Download - 2 - RELATÓRIO - ANALISE GRAFICA DE DADOS
INTRODUÇÃO
Este relatório tem por finalidade apresentar os resultados obtidos durante as
aulas práticas no laboratório de Física I, verificar se os objetivos propostos
foram atingidos e apresentar a fundamentação teórica relacionada à análise do
experimento 2 que trata das leis de Hooke.
Durante a experiência, comprovar-se-á que a variação linear de F em função
de X F = f(x) segundo a expressão F = KX. Provando, dessa forma, através de
cálculos, tabelas e gráficos respeitando os desvios aceitáveis as Leis expostas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Em 1660 o físico inglês R. Hooke (1635-1703), observando o comportamento
mecânico de uma mola, descobriu que as deformações elásticas obedecem a
uma lei muito simples.
Hooke descobriu que quanto maior fosse o peso de um corpo suspenso a uma
das extremidades de uma mola (cuja outra extremidade era presa a um suporte
fixo) maior era a deformação (no caso: aumento de comprimento) sofrida pela
mola.
Analisando outros sistemas elásticos, Hooke verificou que existia sempre
proporcionalidade entre forças deformantes e deformação elástica produzida.
Pôde então enunciar o resultado das suas observações sob forma de uma lei
geral. Tal lei, que é conhecida atualmente como lei de Hooke, e que foi
publicada por Hooke em 1676, é a seguinte: “As forças deformantes são
proporcionais às deformações elásticas produzidas.”
A lei de Hooke consiste basicamente na consideração de que uma mola possui
uma constante elástica k. Esta constante é obedecida até um certo limite, onde
a deformação da mola em questão se torna permanente. Dentro do limite onde
a lei de Hooke é válida, a mola pode ser comprimida ou elongada, retornando a
uma mesma posição de equilíbrio.
Analiticamente, a lei de Hooke é dada pela equação:
F = -k.
Neste caso, tem-se uma constante de proporcionalidade k (que é o coeficiente
angular da expressão) e a variável independente , na qual a constante k tem
um valor diferente para cada mola e denomina-se constante elástica da mola. A
partir da equação pode-se concluir que a força é negativa, ou seja, oposta a
força aplicada. Segue que, quanto maior a elongação, maior é a intensidade
desta força, oposta a força aplicada, ou seja, a força exercida por uma mola é
diretamente proporcional à sua deformação.
Como as massa da figura ao lado estão em repouso, pode-se dizer que o
sistema está em equilíbrio, então tem-se:
Ou seja:
m.g = k.
Percebe-se também a dependência linear entre e ∆x. Essa dependência pode
ser expressa na seguinte fórmula:
F = K .
Y = a . x + b
Onde a é o coeficiente angular e igual a constante elástica (a=k) e
o b é o coeficiente linear e igual a zero (b=0).
Logo: a = tgβ = ∆y / ∆x
Material
1 mola de 9 mm;
1 porta-peso de 10 g;
5 massas de 50 g;
1 suporte;
1 cilindro com furo;
1 barbante;
1 réqua milimetrada;
1 balança digital.
Figura1:
Experimento
1. O primeiro passo foi montar o aparelho de forma que a régua milimetrada
estivesse ao lado do suporte a fim de aferir o comprimento natural da mola
(sem nenhum peso).
2. Logo em seguida mediu-se a massa do porta-peso que é de 10g.
3. Posteriormente, tomaram-se os cuidados para não esticar ao molas
demasiadamente ou colocar peso em excesso no porta-peso para as molas
não ficarem deformadas.
4. VProcese-se, também, de cuidados com colocação das massas no porta–
peso de forma a soltá-las aos pouco.
5. O próximo passo foi aferir o novo comprimento da mola como a massa de
50g colocada no porta-peso mais a massa do porta-peso de 10 gramas
somando 60g.
6. O experimento foi repetido mais 4 vezes de forma a acrescentar “pesos” de
50g em cada nova experiência além de tomar cuidado para somar a massa do
porta-peso em cada aferição dos novos pesos.
RESULTADOS
Conforme procedido no experimento obteve-se as tabelas 1 e suas respectivas
massas, comprimento(L) e deformações(∆L).
Massa (± 0,001) (kg)
L0 .10-3 (± 2. 10-3)
(m)
Lf .10-3 (± 2. 10-3)
(m)
Lf – L0 = ∆L . 10-3
(± 2. 10-3) (m)
0 187 187 00,060 ± 0,001 187 216 29 0,110 ± 0,001 187 240 53 0,160 ± 0,001 187 265 78 0,210 ± 0,001 187 290 103 0,260 ± 0,001 187 314 127
Tabela1: O comprimento da mola (Lf) e suas diferença (∆L) em relação ao comprimento natural com as
respectivas massas.
