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NÓS E FERNANDO PESSOA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBUFEIRA
Ana Rita Pedragosa Guerreiro nº2 Ana Rita Rodrigues Fernandes nº3
DISCIPLINA DE PORTUGUÊS PROFESSORA FERNANDA LAMY
01/12/2013
1
ÍNDICE
2
INTRODUÇÃO
Com este trabalho criamos vários objetivos e métodos de organização. Dividimos a
parte de pesquisa e organizamos todas as informações necessárias. Consultamos os sites
propostos, e retiramos de alguns deles imagens e textos sobre a vida e obra de Fernando
Pessoa. Relativamente à atividade temática, discutimos variadíssimas ideias em relação
à mesma e desenvolvemos tudo a partir da organização e através da nossa criatividade.
Optamos por fazer uma gravação das vozes, redigindo um dos poemas de Fernando
Pessoa que mais gostamos. Aproveitamos, para além disso, sermos um pouco mais
originais e não só gravar as vozes como também filmar o poema através de um livro, ao
sabor do vento e com um ambiente outonal, com a presença de folhas secas.
Por fim, fizemos uma breve edição da gravação para alguns melhoramentos e
concluímos todo o trabalho criando um e-book.
Imag.1
3
BIOGRAFIA DE FERNANDO PESSOA
Fernando Pessoa foi um poeta e escritor português, nascido em Lisboa, no ano de
1888.
É considerado um dos maiores autores da língua portuguesa e da literatura universal,
tendo ido para a África do Sul muito novo, onde aprendeu de forma fluente a língua
inglesa.
Trabalhou como empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político,
tendo exercido também outras profissões.
Como poeta ficou conhecido essencialmente pelas suas múltiplas personalidades, os
heterónimos, que são alvos de bastantes estudos e discussão nos dias de hoje.
O nosso génio faleceu em Lisboa, no ano de 1935 (com 47 anos), vítima de uma cólica
hepática.
Imag.2
4
BREVE ANTOLOGIA- “Pessoa e seus
Pessoanos”
Ortónimo
Isto
“Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!”
Fernando Pessoa
Sem remédio
“Tudo o que sou não é mais do que abismo
Tudo o que sou não é mais do que abismo
Em que uma vaga luz
Com que sei que sou eu, e nisto cismo,
Obscura me conduz.
Um intervalo entre não-ser e ser
Feito de eu ter lugar
Como o pó, que se vê o vento erguer,
Vive de ele o mostrar.”
Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho
5
“Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto há minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: Fui eu?
Deus sabe, porque o escreveu.”
Fernando Pessoa
Heterónimos
Hoje de manhã saí muito cedo
“Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e Assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.”
Alberto Caeiro
O amor é uma companhia
6
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro
Sou um guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todas sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei da verdade e sou feliz.
Alberto Caeiro
Não, não é cansaço...
“Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
7
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.”
Álvaro de Campos
Poema
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
Álvaro de Campos
O que há em mim é sobretudo cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
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Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos
Segue o teu destino
“Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
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Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam”
Ricardo Reis
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
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Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
Ricardo Reis
Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
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FOTOBIOGRAFIA
Imag.3 -Dionísia Estrela Seabra (18.-
1907), avó paterna. Imag.4 -General Joaquim António de
Araújo Pessoa (1813-1885), avô paterno. Imag.5- Magdalena Xavier Pinheiro
Nogueira (1836-1898), avó materna. Imag.6 -Conselheiro Luís António
Nogueira (1832-1884), avô materno.
Imag.11 -Jorge (1893-1894), irmão. Imag.12 -Henriqueta Madalena (1896-1992),
a irmã com quem mais conviveu.
Imag.13 -Madalena Henriqueta (1898-
1901), irmã.
Imag.14 -Luís Miguel (1900-1975),
irmão.
Imag.7- Joaquim de Seabra Pessoa
(1850-1893), pai.
Joaquim de Seabra
Pessoa (1850-1893), pai.
Imag.8 -Maria Magdalena Pinheiro
Nogueira (1861-1925), mãe.
Imag.9 -Comandante João Miguel Rosa
(….-1919). Padrasto de Fernando Pessoa.
Imag.10 -Fernando pessoa ao colo de sua
mãe.
Dionísia Estrela Seabra (18.- 1907),
avó paterna.
12
Imag.22 -Com 17 anos, em Durban,
pouco tempo antes do regresso a
Portugal.
Imag.23 -Nos primeiros anos, em Lisboa.
Imag.18 -Tias Xavier Pinheiro e as
avós.
