dos audiovisuais à multimídia: análise história das diferentes dimensões de uso na escola
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Trabalho realizado pelas alunas de Pedagogia da UCAM Tijuca/ Rio de Janeiro.TRANSCRIPT
Comunicação, Tecnologia e
Educação
Grupo:Márcia TommasiMaria Marlene
Michele MessiasSimone Nunes
Vanessa Albuquerque
Rio, 22/10/08
Baseado no texto de Maria L. Belloni e Maria J. Subtil
“DOS AUDIOVISUAIS À MULTIMÍDIA: ANÁLISE HISTÓRICA DAS
DIFERENTES DIMENSÕES DE USO DOS AUDIOVISUAIS NA ESCOLA”
A gênese dos audiovisuais na escola
• Conceito remonta-se ao século XVII – “realismo pedagógico”.
• Contrários à organização, à estrutura e aos métodos empregados na escola.
• Percepção sensorial/empirista: origem do conhecimento e das idéias.
• Intuição: também é reconhecida como base da instrução.
• “Moderno ensino audiovisual” é entendido como o ensino que possibilita ilustrar e tornar concreto o ensino para crianças.
• Representantes da corrente intuitiva: Comênio (1592-1670), Pestalozzi (1782-1852), Herbart (1776-1841), Maria Montessori (1870-1952) e Rousseau (1712-1758).
• Teóricos afirmam importância em partir do sensível para chegar ao intelectual.
A gênese dos audiovisuais na escola
EXERCITA-SE A INTELIGÊNCIA
EXERCITA-SE A MEMÓRIA
EXERCITA-SE O SENTIDO DAS
CRIANÇAS
Fase 1 Fase 2 Fase 3
A gênese dos audiovisuais na escola: DIAGRAMA DE PROGRESSO
Fase 4
EXERCITA-SE O JUÍZO
• 1950 – início das publicações ou reedições de trabalhos sobre os audiovisuais internacional e nacionalmente.
A gênese dos audiovisuais na escola
• 1970 – começo da inserção dos audiovisuais nas relações pedagógicas no Brasil.
• Modelo educacional vigente: Tecnicista.
• Esse “considerava a eficiência do ensino uma decorrência do uso adequado e planejado de métodos e técnicas instrucionais. (...) tal concepção busca aplicar aos processos educacionais as técnicas de organização do trabalho típicas do modelo fordista de produção industrial”(Subtil e Belloni, 2002, p. 50).
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
• Segunda Guerra Mundial (1939-1945): Destaque para os audiovisuais.
• Motivo do destaque: preocupação com “implantação e integração dos recursos audiovisuais à prática em razão do sucesso do uso desses meios técnicos* no treinamento de um grande contingente de homens e mulheres para os trabalhos de guerra”(Subtil e Belloni, 2002, p. 50).
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
• Meios técnicos* = principalmente retroprojetores, projetores e filmes educativos.
• Inicia-se movimento de expansão: – das publicações sobre os audiovisuais,– dos debates sobre os audiovisuais, – das pesquisas sobre os audiovisuais, – da criação de centros destinados ao estudo e à
implementação dos audiovisuais, e– da produção de equipamentos com vistas a um grande
mercado consumidor.
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
Denominações dos audiovisuais em dois momentos:
Décadas de 1970 e
meados dos anos 1980
A partir da segunda metade
da década de 1980 e especialmente na
década seguinte
Material audiovisual
Técnicas audiovisuais
Recursos audiovisuais
Auxiliares do ensino Denominações
de 1970 a metade de 1980
Recursos de ensino
Meios de comunicação
Técnicas pedagógicas
Recursos plurissensoriais
Mass media Recursos intuitivos
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
Tecnologias educacionais
Meios de comunicação educacionais
Mídias
Multimídia Denominaçõesda segunda
metade de 1980 e na década seguinte
Novas tecnologias educacionais
Tecnologias de informação e comunicação (TIC)
DenominaçõesMais próprias à disseminação
social do avanço técnico
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
• Visão do papel do professor e a dimensão dos audiovisuais:– “transmissores de conhecimentos,– “desencadeadores de uma aprendizagem
ativa, e– “mediadores no processo de interação
professor/aluno/conhecimento”.
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
• Revisando os termos audiovisuais, as autoras afirmam que eles nada mais são do que os meios habituais de comunicação de massa
O processo de ensino/aprendizagem com os audiovisuais
Rádio
Cinema
Televisão
Dimensão sensorial/empirista como decorrência do “ensino intuitivo e realista”
• A percepção do mundo através dos sentidos favorece a aprendizagem por experiências sensoriais, intermediadas pelo professor.
• Aprendizagem: mediante gosto, olfato, tato, audição, visão.
