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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NOVOS DESAFIOS NA ÁREA DE COMPRAS COM A CRESCENTE OFERTA DOS SERVIÇOS EM CLOUD NO SEGMENTO DE TI Marcos de Araujo Gois Coelho ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Rio de Janeiro 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NOVOS DESAFIOS NA ÁREA DE COMPRAS COM A

CRESCENTE OFERTA DOS SERVIÇOS EM CLOUD NO

SEGMENTO DE TI

Marcos de Araujo Gois Coelho

ORIENTADOR:

Prof. Jorge Tadeu

Rio de Janeiro

2018

DOCUMENTO P

ROTEGID

O PELA

LEID

E DIR

EITO A

UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em GESTÃO DE COMPRAS E SUPRIMENTOS.

Por: Marcos de Araujo Gois Coelho

NOVOS DESAFIOS NA ÁREA DE COMPRAS COM A

CRESCENTE OFERTA DOS SERVIÇOS EM CLOUD NO

SEGMENTO DE TI

Rio de Janeiro

2018

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos, parentes, professores e colegas de

turma.

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha família.

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RESUMO

O objetivo do estudo é verificar o crescimento acelerado da oferta

dos serviços em Cloud (licenciamento de softwares como serviço e

armazenamento de dados em nuvem) no seguimento de TI no Brasil. Para

atingir os objetivos do estudo optou-se pela realização de uma pesquisa de

cunho bibliográfico e exploratório com base em pressupostos de autores para a

formação de um quadro de referências sobre o tema. Com o resultado da

pesquisa foi possível concluir que conceito de computação na nuvem vem

crescendo e se popularizando no que se refere às empresas implementarem tal

modelo, com o objetivo de prover servidores virtuais em que departamentos de

TI e usuários podem requerer acesso sob demanda e maximização de

produtividade e lucratividade.

Palavras-chave: computação em nuvem; desenvolvimento; serviços.

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METODOLOGIA

Para desenvolver este trabalho serão utilizadas diversas fontes de

pesquisa especializadas que abordam o tema em sites, livros e revistas,

buscando trazer sinergia com as experiências vivenciadas em fóruns sobre o

tema, e visando preparar e atualizar o profissional de Compras para esses

novos desafios.

Referência bibliográfica:

- Consultoria Gartner (especializada no segmento de TI);

- Participação de Fóruns diversos do segmento;

- Artigos de provedores especializados em assuntos de TI.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

A COMPUTAÇÃO EM NUVEM 10

CAPÍTULO II

COMPUTAÇÃO EM NUVEM COMO SERVIÇO 18

CAPÍTULO III

SEGURANÇA EM NUVEM 34

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 43

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INTRODUÇÃO

Com a expansão da internet, as empresas passaram a obter

ferramentas que reduzem os custos dos sistemas de informação, bem como

aumentar os rendimentos adotando uma tecnologia que passou a ser

prestigiada, a Cloud Computing (Computação em Nuvem), ou uma forma

inovadora de terceirização de serviços de Tecnologia da Informação (TI), cuja

flexibilização de meios e recursos vem apresentando grande adaptabilidade às

conveniências das empresas.

A Cloud Computing é uma evolução da TI que oferece

processamento, plataforma e software como serviço de demanda, ou seja,

paga-se apenas pelo que é consumido. Um dos modelos de serviço da

computação em nuvem é o modelo de Plataforma Platform-as-a-Service

(PaaS), que se propõe a “criar uma plataforma para o desenvolvimento de

aplicações já voltadas para a Computação em Nuvem” (TAURION, 2009, p.

132). Com isso, cria-se um ambiente de desenvolvimento em nuvem do tipo

(PaaS) e este pode gerar aplicativos que funcionam dentro da nuvem, o que

acaba gerando um outro modelo de serviço relacionado à computação em

nuvem, que é o Software-as-a-Service (SaaS). (PINELI; DUARTE, 2015).

A IaaS – Infraestrutura como Serviço, é toda a infraestrutura de TI

que pode ser contratada como serviço, visto que as empresas não precisam

mais investir em capacidade computacional, servidores, banco de dados, etc.,

já que poderá contratá-los apenas como serviço, não imobilizando capital.

Muitas empresas, no Brasil e no mundo, estão comprando ou vendendo

datacenters para poderem utilizar serviços de empresas do tipo da Amazon

AWS, por exemplo.

O SaaS – Software de Serviço, é um modelo onde o software se

hospeda em um servidor e suas licenças se distribuem entre vários clientes

que acabam acessando suas contas individuais para utilizar seus produtos.

Desta forma, o software é vendido como um serviço, incluindo a infraestrutura e

as licenças, onde se paga somente pela sua utilização. Ocorre de forma

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rotineira, também, o desmembramento de funcionalidades de um aplicativo em

vários módulos adicionais, onde o cliente contrata apenas o que for utilizar.

O PaaS – Plataforma de Serviço, é onde se contrata um serviço de

plataforma, tendo a liberdade para personalizar o software e deixa-lo como a

empresa precisa. Assim, são disponibilizados recursos de desenvolvimento

para que as empresas possam desenvolver suas próprias aplicações.

No desenvolvimento do ambiente devem ser feitos testes de forma

sistemática, a fim de validar a proposta inicial do sistema. Quando o

desenvolvimento for finalizado, devem ser efetuados novos testes para verificar

se o ambiente de desenvolvimento está pronto para ser utilizado dentro de

suas características básicas (PINELI; DUARTE, 2015).

Além disso, é importante verificar a segurança das informações,

para que sejam consideradas seguras e não vulneráveis, pois as organizações

precisam confiar nestas redes para migrar seus dados para a nuvem.

Sob essa perspectiva, tem-se como problemática de estudo, a

seguinte questão: como está o crescimento da oferta dos serviços em Cloud

(licenciamento de softwares como serviço e armazenamento de dados em

nuvem) no seguimento de TI no Brasil?

