê-Ios em braile. Assim, o Carlospodelertudojuntocoma turma",conta. --
A atuação de Mariana se estende tambémpara fora da classe. Ela colocou fitas com alto-relevo nas paredes da escola, na altura das mãosdo garoto, e placas em braile mostrando ondeestá o banheiro, a biblioteca e outros lugares."Além de dar a ele maior independência,nos preocupamos em fazer com que consigase localizar e se sinta à vontade para circularpelos ambientes, como os demais:'
lamentação ou serviço de apoio. Mesmo nos casosem que ele existe, só algumas instituições são be-neficiadas porque muitos gestores não sabemcomo procurar ajuda ou requisitar alguém", afir-ma Daniela Alonso, psicopedagoga, consultora deprojetos educacionais e especialista em inclusão.
Outro impedimento à contratação de auxilia-res é a formação. É dificil encontrar pessoas capa-citadas para atuar com várias deficiências, cadauma delas com manifestações próprias. Mesmoem cursos de pós-graduação ou extensão, há dú-vidas sobre como qualificar para uma função tãoampla. É comum o auxiliar realizar cursos comfoco em deficiência visual, por exemplo, e ser en-caminhado para atender um estudante com defi-ciência intelectual ou múltipla.
Organizar a escola e atuar em parceriaPara lidar com um quadro tão complexo, é essen-cial que a escola forme uma rede de apoio. O pri-meiro passo é conhecer bem os alunos com NEE.As características deles vão ditar quais e quantosprofissionais devem ser contratados. "Eles preci-sam ter um perfil de educador e têm de se esfor-
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7.,'
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INCLUSÃO
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çar para entender quais intervenções devem serfeitas e em que momento", ressalta a educadoraMaria da paz Gunga Castro, especialista em inclu-são da Escola da Vila, em São Paulo.
O passo seguinte é identificar o que a Secretariade Educação pode oferecer e checar a possibilida-de de firmar parcerias com outras instituições,corno as de Saúde e Assistência Social, que estãoaptas a prestar serviços às escolas.
Contratado o auxiliar, é preciso incluí-Io narotina escolar e garantir que ele participe das reu-niões pedagógicas. Em contato com o restante daequipe, ele consegue ter um olhar geral sobre otrabalho pedagógico, o que ajuda quando está emsala de aula com o aluno. Ao mesmo tempo, elecompartilha com a equipe informações sobre odesenvolvimento da criança que acompanha.Muitas vezes,é nesse momento que os educadoresconhecem melhor os estudantes com NEE.
A presença do auxiliar nas reuniões contribuitambém para evitar o isolamento dele em relaçãoao restante do grupo. O ideal é que esse profissio-nal conte com o apoio dos colegas - em especial,do responsável pelo AEE - para formular as ati-
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vidades e encontrar soluções eficientes para quecada aluno seja incluído e aprenda.
Por fim, é preciso ter claras as regras que pau-tam a relação entre auxiliar e aluno. Ele deve ga-rantir condições para que a criança frequente asaulas e aprenda, mas tem de ajudá-Ia a desenvol-ver autonomia. "Esse profissional precisa se colo-car à disposição do estudante para gerar seguran-ça, mas é preciso distinguir quando ajudá-Io equando deixar que tente fazer as atividades por simesmo", explica Maria da Paz. A preocupação setoma ainda mais importante ao notar que, nor-malmente, as crianças estão habituadas a um cui-dado intensivo em casa.
Outro aspecto importante é não ignorar o alu-no. Às vezes, o auxiliar responde perguntas pelacriança ou fala sobre ela, como se não estivessepresente. "O estudante precisa receber ajuda, massem dependência", diz a especialista.
É possível que, no meio do caminho, o profis-sional se depare com uma situação inesperada outenha de lidar com uma deficiência que desconhe-ce. Nesse casos, ele deve buscar apoio na gestãoescolar e procurar formação adequada.
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Escola em sintoniaCarla Adriana Rodrigues lecionava para turmasde lI! ano da EM Professora Adelaide ThoméChamma, em Ponta Grossa, a 119 quilômetrosde Curitiba, quando foi convidada a assumir ocargo de professora de atendimento especffico,nome dado na rede ao profissional queacompanha crianças com NEE na sala de aula.Ela aceitou o desafio e foi trabalhar com LetfciaLouise, aluna que tem epilepsia não controlável,doença que compromete as habilidades motoras.