Imag.19 -Ana Luísa Nogueira de Freitas
— Tia Anica — irmã da mãe. Imag.20 -Na cadeira de bebé. Imag.21 -Com sete anos.
Imag.15 -João Maria (1902-1973),
irmão.
Imag.16 -Maria Clara (1904-1906), irmã.
Imag.17 -O poeta com os irmãos.
Imag.24 -Na baixa. Imag.25 -No Martinho da Arcada. Imag.26 -Com Eduardo Malta e
Fernando Lobo d’Ávila.
Imag.27 -Com João de Castro Osório. Imag.28 -Com Costa Brochado, no
Martinho da Arcada.
Imag.29 -No Jardim Botânico com a
afilhada Marcelle e Augusto Ferreira
Gomes. 13
IDEOLOGIA DE PESSOA PERANTE A POLÍTICA
Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamen-
te imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente
inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, com pena,
pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservadorismo,
e absolutamente anti reacionário.
Imag.30
A visão de Pessoa perante a cultura
Não é a cultura senão o aperfeiçoamento subjetivo da vida. Esse aperfeiçoamento é dire-
to ou indireto; Ao primeiro se chama arte e ciência ao segundo. Pela arte nos aperfeiço-
amos a nós e pela ciência aperfeiçoamos em nós o nosso conceito ou ilusão, do mundo.
Imag.31
14
ÉPOCA DE FERNANDO PESSOA (aspetos políticos,
históricos e culturais)
Imag.34 -1ª República (1910-1926) Imag.32 -Nascimento de António Oliveira
Salazar (1888)
Imag.33 -Regicídio de Dom Carlos e Dom Luís (1908)
Imag.36 -1ª Guerra Mundial (1914-1918)
Imag.37 -Nascimento de Ramalho Eanes
(1935)
Imag.35 -Lançamento da revista Orpheu
(1915)
15
PESSOA VISTO PELOS OUTROS
“Era um homem que sabia idiomas e fazia versos. Ganhou o pão e o vinho pondo pala-
vras no lugar de palavras, fez versos como os versos se fazem, como se fosse a primeira
vez. Começou por se chamar Fernando, pessoa como toda a gente. Um dia lembrou-se
de anunciar o aparecimento iminente de um super-Camões, um camões muito maior que
o antigo, mas, sendo uma pessoa conhecidamente discreta, que soía andar pelos Doura-
dores de gabardina clara, gravata de lacinho e chapéu sem plumas, não disse que o su-
per-Camões era ele próprio. Afinal, um super-Camões não vai além de ser um camões
maior, e ele estava de reserva para ser Fernando Pessoas, fenómeno nunca visto antes
em Portugal. Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são
iguais mas não se repetem, por isso não surpreende que em um desses, ao passar Fer-
nando diante de um espelho, nele tivesse percebido, de relance, outra pessoa. Pensou
que havia sido mais uma ilusão de ótica, das que sempre estão a acontecer sem que lhes
prestemos atenção, ou que o último copo de aguardente lhe assentara mal no fígado e na
cabeça, mas, à cautela, deu um passo atrás para confirmar se, como é voz corrente, os
espelhos não se enganam quando mostram. Pelo menos este tinha-se enganado: havia
um homem a olhar de dentro do espelho, e esse homem não era Fernando Pessoa. Era
até um pouco mais baixo, tinha a cara a puxar para o moreno, toda ela rapada. Com um
movimento inconsciente, Fernando levou a mão ao lábio superior, depois respirou fundo
com infantil alívio, o bigode estava lá. Muita coisa se pode esperar de figuras que apa-
reçam nos espelhos, menos que falem. E porque estes, Fernando e a imagem que não era
a sua, não iriam ficar ali eternamente a olhar-se, Fernando Pessoa disse: “Chamo-me
Ricardo Reis”. O outro sorriu, assentiu com a cabeça e desapareceu. Durante um mo-
mento, o espelho ficou vazio, nu, mas logo a seguir outra imagem surgiu, a de um ho-
mem magro, pálido, com aspeto de quem não vai ter muita vida para viver. A Fernando
pareceu-lhe que este deveria ter sido o primeiro, porém não fez qualquer comentário, só
disse:
“Chamo-me Alberto Caeiro”. O outro não sorriu, acenou apenas, frouxamente, concor-
dando, e foi-se embora. Fernando Pessoa deixou-se ficar à espera, sempre tinha ouvido
dizer que não há duas sem três. A terceira figura tardou uns segundos, era um homem
daqueles que exibem saúde para dar e vender, com o ar inconfundível de engenheiro
diplomado em Inglaterra. Fernando disse: “Chamo-me Álvaro de Campos”, mas desta
vez não esperou que a imagem desaparecesse do espelho, afastou-se ele, provavelmente
tinha-se cansado de ter sido tantos em tão pouco tempo. Nessa noite, madrugada alta,
Fernando Pessoa acordou a pensar se o tal Álvaro de Campos teria ficado no espelho.
