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DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DA IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA PREFEITURA MUNICIPAL DE ENGENHEIRO CALDAS MG Desenvolvido de acordo com as normas do IEPHA-MG 1 para o período de ação e preservação de 16 de abril de 2009 a 15 de janeiro de 2010. 1 http://www.iepha.mg.gov.br/icms_patr_cultural.htm - Deliberação para Proteção e Modelos ICMS Patrimônio Cultural.

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Desenvolvido de acordo com as normas do IEPHA-MG

1 para o período

de ação e preservação de 16 de abril de 2009 a 15 de janeiro de 2010.

1 http://www.iepha.mg.gov.br/icms_patr_cultural.htm - Deliberação para Proteção e Modelos ICMS Patrimônio

Cultural.

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

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SUMÁRIO

Introdução

Informe histórico e caracterização do município

Informe histórico do bem cultural e contextualização do mesmo

no desenvolvimento do município

Descrição e análise arquitetônica do bem cultural

Delimitação e descrição do perímetro de tombamento

Justificativa da definição do perímetro de tombamento

Delimitação do perímetro de entorno do tombamento

Justificativa da definição do perímetro de entorno de tombamento

Documentação cartográfica

Documentação fotográfica

Laudo de avaliação sobre o estado de conservação

Diretrizes de intervenção sobre o bem tombado

Anexo I – Ficha de Inventário

Anexo II – Documentos legais

Parecer sobre o tombamento elaborado pelo profissional responsável pela elaboração do dossiê Parecer sobre o tombamento elaborado por conselheiro integrante do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural Notificação ao proprietário do bem ou ao seu representante legal informando o tombamento Recibo de Notificação Cópia da ata da reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural aprovando o tombamento. Cópia do decreto do executivo tombando o bem cultural Cópia da inscrição do bem cultural no Livro de Tombo Municipal Cópia da publicação do ato do tombamento

Anexo III – Documentos diversos

Bibliografia

Ficha técnica

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INTRODUÇÃO

Este dossiê de tombamento visa a preservação da Igreja Matriz de Santa Bárbara, importante referencial arquitetônico e simbólico para a história de Engenheiro Caldas.

A idéia do tombamento da Igreja surgiu durante uma das reuniões do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Engenheiro Caldas, quando houve a decisão de se tombar o primeiro bem a nível municipal. Houve votação entre os conselheiros e, por unanimidade, foi aprovado o tombamento deste bem. A partir de então foi iniciado o processo de tombamento e a pesquisa para que houvesse dados para a elaboração deste dossiê, onde está contido o embasamento que justifica a importância da aplicação do instrumento do tombamento para a proteção da Igreja.

A Igreja Matriz de Santa Bárbara começou a ser construída no final da década de 1950, através de mobilização popular, com o apoio da Paróquia de Tarumirim, a qual pertencia neste período. A inauguração ocorreu logo após a emancipação do distrito de Santa Bárbara, que se tornou o município de Engenheiro Caldas. A edificação se tornou ponto de referência para a população desde o início das obras e se destaca no cenário urbano pela imponência em relação ao restante das construções existentes e pela importância simbólica devido à própria instituição católica.

A elaboração deste dossiê se baseou principalmente em pesquisas e levantamentos de campo, sobretudo a partir da análise arquitetônica e das fontes de história oral, já que não foram encontradas referências bibliográficas acerca da construção e/ou dos bens a ela relacionados. Também foram utilizadas fontes cartográficas e fotográficas.

O objetivo deste dossiê de tombamento é confirmar os valores históricos e simbólicos que tornam a Igreja Matriz de Santa Bárbara um bem cultural único dentro de Engenheiro Caldas. Nele estão contidas informações e medidas que visam esclarecer fatos e dados desconhecidos para a maior parte da população e, com isso, fazer do conhecimento um instrumento de proteção da edificação e de seu entorno, através da valorização cultural.

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INFORME HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO

Contexto histórico

A ocupação do território do município de Engenheiro Caldas pode ser entendida a partir da ocupação da região onde este está inserido: o Vale do Rio Doce.

Por volta de 1730, com o descobrimento de diamantes na região chamada de Distrito Diamantino, com sede no arraial do Tejuco (atual Diamantina), a Coroa declarou monopólio à extração de diamantes e ouro na região, estabelecendo, então, um controle rígido sobre a área, baseado no fisco e na ação repressora. Como conseqüência, ocorreu a expulsão de mulheres e homens negros, proibição da venda de bebidas, interdição de vendas e de vendedores ambulantes, além de ter havido a expulsão dos mineradores clandestinos da região e a proibição da mineração de ouro, obrigando, assim, os moradores a se dedicarem à lavoura e à pecuária (BARBOSA,1981)

2.

Apesar do centralismo do poder e da severidade da legislação, as riquezas que jorravam iam para a Europa não só por vias legais, mas também através de contrabando. Com essa exploração desordenada, as jazidas aluviais se esgotaram muito cedo e os colonizadores perceberam que não podiam ou não conseguiam mais manter a mineração aurífera.

A partir de então, as cidades do ciclo do ouro passaram por um melancólico esvaziamento. Os mineradores, os clérigos e os escravos se distanciaram das cidades, buscando longínquas terras. No dizer de Carrato, uma verdadeira diáspora. Os migrantes partiram em massa na busca de novas aventuras, encontrando imensas florestas e terras desabitadas. Algumas vezes ainda tentavam a mineração de ouro ou de gemas, mas acabavam abrindo currais, fazendas e pequenos negócios; começaram as construções de capelas, a criação de freguesias ou vilas (CARRATO, 1968)

3.

Após a época pombalina (1750-1777), ocorreram incursões no Vale do Rio Doce visando novas descobertas de jazidas de ouro, sendo alcançado o município de Cuieté em 1781, pelo então Governador da Capitania Dom Rodrigo José de Menezes (Conde de Cavaleiros). O Governador voltou de Cuieté entusiasmado, não com a mineração aurífera, mas com a criação de uma colônia agrícola. Tomou a iniciativa de mandar para o local uma companhia militar para ocupar a região, desde Cuieté até Natividade, hoje município de Aimorés (VASCONCELOS, D. 1974)

4.

A área coberta de mata indevassada ou ainda não percorrida era uma barreira natural que impedia o contrabando de ouro. Devido às condições naturais, a partir daí o Rio Doce passou a ser a via preferencial para o transporte do sal para a região do ouro. Para tornar o rio navegável, foi posto em prática um projeto de devastação das suas margens.

Consolidação do município

Até o início do século XX, o Vale do Rio Doce permanecia amplamente coberto pelo complexo da Mata Atlântica. A efetiva ocupação da região somente se deu a partir da construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). Iniciada em 1903, em Vitória (ES), em 1910 chegava ao então pequeno entreposto comercial de Porto de Figueiras, hoje município de Governador Valadares (MG).

2 BARBOSA, Waldemar de Almeida. Os 250 anos de Minas Novas. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

Belo Horizonte, N. XVIII, 1981.

3 CARRATO, José Ferreira. Igreja, Iluminismo e escolas mineiras coloniais. São Paulo: Nacional, 1968.

4 VASCONCELOS, Diogo de. História Média de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatatiaia, 1974.

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E foi neste contexto, então que, por volta de 1906, que uma caravana composta por doze homens, entre eles José Manoel, Francisco Manoel, Joaquim Manoel e Joaquim Domingos, chefiados por Joaquim da Silva (o Coronel Pião) adentrou o território, à procura de terras férteis. Essa incursão afastou-se das áreas já ocupadas, próximas às margens do Rio Doce, dando origem ao povoado que é hoje o município de Engenheiro Caldas.

A primeira construção no local foi um “barraco” ao final da antiga Rua Pedro Faria, atual Rua Manoel Joaquim Ribeiro. A partir de então, os novos colonizadores iniciaram a ocupação do território, que se deu ao longo dos leitos do Córrego do Onça e do Córrego das Pedras, em área plana, rodeada por planícies onduladas que lhe dão um caráter de proteção natural.

De acordo com o Sr. Antônio Sotero Lopes (Sr. Pimenta), o Coronel Joaquim Pião, que comandou a incursão da caravana e a ocupação do território, doou simbolicamente à Santa Bárbara, por devoção, terras de sua posse na região da nova “área colonizada”. Daí o nome do povoado de Santa Bárbara.

A Estrada de Ferro Vitória-Minas, aberta em 1904, teve grande importância para a região no que se refere ao escoamento dos produtos; porém, foi com a implantação definitiva da BR-116, cujos estudos iniciais também datam dos anos 1930-1939, que o povoado, atualmente Engenheiro Caldas, se desenvolveu.

Como Distrito de Santa Bárbara, criado em 1948 pela lei nº 336, de 27/12/1948, pertencente ao município de Tarumirim, passou a denominar-se Santa Bárbara de Tarumirim.

Em 01/03/1962, os distritos de Santa Bárbara e São José do Acácio foram desmembrados de Tarumirim.

Ao emancipar-se, em 30 de Dezembro de 1962, pela Lei nº 2764, de 30-12-1962, Santa Bárbara então recebeu a denominação de Engenheiro Caldas, alterada pela Lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, em homenagem ao Engenheiro Felipe Moreira Caldas, que participou da frente de trabalho para a construção da antiga Rio-Bahia (BR-116).

Em divisão territorial datada de 31/12/1963, o município foi constituído de 02 distritos: Engenheiro Caldas (sede) e São José do Acácio, assim permanecendo até 1988. Pela Lei nº 530, de 03-04-1992, foi criado o distrito de Divino do Traíra e anexado ao município de Engenheiro Caldas. Em divisão territorial datada de 1992, o município passou a ser constituído de 03 distritos: Engenheiro Caldas (sede), Divino do Traíra e São José do Acácio, assim permanecendo até hoje.

Distrito de São José do Acácio

O distrito de São José do Acácio está a 22,0Km do Distrito Sede e, desde 01/03/1962, juntamente com Santa Bárbara (atual município de Engenheiro Caldas) foi desmembrado de Tarumirim. Em 2000, segundo dados da Prefeitura Municipal de Engenheiro Caldas, o Distrito contava com 1.372 habitantes, o equivalente a 14,67% da população total do município naquele ano. Segundo dados da Prefeitura Municipal de Engenheiro Caldas, atualmente São José do Acácio conta com 972 habitantes na zona urbana e 419 habitantes na sua zona rural.

Ao redor da Praça da Matriz está localizada, além da Igreja Matriz de São José, a Escola Municipal Adeodata Silveira Castro (até 8ª série), alguns estabelecimentos comerciais e a sede de uma das empresas voltadas ao artesanato em pedras. O distrito conta com Posto de Saúde, Agência de Correios, Cartório e Cemitério, além do estádio de Futebol Sebastião Damaceno Filho.

A economia de São José do Acácio se diversificou, além dos estabelecimentos comerciais de pequeno porte, e de parte dos habitantes se voltarem para a agropecuária; o Distrito desponta no artesanato em pedra com pequenas empresas artesanais ou já com um suporte maior de máquinas de corte e lapidação, cuja matéria prima é constituída pelos seguintes minerais: sodalita, calcita, magnesita, ametista e dolomita; e no manejo e cultivo de plantas aquáticas (para aquários) e criação de peixes ornamentais, cujos produtos já são vendidos para vários estados brasileiros. Com isso, São

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José do Acácio está se transformando em referência de produção especializada e diferenciada, neste caso, ampliando a economia local e criando mais postos de trabalho.

Distrito de Divino do Traíra

Pela Lei nº 530, de 03-04-1992, foi criado o distrito de Divino do Traíra e anexado ao município de Engenheiro Caldas, situado a 12,0Km do Distrito Sede. Segundo dados da Prefeitura Municipal de Engenheiro Caldas, atualmente Divino do Traíra conta com 912 habitantes na zona urbana do distrito e 205 habitantes na zona rural.

Sua ocupação se deu margeando a BR-116, na confluência do Ribeirão Traíra com o Córrego Beija-Flor, cursos d´água de grande importância para o município.

Sua economia é voltada para o comércio (com presença de pequenos estabelecimentos comerciais) e para a agropecuária.

Hoje o Distrito possui os seguintes serviços e lugares de referência: Posto de Saúde, Agência e Correios, Posto da Polícia Militar, Cartório João Izidoro Pereira, duas Igrejas (Igreja Matriz do Divino Espírito Santo e Igreja Imaculada Conceição), cemitério, Praça Professora Adélia Dias Goulart, campo de futebol e Escola Municipal Luzia Gonçalves Lessa (até 8ª série).

Povoados

Os povoados que compõem a zona rural de Engenheiro Caldas têm sua ocupação próxima às grandes fazendas, ao longo dos cursos d´água. Essa é uma das razões pela denominação de alguns deles, sendo a maioria devido aos córregos que banham suas áreas, sendo os povoados: Córrego dos Italianos, Córrego dos Alexandres, Córrego do Moledo, Mangueira, Engenhoca, Calisto, Mantimento de Cima, Mantimento de Baixo, Córrego das Pedras, Córrego dos Gonçalves, Córrego da Cachoeira, Córrego Preto, Córrego do Caixa Larga, Corrrego do Beija Flor, Córrego Bela Vista, Córrego Boa Sorte, Córrego do Bonfim, Córrego dos Leites, Córrego Água Doce.

