Download - A Chacina de Realengo
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Literatura de Cordel
A CHACINA DO REALENGO
Era uma manhã bonitaQuinta feira por sinal
Chegava um fim de semanaTodos estavam legal
Muitos na classe estudandoOutros ainda chegandoE muita paz no local.
Adolescentes se olhavamAbraços e cumprimentosSorriso em cada degrau
Alguns na classe escrevendoOutros prestando atenção
Ou corrigindo a liçãoDe alegria fervendo.
Afinal quarenta anosA escola comemorava
Era um grande momentoAlguém ali comentava
Pra registrar essa história40 anos de glória
Ninguém ali esperava.
Produzido por: Paulo Tarciso Editado por:
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Escola Tasso SilveiraNo Bairro do RealengoCidade Rio de Janeiro
Um fato triste e horrendoO Brasil todo chocou
O mundo noticiouDeixando a muitos tremendo.
Dia sete de abril2011 o ano
Um dia triste na históriaDeste país que amamos
Um fato horripilanteVeio mudar num instante
Muitas famílias clamando.
Um ex-aluno malucoWellington Menezes Oliveira
Chegava ali na escolaQue freqüentou a vida inteira
Com jeito desconfiadoEstranho e sem ser notado
Fez uma traição sem fronteira.
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Armando com dois revólveres Em uma classe entrou Falando com a professora Depois das armas sacou
E começou atirando Um bicho se agonizando Várias crianças matou.
Não teve dó nem piedadeEra um feroz animal
Matava mais as meninasE ali naquele local
Um verdadeiro tormentoSe fez naquele momento
Ninguém não viu nada igual.
Uma dos alunos correuE um tenente chamou
Ele com outros colegasNaquela escola chegou
Encontrou logo o bandidoQue era tão atrevidoQue nos PMs atirou.
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Mas o soldado experienteSacou de sua pistola
Acertando aquele débilNa coxa naquela hora
O louco se vendo presoEntrando em desespero
Logo se suicidou.
Deu um tiro na cabeçaCaiu ali na escada
Mas um grande alvoroçoNaquele bairro já estavaA tragédia foi tamanhaQue até na Alemanha
A notícia se espalhava.
Sangue sujou cadernosBolsas jogadas ao chãoCrianças desesperadas
Pais abre braços em vãoMuito choro se ouvia
Naquela grande agoniaQuerendo uma explicação.
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Notícias pela TVNa internet também
E indagavam por que?Muitos tremiam e além
Daquele grande tormentoMuitos choravam ali dentro
Da violência refém.
A carta que o assassino Deixou escrita a mão
Confundiu a toda genteGerou e mais confusão
Um pouco só de loucuraE n'outra parte uma mistura
Com muita religião.
Presto a minha homenagemAqueles jovens inocentesQue partiram desta vidaAnjinhos incandescentes
Indo La no céu morarPapai do céu a esperar
Os braços do Onipotente.
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O nome de cada umQuero citar com oraçãoPedindo a graça de Deus
Para os seus pais e irmãosE a todos os coleguinhas
Que viram em sua turminhaCortado seu coração.
1.Karine Corraine Chagas2.Também Rafael Pereira3.E a Milena dos Santos4.Luzia Paula Silveira
5.Larissa Santos Atanásio6.Bianca Rocha Tavares7.Samira Pires Ribeiro.
8-Géssica Guedes Pereira9-Também o Ígor Morais10-Ana C arolina Pacheco
11.Larissa Silva, e outra mais12.Por nome de Mariana
Rocha de Souza, e a semanaFoi triste e forte demais.
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Uma atleta era Dayanne Com Olimpíadas SonhavaLevou um tiro e seu sonho
Ali se paralisavaSegundo o médico alerta
Pode ficar paraplégicaQue Deus mude essa estrada!
Tenente Ibis Pereira
É ouro que não corróiRecebeu logo a comendaA honra ninguém destrói
O seu ato de bravezaJá lhe rendeu com certezaUm título de grande herói.
Deus devolva a alegriaConforte a cada amiguinhoFaça esquecer dessas cenas
Com o tempo e mande um anjinhoTrazer pra todos a pazE que esse fato jamais
Lhe escureça o caminho.
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Resta apenas a saudadeDaquelas jovens crianças
E os sonhos que o embalavamVamos guardar na lembrança
E aos professores e paisOremos cada vez mais
Deus lhes dê paz e esperança.
Parabéns aos professores E também à direçãoAos alunos e amigos
Digo assim, de coraçãoPelos seus 40 anos
Aos cariocas educandoDando ao jovem a formação.
Vamos arregaçar as mangas As aulas recomeçar
Brasileiro é povo forteNão é de desanimar
Limpar os olhos e a menteE o pai Onipotente
Nos ajuda e restaurar.
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Aos alunos e professoresDaquela escola marcada
Desejo que logo em breveA triste cena passadaSeja apagada e então Volte a paz e união
Não teve culpa de nada.
Volte a cumprir seu papelQue sempre fez e muito bem
Quarenta anos não podeFicar à cena refém
Vamos assim dar as mãosBrasil é grande nação
Na paz de Deus, digo amém!
Buíque, 07 de abril de 2011
Paulo Tarciso Autor
Buíque - PernambucoE-mail: [email protected]
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