doenças podem suspender desconto de empréstimo consignado

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Doenças podem suspender desconto de empréstimo consignado De autoria do deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG), o Projeto de Lei 2110/07 determina que, em caso de gravidez ou de doença grave e incapacitante, os trabalhadores possam suspender o desconto em folha de pagamento dos empréstimos consignados. A Lei 10.820/03, que criou as regras para esse tipo de financiamento, estabelece que a autorização para desconto em folha é irrevogável. Pela proposta, as doenças que, caso contraídas, permitem a alteração do contrato, são: moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, câncer, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, Mal de Parkison , espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante) e aids. Neste último caso, a doença deve ser comprovada pela medicina especializada e não pode ser preexistente à data da contratação do empréstimo. Em caso de gravidez, esta também tem de ser posterior à assinatura do contrato. Renegociação O projeto prevê que, no caso de uma dessas ocorrências, o contrato de financiamento deverá ser renegociado para que se estabeleçam novas garantias, prazo de pagamento e taxa de juros. As modificações dependem, pelo texto, de autorização expressa do devedor, que poderá também optar pela liqüidação antecipada da dívida. De acordo com Luiz Fernando Faria, as doenças arroladas no projeto são as mesmas previstas na legislação para permitir a isenção do pagamento de imposto de renda. O parlamentar ressalta ainda que essas medidas devem ter caráter excepcional, "uma vez que não se tem a intenção de fragilizar a garantia que consagrou essa modalidade de

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Page 1: Doenças Podem Suspender Desconto de Empréstimo Consignado

Doenças podem suspender desconto de empréstimo consignadoDe autoria do deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG), o Projeto de Lei 2110/07 determina que, em caso de gravidez ou de doença grave e incapacitante, os trabalhadores possam suspender o desconto em folha de pagamento dos empréstimos consignados. A Lei 10.820/03, que criou as regras para esse tipo de financiamento, estabelece que a autorização para desconto em folha é irrevogável.

Pela proposta, as doenças que, caso contraídas, permitem a alteração do contrato, são: moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, câncer, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, Mal de Parkison, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante) e aids. Neste último caso, a doença deve ser comprovada pela medicina especializada e não pode ser preexistente à data da contratação do empréstimo. Em caso de gravidez, esta também tem de ser posterior à assinatura do contrato.

RenegociaçãoO projeto prevê que, no caso de uma dessas ocorrências, o contrato de financiamento deverá ser renegociado para que se estabeleçam novas garantias, prazo de pagamento e taxa de juros. As modificações dependem, pelo texto, de autorização expressa do devedor, que poderá também optar pela liqüidação antecipada da dívida.

De acordo com Luiz Fernando Faria, as doenças arroladas no projeto são as mesmas previstas na legislação para permitir a isenção do pagamento de imposto de renda. O parlamentar ressalta ainda que essas medidas devem ter caráter excepcional, "uma vez que não se tem a intenção de fragilizar a garantia que consagrou essa modalidade de financiamento bancário como a mais barata em uso no País".

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Tramitação O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.CRÉDITO CONSIGNADO - É POSSÍVEL SUSPENDER DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTO

29 de abr de 2011

É possível suspender descontos de dívidas

consignadas em folha de pagamento  

Com o advento do marco legal autorizando o desconto consignado em folha de pagamento dos valores referentes a empréstimos, o número destes cresceu vertiginosamente em nosso país. Foi uma festa: diversas financeiras inescrupulosas foram criadas, vários empréstimos foram concedidos (sobretudo a servidores públicos), os juros praticados pelas financeiras não respeitavam os padrões praticados pelo mercado, etc.

Diversos trabalhadores estavam com seus salários comprometidos para pagamento de parcelas referentes aos empréstimos consignados! O desespero levou milhões de pessoas a buscar o Judiciário visando revisar os contratos de empréstimo consignado (em sua grande maioria abusivos). Alguns lograram êxito, outros não.

Atualmente, questão que se tem levantado sobre o tema trata acerca da possibilidade de suspender descontos de débitos consignadas em folha de pagamento!

De fato, além de sua impenhorabilidade, as garantias constitucionais que revestem os salários levam à conclusão de que não podem ocorrer descontos de dívidas diretamente na folha de pagamentos do devedor, sem que haja expressa e atual autorização de seu titular. Aliás, ainda que tenha havido autorização, esta mesma pode ser revogada a qualquer tempo, tendo em vista que é necessária a

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atualidade da autorização, porquanto o devedor pode eleger quais são suas prioridades.

Tal entendimento se dá porque, o artigo 7º, incisos VII e X, da Constituição garantem o salário, além do que o mesmo é impenhorável, consoante previsão do artigo 649, inciso IV, do Código de Processo Civil. Assim, se o salário é impenhorável (através da intervenção judicial), mais ainda o é quanto o próprio devedor revogar a autorização para desconto.

Desta forma, caso você tenha feito um empréstimo consignado em folha de pagamento, fique atento, pois seu salário é direito inalienável e impenhorável, o que, por sua vez, permite que os aludidos descontos sejam cessados.Fonte http://www.agazeta.net - RODRIGO AIACHE