Levantou-se, e o que estava lá era a sua própria cara. Disse então: “Chamo-me Bernardo
Soares”, e voltou para a cama. Foi depois destes nomes e alguns mais que Fernando
achou que era hora de ser também ele ridículo e escreveu as cartas de amor mais ridícu-
las do mundo. Quando já ia muito adiantado nos trabalhos de tradução e poesia, morreu.
Os amigos diziam-lhe que tinha um grande futuro na sua frente, mas ele não deve ter
acreditado, tanto assim que decidiu morrer injustamente na flor da idade, aos 47 anos,
imagine-se. Um momento antes de acabar pediu que lhe dessem os óculos: “Dá-me os
óculos” foram as suas últimas e formais palavras. Até hoje nunca ninguém se interessou
por saber para que os queria ele, assim se vêm ignorando ou desprezando as últimas
16
vontades dos moribundos, mas parece bastante plausível que a sua intenção fosse olhar-
se num espelho para saber quem finalmente lá estava. Não lhe deu tempo a parca. Aliás,
nem espelho havia no quarto. Este Fernando Pessoa nunca chegou a ter verdadeiramente
a certeza de quem era, mas por causa dessa dúvida é que nós vamos conseguindo saber
um pouco mais quem somos.”
Publicado por Fundação Saramago em Outubro de 2008
“Fernando Pessoa era um poeta de múltiplas personalidades, desdobrando-se cada uma
num sujeito poético distinto.
Fernando Pessoa ortónimo expressa nos seus poemas a obsessão da análise, num per-
manente sofrer de angústia e busca da felicidade. A consciência do absurdo da existên-
cia leva-o a recusar a realidade, desdobrando-se em oposições: o sentir opõem-se ao
pensar, a esperança é o oposto de desilusão e a vontade sobrepõem-se ao pensamento.
Fernando Pessoa é o poeta do anti sentimentalismo, da evocação da infância como sím-
bolo da felicidade perdida e do fingimento enquanto alienação de si próprio e processo
criativo. A fragmentação do eu e a perda da identidade levam-no à procura, ao absurdo.
À profunda lucidez e inteligência intuitiva, junta-se a inquietação perante a impossibili-
dade de decifrar o enigma do mundo.
Alberto Caeiro é o Mestre Ingénuo. Para ele as coisas devem ser sentidas como são,
representando portanto uma tendência crescente para objetivismo absoluto. Os poemas
de Alberto Caeiro são o retorno à infância, o regresso à inconsciência. A recusa à subje-
tividade e à introspeção, transformam-no num poeta do real objetivo, que vive no pre-
sente de uma forma instintiva, espontânea e ingénua. A identificação com a Natureza
conduz a uma vida baseada no seu ritmo e a defender a existência antes do pensamento.
Ricardo Reis é o discípulo de Caeiro. Tal como ele, aceita a calma da ordem das coisas.
A sabedoria consiste em gozar a vida através da razão e vivê-la num estilo campestre.
Devido ao seu carácter filosófico, é aquele que mais se aproxima de Pessoa ortónimo. É
diretamente influenciado pelos poetas clássicos greco-latinos, seguindo o modelo Hora-
ciano que defende a áurea mediocrizas (ver que o tempo passa e não pode ser parado,
vivendo uma vida tranquila num ambiente bucólico). Faz igualmente o elogio do epicu-
rismo (busca de felicidade através do prazer) e do estoicismo (reger-se pelas leis do des-
tino).
Nos poemas de Álvaro de Campos predomina a emoção espontânea e torrencial. É um
poeta dependente de todas as excentricidades, o que introduz nos seus poemas uma ati-
tude de escândalo e o choque leva-o a acolher todas as sensações. O poeta tenta-se liber-
tar-se da presença de um Eu fragmentado, resultado talvez do seu isolamento, solidão e
cansaço existencial. Outro aspeto comum nos seus poemas, é a apologia da civilização
mecânica, da técnica e da indústria, numa sociedade que privilegie o progresso, a velo-
cidade e a força.
A personalidade de Bernardo Soares é quase idêntica à de Fernando Pessoa. De facto, a
sua única obra, não é mais do que um livro de carácter confessional e memorialista, com
aspetos biográficos que aproximam de Fernando Pessoa.
