Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde – 2012
Sérgio Ricardo F. SíndicoBibliotecário CRB 7-5094 Mestre em Ciência da Informação – UFF/IBICTFIOCRUZ/ICICT/Biblioteca da Saúde da Mulher e da Crianç[email protected]
Informação no apoio a tomada de decisões em C&T
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2. Informação - Conceito- Histórico- Onde - Como
3. Apoio à tomada de decisões - Por que - Como
Competências Informacionais
1. Paradigmas da Transmissão do Conhecimento- Conservação- Acúmulo- Organização e Controle (Suporte)- Disseminação
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1. PARADIGMAS NA TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO
• Conservação e salvaguarda
• Acúmulo
• Organização e Controle Bibliográfico
• Disseminação - Computação
- Acesso
- Biblioteca sem paredes
- Ferramentas
- Suporte
- Oralidade
- Escrita
- Grandes Coleções
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- Conceito
Informação é tudo aquilo que é capaz de transformar estruturas (BELKIN; ROBERTSON, 1976)
2. INFORMAÇÃO
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- Domínio epistemológico
Não por acaso, Pinheiro (1997) declara, na sua tese de doutorado, sobre domínio epistemológico e campo interdisciplinar da área: “a Ciência da Informação foi gestada sob o signo da guerra...”, portanto, podemos reafirmar, é filha da guerra.
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Informação em C & T
Mautort (apud BATTAGLIA, 1999) considera a informação insumo para o desenvolvimento científico e tecnológico e adota a seguinte definição: "informação científica e tecnológica é o insumo para atividades de pesquisa científica e tecnológica e para a aplicação em desenvolvimento econômico e industrial
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• Dados: informação potencial, ainda sem valor. Esta informação pode ser considerada um dado, no jargão da informática, apenas bits sem significado; uma tabela de um banco de dados é um conjunto de dados.
Desenvolvimento da Informação
• Informação: ao adquirir um valor, que lhe é atribuído pelo usuário, transforma-se em informação com valor agregado ou informação consolidada, já possui um significado.
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• Conhecimento: quando a informação consolidada é assimilada ou absorvida pelo indivíduo há o processamento ou interpretação da informação. Então, pode-se dizer que a informação se transforma em conhecimento.
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Histórico
• Idade Antiga
Sacerdotal, detém concepções especulativas e autoritárias
Trata o homem como um todo (Medicina Hipocrática)
- Conservação e salvaguarda da Informação
- Medicina
Acumulação infinita
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Papyrus de Ebers – 1500 a.C.
Encontrado no Egipto em 1870, o Papiro Ebers contém prescrições escritas em hieróglifos com mais de setecentos remédios. Por exemplo, uma receita para um remédio contra asma deve ser preparada com uma mistura de ervas aquecidas em um tijolo de modo a que o doente possa inalar os seus vapores
Fonte: U.S National Library of Medicine. Disponível em:
http://www.nlm.nih.gov/hmd/breath/breath_exhibit/MindBodySpirit/IIBa18.html
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Edwin Smith Surgical Papyrus 1550 a.C.
O mais antigo documento existente sobre a cirurgia. O papiro descreve o tratamento de quarenta e oito diferentes casos cirúrgicos, incluindo traumatismos cranianos, ossos quebrados, luxações e suturas.
Recomendações para analise de um homem com uma luxação na mandíbula. Indica a colocação de dedo no interior da boca para colocar a mandíbula no lugar, e propõe o mel como tratamento até que o doente se recupere.
Fonte: jameslindlibrary. Disponível em:
http://www.jameslindlibrary.org/trial_records/bc/surigcal-papyrus/papyrus-kp.html
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• Idade Média - 476 d.C. - 1453 d.C.