• Retenção das informações: lendo, escutando, vendo, vendo e escutando, ouvindo e discutindo, dizendo e realizando.
“A percepção é elemento fundamental como base para a memorização,[...] porque não há formação científica sem retenção do que se entendeu”(Norbis, apud Belloni, 2002).
Audiovisuaistrês categorias de materiais:
• Experiência sensorial concreta e direta – ex.: utilização de sucata, desde que transformado em algo significativo para a construção do conhecimento.
• Experiência representativa – ex.: dramatização, assistir à tv ( nível intermediário entre o concreto e o simbólico, mostra as vivências que não podem ser ‘diretamente vividas’).
• Simbolização – relega o empírico e o concreto, faz uso dos símbolos verbais, icônico, substitui algo abstrato ou ausente.
“A vivência empírica e as experiências com materiais concretos e audiovisuais seriam a condição essencial para a aquisição de conceitos por parte do aluno, para levá-lo à abstração. [...] Essa hierarquização desconsidera que as operações mentais e a construção do conhecimento são produzidas pelo intercâmbio entre sensorial /empírico e simbólico permeadas pelo afetivo e nas interações entre os sujeitos”. (Subtil e Belloni, 2002, pp. 53 e 54).
Cone de Experiências - Edgar Dale(Amálgama de técnicas e/ou materiais com métodos e
procedimentos didáticos)
-Imediatamente vivencial (concreto)
-Simbólico abstrato
* Experiência direta
* Experiência simulada
* Dramatização
* Demonstração* Excursão
* Exposição* Televisão
* Cinema
* Rádio* Fotografias
*Símbolos visuais
* Símbolos verbais
*Discos
“Ensino intuitivo e realista”
Ensino próximo à realidade através de materiais concretos, mas acrescida de modernização com uso de tecnologia, com a finalidade de motivar os alunos e diminuir o atraso educacional em relação ao desenvolvimento tecnológico.
• Idéia central: “eficiência do ensino” – 1970.
• Tecnologia Educacional: “Forma sistemática de planejar, implementar e avaliar o processo total da aprendizagem e da instrução, em termos de objetivos específicos baseados nas pesquisas sobre a aprendizagem da comunicação humana, empregando uma combinação de recursos humanos e materiais, com o objetivo de obter uma instrução mais efetiva” (Oliveira, apud Belloni, 2002, pp. 56-57).
Perspectiva tecnicista e os auxiliares da eficiência do ensino
• Prevalecem as técnicas e os métodos de ensino sobre os conteúdos e as relações pedagógicas
• Utilizam-se os audiovisuais / meios técnicos na escola como o modelo industrial fordista e taylorista.
• Nova disciplina: – tecnologia educacional: para formação de
educadores (os professores e os especialistas pedagogos). – função: intervir no processo de ensino para
aumentar sua eficiência.
Perspectiva tecnicista e os auxiliares da eficiência do ensino
• Os audiovisuais recebem funções como: auxiliar de ensino, ajuda visual, auxiliares didáticos,etc.
• Crítica às praticas educativas com caráter tecnicista.
• 1982- Associação Brasileira de Tecnologia Educacional busca estabelecer novas bases da educação, que considere os benefícios da tecnologia educacional, pois quando se questionava o tecnicismo, se descartavam os meios técnicos. As TIC trouxeram à tona os benefícios da tecnologia.
Perspectiva tecnicista e os auxiliares da eficiência do ensino
Audiovisuais e a inovação técnica ou pedagógica?
(instrumentos e métodos)
• Os instrumentos e métodos usados pelo professor, para auxiliar na aprendizagem, influenciam diretamente no processo de aprendizagem, de conhecimento, de memorização e de percepção dos alunos.
Percepção e efeitos
• Desde a década de 1950, em todo o mundo, as técnicas audiovisuais não são facilmente aceitas na educação, visto que podem alterar as situações psicopedagógicas em andamento.
Informação e comunicação
• Os audiovisuais como indutores da intuição e da percepção são negados, pois os meios técnicos não corrigiam, e sim reproduziam os erros e defeitos do ensino tradicional.
A crescente sofisticação das TIC
• Os audiovisuais como auxiliares para os educadores deve ser bem pensado para que ele não se torne um verbalismo mais elegante e sofisticado do que aquele já pensado na pedagogia tradicional, em que há destaque para o verbalismo.
• Audiovisual como condição para uma boa comunicação pedagógica.
• Para comunicação ocorrer é preciso interação entre emissor, receptor e meio.
• O meio facilita essa comunicação e elimina o excesso de verbalismo.
• As autoras estudas apresentam duas direções para essa dimensão comunicacional.
Dimensão comunicacional dos audiovisuais
• Papel do professor na transmissão do saber com a nova tecnologia: assegurar a criação de condições para a comunicação em sala de aula, ou melhor, para facilitar o acúmulo de conceitos pelos alunos.
