monografia - computação em nuvem

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14 INTRODUÇÃO Na atualidade compendiar custos virou um objetivo constante na maioria das organizações, principalmente nas pequenas e médias empresas, onde a sobrevivência das organizações está relacionada, mais do que nunca, à sua capacidade de captar, absorver e responder as demandas requeridas pelo ambiente. A tecnologia da informação, desde que necessária, pode se tornar grande aliada para empresas de médio e pequeno porte. Através dela, empresas focam mais tempo em estratégias que irão aperfeiçoar os negócios, evitam erros, diminuir custos, padronizar processos, compilar dados em uma única fonte, agilizam trocas de informação (disponibilizando as informações adequadas no momento certo para as pessoas que precisam dela), e entre outros. Sendo a tecnologia um dos principais instrumentos de que dispõem as empresas para alcançar competitividade, consequentemente, acadêmicos, fabricantes de equipamentos e desenvolvedores de sistemas têm investido em diversas soluções para simplificar o acesso a informação pela Internet e colocaram seu foco para suprir esta demanda, justificando assim, o crescente aumento do interesse pela adoção da computação em nuvem, mais especificamente software como serviços . Em geral, quando arrostada como um serviço compartilhado a computação se torna mais barata, nesse caso, uma alternativa atual é a adoção da computação em nuvens, um novo conceito na área de TI que consiste em compartilhar recursos computacionais através da interligação de sistemas ao invés de possuir este recurso localmente dentro da empresa. Esta premissa tem sido discutida durante muito tempo, mas, até o momento, o modelo centrado no usuário, com máquinas e aplicações individuais, tem sido dominante. Na computação em nuvem, os recursos de TI são fornecidos como um serviço, permitindo aos usuários acessarem os serviços sem a necessidade de conhecimento sobre a tecnologia utilizada. Assim, os usuários e empresas passaram a acessar os serviços sob demanda e independente de localização, o que aumentou a quantidade de serviços disponíveis. O uso desses serviços é, então, cobrado de acordo com as diferentes políticas de tarifação para o usuário final.

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Page 1: Monografia - Computação em Nuvem

14

INTRODUÇÃO

Na atualidade compendiar custos virou um objetivo constante na maioria das

organizações, principalmente nas pequenas e médias empresas, onde a

sobrevivência das organizações está relacionada, mais do que nunca, à sua

capacidade de captar, absorver e responder as demandas requeridas pelo ambiente.

A tecnologia da informação, desde que necessária, pode se tornar grande

aliada para empresas de médio e pequeno porte. Através dela, empresas focam

mais tempo em estratégias que irão aperfeiçoar os negócios, evitam erros, diminuir

custos, padronizar processos, compilar dados em uma única fonte, agilizam trocas

de informação (disponibilizando as informações adequadas no momento certo para

as pessoas que precisam dela), e entre outros.

Sendo a tecnologia um dos principais instrumentos de que dispõem as

empresas para alcançar competitividade, consequentemente, acadêmicos,

fabricantes de equipamentos e desenvolvedores de sistemas têm investido em

diversas soluções para simplificar o acesso a informação pela Internet e colocaram

seu foco para suprir esta demanda, justificando assim, o crescente aumento do

interesse pela adoção da computação em nuvem, mais especificamente software

como serviços

. Em geral, quando arrostada como um serviço compartilhado a computação

se torna mais barata, nesse caso, uma alternativa atual é a adoção da computação

em nuvens, um novo conceito na área de TI que consiste em compartilhar recursos

computacionais através da interligação de sistemas ao invés de possuir este recurso

localmente dentro da empresa. Esta premissa tem sido discutida durante muito

tempo, mas, até o momento, o modelo centrado no usuário, com máquinas e

aplicações individuais, tem sido dominante.

Na computação em nuvem, os recursos de TI são fornecidos como um

serviço, permitindo aos usuários acessarem os serviços sem a necessidade de

conhecimento sobre a tecnologia utilizada. Assim, os usuários e empresas passaram

a acessar os serviços sob demanda e independente de localização, o que aumentou

a quantidade de serviços disponíveis. O uso desses serviços é, então, cobrado de

acordo com as diferentes políticas de tarifação para o usuário final.

Page 2: Monografia - Computação em Nuvem

15

O objetivo geral desta pesquisa acadêmico foi o de identificar elementos que

possam contribuir com o processo de gestão da tecnologia da informação nas

pequenas e médias empresas do Brasil, bem como os desafios e oportunidades

desta adoção, apontando as vantagens e desvantagens do software como serviços

nas organizações.

No Capítulo 1, o objetivo do presente estudo de caráter descritivo, foi

identificar uma visão geral sobre a computação em nuvem, bem como, conceitos,

características, modelos de implantação, modelos de serviços e desafios.

No Capítulo 2, apresento uma visão geral sobre o crescimento da

infraestrutura de TI implantada na pequena e média empresa.

No Capítulo 3, apresento os desafios que a pequena e média empresa

enfrenta ao adotar software como serviço, é descrito também as oportunidades que

este modelo oferece, e por fim as vantagens e desvantagens.

Finalmente, nas considerações finais, apresento o resultado da que cheguei

por meio da pesquisa realizada, fazendo ainda sugestões para futuras pesquisas

que se voltem para as mesmas questões aqui enfocadas.

Page 3: Monografia - Computação em Nuvem

16

1 COMPUTAÇÃO EM NUVEM

1.1 Definição

O termo computação em nuvem é uma tendência nova no mercado de TI

(tecnologia da informação) e é fruto da competitividade acirrada, que se faz

necessário para criar novas soluções e tecnologias.

A computação em nuvem tornou-se presente no vocabulário do mercado de

tecnologia da informação a partir do ano de 2008. Refere-se basicamente, na idéia

de utilizar aplicativos e ferramentas de qualquer parte do mundo precisando somente

da internet. Este termo surgiu pelo fato de a computação estar mudando de rumo

Para Buyya et al (2009) a computação em nuvem está se tornando uma das

palavras chaves da indústria de TI. A nuvem é uma metáfora para a Internet ou

infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais, baseada em uma

abstração que oculta à complexidade de infraestrutura.

Cada parte desta infraestrutura é provida como um serviço e, estes são

normalmente alocados em centros de dados, utilizando hardware1 compartilhado

para computação e armazenamento.

Para Taurion (2009) computação em nuvem é uma tendência recente de

tecnologia que tem por objetivo proporcionar serviços de TI sob demanda com

pagamento baseado no uso.

Complementando Taurion (2009):

Para entendermos o modelo computacional de computação em nuvens

precisamos compreender quais são os seus desafios tecnológicos. Uma

primeira analise, nos mostra que a Computação em nuvem é um somatório

da evolução de diversas tecnologias, como o grid computing2,

processamento paralelo, autonomic computing3, virtualização, browsers

4 e

outras.

1 Hardware pode ser definido como um termo geral para equipamentos como chaves, fechaduras, dobradiças,

trincos, puxadores, fios, correntes, material de canalização, ferramentas, utensílios, talheres e peças de máquinas. 2 Grid Computing é um modelo computacional capaz de alcançar uma alta taxa de processamento dividindo as

tarefas entre diversas máquinas.

3 Autonomic Computing é uma área da computação, resultado de uma iniciativa da IBM de 2001, cujo objetivo

é o desenvolvimento de sistemas computacionais capazes de auto-gerenciamento e adaptação a mudanças

Page 4: Monografia - Computação em Nuvem

17

É a idéia de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, os

mais variados tipos de aplicações através da internet com a mesma facilidade de tê-

las instaladas em nossos próprios computadores. A maioria das pessoas

desconhece o termo computação em nuvem, porem um algum momento de sua vida

já deva ter utilizado algum aplicativo e ou serviço na nuvem.

Segundo Veras (2012):

O que seria o CLOUD COMPUTING5? Na verdade o conceito ainda se

aprimora. A ideia inicial da CLOUD COMPUTING foi processar as

aplicações e armazenar os dados fora do ambiente corporativo, dentro da

grande rede, em estruturas conhecidas como DATA CENTERS 6 otimizando

o uso dos recursos. DATA CENTERS, em resumo, processam aplicações e

armazenam os dados de organizações.

Segundo Taurion (2009) existem varias definições sobre o que significa

computação em nuvem, porem todas elas levam ao mesmo conceito: trata-se de um

padrão de computação no qual, aplicativos, dados e recursos de TI são entregues

aos usuários como serviço, através da internet e cobrados de acordo com o uso. Na

figura 1 podemos ter uma visão geral de uma nuvem computacional.

De acordo com Taurion (2009) o termo computação em nuvem surgiu em

2006, em uma palestra do CEO da Google, Eric Schmidt, sobre como sua empresa

gerenciava seus data centers e a computação em nuvem surge da necessidade de

construir infraestruturas de TI complexas.

Para Alecrim (2008):

Computação em nuvem se refere, essencialmente, à idéia de utilizarmos,

em qualquer lugar e independente da plataforma, as mais variadas

aplicações através da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas

em nossos próprios computadores.

imprevisíveis, permitindo a expansão de sistemas computacionais complexos e uma melhor utilização dos

recursos computacionais. 4 Browser é um programa de computador que habilita seus usuários a interagirem com documentos virtuais da

Internet. 5 Computação em Nuvem.

6Data Center é um Centro de Processamento de Dados.

Page 5: Monografia - Computação em Nuvem

18

Na figura 1 define uma visão geral de uma nuvem computacional.

Figura 1 – Visão geral de uma nuvem computacional. Fonte: Taurion (2009)

Para Taurion (2009) a computação em nuvem é um termo para descrever um

ambiente de computação baseado em uma imensa rede de servidores, sejam estes

virtuais ou físicos.

Complementando Taurion (2009):

Computação em nuvem é, portanto, uma maneira eficiente de maximizar e flexibilizar os recursos computacionais. Alem disto, uma nuvem computacional é um ambiente redundante e resiliente por natureza. Resiliente pode ser definido como a capacidade de um sistema de informação continuar a funcionar corretamente, apesar do mau funcionamento de um ou mais dos seus componentes.

De acordo com Bechtolsheim (2008) o modelo de computação em nuvem é a

quinta geração da computação, depois do mainframe7, PC (Personal Computer8),

modelo cliente-servidor e internet.

7 Mainframe é um computador de grande porte, dedicado normalmente ao processamento de um volume grande

de informações. 8 Personal Computer é um computador de pequeno porte e baixo custo, que se destina ao uso pessoal ou por um

pequeno grupo de indivíduos.

Page 6: Monografia - Computação em Nuvem

19

Trata-se de uma evolução do modelo cliente-servidor, diferindo na distribuição

do processamento, o qual é em grande parte centralizado no servidor remoto,

cabendo ao terminal cliente efetuar pequenas tarefas de processamento locais.