O objetivo do estudo é verificar o crescimento acelerado da oferta

dos serviços em Cloud (licenciamento de softwares como serviço e

armazenamento de dados em nuvem) no seguimento de TI no Brasil.

Para atingir os objetivos do estudo optou-se pela realização de uma

pesquisa de cunho bibliográfico e exploratório com base em pressupostos de

autores para a formação de um quadro de referências sobre o tema.

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CAPÍTULO I

A COMPUTAÇÃO EM NUVEM

A computação em nuvem é resultado da revolução tecnológica que

trouxe mudanças nas atividades econômicas e na forma de comércio para as

empresas com imensa redução de custos operacionais, a computação em

nuvem traz facilidades de comunicação e trocas que permitiam novos

negócios, a partir da produção de uma cadeia de valor. (PINHEIRO, 2012).

A nuvem pode ser considerada uma espécie de representação no

ambiente da Internet ou base de comunicação entre os elementos arquiteturais

que se baseia em um conceito que esconde a complexidade de infraestrutura

cujas partes são providas como atividades que geralmente são reservados em

data centers, a partir da utilização de um hardware compartilhado para

computação e armazenamento.

Os usuários que apresentam interesse nos serviços precisarão obter

em seus computadores um sistema operacional, um navegador e a

acessibilidade à rede de Internet. Os recursos necessários à realização das

operações se encontram em disponibilidade na Internet, sem que seja

necessário que os usuários obtenham recursos caros, fato que reduz

sensivelmente os custos de aquisição para obter os serviços. (TOSING, 2012).

1.1. O Cloud Computing

Alecrim (2008) explica que a expressão inglesa “Cloud Computing”

tomou conta das pautas de TI nos últimos tempos. No nosso país também é

apontada na tradução literal como “Computação em Nuvem”. Sua proposta

essencial está fincada na facilidade de armazenamento e acesso a

informações, sem que haja uma estruturação exclusiva, podendo o processo se

dá através da Internet, ainda que off-line.

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Taurion (2009), por sua vez, diz que muitas são as definições

encontradas, mas que estas não são muito precisas, principalmente, no Brasil,

em que o termo é relativamente novo. Para ele, pode-se entender a questão

pensando no ambiente da computação com a reunião de servidores físicos e

virtuais: “um conjunto de recursos como capacidade de processamento,

armazenamento, conectividade, plataformas, aplicações e serviços

disponibilizados na Internet (TAURION, 2009, p. 2).

Nessa linha, Alecrim (2008) esclarece que habitualmente os

aplicativos são instalados nos computadores, bem como é praxe o

arquivamento nas respectivas máquinas, sobretudo em se tratando de uso

doméstico. Nas organizações, é mais comum o emprego de servidores.

Com a Cloud Computing, muitos aplicativos, assim como arquivos e outros dados relacionados, não precisam mais estar instalados ou armazenados no computador do usuário. Elas passam a ficar disponíveis nas "nuvens", isto é, na Internet. Ao fornecedor da aplicação cabe todas as tarefas de desenvolvimento, armazenamento, manutenção, atualização, backup, escalonamento, etc. O usuário não precisa se preocupar com nada disso, apenas com acessar e utilizar (ALECRIM, 2008, p. 1).

Alecrim (2008) cita o “Google Docs” (Figura 1) como exemplo,

explicando que a edição e o arquivo de textos, planilhas, slides e outros podem

ser realizados sem o Word, Excel e Power point (Microsoft Office), instalados,

sendo o acesso pela Internet.

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Figura 1 – Google Docs Fonte: Google

Nesse caso, o usuário apenas deverá possuir uma conta de e-mail

no Google. Poderá usar os recursos da maneira que desejar sem haver

necessidade de instalar aplicativos em sua máquina. O desenvolvimento é

totalmente interativo, facilitando o acesso. Além disso, podem ser incluídos

arquivos através de upload, não sendo mais necessário que o usuário

armazene dados em sua máquina.

Alecrim (2008) explica que, na verdade, embora o entendimento e

uso do cloud computing apresente-se como inovação e recente, seus princípios

já eram empregados em outros recursos, que ele mesmo cita como exemplos:

webmail do Gmail e do Yahoo, que oferecem capacidades de armazenamento.

Para o autor outro exemplo que correspondem ao emprego da

aplicação do cloud computing é o site YouTube, que armazena fotos e vídeos e

o disponibiliza em acessos múltiplos, sem ser necessário a instalação de

software específico e pode ser apreciado de qualquer lugar.

Taurion (2009) diz que o site Amazon pode ser considerado

precursor, já que foi a primeira a oferecer sua infraestrutura em nuvem:

A Amazon surgiu como líder inicial deste negócio e pode vir, um dia, a ser mais conhecida pela sua plataforma de nuvem do

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que por seu website de varejo. A Amazon, de forma pioneira, descobriu que poderia vender sua infraestrutura em nuvem, como uma plataforma (conhecida como Platform-as-a-Service), explorando novos modelos de uso e pagamento. Mais da metade dos recursos de computação da Amazon estão sendo consumidos por outras companhias, que rodam seus aplicativos nos centros de dados da varejista (TAURION, 2009, p. 4).

Além da Amazon, Google Docs e o princípio do Yahoo e-mail,

Alecrim (2008) acrescenta alguns exemplos dos serviços baseados em cloud

computing:

• antivírus Panda: o trabalho de scan é processado na nuvem, não

sendo necessário instalar o aplicativo antivírus na máquina do

usuário

• Aprex: e-mail, calendário, agenda de contatos e tarefas,

armazenamento em disco virtual etc. Quando se trata de

organização jurídica, Alecrim (2008) informa que pode ser incluída a

logomarca.

Hoje em dia a Microsoft apresenta o Windows Azure, como sistema

operacional próprio para o trabalho em nuvem, tanto é compatível ao

desenvolvimento, processamento e armazenamento a partir de demandas

(MICROSOFT, 2010).

