LANTERNAGEM E PINTURA

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SEGUROSBeto Novaes/EM - 16/11/05

O retornoMarco Antônio Surdo,

depois de algum tempona regional de São Paulo,volta a ocupar o cargo degerente regional daGoodyear em MinasGerais, onde já haviadesenvolvido excelentetrabalho, divulgando amarca no estado.

ASSORAAUTO SERVIÇO

CLASSIFICADOSVEÍCULOS

E S T A D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 6 D E M A I O D E 2 0 0 7

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R O L I M Ã

SUTIS IRONIAS

A intenção de quem fixou três placasque anunciam quebra-molas na es-

trada vicinal que liga Prados ao distri-to de Vitoriano Veloso, mais conheci-

do como Bichinho, na Região doCampo das Vertentes, é uma incógni-ta. As placas apontam para o chão enão mostram nada além das habi-

tuais saliências e reentrâncias da terravermelha (à esquerda). Ironia mais

escancarada é do proprietário de umChevrolet Caravan 1979 (à direita).

Nitidamente habilitada para o traba-lho, com escada e adendos pendura-dos no bagageiro, lanterna traseira

quebrada e remendos na lataria, o dono estampou em letras graúdas, no vidro traseiro, adesivo com os dize-res: carro de boy. O motorista do Fiat Palio amarelo-gema-de-ovo - comercialmente chamado de amarelo In-dianápolis - que passou ao lado da Caravan zunindo pela Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Belve-

dere, provavelmente, pensará em uma estampa mais espalhafatosa para competir com a perua.

PARCERIA HISTÓRICA

Henry Ford e Harvey Firestone são pionei-ros da indústria automobilística, um pro-duzindo automóveis, e o outro, pneus. Aproximidade nos negócios foi além, resul-tando no casa-mento entre seusnetos. O bisnetodessa dupla dinâ-mica, WillianClay Ford Jr., ocu-pa atualmente ocargo de presi-dente do conse-lho da Ford Mo-tor Company.

COMEÇO DO FIMA sinergia entreFord e Firestonelevou a dupla àAmazônia, em1928, perto do RioTapajós, ondeplantaram 1,5 mi-lhão de seringuei-ras para extrairlátex – até entãomatéria-primapara fabricaçãodo pneu. A saga,resgatada pelosdiretores Mari-nho Andrade eDaniel Augusto, vai virar filme e explora oinsucesso do empreendimento, que termi-nou 18 anos depois, com um prejuízo deUS$ 25 milhões e a descoberta de produzirpneus a partir do petróleo, além do ‘maldas folhas’, que vitimou as seringueiras, re-duzindo a produção esperada.

FORDLÂNDIA Em fase final de produção,o documentário tem imagens da época,obtidas das câmaras de Thomas Edson,amigo de Ford e criador do equipamento.Na floresta, ainda restam casas no estilodo Sul dos Estados Unidos, carcaças decarros da montadora americana eamostras de outros bens usados nacidade, chamada Fordlândia (foto). Os es-combros representam o primeiro fracas-so de Ford e Firestone, mas, que, na ver-dade, por estarem escondidos na selva,ganharam ares de lenda, espécie de eldo-rado, que, em breve, será revelado.

O MAIOR FRACASSO

O documentário produzido pelaGrifa Mixer, na Amazônia, tem seuvalor histórico e bela fotografia, masnem chega perto do barulho queserá feito pelos estúdios WarnerBros para o longa Tragic indifferen-ce (Indiferença trágica). O filmemostra o drama das vítimas doserros da Ford e da Firestone, quecausaram cerca de 170 mortes,além de diversos acidentes e pes-soas feridas. Trata-se do maior re-call do mundo, que envolveu di-versos utilitários-esportivos daFord, principalmente o Explorer,para pneus Firestone ATX, ATX II eWilderness AT, que estouravamsem motivo aparente.

DRAMA Michael Douglas interpreta-rá o advogado Tab Turner, defensorda mãe solteira Donna Bailey, que fi-cou paraplégica, do depois acidentecom um modelo Ford equipado compneus Firestone. O roteiro é baseadono livro homônimo, de 2003, de Ste-phen Gerard, e ainda não tem datamarcada de lançamento.

FIM DE CASO Como as duas empre-sas não chegaram a um acordo, a parceria de quase um séculoacabou. A Ford alegou que os pneus eram inseguros, pois a bandade rodagem se soltava. Já a Firestone acusou a Ford de não ins-

truir a calibragem correta. Imbróglios a parte, os tribunais norte-americanos foram entupidos por pneus estourados (foto) e foto-grafias de utilitários capotados em longos julgamentos, em 2000.

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