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DOS CONFLITOS COLETIVOS E DO INTERESSE COLETIVO

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DOS CONFLITOS COLETIVOS E DO INTERESSE COLETIVO

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O JUIZO juiz do sec. XXI veio do povo e deve

continuar ao lado dele, sentindo o seu sofrimento e deve incorporar em sua alma a alma coletiva, anonima e comunitária das multidoes.

Mozart Victor Russomano

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CONCEITOÉ uma açao de rito especial, proposta perante

a Justiça do Trabalho, tendo por objetivo solucionar o conflito coletivo de trabalho.

Mauro Shiavi

É importante mecanismo de criação de normas e condiçoes de trabalho por meio das denominadas sentenças normartivas.

Amauri Mascaro Nascimento

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CONFLITOS COLETIVOSJurídicos – não tem por objeto a criaçao de

novas condiçoes de trabalho, apenas de interpretaçao da legislaçao existente.

Economicos – visam a criaçao de novas condiçoes de trabalho.

De greve – misto de economico e jurídico

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INTERESSE COLETIVOO interesse coletivo, no direito do trabalho é

aquele de que é titular a categoria, ou uma parcela da categoria, como um grupo de empregados de algumas empresas, de uma empresa, de um ou alguns setores de uma empresa.

Pedro Paulo Teixiera Manus

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LEI 8.078-90Art. 81. Parágrafo único. II – interesses ou direitos coletivos, assim

entendidos, para efeito deste Código, os transindividuias de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relaçao jurídica base.

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LEGITIMIDADEArt. 8, VIII, CF. ao sindicato cabe a defesa

dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questoes judiciais ou administrativas.

No aspecto coletivo a legitimaçao do sindicato é própria. Para a defesa de direitos individuais homogeneos, o sindicato o faz na qualidade de substituto processual (defende em nome próprio direito alheio – art. 6, CPC).

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PODER NORMATIVOInstituto originado no Estado Novo, durante o

governo de Getúlio Vargas, deixa sensíveis rastros da ideologia fascista consagrada por Mussolini.

Trata-se de uma competencia anomala da Justiça do Trabalho, para criar normas por meio da chamada sentença normativa.

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ARGUMENTOS FAVORÁVEISa) acesso a Justiça do Trabalho,b) garantia da efetividade dos direitos,c) equilíbrio na soluçao do conflito,d) fragilidade do movimento sindical,e) reduçao da litigiosidade e pacificaçao

social,f) tradiçao dos países de terceiro mundo.

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ANTINOMIAS CONSTITUCIONAIS – Arion Sayao RomitaO poder normativo é exercido por juízes, que

não são representantes eleitos pelo povo.

O exercício do poder normativo dispensa o contraditório.

A sentença normativa dispensa a fundamentaçao (ediçao de normas).

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REALIDADEA realidade fática de nosso gigante país, com

gritantes diferenças sociais e economicas, não permite que o Estado saia de cena, especialmente nos conflitos de trabalho, sob pena de aleijar aqueles que pertencem a categorias menos organizadas.

Henrique Macedo Hinz

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DISSÍDIOS – NATUREZA ECONOMICAOriginários – buscam criar normas para a

categoria ainda não existentes (867).

De revisao – buscam alterar cláusulas fixadas na sentença normativa (873 a 875).

De extensao – tem por objeto estender as cláusulas fixadas na sentença normativa para toda a categoria (868 e 869).

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REVISAOArt. 873, CLT. Decorrido mais de um ano de

sua vigencia, caberá revisao das decisoes que fixarem condiçoes de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstancias que as ditaram, de modo que tais condiçoes se hajam tornado injustas ou inaplicáveis.

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EXTENSAOArt. 868. ....poderá o tribunal, na própria

decisao, estender tais condiçoes de trabalho, aos demais empregados da empresa que forem da mesma profissao dos dissidentes.

Art. 869. ...a decisao poderá também ser estendida a todos os empregados da mesma categoria profissional, naquela jurisdiçao.

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INICIATIVASolicitaçao de um ou mais empregadores, ou

sindicato destes,Solicitaçao de sindicato de empregados,Solicitaçao da Procuradoria,Ex officio pelo Tribunal.

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CONCORDANCIAArt. 870, da CLT. Para que a decisao possa

ser estendida, torna-se preciso que tres quartos dos empregadores e tres quartos dos empregados , ou respectivos sindicatos, concordem com a extensao da decisao.

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SENTENÇA - DURAÇAOArt. 868, p.u. O Tribunal fixará a data em que

a decisao deve entrar em execuçao, bem como o prazo de sua vigencia, o qual não poderá ser superior a 4 anos.