Para Vilarim (2009 p. 12):

Como desdobramento dessas redes técnico-digitais, durante a presente década, tem crescido significativamente a discussão em torno de um novo fenômeno: a chamada cloud computing, ou computação em nuvem. A computação em nuvem parte da ideia de que, uma vez conectados em rede e com velocidade de acesso compatível, computadores podem acessar dados e programas, disponíveis remotamente, de modo muito mais disperso e fluido. Desta forma, os computadores que ficam nas bordas da rede irão apenas solicitar a execução de programas à distância, sem que um programa esteja gravado localmente no computador que vai executá-lo (GRUMAN e KNORR, 2008). Sob o ponto de vista de quem usa, torna-se nebulosa a fronteira de identificação entre o que está guardado e

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executado em um nó da rede (no disco rígido de um computador local, por exemplo) e o que está disponível na nuvem metafórica, ou seja, em um espaço virtual onde não se conhece exatamente uma referência territorial precisa que indique onde estão os dados9. Em termos de memória computacional, a execução dos softwares passa a ocorrer de forma distribuída, sendo parte na memória volátil local, parte na nuvem.

Abaixo destaca-se a figura de Machado et all (2009) revelando uma

nuvem computacional:

Figura 2 - Visão geral de uma nuvem computacional Fonte: Souza et al (2009)

Neste sentido destaca-se que na computação em nuvem os

recursos de TI são fornecidos como um serviço, permitindo aos usuários

acessarem os serviços sem a necessidade de conhecimento sobre a tecnologia

utilizada. Assim, os usuários e empresas passaram a acessar os serviços sob

demanda e independente de localização, o que aumentou a quantidade de

serviços disponíveis (SOUZA et al, 2009).

Segundo Zanuto (2017, p. 1), a Cloud Computing oferece alguns

modelos de serviço, como:

- Software as a Service (SaaS): o mais conhecido. Compreende aplicações que são executadas na nuvem, como por exemplo um cliente web de e-mail, o Google Docs, que

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permite criação e edição de documentos, planilhas e apresentações de slides via browser.

- Platform as a Service (PaaS): este modelo permite ao usuário submeter aplicações desenvolvidas em linguagem de programação ou ferramentas de acordo com o a plataforma e executá-la dentro de um sistema operacional virtual. O usuário não tem controle sobre nada além de suas aplicações, como sistema operacional, rede e armazenamento.

- Infrastructure as a Service (IaaS): neste modelo o usuário tem domínio sobre sistema operacional, rede (de forma limitada), armazenamento além do controle sobre suas aplicações submetidas. O usuário apenas não tem controle sobre a camada infraestrutural mais interior da nuvem.

Desta forma, a utilização da Cloud Computing faz com que se

coloque dados particulares em servidores espalhados até mesmo ao redor do

mundo, de forma que estes dados viajarão pela internet (ZANUTO, 2017).

Castro e Souza (2017, p. 2) informam as principais características

dos modelos em nuvem:

Nuvem Privada (Private Cloud) – A implantação de uma nuvem privada permite que esta seja administrada pela própria empresa ou por terceiros. Neste modelo de implantação são empregadas políticas de acesso aos serviços. As técnicas utilizadas para prover tais características podem ser em nível de gerenciamento de redes, configurações dos provedores de serviços e a utilização de tecnologias de autenticação e autorização (NIST, 2009). Em comparação com outros modelos de implantação de nuvem, esse modelo é o que prover um menor risco, em detrimento de sua natureza privada. E, embora traga algumas facilidades por estar no ambiente da empresa, esse modelo exige gerenciamento interno, o que diminui a economia de recursos. Além disso, por estar diretamente atrelado aos processos corporativos, torna-se engessado em termos de automação de tarefas como atualizações.

Nuvem Pública (Public Cloud) - Neste modelo de implantação a infraestrutura de nuvens é disponibilizada para o público em geral ou para grupos de indústrias (NIST, 2009), sendo acessado por qualquer usuário que conheça a localização do serviço. Por isso não podem ser aplicadas restrições de acesso quanto ao gerenciamento de redes, e menos ainda, aplicar técnicas de autenticação e autorização. O conceito de nuvens públicas proporciona as organizações mais economia de escala, uma vez que compartilha os recursos. Por outro lado,

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possui limites de customização relacionados justamente à segurança das informações, SLAs e políticas de acesso, uma vez que os dados podem ser armazenados em locais desconhecidos e não podem ser facilmente recuperáveis.

Nuvem Comunitária (Community Cloud) - No modelo de implantação comunidade ocorre o compartilhamento por diversas empresas de uma nuvem, sendo esta suportada por uma comunidade específica que partilha de interesses semelhantes, tais como a missão, os requisitos de segurança, política e considerações sobre flexibilidade. Este tipo de modelo de implantação pode existir localmente ou remotamente e pode ser administrado por alguma empresa da comunidade ou por terceiros (NIST, 2009), semelhante ao modelo de Nuvem Privada em relação à definição de políticas de acesso e a utilização de tecnologias de autenticação e autorização. Outro fator que merece destaque é o fato dos dados poderem ser armazenados com os dados de outros concorrentes pertencente à comunidade.

Nuvem Híbrida (Hybrid Cloud) – Este modelo caracteriza-se pela composição de dois ou mais modelos de implantação de nuvem (comunidade privada ou pública) que permanecem como entidades únicas, sendo ligadas por uma tecnologia padronizada ou proprietária que permite a portabilidade de dados e de aplicações (por exemplo, nuvem de ruptura para balanceamento de carga entre nuvens) (ISACA, 2009). A adoção do modelo exige uma minuciosa classificação e rotulagem dos dados, para garantir que os mesmos estão sendo atribuídos ao tipo de nuvem correto. Um fator negativo do modelo é o alto risco, uma vez que funde diferentes formas de implantação.

Com isso, cada empresa escolhe o modelo que melhor se adapte às

suas particularidades, do processo de seu negócio, do tipo de informação

necessária e do nível de visão desejado (CASTRO; SOUZA, 2017).

