a Ética na profissÃo por isa maria freire doutora em ciência da informação ibict
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A ÉTICA NA A ÉTICA NA
PROFISSÃOPROFISSÃOpor
Isa Maria FreireDoutora em Ciência da Informação
IBICT
A ÉTICA NA PROFISSÃOA ÉTICA NA PROFISSÃO
• Ética como construção histórica
– Na evolução humana
– Na Grécia Antiga
– Na Idade Média
• A dimensão ética na sociedade
moderna
– A competência ética
"A éticaética é uma daquelas
coisas que todo mundo sabe todo mundo sabe
o que sãoo que são, mas que não são
fáceis de explicar, quando
alguém pergunta”. (VALLS, Álvaro
L.M. O que é ética. 7a edição, Ed.Brasiliense,
1993)
ÉTICAÉTICA[Do latim ethica do grego ethiké]Substantivo feminino
1. Filos. Estudo dos juízos de juízos de apreciação referentes à conduta apreciação referentes à conduta humanahumana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do bem e do malmal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
Dicionário Aurélio eletrônico
Na Grécia Antiga (VII a III a.C.) possuía dois significados:
a) formas de comportamento de um indivíduo
b) modos pelos quais o ser humano
se manifesta, se mostra ou
exerce a sua identidade, a sua
personalidade
ÉticaÉtica como como
construção históricaconstrução histórica
CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANALEAKEY, Richard. E. A origem da espécie humana. RJ:Rocco, 1995
Final do século XX – Revolução tecnológicaRevolução tecnológica
Século XVIII – Revolução Industrial
Século XVII – Revolução Científica
5 mil anos atrás – Primeiras cidades
10 mil anos atrás – Revolução agrícolaRevolução agrícola
200 mil anos atrás – Origem dos humanos modernos na ÁfricaOrigem dos humanos modernos na África
Importantes avanços na manufatura
500 mil anos atrás – Primeira utilização do fogoPrimeira utilização do fogo
2,1 a 4 milhões... – Homo erectus expande-se a partir da África
Artefatos de pedra mais antigos conhecidos
Origem da expansão do cérebro
Entre 5 e 10 milhões de anosEntre 5 e 10 milhões de anos – Origem do bipedismo [África]
CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANACRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANALEAKEY, Richard. E. A origem da espécie humana. RJ:Rocco, 1995
www.wikipedia.org
www.bbc.co.uk/science
CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANALEAKEY, Richard. E. A origem da espécie humana. RJ:Rocco, 1995
Final do século XX – Revolução tecnológicaRevolução tecnológica
Século XVIII – Revolução Industrial
Século XVII – Revolução Científica
5 mil anos atrás – Primeiras cidades
10 mil anos atrás – Revolução agrícolaRevolução agrícola
200 mil anos atrás – Origem dos humanos modernos na ÁfricaOrigem dos humanos modernos na África
Importantes avanços na manufatura
500 mil anos atrás – Primeira utilização do fogoPrimeira utilização do fogo
2,1 a 4 milhões... – Homo erectus expande-se a partir da África
Artefatos de pedra mais antigos conhecidos
Origem da expansão do cérebro
Entre 5 e 10 milhões de anosEntre 5 e 10 milhões de anos – Origem do bipedismo [África]
CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANACRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANALEAKEY, Richard. E. A origem da espécie humana. RJ:Rocco, 1995
CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANALEAKEY, Richard. E. A origem da espécie humana. RJ:Rocco, 1995
Final do século XX – Revolução tecnológicaRevolução tecnológica
Século XVIII – Revolução Industrial
Século XVII – Revolução Científica
5 mil anos atrás – Primeiras cidades
10 mil anos atrás – Revolução agrícolaRevolução agrícola
200 mil anos atrás – Origem dos humanos modernos na ÁfricaOrigem dos humanos modernos na África
Importantes avanços na manufatura
500 mil anos atrás – Primeira utilização do fogoPrimeira utilização do fogo
2,1 a 4 milhões... – Homo erectus expande-se a partir da África
Artefatos de pedra mais antigos conhecidos
Origem da expansão do cérebro
Entre 5 e 10 milhões de anosEntre 5 e 10 milhões de anos – Origem do bipedismo [África]
CRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANACRONOLOGIA DA EVOLUÇÃO HUMANALEAKEY, Richard. E. A origem da espécie humana. RJ:Rocco, 1995
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““Quando começou o humanoQuando começou o humano??