Atualmente, a docente está focada em adaptaratividades de alfabetização para a menina."Letfcia trabalha o mesmo tema que o resto daturma, mas realiza exercfcios especfficos, criadosde acordo com suas potencialidades", explica.
Nem sempre as duas estão juntas. Naausência da docente, a menina conta como apoio dos outros estudantes. "Eu e a professorada turma orientamos o grupo para que soubessecomo ajudar a colega caso ela tenha uma crisee nenhum adulto esteja por perto!'
Para aprender cada vez mais, Carla recorre àrede. "A Secretaria realiza reuniões mensais e umseminário anual para que todos que trabalhamcom inclusão na cidade dividam experiências!'
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H[STÓRlh DA EDUCAÇÃONO BRASIL
Mestres quase nobreso ensino se torna estatal e os professores sãomuito cobrados, mas pouco recompensados
OSjesuítas lideraram as primeiras experiên-cias de ensino no Brasil entre os séculos 16
e 18, mas foram expulsos de Portugal e da colôniaem 1759. Responsável por essa determinação, Se-bastião José de Carvalho e Meio (1699-1782), omarquês de Pombal, iniciou uma reforma daEducação com o objetivo de modernizar o reinode dom José I (1714-1777). Para substituir os pa-dres, ele criou as aulas régias, mas os efeitos con-cretos só foram sentidos alguns anos depois.
Em 1760, foi realizado
o primeiro concurso pa-ra professores públicos(ou régios), em Recife(leia a linha do tempo napágina seguinte), mas asnomeações demorarame o início oficial das au-
las só ocorreu em 1774,no Rio de Janeiro. Dian-
te disso, quem tinha con-dições recorria a profes-sores particulares.
Depois que o ensinoengrenou, a etapa inicial,chamada de "estudos
menores", era formadapelas aulas de ler, escre-ver, contar e humanida-
des (gramática latina,grego etc.). Era a primei-ra vez que a Educação
; era responsabilidade es-
~ tatal e objetivavaser lai-~ ca, mas o catolicismo~ ainda continuava muito~ presente. Para se tomar
professor, não havia umaformação específica. Por
ANA LIGIA SCACHETTI [email protected]
NO SITEabr.io/teoria-ne
Série TeoriaPassadaa Limpocom osgrandes teóricos
da Educação.
O marquês de Pombal criou as aulas régias, masdemorou até organizar a seleção de professores
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isso, eram selecionados os que tinham algumainstrução, muitas vezes padres.
Tereza Fachada Levy Cardoso, doutora em His-tória e docente do Centro de Educação Tecnoló-gica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Rio deJaneiro, conta que os professores ganhavam umtítulo de nobreza, que dava direito a alguns bene-ficios, como a isenção de certos impostos. Mas aatividade era penosa e nem sempre compensado-ra. As aulas régias aconteciam na casa dos educa-dores, previamente liberadas pelos inspetores.Eram frequentes as solicitações por melhores sa-lários, especialmente porque havia muita diferen-ça entre o que era pago dependendo do nível emque o educador atuava.
As orientações de Pombal valeram até a mortede dom José I, em 1777. Quando dona Maria I(1734-1816) assumiu o trono, demitiu o marquês.Apesar da mudança política, no início não houveuma ruptura no sistema de ensino. As aulas dei-xaram de ser denominadas régias e passaram a ~erchamadas de públicas, mas só o nome mudou.