1.2. Economia nas empresas com o cloud computing

Como visto no item anterior, a redução de gastos ocorre a partir da

otimização de recursos. Segundo publicação HSM (2009), destaca-se a

economia com a efetiva diminuição de utilização de energia. Esta economia já

era vislumbrada na prática do outsourcing, uma vez que datacenters alocados

em terceiros geram redução de gastos com energia.

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Os dados publicados pela HSM (2009) indicam também a diminuição

de emissões de gases poluente, conhecidamente, de efeito estufa. O mesmo

relatório cita o caso de uma organização de TI a NetSuite, em que clientes,

otimizam suas operações através de aplicativos integrados. Estes dados, de

acordo com a HSM (2009), ratificam a funcionalidade do Cloud Computing no

que tange a negócios sustentáveis.

Outro exemplo de economia é apontado para a Microsoft e o

Google: “Estas duas empresas mostram como os serviços em Cloud

Computing podem ser eficientes, pois ambas atingiram liderança no setor, por

seus níveis de eficiência energética nos Data Centers” (HSM, 2009, p. 1).

1.3. Benefícios do cloud computing nas empresas e no meio

ambiente.

Arevolo (2009) explica que o cloud computing, enquanto modelo de

serviço sustentável, apresenta resultados bastante positivos no campo do meio

ambiente, e tanto oferece redução de custos às empresas, que passam a

empregar uma metodologia de trabalho mais simples, sem ser necessário a

organização em estrutura de equipamentos, servidores, aplicativos,

plataformas etc, como também o tempo de processamento e a otimização em

armazenamento resulta em diminuição de efeitos poluentes.

Para o autor as vantagens são tanto qualitativas como quantitativas.

Em termos de qualidade há a eficácia da prestação do serviço com o uso de

ambiente de computação externo. O mesmo pode ser atribuído à questão da

quantidade, pois a economia se dá exatamente na dispensa de estruturações

complexas.

Considerando os estudos e explicações de Alecrim (2008) e Arevolo

(2009), depreende-se que a racionalização de fluxos operacionais na gestão de

dados e informações através do cloud computing representa grande ganho

para as empresas, que passam a se dedicar e investir mais em seus negócios,

tornando-se mais especializadas, capacitadas e competitivas.

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CAPÍTULO II

COMPUTAÇÃO EM NUVEM COMO SERVIÇO

A computação em nuvem permite o acesso de rede presencial,

conveniente e sob demanda a uma rede compartilhada. É um conjunto de

recursos de computação configuráveis (por exemplo, redes, servidores,

armazenamento, aplicativos e serviços) que podem ser provisionados e

liberados de forma rápida com esforço mínimo de gerenciamento ou interação

com o provedor de serviços. Esse modelo de nuvem é composto de cinco

características essenciais, três modelos de serviço e quatro modelos (PETER;

GRACE, 2011).

Segundo Vandresen e Magalhaes (2013, p. 3), um modelo de

computação em nuvem deve apresentar algumas características, tais como:

Autoatendimento sob demanda: o usuário pode usufruir das funcionalidades computacionais sem a necessidade da interação humana com o provedor de serviço, ou seja, o provedor identifica as necessidades do usuário, podendo assim automaticamente reconfigurar todo hardware e software, e essas modificações devem ser apresentadas ao usuário de forma transparente.

Amplo acesso a serviços de rede: os recursos computacionais são acessados através da internet, que são acessados por mecanismos padronizados, que pode ser um navegador simples que use poucos recursos computacionais, sem a necessidade do usuário modificar o ambiente de trabalho de seu dispositivo, como por exemplo, linguagem de programação e sistema operacional.

Pool de recursos: os recursos computacionais (físicos ou virtuais) do provedor são divididos em pools para que possam atender a múltiplos usuários simultaneamente. Esses recursos são alocados e realocados dinamicamente, de acordo com a demanda dos usuários. Os usuários por sua vez não precisam saber a localização física dos recursos computacionais, essas informações podem ser proporcionadas de maneira de alta abstração podendo apenas ser informados a país, estado ou centro de dados.

Elasticidade rápida: as funcionalidades computacionais devem ser rápidas e elásticas, assim como rapidamente liberadas, podendo em alguns casos serem liberadas automaticamente

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caso haja necessidade devido à demanda. O usuário deve ter a impressão de ter recursos ilimitados que podem ser comprados ou adquiridos em qualquer quantidade e a qualquer momento. A elasticidade deve ter três componentes: escalabilidade linear, utilização on-demand e pagamento por unidades consumidas de um recurso. Outro recurso que pode auxiliar nesse processo é a virtualização que pode criar várias instâncias de recursos requisitados usando apenas um recurso físico. A virtualização também torna possível abstrair características físicas de uma plataforma computacional, emulando vários ambientes que podem ser independentes ou não.

Serviços mensuráveis: os sistemas em nuvem automaticamente controlam e monitoram os recursos necessários para cada tipo de serviço, tais como armazenamento, processamento e largura de banda. Esse recurso deve ser monitorado e controlado de forma transparente tanto para o provedor de serviço quanto para o usuário.

Assim, o conceito de computação em nuvem não se trata de uma

nova tecnologia, mas de uma evolução e convergência de várias outras

tecnologias e conceitos, como o Utility Computing (comercializar sistemas

computacionais como serviços), o Grid Computing, o Web 2.0, o Services

Oriented Architecture (SOA) e o modelo de software como serviço (Software as

a Services). Apesar disso, convergindo os diversos conceitos em um único, a

computação em nuvens traz inúmeros desafios quanto à segurança dos dados

incorporados a esses sistemas. As informações que trafegam nas redes,

principalmente as corporativas, possuem algum tipo de valor e devem ser

resguardadas, o que exige um nível de segurança eficiente nos sistemas que

gerenciam a rede (PEREIRA et al, 2016).