- Medicina
- Escolástica - O pensamento filosófico e científico ocidental e oriental continuou, essencialmente, fundamentado no patrimônio clássico. Avicena, Averróis, Isidoro de Sevilha e tantos outros que escreveram ou praticaram a medicina nesses tempos, tinham a Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis
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[...] Mas é próprio de nosso trabalho, do trabalho de nossa ordem e em particular do trabalho deste mosteiro, aliás a sua substância – o estudo e a custódia do saber, a custódia digo não a busca, porque é próprio do saber coisa divina, ser completo e definido desde o inicio, na perfeição do verbo que exprime a si mesmo[...]. (ECO, 1983)
Bibliotecas monásticas, de todos os livros, e poucas bibliografias (livro sagrado)
- Conservação e salvaguarda da Informação
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1455 - Invenção da Imprensa
• Idade Moderna - 1453-1789
- Medicina
- Conservação e salvaguarda da Informação
1627 – Gabriel Naudé - Avis pour dresser une bibliotheque - Uma biblioteca de livros ‘essenciais’ era aquela que exteriorizava a cultura letrada ou erudita, oferecendo uma leitura coesa, como a de um só livro, posto que, nessa biblioteca, o livro não era um objeto cultural – era uma objetivação
1674 – Descrição da Bactéria por Anton Van Leeuwenhoek
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• Idade Contemporânea - 1789-2009
1865 - Medicina Científica (método analítico) - Claude Bernard, Oswaldo Cruz.
- Medicina
1830 - “Medicine d’Observation”, proposta por Pierre Charles Alexandre Louis. Segundo essa teoria, os médicos não deviam basear suas apreciações sobre as condutas ante a doença exclusivamente em sua experiência pessoal, mas sim em função das revelações experimentais que efetivamente tivessem mostrado efeitos em termos quantificáveis.
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1980/90 – Medicina Baseada em Evidências - “o uso consciencioso, explícito e judicioso da melhor prova atual para tomar decisões sobre o cuidado de indivíduos enfermos. Praticar a medicina baseada em evidências significa integrar a experiência (expertise) clínica individual com a melhor prova clínica externa disponível a partir da pesquisa sistemática.
1848 - Medicina social: Polícia Médica Alemã, uma medicina de Estado que instituiu medidas compulsórias de controle de doenças, a Medicina Urbana Francesa, saneadora das cidades enquanto estruturas espaciais que buscavam uma nova identidade social, e, por último, uma Medicina da Força de Trabalho na Inglaterra industrial, onde havia sido mais rápido o desenvolvimento de um proletariado.
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- Organização da Informação em Saúde
• 1836 - Surgeon General´s Library
• 1865 - Surgeon General´s Library – Dir.John Shaw Billings
• 1879 – Início da publicação do Index Medicus por John Billings
Séc. XIX - A influência norte-americanaSéc. XIX - A influência norte-americana
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• 1897 - “O sonho de Mallarmé (...) era dar forma a um livro integral, um livro múltiplo que já contivesse todos os livros possíveis (...); ou ainda um gerador de textos, impulsionado por um movimento próprio, no qual palavras e frases pudessem emergir, aglutinar-se, combinar-se em arranjos precisos, para depois desfazer-se, atomizar-se em busca de novas combinações”.
• 1885 – Documentação - Paul Otlet e Henri La Fontaine
Visionários
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Séc. XX – Ciência da InformaçãoSéc. XX – Ciência da Informação
É a disciplina que investiga as propriedades e o comportamento da INFORMAÇÃO, as forças que regem o fluxo informacional e os meios de processamento da informação para a otimização do acesso e uso. Está relacionada com um corpo de CONHECIMENTO que abrange a origem, coleta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação, transmissão, transformação e utilização da informação.(Borko, 1968).