Dona Maria I reinou até 1792, quando seu fi-lho dom João VI (1767-1826) assumiu o poder. Avinda da fanulia real para o Brasil, em 1808, im-pulsionou o desenvolvimento cultural. Logo sur-giram a Imprensa Régia e alguns jornais impres-sos, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e o Mu-seu Real. Enquanto isso, as ideias que levariam àindependência já se alastravam pelo país e ela setomou real em 1822. I
Diverso, mas semelhanteA Constituição de 1824 estabeleceu que a Educa-ção deveria ser gratuita para todos os cidadãos.Para cumprir essa determinação, deputados e se-nadores aprovaram uma lei em 15 de outubro de1827 que marcou o Dia do Professor e indicouque fossem criadas escolas de primeiras letras em
todas as cidades e vilas. Na prática, o ensino per-maneceu sem mudanças estruturais até 1834.Nessa data, um ato adicional alterou a Constitui-
ção e deu poder para cada província, entre outrosaspectos, definir as regras educacionais em seuterritório. "Elas começaram a criar escolas, mas asdiretrizes educacionais eram muito semelhantes",
afirma André Paulo Castanha, professor de His-tória da Educação da Universidade Estadual doOeste do Paraná (Unioeste) e pesquisador do pe-ríodo. "Os presidentes das províncias eram 'nome-ados pelo imperador. Vários circularam por maisde uma região. Então, as medidas eram adotadasem um lugar e, depois, levadas para outros."
Como parte do esforço de criar mais escolas, oColégio Pedro 11foi fundado em 1837, no Rio deJaneiro, para ser um modelo para o ensino secun-dário. E para quem iniciava os estudos havia asescolas de primeiras letras. Nelas, as aulas aborda-vam temas como a leitura, a escrita e as operaçõesmatemáticas e adotavam o método mútuo ou
lancasteriano, criado na Inglaterra e muito usadopor aqui na primeira metade do século 19. DianaVidal, professora da Universidade de São Paulo(USP), lembra que ele foi inspirado no sistemafabril. Cada docente tinha vários monitores - es-
o métodomútuo,inspiradonosistemafabrilinglês,não deucerto no Brasil
tudantes mais experientes que instruíam os de-mais."Uma única instituição poderia alfabetizarmil alunos ao mesmo tempo?' Castanha enfatizaque esse método foi aplicado aqui porque era oque havia de mais moderno na Europa, mas nãodeu certo porque muitas famíliasnão viam a ne-cessidadede colocar os filhos na escola."AIngla-terra tinha uma população escolar considerável,mas no Brasil as turmas eram pequenas, e issodescaracterizavao método?'
Exemplo de moral e bons costumesQuem desejava ser professor no período imperialtinha de atender a muitas exigências. Os conteú-dos cobrados nos concursos públicos eram tantosque em alguns momentos foi dificil encontrarquem passasse nas provas. Diante disso, o Estadofoi obrigado a aceitar docentes sem habilitação,que recebiam um salário menor.
Apesar do rigor na seleção, as primeiras escolasnormais voltadas à formação dos docentes surgi-
ram a partir de 1835(leiaa questãodeconcursonapágina seguinte). E apenas em 1860 as leis come-çaram a prever vantagens para quem passava poressas instituições. Mesmo assim, a formação emsi não era o principal requisito. "O foco estava no
É realizadoo primeiroconcurso paraprofessorespúblicos,
A vinda dafamflia realpara o BrasilIncentiva acultura no pars,
As provrnciaspassama definiras regraseducacionais.
Dom Pedro I(1798-1834)assume otrono após aindependência.
A Repúblicaé decretadae surge umnovo modelode escola.
FONTE HiSTóRIA Q4 EDUCAÇAo
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
"Acivilização é obra daescola e a escola é obra do
professor. Se quereis elevara escola e a civilização,começai por elevar oprofessor à altura da
sua missão e lhe dar nasvantagens do seu oficio a
coragem, o gosto, a energia ea força que ele demanda?'
ANTÔNIO DE ALMElDA OLIVEIRA
caráter do professor. Ele tinha de ser um exemplodos valores morais e religiosos e de respeito à or-dem", avalia Castanha.
Após passar pelo rigoroso processo de contra-tação, o educador poderia conquistar o direitovitalício ao cargo. Mas a remuneração era baixís-sima e continuava sendo fonte de reclamação. Noartigo Os Professorese Seu Papel na Sociedade Im-
perial, Castanha e Marisa Bittar, professora daUniversidade Federal de São CarIos (Ufscar), res-gatam uma análise de Antônio de AImeida Oli-veira (1843-1887), que foi deputado federal e pre-sidente da província de Santa Catarina, sobre aimportância da valorização desse profissional(leia um trechodo documento acima).