Afirmamos que nós, os seres
humanos, existimos na
linguagem, ou melhor, nas
conversações ...”
MATURANA, H.; REZEPKA, S.N. de. Formação humana e capacitação. Petrópolis: Ed. Vozes, 2001
“Nós somos biologicamente
diferentes dos chimpanzés ...
porque pertencemos a uma
história de conservação do conservação do
amor como fundamento de amor como fundamento de
nosso convivernosso conviver, ao passo que
eles, não.”
“Nós os seres humanos, nos preocupamos com os outros e temos preocupações temos preocupações
éticaséticas porque somos animais de linguagem e amorosos. ... O amor é O amor é
nossa basenossa base, a proximidade é nosso fundamento ...”
E COMO ISSOE COMO ISSO
TORNOU-SE TORNOU-SE
POSSÍVELPOSSÍVEL??
TOMASELLO, M. Origens culturais da aquisição doconhecimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003
“O enigma básicoenigma básico é este:
apenas 6 milhões de anos6 milhões de anos
separam os seres humanos
de outros grandes macacos.
É um tempo muito curto do tempo muito curto do
ponto de vista da evolução ponto de vista da evolução
biológicabiológica ...”
Os seres humanos têm modos de transmissão cultural únicos da espécie.
As tradições e os artefatos culturais dos seres humanos
acumulam modificações ao acumulam modificações ao
longo do tempolongo do tempo de uma maneira que não ocorre nas outras espécies animais.
É a chamada
evolução cultural evolução cultural
cumulativacumulativa.
As transformações não
ocorreram no tempo
evolucionário mas no
tempo históricotempo histórico, em que
muito pode acontecer em
poucos milhares de anos.
Crescer num mundo mundo
culturalcultural ... serve para
criar certas formas
únicas de representação
cognitiva.
Nesse processo, as crianças
humanas usam suas
habilidades de habilidades de
aprendizagem culturalaprendizagem cultural
para adquirir símbolos símbolos
lingüísticoslingüísticos e outros
símbolos comunicativos.
À medida em que a criança
vai dominando os símbolos
lingüísticos de sua cultura,
ela adquire a capacidade capacidade
de adotar simultaneamente de adotar simultaneamente
múltiplos pontos de vista múltiplos pontos de vista
sobre uma mesma situaçãosobre uma mesma situação
perceptualperceptual.
As crianças aprendem sobre as situações da vida brincando
Os símbolos lingüísticossímbolos lingüísticos
libertam a cognição humanacognição humana da situação perceptual situação perceptual
imediataimediata sobretudo, por permitirem várias
representações simultâneasrepresentações simultâneas de cada uma e de todas as
situações perceptuaissituações perceptuais possíveis.
A capacidade de confabulação propiciada pela linguagem
simbólica está no cerne da evolução cultural cumulativa
ÉTICA NA GRÉCIA ANTIGAÉTICA NA GRÉCIA ANTIGA
O período áureo do pensamento
grego: 500 a 300 a.C.
ÉTICA NA GRÉCIA ANTIGAÉTICA NA GRÉCIA ANTIGA
SócratesSócrates, , PlatãoPlatão, ,
AristótelesAristóteles: :
pesquisa sobre a pesquisa sobre a
natureza do bem natureza do bem
moralmoral
A reflexão grega procede
do contexto religioso:
nada em excessonada em excesso e
conhece-te a ti mesmoconhece-te a ti mesmo
[Santuário do Oráculo de
Delfos, do deus Apolo].
ÉTICA NA GRÉCIA ANTIGAÉTICA NA GRÉCIA ANTIGA
SócratesSócrates (470-399 a.C.)
O primeiro pensador da subjetividade
•O método da maiêuticamaiêutica: interrogando o interlocutor até que este chegue por si mesmo à verdade.