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• 1939 - 2ª Guerra Mundial – Vannevar Bush (1945) – As we may think
MEMEX - Memory Extension
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Bush descrevia uma forma para aumentar a memória humana fornecendo meios para organizar a informação associadamente, da forma como nos pensamos e como se formam os elos de um hipertexto. (BARRETO, 2004)
Escritas associadas não-seqüenciais, conexões possíveis de se seguir, oportunidades de leitura em diferentes direções". (NELSON apud DIAS, 1999)
HIPERTEXTO
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Talmude. 200 a.C
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- FONTE(EMISSOR HUMANO) seleciona a MENSAGEM
- EMISSOR(MECÂNICO) decodifica a MENSAGEM EM SINAIS
- TRANSMISSOR transmite a MENSAGEM)
- CANAL(ONDAS SONORAS, ELETROMAGNÉTICAS, HERTZIANAS ETC.)
- RECEPTOR MECÂNICO (CAPTA, DECODIFICA E RECUPERA A MENSAGEM ORIGINAL)
- DESTINATÁRIO HUMANO (ASSIMILA A MENSAGEM)
• 1949 – Shannon e Weaver – Teoria da Informação
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• 1961-1962 - conferências do Geórgia Institute of Technology influenciaram a definição do termo de “Ciência da Informação”.
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1956 – National Library of Medicine - Public Health Service
1950/60 - Recuperação da Informação
1960 – Mesh – Medical Subject Headings, um thesaurus para o controle do vocabulário médico especializado
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1950/60 – Seymour Tayne e Frank Rogers iniciam a automação do Index Medicus = MEDLARS (Medical Literature Analysis and Retrieval System)
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- Organização da Informação em Saúde
Brasil
• 1967 - BIREME
Biblioteca Regional de Medicina
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• 1960/1970 - Internet
Organização e Recuperação da Informação na Internet
• 1971 – MEDLARS é disponibilizado on line em Bibliotecas Médicas dos EUA = MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System On Line)
• 1978 – BIREME lança o Index Medicus Latino-americano (IMLA), com a indexação de cerca de 150 revistas científicas latino-americanas
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• 1985 – LILACS - Controle bibliográfico da produção científica nacional dos países da América Latina e Caribe
• 1982 – Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde
• 1986 – Acesso para PC´S – via Grateful Med
• 1987 – MEDLINE em CD-ROM
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• 1997 – MEDLINE disponibilizado de forma gratuita
• 1990 – WEBSITE da NLM – acesso cobrado
• 1990 - African Index Medicus
• 1997 – SCIELO – Insere a América Latina e Caribe no movimento de Acesso Aberto (Open Access)
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• 1998 – O IV Congresso Pan-Americano de Informação em Ciências da Saúde recomenda, através da Declaração de San Jose, a construção da Biblioteca Virtual em Saúde
• 1998 – Surge a SCIELO como modelo para publicação eletrônica, base de dados e indicadores de uso e impacto
• 2000 – Portal de Periódicos da CAPES
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Séc. XXI – Sociedade em RedeSéc. XXI – Sociedade em Rede
O trabalho do bibliotecário no futuro, se pensarmos na informação como um mar, não será fornecer a água, mas sim navegar nas suas águas. (LESK,1995)
• Biblioteca 2.0
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-Conhecimento como
símbolo do poder real
- Ênfase no suporte
- Grandes Bibliotecas
Séc. 4000 a.C. a 476 d.C
- Paradigma Conservacionista
- Ênfase no suporte
-Grandes coleções, livros para poucos (livro sagrado)
Séc. 476 d.C. - 1453 d.C.
-Invenção da Imprensa
- Início da explosão
bibliográfica
Séc. XV - XVII
-Gabriel Naudé
dessacraliza a biblioteca e cunha o termo Bibliografia
- Ênfase na Informação
-Coleções de livros essenciais
- Séc. XVII
- Organização da Informação Médica
- U.S National Library of Medicine
- Index Medicus
Séc. XIX
- Intitulação
do termo
“Documentação”,
por Paul Otlet Séc. XIX- 1930
- Vannevar Bush
e a explosão da
informação 1945
- Recuperação da Informação
- MEDLARS
- MESH
1950
- Organização da
Informação
médica no Brasil
- BIREME 1967
- Organização da Informação Médica na Internet (Biblioteca sem Paredes)
- MEDLINE
- LILACS
- BVS
1970 - 2009
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Onde - Fontes de Informação em C&T
• Bases de dados bibliográficas - quando contêm as referências bibliográficas dos documentos, e indicam sua localização e forma de acesso
- Ex.: LILACS e MEDLINE
• Textuais - contêm o texto completo do documento.