De acordo com Brantner et al (2008) a computação em nuvem é uma

evolução dos serviços e produtos de tecnologia da informação sob demanda,

também chamada de utility computing9.

O objetivo da utility computing. é fornecer aos usuários e empresas

componentes básicos como armazenamento, processamento e largura de banda de

uma rede como uma “mercadoria” através de provedores espalhados pelo mundo

todo, especializados nesta tecnologia e um baixo custo por unidade utilizada.

Para Brantner et al (2008) usuários de serviços baseados em utility computing

não precisam se preocupar com escalabilidade, ou seja, com o “tamanho da nuvem”,

pois a capacidade de armazenamento fornecida é de acordo com a necessidade do

cliente e é praticamente infinita. Através deste modelo o usuário poderá acessar

aplicações de negócio online, a partir de qualquer dispositivo virtualmente

disponível, mediante um pagamento por uso.

Segundo Brantner et al (2008):

A Utility Computing propõe fornecer disponibilidade total, isto é, os usuários

podem ler e gravar dados a qualquer tempo, sem nunca serem bloqueados;

os tempos de resposta são quase constantes e não dependem do número

de usuários simultâneos, do tamanho do banco de dados ou de qualquer

parâmetro do sistema.

Os usuários não precisam se preocupar com backups10, pois se os

componentes falharem, o provedor é responsável por substituí-los e tornar os dados

disponíveis em tempo hábil por meio de réplicas.

Para Brantner et al (2008) dependendo do modelo do negócio, é possível que

o provedor de serviços repasse o custo de armazenagem, computação e de rede

para os usuários finais, já que é realizada a contabilização do uso.

9 Utility Computing são produtos de tecnologia da informação sob demanda.

10 Backup é a cópia de dados de um dispositivo de armazenamento a outro para que possam ser restaurados em

caso da perda dos dados originais, o que pode envolver apagamentos acidentais ou corrupção de dados.

Page 7: Monografia - Computação em Nuvem

20

Uma razão importante para a construção de novos serviços baseados em

utility computing é que provedores de serviços que utilizam serviços de terceiros

pagam apenas pelos recursos que recebem, ou seja, pagam pelo uso. Não são

necessários investimentos iniciais em TI e o custo cresce de forma linear e previsível

com o uso.

De acordo com Veras (2012) a proposta da computação em nuvem é de

alguma maneira melhorar o uso dos recursos e tornar a operação de TI mais

econômica, claro que só pensar em data centers não é suficiente para garantir esta

melhoria.

1.2 Características

Segundo Taurion (2009) podemos destacar as principais características da

computação em nuvem: - ela cria uma ilusão recursos infinita, com ela os recursos

não são provisionados e nem adquiridos com antecedência; - ela oferece

elasticidade possibilitando que as organizações usem os recursos de acordo com

suas necessidades; - o custo dos serviços em nuvem é medido pela quantidade de

recursos utilizados.

Segundo o site do Olhar Digital11 ao utilizar a computação em nuvem obtemos

vários benefícios, entre eles, podemos destacar: redução de custos; elasticidade;

agilidade; simplificação na gestão de TI; facilidade de acesso remoto e economia de

energia.

Complementando, o site do Olhar Digital:

De qualquer forma, Pedro Bicudo, sócio-diretor da consultoria TGT Consult, considera que as empresas não podem ignorar a importância de analisar a adoção de serviços nas nuvens, principalmente, porque isso pode torná-las mais competitivas no mercado, graças à redução dos custos de TI e à agilidade de implementação de novos produtos e soluções no mercado.

De acordo com Veras (2012):

11

http://www.olhardigital.uol.com.br

Page 8: Monografia - Computação em Nuvem

21

CLOUD COMPUTING pode ser definido de varias formas. Apresentam aqui os conceitos mais bem aceitos e que possuem aplicabilidade. CLOUD

COMPUTING é um conjunto de recursos virtuais facilmente utilizáveis e acessíveis, tais como, hardware, software12, plataformas de desenvolvimento e serviços. Estes recursos podem ser dinamicamente reconfigurados para ajustarem uma carga de trabalho (WORKLOAD13) variável, permitindo a otimização do seu uso. Este conjunto de recursos é tipicamente explorado através de um modelo pague-pelo-uso, com garantias oferecidas pelo provedor através de acordos de níveis de serviços.

Complementando Veras (2012):

CLOUD COMPUTING é substituir ativos de TI que precisam ser gerenciados internamente por funcionalidades e serviços do tipo pague-

conforme-crescer a preços de mercado. Estas funcionalidades e serviços são desenvolvidas utilizando novas tecnologias como VIRTUALIZAÇÃO, arquiteturas de aplicação e infraestrutura orientadas a serviços e tecnologias e protocolos baseados na internet como meio de reduzir os custos do hardware e software usados para processamento, armazenamento e rede.

Segundo NIST (2011) as características essenciais são as vantagens que as

soluções de computação em nuvem vêm a oferecem. Em conjunto, algumas dessas

características definem a computação em nuvem e faz a distinção com outros

paradigmas, entre elas destacamos: Self-service sob demanda onde o usuário pode

adquirir unilateralmente recurso computacional. Dentro de uma nuvem, o hardware e

o Software podem ser automaticamente reconfigurados e estas modificações são

apresentadas de forma transparente para os usuários, que possuem perfis diferentes

e assim podem personalizar os seus ambientes computacionais.

Outra vantagem é o amplo acesso a rede – onde recursos estão disponíveis

através da rede e acessados por meio de mecanismos que promovam o padrão

utilizado por plataformas heterogêneas (por exemplo, telefones celulares, laptops e

tablets14).

Segundo NIST (2011) com isto a interface de acesso à nuvem não obriga os

usuários a mudarem suas linguagens de programação e sistema operacional, já que

12

Software é um programa de computador é composto por uma sequência de instruções, que é interpretada e

executada por um processador ou por uma máquina virtual. 13

Workload, em computação, é o envio de trabalhos a serem processados em um ambiente computacional na

nuvem de processamento, ou seja, o trabalho a ser desenvolvido será realizado nos processadores na internet e o

trabalho pronto direcionado ao dispositivo de saída do solicitante. 14

Tablets é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para uso pessoal.

Page 9: Monografia - Computação em Nuvem

22

em um cenário com os softwares clientes instalados localmente para o acesso à

nuvem são leves, como um navegador de Internet.

Na figura 2 (A) ilustra a situação comum, onde a capacidade está sempre

sobrando e a figura 2 (B), ilustra a situação ideal onde a capacidade do sistema

acompanha a demanda, promovendo assim uma otimização do uso dos recursos.

Figura 2 – Mudança com computação em nuvem.

Fonte: Veras (2012).

Segundo Taurion (2009) o principal ponto de benefício tanto comercial como

social está na capacidade da computação em nuvens em compartilhar o

conhecimento, sem desgastá-lo, e o combinando com outros conhecimentos,

promovendo assim o crescimento da capacidade de criação.

Para Saraceni et al (2011):

Também não há necessidade de um administrador para atualizar ou

reinstalar o produto individualmente, pois neste modelo os aplicativos

podem ser atualizados remotamente sem nenhuma relação com o usuário.

Pode-se utilizar como exemplo a necessidade de se atualizar a versão do

Microsoft Word15: no modelo em nuvem, o usuário não terá que se

15

Microsoft Word é um processador de texto produzido pela Microsoft.

Page 10: Monografia - Computação em Nuvem

23

preocupar com isso porque a versão seria atualizada de modo remoto

ficando disponível sempre atualizada para utilização.

Segundo NIST (2011) o Pooling16 de recursos é outra vantagem – os

provedores de recursos de computação são agrupados para atender vários

consumidores através de um modelo com diferentes recursos físicos e virtuais

atribuídos dinamicamente e novamente de acordo com a demanda do consumidor.

Exemplos de recursos incluem o armazenamento, processamento, memória, largura

de banda de rede e máquinas virtuais.

A elasticidade rápida também é considerada uma vantagem – recursos

podem ser adquiridos de forma rápida e elástica, em alguns casos até mesmo

automaticamente, caso haja a necessidade de escalar com o aumento da demanda,

e liberados, na retração dessa demanda. Para os usuários, os recursos disponíveis

para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em qualquer quantidade e a

qualquer momento.

De acordo com NIST (2011) descreve que a ultima vantagem seria o serviço

medido, onde sistemas em nuvem automaticamente controlam e otimizam a

utilização dos recursos, alavancando a capacidade de medição em algum nível de

abstração adequado para o tipo de serviço, por exemplo, armazenamento,

processamento, largura de banda, e contas de usuários ativos.

Pode-se também monitorar e controlar o uso de recursos, garantindo a

transparência para o provedor e o usuário do serviço utilizado. Utiliza-se a

abordagem baseada em nível de serviço SLA17 para garantir a qualidade de serviço.

Complementando NIST (2011) o SLA fornece informações sobre os níveis de

disponibilidade, funcionalidade, desempenho ou outros atributos do serviço como o

faturamento e até mesmo penalidades em caso de violação destes níveis.

A figura 3 resume as características essenciais da nuvem definidas pelo

NIST.

16

Agrupamento. 17

SLA é um Acordo preparado e traduzido para um documento de contrato assinado entre o cliente e o

fornecedor de um serviço que estabelece as condições e obrigações entre as partes.

Page 11: Monografia - Computação em Nuvem

24

Figura 3 – Características da computação em nuvem. Fonte: NIST (2012).

Segundo Taurion (2009) a computação em nuvem tem algumas

características próprias, que definem o seu conjunto de tecnologias.

Para Taurion (2009):

Essas características são: A abstração da infraestrutura e a distribuição geográfica dos sistemas, exigindo recursos administrativos e gerenciais que permitem autonomia de gestão entre os diversos sites; A heterogeneidade dos sistemas, uma vez que não se pode exigir que os sistemas que constituem uma nuvem sejam da mesma tecnologia; Escalabilidade, que permite que a nuvem seja dinâmica, crescendo a medida que mais sistemas se incorporem aos anteriores; Adaptabilidade, com a nuvem buscando se autorreconfigurar sempre que um determinado nó se torna indisponível. O fundamento básico da Computação em Nuvem é a virtualização dos recursos computacionais.

Geralmente visualizamos estas tecnologias em camadas e estas por sua vez

um conjunto de tecnologias especificas.

Complementando Taurion (2009):

Em primeiro lugar encontram-se os recursos computacionais, que é a

camada mais baixa, composta por servidores, computadores e seus

Page 12: Monografia - Computação em Nuvem

25

sistemas operacionais, a camada middleware18, que oferece serviços de

gestão de recursos, a seguir encontra-se a camada de serviços e por ultimo

temos a camada de aplicação onde estão os portais de acesso e os

programas que exploram a potencialidade das nuvens.