Atualmente a Zona Rural do Município de Engenheiro Caldas, segundo dados da Prefeitura Municipal, conta com um total de 1819 habitantes, incluindo os habitantes das zonas rurais dos Distritos. A economia é voltada para a agricultura e para a pecuária, sendo de grande vulto econômico as fábricas de cerâmica, localizadas na zona rural, margeando a BR-116.

Distrito Sede

Por volta de 1940, segundo Dona Chichica (Sra. Francisca Gonçalves Soares), ela e o Sr. Ernesto Paulino de Oliveira (na época, seu esposo, atualmente divorciados) possuíam um bar às margens de onde seria construída a BR-116 (antiga Rio-Bahia). Ela lembra que as ruas ainda eram de terra e logo que foram iniciadas as obras para a implantação da rodovia, foi instalada a primeira bomba de gasolina do local.

A construção da rodovia, como dito, foi um grande marco para Engenheiro Caldas, acelerando seu crescimento econômico e facilitando o escoamento da produção do município.

Dona Chichica relata também que a época foi retratada na pintura “Óleo sobre tela de José Matias”, onde se pode ver a Vila de Santa Bárbara em meados dos anos de 1940, onde existiam poucas residências, uma capela e o bar com a bomba de gasolina da Sra. Francisca e do Sr. Ernesto, em meio às ruas ainda de terra.

Essa pintura se tornou muito importante para Engenheiro Caldas, sendo utilizada como referencial pelo comércio e pelos órgãos públicos, além de ser utilizada em folhinhas de calendários.

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Conta-se que o pintor vendeu a tela para o atual proprietário, Sr. Carlos Machado (dono de fotos antigas), e que posteriormente tentou reavê-la, sem sucesso.

A Rádio foi o primeiro meio de comunicação de Engenheiro Caldas, inaugurada pelo Sr. João Ferreira, em 1942.

A Agência dos Correios foi trazida por Dona Maria Cardoso, em 1957.

O primeiro telefone de Engenheiro Caldas, cujo funcionamento era à manivela, foi instalado no mandato do Prefeito Wander Rodrigues de Souza (gestão 1967-1970), sendo de uso público e localizado no posto telefônico. Logo após chegaram outros 50 telefones, instalados na mesma época em residências particulares, entre elas dos Srs. João Cardoso, Ernesto Paulino de Oliveira, Divino Paulino Jordão e Maria Cardoso.

O primeiro automóvel, um jipe, foi de propriedade do Sr. Delardino Jordão, não se sabe exatamente a data.

Dona Chichica (Sra. Francisca Gonçalves Soares) também relata a existência de uma lagoa próxima ao local onde hoje está localizada a Cooperativa de Produtores de Leite (aparentemente desativada) e o posto de gasolina, às margens da BR-116 e que esta foi drenada, uma vez que o município estava se desenvolvendo e em processo de expansão. A lagoa trazia problemas para os bairros próximos, causando enchentes, muito comuns no passado. Outros relatos mencionam que nessa lagoa existia uma ilha chamada “Couro”, que se movia sobre a água com a força dos ventos.

Segundo Dona Adeodata da Silveira Miranda (Dona Chiquita), em entrevista e em seu livro escrito em homenagem a Engenheiro Caldas5, a primeira Missa foi celebrada pelo Padre conhecido como Padre Palhinha, em um pequeno altar erigido onde hoje está localizado o Hotel Pimenta, na Av. Vereador Sebastião Pernes de Miranda. Posteriormente foi construída a primeira capela de madeira, no morro do cemitério, onde hoje está a COPASA, mas que foi destruída pelo vento em 1962.

Não há documentação que mencione época, iniciativa e autoria das obras da construção da Igreja Matriz de Santa Bárbara; porém, de acordo com relatos dos moradores mais antigos do município, inclusive Dona Chiquita, a Igreja Matriz foi erigida no final da década de 1950 e inaugurada após a destruição da capela de madeira, pelo vento.

A primeira missa, após a emancipação, foi celebrada pelo Padre Rino, com a inauguração da Igreja Matriz, ainda inacabada.

Segundo Padre José Dias Xavier, atual pároco de Engenheiro Caldas, a paróquia foi instalada no ano da emancipação do município (1962), pertencendo à Diocese de Caratinga até o ano de 1974, aproximadamente, quando passou a pertencer à Diocese de Governador Valadares.

Segundo o Sr. João Coelho Ramos, o primeiro pároco do distrito de Santa Bárbara foi o Padre João Pina do Amaral, seguido pelo Padre Geraldo Magela do Carmo, que realizou sua última celebração no dia 09 de junho de 1962, quando a antiga capela caiu. Após a emancipação do município, em 1962, os párocos que assumiram a paróquia desde sua instalação foram: Padre Rino, Padre Francisco da Fonseca (Padre Chiquinho), Padre Lécio Guedes, Frei Roberto Bocca e, desde 1975, Padre José Dias Xavier.

Segundo Luziane Oliveira, em entrevista e em seu Trabalho de Conclusão do Curso de Turismo: “Morro do Cruzeiro: Um Lugar de Devoção e Oração”

6, o município tem potencial turístico

religioso, uma vez que algumas festividades e celebrações religiosas, constantes no calendário municipal, e em especial o “Morro do Cruzeiro”, são responsáveis pela atração de muitas pessoas de outros municípios.

5 MIRANDA, Adeodata Silveira. Padre Engenheiro Caldas – MG. Uma História que começou há 100 anos. Engenheiro Caldas,

setembro de 2006. 6 OLIVEIRA, Luziane. Morro do Cruzeiro: Um Lugar de Devoção e Oração. Trabalho de Conclusão de Curso de Turismo,

Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, novembro de 2008.

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Entre os principais eventos religiosos destacam-se: o Carnaval com Cristo (este ano completando sua sexta edição) organizado pela Renovação Carismática Católica, com participação de Jovens de Engenheiro Caldas e de outras cidades na Praça Tiradentes com a duração de três dias; durante todo o mês de maio é celebrado o Mês de Maria, com a coroação da santa; o Corpus Christi é celebrado como uma grande manifestação de arte popular, uma vez que a comunidade de Engenheiro Caldas mantém o costume de decorar as ruas com tapetes feitos com serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas. Em 12 de outubro, o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida é comemorado com a subida de romeiros ao Morro do Cruzeiro, com a intenção de pagar promessas, fazer penitências, orações e para o encontro de jovens. Em dezembro, é realizada a festa de Santa Bárbara, padroeira de Engenheiro Caldas, tendo no encerramento barraquinhas com comidas típicas e leilões.

O Morro do Cruzeiro é um lugar de devoção, visitado por muitos romeiros, desde 1958, quando o Sr. Alípio Lourenço Ezequiel de Faria, na época com 34 anos, instalou o Cruzeiro nas pedras com a ajuda de outros moradores, no dia 06 de agosto daquele ano, em honra à Nossa Senhora Perpétua Socorro.

No local, além do Cruzeiro feito de madeira Braúna, oferecida pelo amigo Sr. João Pacifico, como conta o Sr. Alípio Lourenço, “no valor de 120 mil réis”, foi erguida uma capela com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, doada pelo Sr. Ernesto Paulino de Oliveira. No dia da inauguração, foi celebrada uma Missa para 300 pessoas, pelo Padre Geraldo Magela.

Hoje, com 84 anos o Sr. Alípio encomendou uma placa de metal de 25 Kg para colocar no Morro do Cruzeiro com os seguintes dizeres: “Este cruzeiro é de São Sebastião, e este local, é a futura igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, construído em 06/08/1958 por José Alípio Lourenço Ezequiel de Faria.”

Política

A partir da emancipação, em 30 de dezembro de 1962, o Dr. José de Assis Rodrigues administrou o município como prefeito interino por 07 meses, até a posse do primeiro prefeito eleito no mesmo ano, Sr. Divino Paulino de Oliveira, que governou o município de 1963 a 1966. De 1967 a 1970 foi prefeito o Sr. Wander Rodrigues de Souza. Pelo período de 1971 a 1972, foi prefeito o Sr. Geraldo Martins de Andrade, seguido do Sr. Wander Rodrigues de Souza, de 1973 a 1976. De 1977 a 1982, assumiu a prefeitura o Sr. José Ozório da Silveira; de 1983 a 1988, o Sr. Geraldo Teixeira da Costa; de 1989 a 1992, o Sr. José Pereira Gourlart; Sr. Gilmar Cardoso assumiu no período de 1993-1996.

De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral7, em 1996, o município de Engenheiro Caldas elegeu Divino Jordão de Oliveira (PTB) para prefeito com 2644 votos (1997-2000). Nas eleições de 2000, para administrar de 2001-2004, o município teve como Prefeito Paulo César de Miranda Faria (PMDB), eleito com 3111 votos, sendo reeleito em 2004, com 2740 votos, sendo que naquele ano eram 6448 eleitores. Atualmente a Prefeitura Municipal tem como prefeito o Sr. Juarez Contin Júnior, do PMDB, eleito em 2008, com 3024 votos.

Demografia

De acordo com dados do IBGE8, a população urbana em 2000 era de 7.309 habitantes, o que indica um crescimento de mais que o dobro em relação a 1970, quando havia 3.387 moradores. Já a

7 Pesquisa realizada em junho de 2009, site: http://www.tre-mg.gov.br

8 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pesquisa realizada em junho de 2009, no site

http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1

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população rural em 2009, com 2.038 habitantes, equivale a aproximadamente 28% da população rural existente em 1970. Pode-se observar uma inversão do número de habitantes entre as zonas urbanas e rurais, no período entre 1970 e 2000. Em 1970, a população rural era 68,30% do total de habitantes. Já em 2000, essa porcentagem caiu para 21,80% da população total do município.

Os dados também demonstram uma queda de 20,45% no número total de habitantes entre os censos de 1970 e 1980. Porém, nos anos censitários seguintes, houve o crescimento da população total do município, sendo que, de 1980 a 1991, houve um pequeno crescimento de 3,7% e, de 1991 a 2000, o crescimento atingiu 6,03%. De acordo com o Censo de 2007, Engenheiro Caldas registrou um total de 10.317 habitantes, com crescimento de 10,37% referente ao ano de 2000. Este número, porém, ainda não alcançou os 10.687 habitantes registrados em 1970.

Em 2000, de acordo com dados coletados na Prefeitura de Engenheiro Caldas, inclusive em Pesquisa Escolar feita pela Escola Estadual Professora Ondina Pinto de Almeida10, o distrito de São José do Acácio contava com 1.372 habitantes, o equivalente a 14,67% da população total do município naquele ano; e o distrito de Divino do Traíra, com 1.028 habitantes, um pouco menos de 11% do número total de habitantes. De acordo com dados da Prefeitura Municipal de Engenheiro Caldas, em 2008, a população total do distrito de São José do Acácio era de 1.391 habitantes, dos quais 419 estavam situados na zona rural. Já o Distrito Divino do Traíra possuía uma população total de 1.117 habitantes no mesmo ano, dos quais 205 estavam situados na zona rural.

A densidade demográfica do município de Engenheiro Caldas atualmente é de 54,87hab/km².

Economia

Ainda de acordo com dados do IBGE, a principal fonte econômica do município de Engenheiro Caldas está ligada ao setor de serviços/comércio, seguido da atividade industrial (Indústria de Cerâmica Vermelha), tendo o tijolo como produto mais significativo. O setor agropecuário também se destaca, tendo como principais explorações agrícolas a cana-de-açúcar, o arroz, o feijão, o milho e a mandioca, além da fruticultura, que é uma atividade recente no município; na pecuária a exploração predominante é a leiteira. De acordo com a Secretaria de Educação, mais da metade da produção é exportada para os municípios do Rio de Janeiro, Governador Valadares, Caratinga e Belo Horizonte.

De acordo com o cadastro de Empresas do IBGE – CEMPRE do ano de 2000, as principais empresas industriais (com 10 ou mais empregados) de fabricação de produtos de minerais não-metálicos no município são: Angel Frossard Fernandez Cerâmica Laminatex Ltda; Cerâmica Isadora Ltda; Cerâmica Caldense Ltda; Cerâmica Fernandez Ltda; Cerâmica Portela Ltda; Cerâmica Santa Bárbara Ltda. Juntas essas empresas empregam 20% da população registrada e são responsáveis por 18% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP) e o Centro de Estatística e Informação (CEI).

O município produz aproximadamente 3.750 toneladas de cana-de-açúcar; 616 toneladas de milho; e 210 toneladas de mandioca. Em menor escala, existem lavouras de laranja (192 toneladas); arroz (176 toneladas); tomate (120 toneladas); banana (108 toneladas); feijão (98 toneladas -1ª e 2ª safras); e café (09 toneladas).

De acordo com o Censo Agropecuário de 200611, a pecuária conta com a criação de bovinos

(15.828 cabeças) em 238 estabelecimentos rurais, onde 177 são produtores de 4.459 litros de leite.