Na segunda metade do século 19, várias refor-mas tentaram dar um rumo mais proficuo para aEducação. Outros métodos foram utilizados, co-
mo o simultâneo, em que o professor se dirige agrupos de alunos reunidos pelo tema a ser estu-dado, e o intuitivo, que propunha o uso dos cincosentidos para o aprendizado. A reforma instituídana corte em 1854 estabeleceu que aos 5 anos ascrianças poderiam ingressar na escola, mas issonão era seguido. Como resultado, adolescentes deaté 15 anos chegavam para as primeiras aulas e odocente tinha de lidar com isso. "Era comum quequando a criança aprendesse a ler e escrever ospais a tirassem da escola, porque, naquele contex-to de um país ainda excessivamente agrário e es-cravocrata, a Educação não era uma necessidadede fato", completa o pesquisador.
Mesmo com tantas iniciativas e várias mudan-
ças, o desejo de ampliar o nível de instrução dapopulação não foi bem-sucedido durante o Im-
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pério. Maria Lúcia de Arruda Aranha apresentano livro História da Educação (256 págs., Ed. Mo-derna, teI. 0800-7707-653, 65,90 reais) alguns in-dicadores desse fracasso: em 1867, só cerca de 10%
da população em idade escolar estava matriculadae, em 1890, no início da República, a taxa de anal-fabetismo chegava a 67,2%.
À época, o político e escritor Rui Barbosa(1849-1923) se debruçou sobre esses e outros nú-meros e produziu pareceres em que concluía que"somos um povo de analfabetos, e que a massadeles, se decresce, é numa proporção desespera-doramente lenta", como Najla Mehanna Mormule Maria Cristina Gomes Machado apresentam noartigo Rui Barbosa e a EducaçãoBrasileira - Os Pa-receresde 1882. A avaliação negativa ocorreu nomomento em que o país passava por grandestransformações, como a abolição da escravatura.O processo para a proclamação da República ga-nhava força e com ele chegaria a discussão de ummodelo de escola mais parecido com o que existeatualmente, tema do próximo capítulo.
Questão de concursoPrefeitura Municipal de São Mateusdo Sul,PR,2012.Prova para professor
A respeito da história da organização daEducação brasileira é correto afirmar que:(A)As primeiras escolas de ler e escreverbrasileiras foram criadas pelos missionáriosprotestantes que chegaram ao Brasil;(B) O ensino jesuítico visou um ensinobaseado em aulas régias;(C) No período imperial, são criadasas primeiras escolas normais paraa formação de professores;(D) No período da ditadura militar, apolítica da Educação brasileira primavapor um ensino libertador e crítico;(E) A LDB9394/96 é a quinta LDBpromulgada no Brasil.Resposta correta: C
Comentário
A primeira escola normal foi criada no Riode Janeiro em 1835. Nela, um único professoratendia apenas alunos homens. Na década de1870, havia instituições masculinas e femininase nos anos seguintes elas se tornaram mistas.Consultoria ANDRÉPAULOCASTANHA
PRÓXIMOCAPfTULO
Priri1eiraRepública
Alfi ~ betizaçãoLere escrever com a ajuda da tecnologia
ESIÉo BRUNO.ELIÉ UMPINTORE UMARTISTA.ELEÉ MUITOLEGAOE
illlllillll!innllllll~)USE NTRADO,___ .O~O?!9~..J~UITO BEIN.
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SALA DE AULAARTE A criançada pode produzir batuques até com o corpo
LíNGUA PORTUGUESA Que tal colaborar com a Wikipédia?
MATEMÁTICA Ensine a multiplicação por 10, 100 e 1.000
LíNGUA ESTRANGEIRA A vida dos outros, em espanhol
HISTÓRIA As revoltas populares ao longo dos temposEDUCAÇÃO INFANTIL Refletir sobre a localização espacial
GEOGRAFIA Por que o céu fica nublado às vezesCIÊNCIAS Vá além da experiência clássica do plantio de feijão
EDUCAÇÃO FíSICA Vamos jogar peteca na escola!