De acordo com Miller (2008) o Google, a organização pioneira na

disponibilização de serviços em computação em nuvens, elenca as principais

propriedades do modelo. A primeira propriedade do modelo é a orientação ao

usuário – uma vez que o usuário está conectado à nuvem, qualquer documento

armazenado – arquivos de texto, planilhas, apresentações, mensagens, imagens,

aplicações – torna-se propriedade do usuário.

A segunda propriedade do modelo de computação em nuvens é a orientação

à tarefa – o foco está no que o usuário necessita realizar e em como a aplicação

pode auxiliá-lo, em vez de focar na aplicação e o que ela pode fazer.

Para Miller (2008) a terceira propriedade do modelo são as aplicações

tradicionais – editores de texto e planilhas de cálculo, e-mail19 entre outros – estão

tornando-se menos importantes que os documentos criados por elas.

Outra propriedade do modelo é a eficácia – o fato de se conectar centenas ou

milhares de computadores a uma nuvem cria uma riqueza de poder computacional

impossível de ser implementada com um único computador.

Ainda para Miller (2008) a quinta propriedade é a acessibilidade – o usuário

tem a possibilidade de instantaneamente buscar mais informações de diversos

repositórios uma vez que dados são armazenados diretamente nas nuvens. Não há

limitação a uma única fonte de dados, como em uma unidade individual de trabalho.

A Inteligência é a sexta propriedade do modelo de computação em nuvens.

Arquiteturas em nuvem facilitam estas tarefas, uma vez que todos os dados e

aplicações encontram-se centralizados. Com grandes montantes de informação

armazenados em servidores nas nuvens, a mineração e análise de dados são

técnicas necessárias para um aproveitamento mais inteligente da informação

acessível.

18

Middleware ou mediador, no campo da computação distribuída, é um programa de computador que faz a

mediação entre software e demais aplicações. 19

E-mail é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de

comunicação.

Page 13: Monografia - Computação em Nuvem

26

Complementando Miller (2008) a última propriedade do modelo é

programável, muitas tarefas do modelo em nuvem devem ser automatizadas. Por

exemplo, para proteger a integridade dos dados, as informações armazenadas em

um único computador na nuvem devem ser replicadas para outros computadores da

mesma nuvem.

Se este computador ficar indisponível, a programação da nuvem

automaticamente redistribui os dados daquele modo para outro – trata-se de

técnicas de tolerância a falhas.

A computação em nuvem torna possível a mudança de foco do computador

para o usuário, da aplicação para a tarefa e do isolamento de dados para dados

acessíveis em qualquer local e compartilhados com qualquer membro que possua

permissão.

1.3 Modelo de Implantação

Tratando-se do acesso e disponibilidade de ambientes de computação em

nuvem, têm-se diferentes tipos de modelos de implantação. A restrição ou abertura

de acesso depende do processo de negócio, do tipo de informação e do nível de

visão.

Para Mell and Grance (2009):

Tratando-se do acesso e disponibilidade de ambientes de computação em

nuvem, têm-se diferentes tipos de modelos de implantação. A restrição ou

abertura de acesso depende do processo de negócio, do tipo de informação

e do nível de visão. Pode-se perceber que certas empresas não desejam

que todos os usuários possam acessar e utilizar determinados recursos no

seu ambiente de computação em nuvem. Neste sentido, surge a

necessidade de ambientes mais restritos, onde somente alguns usuários

devidamente autorizados possam utilizar os serviços providos. Os modelos

de implantação da computação em nuvem podem ser divididos em nuvem

pública, privada e híbrida.

Page 14: Monografia - Computação em Nuvem

27

1.3.1 Nuvem privada

Segundo Taurion (2009) diante da necessidade de ter mais segurança às

empresas que querem adotar serviços em computação em nuvem é a nuvem

privada. Como o próprio nome indica, trata-se de um ambiente com todas as

características de computação em nuvem, mas com acesso restrito à uma

corporação ou grupo, sem compartilhar os recursos de TI com outras empresas.

As nuvens privadas, também chamadas nuvens empresariais, correspondem

ao uso do conceito de nuvem computacional localizados internamente ao firewall20.

Para serem consideradas nuvens privadas, o ambiente precisa se acessado fora da

internet, ou seja, ser instalado para dentro do firewall da companhia.

Segundo o NIST (2011) para esse modelo de implantação são empregados

políticas de acesso aos serviços. Gerenciamento de redes, configurações dos

provedores de serviços e a utilização de tecnologias de autenticação e autorização

são as principais características deste modelo.

Esta por sua vez, apesar dos benefícios de ser um ambiente mais controlado,

na maioria dos casos, exige um investimento maior em relação à nuvem pública,

pois esta última prevê que todos os recursos – e por consequência, os custos –

sejam compartilhados com diversos usuários.

1.3.2 Nuvem pública

Para Taurion (2009) as nuvens públicas podem oferecer as empresas um

acesso rápido a infraestruturas computacionais, com custos mínimos. Prosseguindo

com as vantagens, à nuvem pública além do custo, outra questão que tende a ser

favorável é a agilidade de implementação dos serviços, já que encontramos

soluções pré-empacotadas, que por outro lado pode ser um problema para quem

necessita de customizações.

1.3.3 Nuvem híbrida

Existe ainda, um terceiro formato conhecido como nuvem híbrida. Trata-se de

uma modalidade que mistura parte dos dois formatos descritos anteriormente, dos

20

Page 15: Monografia - Computação em Nuvem

28

recursos de TI em uma nuvem pública e os aplicativos ou infraestruturas mais

críticos em uma nuvem privada.

São poucas as empresas que a curto e médio prazo irão operar totalmente

nas nuvens. Irão operar em ambientes híbridos.

Podemos entender com ambientes híbridos, servidores de e-mail próprios no

data center, com e-mails nos escritórios regionais operados por serviços em nuvens

publicas.

Complementando Chirigati (2009):

As nuvens híbridas combinam os modelos das nuvens públicas e privadas,

elas permitem que uma nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a

partir de uma reserva de recursos em uma nuvem pública. Essa

característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que

haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. A conexão entre as

nuvens pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas

que são mais facilmente implementadas nas nuvens públicas, por exemplo.

O termo “computação em ondas” é, em geral, utilizado quando se refere às

nuvens híbridas.

1.3.4 Nuvem comunidade

Para Mell and Grance (2009) no modelo de implantação de nuvem

comunidade ocorre o compartilhamento por diversas empresas de uma nuvem,

sendo esta suportada por uma comunidade específica que partilhou seus interesses,

tais como a missão, os requisitos de segurança, política e considerações sobre

flexibilidade.

Este tipo de modelo de implantação pode existir localmente ou remotamente e

geralmente é administrado por alguma empresa da comunidade ou por terceiros.

1.4 Computação em Nuvem e seus papéis

Segundo Marinos e Briscoe (2009) diante na necessidade de ter mais

segurança às empresas que querem adotar serviços em computação em nuvem é a

nuvem privada. Como o próprio nome indica, trata-se de um ambiente com todas as

Page 16: Monografia - Computação em Nuvem

29

características de computação em nuvem, mas com acesso restrito a uma

corporação ou grupo, sem compartilhar os recursos de TI com outras empresas.

Os desenvolvedores utilizam os recursos fornecidos e disponibilizam serviços

para os usuários finais. Esta organização em papéis ajuda a definir os atores e os

seus diferentes interesses. O provedor é responsável por disponibilizar, gerenciar e

monitorar toda a estrutura para a solução de computação em nuvem, deixando o

desenvolvedor e o usuário final sem esse tipo de responsabilidade e fornecendo

serviços nos três modelos de serviços.

Para Marinos e Briscoe (2009) os atores podem assumir vários papéis ao

mesmo tempo de acordo com os interesses, sendo que apenas o provedor fornece

suporte a todos os modelos de serviços. Para entender melhor a computação em

nuvem, podem-se classificar os atores dos modelos de acordo com os papéis

desempenhados.

Os papéis são importantes para definir responsabilidades, acesso e perfil para

os diferentes usuários que estão envolvidos e fazem parte de uma solução de

computação em nuvem.

A Figura 4 destaca de forma clara estes papéis:

Figura 4 – Papéis na Computação em Nuvem.

Fonte: Marinos e Briscoe (2009).

Page 17: Monografia - Computação em Nuvem

30

Complementando Marinos e Briscoe (2009):

O provedor é responsável por disponibilizar, gerenciar e monitorar toda a

estrutura para a solução de computação em nuvem, deixando o

desenvolvedor e o usuário final sem esse tipo de responsabilidade e

fornecendo serviços nos três modelos de serviços. Os desenvolvedores

utilizam os recursos fornecidos e disponibilizam serviços para os usuários

finais. Esta organização em papéis ajuda a definir os atores e os seus

diferentes interesses. Os atores podem assumir vários papéis ao mesmo

tempo de acordo com os interesses, sendo que apenas o provedor fornece

suporte a todos os modelos de serviços.

1.5 Escalabilidade de nuvens

Segundo Chirigati (2009):

As aplicações desenvolvidas para uma nuvem precisam ser escaláveis, de

forma que os recursos utilizados possam ser ampliados ou reduzidos de

acordo com a demanda do cliente, por este motivo a escalabilidade é uma

característica fundamental na computação em nuvem.

De acordo com Chirigati (2009) diante deste cenário podemos imaginar a

computação em nuvens como uma enorme rede de nós que precisa ser escalável.

Porem para os usuários a escalabilidade deve ser transparente, ou seja, eles não

precisam saber onde estão armazenados os dados e de que forma eles serão

acessados.

Complementando Chirigati (2009):

A escalabilidade pode ser dividida em horizontal e vertical. Uma nuvem

escalável horizontalmente tem a capacidade de conectar e integrar múltiplas

nuvens para o trabalho como uma nuvem lógica. Uma nuvem escalável

verticalmente pode melhorar a própria capacidade, incrementando

individualmente seus nós existentes.

Page 18: Monografia - Computação em Nuvem

31

1.6 Arquitetura

Segundo Machado et al (2009) a arquitetura de computação em nuvem é

baseada em camadas, sendo que cada uma destas trata de uma particularidade na

disponibilização de recursos para as aplicações.

A mais baixa das camadas é a de infraestrutura através dela que os

prestadores de infraestrutura disponibilizam os serviços de rede e armazenamento

da nuvem. Nesta camada temos os data centers, clusters21, desktops22 e outros

recursos de hardware, podendo ter recursos heterogêneos.