- SCIELO, Portal de Periódicos CAPES, Biblioteca Cochrane
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• Factuais, armazenam informações estatísticas, numéricas, séries cronológicas ou outro tipo de informação numérica ou alfanumérica.
Ex. DATASUS
• Catálogos Coletivos - listam os documentos e os centros que possuem a informação;
Ex. CCN, SECS
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Fontes de Informação em C&T (Onde)
• Fator de Impacto e Classificação – Fornecem o fator de impacto de periódicos e a classificação nacional de periódicos utilizados pelos programas de pós-graduação
Ex.: Journal Citation Reports e QUALIS
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• Centros de pesquisa de referência local, nacional e/ou internacional
Fidedignidade da fonte
• Pesquisadores de instituições de ensino e/ou pesquisa de notória relevância
• Revistas científicas reconhecidas nacional e/ou internacionalmente, e indexadas nas principais bases de dados, como MEDLINE, LILACS, etc.
Onde - Informação em C & T
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•Padrões de qualidade da informação nos EUA Agency for Health Care Policy and Research
credibilidade, apresentação formal do site, links, design, interatividade e anúncios
Onde - Informação em C & T
Fidedignidade da fonte
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Ex. na Literatura
Impicciatore P, Pandolfini C, Casella N, Bonati M. Reliability of health information for the public on the World Wide Web: systematic survey of advice on managing fever in children at home. BMJ 1997 Jun 28;314(7098):1875-9.
Onde - Informação em C & T
Fidedignidade da fonte
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Como - Informação em C & T
• Uso de vocabulário controlado
• Estratégia de busca
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Competência
Belluzzo (2005) compreende a competência como um composto de duas dimensões distintas: a primeira, um domínio de saberes e habilidades de diversas naturezas que permite a intervenção prática na realidade, e a segunda, uma visão crítica do alcance das ações e o compromisso com as necessidades mais concretas que emergem e caracterizam o atual contexto social.
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A competência informacional (information literacy) está no cerne do aprendizado ao longo da vida. Ela capacita as pessoas em todos os caminhos da vida para buscar, avaliar, usar e criar a informação de forma efetiva para atingir suas metas pessoais, sociais, ocupacionais e educacionais. É um direito humano básico em um mundo digital e promove a inclusão social em todas as nações (INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS , 2005)
Competência Informacional
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• 1950 - Bibliographic instruction (abordagem da fonte ou foco na coleção)
• 1960 - abordagem guia (foco no programa)
• 1974 - Paul Zurkowsky, presidente da Information Industries Association, em relatório submetido à National Commission on Libraries and Information Science, sugeriu que o governo norte-americano se preocupasse em garantir que a população do país desenvolvesse competência informacional que lhe permitisse utilizar a variedade de produtos informacionais disponíveis no mercado. Munidas dessas competências, as pessoas poderiam aplicá-las na solução de problemas no seu trabalho, e a indústria da informação teria mercado garantido, a longo prazo, para seus produtos.