Assim, a computação em nuvem é distribuída através da internet,

tem capacidade de expansão, elasticidade e arquitetura de softwares em uma

instância. Na figura abaixo é possível visualizar a arquitetura da computação

em nuvem:

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Gráfico 1: Arquitetura da computação em nuvem Fonte: Compuware (2012).

Nas organizações, a Computação em Nuvem permite novas

abordagens da TI, como o aumento de soluções “como serviço” disponíveis no

mercado, que vão desde a infraestrutura até o armazenamento,

desenvolvimento de aplicativos de software e testes. É possível aproveitar as

vantagens do modelo de Computação em Nuvem nos serviços de

infraestrutura, pacotes de aplicativos, lógica de negócio, armazenamento de

dados e desenvolvimento de ferramentas e serviços (COMPUWARE, 2012).

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Gráfico 2: Benefícios da computação em nuvem

Fonte: Compuware (2012)

A computação em nuvem é composta por modelos de serviços, que

são pagos conforme a necessidade e o uso dos mesmos (pay-per-use), sendo

que modelos de serviços são os seguintes:

Software como Serviço: um aplicativo pode ser utilizado por uma grande quantidade de usuários simultaneamente. Esse tipo de serviço é disponibilizado por provedores e acessado pelos usuários através de aplicações como o navegador. Todo o controle e gerenciamento da rede, sistemas operacionais, armazenamento e possíveis manutenções será de responsabilidade do provedor de serviço

Plataforma como Serviço: é a disponibilização de plataformas de desenvolvimento que facilitam a implantação de aplicações assim como o gerenciamento do hardware subjacente e das camadas de software. O usuário não tem controle sobre a rede, sistemas operacionais ou armazenamento, mas poderá controlar a aplicação implementada na nuvem. A linguagem de programação bem como o ambiente de desenvolvimento é fornecida pelo provedor

Infraestrutura como Serviço: consiste no fornecimento de infraestrutura de processamento, armazenamento, redes, entre outros. Este serviço, assim como os demais, tem seus recursos – neste caso a infraestrutura – compartilhados com diversos usuários simultaneamente. Isso se torna possível através do processo de virtualização, no qual o usuário terá controle sobre máquinas virtuais, armazenamento, aplicativos instalados e possivelmente um controle limitado sobre os recursos de rede (VANDRENSEN; MAGALHAES, 2013, p. 4).

A seguir é mostrada uma figura representativa dos três modelos de

serviços de computação em nuvem:

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Figura 3: Papel dos três modelos de serviços da computação em nuvem Fonte: Vandrensen e Magalhães (2013).

A seguir é mostrada uma figura representativa dos três modelos de

serviços de computação em nuvem, com exemplos de empresas ao lado:

Figura 1: Modelo de serviço

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Fonte: Didone (2011)

O Saas – Software as a Service, é uma alternativa à execução local

de aplicações, que permite sua execução na infraestrutura fornecida pela

nuvem, que podem ser acessados através de diversos clientes, como os

navegadores por exemplo. Nesse modelo, o cliente não gerencia ou controla a

infraestrutura que compõe a nuvem, como a rede, os servidores, sistemas

operacionais, entre outros, sendo que o foco dos desenvolvedores acaba se

concentrando na inovação. Com SaaS os custos com aquisição de licenças de

softwares acabam sendo reduzidos por causa da dispensa de aquisição

O PaaS – Plataform as a Service faz com que possam ser

implantadas as aplicações criadas ou adquiridas pelo usuário na infraestrutura

da nuvem. O cliente não gerencia ou controla a infraestrutura, mas tem controle

sobre as aplicações que são implementadas, como também as configurações

do ambiente de hospedagem. (DIDONE, 2011).

O modelo PaaS é definida por Taurion (2009 apud BACELAR et al,

2012, p. 3), como uma plataforma para criação e teste de aplicações.

Neste modelo de serviço são disponibilizadas ferramentas para desenvolvimento, administração e gerenciamento, além de serviços de runtime. Portanto, é possível utilizar IDEs (Integration Development Toolkit), compiladores, ferramentas para gerenciamento e controle de versão ou ferramentas para teste de sistemas, incluindo teste automatizado ou teste de desempenho, por exemplo. PaaS pode ser dividido em dois tipos distintos, chamados PaaS aberto e PaaS fechado. O primeiro utiliza plataformas padrão, mantendo compatibilidade com todos os outros PaaS abertos, o que possibilita a livre migração. Já o PaaS fechado, é composto por plataforma única ou proprietária, de impossível migração.

A IaaS – Infrastructure as a Service, por meio da virtualização,

permite que sejam divididas, atribuídas e redimensionadas dinamicamente as

capacidades de armazenamento, de processamento, conforme a demanda do

usuário, fornecendo recursos computacionais considerados fundamentais. O

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cliente tem controle sobre os sistemas operacionais, armazenamento,

aplicações implementadas e tem controle limitado sobre alguns componentes

de rede, como o firewall, por exemplo (DIDONE, 2011).

A figura a seguir apresenta diferentes tecnologias que estão por trás

dos termos SaaS, PaaS e IaaS, mostrando as diferentes camadas que os

compõem:

Figura 5: Modelo de Referência da Nuvem Fonte: Didone (2011)

As tecnologias base que estão por trás da computação em nuvem

são a virtualização, a web service e arquitetura orientada a serviço, fluxos de

serviços e de trabalhos, web 2.0 e mashups e multitenacy (DIDONE, 2011).

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Existem soluções que oferecem um ambiente totalmente integrado,

com armazenamento, fornecimento, aplicativos e desenvolvimento, entretanto,

estas soluções giram em torno de um conjunto de ferramentas que são

estritamente controladas e também de um mercado de software vertical

específico. Muitos dos ambientes de desenvolvimento local estão começando a

se preparar para permitir a implantação da Nuvem e serviços de solução de

problemas, mesmo que a instrumentação adequada e as instalações de

controle ainda precisarem evoluir (COMPUWARE, 2012).

Gráfico 3: Desenvolvimento e implantação de aplicativos para Computação em Nuvem.