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COMUM ACORDOArt. 114, p.2, CF. Recusando-se qualquer das

partes a negociaçao coletiva ou a arbitragem, é facultado as mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza economica, podendo a J. do Trab. decidir o conflito, ....

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CORRENTES DOUTRINÁRIAS1) fere um direito maior que é o do acesso a

Justiça do Trabalho, trata-se de emenda inconstitucional.

2) exige-se concordancia da parte contrária e não obrigatoriamente ajuizamento conjunto.

3) o acordo tem que ser prévio, é pressuposto processual e gera nulidade do processo.

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TSTNão demonstrando o comum acordo, exigido

para o ajuizamento do Dissídio Coletivo, consoante a diretriz constitucional, evidencia-se a inviabilidade do exame do mérito da questao controvertida, por ausencia de condiçao da açao, devendo extinguir o processo, sem resoluçao do mérito, a luz do art. 267, inciso VI, do CPC.

Proc. 165049;2005-000-00-00.4

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PODER NORMATIVO E ARBRITRAGEMCom a nova redaçao do art., 114 da CF, tudo

mudou. O texto é claro e não permite dúvidas. A parte apenas se submete a sentença voluntariamente. Portanto, a atuaçao do Justiça do Trabalho passa a ter a natureza de arbitragem pública.

Pedro Carlos Sampaio Garcia

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ANÁLISEO comum acordo não é um pressuposto

processual, e sim uma condiçao da açao, não se trata de requisito de validade da relaçao jurídica processual, mas uma condiçao para apreciaçao da pretençao (Mauro Shiavi)

As condiçoes de açao podem ser preenchidas até o julgamento (Liebman).

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RESTRIÇAO - RESULTADORestringindo-se o poder normativo, a Justiça

do Trabalho exerceria um controle a posteriori, anulando, por meio de açoes anulatórias, as eventuais cláusulas de acordos e convençoes que extrapolem os limites constitucionais, aliás, esta é a funçao precípua do Judiciário.

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MINISTÉRIO PÚBLICOArt. 114, p.3., CF.Em caso de greve em atividade essencial,

com possibilidade de lesao do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo a Justiça do Trabalho decidir o conflito.

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LIMITES DA COMPETENCIANORMATIVAArt. 114, p.2, CF. Recusando-se qualquer das

partes a negociaçao coletiva ou a arbitragem, é facultado as mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza economica, podendo a J. do Trab. decidir o conflito, respeitadas as disposiçoes mínimas legais, bem como as convencionadas anteriormente.

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TSTDISSÍDIO COLETIVO – CLÁUSULAS

PREEXISTENTES. O p.2 do art. 114 da CF impoe aos Tribunais do Trabalho que, no julgamento dos dissídios coletivos, respeitem as disposiçoes mínimas convencionadas anteriormente. Identico entendimento deve ser aplicado as clausulas pre-existentes previstas em sentenças normativas.

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MINISTRO Coqueijo CostaEMENTA. Poder Normativo. 1. O poder

normativo atribuido a Justiça do Trabalho, limita-se, ao norte, pela Constituiçao Federal, ao sul, pela lei, a qual não pode contrariar, a leste, pela equidade e bom senso, e a oeste, pela regra do consolidade no art. 776, assegurando justo salário e também retribuiçao a empresa.

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SUPREMO TRIBUNAL FED.Ementa. Dissídio Coletivo. ...a competencia

normativa da Justiça do Trabalho, cujas decisoes a despeito de configurarem fonte do direito objetivo, revestem o caráter de regras subsidiárias, somente suscetíveis de operar no vazio legislativo, e sujeitas a supremacia da lei formal.

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PROCEDIMENTO - COMPETENCIAA competencia originaria (funcional) para

apreciar os dissídios coletivos é dos Tribunais Regionais e se o conflito envolver a jurisdiçao de mais de um TRT, a competencia para processar o dissídio será do TST.

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LEGITIMIDADE - REGRAArt. 8, III, CF e 856 da CLT.Os sindicatos tem uma especie de mandato

legal para instaurar o dissídio coletivo.

Art. 857.p.u. Quando não houver sindicato representativo da categoria, a representaçao será feita pela Federaçao e, na falta destas, pela Confederaçao respectiva.

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SINDICATO - ASSEMBLEIAA representaçao do sindicato fica

subordinada a aprovaçao de assembleia, em primeira convocaçao por maioria de dois terços dos associados e, em segunda, dois terços dos pressentes.

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LEGITIMIDADE - GREVEArt. 114, p.3, CF.