Histórico
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• 1975 – Participação do bibliotecário no planejamento curricular
• 1980 – Diretrizes da AASL, denominadas Information Power: Guidelines for School Libraries Media Programs – Definição da função pedagógica do bibliotecário. Uma das funções do bibliotecário seria a de professor, encarregado de ensinar não apenas as habilidades que vinha tradicionalmente ensinando (localizar e recuperar informação), mas também envolvido no desenvolvimento de habilidades de pensar criticamente, ler, ouvir e ver, enfim ensinando a aprender a aprender. Outra função prevista para o bibliotecário era a de consultor didático, encarregado de integrar o programa da biblioteca ao currículo escolar, colaborando no processo de ensino/aprendizagem e assessorando no planejamento e na implantação de atividades curriculares.
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1987 – Prática da Competência Informacional nas Escolas (BIG6 - Michael B. Eisenberg e Robert E. Berkowitz): etapas para a busca da informação
1. Definição da tarefa;1.1 Definir o problema de informação;1.2 Identificar a informação necessária;2. Estratégias de busca de informação;2.1 Determinar todas as possíveis fontes;2.2 Selecionar as melhores fontes;3. Localização e acesso;3.1 Localizar fontes (intelectual e fisicamente);3.2 Encontrar a informação nas fontes.
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4. Uso de informação4.1 Envolver-se (por exemplo: ler, ouvir, ver, tocar)4.2 Extrair informação relevante5 Síntese5.1 Organizar a informação das várias fontes5.2 Apresentar a informação6 Avaliação6.1 Julgar o produto (eficácia)6.2 Julgar o processo (eficiência)
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3. APOIO À TOMADA DE DECISÕES
• Permanência da Unidade de Informação
Ex. na Literatura
Marshall JG. The impact of hospital library on clinical decision making: the Rochester study. Bulletin of the Medical Library Association, 1992, 80: 169–178 .
- Por que apoiar a tomada de decisão?
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- Como apoiar a tomada de decisão?
“Deve buscar entender qual o impacto da informação adquirida no desenvolvimento do indivíduo e da organização, além de procurar saber como os conhecimentos de cada um podem beneficiar a todos e a organização” (CHOO, 1998)
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2. Apoio à tomada de decisões- Como apoiar a tomada de decisão?
a. Agregação de valor
Podem ser identificadas seis categorias de atividades de valor agregado: facilidade de uso, redução de informação desnecessária, qualidade, adaptabilidade, economia de tempo e economia de custo (TAYLOR, 1986).
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• Organização da Informação
A informação dispersa não constitui inteligência. A partir da estruturação da informação é que a inteligência passa a existir (WEICK apud NONAKA; TAKEUCHI, 1997).
a. Agregação de valor
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Em um primeiro momento, a agregação de valor existe quando se organiza a informação armazenada em estoques para facilitar a sua transferência (BARRETO, 1999).
Agregar valor à informação, é estruturá-la de modo que a mesma passe a ter um valor, uma importância contextual (TARAPANOFF; ARAÚJO JÚNIOR; CORMIER, 2000)
a. Agregação de valor
• Organização da Informação
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b. Estudos de Usuários
2. Apoio à tomada de decisões- Como apoiar a tomada de decisão?
Permite a prospecção e a antecipação das necessidades dos usuários. Não servirá apenas para a geração de indicadores quanto ao perfil do usuário, mas também deverá gerar indicadores para a formulação de itens de controle de qualidade dos serviços prestados pelas unidades de informação.