9 Dados demográficos da área rural: Confederação Nacional dos Municípios – CNM

< http://www.cnm.org.br/demografia/mu_dem_pop_rural.asp > acessado em junho de 2009

10 Pesquisa realizada pela E. E. Professora Ondina Pinto de Almeida, Curso 2

o Grau, Professora Paulina Ângela – Geografia –

Engenheiro Caldas-MG, 07 de dezembro de 2001. Pesquisadores: Cheila Gonçalves; Fabiana Rodrigues; Aurenice Milanez; Rosimeire Freitas; Genaina Rodrigues; Carla Geane; Regiane Santiago; Anna Kyara Aguiar; Julia Fagundis. 11

Dados coletados em junho de 2009, do site da Confederação Nacional dos Municípios: http://www.cnm.org.br/demografia/mu_dem_pop_rural.asp

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As aves contam com 27.175 cabeças entre galinhas, galos, frangos e pintos, onde a produção de ovos atinge 9.000 dúzias. Em menor número surgem os suínos (573 cabeças) e os ovinos (155 cabeças).

Ainda de acordo com o mesmo censo, no município de Engenheiro Caldas são destinados 191 hectares para lavouras permanentes; 582 hectares para lavouras temporárias; 8.914 hectares para pastagens naturais e 439 hectares são de matas e florestas.

A assistência às propriedades rurais é prestada pela Prefeitura Municipal e pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Engenheiro Calda;, além de assistência técnico-agronômica e médico veterinária, prestada pela EMATER-MG.

Na área bancária o município de Engenheiro Caldas conta com uma agência da AC-CRED, uma agência do Banco Postal do Bradesco, um Posto de Atendimento da Caixa Econômica Federal, uma unidade do Bradesco 24 horas e um PA (Posto de Atendimento) do Bradesco. A arrecadação municipal, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Fazenda12, em 2004, era de R$658,221

sendo R$193.649 de ICMS e R$464,572 definidos como “outros”.

Observou-se um crescimento na arrecadação municipal entre o período de 2001 a 2004 de quase 55%.

Educação

Com relação à Educação em Engenheiro Caldas, o município possui 04 escolas de ensino fundamental cujo número de matrículas em 2007 foi de 2.248; 04 escolas pré-escolares, com 479 matrículas e 01 escola de Ensino Médio, com 381 matrículas realizadas no ano de 2007, de acordo com dados da Câmara Municipal.

A porcentagem de alunos matriculados revela a realidade da educação do município, sendo de 15,4% para nível pré-escolar; 72,3% do total de matrículas para o nível de Ensino Fundamental e apenas 12,3% do total de matrículas para o nível de Ensino Médio.

O município é atendido pelas escolas: Escola Estadual Ondina Pinto de Almeida, Escola Municipal Maria da Conceição Ferreira e Escola Municipal Braz Monteiro, situadas no distrito Sede; Escola Municipal Luzia Gonçalves Lessa, no distrito Divino do Traíra; e Escola Municipal Adeodata Silveira Castro, no distrito São José do Acácio.

As escolas da zona rural, como a Escola Estadual Córrego do Beija-Flor, no povoado do Córrego do Beija-Flor, foram desativadas. Os alunos possuem transporte fornecido pela prefeitura do município para frequentarem as escolas mais próximas de suas residências, distribuídas nos distritos, inclusive no distrito Sede.

Em 1955, pelo Decreto Lei nº 46.369 de 20/07/55, foi fundado o Grupo Escolar Ondina Pinto de Almeida no Distrito de Santa Bárbara (atual Engenheiro Caldas) cujo nome foi uma homenagem à professora, e posteriormente Diretora, do grupo escolar da cidade de Tarumirim, da qual Engenheiro Caldas na época era Distrito. Ondina nasceu em Leopoldina em 1909, formou-se na Escola Normal em 1928 e teve sua primeira experiência profissional no grupo Escolar em Miraí, na Zona da Mata. Casou-se com Clóvis Vieira Resende, em 1929 e, em 1940, devido à repercussão econômica da Segunda Guerra, o casal se mudou para Tarumrim. A partir de então, Ondina organizou cursos de férias para vários professores que, apesar de “leigos”, trabalhavam com muita dedicação. A intenção era ensinar-lhes alguma didática e torná-los mais aptos para a tarefa da educação.

12 Dados coletados em junho de 2009, do site

http://www.almg.gov.br/index.asp?grupo=estado&diretorio=munmg&arquivo=municipios&municipio=23700

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 11

Segundo a Sra. Francisca Gonçalves Soares (Dona Chichica), a primeira Escola Municipal de Engenheiro Caldas (Grupo Escolar Ondina Pinto de Almeida, hoje Escola Estadual Ondina Pinto de Almeida) foi instalada na edificação situada a Av. Vereador Sebastião Pernes de Miranda, às margens da futura Rodovia (BR-116).

O processo de fundação da Escola foi complicado, segundo Dona Chichica, uma vez que envolvia interesses políticos e econômicos, e que, até então, a única escola existente era particular.

O Dr. José de Assis Rodrigues (advogado e futuro primeiro prefeito interino do município) juntamente com Sr. João Izidoro Pereira (do povoado Beija-Flor), Sr. Ernesto Paulino de Oliveira, Sr. José Reis (escrivão) e Sr. Antônio Barbosa Coutinho (fazendeiro), deram início ao processo de implantação de uma escola municipal após a solicitação junto à Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais. O pedido de implantação da escola foi prontamente atendido pelo então Governador do Estado Magalhães Pinto, após serem reunidos aproximadamente 150 alunos para se matricularem.

Segundo a Sra. Adeodata Silveira Miranda (Dona Chiquita), a primeira escola contava com 12 professoras, 02 serventes e a primeira Diretora, Dona Assi Lopes da Silveira.

Segundo Dona Maria da Luz Ferreira Martins (Dona Pipi), as primeiras professoras do Grupo Escolar Ondina Pinto de Almeida foram: Adeodata Silveira Miranda (Dona Chiquita); Terezinha de Castro; Ana Mafra de Aguiar; Luiza Gonçalves Lessa; Conceição Bernardino; Luzia Jordão; Maria Jordão, Área Cima Jordão; Maria da Conceição Pereira.

As primeiras diretoras: Assi Lopes da Silveira; Neuzina Lopes, Maria da Luz Ferreira Martins (Dona Pipi); Maria Soares, Maria Helena Barreto.

No ano de sua fundação, a Escola Ondina Pinto de Almeida funcionava de maneira precária. Em 1964, ano da Construção da BR-116 (antiga Rio-Bahia), o chefe do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens- DNER, Sr. Pedro Muller de Faria, dentro do plano de Humanização das Rodovias, doou novas instalações para a escola, situadas à Rua Rui Barbosa s/n. Em 10 de julho de 1979, a escola mudou-se para a Av Santa Bárbara, 345 – Bairro Vila Rainha, onde funciona atualmente.

Até então a Escola atendia alunos até a 4ª série do Ensino Fundamental, sendo autorizada pela Portaria 514, de 1979, a extensão de séries (de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental).

Em 1986, passou a oferecer o Ensino Médio (pelo Decreto nº 25.669), com habilitação em Magistério e, em 1987, o curso Técnico em Contabilidade. Hoje a escola mantém o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, deixando de oferecer os cursos de magistério e contabilidade por ordem estadual.

Em 2005, ano de comemoração de seus 50 anos, a Escola Estadual Ondina Pinto de Almeida contava com 87 funcionários na ativa e cerca de 1.200 alunos distribuídos em três turnos. Atualmente a escola oferece três modalidades de ensino: Ensino Fundamental (de 5ª a 8ª séries), Ensino Médio e EJA (Ensino Médio para Jovens e Adultos).

A Escola Municipal Maria da Conceição Ferreira, além do ensino de 1ª a 4ª séries, oferece suas dependências para os cursos oferecidos em parceria com a ULBRA – Universidade Luterana do Brasil (EAD - Ensino à Distância).

As escolas para alunos em idade pré-escolar situadas no distrito Sede (Frutos do Futuro, Vovó Diolinda, Cachinhos de Ouro e Braz Monteiro) atingem aproximadamente 479 alunos e são compostas por 25 docentes.

O município ainda possui a Escola de Música, incluindo o projeto Batuque na Escola; a Banda Lira Caldense; cursos de artesanato em geral (ministrados por integrantes da Casa da Cultura e incentivados pela Prefeitura Municipal); dois Tele-centros (o primeiro com 05 computadores e o segundo, com 11 computadores) garantindo a inclusão digital; uma biblioteca pública, que está sendo transferida para o prédio da Secretaria de Educação.

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 12

Um dos projetos de maior relevância no município atualmente é a Escolinha de Futebol Criança Esperança, dirigida pelo Sr. Divino Clementino da Silva, nascido em Engenheiro Caldas, mas que trabalhava em Sobrália (município vizinho) até o ano 2000.

A partir de um convite do então Prefeito Paulo César de Miranda Faria, em sua primeira gestão (2001-2004), o Sr. Divino Clementino da Silva inaugurou, em 11 de agosto de 2001, e assumiu a partir desta data a direção da Escolinha de Futebol Criança Esperança. A escolinha atende 300 meninos de idades entre 07 e 18 anos, distribuídos em 08 categorias.

O trabalho é voluntário e recebe apoio da Prefeitura Municipal. A escolinha conta com toda infraestrutura necessária, desde material (como bolas e uniformes), até espaço físico, como Campo de Futebol, sala de administração, vestiários, etc. O trabalho realizado na Escolinha, além de reconhecido pela comunidade, já rendeu frutos, como a convocação de alunos para times maiores e vários títulos e troféus: campeão Mineiro EFEMG de Belo Horizonte (Chave Teófilo Otoni); Campeão Regional; Campeão da Copa Dona Santa, etc.

O Sr. Divino Clementino da Silva não se limita à Escolinha de Futebol. Também dirige a Guarda Mirim, um projeto que atende tanto meninos quanto meninas (total de 65) entre 13 e 18 anos. Estes guardas mirins são “acolhidos” pelo comércio local cujos proprietários pagam 33% do salário mínimo para que façam trabalhos leves (pagamentos, ida aos bancos, etc). Parte desse dinheiro é destinada à compra de uniformes e ao fundo de reserva, e o restante é do próprio guarda mirim.

Ambos os projetos têm vários pontos em comum, de significativo interesse para a sociedade, para as famílias e para os alunos: há o incentivo à educação, à ética; ao comprometimento. Existe um acompanhamento rigoroso da vida estudantil, religiosa (frequência em catecismo ou reuniões de diversas religiões), além de um acompanhamento da vida pessoal/comportamental de cada envolvido, inclusive da família.

Engenheiro Caldas conta com uma Quadra Poliesportiva, construída na gestão do Prefeito Geraldo Teixeira da Costa (1983-1988), e com um campo de futebol, o “Estádio Municipal Ricardinho Cruz”, na Rua Padre Francisco F. Filho, s/n, que além de ser local destinado à Escolinha de Futebol Criança Esperança, é onde acontecem jogos de duas associações desportivas do município: Flamengo Futebol Clube e Vila Rainha.

Saúde

O município possui um Centro de Saúde, onde são oferecidos serviços médicos públicos como fisioterapia, odontologia, ginecologia, psicologia, fonoaudiologia, nutricionismo, assistência social, além de clínica geral. Porém, o atendimento Hospitalar só é feito em Governador Valadares, para onde a Prefeitura Municipal de Engenheiro Caldas envia seus pacientes.

Serviços

De acordo com dados da Câmara Municipal, datados do ano de 2005, os principais estabelecimentos comercias que atendem ao município são: açougues (03); agências lotéricas e serviços de cobrança (03); borracharias (02); correios (01); escolas particulares de informática, datilografia, línguas, etc., (03); farmácias e drogarias (05); laboratórios de análises clínicas (02); lojas de produtos veterinários/agrícolas (02); lojas de eletrodomésticos (04); lojas de materiais de construção (04); padarias (03); postos de combustível (05); hotéis (02); supermercados (04).

O município conta também com o serviço de profissionais liberais como despachantes (01); engenheiros agrônomos (01); farmacêuticos (07); fonoaudióloga (01); fisioterapeuta (01); médicos (09); médicos veterinários (01); psicólogas (02).

O tratamento de água do município é de responsabilidade da Concessionária de Água (COPASA), sendo que no Distrito de Divino do Traíra a água provem de poços artesianos. Já o esgoto é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, porém ainda sem tratamento adequado.

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 13

A energia elétrica, de responsabilidade da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG – chega a todo o território do município, e foi implantada na gestão do Prefeito Wander Rodrigues de Souza (1973-1976), em outubro de 1973.

Os serviços de telefonia fixa, de responsabilidade da TELEMAR, desde sua implantação na gestão do Prefeito Gilmar Cardoso (1993-1996), também atendem a todo o município. O município é atendido pela empresa CLARO de telefonia móvel, também em todo o seu território.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais as rodovias que servem ao município são: BR-381, BR-458, BR-116; e as distâncias aproximadas até os principais centros são:

Belo Horizonte: 291 Km

Rio de Janeiro: 485 Km

São Paulo: 795 Km

Brasília: 1100 Km

Vitória: 350 Km

Os Municípios limítrofes de Engenheiro Caldas são Fernandes Tourinho, Sobrália, Tarumirim, Itanhomi, Capitão Andrade e Alpercata.