• Isso seria válido pois os alunos, atualmente, estão submetidos à influência das técnicas de comunicação de massa e são resultados dessa vivência.
• Para isso, será necessário o uso de MEIOS COMBINADOS, ou seja, RECURSOS AUDIOVISUAIS que se reforcem mutuamente. Conhecidos hoje como MULTIMÍDIA.
Dimensão comunicacional dos audiovisuais= Processo comunicacional unidirecional =
• Essa outra direção perceberia a educação como possibilidade de aprendizagem de capacidades.
• A estratégia fundamental seria a comunicação, por meio do uso de instrumentos audiovisuais, mas com o cuidado de educar para a decodificação das mensagens e para a comunicação circular, não unidirecional.
• Com as NTIC será possível a geração de novos modos de comunicação adequados aos novos suportes, mas para sua utilização em sala de aula, será preciso que os professores e pedagogos sejam preparados tecnicamente.
Dimensão comunicacional dos audiovisuais= Processo comunicacional interativo =
• Década de 1980: Tanto a tecnologia educacional quanto as questões dos audiovisuais sofrem uma revisão conceitual que se refletirá na terminologia.
• “Técnicas” e “recursos audiovisuais” vão sendo substituídos por “mídias”, “meios de comunicação” e “tecnologias
educacionais”.
Tecnologias na educação hoje
Tecnologia na educação hoje
• Década de 1990: O caráter técnico/instrumental presente nas concepções iniciais dos audiovisuais passa a ser substituído, pela idéia de que esses materiais possui um caráter comunicacional inerente e permitem aos sujeitos a produção da comunicação, portanto não se qualificam como meros auxiliares.
Tecnologia na educação hoje
• Segundo Pretto (1996), as novas tecnologias da comunicação são fundamentais para a educação e não apenas um instrumento pedagógico.
• Contrariando esse ponto de vista, Subtil e Belloni (2002) dizem que o fundamento da educação deve ser a pesquisa, o desenvolvimento do espírito científico e da ética. As NTIC devem ser meios.
Tecnologia na educação hoje
• Segundo Babin (1989), a “geração audiovisual”, exigiria uma educação em “estéreo”, isto é, em diversos canais (contrapondo-se à idéia de “mono”, um só canal).
Tecnologia na educação hoje
• Toda tecnologia que nos cerca e nos constitui vão transformando rapidamente as estruturas simbólicas e o sistema de significação. Nesse novo ambiente, a escola nos parece um lugar estranho com sua fixação na oralidade e nos meios impressos.
Tecnologia na educação hoje
• Com o decorrer do tempo foi se afirmando que instrumentos e materiais têm o poder de “inovar”, “renovar”, “modernizar”, enfim, adequar a sala de aula aos avanços da técnica e da ciência.
Tecnologia na educação hoje
• Para além dessa ou daquela corrente pedagógica e para dimensionar adequadamente a questão, é importante entender que a relação ensino/aprendizagem deve se constituir numa inter-relação entre sujeitos (professor/aluno, aluno/professor), que pode ser ou não mediada pelas mídias ou tecnologias em busca da autonomia na produção de conhecimentos.
• O texto nos fez repensar a importância da tecnologia nos últimos anos.
• Acreditamos na importância desse texto nos cursos de formação de professores e pedagogos.
• Consideramos os audiovisuais ferramentas facilitadoras e de apoio ao professor, mas não como substitutos do professor.
Considerações Finais
• Nessa perspectiva os audiovisuais podem potencializar os sentidos, mas devem ser mediados pelo professor.
• Percebemos a necessidade de se pensar a tecnologia como um meio abrangente a todas as classes, a fim de se evitar a exclusão digital.
• Percebemos também a importância de projetos de instrução das novas tecnologias para professores, a fim de que ele acompanhe as novidades e as leve para a sala de aula.
Considerações Finais
• Concordamos que a experiência dos jovens devem ser respeitadas no processo de aprendizagem.
• Assim, entendemos que a escola não deve estar longe das inovações tecnológicas ou das diversas outras novidades. Deve, fazer o movimento contrário, ou seja, trazer as novidades para dentro da escola.
Considerações Finais
• Por tudo aqui exposto, acreditamos que estamos experimentando um novo paradigma educacional, diante do qual o texto aqui apresentado vale a pena ser discutido entre os educadores, professores ou pedagogos.
Considerações Finais
SUBTIL Maria José; BELLONI, Maria Luiza. Dos audiovisuais à multimídia: análise histórica das diferentes dimensões de uso dos audiovisuais na escola. In: BELLONI, Maria Luiza. (Org.). A formação na sociedade do espetáculo. SP: Edições Loyola, 2002.
Referência Bibliográfica