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Estudos de Necessidades de Informação
a. Abordagem Tradicional
b. Abordagem Alternativa
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Estudos de Necessidades de Informação
a. Abordagem Tradicional
• Quanto um sistema de informação é utilizado•Como um sistema de informação é utilizado•Quais as dificuldades com o seu uso•Qual a satisfação quanto ao seu uso
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Estudos de Necessidades de Informação
b. Abordagem Alternativa
1. Observar o ser humano como sendo construtivo e ativo2. Considerar o indivíduo como sendo orientado situacionalmente3. Visualizar holisticamente as experiências do indivíduo4. Focalizar os aspectos cognitivos envolvidos5. Analisar sistematicamente a individualidade das pessoas6. Empregar maior orientação qualitativa
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b. Abordagem Alternativa – Valor Agregado (Taylor, Robert; 1986)
• Organização - técnicas bibliotecárias (catalogação, classificação, indexação, etc) e tem por objetivo possibilitar um acesso mais rápido e produtivo à informação contida nos vários tipos de registros. Este é o primeiro passo nos processos que agregam valor à informação e seu principal valor está no tempo poupado em procurar a informação necessária
• análise da informação, que pode ser dividida em análise dos dados objetivando evidenciar a qualidade e a precisão, e análise voltada para os problemas, objetivando auxiliar o usuário da informação a resolver um problema, esclarecer uma situação ou tomar uma decisão
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• Síntese da informação, que consiste em reunir a informação de uma forma significativa e ponderada, aglomerando-a em blocos que possam ser usados. Alguns dos processos que utilizados para sintetizar a informação são a classificação dos assuntos dos documentos / fontes de informação e a redação de resumos desses documentos
• Julgamento que é o processo final, quando ocorre a filtragem/sintetização da informação para situações específicas, a partir daí, a informação tem potencial para ser usada.
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Abordagem do Estado de Conhecimento Anômalo de Belkin tem como pressuposto que existe um inconsciente coletivo, que é formado por arquétipos que são compartilhados por todos os indivíduos (Belkin at all; 1982). As escolhas que os usuários de informação realizam na busca por novos conhecimentos são influenciadas pelo inconsciente coletivo, que por sua vez se modifica junto com o contexto sócio-cultural.
b. Abordagem Alternativa – Estado de Conhecimento Anômalo (Belkin at alli, 1982)
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b. Abordagem Alternativa – Processo Construtivista (Kuhlthau, Carol;1993)
Processo de busca por informação possui seis estágios:
Estágio 1- A iniciação ocorre quando o usuário de informação reconhece que existe uma necessidade de informação.Estágio 2- A seleção ocorre quando o usuário identifica e seleciona a área do conhecimento a ser pesquisada e as ferramentas que serão usadas na busca pela informação.Estágio 3- A exploração ocorre quando o usuário investiga e encontra as informações que são relevantes para a satisfação das suas necessidades.
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Estágio 4- A formulação ocorre quando o usuário consegue encontrar a informação procurada diminuindo seu sentimento de incerteza.
Estágio 5- Na coleção o usuário recolhe e guarda a informação pertinente ao assunto investigado.
Estágio 6- No ultimo estágio, na apresentação, o usuário encerra a busca e atribui um sentido a informação que satisfez sua necessidade
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b. Abordagem Alternativa – Sense-Making – Construção de Sentido (Dervin, Brenda; 1983)
A motivação para o desenvolvimento da abordagem teve origem na constatação de que os sistemas são projetados sem levar em consideração as pessoas que vão utilizá-los, mas com outras preocupações, quase sempre de ordem exclusivamente tecnológica.
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• A realidade não é completa, ela é permeada de descontinuidades, chamadas “gaps”;• A informação é um produto da observação humana;• Toda informação tem um componente subjetivo;• A busca e o uso da informação são atividades construtivas;• A informação fornece somente uma descrição parcial da realidade.
Sense-Making – Conceitos básicos
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Compreensão de situação:• que aspecto desta situação o concerne? • por onde você gostaria de começar? • que o trouxe à este ponto? • no que você está trabalhando?
Compreensão das lacunas:• que parece estar faltando? • que você está tentando entender? • que você gostaria de saber a respeito disso? • você está procurando o sentido do que? • que confusões você está tentando superar?
Compreensão dos auxiliadores:• que o ajudaria? • que você está tentando fazer? • você se vê indo para que direção? • como você planeja usar isso?
Sense-Making – Entrevista
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Estudos de Necessidades de Informação
No panorama atual
• Que informação um indivíduo quer encontrar no sistema de informação?• Que uso fará dela?•Como o sistema pode ser melhor projetado para preencher essas necessidades de informação?