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INFORME HISTÓRICO DO BEM CULTURAL

Segundo Dona Adeodata da Silveira Miranda (Dona Chiquita), em entrevista e em seu livro escrito em homenagem a Engenheiro Caldas13, a primeira Missa foi celebrada pelo Padre conhecido como Padre Palhinha, em um pequeno altar erigido onde hoje está localizado o Hotel Pimenta, na Av. Vereador Sebastião Pernes de Miranda. Posteriormente foi construída a primeira capela de madeira, no morro do cemitério, onde hoje está a COPASA. A data de construção da capela não é conhecida, mas em uma pintura que mostra o distrito de Santa Bárbara na década de 1940, único registro existente, a capela já estava presente.

De acordo com o Sr. João Coelho Ramos, na década de 1950 a população do distrito de Santa Bárbara começou a questionar o tamanho da capela, devido ao crescimento da população. Com isso, houve um movimento para arrecadação de fundos para a construção de uma igreja para o distrito. Com isso, houve uma disputa entre as famílias mais tradicionais em relação à localização do novo templo. Neste período houve uma doação de um alqueire das terras de Francisco Ferreira Filho, que não foi aceita por se encontrar a 4Km do centro. Em seguida, José Coelho também doou outro alqueire na região do Moledo, que também foi recusada. Por fim, os moradores e o pároco, Padre Geraldo Magela, chegaram a um consenso e definiram a localização da igreja, nas terras já pertencentes à Paróquia de Santa Bárbara, entre os sete alqueires doados da área da Fazenda do Peão. A resistência dos moradores em relação a este local ocorreu em função da existência de uma casa de prostituição nas proximidades do lote em questão. Para a construção da igreja, este estabelecimento foi desativado.

A partir da definição do local onde seria construída a nova igreja, foram iniciadas as campanhas para angariar fundos junto à população católica do distrito de Santa Bárbara. As principais festas eram realizadas em janeiro, na festa de São Sebastião, em maio, no “Mês de Maria”, e no dia da padroeira, Santa Bárbara, em 04 de dezembro, quando os fazendeiros realizavam doações de animais para serem leiloados e assim angariar fundos para a construção.

A coordenação dos trabalhos e dos pagamentos durante as obras era realizada pelo Sr. Jacinto, auxiliado pela equipe formada pelos moradores: “Tito Jordão”, Sebastião Pires de Araújo (Seu Tatão), “Seu Tobias”, “Zezé do Bar” e Maria Pimenta.

A partir dos relatos dos moradores mais antigos do município é possível concluir que as obras para construção da nova igreja foram iniciadas no ano de 1958. Não há documentação que mencione a autoria do projeto e a responsabilidade pelo início das obras. De acordo com o Sr. José Coelho Ramos, o engenheiro que iniciou a obra era de Tarumirim, mas não houve confirmação documental dessa informação.

Segundo relato do Sr. José Camilo dos Santos (Zé Baiano), que participou da construção da igreja, havia um engenheiro responsável durante a construção das fundações, de fato, e a partir de 1959, o mestre-de-obras Sr. Olinto Moreira (Seu Nego Pedreiro). O Sr. Olinto morou por 22 anos na capital de São Paulo, trabalhando como pedreiro da Prefeitura, antes de se mudar para o distrito de Santa Bárbara, na década de 1940, para trabalhar na construção do trecho da BR-116 próximo a Governador Valadares. Trabalhou como pedreiro o resto da vida e faleceu em 2002, aos 81 anos, no município de Engenheiro Caldas.

No ano de 1958, a construção da nova igreja foi iniciada, através de mutirões que aconteciam aos sábados, quando os moradores se dirigiam ao local para a montagem das fundações, em pedras. Assim que as fundações ficaram prontas, os mutirões de construção foram encerrados e a equipe ficou reduzida a três pedreiros e cinco ajudantes, de acordo com o Sr. José Camilo dos Santos.

13 MIRANDA, Adeodata Silveira. Padre Engenheiro Caldas – MG. Uma História que começou há 100 anos. Engenheiro

Caldas, setembro de 2006.

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A água utilizada na obra era retirada a cem metros de distância, descendo a Rua Padre Francisco F. Filho, numa cisterna perto do atual campo de futebol. Os ajudantes precisavam buscar a água antes dos trabalhos começarem e encherem uma caixa d’água de 2000 litros para que os trabalhos pudessem ser realizados. Quando o nível de água baixava era preciso repetir o procedimento, tantas vezes quanto necessário.

Segundo o Sr. José Camilo dos Santos (Zé Baiano), durante toda a obra houve algumas interrupções, que duravam de quatro a cinco meses, devido ao término dos fundos arrecadados. Enquanto a comunidade criava meios para arrecadar mais fundos, os pedreiros e ajudantes eram deslocados para a construção da Igreja do distrito de São José do Acácio. Assim que a verba era reunida e os materiais de construção comprados, os trabalhadores interrompiam a obra no distrito e voltavam para a Igreja Matriz.

No dia 09 de junho de 1962, a antiga Capela de Santa Bárbara teve boa parte de sua alvenaria e cobertura derrubada por uma ventania. Nesta época as obras da igreja estavam em andamento e as paredes de alvenaria, praticamente prontas. A torre estava começando a ser erguida. Com a impossibilidade da realização de cultos na Capela, foi necessário acelerar as obras da igreja.

Com isso iniciou-se a cobertura da nave, com estrutura em ipê-amarelo e manto em telhas de amianto. O forro de estuque (com massa de palha de arroz, cimento e areia) foi instalado pouco tempo depois. A cobertura do altar, em concreto armado, também foi realizada, junto ao término do reboco das paredes internas e da instalação das esquadrias. O revestimento da sacristia e das paredes externas foi realizado após a inauguração da Igreja, de forma lenta, até o fim da década de 1960.

Os vitrais atrás do altar foram doados pela comunidade, pela família Cardoso, pela família Jordão e por Terezinha.

Em dezembro de 1962, o distrito de Santa Bárbara foi emancipado, criando-se o município de Engenheiro Caldas. Segundo Padre José Dias Xavier, hoje pároco de Engenheiro Caldas, a paróquia foi instalada no ano da emancipação do município (1962) pertencendo à Diocese de Caratinga até o ano de 1974 aproximadamente, quando passou a pertencer à Diocese de Governador Valadares. Diante deste quadro, a igreja que estava sendo construída passou a ser a Igreja Matriz de Santa Bárbara.

A missa de inauguração da Igreja Matriz, ainda inacabada, após a emancipação, foi celebrada pelo Padre Rino, no ano de 1963, não sendo conhecido o dia. Durante os anos seguintes foi realizado o revestimento das paredes externas. No final da década de 1960, quando o pároco era o Frei Roberto Bocca, o piso em ladrilho hidráulico e o barrado das paredes internas, em mármore branco, foram instalados. No mesmo período a Igreja Matriz recebeu a primeira demão de tinta, em tons de bege.

Após a conclusão das obras da Igreja Matriz, foi construída a casa paroquial, na Rua Espírito Santo, esquina com a Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda.

No final da década de 1970, o forro original da nave foi substituído por laje inclinada de concreto, realizada pelo pedreiro Rafael Landa, já falecido.

Em 2004, por iniciativa do Padre José Dias, com verbas da própria paróquia, a Igreja Matriz recebeu a última demão de tinta, em tons de verde. Segundo o pároco a cor escolhida se deve à padroeira, Santa Bárbara, cuja cor de referência é o verde. Esta mudança gerou muita polêmica entre os moradores na época, devido à radicalidade em relação ao bege que sempre foi utilizado. Após o choque inicial, a população aceitou e agora tem esta cor como referência da Igreja Matriz que, em função da arquitetura e da cor empregada, se tornou um referencial no contexto urbano. Nesta mesma intervenção, o barrado externo, chapiscado, foi substituído por pedra Miracema bruta, de corte retangular. O piso do coro, que era cimentado, foi revestido por cerâmica, para facilitar a limpeza.

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No ano de 2008, a Prefeitura Municipal doou os lustres do interior da Igreja e a iluminação cênica ao redor da edificação e no adro.

Segundo o Sr. João Coelho Ramos, o primeiro pároco do distrito de Santa Bárbara foi Padre João Pina do Amaral, seguido pelo Padre Geraldo Magela do Carmo, que chegou em 1945 e realizou sua última celebração no dia 09 de junho de 1962, quando a antiga capela caiu. Após a emancipação do município, em 1962, os párocos que assumiram a paróquia desde sua instalação foram: Padre Rino, Padre Francisco da Fonseca (Padre Chiquinho), Padre Lécio Guedes, Frei Roberto Bocca e, desde 1975, até o presente momento, Padre José Dias Xavier.

Segundo Maria Helena Moreira de Carvalho, as festas do “Mês de Maria” nas décadas de 1960 e 1970 eram grandiosas, quando era construído um palco em frente à Igreja Matriz apenas para leiloar a “ciata”, conjunto de pratos típicos da região doados por algum morador para o leilão. Nas festividades daquele mês eram realizados bingos e gincanas, além de barracas para venda de comida típica e brincadeiras. Além do “Mês de Maria”, é comemorado o dia de São Sebastião (20/01), a Semana Santa, o Corpus Christi, o dia de Nossa Senhora Aparecida (12/11) e o dia da padroeira Santa Bárbara (04/12), além da Missa do Galo, na noite de Natal (24/12). As festividades continuam até os dias atuais, porém, são menos grandiosas que as do passado.

Segundo José Camilo dos Santos (Zé Baiano), na “panela” mais espessa do pilar frontal do lado direito da Igreja (do ponto de vista do observador), existe uma caixa de concreto onde foram colocados dois vidros de bala com moedas da época, cartas de algumas famílias, cordões e anéis destas famílias. Abaixo desta caixa está a pedra fundamental da Igreja Matriz de Santa Bárbara.

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DESCRIÇÃO DETALHADA E ANÁLISE ARQUITETÔNICA DO BEM

A Praça da Matriz surgiu na década de 1950, onde anteriormente havia um vazio urbano. Já a Rua Espírito Santo começou a surgir pouco depois, sem grande extensão. Esta área começou a ser urbanizada junto com o início da construção da BR-116, sendo até hoje o limite do distrito Sede na direção da saída para Caratinga. Nesta área a maior parte das edificações possui influência da arquitetura moderna, de forma simplificada, e são encontrados alguns exemplares diferenciados.

A região está próxima ao centro comercial de Engenheiro Caldas e ao limite rural do município. Em toda cidade as edificações têm passado por diversas alterações nos últimos anos, devido à grande quantidade de moradores que migrou para os Estados Unidos e tem enviado dinheiro para reformas ou novas construções. Esses fatores favorecem a descaracterização das edificações que foram implantadas inicialmente, devido à falta de conhecimento técnico da importância da preservação das características básicas que as definem, além da demolição para a construção de novas edificações.

A maior parte das edificações, tanto na praça quanto na rua, está implantada sobre o alinhamento com o logradouro público, havendo algumas com recuo. A área está sujeita ao processo de renovação urbana, devido à simplicidade das edificações, havendo possibilidade de construção nos afastamentos e de outros pavimentos. A conservação das edificações varia de regular a boa. Toda a área é abastecida pelos serviços públicos de água e luz. A Igreja Matriz é um referencial no contexto urbano, encontrando-se a aproximadamente 40 m da BR-116.

A Igreja Matriz de Santa Bárbara é uma das primeiras construções da área, com influência da arquitetura eclética, erguida no final da década de 1950, numa região até então desocupada. A fachada frontal, a lateral direita e a lateral esquerda podem ser visualizadas da Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda, sendo a volumetria da Igreja predominante em todo o entorno.

A BR-116 possui trânsito intenso, com muitos veículos pesados, sendo o eixo de ligação entre o município de Governador Valadares e o estado do Rio de Janeiro, comportando até quatro carros em sua largura. O calçamento é de asfalto, que possui algumas perdas e desnivelamento em vários pontos. Não há acostamentos, sendo encontrados alguns pontos de escape ao longo da rodovia. Dos dois lados das pistas de rolagem existem canteiros gramados com, aproximadamente, três metros de largura, com algumas árvores espaçadas. Esses canteiros são interrompidos em pontos estratégicos, para a travessia de veículos entre os dois lados da malha urbana.

A Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda possui trânsito de média intensidade, funcionando como via de apoio à rodovia, comportando até três carros em sua largura. O revestimento é de asfalto, com algumas perdas localizadas. Os passeios são revestidos por cimentado, com largura aproximada de dois metros e trincas pontuais. A avenida é dividida pela rodovia, e nas áreas lindeiras, são encontrados os canteiros citados acima.

As ruas Espírito Santo e São Dimas possuem trânsito de pequena intensidade, de caráter local, comportando até dois carros em sua largura. O calçamento de ambas é de pavimento intertravado sextavado de concreto, com algumas perdas, trincas e acúmulo de poeira. Os passeios são revestidos por cimentado, com largura aproximada de 1,5m e trincas pontuais. Alguns lotes possuem uma árvore de médio porte no passeio correspondente, dotando a rua de uma pequena quantidade de vegetação.