Fonte: Compuware (2012).

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Assim, existem pelo menos um modelo para cada unidade de

negócios e as empresas podem aderir à Nuvem aos poucos.

As vantagens de uma Nuvem particular sobre a Nuvem pública são a propriedade e o controle. Para muitas empresas, a Nuvem híbrida demonstra ser a mais indicada, por oferecer um certo nível de elasticidade e controle sob demanda. É claro que tudo isso é apenas uma evolução de outros modelos de computação, como a computação baseada em utilitários e terceirizada, bem como nos avanços e evoluções das tecnologia e abordagens arquitetônicas, como a virtualização e a arquitetura orientada a serviços (SOA, Service Oriented Architecture). Com isso, surge um grande conjunto de oportunidades (COMPUWARE, 2012, p. 4).

Ainda, a computação em nuvem não é somente uma forma de

fornecer software, mas oferece um valioso modelo para o desenvolvimento e

teste de software.

2.1. Modelos de Implantação

Existem diversas abordagens de computação em nuvem e diferentes

modelos de implantação, entretanto, os mais significativos são:

2.1.1. Primeiro Subtítulo do Primeiro Subtítulo do Primeiro

Capítulo

Na nuvem privada a infraestrutura da nuvem é proprietária ou

alugada por apenas uma organização e é operada somente por ela. Pode ser

local ou remota, sendo empregadas políticas de acesso aos serviços

(BORGES et al, 2018). A seguir um modelo de nuvem privada:

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Figura 2: Modelo de Nuvem Privada Fonte: Borges et al (2018)

O custo para estabelecer uma nuvem privada é considerado alto,

além da dificuldade encontrada, que podem ser proibitivos. Entretanto, a

nuvem privada tem vantagens sobre a nuvem pública, por ter um controle mais

detalhado sobre os vários recursos da nuvem, oferecendo para a empresa

muitas opções de configurações (BORGES et al, 2018).

A flexibilidade é uma característica considerada essencial e

amplamente divulgada que sugere uma variedade de modelos como:

tudo em uma Nuvem pública; uma Nuvem particular interna ou alocada em outro lugar (por exemplo: na base de dados de um provedor seguro de Computação em Nuvem); um híbrido de computação interna e em nuvem; e o uso de serviços sob demanda e implantação da Nuvem baseada em projeto (COMPUWARE, 2012, p. 3).

Outro modelo de implantação é a Nuvem pública:

2.1.2. Nuvem Pública

Neste modelo a infraestrutura pertence à uma empresa que vende

serviços para o público em geral, sendo que este modelo pode ser acessado

por qualquer usuário que saiba a localização do serviço, não aceitando

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técnicas de restrição de acesso ou autenticação (BORGES et al, 2018). A

seguir um modelo de nuvem pública:

Figura 3: Modelo de Nuvem Pública Fonte: Borges et al (2018)

Assim, de acordo com Armbrust et al. (2009 apud CHAVES;

URIARTE; WESTPHALL, 2010, p. 33), o software e hardware de um datacenter

é “a nuvem e se essa nuvem for disponibilizada para o público em geral no

modo pay-as-you-go, ela é chamada nuvem pública. Por outro lado, o

datacenter interno à uma organização, não disponível ao público em geral, é a

nuvem privada”.

2.1.3. Nuvem Comunidade

Neste modelo a infraestrutura é compartilhada por muitas

organizações que geralmente têm interesses comuns, tais como requisitos de

segurança, políticas, aspectos de flexibilidade e/ou compatibilidade (BORGES

et al, 2018). A seguir um modelo de nuvem comunidade:

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Figura 8: Modelo de Nuvem Comunidade Fonte: Borges et al (2018)

Uma das organizações pertencentes “a comunidade é

responsabilizada pela administração da nuvem” (BORGES et al, 2018, p. 13).

2.1.4. Nuvem Híbrida

Neste modelo a infraestrutura geral se compõe por pelo menos duas

nuvens, que acabam preservando as características originais do seu modelo,

entretanto, estão interligadas por uma tecnologia que possibilita a portabilidade

de informações e de aplicações (BORGES et al, 2018). A seguir um modelo de

nuvem híbrida:

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Figura 4: Modelo Nuvem Híbrida Fonte: Borges et al (2018)

De acordo com Sotomayor et al (2009 apud CHAVES; URIARTE;

WESTPHALL, 2010, p. 33), uma nuvem privada pode dar suporte a uma

nuvem híbrida por meio da complementação da “capacidade da infraestrutura

local com a capacidade computacional de uma nuvem pública. A nuvem

privada/híbrida também pode permitir acesso remoto através de interfaces

remotas, como a de Web Services que a Amazon EC2 utiliza”.

2.2. Sistemas atuais baseados em computação em nuvem

Existem diversas abordagens de computação em nuvem e diferentes

modelos de implantação, entretanto, os mais significativos são:

Google Chrome OS: desenvolvido pela Google, virá com os

Chromebooks, sendo que trabalha com uma interface

semelhante ao do Google Chrome, onde todas as aplicações

ou arquivos são salvos na nuvem e sincronizados com sua

conta do Google, sem necessidade de salvá-los no

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computador, já que o HD dos dois modelos de Chromebooks

anunciados contam com apenas 16gb de

Joli Os: desenvolvido por Tariq Krim, o ambiente de trabalho

chamado jolicloud usa tanto aplicativos em nuvem quanto

aplicativos off-line, sendo baseado no ubuntu notebook remix,

já tem suporte a vários navegadores como Google Chrome,

Safari, Firefox, e está sendo desenvolvido para funcionar no

android.

YouOS: desenvolvido pela empresa WebShaka, cria um

ambiente de trabalho inspirado nos sistemas operacionais

modernos e usa a linguagem Javascript para executar as

operações. Possui um recurso semelhante à hibernação no

MS-Windows XP, onde o usuário pode salvar a área de

trabalho com a configuração corrente, sair do sistema e

recuperar a mesma configuração posteriormente. Também

permite o compartilhamento de arquivos entre os usuários.