O MPT poderá ajuizar dissídio coletivo, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesao do interesse público.

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PROCEDIMENTO – FORMAArt. 856 da CLT.A instancia será instaurada mediante

representaçao escrita ao presidente do Tribunal, devendo conter, a causa de pedir, os pedidos e, principalmente, as bases para a conciliaçao.

Obs. Admite-se o jus postulandi da parte.

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AUDIENCIAProposto o dissídio, o Tribunal designará

audiencia de conciliaçao, dentro de 10 dias, notificando os dissidentes.

Obs. É facultado ao empregador representar-se por preposto que tenha conhecimento do dissídio.

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AUDIENCIA - PROCEDIMENTOAs partes oferecem as sua propostas de

conciliaçao,Caso não sejam aceitas, o Tribunal

apresentará outra soluçao. Havendo acordo, homologará,

Não havendo acordo, ou não comparecendo as partes, submeterá o proc. a julgamento, depois das diligencias e ouvido o MPT.

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DA REVELIANos dissídios coletivos, não há que se falar

em revelia. No de nat. Jurídica, a controvérsia é jurídica.No de nat. Economica, não está em discussao

o direito existente, mas a elaboraçao originária da norma jurídica (nat. Dispositiva).

Ives Gandra Martins Filho

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SENTENÇA - NATUREZANo dissídio de nat. Jurídica, a sentença tem

natureza declaratória.

No dissídio de nat. Economica, a sentença tem natureza constitutiva.

Obs. Para Mauro Shiavi é dispositiva.

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COISA JULGADASúmula 397....Nao procede açao rescisoria calcada em

ofensa a coisa julgada ...porque em dissídio coletivo somente se consubstancia coisa julgada formal...

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REPERCUSSAO NOS CONTRATOSSúmula 277 do TSTSENTENÇA NORMATIVA. VIGENCIA.

REPERCUSSAO NOS CONTRATOS. As condiçoes de trabalho alcançadas por

força de sentença normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos.

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RECURSOArt. 894, I, CLT, lei 7.701-88Se o dissídio for de competencia originária do

TST, o recurso cabível é o de embargos para o próprio TST, que recebem o nome de embargos infringentes, tendo por objeto modificar decisoes não unanimes, salvo se a decisao estiver em consonancia com precedente ou súmula.

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AÇAO DE CUMPRIMENTOA sentença coletiva é lei, não contém

ingrediente condenatório, portanto inexequível (Antonio Lamarca)

Constitui açao individual de conhecimento, de rito especial, destinada ao cumprimento das cláusulas constantes da sentença normativa e dos acordos e convençoes.

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LEGITIMIDADE1) empregados, individualmente ou em

litisconsórcio ativo facultativo,

2) sindicato, em substituiçao processual (art. 6, CPC).

3) Federaçao – cancelada a súmula 359 do TST que vedava a substituiçao processual.

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COMPETENCIAMaterial – é da Justiça do Trabalho a

competencia material para as açoes de cumprimento que envolvem sentenças normativas, acordos e convençoes.

Funcional – é do primeiro grau de jurisdiçao.

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DILAÇAO PROBATÓRIANa açao de cumprimento não há dilaçao

probatória, uma vez que a prova é documental e pré-constituida.

Deve o autor juntar aos autos cópia do instrumento normativo e o réu documento comprobatório do cumprimento de suas obrigaçoes.

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TRANSITO EM JULGADOSúmula 246 do TST

É dispensável o transito em julgado da sentença normativa para a propositura da açao de cumprimento.

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PRESCRIÇAOSúmula 350 do TST

O prazo prescricional é de dois anos constados do transito em julgado da sentença normativa.

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NATUREZA CONDENATÓRIADevido a sua natureza condenatória visa um

pronunciamento jurisdicional, implicando em obrigaçao de pagar, fazer ou não-fazer e conseguintemente, a sentença emitida na causa converter-se-a em título executivo judicial (876, CLT, 467, CPC).

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SENTENÇA NORMATIVA - ALTERAÇAOSe houver alteraçao da sentença normativa,

perderá efeito a sentença proferida na açao de cumprimento.

Súmula 397....Nao procede açao rescisoria calcada em

ofensa a coisa julgada ...porque em dissídio coletivo somente se consubstancia coisa julgada formal...

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RECURSODa decisao proferida na açao de

cumprimento é cabível recurso ordinario para o TRT.

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SOLUÇAONa soluçao dos conflitos não bastam que

existam leis boas. É preciso que existam bons cidadaos e bons juízes, dispostos a respeitá-las e a faze-las respeitar.

Mozart Victor Russomano