A Rua Padre Francisco F. Filho possui trânsito de pequena intensidade, de caráter local, comportando até três carros em sua largura. O calçamento é de pés-de-moleque, com algumas perdas, e crescimento de vegetação entre as pedras. Os passeios são revestidos por cimentado, com largura aproximada de 1,50 m e trincas pontuais. Praticamente não existem árvores no espaço público.

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A Igreja Matriz de Santa Bárbara é utilizada para cultos religiosos desde sua inauguração; possui características tipológicas das igrejas católicas construídas antes do advento do modernismo em Minas Gerais, com influências ecléticas, onde predomina a imponência da instituição sobre o contexto em que está inserida. Seu partido é retangular, lembrando uma basílica, de menores proporções, com dimensões laterais maiores que as frontais, estando implantada em adro e afastada nos fundos. O terreno é em aclive e o acesso principal ocorre através de degraus frontais, acima do nível do adro. A Igreja possui volumetria equivalente a cinco pavimentos, considerando-se a torre, sendo a edificação que mais se destaca no contexto urbano de Engenheiro Caldas.

Na porção frontal, há o vestíbulo, seguido pela nave, com o altar nos fundos e ao centro. De cada lado do altar existe um ambiente sendo, do lado direito, a sacristia e, do lado esquerdo, o depósito. Sobre o vestíbulo há o coro, e sobre ele, a torre, em três níveis. A Igreja é circundada por passeio revestido por ladrilho, e o adro possui calçamento com piso intertravado de concreto sextavado. No adro existem palmeiras no sentido longitudinal da Igreja, que a emolduram na paisagem.

As fundações são de pedra e as paredes foram erguidas em alvenaria estrutural de tijolos maciços, com fiada dobrada. As paredes internas da nave e do altar possuem barrado revestido por mármore branco com 1,20 m de altura e alvenaria pintada de bege. No depósito, na sacristia e no coro as paredes são revestidas por argamassa pintada de bege e, na torre, a pintura é verde, tanto interna, quanto externamente.

O piso da nave e do altar é revestido por ladrilho hidráulico, com quatro motivos diferentes. Na sacristia, no depósito e no coro, o revestimento dos pisos é em cerâmica. Na área da torre o piso é em cimentado cru. Todos os ambientes são cobertos por laje de concreto, revestida por argamassa pintada de bege.

As portas possuem verga em arco ogival com bandeira fixa, enquadramento em madeira e esquadria em duas folhas de abrir em madeira almofadada, pintadas de branco. Nas laterais existem janelas basculantes, também com verga em arco ogival e enquadramento em argamassa, sendo sua estrutura de ferro vedada por vidro, com duas bandeiras fixas, cuja estrutura é de ferro vedada por vidros azuis e incolores. No altar existem quatro vitrais de arco ogival, com estrutura metálica, originais. Na fachada frontal, além das portas, existem três óculos na altura do coro, todos com esquadria de ferro vedada por vidro. Os dois laterais possuem formato de um olho invertido e, no central há uma flor.

O acesso ao coro ocorre através de uma escada helicoidal de concreto, com guarda-corpo de alvenaria pintado de cinza, situada do lado esquerdo do vestíbulo. A torre possui três níveis, onde os dois primeiros são acessíveis por escadas de concreto com guarda-corpo em alvenaria, helicoidais, situadas junto à porção central da fachada frontal. O terceiro nível tem acesso limitado, que ocorre através de uma escada móvel de madeira. Este nível possui oito paredes vazadas por vãos com vergas em arco ogival, cujo formato se aproxima de uma circunferência. Nas extremidades da laje de piso há um guarda-corpo em barras de ferro pintadas de verde claro.

O interior da nave torna o frequentador da Igreja pequeno diante da grandiosidade do espaço, com pé-direito duplo e amplas dimensões. O altar tem forma de meia cúpula, sendo mais aconchegante.

A cobertura da torre é octogonal, em concreto revestido por cerâmica retangular branca. O coro é coberto por laje de concreto e sobre a nave, a sacristia e o depósito, existem duas águas, com cumeeira perpendicular ao adro e manto em telhas de fibrocimento. A porção posterior do altar é coberta por laje de concreto formando meia-cúpula com quatro faces no exterior.

A fachada frontal é definida pelos vãos das três portas no primeiro nível; por outros três óculos no segundo; e pela torre, no terceiro. Entre os vãos e nas duas quinas existem pilares ressaltados, com elementos abaulados dispostos em dois níveis de relevo, pintados em tons de verde claro e escuro, alternadamente. Há um barrado em pedras miracema que percorre toda a sua extensão, e colunas verticais em alto-relevo nas laterais e entre os vãos, pintadas em dois tons de verde. O frontão possui duas cimalhas, uma na base e outra no coroamento, pintadas de verde

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escuro com ornamentos centrais em alto-relevo de argamassa, pintados no mesmo tom. A torre possui uma janela na parede frontal no primeiro nível e três vãos com arco ogival no segundo, emoldurados com massa em alto-relevo pintada em tom verde escuro. O coroamento é realizado pela cobertura de concreto revestida por cerâmica e pela cruz de estrutura metálica, no topo.

As fachadas laterais são espelhadas, com barrado em pedras miracema em toda a sua extensão. A porção superior das paredes é revestida por argamassa pintada de verde claro. O coroamento é realizado por platibanda, com cimalha na porção inferior. Na área frontal há a torre, com características idênticas à face da fachada frontal, exceto pelo acréscimo de um vão de porta no primeiro nível. A área compreendida pela nave e pela sacristia ou depósito possui uma porta, ladeada por duas janelas e dois óculos nas extremidades. A porta possui esquadria de madeira almofadada, enquadramento do mesmo material, com duas folhas de abrir, pintadas de branco, com bandeira fixa em arco ogival, vedada por vidro. As janelas possuem esquadrias de ferro vedadas por vidro, em arco ogival, abertura basculante e enquadramento em argamassa. Os óculos são idênticos aos da fachada frontal. Nos fundos há a área do altar, com paredes angulares e pilares circulares em suas junções. Os acabamentos seguem o restante da fachada. O coroamento é realizado por platibanda com elemento em alto-relevo pintado de verde escuro na base. Em cada uma das faces da alvenaria, há um vitral de esquadria de ferro com arco ogival.

A fachada dos fundos possui o altar em primeiro plano, com paredes angulares formando um semicírculo e pilares circulares em suas junções. O barrado é de pedra miracema bruta, cortada com formato retangular. No restante da alvenaria, o revestimento é de argamassa pintada de verde claro. O coroamento também é realizado por platibanda com elemento em alto-relevo pintado de verde escuro na base. Em cada uma das faces da alvenaria do altar há um vitral de esquadria de ferro com arco ogival, vedadas por vidro comum colorido, de acordo com cada tema. Nos vitrais são representadas as seguintes imagens, da esquerda para a direita, observando-se o altar a partir da nave: São Francisco de Assis, Santa Bárbara, Nossa Senhora Auxiliadora e São José Operário.

Em segundo plano estão as paredes da sacristia e do depósito, onde os acabamentos da alvenaria são idênticos aos demais. Próximas à parede do altar ficam as portas de acesso, com arco ogival em bandeira fixa de ferro e vidro e duas folhas de abrir em madeira almofadada pintada de branco na face externa e cinza, na interna.

No altar existem as imagens de Santa Terezinha, São Sebastião, Santa Bárbara, Nossa Senhora Aparecida e Sagrado Coração de Jesus, além de Jesus Cristo Crucificado na parede lateral direita. Aparentemente estas imagens são da época em que a Igreja Matriz de Santa Bárbara foi inaugurada ou de períodos mais recentes, devido às características dos moldes de gesso.

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Dossiê de Tombamento

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DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO

O perímetro de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara é delimitado pela poligonal formada pelos pontos P1, P2, P3 e P4. A linha delimitadora desse polígono tem início no ponto P1, resultado do cruzamento entre as linhas paralelas às fachadas, frontal e lateral direita da Igreja Matriz. A linha paralela à fachada frontal está distante 40,0 m da base do pilar em alto-relevo localizado à direita da porta central. A linha paralela à fachada lateral direita está a 15,0 m de distância da face externa da parede da nave. Deste ponto segue, em sentido horário, até atingir o ponto P2, formado pela linha paralela à fachada frontal, distante 40,0 m da base do pilar em alto-relevo localizado à direita da porta central; e pela linha paralela à fachada lateral esquerda, distante 15,0 m da face externa da parede da nave. A partir deste ponto segue, em sentido horário, até atingir o ponto P3, formado pelo cruzamento de uma linha paralela à fachada lateral esquerda, distante 15,0 m da face externa da parede; com uma linha paralela à fachada dos fundos da Igreja Matriz, distante 8,0 m da face externa da parede da sacristia. Deste ponto segue, em sentido horário, até atingir o ponto P4, formado pela linha paralela aos fundos da Igreja Matriz, distante 8,0 m da face externa da parede da sacristia; e pela linha paralela à fachada lateral direita, distante 15,0 m da face externa da parede da nave. A partir deste ponto segue, em sentido horário, até atingir novamente o ponto P1, fechando a poligonal que delimita o perímetro de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara, de acordo com a FIGURA 01.

FIGURA 01: Perímetro de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara. Mapa elaborado por Ana Paula Costa em junho de 2009. Escala gráfica.

Fonte: Mapa fornecido pelo IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000; Mapa fornecido pela FEAMIG - Faculdade de Engenharia de Agrimensura de Minas Gerais. Abril/2001; Mapa semi-cadastral da Prefeitura Municipal

de Engenheiro Caldas. Maio/2009.

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Dossiê de Tombamento

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JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO

O perímetro de tombamento estabelecido para a Igreja Matriz de Santa Bárbara coloca sob proteção do poder público municipal, em tombamento integral, a edificação que a define, o adro em frente e as áreas laterais, definidas pelas alamedas de palmeiras. A Igreja Matriz possui valores culturais atribuídos às características históricas e simbólicas, significativas para a população de Engenheiro Caldas. Para garantir a valorização dos elementos arquitetônicos que dão identidade à edificação, o perímetro tombado enquadrou a construção, o adro frontal e as ruas lindeiras, que, apesar de não possuírem revestimento do mesmo período ou quaisquer elementos que possam defini-los como elementos integrantes do período em que a Igreja Matriz foi construída, garantem a ambiência da área onde a edificação está inserida.

Os elementos construídos no entorno não se enquadram nos valores culturais atribuídos à Igreja. As edificações que estão ao redor da Igreja não interferem em sua composição ou visualização, ficando compreendidas no perímetro de entorno.

Para garantir a proteção física do bem propriamente dito, o perímetro de tombamento visa preservar sua expressão plástica e construtiva. Qualquer intervenção a ser realizada na área compreendida dentro do perímetro de tombamento deverá ser submetida à aprovação do Conselho de Patrimônio Cultural de Engenheiro Caldas, devendo ser observadas as diretrizes de intervenção estabelecidas neste Dossiê de Tombamento.

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Dossiê de Tombamento

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DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO DE TOMBAMENTO

O perímetro de entorno de tombamento é definido pela poligonal formada pelos pontos PE1, PE2, PE3, PE4, PE5, PE6, PE7, PE8, PE9 e PE10. O ponto PE1 inicia o perímetro e é definido pelo encontro das linhas de eixo da Rua Manoel Martins com a Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda. A partir deste ponto segue em sentido horário pelo eixo da Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda, por aproximadamente 375,0m, até atingir o ponto PE2, definido pelo encontro da linha de eixo da Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda com a linha de eixo da Rua Alberto Rodrigues. Deste ponto segue em linha reta, no sentido horário, até atingir o ponto PE3, formado pelo encontro da linha de eixo da Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda com a linha de eixo da Rua Januário Veríssimo. Deste ponto segue, em sentido horário, por aproximados 93,0m, pelo eixo da Rua Januário Veríssimo até atingir o ponto PE4, definido pelo encontro das linhas de eixo das ruas Januário Veríssimo e Padre Francisco F. Filho. Deste ponto segue, em sentido horário, pela linha do eixo da Rua Padre Francisco F. Filho, por aproximadamente 81,0m, até atingir o ponto PE5, resultado do encontro das linhas de eixo das ruas Padre Francisco F. Filho e 1º de Maio. Deste ponto prossegue em sentido anti-horário, por aproximadamente 67,0m, pela linha de eixo da Rua 1º de Maio em direção ao ponto PE6, definido pelo encontro das linhas de eixo das ruas 1º de Maio e Dom Pedro II. A partir deste ponto segue em sentido horário pela linha de eixo da Rua Dom Pedro II, por aproximados 153,0m, até atingir o ponto PE7, formado pelo encontro das linhas de eixo das ruas Dom Pedro II e Espírito Santo. Deste ponto segue em linha reta, no sentido horário, por 5,75m, até atingir o ponto PE8, formado pelo encontro das linhas de divisa frontal e lateral esquerda do Lote 12, na quadra 07. Deste ponto segue em linha reta, no sentido horário, por 42,0m, sobre a linha de divisa da lateral esquerda do Lote 12, na quadra 07, até atingir o ponto PE9, resultado do encontro das linhas de divisa lateral esquerda e posterior do Lote 12, na quadra 07. A partir deste ponto segue em linha reta, no sentido horário, por 29,10m, sobre as linhas de divisa posterior dos lotes 11 e 12, na quadra 07, até atingir o ponto PE10, formado pelo encontro da linha de divisa posterior do Lote 11 com a linha de divisa lateral esquerda do Lote 10, na quadra 07. A partir deste ponto segue em linha reta pela divisa lateral esquerda do Lote 10, na quadra 07, por 46,50m, no sentido anti-horário, até atingir o ponto PE11, formado pelas linhas de divisa lateral esquerda e posterior do Lote 10, na quadra 07. Deste ponto segue em sentido horário, em linha reta, por 74,54m sobre a linha formada pelas divisas posteriores dos lotes 10, 7 e 4, na quadra 07, até atingir o ponto PE12, definido pelas linhas de divisa frontal e lateral direita do Lote 4, na quadra 07. A partir deste ponto segue, em linha reta, no sentido anti-horário, por aproximadamente 56,0m, até atingir o ponto PE1, fechando o perímetro de entorno de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara, de acordo com a FIGURA 02.