Possui uma API para o desenvolvimento de novos aplicativos,

sendo que existe uma lista de mais de 700 programas

disponíveis.

DesktopTwo: desenvolvido pela empresa Sapotek, tem como

pré-requisito a presença do utilitário Flash Player para ser

utilizado. Provê todos os serviços necessários aos usuários,

tornando a Internet o principal ambiente de trabalho. Utiliza a

linguagem PHP como base para os aplicativos disponíveis e

possui uma API chamada Sapodesk, para o desenvolvimento

de novos aplicativos.

G.host: Significa “Global Hosted Operating SysTem” (Sistema

Operacional Disponível Globalmente), tendo como diferencial

a possibilidade de integração com outros serviços como:

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Google Docs, Meebo, ThinkFree, entre outros, como também

oferece suporte a vários idiomas.

EyeOS: Está sendo desenvolvido por uma comunidade

denominada EyeOS Team e possui o código fonte aberto ao

público. O objetivo dos desenvolvedores é criar um ambiente

com maior compatibilidade com os aplicativos atuais, MS-

Office e OpenOffice. Possui um abrangente conjunto de

aplicativos, e o seu desenvolvimento é feito principalmente

com o uso da linguagem PHP.

Icloud: Lançado pela Apple em 2011, armazena até 5 GB de

fotos, músicas, documentos, livros e contatos gratuitamente,

tendo a possibilidade de adquirir mais espaço em disco

(pago).

UbuntuOne UbuntuOne: é o nome da suíte que a Canonical

(Mantenedora da distribuição Linux Ubuntu) usa para seus

serviços online. Com o UbuntuOne é possível fazer backups,

armazenamento, sincronização e compartilhamento de

arquivos e vários outros serviços que a Canonical adiciona

para oferecer mais opções e conforto para os usuários.

IBM Smart Business: Sistema da IBM onde engloba um

conjunto de serviços e produtos integrados em nuvem

voltados para a empresa. Seu portfólio incorpora sofisticada

tecnologia de automação e autosserviço para tarefas tão

diversas como desenvolvimento e teste de software,

gerenciamento de computadores e dispositivos, e

colaboração. Inclui o Servidor IBM CloudBurst server (US)

com armazenamento, virtualização, redes integradas e

sistemas de gerenciamento de serviço embutidos.

OwnCloud: é fácil de instalar e simples de usar. O acesso aos

dados se dá por meio de uma interface web ou através do

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protocolo WebDAV. Para os que possuem mais conhecimento

técnico, as funcionalidades podem ser expandidas através de

uma API simples, porém poderosa para o desenvolvimento de

aplicativos e plugins que funcionam com qualquer servidor de

armazenamento (storage). Estão disponíveis clientes para os

sistemas MS-Windows, OS X, Linux, iOS e Android.

A seguir é mostrada uma figura sobre os modelos para armazenar e

disponibilizar informações:

Figura 5: Modelos para armazenar e disponibilizar informações Fonte: Guedes et al (2014).

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Guedes et al (2014, p. 11) ainda informam que “as redes sociais

podem ser consideradas aplicações com Computação em Nuvem embarcada,

pois elas permitem ao usuário hospedar arquivos associados ao seu perfil, tais

como fotos e vídeos”.

CAPÍTULO III

SEGURANÇA EM NUVEM

De acordo com Gonzales et al (2013), as ameaças de segurança são

próprias do ambiente online, mesmo que não se tenha adotado o modelo de

computação em nuvem. Desta forma, a gestão de segurança é primordial.

Conforme Castro e Silva (2017), é importante criar planos de

contingência e Acordo de Níveis de Serviço (ANS) para garantir confiabilidade

e a certeza de que os Negócios não irão sofrer algum revés em caso de um

incidente. Desta forma, os riscos inerentes à segurança e privacidade das

informações na Nuvem, como também com a portabilidade dos dados é tido

como de alta criticidade. Ainda, se as informações críticas das empresas estão

em mãos de outras pessoas poderá refletir menor garantia do cumprimento das

leis.

As implicações legais de dados e aplicações sendo mantidos por terceiros não são bem compreendidas e por vezes se torna algo complexo. Um risco quando dados são manipulados por terceiros é a falta de controle e a transparência. Uma das tendências da nuvem é permitir implementações de forma independente, mas isso vai contra conformidades regulamentares da cloud, que requerem transparência. Basicamente isso quer dizer que a mesma transparência que facilita algumas coisas para os desenvolvedores, também os impede de ter um maior controle sobre seus dados. Com esses alertas, alguns provedores de Cloud estão começando a criar mais nuvens privadas a fim de evitar esses problemas e continuar usufruindo alguns dos benefícios da cloud (ZANUTO, 2017, p. 3).

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Como nos provedores de Computação na Nuvem, os serviços prestados

são diversos, como e-mails, aplicativos personalizados, armazenamento de

dados e gestão de infraestrutura, tem-se que são concentrações maciças de

dados e de recursos, podendo ser visto como alvo propício a ataques por

potenciais invasores, fazendo com que possa afetar os pilares de segurança da

informação e, consequentemente, comprometendo toda a nuvem. Assim, a

garantia de cumprimento dos princípios de segurança se relaciona com o

modelo de implantação contratado pela empresa (CASTRO; SILVA, 2017).

Na figura a seguir é possível verificar que mesmo em serviços tipo Saas,

existe a responsabilidade compartilhada entre o usuário e o provedor:

Figura 6: Responsabilidade compartilhada entre o usuário e o provedor Fonte: Gonzales et al (2013).

Como se nota, existe um compartilhamento de responsabilidade

entre o usuário e provedor, e, portanto, os princípios de segurança em um

modelo de Nuvem devem ser cumpridos. Estes princípios, segundo Menegatti

(2012), em um modelo de Nuvem Pública, por exemplo, envolvem “Integridade,

Confidencialidade; Disponibilidade, Autenticidade, Não-repúdio”, conforme

quadro a seguir:

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Quadro 1: Princípios de segurança em um modelo de Nuvem Pública Fonte: Castro e Sousa (2017, p. 3).