Conforme os dados anotados na tabela 1 obteve-se a força que as massas
exercem na mola e a Constante K. Todas anotadas e acrescidas na tabela 2.
Os dados obtidos na tabela 2 foram encontrados usando-se das seguintes
expressões:
Kmédia = (k1 + k2 + k3 + k4 + k5)/5 (kx será constante elástica para cada
novo peso);
P = m.g;
F = k. ∆L (ΔL é a a deformação da mola);
± (∆f/f) = ±[|∆k/k| + |∆a/a| + |x∆b/b| + |y∆c/c| + ...] )
Onde f= k.a.bx.cy... uma vez que: F=f ± ∆f;
| (∆k/k ).100| = incerteza relativa em y %;
| [(Kmédio - Obtido) / Kmédio] | 100 = erro de ±x%.
Massa (± 0,001) (kg)
F ± ∆F(N)
K ± ∆K(N/m)
Incerteza do
K (± I %)
Erro do K
(± e %)0,060 ± 0,001 0,588 ± 0,02 20,3 ± 0,7 3,45 0,710,110 ± 0,001 1,078 ± 0,036 20,34 ± 0,4 1,97 1,060,160 ± 0,001 1,568 ± 0,04 20,10 ± 0,5 2,42 0,280,210 ± 0,001 2,058 ± 0,05 19,98 ±0,15 0,75 0,870,260 ± 0,001 2,548 ± 0,06 20,06 ±0,15 0,75 0,48
Média da constante K (N/m) 20,156Gravidade (m/s2) = 9,8 ± 0,2
Tabela 2: Força peso, a constante elástica e os indeces de incerteza e erros para cada massa
acrescida.
Os cálculos para a força peso, a constante elástica, e os índice de incertezas
estão exemplificados conforme os cálculos abaixo:
Os cálculos abaixo são pertinentes a massa de (0,060 ± 0,001) kg.
Força peso
F=m.g = 0,06 kg . 9,8m/s2 = 0,588N
Índice de incerteza ±∆F
F ±∆F = (m ±∆m) * (g ±∆g)
(∆F / F) = ∆F/ 0,588N = [(0,001/0,06) + (0,2 /9,8)]
∆F = 0,588.[0,016 + 0,020408] = 0,0214 N
±∆F = ±0,02 N
K constante elástica
K = F/∆L = [0,588/ (29.10-3)] = 20,27 N/m
Índice de incerteza ±∆K
F= K.X
0,02/0,588 = ∆k/20,27 + 2/29 =0,0340 = ∆k/20,27 + 0,0689 ∆k = ±0,7 N/m
Incerteza relativa (± I%)
±(∆K/K).100 = 0,7/20.3 = 3,45%
Desvio percentual (± e%)
| [(Kmédio - Obtido) / Kmédio] | 100 = [(20,156 – 20,3) / 20,156]. 100 = 0,71%
A Média das constantes elásticas da experiência foram feitas conforme os cálculos abaixo:
Kmédia = (k1 + k2 + k3 + k4 + k5)/5
(20,3 N/m + 20,34 N/m + 20,10 N/m + 19,98 N/m + 20,06 N/m)/5 = 20,156 N/m
Os cálculos pertinentes as massas 0,110kg, 0,160kg, 0,210kg e 0,260kg estão expressos no apêndice.
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados, pode-se provar que, à medida que se aumenta o
peso (F), o comprimento da mola aumenta proporcionalmente de acordo com a
equação (1), na qual k é a constante de deformação da mola e X a deformação
sofrida, enunciada pela lei de Hooke.
Outro ponto observado é que no experimento realizado a mola não ultrapassou
seu limite de elasticidade, uma vez que, ao serem retirados os pesos, as molas
retornaram para a posição inicial praticamente, sofrendo apenas uma mínima
variação.
No experimento, pôde-se concluir que a mola sofreu uma
deformação a cada força aplicada nela, e que ao retirar esta força, a mola
retornava à sua posição de origem. Conseguindo-se, através deste processo,
calcular a constante elástica e sua incerteza de cada mola com muito mais
facilidade, principalmente após a criação do gráfico, o qual foi crucial para o
bom entendimento do processo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
1. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl; Fundamentos da
Física 1 Mecânica. 4. Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos
Editora, 1996.
2. APOSTILA DE EXPERIÊNCIAS DE LABORATÓRIO UFAM.
3. FísicaeQuímica.net. Momento linear. Acessado em :
<http://www.fisicaequimica.net/mecanica/momento.htm>.