•O parteiro de idéiasparteiro de idéias.
Sua ética não se baseava nos
costumes ou nas leis, mas na
convicção pessoal, adquirida
através de um processo de
consulta ao seu “demônio
interior” [daimónion] na
tentativa de compreender a
justiça das leis.
SócratesSócrates Primeiro pensador da subjetividade
Condenado por seduzir a juventude, não honrar os deuses da cidade
e desprezar as leis.
• as leis são justas?
• quem faz as leis?
• para que se faz?
PlatãoPlatão:
sistematizador
das idéias de
Sócrates
Diálogos: partindo da idéia de felicidade, a questão é “onde onde está o Sumo Bemestá o Sumo Bem”?
República: condenação à vida voltada exclusivamente para os prazeres
Fédon: contando com a imortalidade da alma, espera a felicidade para depois da morte
• Os homens deveriam procurar nesta vida a contemplação das idéias [Idéia do BemIdéia do Bem]
• O ideal buscado pelo homem virtuoso é a imitação ou assimilação de Deus: aderir ao divino [Sumo BemSumo Bem]
PlatãoPlatão: sistematizador das idéias de Sócrates
• A partir deste Bem superiorBem superior, o homem deve procurar descobrir uma escala de bens que o ajudem a chegar ao absoluto
• O sábiosábio é um homem virtuosohomem virtuoso, que busca a vida virtuosa para estabelecer, em sua própria vida, a ordem ordem, a harmonia harmonia e o equilíbrioequilíbrio.
Por isso a prática da virtudeprática da virtude
[areté] é a coisa mais preciosa
para o homem — é uma
imitação do cosmosimitação do cosmos.
O ideal buscado pelo homem
virtuoso é a imitação ou
assimilação de Deus: aderir ao aderir ao
divinodivino [Sumo Bem].
AristótelesAristóteles (384-322 a.C.)
Herdeiro do pensamento de Platão
Pensador especulativo
Profundo psicólogo
Observador empírico
Partindo da correlação entre o correlação entre o Ser e o BemSer e o Bem, insiste sobre a variedade dos seres, e daí conclui que os bens [no plural] também devem variar.
Para cada ser deve haver um Para cada ser deve haver um bembem, conforme a natureza ou a essência do ser estará o respectivo bem, ou o que é bom para aquele ser.
Como ser complexo, o
homemhomem necessita não
apenas do melhor dos bens
mas de vários, de tipos
diferentes, como amizade,
saúde e “até riqueza”.
Quais os melhores? A virtude, a força, o poder, a riqueza, a beleza, os prazeres?
O argumento é que o homem tem o bem do seu serbem do seu ser no viverviver, no sentirsentir e na razãorazão: ele não pode apenas viver mas precisa viver de acordo viver de acordo com a razãocom a razão.
Aristóteles valoriza, mais do que Platão, a vontade humanavontade humana, a deliberaçãodeliberação e o esforço em esforço em
busca de bons hábitosbusca de bons hábitos.
Para ele, o homem precisa converter suas melhores disposições naturais em hábitos, de acordo com a
razão: virtudes intelectuaisvirtudes intelectuais.
Esta auto-educaçãoauto-educação supõe um
esforço voluntárioesforço voluntário, de modo que a virtude provém da virtude provém da
liberdadeliberdade, que delibera e elege inteligentemente.
VirtudeVirtude é uma espécie de segunda natureza, adquirida pela razão livrerazão livre.
ÉTICA NA IDADE MÉDIA
Os valores éticos são condicionados pela religião cristã, especificamente
o Catolicismo.
SantoSanto
Agostinho de Agostinho de HiponaHipona
São Tomas São Tomas de Aquinode Aquino
Entre a fé
e a razão
Agostinho (séc. IV) foi importante para o batismo do pensamento grego e sua entrada na tradição cristã — e posteriormente na tradição intelectual européia.
A partir de Tomaz de Aquino (séc.