~I~
37
íNDICE Agosto 2013
CAPA46 I PRÁTICAS DE LINGUAGEM
A alfabetização do nosso tempoComo usar computadores elousas digitais em prol da aprendizagem
SEÇÕES10 I CARO EDUCADOR
SALA DE AULA Nas páginas centraisFolclore é isto
-=_~..:'!.u~_~.~is_-T. - ~ '.,: _~ ...,~=.
._lia:"'..:="' =-
,../ ~ ~
52 ARTE 32 ao 52 anoExplore batuques de todos os tipos
LíNGUA PORTUGUESA 82 e 92 anosQuando a Wikipédia é bem-vinda em sala
MATEMÁTICA 32e 42 anosMultiplicar por 10,100 e 1.000
LíNGUA ESTRANGEIRA 72 ao 92 anoFalar da vida dos "Outros
HISTÓRIA 82 anoProtestar: um direito de todos os cidadãos
EDUCAÇÃO INFANTIL Pré-escolaOlhos atentos para o espaço ao redor
PÔSTERE COMO USAR12 ao 52 ano
62
66
70
74
78
81 GEOGRAFIA 22 anoPor que o céu está nublado hoje?
~ CI~NCIAS 22 ao 42 ano~ Todos os segredos do plantio de feijão
EDUCAÇÃOFíSICA 62e 72anosJogar na escola sem deixar a peteca cair
84
89
REPORTAGENS% I INCLUSÃO
O espaço dos auxiliaresPor que ele é importante para muitos alunos com NEE
100 I HISTÓRIADA EDUCAÇÃONO BRASILMestres quase nobresUma reforma para modernizar o ensino cria as aulas régias
104 I POLíTICASPÚBLICASA escola e a vida nos rios do AmazonasO dia a dia dos estudantes de comunidades ribeirinhas
6 AG0ST02013~
I~'~ Cwili~j_ _ ~..u
~Abril
(I GEIIDAU
Fundada em 1985
VICIOR CIVITA ROBERIO CIVITA(1907-1990) (1936-2013)
Presidente: Viclor Civita NetoDiretora Executiva: Angela Dannemann
Conselheiros: Victor Civita Neto, Giancarlo Francesco CivilRoberta Anamaria Civita, Beatriz Gerdau Johannpeter,Fábio Barbosa, Claudio de Moura Castro, Jorge Gerdau
Johannpeter, Manoel Amorim e Marcos Magalhães
iescolaDiretora de Redação: Maggj KrauseRedatora-dlefe: Denise FellegriniDiretora de Arte: Manuela Novais
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~
Repórteres: Anna RacheI Feneira, Camila Camilo e FemanEstagiárias: Larissa Teixeira e Paula Feres
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Colaborou nesta edição: Sidney Cerchiaro (revisão)NOVAESCOLAONUNEEditor: Rodrigo Ratier
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!lira a qualquer momento sem nenhum ônus. Mediante sua soIidtação, 10
direito à devolução do valor COne5pondente aos exemplares a m:eber. cIeWII
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NOVA ESCOLA, a maior revista de Educação doBrasil, circula em todo o pais desde março de 1986e é uma publicação da Fundação Victor Civita.É vendida a preço de custo - você só paga o papel,a impressão e a distribuição porque a FundaçãoVictor Civita, entidade sem fins lucrativos criadaem setembro de 1985, tem como objetivo contribuirpara a melhoria da qualidade da Educação Básica,produzindo publicações, sites, material pedagógico,pesquisas e projetos que --auxiliem na capacitaçãodos professores, gestorese demais responsáveispelo processo educaáonal.
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VICTOR CIVITA ~ ~ -(1907-1990) 7. -- . ..Fundador do Grupo Abril ~ ~ . -
e idealizador da Fundação Victor Civita
Foto Ricardo Toscan!
43 SITE
44 AUTORRETRATO
92 ARTIGOGuy Brousseau
1091 ESTANTE114 HORIZONTEMianmar
12 I CAIXAPOSTAL18 EM DIA
20 I EDUCAÇÃO EM DEBATEVagas para a pré-escola
27 E AGORA, TELMA?
28 NEURV RESPONDE
41 FALA, MESTRE!Luis Carlos de Menezes