De acordo com Machado et al (2009) a camada de plataforma esta acima da

camada de infraestrutura e provê os serviços para que as aplicações possam ser

desenvolvidas, implementadas, testadas e trazidas para o ambiente da nuvem pelos

prestadores de serviços. Nesta camada de desenvolvimento os usuários finais não

tem acesso, sendo ela destinada aos usuários mais experientes, ou seja, os

desenvolvedores das soluções para computação em nuvem.

Encontramos nestes ambientes interfaces mashups23, componentes, recursos

de programação concorrente e distribuída, suportes a workflows24, bibliotecas de

programação e linguagens de programação. Acima das duas camadas anteriores,

esta a camada de aplicação, que é a camada de interesse do usuário, pois é através

dela que eles utilizam os aplicativos. A figura 4 esboça as camadas da arquitetura de

computação em nuvem.

Figura 5 – Arquitetura de computação em nuvem.

Fonte: Marinos e Briscoe (2009). 21 Clusters ou aglomerado de computadores é formado por um conjunto de computadores. 22 Desktops são computadores de mesa. 23

Mashup é um site personalizado ou uma aplicação web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo 24

Fluxos de trabalho.

Page 19: Monografia - Computação em Nuvem

32

1.7 Exemplos

Segundo Taurion (2009) apesar de ser um modelo bem recente no mercado

de TI, o conceito de computação em nuvem já é comum em algumas das empresas

mais famosas da internet. Como principais fornecedores destes serviços, podemos

destacar as seguintes empresas e seus serviços já ofertados.

Google, pioneira na disponibilização serviços na camada de aplicação, a

empresa tem disponibilizado de forma gratuita ou paga, de acordo com a quantidade

de usuários.

Para Taurion (2009) entre estes podemos destacar alguns dos aplicativos que

fazem parte do pacote de serviços Google Docs25, onde o usuário pode encontrar

aplicativos de edição de textos, planilhas e apresentações, serviços de agenda,

como o Google Agenda, comunicador instantâneo, como o Google Talk. 26Estes

serviços são gerenciados pelos servidores da Google, sendo necessário que o

usuário tenha apenas acesso a internet e uma conta de usuário.

Amazon, tendo uma enorme capacidade de armazenamento e

processamento de dados, a empresa entrou no mercado oferecendo serviços como

o Simple Storage Solution-S327, para o armazenamento de dados, e o Elastic

Compute Cloud28, serviço que permite aos usuários alugarem computadores virtuais

para a execução de suas aplicações.

Ainda para Taurion (2009) a Microsoft disponibiliza o Live Mesh29, sua

proposta principal é a de permitir que o usuário acesse seu desktop de qualquer

computador, com a diferença que os arquivos estarão sendo armazenados dentro da

nuvem, ou seja, nos servidores da Microsoft.

Também podemos relacioná-las nesta nova modalidade de prestação de

serviços, através do conceito de computação em nuvem, algumas empresas

brasileiras como a Datasul e Aprex,

25

Google Docs é um serviço do Google para uso de domínios próprios em diversos produtos oferecidos pela

rede Google, onde o usuário pode encontrar aplicativos de edição de textos, planilhas e apresentações. 26

Google Talk é um serviço de mensagens instantâneas e de VoIP desenvolvido pela empresa Google 27

Amazon S3 é o armazenamento para a Internet. Ele foi desenvolvido para facilitar a web-escala de

computação para os desenvolvedores. 28

Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) é um serviço web que oferece capacidade computacional

redimensionável na nuvem. Ele é projetado para tornar web escala de computação mais fácil para os

desenvolvedores. 29

Live Mesh é o sistema de sincronização da Microsoft que permite que arquivos e pastas sejam compartilhadas

e sincronizadas em vários dispositivos.

Page 20: Monografia - Computação em Nuvem

33

De acordo com Taurion (2009) já a empresa brasileira SambaTech trafega

milhares de DVD’s por mês, mas não possui nenhum dos servidores de que precisa,

pois os sistemas funcionam através de equipamentos alugados nos Estados Unidos

(Nogueira e Pezzi, 2009).

A figura 6 demonstra as principais empresas que oferecem serviços de

computação em nuvens.

Figura 6 – Exemplos de Computação em Nuvem. Fonte: Meneses (2011).

Complementando Taurion (2009):

Outro exemplo, a Amazon que de forma pioneira, descobriu que poderia

ganhar dinheiro e vender sua infraestrutura desde o inicio e falando de

usuários domésticos tende a aumentar o uso, pois, não precisa se

preocupar com espaço em disco nem processamento, o PC pode ser

apenas um chip ligado em um monitor com um navegador para se conectar

a Internet.

Page 21: Monografia - Computação em Nuvem

34

1.8 Desafios da segurança

Segundo Taurion (2009) um dos assuntos muito discutido em computação em

nuvem é a segurança. Dois desafios devem ser perfeitamente endereçados em um

ambiente de computação em nuvem: a gestão da segurança e privacidade e a

gestão dos equipamentos móveis.

Complementando Taurion (2009):

A segurança em computação em nuvem começa no navegador que é o

ponto de entrada de acesso nas nuvens e pode estar rodando em desktops,

laptops30, netbooks

31 ou até mesmo em smartphones

32. Os procedimentos

de segurança em computação em nuvem serão muito diferentes dos usados

atualmente pelos firewalls.

Segundo Agrawal et al (2009) a computação em nuvem é um modelo que

utiliza a Internet para disponibilizar seus serviços. Isso se torna mais complexo visto

que os recursos computacionais utilizam diferentes domínios de redes, sistemas

operacionais, software, criptografia, políticas de segurança, entre outros.

De acordo com Agrawal et al (2009):

Questões de segurança devem ser consideradas para prover a

autenticidade, confidencialidade e integridade. No que diz respeito à

confiabilidade e responsabilidade, o provedor deve fornecer recursos

confiáveis, especialmente se a computação a ser realizada é crítica e deve

existir uma delimitação de responsabilidade entre o provedor e o usuário.

Dessa forma, devem-se ter meios para impedir o acesso não autorizado a

informações e que os dados sensíveis permaneçam privados, pois estes

podem ser processados fora das empresas.

30

Laptop no Brasil é chamado de notebook ou computador portátil leve, projetado para ser transportado e

utilizado em diferentes lugares com facilidade. 31

Netbook é um termo usado para descrever uma classe de computadores portáteis tipo subnotebook com

características típicas: peso reduzido, dimensão pequena ou média e baixo custo. 32

Smartphone (telefone inteligente, numa tradução livre do inglês) é um telemóvel com funcionalidades

avançadas que podem ser estendidas por meio de programas executados por seu sistema operacional.

Page 22: Monografia - Computação em Nuvem

35

Em Agrawal et al (2009) é apresentado uma abordagem segura e escalonável

para preservar a privacidade. É utilizada uma estratégia de distribuição dos dados

em vários sítios do provedor e técnicas para acessar as informações de forma

secreta e compartilhada em vez de utilizar a criptografia, que é computacionalmente

caro.

Para Cooper et al (2009) cada sistema em geral tem seu próprio, modelo de

dados e política de privacidade destes dados.

Complementando Cooper et al (2009):

Quando ocorre a movimentação de dados entre sistemas, deve-se garantir

a privacidade dos dados mesmo com a mudança entre modelo de dados

diferente e que aplicações multi-inquilino acessem dados de outras

aplicações apenas de acordo com as políticas definidas. Técnicas de

criptografia podem ser utilizadas para garantir a privacidade dos dados.

No entanto, estas técnicas têm implicações significativas de desempenho de

consultas em SGBD’s. Dessa forma, alternativas para a integração de técnicas de

criptografia com SGBD’s devem ser investigadas e desenvolvidas, já que a

complexidade computacional da criptografia de dados aumenta o tempo de resposta

da consulta.

Segundo Brodkin (2008) a computação em nuvem tem atributos únicos que

demandam análise de risco em áreas como integridade de dados, recuperação e

privacidade, e avaliação de questões legais em áreas como: e-discovery33,

compliance34 e auditoria. Alem disto descreve em relatório do instituto Gartner, que a

computação em nuvem está repleta de riscos de segurança.

Em primeiro lugar no relatório de riscos de segurança em computação em

nuvem, está acesso privilegiado de usuários. Dados sensíveis sendo processados

fora da empresa trazem, obrigatoriamente, um nível inerente de risco.

Os serviços terceirizados fogem de controles físicos, lógicos e de pessoal,

que as áreas de TI criam em casa. Gartner (2008) diz em relatório que devemos

33

E-discovery refere-se a qualquer método de busca, pesquisa, localização e obtenção de dados e informações

eletrônicos com a intenção de utilizá-los como evidências, em um processo judicial. 34

Compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as

diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar

e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.

Page 23: Monografia - Computação em Nuvem

36

conseguir o máximo de informação que você precisa sobre quem vai gerenciar seus

dados.

Para Brodkin (2008) em segundo lugar no relatório de riscos de segurança em

computação em nuvem, está o compliance com regulamentação. As empresas são

as responsáveis pela segurança e integridade de seus próprios dados, mesmo

quando essas informações são gerenciadas por um provedor de serviços. Estes

provedores de serviços tradicionais estão sujeitos a auditores externos e a

certificações de segurança.

Em Terceiro lugar no relatório dos principais riscos de segurança em

computação em nuvem está a localização dos dados. Quando uma empresa está

usando a computação em nuvem, ela provavelmente não sabe exatamente onde os

dados estão armazenados, nem ao menos o país em que estão os Data Centers.

Complementando Gartner (2008):

Pergunte aos fornecedores se eles estão dispostos a se comprometer a

armazenar e a processar dados em jurisdições específicas. E, mais, se eles

vão assumir esse compromisso em contrato de obedecer os requerimentos

de privacidade que o país de origem da empresa pede.

De acordo com Brodkin (2008) o quarto risco de segurança em computação

em nuvem, está a segregação dos dados. Dados de uma empresa na nuvem

dividem tipicamente um ambiente com dados de outros clientes. A criptografia é

efetiva, mas não é a cura para tudo, esta por sua vez apenas mitiga o risco.

Complementando Gartner (2008):

“Descubra o que é feito para separar os dados. O fornecedor de

computação em nuvem pode fornecer a prova que a criptografia foi criada e

desenhada por especialistas com experiência. Acidentes com criptografia

pode fazer o dado inutilizável e mesmo a criptografia normal pode

comprometer a disponibilidade dos serviços”.

Em quinto lugar no relatório está a recuperação dos dados. Qual a garantia

destes dados para o cliente em caso de um desastre. Mesmo se a empresa não

Page 24: Monografia - Computação em Nuvem

37

sabe onde os dados estão um fornecedor de computação em nuvem devem saber o

que vai acontecer se isto ocorrer

Complementando Gartner (2008):

“Qualquer oferta que não replica os dados e a infra-estrutura de aplicações

em diversas localidades está vulnerável a falha completa. Pergunte ao seu

fornecedor se ele tem a habilidade de fazer uma restauração completa e

quanto tempo vai demorar”.