XIII) a Igreja tem uma teologia
(fundada na revelação) e uma
filosofia (baseada no exercício da
razão humana) que se fundem
numa síntese definitiva: fé e fé e
razão, unidas em sua orientação razão, unidas em sua orientação
comum rumo a Deuscomum rumo a Deus.
Sendo a Idade Média
européia o período cristão
do Ocidente,
o pensamento ético que
conhecemos está
totalmente ligado à
religião, à interpretação da
Bíblia e à teologia.
Ênfase à revelação
dos livros sagrados.
O Pai, o Filho e o
Espírito Santo
determinam as
normas de conduta.
Surge a Ética do Surge a Ética do
Amor ao PróximoAmor ao Próximo.
ÉTICA NA IDADE MÉDIA
Síntese entre o pensamento ético-filosófico e a doutrina da Revelação Cristã: a busca de uma ética laicaética laica, racional, baseada numa lei natural ou numa estrutura estrutura
transcendental da transcendental da
subjetividade humanasubjetividade humana, comum a todos os homens.
Para os gregos: a busca teórica e prática da idéia do Bem [Platão] ou na felicidade, entendida como uma vida virtuosa [Aristóteles].
No cristianismo, esses ideais se identificaram com os ideais
religiosos: espíritoespírito, amoramor,
fraternidadefraternidade.
OS IDEAIS ÉTICOS
Com o Renascimento e o
Iluminismo, o ideal seria
viver de acordo com a
própria liberdade pessoal,
ou, em termos coletivos:
liberdadeliberdade, igualdadeigualdade,
fraternidadefraternidade.
Kant (século XVIII) pensador da burguesia, identificou o ideal ético com o ideal da ideal da autonomia individualautonomia individual
ÉTICA NA IDADE MODERNA
“Aja sempre de tal modo que a máxima de sua ação possa sempre valer como
princípio universal de conduta.”
Para Hegel, o ideal éticoideal ético estava numa vida livre vida livre
dentro de um estado dentro de um estado
livrelivre, preservando o direito e cobrando deveres, onde a
consciência moralconsciência moral e as leis do estadoleis do estado não estivessem nem nem
separadas nem em separadas nem em
contradiçãocontradição.
Assim, o pensamento social e dialético buscou como ideal éticoideal ético uma vida social com a superação das injustiças econômicas.
A ética se volta para as relações sociais, esquece o céu e se preocupa com a terra, procurando apressar a construção de um mundo mais construção de um mundo mais humanohumano.
A DIMENSÃO ÉTICA NA SOCIEDADE MODERNA
“Não é a consciência
dos homens que
determina o seu ser,
mas, ao contrário, é
o seu ser social que
determina sua
consciência."
A ação humana se define
como trabalho, como
técnica: ao tentar ao tentar
transformar a natureza, transformar a natureza,
o homem também se o homem também se
transformatransforma; ao
trabalhar, se faz
trabalhador, se produz.
Habermas (século XX) e as duas dimensões do agir humano: técnicatécnica [trabalho produtivo] e práticaprática [ética, no sentido grego], representada pelo amor e por ideais de ideais de comunicaçãocomunicação.
“A ação comunicativaação comunicativa supõe o entendimento entre os indivíduos sociabilidade,
espontaneidade, solidariedade, cooperação.”
A DIMENSÃO ÉTICA NA SOCIEDADE MODERNA
A reflexão ético-social
do século XX trouxe
uma massificação que
desafia o sujeito livresujeito livre
ao saber-fazer éticosaber-fazer ético.
É nesse contexto que VARELA
propõe sua visão de uma
competência éticacompetência ética,, ao
mesmo tempo pessoal e
social, individual e coletiva,
biológica e cultural.
FRANCISCO VARELA
Sobre a
competência ética
Lisboa: Ed. 70, 1995
A tese fundamental de
Varela baseia-se na visão
do observador como
sistema vivo, autopoiéticoautopoiético
(isto é, auto-organizador) ...
integrado num contexto
histórico e social — o qual,
por sua vez, deve-se olhar
como resposta à pressão do resposta à pressão do
devir biológico da espéciedevir biológico da espécie,
no seu longo esforço de
adaptação ao ambiente.