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Dossiê de Tombamento

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FIGURA 02: Perímetro de entorno de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara. Mapa elaborado por Ana Paula Costa em junho de 2009. Escala gráfica.

Fonte: Mapa fornecido pelo IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000; Mapa fornecido pela FEAMIG - Faculdade de Engenharia de Agrimensura de Minas Gerais. Abril/2001; Mapa semi-cadastral da Prefeitura Municipal

de Engenheiro Caldas. Maio/2009.

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JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO DE TOMBAMENTO

O perímetro de entorno da Igreja Matriz de Santa Bárbara visa preservar a ambiência e a visibilidade da edificação a partir da BR-116, principal visada de admiração desde sua construção. A Igreja se destaca no contexto urbano como um todo, devido à localização e à cor utilizada nas fachadas atualmente. Além disso, o adro e a topografia do entorno contribuem para esta valorização no contexto.

Os limites foram estabelecidos em função da topografia e da preservação dos principais ângulos de observação da Igreja Matriz, a partir da BR-116. A edificação está localizada às margens da BR-116 que, no trecho dentro do distrito Sede, foi construída sobre o cume de um morro. Em virtude dessa configuração, a Igreja está localizada em um cume, em nível mais elevado que a rodovia e em relação a todo o seu entorno. As ruas posteriores e laterais começam em declive a partir do nível da Igreja. A Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda, no lado oposto da BR-116, também está em nível mais baixo que a Igreja.

O limite do perímetro do lado direito da Igreja foi estabelecido nos limites dos lotes, por serem os únicos pontos passíveis de uma amarração confiável, pois não há como determinar um ponto de referência na área do lago. Começou-se no Lote 4 e não no Lote 1, por não haver necessidade de se expandir a mancha do perímetro até este ponto, pelo fato de hoje em dia não ser possível vislumbrar a Igreja a partir dessa área.

Em virtude dessas características, o perímetro de entorno foi estabelecido com a intenção de se preservar as visadas e a ambiência ao redor da Igreja Matriz de Santa Bárbara a partir da topografia.

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DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA

20

480

0

420

16

CALDAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

0

LOCALIZACAO DO MUNICÍPIO DE ENGENHEIRO

Mapa de localização do Município de Engenheiro Caldas

Elaborado por Ana Paula Costa em junho de 2009. Sem escala. Fonte: Mapa fornecido pelo IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000; Mapa fornecido pela

FEAMIG - Faculdade de Engenharia de Agrimensura de Minas Gerais. Abril/2001.

ADRO (PRAÇA DA MATRIZ)

PLANTA DE SITUAÇÃO

0 1 5 10m

Escala 1/1000

RUA PADRE FRANCISCO F. FILHO

RUA E

SPIR

ITO S

ANTO

R. S

ÃO D

IMAS

AVENIDA VER. SEBASTIAO PERNES DE MIRANDA

BR 116

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S

S acesso

aces

so

aces

so

NAVE

ALTAR

SA

CR

IST

IA

DE

PO

SIT

O

VESTÍBULO

PLANTA - 1º PAVTO.

0 1 2 5m

2770

1220

393

1750

550

270

640 270

465

362

310680310

395 520 38512

3

3 2

3

Escala 1/200

1300

3172

40

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D

S

PLANTA - 2º PAVTO.

440

1200

VAZIO

VAZIO

0 1 2 5m

Escala 1/200

CORO

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S

D

PLANTA - 1º NÍVEL TORRE

375 440 365

435

0 1 2 5m

Escala 1/250

D

PLANTA - 2º NÍVEL TORRE

0 1 2 5m

Escala 1/250

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DIAGRAMA COBERTURA

0 1 2 5m

Escala 1/250

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Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 30

FACHADA FRONTAL

0 1 2 5m

Escala 1/200

FACHADA DOS FUNDOS

0 1 2 5m

Escala 1/250

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FACHADA LATERAL ESQUERDA

0 1 2 5m

Escala 1/250

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FACHADA LATERAL DIREITA

0 1 2 5m

Escala 1/250

FIGURA 03: Perímetro de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara. Mapa elaborado por Ana Paula Costa em junho de 2009. Escala gráfica.

Fonte: Mapa fornecido pelo IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000; Mapa fornecido pela FEAMIG - Faculdade de Engenharia de Agrimensura de Minas Gerais. Abril/2001; Mapa semi-cadastral da Prefeitura Municipal

de Engenheiro Caldas. Maio/2009.

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FIGURA 04: Perímetro de entorno de tombamento da Igreja Matriz de Santa Bárbara. Mapa elaborado por Ana Paula Costa em junho de 2009. Escala gráfica.

Fonte: Mapa fornecido pelo IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000; Mapa fornecido pela FEAMIG - Faculdade de Engenharia de Agrimensura de Minas Gerais. Abril/2001; Mapa semi-cadastral da Prefeitura Municipal

de Engenheiro Caldas. Maio/2009.

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DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

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TO

1

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do distrito sede de Engenheiro Caldas.

Nota-se o destaque da Igreja Matriz, no centro da foto. Fonte: site www.amme.com.br-radiocaldas; acesso

em Maio/2009.

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2

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do entorno à esquerda da Igreja Matriz, a

partir do primeiro nível da torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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3

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas /MG

Vista parcial do entorno à esquerda da Igreja Matriz, do lado oposto da BR-116, a partir do primeiro nível

da torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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4

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do entorno em frente à Igreja Matriz, com a Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda e a BR-116 em primeiro plano, a partir do primeiro nível da torre.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

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5

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do entorno à direita da Igreja Matriz, do lado oposto da BR-116, a partir do primeiro nível da

torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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6

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do entorno à direita da Igreja Matriz, a partir do primeiro nível da torre. Nota-se a Casa Paroquial em

primeiro plano. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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7

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da área da Praça da Matriz do lado direito da Igreja, onde é possível notar a Casa

Paroquial. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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8

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da Rua Espírito Santo a partir da Casa

Paroquial. Nota-se que a rua é um declive. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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9

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da área da Praça da Matriz nos fundos

da Igreja. É possível notar o menor afastamento entre as edificações e a Igreja.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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10

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da Rua São Dimas a partir da Igreja Matriz.

Nota-se que a rua é um declive. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

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11

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da área da Praça da Matriz do lado esquerdo da Igreja, a partir dos fundos, onde é

possível notar os canteiros com palmeiras em primeiro plano.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da área da Praça da Matriz do lado esquerdo da Igreja, a partir da Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda, onde é possível notar os dois canteiros onde

as árvores caíram no final de 2008. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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13

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista da iluminação cênica instalada no ano de 2008.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista da fachada frontal da Igreja Matriz.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista da fachada lateral direita da Igreja Matriz.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista da fachada posterior da Igreja Matriz. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista da fachada lateral esquerda da Igreja Matriz.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe frontal do frontão e da torre da Igreja Matriz.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da cobertura em telhas de fibrocimento

em duas águas sobre a nave. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da cobertura octogonal sobre a torre.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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21

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da laje em meia cúpula sobre o altar.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da nave da Igreja, com o altar no fundo.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 38

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista do altar a partir da nave.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da nave a partir do altar.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do coro a partir da escada de acesso.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do primeiro nível da torre da Igreja.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do segundo nível da torre da Igreja.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da sacristia a partir da porta dos fundos.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 39

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da laje de cobertura da nave. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe do revestimento do barrado interno em mármore

e granito. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do piso cerâmico do coro.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do piso em ladrilho hidráulico da nave da

Igreja. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe do piso em ladrilho hidráulico da área do altar.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do piso cerâmico da sacristia. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 40

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da escada de acesso ao coro. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da porta frontal central.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da porta frontal esquerda.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da porta frontal direita.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do óculo direito do coro.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do óculo esquerdo do coro.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 41

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do óculo central do coro.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da janela frontal da torre. As duas janelas

laterais são idênticas. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do óculo da fachada lateral direita. Na

lateral esquerda as aberturas e esquadrias são idênticas.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da janela da fachada lateral direita. Na

lateral esquerda as aberturas e esquadrias são idênticas. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da porta da fachada lateral direita. Na

lateral esquerda as aberturas e esquadrias são idênticas.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do óculo acima da porta da fachada lateral

direita. Na lateral esquerda as aberturas e esquadrias são idênticas.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 42

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da porta entre a sacristia e o altar.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna da porta da sacristia voltada para os fundos

da edificação. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do vitral localizado na extremidade

esquerda do altar, no qual está representado São Francisco de Assis, doado por Adê e Terezinha.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do vitral localizado no centro, à esquerda do

altar, no qual está representada Santa Bárbara, doado pela comunidade.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do vitral localizado no centro, à direita do

altar, onde está representada Nossa Senhora Auxiliadora, doado pela família Cardoso.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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52

Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista interna do vitral localizado na extremidade direita do altar, com a representação de São José Operário, doado

pela família Jordão. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da tranca utilizada nas portas laterais da

nave. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de um dos lustres instalados no ano de 2008.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da imagem de Jesus Cristo crucificado,

localizado na parede lateral direita do altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da imagem de Santa Terezinha, localizada no

altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da imagem de São Sebastião, localizada no

altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da imagem de Santa Bárbara (padroeira de

Engenheiro Caldas), localizada no altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 44

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da imagem de Nossa Senhora Aparecida,

localizada no altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da imagem do Sagrado Coração de Jesus,

localizada no altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 45

LAUDO DE AVALIAÇÃO SOBRE ESTADO DE CONSERVAÇÃO

RESPONSÁVEL TÉCNICO: Ana Paula Costa ASS:________________________ CREA MG: 80.093/D DATA: Junho de 2009 BEM TOMBADO EM: Vide documentação. DOSSIÊ ENVIADO AO IEPHA EM: Janeiro de 2010 ENDEREÇO: Praça da Matriz, s/n – Bairro Rosamaria Lopes – Engenheiro Caldas/MG HÁ OBRA DE RESTAURAÇÃO EM ANDAMENTO? SIM NÃO HÁ PROJETO APROVADO POR LEI DE INCENTIVO À CULTURA? SIM NÃO EM CASO POSITIVO: LEI FEDERAL LEI ESTADUAL OUTRA COLABORAÇÃO/ACOMPANHAMENTO: Luziane Paulina Lessa de Oliveira Costa

ESTRUTURA

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

PAREDES DOBRADAS DE TIJOLOS MACIÇOS

100% 0 0

DANOS VERIFICADOS: Não foram encontrados danos na estrutura da Igreja Matriz de Santa Bárbara.

COBERTURA

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

ESTRUTURA DO TELHADO (MADEIRA, LAJE)

70% 0 30%

TELHADO (FIBROCIMENTO) 80% 10% 10%

CALHAS / RUFOS / CONDUTORES 90% 0 10%

COROAMENTO (PLATIBANDA, FRONTÃO, CIMALHA)

50% 20% 30%

DANOS VERIFICADOS: Na laje sobre o altar existem manchas de umidade na face externa e desgaste da pintura. Existem algumas telhas deslocadas e outras quebradas sobre a nave da Igreja. As calhas estão com algumas sujidades, o que pode gerar entupimento dos condutores durante a próxima chuva. Na área da torre um dos condutores está obstruído por crescimento de vegetação. As platibandas laterais e de fundos estão com a pintura desgastada e manchas de umidade em toda a extensão. Junto às platibandas no primeiro nível do coro há crescimento de vegetação. No frontão a pintura está desgastada e as cimalhas estão com manchas de umidade.

ALVENARIAS

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

TIJOLO MACIÇO DOBRADO 100% 0 0

ELEMENTOS ARTÍSTICOS APLICADOS (MOLDURAS ARGAMASSA)

100% 0 0

DANOS VERIFICADOS: Não existem danos nas paredes de alvenaria e nas molduras dos vãos.

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 46

REVESTIMENTO

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

REBOCO 60% 20% 20%

PINTURA (À BASE DE ÁGUA) 50% 25% 25%

PEDRA (MIRACEMA) 100% 0 0

PEDRA (MÁRMORE) 95% 5% 0

ELEMENTOS ARTÍSTICOS APLICADOS 50% 25% 25%

DANOS VERIFICADOS: O reboco possui desprendimentos, sobretudo acima do barrado em pedras miracema na superfície externa das paredes, devido à umidade ascendente. Ainda na superfície externa são encontrados descascamentos generalizados e manchas na camada de pintura, devido à umidade. Na face interna das paredes também existem algumas perdas no reboco e descascamentos, principalmente na base. Na área da torre há grande acúmulo de teias de aranha e sujidades nas paredes internas. Na porção superior das fachadas há sujidades próximas às extremidades das platibandas. Nas folhas dos vãos das portas frontais a pintura apresenta desgastes e partes craqueladas devido à ação de intempéries. Há um ponto do mármore do barrado interno com ausência de uma peça. Nos ornatos em massa há desprendimento da pintura.