Em sexto lugar no relatório está o apoio à investigação. A investigação de

atividades ilegais pode se tornar impossível em computação em nuvem.

Complementando Gartner (2008):

“Serviços nas nuvem são especialmente difíceis de investigar, por que o

acesso e os dados dos vários usuários podem estar localizados em vários

lugares, espalhados em uma série de servidores que mudam o tempo todo.

Se não for possível conseguir um compromisso contratual para dar apoio a

formas específicas de investigação, junto com a evidência de que esse

fornecedor já tenha feito isso com sucesso no passado.”

Para Brodkin (2008) o ultimo risco de segurança em computação em nuvem,

está viabilidade em longo prazo. No mundo ideal, o seu fornecedor de computação

em nuvem jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. Mas a empresa

precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso isso aconteça.

Complementando em seu relatório Gartner (2008) diz “pergunte como você

vai conseguir seus dados de volta e se eles vão estar em um formato que você pode

importá-lo em uma aplicação substituta”.

1.9 Modelos de serviço

A seguir, segue as três principais modalidades de serviços oferecidos em

computação em nuvem.

Page 25: Monografia - Computação em Nuvem

38

1.9.1 Software como serviço (SaaS)

Trata-se de um modelo de distribuição de softwares, no qual, são hospedados

por um fornecedor ou um provedor de serviço terceirizado que permite aos clientes

acessarem esse aplicativo por meio de uma rede, normalmente a internet.

Este modelo também é conhecido no mercado como software como serviço

(software as a service – SaaS), prevê que o fornecedor do serviço responda pela

manutenção, atualização e suporte.

Para o NIST (2011) a capacidade fornecida ao consumidor é usar as

aplicações do fornecedor que funcionam em uma infraestrutura da nuvem.

Complementando o NIST (2011):

As aplicações são acessíveis dos vários dispositivos do cliente através de

uma relação do thin client35

tal como um navegador de internet. O

consumidor não administra ou controla a infraestrutura básica, incluindo

nuvens de rede, servidores, sistemas operacionais, armazenamento, ou

mesmo capacidades de aplicação individual, com a possível exceção de

limitada aplicação específica e definições de configuração de utilizadores

Segundo Taurion (2009, p.110) migrar para o mundo SaaS não será uma

transição fácil e muitas empresas de software estabelecidas, principalmente as de

menor capacidade de investimento, ficarão pelo caminho.

Segundo Aulbach, (2009):

Um mesmo software pode ser utilizado por múltiplos usuários, sejam

pessoas ou empresas. Esse tipo de serviço é executado e disponibilizado

por servidores em Data Centers de responsabilidade de uma empresa

desenvolvedora, ou seja, o software é desenvolvido por uma empresa que

ao invés de vendê-lo ou usá-lo para beneficio exclusivo, disponibiliza-o a um

custo baixo a uma grande quantidade de usuários.

35

Thin Client, ou cliente magro é um computador cliente em uma rede de modelo cliente-servidor de duas

camadas o qual tem poucos ou nenhum aplicativo instalados, de modo que depende primariamente de um

servidor central para o processamento de atividades.

Page 26: Monografia - Computação em Nuvem

39

Para o NIST (2011) o SaaS representa os serviços de mais alto nível

disponibilizados em uma nuvem. Esses serviços representam as aplicações

completas que são oferecidas aos usuários.

Os prestadores de serviços disponibilizam o SaaS na camada de aplicação, o

que leva a rodar inteiramente na nuvem e pode ser considerado uma alternativa a

rodar um programa em uma máquina local, assim o SaaS traz a redução de custos,

dispensando a aquisição de licença de softwares.

Comparando com o modelo atual onde o cliente instala o software no

computador pessoal, podemos destacar as seguintes vantagens: o cliente não

precisa se preocupar com a infraestrutura, pois o software ira rodar no servidor; no

que se trata de licença de software, permite controlar conforme as necessidades de

uso; sua implantação não requer uma equipe de TI dedicada.

Para SUN et al (2007) software como serviço é um conceito sobre a

implementação de um mesmo software que pode ser adquirido por múltiplos

usuários.

Figura 7 – Arquitetura de uma aplicação SaaS.

Fonte: Velte, Velte e Elsenpeter, (2009).

De acordo com SUN et al (2007) existem grandes vantagens de utilização

desse conceito para o consumidor, destaca-se: - a alta disponibilidade – os arquivos

Page 27: Monografia - Computação em Nuvem

40

e sistemas podem ser acessados remotamente de qualquer local; - a precificação

simplificada – pagando-se apenas pelo que for necessário para utilização, o

investimento é feito por assinatura; -a implantação rápida – o sistema já está

disponível remotamente, tornando necessário somente a liberação de novos

usuários; - a customização – pode ser adaptado ao cliente por ele mesmo; - a

descentralização – pode ser utilizado a partir de qualquer ponto que atenda todas as

necessidades ao acesso remoto. Não há obrigatoriedade da interface base como em

um sistema de software convencional.

Mas, conforme as empresas desenvolvedoras vão se consolidando,

alternativas para que essas limitações sejam superadas estão sendo encontradas.

De acordo com SUN et al (2007) existem por outro lado algumas limitações

encontradas na computação em nuvem – como os cuidados com segurança já que

os arquivos ficam em servidores de terceiros e a necessidade da internet.

Segundo Melo et al (2012) a figura 8 descreve a comparação de

características entre os modelos de pacotes de software tradicional e de software

como serviço.

Figura 8 – Comparação de pacotes de software tradicional e de SaaS.

Fonte: Melo et al (2012).

Page 28: Monografia - Computação em Nuvem

41

1.9.2 Infraestrutura como serviço (IaaS)

Trata-se de um modelo onde o usuário contrata o Data Center e a

infraestrutura de hardware e software pela internet ou intranet. O provedor pode

oferecer servidor, sistema operacional, armazenamento em disco, base de dados e

recursos de mensagem.

Pelo uso de um modelo de pagamento elástico, o IaaS tem ganho espaço, no

qual o cliente paga apenas pelos serviços utilizados e pode, facilmente, aumentar ou

reduzir os serviços contratados da forma que necessitar. Todas as tecnologias que

compõem a infraestrutura da empresa podem ser utilizadas para o acesso.

Segundo o NIST (2011) a capacidade prevista para o consumidor é a

prestação de transformação, armazenamento, redes e outros recursos

computacionais, fundamental que o consumidor seja capaz de implantar e executar

programas arbitrários, que podem incluir sistemas operacionais e aplicativos.

Para NIST (2011):

O IaaS traz algumas características, como uma interface única para

administração da infraestrutura, a aplicação API (Application Programming

Interface36) para interação com hosts

37, switches38, roteadores e o suporte

para a adicionar novos equipamentos de forma simples e transparente.

O consumidor não administra ou controla a infraestrutura de nuvem

subjacente, mas tem controle sobre os sistemas operacionais, armazenamento,

aplicativos implantados, e, eventualmente, o controle limitado de componentes de

rede selecionar.

De acordo com NIST (2011):

36

Application Programming Interface (ou Interface de Programação de Aplicativos) é um conjunto de rotinas e

padrões estabelecidos por um software para a utilização das suas funcionalidades por aplicativos que não

pretendem envolver-se em detalhes da implementação do software, mas apenas usar seus serviços. 37

Host é qualquer máquina ou computador conectado a uma rede, podendo oferecer informações, recursos,

serviços e aplicações aos usuários ou outros nós na rede. 38

Switch é um dispositivo utilizado em redes de computadores para reencaminhar módulos (frames) entre os

diversos nós.

Page 29: Monografia - Computação em Nuvem

42

O IaaS traz os serviços oferecidos na camada de infra-estrutura, nestes

serviços podemos incluir servidores, roteadores, sistemas de

armazenamento e outros recursos de computação. Também é responsável

por prover toda a infraestrutura necessária para a SaaS e o PaaS.

O IaaS é baseado em técnicas de virtualização de recursos de computação.

Observando do lado da economia, não será necessário a aquisição de novos

servidores e equipamento de rede para a ampliação de serviços. Citamos como

exemplo de IaaS o Amazon EC2 (Elastic Cloud Computing) e o Eucalyptus39 (Elastic

Utility Computing Architecture Linking Your Programs To Useful Systems).

Segundo Maluli (2010) ao contrário da terceirização tradicional (outsourcing),

que requer negociações e contratos com fornecedores de infraestrutura, a IaaS é

centrada em um modelo pré-definido, padronizado e otimizado para as aplicações

dos clientes, pois é de acordo com suas necessidades. Resumidamente é a entrega

da infraestrutura de computação como um serviço em um ambiente típico de

plataforma virtualizada.

Para Maluli (2010):

Os fornecedores de IaaS gerenciam a transição e a hospedagem de

aplicações em suas infraestruturas, e os clientes mantêm a propriedade e o

gerenciamento das aplicações, sem se preocupar com a hospedagem das

operações e a manutenção da infraestrutura. Ou seja, ao invés de adquirir

espaço físico, servidores, software e equipamento de rede em centros de

processamento de dados (Data Center), os clientes da IaaS essencialmente

alugam estes recursos de provedores como um serviço terceirizado

completo. Geralmente o serviço é cobrado em base mensal e o cliente paga

somente pelo que consumir de recursos.

Complementando Maluli (2010) cita ainda alguns benefícios dessa

arquitetura: uso de tecnologias atuais para equipamentos de infraestrutura;

plataformas de computação altamente seguras, protegidas e isoladas contra

violações; habilidade em gerenciar oscilações de demandas (picos e vales); custos

baixos devido à redução de investimentos em capital e infraestrutura;

39

Eucalyptus (Elastic Utility Computing Architecture Linking Your Programs To Useful Systems) é uma

plataforma de software para a implementação de privada de computação em nuvem em clusters de computadores

Page 30: Monografia - Computação em Nuvem

43

1.9.3 Plataforma como serviço (PaaS)

Trata-se de um modelo menos difundido de computação em nuvem, o PaaS

fornece a infraestrutura necessária para que os desenvolvedores de software

construam novos aplicativos ou aumentem as funcionalidades de soluções já

existentes.

Para o NIST (2011) o PaaS tem por objetivo facilitar o desenvolvimento de

aplicações destinadas aos usuários de uma nuvem, criando uma plataforma que

agiliza esse processo.

Complementando o NIST (2011):

O PaaS oferece uma infraestrutura de alto nível de integração para

implementar e testar aplicações na nuvem. Também fornece um sistema

operacional, linguagens de programação e ambientes de desenvolvimento

para as aplicações, auxiliando a implementação de softwares, já que

contém ferramentas de desenvolvimento e colaboração entre

desenvolvedores.