Através do legado de Fernando Pessoa conclui-se o seu carácter imaginativo, de senti-
mentos vários e fictícios. “Publicado por André.”
17
Documentários acerca de Fernando Pessoa:
o http://www.youtube.com/watch?v=SnfuPStGwnk
o http://www.youtube.com/watch?v=ZL8bhv5DjQ8
o http://www.youtube.com/watch?v=1L6YKXYlAoU&list=PLYnMVxaii_Ai
Y1T6VJFTEETwfqkmvBVBN
o http://www.youtube.com/watch?v=3b2Q_DJDMho
o http://www.youtube.com/watch?v=ep87O2Xx2QA
Filmes acerca de Fernando Pessoa:
o http://www.youtube.com/watch?v=OJkcfkYwXgo
o http://www.youtube.com/watch?v=82SX4dad7_g
Poesia de Fernando Pessoa musicados/citado:
o http://www.youtube.com/watch?v=EC72GPITLNg
o http://www.youtube.com/watch?v=nomGPn0Wiqc
o http://www.youtube.com/watch?v=gTOM__CHoiA
Fernando Pessoa na arte:
Escultura:
Imag.39
Imag.38
Imag.40
18
Pintura:
Imag.42
Imag.43
Imag.41
19
LISTA BIBLIOGRÁFICA DE OBRAS/ESTUDOS SOBRE
FERNANDO PESSOA
-Livros e coletâneas publicadas em vida:
"Mensagem", 1934.
-Obras publicadas após a sua morte:
“Poesias de Fernando Pessoa",1ªed. 1942
"Poesias de Álvaro de Campos", 1ªed. 1944
"Poemas de Alberto Caeiro", 1ªed. 1946
"Odes de Ricardo Reis", 1ªed.1946
"Páginas de Doutrina Estética", 1946
"Páginas Íntimas e de Auto Interpretação", 1ªed.1966
"Textos de Crítica e de Intervenção", 1ªed. 1980
´
Imag.46
Imag.44
Imag.45
20
ATIVIDADE PRÁTICA
“Ela canta, pobre ceifeira”- Fernando Pessoa. Este poema foi a nossa escolha, pelo
facto de transmitir a essência da inocência e o seu significado. Deliberado em grupo,
concluímos conforme as nossas opiniões que este era o nosso poema favorito, dado em
aula e o melhor compreendido. Ele transmite toda a sinceridade, e uma contrariedade de
sentimentos entre o “eu” poético e a ceifeira.
http://www.youtube.com/watch?v=v-BqhPqJUOA
“Na profundeza do meu ser
Ansiando a tua vontade de viver
Coexisto confuso e desiludido
No meu eu iludido
Permaneço calada
Numa mente barulhenta e perturbada
Por ti inspirada
A manter-se calma e sossegada
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Esperando a paz, suspirando
Enquanto tu, serenamente vens andando
Me levas pela mão desse teu puro e inconsciente Coração”
21
CONCLUSÃO
Com este trabalho concluímos que foi bastante produtivo a nível de pesquisa e a nível
de organização. Foi um trabalho muito exigente mas conseguido! Aprendemos de uma
forma geral e também pormenorizada todos os aspetos da vida e obra do poeta Fernando
Pessoa. É sem dúvida um poeta privilegiado por toda a sua capacidade de raciocínio e
por toda a arte que desenvolveu enquanto vivo. O mais incrível ainda, é que a fim de
tantos anos, o seu nome continua a espalhar-se e é motivo de estudo, para todos os estu-
dantes e amantes da poesia.
Foi um gosto “trabalhar” com Fernando Pessoa, e consideramos todo o seu potencial
fenomenal.
Imag.47
22
BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA
Páginas web:
o http://pensador.uol.com.br/autor/fernando_pessoa/biografia/
o http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/pessoa.html
Casa Fernando Pessoa:
o http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/index.php?id=4287
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/9cce6983b8.jpg
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/9d94bbbe4d.jpg
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http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/fdfd5c90de.jpg
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http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/2b4f4cb7ae.jpg
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23
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/48d8c422dc.jpg
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/980983d1f5.jpg
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/32f9ffcd8b.jpg
o https://www.google.pt/search?q=fernando+pessoa++biografia&source=lnms&tbm=isc
h&sa=X&ei=oqXUoTlGvPn7Aago4HIBg&sqi=2&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1280&bih=6
98#q=fernando+pessoa++politica&tbm=isch&facrc=_&imgdii=_&imgrc=IYXxbHC3FSu0
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nao-reparam-para-as-coisas-fernando-
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850%3B400
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