APÊNDICE
Os cálculos abaixo são pertinentes a massa de 0,11 ± 0,001 kg
Força peso
F=mg = 0,11.9,8 = 1,078 N
Índice de incerteza ±∆F
F ±∆F = (m ±∆m) * (g ±∆g)
(∆F / F) = ∆F/ 1,078 = [(0,001/0,110) + (0,2/9,8)] = 1,078.[0,0090909 + 0,020408] = 0,036N
±∆F = ±0,036 N
K constante elástica
K = F/∆L = [0,588/ (29.10-3)] = 20,34 N/m
Índice de incerteza ±∆K
F= K.X
0,02/1,078 = ∆k/20,34 + 2/53 =0,0185 = ∆k/20,34 + 0,0377 ∆k = ±0,39
N/m
Incerteza relativa (± I%)
±(∆K/K) . 100 = (0,4/20.34).100 = 1,97%
Desvio percentual (± e%)
| [(Kmédio - Obtido) / Kmédio] | 100 = [(20,156 – 20,34) / 20,156]. 100 = 1,06%
Os cálculos abaixo são pertinentes a massa de 0,16 ± 0,001 kg
Força peso
F=mg = 0,16.9,8 = 1,568 N
Índice de incerteza ±∆F
F ±∆F = (m ±∆m) * (g ±∆g)
(∆F / F) = ∆F/ 1,568 = [(0,001/0,160) + (0,2/9,8)] = 1,568.[0,00625 + 0,020408] = 0,042
±∆F = ±0,042 N
K constante elástica
K = F/∆L = [1,568 / (78.10-3)] = 20,10 N/m
Índice de incerteza ±∆K
F= K.X
0,042/1,568 = ∆k/20,10 + 2/78 =0,26786 = ∆k/20,10 + 0,02564
∆k = ±0,4868 N/m
Incerteza relativa (± I%)
±(∆K/K) . 100 = (0,4868 / 20.10).100 = 2,42%
Desvio percentual (± e%)
| [(Kmédio - Obtido) / Kmédio] | 100 = [(20,156 – 20,34) / 20,156]. 100 = 2,46%
Os cálculos abaixo são pertinentes a massa de 0,210 ± 0,001 kg
Força peso
F=mg = 0,210.9,8 = 2,058 N
Índice de incerteza ±∆F
F ±∆F = (m ±∆m) * (g ±∆g)
(∆F / F) = ∆F/ 2,058 = [(0,001/0,210) + (0,2/9,8)] = 2,058.[0,004762 + 0,020408] = 0,05179 N
±∆F = ±0,052 N
K constante elástica
K = F/∆L = [2,058 / (103.10-3)] = 19,98 N/m
Índice de incerteza ±∆K
F= K.X
0,05179/2,058 = ∆k/19,98 + 2/103 = 0,02678 = ∆k/19,98 + 0,01942 ∆k =
±0,147 N/m
Incerteza relativa (± I%)
±(∆K/K) . 100 = (0,147 / 19,98).100 = 0,73%
Desvio percentual (± e%)
| [(Kmédio - Obtido) / Kmédio] | 100 = [(20,156 – 19,98) / 20,156]. 100 = 0,87%
Os cálculos abaixo são pertinentes a massa de 0,26 ± 0,001 kg
Força peso
F=mg = 0,26.9,8 = 2,55 N
Índice de incerteza ±∆F
F ±∆F = (m ±∆m) * (g ±∆g)
(∆F / F) = ∆F/ 2,55 = [(0,001/0,26) + (0,2/9,8)] = 2,55.[0,003848 + 0,020408] = 0,062 N
±∆F = ±0,06 N
K constante elástica
K = F/∆L = [2,55/ (127.10-3)] = 20,08 N/m
Índice de incerteza ±∆K
F= K.X
0,06/2,55 = ∆k/20,08 + 2/127 =0,0235 = (∆k/20,08) + 0,016 ∆k = ±0,15
N/m
Incerteza relativa (± I%)
±(∆K/K) . 100 = (0,15 / 20,08).100 = 0,75%
Desvio percentual (± e%)
| [(Kmédio - Obtido) / Kmédio] | 100 = [(20,156 – 20,08) / 20,156]. 100 = 1,87%
A Média das constantes elásticas da experiência foram feitas como se segue:
Kmédia = (k1 + k2 + k3 + k4 + k5)/5
(20,3 N/m + 20,34 N/m + 20,10 N/m + 19,98 N/m + 20,06 N/m)/5 = 20,156 N/m