VÃOS E VEDAÇÕES

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

PORTAS 50% 25% 25%

JANELAS 70% 10% 20%

ENQUADRAMENTOS (MASSA) 50% 25% 25%

FERRAGENS 90% 10% 0

ÓCULOS 70% 30% 0

DANOS VERIFICADOS: Na porta da sacristia há uma peça de madeira que foi recomposta em uma das folhas que está sem revestimento. As portas frontais têm craquelês na pintura, além de algumas perdas. Nas janelas e nos óculos os vidros estão com sujidades e as esquadrias possuem perdas no revestimento. Os enquadramentos das portas e janelas laterais têm desgaste da pintura.

PISOS

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

LADRILHO HIDRÁULICO 70% 15% 15%

CERÂMICA 50% 25% 25%

CIMENTADO 80% 10% 10%

MÁRMORE (SOLEIRAS) 100% 0 0

DANOS VERIFICADOS: Existem marcas de rejunte em cimento queimado no piso em ladrilho do altar e desgaste em alguns pontos da nave. Na cerâmica do coro existem trincas e perdas causadas pela instalação inadequada do piso, onde as juntas de dilatação são menores que o necessário. No primeiro nível do coro o piso cimentado possui algumas trincas e manchas de umidade.

FORROS

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

LAJE 90% 10% 0

DANOS VERIFICADOS: A laje possui sujidades aderidas e teias de aranha em alguns pontos, principalmente na torre.

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 47

AGENCIAMENTO EXTERNO

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

ADRO (PRAÇA DA MATRIZ) 70% 15% 15%

DANOS VERIFICADOS: O piso do adro, em blocos sextavados intertravados de concreto possui algumas perdas localizadas e crescimento de vegetação entre as peças. Em dois dos canteiros localizados nas laterais da Igreja existem perdas na mureta de alvenaria devido ao tombamento das árvores que neles existiam, durante uma ventania no final do ano de 2008.

INSTALAÇÕES

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

INSTALAÇÃO ELÉTRICA 80% 10% 10%

INSTALAÇÃO HIDRÁULICA - - -

DANOS VERIFICADOS: Existem alguns cabos elétricos expostos e emendados de forma inadequada na área da torre. Próximo ao altar há acúmulo de cabos de instrumentos musicais expostos, ligados em uma única tomada.

EXISTÊNCIA DE INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

INSTALAÇÃO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

SIM ■ NÃO

-

-

-

SISTEMA DE SEGURANÇA

SIM ■ NÃO

- - -

A Igreja Matriz de Santa Bárbara não possui instalações de segurança. Os elementos que garantem a segurança contra a ação de vândalos são as trancas nas portas.

ANÁLISE DO ENTORNO

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO (%)

BENS IMÓVEIS E ESTRUTURAS DO ENTORNO

60% 30% 10%

EXISTÊNCIA DE INTERVENÇÕES: SIM ■ NÃO

DESCRIÇÃO DAS INTERVENÇÕES: O entorno da Igreja Matriz de Santa Bárbara é constituído basicamente por residências de um único pavimento. Há a Casa Paroquial, do lado direito, que possui as mesmas cores da Igreja Matriz e dois pavimentos. A maioria das edificações no entorno próximo tem bom estado de conservação, com desgastes pontuais, apenas.

USOS A construção sempre foi utilizada como igreja, sendo assim, local de culto religioso. A

manutenção frequente da edificação se resume atualmente à sua limpeza, feita pelos responsáveis pela paróquia. O uso para celebrações não causa grandes danos à edificação, exceto pelo desgaste dos pisos. É recomendável uma manutenção mais ampla em toda a edificação, com revisão dos elementos de cobertura, além da rede elétrica e possível troca de algumas peças e/ou reparos dos elementos. Também é recomendável nova pintura, precedida da reconstituição das áreas de reboco que se desprenderam e da impermeabilização da base das paredes, para assim reduzir a ação da umidade ascendente excessiva e das águas pluviais.

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 48

FOTOGRAFIAS

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da Igreja Matriz de Santa Bárbara.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista do adro e da fachada frontal da Igreja Matriz.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista da fachada lateral direita da Igreja Matriz.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da fachada posterior da Igreja. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da fachada lateral esquerda da Igreja

Matriz. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da nave, com o altar ao fundo. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial da nave, com o coro ao fundo. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Vista parcial do manto em telhas de fibrocimento sobre

a nave, onde são encontradas telhas deslocadas e quebradas.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da calha na lateral esquerda da Igreja. Nota-se

acúmulo de sujidades e manchas de umidade na platibanda.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas na pintura da cimalha da torre.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de crescimento de vegetação no condutor de

águas pluviais no primeiro nível da torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de crescimento de vegetação entre as peças

de revestimento da cobertura octogonal da torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Dossiê de Tombamento

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de condutor de águas pluviais na área do altar

quebrado. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas na pintura no frontão.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe da cobertura em meia cúpula sobre o altar com

manchas de umidade e desgaste da pintura. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de descolamento na pintura no interior da

parede posterior do depósito. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas na pintura interna da parede frontal

no primeiro nível da torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de manchas de umidade na base da parede

externa no primeiro nível da torre. Acima nota-se descoloração da tinta.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de aranha encontrada em sua teia, junto à parede lateral direita no interior do primeiro nível da

torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas na pintura do guarda-corpo da

escada de acesso ao coro. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de mancha de cola sobre o mármore do barrado

na área do altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas no mármore do barrado da nave,

próximo ao altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas no reboco e na camada pictórica da

base interna da parede da sacristia. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas no reboco e na pintura acima do

barrado externo na área posterior do altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Dossiê de Tombamento

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas no reboco e na pintura acima do

barrado externo na parede lateral direita. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas na pintura da platibanda e da parede

lateral direita. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas na pintura em um dos pilares frontais.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de peça de recomposição na área do depósito

sem revestimento. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de desgaste e ressecamento do verniz na porta

entre o depósito e o altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de craquelês e perdas na pintura da porta

frontal central. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de sujidades aderidas aos vidros da janela

lateral direita. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de acúmulo de sujidades no vão de um dos

óculos frontais. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de oxidação em partes da tranca da porta

lateral direita. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de manchas de umidade no piso cimentado do

primeiro nível da torre. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas e estufamento da cerâmica na área do coro devido à falha no dimensionamento das juntas

de dilatação. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de manchas de tinta no piso da escada de

acesso ao coro. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de trincas no piso em ladrilho hidráulico na área

da nave. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Igreja Matriz de Santa Bárbara

Engenheiro Caldas/MG Detalhe de recomposição pouco criteriosa do piso em

ladrilho hidráulico do altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de sujidades aderidas à laje da nave, próximas

ao altar. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de sujidades aderidas à laje da nave, próximas

ao altar, do lado direito. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de crescimento de vegetação entre as juntas do pavimento intertravado sextavado de concreto próximo à

lateral direita da Igreja. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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Engenheiro Caldas/MG Detalhe de perdas no pavimento intertravado sextavado

de concreto na área próxima à Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Junho/2009

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 55

CONCLUSÃO

BEM CULTURAL

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

BOM (%) REGULAR (%) RUIM,

NECESSITANDO INTERVENÇÃO (%)

Igreja Matriz de Santa Bárbara

60%

20%

20%

A Igreja Matriz de Santa Bárbara encontra-se em bom estado de conservação.

Os maiores danos são encontrados em algumas partes da base das paredes internas, onde existem perdas no reboco e na pintura causadas por umidade ascendente. A camada pictórica externa está danificada devido à ação de intempéries, sendo encontrados vários pontos com descolamentos e manchas de umidade no topo das platibandas e cimalhas. Na torre também há crescimento de vegetação nos condutores de águas pluviais e na base da cobertura octogonal.

A laje que cobre o altar possui manchas de umidade externas e o manto em telhas de fibrocimento possui algumas peças quebradas e outras deslocadas, que ainda não causaram danos à laje.

Uma das folhas da porta da sacristia teve a base substituída por outra peça de madeira que está sem revestimento (pintura). Nas portas frontais são encontrados craquelês e perdas na camada pictórica, causadas pela ação de intempéries.

O piso em ladrilho do altar possui reconstituição inadequada em parte das juntas e, no coro, algumas peças de cerâmica estão trincadas ou descoladas, devido a um erro no dimensionamento das juntas de dilatação.

No adro existem perdas no pavimento intertravado sextavado de concreto, além de crescimento de vegetação entre as juntas. Nos dois canteiros frontais do lado esquerdo do adro há perdas na alvenaria de tijolos aparentes devido à queda das árvores no ano de 2008.

Recomenda-se a contratação de técnico especializado para avaliação da condição do reboco na base das paredes, com posterior impermeabilização e aplicação de nova camada de reboco e pintura no interior da Igreja Matriz. O piso do coro deve ser recomposto de acordo com especificação do fabricante. As instalações elétricas necessitam de reparos, que devem ser realizados por técnico capacitado. As calhas e condutores do telhado devem ser limpos e desobstruídos. As telhas deslocadas devem ser reposicionadas no local de origem. As teias de aranha na torre devem ser removidas. As medidas de manutenção já realizadas garantem a boa conservação da área da nave e do altar. Estes cuidados preventivos devem ser estendidos ao restante da edificação. Qualquer intervenção na edificação deve ser apresentada e aprovada pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, devendo ser observadas as diretrizes de proteção contidas neste dossiê.

Belo Horizonte, 22 de junho de 2009.

__________________________________ Ana Paula Costa

Arquiteta Urbanista – CREA-MG 80093/D

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DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO PARA O BEM TOMBADO

Qualquer reforma ou intervenção proposta na Igreja Matriz de Santa Bárbara ou no seu perímetro de entorno deve ser avaliada e aprovada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Engenheiro Caldas, a fim de salvaguardá-la de qualquer espécie de dano ou descaracterização. É importante destacar também, que o apoio de técnico ou profissional especializado em qualquer tipo de intervenção no bem é uma medida coerente para garantir a qualidade no desenvolvimento e andamento desse tipo de projeto.

O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Engenheiro Caldas deve divulgar o valor histórico e cultural da Igreja Matriz e de outros bens que integram o acervo do município, para que a comunidade seja um agente de defesa do seu patrimônio.

Para garantir a preservação das características arquitetônicas da Igreja Matriz, os seguintes aspectos deverão ser observados dentro do perímetro de tombamento:

Toda e qualquer intervenção que venha a ser realizada na Igreja Matriz deverá ser explicitada em um Projeto de Intervenção, realizado por profissional qualificado. Para tanto, o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Engenheiro Caldas deverá requerer um comprovante da habilitação e um Curriculum Vitae do(s) técnico(s) a ser (em) contratado(s) para a realização do projeto de restauro e da obra propriamente dita;

Ficará a cargo do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural a aprovação ou não de qualquer Projeto de Intervenção proposto, podendo o supracitado Conselho contratar, por meio da Prefeitura Municipal, técnicos que possam avaliar a necessidade, o teor, a quantidade e a qualidade do Projeto de Intervenção proposto;

O uso eclesiástico deverá ser mantido, a fim de garantir a fruição do espaço que foi construído para este fim, da melhor maneira possível;

O calendário de eventos da Igreja Matriz deve ser mantido para assim garantir a identificação da população com a edificação;

São necessárias manutenções periódicas da Igreja Matriz, onde sejam utilizados produtos adequados à particularidade de cada material empregado, para que não ocorram modificações estéticas. Para limpeza deve-se evitar produtos abrasivos, que possam remover a pigmentação. Os vidros das portas, janelas e vitrais só poderão ser substituídos em caso de quebra, por outros similares;

Exaltar a importância histórica e afetivo-simbólica da Igreja Matriz, através da incorporação de placas informativas sobre o bem e sua importância, preferencialmente no adro;

É necessário providenciar instalações de prevenção e combate a incêndio, como extintores de incêndio, por exemplo;

As palmeiras e canteiros ao redor da Igreja Matriz devem ser mantidos e, no caso de queda, deve-se plantar a mesma espécie, para assim manter a ambiência do local;

É aconselhável a manutenção do revestimento em pavimento intertravado de concreto nas laterais e no adro em frente à Igreja Matriz – área correspondente à área de estacionamento de veículos. O piso do poderá ser substituído por outro, em caso de necessidade, desde que o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural aprove o novo revestimento, que não deve permitir tráfego de veículos em alta velocidade, como é o caso do asfalto (e não deve ser utilizado);

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Dossiê de Tombamento

ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 57

Na área das laterais e no adro em frente à Igreja Matriz não poderão ser construídos elementos que gerem obstrução da visibilidade das fachadas;

No caso de alteração do paisagismo da Praça da Matriz não deverão ser introduzidas novas espécies que não sejam rasteiras, além das palmeiras existentes nos canteiros laterais;

Não será permitida a construção de elementos que desviem a percepção volumétrica da Igreja Matriz. Assim sendo, as árvores imediatamente ao redor dela devem ser mantidas podadas. Os equipamentos urbanos que, no futuro, possam ser colocados na Praça da Matriz, como bancos, postes luminosos, fontes, esculturas, monumentos, placas comemorativas, etc. não poderão impactar ou descontextualizar a área do adro e das laterais, devendo passar por estudo técnico adequado e aprovação do projeto pelo referido Conselho.