A plataforma como serviço é atraente tanto para empresas que precisar criam

aplicativos customizados, como para os desenvolvedores independentes de software

e empresas que desenvolvem soluções para nichos verticais.

Segundo Maluli (2010) são serviços (interface nas nuvens para criação de

ferramentas), para desenvolver, testar, implantar, hospedar e gerenciar aplicações

em função de suportar o ciclo de vida do desenvolvimento de aplicações. Fornece

algum nível de suporte para simplificar a criação de interfaces de usuários,

conformes padrões, tais como as linguagens HTML ou JavaScript40

Complementando Maluli (2010):

Outras características são a integração com servidores Web e bancos de

dados, e a oportunidade para desenvolvedores terem uma visão melhor de

suas aplicações e do comportamento de seus usuários. Ajuda a remover as

40

JavaScript é uma linguagem de programação utilizada para criar pequenos programinhas encarregados de

realizar ações dentro do âmbito de uma página web.

Page 31: Monografia - Computação em Nuvem

44

preocupações de desenvolvimento de Software em relação ao uso de

aplicações por muitos usuários concorrentes.

Page 32: Monografia - Computação em Nuvem

45

2 EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

2.1 Definição

De acordo com o SEBRAE (2012) existem pelo menos três formas de

identificar uma empresa PME (de pequeno e médio porte). Isto é possível analisando

dados como, receita operacional bruta, quantidade de funcionários ou ate mesmo

pelo faturamento anual, como segue abaixo na figura 9:

Figura 9 – Classificação SEBRAE sobre o tamanho das empresas.

Fonte: Chiavenato (2009).

Ainda segundo dados do SEBRAE e a RFB, é caracterizada como uma

empresa de pequeno porte aquela que emprega de 20 a 99 funcionários e gera um

faturamento anual superior a R$ 240.000,00 (Duzentos e Quarenta Mil Reais) e igual

ou inferior a R$ 2.400.000,00 (Dois Milhões e Quatrocentos Mil Reais).

Mantendo os dados do SEBRAE e RFB as empresas de médio porte são

aquelas que empregam de 100 a 499 funcionários e geram um faturamento superior

a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais), e igual ou inferior a R$

60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

De acordo com Drucker (1981):

O tamanho não modifica a natureza de uma empresa ou os princípios de

sua administração, não alteram os problemas básicos dos administradores e

Page 33: Monografia - Computação em Nuvem

46

ainda, não afetam a administração do trabalho e do trabalhador. Mas o

tamanho afeta a estrutura administrativa, pois cada tamanho exige um

comportamento e uma atitude diferente dos órgãos administrativos.

Complementando Drucker (1981):

Cada um dos estágios do tamanho de uma empresa não só exige uma

estrutura administrativa específica, como também apresenta problemas

distintos e deficiências típicas. Acrescenta que o maior problema das

empresas pequenas e médias é que, geralmente, são pequenas demais

para manter a administração de que precisam. Os cargos de cúpula destas

empresas exigem uma versatilidade maior que as posições correspondentes

nas grandes empresas.

O SEBRAE destaca em 2007 “as micro e pequenas empresas representam

para a economia brasileira 98% das empresas formalmente estabelecidas, gerando

60% dos empregos formais e cerca de 20% do PIB. Estes dados divulgados no site

do SEBRAE evidenciam que a PME representa grande parte do total de empresas

no Brasil.

No Brasil, as PME’s são as que mais empregam, dados do SEBRAE (2003,

2008) cerca de 98% das cerca de 5,1 milhões de empresas no país são PME’s

(SEBRAE, 2010).

O mercado interno brasileiro vem apresentando um forte crescimento

principalmente nos últimos 15 anos. De acordo com o IBGE, em 2010 fechou com

crescimento de 7,5% no PIB.

Este fato tem paralelamente favorecido o crescimento de pequenas e médias

empresas Observa-se que essa classificação tem derivações diferentes em se

tratando de indústrias ou prestadoras de serviços conforme demonstrado da tabela a

seguir:

Page 34: Monografia - Computação em Nuvem

47

2.2 Infraestrutura de TI e a PME

Segundo Souza (2004), a infraestrutura física de TI é composta pelas

tecnologias de informação e comunicação, pelas plataformas técnicas e de banco de

dados compartilháveis.

Para o autor, as empresas desenvolvem as suas infraestruturas de TI ao

longo de toda a organização e interligam parceiros. Uma boa infraestrutura pode

permitir iniciativas tais como a melhoria no ciclo de entrega, processos

interfuncionais e oportunidades de vendas cruzadas.

De acordo com Bharadwaj (2000), o contrário uma infraestrutura inadequada,

não integrada e dominada por incompatibilidade entre sistemas, restringe

severamente as opções de negócio de uma empresa.

Segundo Weill e Broadbent (1998), a infraestrutura de TI é composta de

conectividade interna, conectividade externa e serviços de infraestrutura que envolve

indicadores do número de microcomputadores por empregado e conectados,

velocidade de conexão da internet e estratégias de segurança.

Weill e Broadbent (1998) afirmam ainda:

Embora os diversos componentes de uma infraestrutura sejam

“commodities41”, os processos gerenciais necessários para integrá-los em

uma infraestrutura customizada ao contexto estratégico de uma empresa

são recursos bastante escassos. Esse processo demanda esforço e

aprendizagem pela experiência.

Confirmando essa ideia, Bharadwaj (2000) afirma que apenas injetando

dinheiro em máquinas e equipamentos e comprando sistemas, pode-se considerar

difícil para as organizações com infraestruturas de TI defasadas alcançarem níveis

de integração desejados.

Para Buonanno et al (2002) as pequenas empresas possuem pouco

conhecimento técnico, o que representa um fator limitante para a implantação de

projetos de TI. Os resultados obtidos em implantações de sistemas de informação

são muito diferentes entre médias e pequenas empresas.

41

Mercadoria.

Page 35: Monografia - Computação em Nuvem

48

Taurion (2009) exemplifica de modo interessante, às perspectivas de ganhos

ligadas a melhor utilização da infraestrutura, no caso de uma empresa de comércio

eletrônico que faz a venda de produtos pela internet. Neste exemplo, a empresa

precisaria de um parque computacional nos períodos de grande demanda, como

épocas de Natal e Dia das Mães, enquanto nos demais períodos toda essa

capacidade computacional se torna pouco utilizada.

Complementando Taurion (2009):

“Com a computação em nuvem esta empresa não precisa ter este parque

de computadores instalado em seus escritórios. Ela adquire a quantidade de

capacidade necessária e apenas paga por este uso. Não paga pela

capacidade instalada ociosa como fazia no modelo anterior”.

De acordo com Souza (2004) alem deste fator limitante também destacou

alguns fatores que afetam a implementação da infraestrutura de TI, entre eles estão

os aspectos financeiros – o orçamento destas empresas é limitado, não permitindo

gastos altos cujo retorno seja em longo prazo. A grande dificuldade para convencer

as pequenas empresas em investir em infraestrutura em TI é que não é fácil medir o

retorno obtido.

Para Souza (2004) outro fator que afeta a implementação da infraestrutura

de TI, é o treinamento de funcionários – o treinamento para uso desta nova

infraestrutura demanda tempo e dinheiro e nem todos se adaptam a ela.

Alguns por receio de serem sobrecarregados com trabalho extra, outros por

receio de serem substituídos e alguns por dificuldade em utilizar esta nova

ferramenta.

Segundo Souza (2004) o conhecimento técnico sem duvida é outro fator que

afeta a implementação da infraestrutura de TI. A falta de conhecimento técnico pode

levar as empresas a adquirir uma infraestrutura fechada com manutenção e suporte

exclusivos e extremamente caros.

A empresa fica refém do fornecedor da infraestrutura, que pode se mostrar,

com o passar do tempo, limitada e defasada tecnologicamente. Também devido ao

pouco conhecimento técnico em TI as PME’s podem cometer erros ao adquirir uma

infraestrutura subdimensionada ou superdimensionada ao projeto que deseja

Page 36: Monografia - Computação em Nuvem

49

implementar. O que representa além do custo imediato na aquisição dos

equipamentos, custos adicionais desnecessários de manutenção e suporte do

sistema.

Ainda para Souza (2004) apesar dessas dificuldades, ele afirma que a pouca

familiaridade das pequenas e medias empresas com a tecnologia da informação

pode ser um importante nicho de mercado para fornecedores de soluções de TI.

Estes podem oferecer serviços relacionados à infraestrutura física, sistemas e

recursos humanos que são necessários para que as PME’s atinjam seus objetivos.

Na figura 10 apresenta características de uso da TI pelas pequenas e

medias empresas. Observa-se que o percentual das micro e pequenas empresas

que utilizam microcomputador é baixo, destas que utilizam, 55% usa apenas um

microcomputador. Verifica-se também que apenas 71% dos microcomputadores das

MPE estão conectadas a internet.

Sem duvidas, estes fatores tornam-se limitantes ou impeditivos para o uso

da computação em nuvem. Além disso, 64% das MPE não se informatizam por falta

de conhecimento sobre os benefícios que a TI, e 44% porque não querem

comprometer o seu capital de giro, e acham que requer elevados investimentos.

Esta última razão pode ser minimizada com a adoção da computação em nuvem.

Figura 10 – Características de uso da TI pela MPE. Fonte: Adaptado de SEBRAE (2010).

Page 37: Monografia - Computação em Nuvem

50

Segundo Technologies (2011) os sistemas de suporte à infraestrutura de TI

são baseados em chamados técnicos aberto pelos usuários em departamentos de TI

das empresas, ou em empresas terceirizadas para essa finalidade.

Geralmente, esses chamados são classificados com base em políticas de

atendimento de suporte. A seguir estão apresentadas algumas categorias de

classificação dos chamados técnicos.

Para Technologies (2011) em primeiro lugar nesta classificação dos

chamados técnicos, está a orientação técnica – nesse grupo identificam-se os

chamados que têm a finalidade de orientar o uso do software, como a configuração

de telas, ou sequência de rotinas a serem feitas, bem como treinamentos sobre

determinados processos utilizando o sistema.

Em segundo lugar nesta classificação dos chamados técnicos, destaca-se o

parque de hardware – nesse grupo se encaixa fatores externos que de alguma

forma que prejudica ou causa erros na utilização do sistema, como por exemplo,

memórias exauridas ou então perda de pacotes do tráfego da rede, o bloqueio por

antivírus ou proxy42 entre outros fatores físicos dos componentes envolvidos no

sistema computacional.