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CONCLUSÕES
Informação para a organização – definida como a informação voltada para a gestão (informação administrativa), para otimizar processos e produtos, além da manutenção da organização. Estas informações reorientam e subsidiam decisões sobre a atuação e manutenção da Biblioteca: são, por isso, imprescindíveis à sobrevivência e ao aprimoramento da Unidade de Informação.
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Fonte:U.S. National Library of Medicine. Disponível em: http://ihm.nlm.nih.gov/luna/servlet
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Terminal de acesso informatizado ao MEDLINE
MAYO CINIC LIBRARIES. Disponível em: http://www.mayo.edu/library/centennial-timeline.html
GODINHO, 1978
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REFERÊNCIAS
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BELLUZZO, Regina Célia B. Contribuição ao desenvolvimento da competência em informação em bibliotecas públicas paulistas: uma experiência com apoio de oficinas de trabalho. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 21, jul. 2005, Curitiba, PR. Anais... Curitiba: FEBAB, 2005. 1 CD-ROM.
BORKO, H. Information Science: What is it? American Documentation, v.19, n.1, p.3-5, Jan. 1968
CAMPELLO, Bernadete. O movimento da competência informacional: uma perspectiva para o letramento informacional. Ci. Inf., Brasília, v. 32, n. 3, p. 28-37, set./dez. 2003.
Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde – 2012
DIAS, Cláudia Augusto. Hipertexto: evolução histórica e efeitos sociais. Ci. Inf., Brasilia, v. 28, n. 3, Dec. 1999 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651999000300004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 Ago. 2010.
FERREIRA, Sueli Maria S. P. Estudo de Necessidades de Informação: dos paradigmas tradicionais à abordagem sense-making. Porto Alegre: ABEBD, 1997. 29 p.
GODINHO, José Antônio Matos. MEDLARS e MEDLINE: duas técnicas de recuperação automática da informação biomédica. Coimbra: [s.n.], 1978.
LE COADIC, Yvez-François . La science de l’information. 2 ed. atual. Paris : Universitaires de France, 1997.
LESK, Michael. The Seven Ages of Information Retrieval: Conference for the 50th Anniversary of As We May Think, Cambridge, MA, Outubro 1995.
MACLUHAN, Marshall. A Galáxia de Gutemberg. São Paulo, Nacional; Edusp, 1972.
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PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. A Ciência da Informação entre sobra e luz: domínioepistemológico e campo interdisciplinar. Rio de Janeiro, UFRJ/ECO, 1997. 280p. Tese(Doutorado em Comunicação e Cultura). Orientadora: Gilda Braga
PIRES-ALVES, Fernando. Informação científica, educação médica e políticas de saúde: a Organização Pan-Americana da Saúde e a criação da Biblioteca Regional de Medicina - BiremeScientific information, medical education and health policies: the Pan-American Health Organization and the creation of the Regional Library of Medicine - Bireme.
Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, June 2008.
SALES, Ana Lídia Campos; TOUTAIN, Lídia Brandão. Aspectos que norteiam a avaliação da qualidade da informação em saúde na era da sociedade digital. Disponível em: <http://www.cinform.ufba.br/vi_anais/docs/AnaLidiaSales.pdf>. Acesso em: 24. Out. 2007.
Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde – 2012
Eu tenho uma dor de ouvido...
• 2000 a.C. - Aqui, coma essas raízes.
• 1000 d.C. - Raízes são pagãs, reze.
• 1850 d.C. - Rezas são superstição, beba essa poção.
• 1940 d.C. - Essa poção é óleo de cobra, tome essa pílula.
• 1985 d.C. - Essa pílula é inócua, tome esse antibiótico.
• 2000 d.C. - Antibiótico é artificial, coma essa raiz.
Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde – 2012
Metade do conhecimento consiste em saber onde encontrá-loOBRIGADO !