Sendo o nosso cérebrocérebro o resultado da evolução evolução biológicabiológica, existe um diálogo diálogo com o meio ambientecom o meio ambiente, com a conseqüente configuração configuração neuronalneuronal, constituindo um sistema auto-referentesistema auto-referente, autônomoautônomo, deterministadeterminista e relativistarelativista ...
gerando múltiplas
narrativas, sucessivos
domínios de descriçõesdomínios de descrições ou
quadros de referênciaquadros de referência,
mediados pela linguagem e
alimentados pela interação
social.
Os termos da questão
Diferença entre know-how [como fazercomo fazer] e know-what [o o
que fazerque fazer], uma diferença entre habilidade de confronto habilidade de confronto
(ou (ou respostaresposta) imediatoimediato(aa) e
conhecimento intencionalconhecimento intencional (ou
juízo racionaljuízo racional).
• Qual o melhor modo de
compreender o saber-saber-
fazerfazer ético ético?
• Como este sabersaber se
desenvolve e progride nos
seres humanos?
Por um lado, é necessário
constatar que tem sido
dada a pouca atenção à
compreensão da habilidade compreensão da habilidade
de confronto de confronto ou resposta resposta
imediatoimediato(aa) nas ciências
que estudam a mente e o
conhecimento.
Por outro lado, um ponto de
vista emergente nas
ciências cognitivas reside
na convicção de que as
unidades apropriadas de unidades apropriadas de
conhecimentoconhecimento são, antes
de mais nada, concretasconcretas,
corporificadascorporificadas, vividasvividas.
Pois o mundo não é algo que nos é “dado”, mas é alguma coisa em que alguma coisa em que
temos partetemos parte graças ao modo como nos
movemosmovemos, tocamostocamos,
respiramosrespiramos e comemoscomemos.
Assim, a cogniçãocognição não é
formada por representações, mas por ações corporizadasações corporizadas.
E a habilidade de confronto habilidade de confronto (ouou resposta resposta) imediatoimediato(aa) se coloca em contraposição ao
saber intencionalsaber intencional.
Pois a maior parte da nossa
vida mental e ativa está está
centrada na habilidade de centrada na habilidade de
confronto confronto (ouou resposta resposta)
imediatoimediato(aa), que é
transparente e adquirida ao
longo da história.
Devemos nos dar conta de que passamos só uma pequena parte da nossa vida na análise deliberada, explícita, que é peculiar ao saber saber
intencionalintencional.
Uma enorme parte da
nossa vida ― trabalhartrabalhar,
mover-semover-se, falarfalar, comercomer
— se manifesta como
saber-fazersaber-fazer.
Na lista precedente do
saber-fazersaber-fazer [trabalhar, trabalhar,
mover-se, falar, comermover-se, falar, comer] podemos acrescentar:
responder às necessidades responder às necessidades
dos outrosdos outros, definida como o
autêntico cuidar de siautêntico cuidar de si.
Assim, concluímos, com
Varela, que o autêntico autêntico
cuidar de sicuidar de si representa o
verdadeiro fundamento do verdadeiro fundamento do
SerSer, e pode se tornar plenamente manifesto através de uma bem
sucedida prática éticaprática ética.
Esta é uma proposta para um
reencantamento da reencantamento da
sabedoriasabedoria, entendida como ação não-ação não-
intencionalintencional.
Este saber viversaber viver baseia-se numa prática prática transformadoratransformadora, a qual nada mais requer do que uma consciência, momento a momento, da natureza virtualnatureza virtual de nós próprios.
No seu desabrochar,
representa uma
abertura mental
entendida como
autêntico cuidar de siautêntico cuidar de si.
Assim, o ponto central na
competência da éticacompetência da ética consiste no reconhecimento da exigência, na vida humana, de uma prática prática
transformadoratransformadora
que pode colocar em
açãoação a afirmação
científica da espécie espécie
humana como gregáriahumana como gregária,
solidária solidária e consciente consciente.
DeficiênciasDeficiências [Mário Quintana]
“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
“Diabético” é quem não consegue ser doce.
E finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois “Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.
Grata pela atenção!
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