Na Nuvem Privada o nível de segurança precisa ser muito maior,

pois está dentro do firewall e existe maior controle e estrita aderência às

restrições regulatórias. Algumas soluções simples podem auxiliar a segurança

em Cloud Computing, como

Utilização de Senhas Fortes, Token (Dispositivo eletrônico gerador de senhas – Utilizado em Sites de Banco), Cartão de segurança (Ao realizar alguma operação de acesso, um dos códigos do cartão será solicitado aleatoriamente) e biometria (Marca algum traço da pessoa). Lembrando esse são soluções simples que em alguns casos não irão funcionar

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corretamente, como por exemplo, o caso do Token que não funcionaria em celulares (MENEGATTI, 2012, pp. 5-6).

É importante a avaliação de riscos e esta aumenta conforme a

movimentação da nuvem. Ou seja, se existe uma movimentação de

consumidores de Laas para Paas, os modelos de serviço de construção de um

sobre o outro acaba resultando em um risco cumulativo. O provedor da nuvem

sempre assume o controle mais direto e, com isso, existe um maior risco de

segurança para o consumidor da nuvem (CASTRO; SOUSA, 2017)., A seguir é

mostrado um quadro sobre os riscos que são inerentes dos modelos de serviço

na nuvem:

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Quadro 2: Riscos inerentes dos modelos de serviços na nuvem. Fonte: Castro e Sousa (2013)

De acordo com o estudo de Castro e Sousa (2013), a solução dos

problemas de segurança que são encontrados rotineiramente em computação

em nuvem, são apresentados na figura a seguir:

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Figura 12: Solução para os problemas de segurança em computação em nuvem Fonte: Castro e Sousa (2013).

Pode-se verificar que a conformidade dos serviços foi a que teve

maior porcentagem, assim como a legislação. A seguir, cita-se a auditoria e o

controle de dados, com 8%, seguida por níveis de serviço - SLA e privilégio do

provedor, com 7%. Isso mostra uma grande base de conhecimento sobre estas

soluções de segurança. Algumas áreas técnicas, como isolamento de dados e

recursos, vulnerabilidade de aplicações de virtualização e controles de

segurança, precisam de mais atenção para que os problemas sejam resolvidos

de forma adequada (CASTRO; SOUSA, 2013).

Deacordo com a Computerword (2018), o mercado mundial de

serviços em nuvem pública deverá crescer em 2018 em torno de 21 %. O

segmento de maior crescimento neste mercado é o de serviços de

infraestrutura de sistemas em nuvem – IaaS, que deverá crescer 35,9% e

alcançar 40,8 bilhões, conforme quadro a seguir:

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Quadro 3: Previsão de receita de serviço de nuvem pública mundial (bilhões de US$) Fonte: Computerword (2018).

Apesar de permitir eficiências e benefícios de custo, as empresas

devem ser cautelosas com os provedores de Iaas, já que ganham influência

descontrolada sobre os clientes e o mercado. As tendências de adoção do

multicloud farão com que as organizações exijam cada vez mais uma forma

simples de mover cargas de trabalho, aplicativos e dados em nuvem, ofertas de

IaaS dos provedores sem penalidade (COMPUTERWORD, 2018).

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CONCLUSÃO

A tecnologia da informação vem se tornando cada dia mais flexível,

com o desenvolvimento de mecanismos que garantam a mobilidade de fatores,

bem como fluxos de informação, porém com a observação da vulnerabilidade

humana quanto à questão de segurança da informação, o que assevera certa

ameaça à qualidade de aplicação de serviços.

As ferramentas estudadas foram a implementação de modelos e o

desenvolvimento de aplicativos, que podem ser benéficos para as

organizações. Além disso, o modelo PaaS é uma plataforma de

desenvolvimento e teste de aplicações.

Foi verificado que a computação em nuvem é uma estratégia que

encurta o caminho para a Era Digital de transformação digital dos negócios,

digitação de processos e criação de serviços e produtos, o que leva a uma

melhora na experiência do consumidor, trazendo redução de custos e ganhos

na eficiência operacional das organizações. Assim, com a computação em

nuvem as organizações se utilizam da transformação digital para terem como

liberar aplicativos de forma mais rápida, assim como armazenar grandes

volumes para análises em tempo real, tudo com fornecimento de segurança de

dados e proteção no modelo de serviços.

Deste modo, considera-se que é um processo que se encontra

em constante mutação, pois, a cada novo investimento as organizações devem

tornar os resultados concretos, expressando-os em patamares de segurança

de tecnologia da informação.

A computação em nuvem oferece muitos riscos que precisam ser

avaliados para cada ativo que se deseja colocar na nuvem, fazendo uma

relação de riscos e benefícios de tal migração.

Os provedores de serviços nuvem sempre estão à procura de

soluções dos problemas de segurança e que minimizem as preocupações em

relação à nuvem.

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Portanto, a implantação de padrões e o amadurecimento dos

provedores se tornam necessários para que seja contundente a utilização da TI

na computação em nuvem, de forma que ofereça, efetivamente, ferramentas

para integração total entre todos os elos da tecnologia da informação, tais

como, hardware, software, pessoas e negócios, bem como, confiabilidade,

integridade e disponibilidade, para que sejam mantidos os critérios básicos de

segurança da informação.

Por fim, analisa-se que a computação na nuvem se define como o

aprovisionamento de recursos computacionais e de armazenamento como um

serviço que pode ser medido. E, desta forma, tal conceito de computação na

nuvem vem crescendo e se popularizando no que se refere às empresas

implementarem tal modelo, com o objetivo de prover servidores virtuais em que

departamentos de TI e usuários podem requerer acesso sob demanda e

maximização de produtividade e lucratividade.

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