De acordo com Technologies (2011) em terceiro lugar na classificação dos

chamados, estão as falhas de software – nesse grupo estão os chamados que são

identificados como falha no sistema.

Em quarto lugar nesta classificação, está a instalação – nesse grupo encaixa-

se a instalação do software no servidor do cliente, bem como a orientação da

instalação dos sistemas nos terminais.

Ainda para Technologies (2011) a recuperação técnica está em quinto lugar

nesta classificação dos chamados. Este grupo, têm como finalidade a recuperação

dos bancos de dados corrompidos por panes ou falhas ou então otimização do

mesmo.

Em último lugar na classificação dos chamados, estão as melhorias e

atualizações – como a empresa não trabalha com customização do software, ou

seja, adota um modelo de software pronto, surgem várias sugestões de melhoria, e

as mesmas são identificadas e anotadas em um chamado.

42

Proxy é um servidor intermediário que atende a requisições repassando os dados do cliente à frente

Page 38: Monografia - Computação em Nuvem

51

2.3 A PME no mundo globalizado

Segundo Castells (2006) o mundo globalizado e as novas tecnologias

demandam novas definições ao mundo empresarial. O processo de globalização se

aprofunda proporcionalmente à interpenetração das redes de produção e se

expande pelo mundo de maneira que os elos entre as condições da força de

trabalho de diferentes países se aproximam, ficando cada vez menos distinta em

termos de qualificações especializadas e tecnologia.

Motivadas pelo cenário estável da economia de nosso país as PME’s

atualmente são de extrema importância ao sistema econômico do nosso país, pois

estas, ano a ano vêm demonstrando grande crescimento econômico,

A atual estabilidade da moeda e o controle inflacionário de nosso país

permitiram o crescimento destas empresas auxiliando bastante o sucesso dos

negócios.

Portanto, as PME’s através desta nova visão vêm constantemente buscando

a união através de redes de associados, ou seja, associação de empresas com o

intuito de juntas aumentarem o poder de barganha perante seus fornecedores,

conquistando assim, preços mais competitivos, possibilitando uma igualdade na

concorrência com as grandes empresas.

Esta atual busca vem dando resultados positivos, pois possibilita que as

PME’s ganhem mercado a cada dia.

2.4 O crescimento da PME através da inovação

Segundo Castells (2006) na maioria das vezes as PME’s possuem atividades

diversificadas e estruturas flexíveis, as quais facilitam ações rápidas de adaptação a

novas mudanças, a valorização da flexibilidade e da agilidade, permite que estas

tenham uma maior oportunidade nas inovações, auxiliando-as a permanecer no

mercado o qual muda constantemente.

As iniciativas inovadoras das PME’s visam à continuidade e alcance de

crescimento, investindo sempre na melhoria de seus produtos e serviços e dando

maior atenção a formação de profissionais que possam contribuir para este

Page 39: Monografia - Computação em Nuvem

52

crescimento com ideias e tecnologias inovadoras, a qual leva a empresa há uma

maior visão e futuro.

Segundo (Souza, 2009):

Esta inovação nas pequenas e médias empresas dá-se através da

percepção de necessidades do mercado, no qual, obriga-se faz com que

estas empresas procurem produzir produtos e serviços que possam suprir

estas necessidades, atraindo maior número de clientes satisfeitos, e com

isto, maior rendimento para estas empresas.

Para garantir a permanência atualmente das empresas em um mercado cada

vez mais acirrado é de extrema importância à melhoria constante de produtos e

serviços a fim de satisfazer o mercado, para isto todos os esforços de uma empresa

estão voltados à satisfação de seus clientes e associados.

De acordo com Souza (2009) a competição entre os funcionários é uma das

formas também utilizadas pelas PME’s para que possam alcançar o crescimento, e

esta, é sempre estimulada, pois com o aumento da competição, traz benefício direto

à empresa - aumento da produtividade.

Grande parte das PME’s atuam também no comercio varejista e na sua busca

incessante pelo crescimento, depara-se com um novo mercado, o do comercio

eletrônico, também conhecido como e-commerce43, no qual se encontra em grande

crescimento nos últimos anos, motivado pelo grande crescimento de usuários da

rede de computadores.

Para Souza (2009) com este considerado crescimento novas empresas são

criadas a cada dia para suprir o comércio eletrônico, desempenhando suas

atividades exclusivamente para atender a este mercado, pois trabalhando apenas

por meio eletrônico, estas empresas reduzem em muito seus custos de operação e

de necessidade de capital, pois neste mercado não se faz necessário o uso de

grandes instalações para atender aos clientes ou de grande número de funcionários

para manter suas atividades, onde as negociações e transferências de fundos são

eletrônicas.

43 E-Commerce é a realização de compras e transferências de fundos eletronicamente, especialmente através da internet.

Page 40: Monografia - Computação em Nuvem

53

As PME’s, principalmente as do setor de varejo, vêem no comércio eletrônico

a chance de poder diminuir a grande diferença de capital entre elas e às grandes

empresas, pois através do meio eletrônico esta diferença não é notada, o que traz

bastante vantagem às PME’s, podendo prestar serviços mais personalizados aos

seus clientes.

De acordo com a Pesquisa GEM (2010) quando a PME brasileira pensa em

inovar, se depara com problemas tributários e também com o desconhecimento de

incentivos e parcerias com instituições de ensino e pesquisas, além de técnicas

apropriadas para a gestão empresarial.

Com isto algumas iniciativas propõem que a inovação ganhe um crescimento

simultaneamente com o mercado. O SEBRAE é um exemplo disso, pretende

disponibilizar cerca de 800 milhões de reais até 2013, para incentivo a inovação nas

PME’s. No inicio de 2010 visando facilitar o acesso a crédito e subsidiar parte do

investimento para serviços tecnológicos, através do programa SEBRAETEC –

serviço em inovação e tecnologia.

Complementando a Pesquisa GEM (2010) os pequenos e médios

empreendedores buscam mais alternativas para suporte no avanço de suas

atividades.

2.4.1 ERP - Enterprise Resource Planning

Segundo Nogueira e Pessoa (2006) a maioria das grandes empresas utiliza

algum tipo de sistema integrado, sendo o ERP um dos mais utilizados. ERP é um

termo que se refere a um conjunto de atividades executadas por um software

integrando dados de diversas áreas com o objetivo de integrar todos os setores de

uma empresa.

Eles são sistemas independentes da plataforma e a arquitetura do software

interage em todos ou na maior parte do fluxo de informações de atividades de uma

empresa, como fabricação, logística, finanças e recursos humanos. Um ERP pode

apresentar diversos módulos de gestão de serviços.

Para Nogueira e Pessoa (2006) tem-se um módulo central que interage com

os vários módulos de uma arquitetura ERP, proporcionando a administração de

recursos, clientes e fornecedores.

Page 41: Monografia - Computação em Nuvem

54

O usuário do sistema ERP executa uma aplicação que acessa as informações

de uma base de dados única (servidor) e este interage com todos os aplicativos do

sistema, facilitando o gerenciamento das informações.

2.5 Capacitação tecnológica da PME

Um dos fatores fundamentais para as empresas que pensam em competir é

buscar a capacitação tecnologia, utilizando a tecnologia tanto em produtos como em

processos como recurso potencial.

O processo de incremento de capacitação tecnológica está relacionado à

capacidade de aprender, assimilar e incorporar conhecimentos de natureza técnico-

científica e aplicá-los de modo a manter ou melhorar o seu desempenho

socioeconômico.

Segundo Canuto (1993) este processo ocorre em todas as atividades da

empresa, e compreende “as capacidades de adquirir, assimilar, usar, adaptar, mudar

ou criar tecnologia, em três âmbitos: na fabricação e demais atividades operacionais

correntes; no investimento, ou seja, na execução de novos projetos; e na inovação”.

De acordo com Rocha (1996) alcançar a capacitação tecnológica é um

desafio que se apresenta a todas as empresas e que aumenta na mesma medida

em que aumentam as inovações tecnológicas ocorridas no seu entorno, capazes de

afetar a sua competitividade. Em outras palavras, entende-se por capacitação

científica e tecnológica a ampliação do potencial de desenvolvimento, absorção,

difusão e introdução de inovações tecnológicas.

Segundo Rocha (1996) para os fatores internos, é necessária uma atitude

determinada das pessoas que com no sentido de traçar estratégias para superação

das limitações; já para os fatores externos é preciso que exista a articulação com os

demais atores envolvidos no processo (governo, instituições de ensino e pesquisa,

centros tecnológicos, outras empresas, e entre outros) com vistas à criação e o

fortalecimento de um sistema que privilegie a capacitação tecnológica e a

competitividade das empresas.

A acumulação de capacidade tecnológica está vinculada a uma série de

fatores internos e externos às empresas. Contudo, este não é um processo que

ocorre de forma isolada.

Page 42: Monografia - Computação em Nuvem

55

3 SOFTWARE COMO SERVIÇO E A PME

3.1 O mercado SAAS e a PME

Quando falamos em valores da computação em nuvem para uma

determinada organização, pensamos em vários fatores que nos motivam a utilizar a

esta tecnologia. É uma grande oportunidade para empresas de tecnologia fornecer

serviços de computação em nuvem.

Segundo Taurion (2009):

Quando o assunto é Computação em nuvem, descrevemos alguns

elementos de valor: utilização de uma infraestrutura flexível e escalável,

com melhor utilização dos recursos computacionais; acelerar o

desenvolvimento de produtos melhorando a vantagem do tempo; maior

produtividade, pensando em resposta rápida de sistemas, que pode gerar

recursos financeiros muito grandes; criar novos negócios para ser uma

empresa inovadora, pois esta tem muito mais chances de crescer.

Segundo Arraial (2011) à medida que adquirem novos equipamentos e

tecnologias, seus esforços para manter os sistemas operacionais se tornam maiores,

uma vez que essas empresas possuem recursos reduzidos.

Complementando Arraial (2011):

Uma alternativa é o uso de recursos de computação em nuvem que

permitem que aplicativos e ferramentas sejam utilizados remotamente sem

a necessidade de se tê-los localmente, eliminando ou reduzindo custos com

instalação, infraestrutura, manutenção e suporte. Adicionalmente, a

computação em nuvem permite um baixo investimento com um rápido

retorno, o que é bom para o fluxo de caixa da empresa.

Segundo Arraial (2011) no Brasil o nível de adoção de serviços de TI nas

PME’s ainda é baixo, em geral, é com o aprendizado desenvolvido ao longo da vida

do empreendimento que os gestores de PME’s brasileiras passam a ter maior

controle das finanças, recursos e processos do negócio.

Page 43: Monografia - Computação em Nuvem

56

Com o crescimento da organização, surge simultaneamente à necessidade de

uma gestão mais profissional do empreendimento, e é nesta fase que as

ferramentas de tecnologia se mostram mais evidentes.