O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, através da Prefeitura Municipal, deve contratar anualmente um técnico especialista para avaliar o estado de conservação do Bem Cultural tombado. O profissional contratado deverá emitir um Laudo Técnico sobre o estado de conservação do Bem tombado.

No caso de futuras intervenções na Igreja Matriz de Santa Bárbara, os seguintes aspectos deverão ser observados:

o Os elementos arquitetônicos que caracterizam a Igreja Matriz devem ser mantidos, não sendo permitida a alteração do tamanho e quantidade de vãos de portas e janelas, dos elementos em alto-relevo das fachadas (pilares na fachada frontal, cimalhas e molduras dos vãos), além da manutenção da altura da platibanda;

o A volumetria, a altimetria e a distribuição espacial interna devem ser mantidas, não sendo permitido aumento ou redução de dimensões;

o Caso seja necessária manutenção nos ladrilhos internos, para que seja feita a melhor recomposição possível, deve ser feita uma pesquisa para encontrar peças idênticas ou semelhantes;

o Os vidros de portas, janelas e vitrais só poderão ser substituídos por similares, em caso de quebra;

o As esquadrias de madeira das portas devem ser mantidas e, no caso de substituição, deve-se respeitar a composição atual;

o Como medida preventiva, sugere-se a impermeabilização das bases das paredes e das pinturas devido ao maior contato com águas pluviais. Em seguida as fachadas devem ser pintadas, permanecendo preferencialmente na cor verde, que se tornou referencial para a população;

o As telhas de fibrocimento que estão danificadas devem ser substituídas por similares a fim de se evitar pontos de infiltração na laje;

o A Igreja deverá ser dedetizada de forma a eliminar a presença de insetos e outros animais que causam acúmulo de sujidades, principalmente nas lajes da torre;

o As esquadrias de portas e janelas devem receber tratamento anti-ressecamento e nova demão de pintura, além de limpeza dos vidros.

Para que a preservação da Igreja Matriz de Santa Bárbara seja efetiva, é necessário que, dentro do perímetro de entorno de tombamento, os seguintes itens sejam observados:

Na vizinhança ou entorno de um bem tombado não se poderá fazer construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade ou que restrinja a harmonia de sua ambiência.

Por estarem inseridas ao redor da Praça da Matriz, as edificações mais próximas à Igreja ainda conservam um afastamento bastante generoso em relação a ela, exceto nos fundos, não

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interferindo nas visadas mais conhecidas da edificação. Para garantir a preservação destas visadas, o gabarito das edificações do entorno não deverá ultrapassar dois pavimentos (aproximadamente 6 m), garantindo-se assim, a preservação da visadas da Igreja e seu destaque no contexto em que está inserida;

A afixação de placas, cartazes e anúncios nas imediações da Igreja deverá ser criteriosa, observando a manutenção da integridade visual do mesmo;

As cores utilizadas nas edificações do entorno não devem se sobressair em relação à Igreja Matriz, mantendo-a destacada no contexto urbano.

Os usos nas ruas ao redor da Igreja deverão continuar restritos ao residencial e às atividades da Casa Paroquial, para assim minimizar o impacto de um possível aumento do tráfego de veículos em função de outras atividades. Na Avenida Vereador Sebastião Pernes de Miranda os usos continuam sendo diversificados, ficando a critério do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Engenheiro Caldas a implantação de novas atividades, de acordo com solicitação encaminhada a este órgão pelo interessado na implementação de tal atividade. Nestas condições deverá ser avaliado, principalmente, o impacto da atividade sobre o tráfego nas proximidades da Igreja Matriz. Caso seja constatado algum risco à edificação não deverá ser concedida licença para o solicitante.

A harmonia na área onde a Igreja Matriz está inserida deverá ser assegurada através das leis municipais de uso e ocupação do solo, que têm por finalidade regular e normatizar intervenções no ambiente já edificado e em futuras construções. Assim caberá à administração municipal a definição de afastamentos máximos a serem aplicados nas construções, com vistas à preservação das condições de visualização da Igreja Matriz de Santa Bárbara.

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Dossiê de Tombamento

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ANEXO I – FICHA DE INVENTÁRIO

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ANEXO II – DOCUMENTOS LEGAIS

Parecer sobre o tombamento elaborado pelo profissional responsável pela elaboração do dossiê

Parecer sobre o tombamento elaborado por conselheiro integrante do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural

Notificação ao proprietário do bem ou ao seu representante legal informando o tombamento

Recibo de Notificação

Cópia da ata da reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural aprovando o tombamento.

Cópia do decreto do executivo tombando o bem cultural

Cópia da inscrição do bem cultural no Livro de Tombo Municipal

Cópia da publicação do ato do tombamento

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PARECER TÉCNICO PARA O TOMBAMENTO DA IGREJA MATRIZ DE SANTA BÁRBARA

A Igreja Matriz de Santa Bárbara é uma edificação de importante valor histórico e cultural para o município de Engenheiro Caldas, sendo assim identificada como um Bem Cultural passível de Tombamento em nível municipal, uma vez que esse instrumento legal permitirá sua efetiva preservação.

No aspecto histórico, a construção é um marco para o município, pois além de ter sido a primeira igreja erguida em Engenheiro Caldas, sua inauguração ocorreu logo após a emancipação de Tarumirim, após a destruição da antiga Capela por um vendaval, em 1962. Outro aspecto histórico a ser considerado é a manutenção dos elementos originais, tanto estruturais, quanto as esquadrias e os revestimentos dos pisos, além dos elementos ornamentais característicos das fachadas e da arquitetura, como um todo.

Além disso, também se destaca pelo importante papel referencial que exerce sobre a comunidade, por se tratar de uma edificação eclesiástica, onde vários acontecimentos pessoais da população católica ocorreram, como batismos, casamentos, formaturas, dentre outros.

A edificação, por si só, é um referencial no contexto urbano do distrito Sede de Engenheiro Caldas, devido à sua localização e à própria arquitetura, diferenciada e imponente em relação às demais construções do município.

Como referencial simbólico, é preciso salientar as celebrações religiosas tradicionais que ocorrem no adro e na própria edificação, sendo elas: dia de São Sebastião (20 de janeiro); Semana Santa; Mês de Maria (maio); Corpus Chisti; dia de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro); dia da padroeira Santa Bárbara (04 de dezembro) e a Missa do Galo (24 de dezembro).

Portanto, a Igreja Matriz de Santa Bárbara é passível da aplicação do instrumento do tombamento, como forma de garantir sua salvaguarda, para que esta e as futuras gerações possam ter uma referência de preservação da memória de Engenheiro Caldas, a partir dos bens tombados e preservados no município.

Belo Horizonte, 22 de junho de 2009.

__________________________________ Ana Paula Costa

Arquiteta Urbanista – CREA-MG 80093/D

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ANEXO III - DOCUMENTOS DIVERSOS

Abaixo seguem algumas fotos antigas da Igreja Matriz, além de fotos de alguns personagens que fizeram parte de sua história.

Foto da tela da década de 1940, onde está caracterizada a

antiga Capela de Santa Bárbara. Fonte: arquivo digital da Secretaria de Educação de

Engenheiro Caldas.

Foto de uma das procissões em frente à Igreja Matriz durante

a Semana Santa, na década de 1970. Fonte: arquivo digital da Secretaria de Educação de

Engenheiro Caldas.

Foto de desfile de 07 de Setembro no final da década de

1970. Nota-se a Igreja Matriz ao fundo, já acabada. Fonte: arquivo digital da Secretaria de Educação de

Engenheiro Caldas.

Foto de desfile de 07 de Setembro no final da década de

1970. Nota-se a Igreja Matriz ao fundo, já acabada. Fonte: arquivo digital da Secretaria de Educação de

Engenheiro Caldas.

Foto durante a construção da Casa Paroquial, onde é

possível visualizar o Padre Rino (segundo da direita para a esquerda), sacerdote na época da inauguração da Igreja

Matriz. Fonte: arquivo digital da Secretaria de Educação de

Engenheiro Caldas.

Foto da Igreja Matriz na década de 1990, onde é possível notar os tons de bege que foram utilizados até o ano de

2004, quando houve a mudança para tons de verde. Fonte: arquivo digital da Secretaria de Educação de

Engenheiro Caldas.

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Flagrante de uma das comemorações do Mês de Maria, junto à Casa Paroquial, do lado esquerdo da Igreja Matriz de Santa

Bárbara. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Maio/2009

Detalhe de uma das “ciatas” (conjunto de pratos típicos

doados por um morador) leiloadas nas comemorações do Mês de Maria, elemento tradicional em Engenheiro Caldas.

Fotógrafa: Ana Paula Costa – Maio/2009

Foto do Sr. José Camilo dos Santos (Zé Baiano), único morador de Engenheiro Caldas que participou efetivamente da

construção da Igreja Matriz de Santa Bárbara. Fotógrafa: Ana Paula Costa – Maio/2009

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ENGENHEIRO CALDAS MINAS GERAIS BRASIL JUNHO/2009 64

BIBLIOGRAFIA

CARRATO, José Ferreira. Igreja, Iluminismo e escolas mineiras coloniais. São Paulo: Nacional, 1968.

Diretrizes para a proteção do Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG.

BARBOSA, Waldemar de Almeida. Os 250 anos de Minas Novas. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte, N. XVIII, 1981.

MIRANDA, Adeodata Silveira. Padre Engenheiro Caldas – MG. Uma História que começou há 100 anos. Engenheiro Caldas, setembro de 2006.

KOCH, Wilfried. Dicionário dos Estilos Arquitetônicos. São Paulo, 2004.

OLIVEIRA, Luziane. Morro do Cruzeiro: Um Lugar de Devoção e Oração. Trabalho de Conclusão de Curso de Turismo, Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, novembro de 2008.

Pesquisa realizada pela E. E. Professora Ondina Pinto de Almeida, Curso 2o Grau, Professora Paulina Ângela – Geografia – Engenheiro Caldas-MG, 07 de dezembro de 2001. Pesquisadores: Cheila Gonçalves; Fabiana Rodrigues; Aurenice Milanez; Rosimeire Freitas; Genaina Rodrigues; Carla Geane; Regiane Santiago; Anna Kyara Aguiar; Julia Fagundis.

VASCONCELOS, Diogo de. História Média de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1974.

Fontes em meio eletrônico:

http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/2__Congresso/Menu.htm; acessado em junho de 2009.

http://www.tre-mg.gov.br; acessado em junho de 2009.

www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm; acessado em junho de 2009.

http://www.cnm.org.br/demografia/mu_dem_pop_rural.asp; acessado em junho de 2009.

http://www.cnm.org.br/demografia/mu_dem_pop_rural.asp; acessado em junho de 2009.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_(edif%C3%ADcio); acessado em junho de 2009.

Fontes orais:

Adeodata da Silveira Miranda (Dona Chiquita), moradora de Engenheiro Caldas desde a década de 1950.

João Coelho Ramos, agricultor na época de construção da Igreja Matriz; participou da criação da Sociedade São Vicente de Paula e do Apostolado da Oração em Engenheiro Caldas.

José Camilo dos Santos, pedreiro aposentado que trabalhou nas obras de construção da Igreja Matriz de Santa Bárbara.

Maria Helena Moreira de Carvalho; filha de Olinto Moreira (Seu Nego Pedreiro).

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FICHA TÉCNICA

Equipe responsável pela realização do dossiê:

ARO Arquitetos Associados Ltda CREA MG 28.859

CNPJ 04.544.819/0001-70 Inscrição Municipal 167.155.001-0

Av. Portugal, 2.085/loja 14, Pampulha, Belo Horizonte - MG, CEP 31.555-000

TeleFax (31) 3491.1118/9157.9071 e-mail [email protected]

Levantamento e elaboração Ana Paula Costa Arquiteta Urbanista CREA-MG 80093/D

Colaboração/Agradecimentos Equipe Técnica da Prefeitura Municipal do município de Engenheiro Caldas

Conselho Municipal do Patrimônio Cultural do município de Engenheiro Caldas

Apoio Viviane Braga Arquiteta Urbanista CREA-MG 92.005

Orientação e revisão Andrea Zerbetto Arquiteta Urbanista CREA-MG 69.616

Coordenação Geral Rodrigo Torres Arquiteto Urbanista CREA-MG 75.598

Belo Horizonte, 22 de junho de 2009.

_______________________________________

Ana Paula Costa Arquiteta Urbanista – CREA-MG 80093/D

Responsável pelo levantamento e a elaboração

__________________________________________

Andréa Zerbetto Arquiteta Urbanista – CREA-MG 69.616

Responsável pela orientação e a revisão geral