Para Arraial (2011) o custo das tecnologias de informação de ponta sempre

foi impeditivo para se implantar um serviço de computação em nuvem nas as PME’s,

e é neste cenário que as ofertas de computação em nuvem são promissoras.

Com a perspectiva de custos mais baixos e bom desempenho, a computação

em nuvem começa a entrar na pauta diária das PME’s, o baixo nível de maturidade

em TI das PME’s no Brasil torna o segmento um verdadeiro mar de oportunidades

para as tecnologias de computação em nuvem, ou seja, um mercado ainda muito

pouco explorado.

De acordo com Arraial (2011) nos países desenvolvidos a discussão sobre o

tema computação em nuvem gira em torno da migração de sistemas e aplicações,

no Brasil a discussão sobre o tema deveria ser outra, ou seja, mostrar para as

PME’s que os impactos das ferramentas de TI podem causar na produtividade são

enormes e que elas já estão prontas para utilizar os novos produtos baseados na

computação em nuvem.

Por outro lado para um novo segmento que ainda está descobrindo como tirar

o melhor proveito das ferramentas de TI, os grandes fornecedores de tecnologia

ainda deixam a desejar na questão do suporte ao cliente.

Com certeza os canais atuais de massificação de vendas, como call centers44

e quiosques, não estão prontos para dar um tratamento no mesmo nível para as

PME’s, treinar esse canal será um grande desafio e sem falar que ainda é

necessário que estes conheçam melhor a rotina diária dos gestores de TI das PME’s

para oferecerem tratamento e suporte adequado.

Complementando Arraial (2011), afirma que:

As pequenas e médias empresas, sem duvidas são as maiores beneficiadas

com as novas ofertas de computação em nuvem. As ofertas atuais no

modelo de computação em nuvem ainda possuem modelos de utilização

bastante complexos, algo que nunca foi problema para as grandes

44

Ou central de atendimento é composta por estruturas físicas e de pessoal, que têm por objetivo centralizar o

recebimento de ligações telefônicas.

Page 44: Monografia - Computação em Nuvem

57

empresas decifrar através dos bem treinados executivos de venda das

grandes corporações multinacionais,

Segundo Prado et al (2011) um dos grandes problemas das PME’s, é o tempo

desperdiçado em tarefas que não estão relacionadas ao seu negócio, como por

exemplo, a infraestrutura de TI.

Diante deste cenário, segundo gestores de TI da GlobalWeb, empresa

especialista em computação em nuvem e outsourcing, descreve algumas razões

para as PME’s adotarem a computação em nuvem, entre elas estão: a possibilidade

de contratar "aluguel" de hardware como serviços; a gestão de maneira globalizada

da principal ferramenta de comunicação usadas pelas empresas: e-mail; o fácil

acesso a tecnologias de armazenagem e backup que antes só grandes empresas

conseguiam pagar; agilidade para ampliar a infraestrutura; o acesso a tecnologias

que trazem inteligência e aumentam competitividade; cumprimento das obrigações

fiscais (emissão de notas fiscais eletrônicas), que cada vez estão mais ligadas à

tecnologia; e por fim a garantia de segurança – todos os dados gerados na nuvem

devem ter uma proteção contra vírus rodando na nuvem e este por sua vez não

estaria nos computadores locais e sim nos servidores da empresa..

Para Taurion (2009):

A velocidade de adoção da computação em nuvem vai depender da

maneira de como as companhias usarão os novos recursos e como elas

atenderão às crescentes expectativas dos seus clientes. Isto significa que

todas as coisas que o Google e Amazon fazem tão bem também devem ser

feitas por grandes empresas em seus data centers. Para poder ter escala

para prestar grandes volumes de serviços, data centers deverão investir em

uma abordagem industrializada, simbolizadas pelas nuvens privadas

3.2 Os desafios

De acordo com NGC (2007) até bem pouco tempo para que tudo estivesse

em pleno funcionamento, os investimentos em tecnologia da informação eram quase

sempre absurdos, pois na maioria das vezes demandava compra de hardwares,

licenças dos softwares e também dos investimentos em servidores e backups.

Page 45: Monografia - Computação em Nuvem

58

Contava ainda com a contratação de profissionais especializados, que poderiam

comprometer ainda mais a folha de pagamento.

Segundo NGC (2007):

Atualmente, este cenário vem mudando: ainda temos os sistemas de gestão

tradicionais, mas também temos os inovadores, conhecidos como

“softwares como serviço”, que são baseados na web45. Ainda pouco

difundido entre os pequenos e médios empresários, esse formato reduz os

custos, proporciona segurança e confiabilidade dos dados.

Para NGC (2007) este modelo passa a ser uma tendência forte para as

PME’s que não precisam investir muito para ter um serviço mais estratégico.

Ainda para o NGC (2007):

Esses sistemas de gestão, que rodam via Internet, podem ser alugados e

não comprados, o que reduz custos. Fique atento, pois quem deve estar

preparado com a tecnologia de ponta e programas inteligentes é o

fornecedor dos sistemas e assim acompanhar as nuances de mercado, e

não as empresas contratantes, que não podem investir muito.

De acordo com Zillig (2011) o software como serviço envolve uma modalidade

de aquisição de softwares na qual se contrata um “serviço” disponibilizado pelo

aplicativo enquanto durar sua assinatura.

Com a plataforma na nuvem o software é hospedado em um data center, com

isto permite que os dados estejam disponível a qualquer realidade empresarial e de

qualquer lugar. As PME’s por sua vez têm a responsabilidade de fazer as suas

escolhas sobre o tipo de serviço que desejam ter em suas empresas.

Segundo Zillig (2011) a busca pela redução de custos virou uma obsessão

nas empresas, com isto os orçamentos estão cada vez mais apertados e de outro

lado, suas operações necessitam ter soluções eficientes. A área de TI não escapa

disso, principalmente no contexto das PME’s brasileiras. Por esse fato, mercados

como o software como serviço, vêm ganhando relevância. 45

Rede de alcance mundial: é um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na

Internet.

Page 46: Monografia - Computação em Nuvem

59

Segundo Chiavone (2011):

Atualmente, esse conceito está intrinsecamente ligado à definição de cloud

computing, pois, ao utilizarem os aplicativos na nuvem e pagar por isso

mensalmente, as empresas estão trabalhando com a definição de software

como serviço.

De acordo com Chiavone (2011) software como serviço é a forma comercial

na qual os softwares (normalmente hospedados ou baixados da nuvem) deixam de

ser licenciados no modelo tradicional e passam a ser considerados como prestação

de serviços, de forma que o usuário paga efetivamente pelo que utiliza, sem

investimentos antecipados, preocupações com versões e com a garantia da

escalabilidade crescente ou decrescente.

Segundo Macedo (2011) as PME’s estão apostando numa nova modalidade

de serviço para atrair novos clientes com custos efetivamente menores e a principal

alternativa encontrada pelas empresas para manter as estruturas de TI sem

comprometer os serviços foi à utilização do modelo software como serviço. Esta

redução nos custos se dá devido à terceirização de alguns serviços de TI da

empresa contratante para o fornecedor software como serviço.

De acordo com Macedo (2011), segundo as estatísticas do IDC e Gartner em

2011, o mercado de software como serviço vai representar 30% do volume de novas

vendas das licenças de softwares no mundo. A razão deste sucesso consiste no fato

do cliente não ter a obrigação de adquirir a licença de uso. Pagando apenas a taxa

mensal baseada no número de funcionários ou funcionalidades que acessam o

serviço já lhe dá o direito de usar.

Outra vantagem para as PME’s está em não haver mais a necessidade de

contratos de manutenção. O usuário passa a usar o software sem se preocupar com

as atividades que no modelo convencional eram básicas, como: instalação,

manutenção, upgrades, backups e entre outros. Estas por sua vez, passam a ser

responsabilidade do prestador de serviços e não do cliente.

Complementando Macedo (2011), explana que o SaaS já é realidade e em

breve estará dividindo o mercado igualmente com a compra de novas licenças.

Para Taurion (2009), a adoção do software como serviço nas PME’s trazem

alguns benefícios, entre eles estão: - simplificação do gerenciamento dos aplicativos;

Page 47: Monografia - Computação em Nuvem

60

- redução do investimento em capital; - velocidade de implementação; - possibilitar

que a área de TI se concentre em apoiar o negocio final da empresa; - acesso às

novas funcionalidades de forma rápida e sem o oneroso processo atual de instalar

novas versões.

Segundo o NGC (2007) software como serviço é o modelo que se

compreende melhor dentro do novo panorama de serviços de informática. Neste as

aplicações de negócios contam com um alojamento à distância e se integram

diretamente nos escritórios dos usuários finais.

O software como serviço resultará cada vez mais economicamente à medida

que mais empresas compartilhem seus custos de infraestrutura, pois a grande

maioria dos fornecedores de computação em nuvem oferece seus serviços em um

modelo público de assinatura ou de pagamento pelo uso.

Por outro lado, apesar destas razões Casey (2011) recomenda algumas

precauções que precisam ser tomadas para sua adoção, entre elas: a segurança

dos dados – um dos dilemas para as PME’s é sobre a disponibilização de dados

vitais e confidenciais da empresa para terceiros; a segurança destes dados deve ser

garantida.

A segunda precaução para se adotar um serviço de computação em nuvem é

a disponibilidade de acesso e a confiabilidade – o provedor deve dispor de

redundâncias e cópias de segurança contornando de forma adequada eventuais

contingências e minimizando prejuízos às vezes, incalculáveis ao cliente.

Para Casey (2011) outra precaução é o plano de emergência – as PME’s

devem ter planos de emergência no caso de migração para outro provedor de

serviço ou para a desistência do uso. Com certeza nestes dois casos haverá perdas

de informações importantes, mas é possível mitiga-las.

A última precaução para se adotar um serviço de computação em nuvem são

as regras contratuais – as regras contratuais variam de acordo com o país e deste

modo é preciso muita cautela na seleção e contratação da empresa fornecedora de

serviços.

De acordo com Casey (2011) para se precaver de imprevistos, os contratos

de utilização da computação em nuvem devem abranger aspectos de segurança dos

dados, confiabilidade e recuperação total dos dados com prazo pré-definido.

Além disso, como os dados estão dispersos na rede, muitas vezes torna-se

praticamente impossível definir por onde os mesmos trafegam e onde se hospedam.

Page 48: Monografia - Computação em Nuvem

61

Para o NGC (2007) a recomendação tanto de fornecedores quanto de

analistas é que as PME’s devem investigar o potencial da computação em nuvem

com pouco risco, ao experimentando os serviços disponíveis no mercado antes de

contratá-los, com isto, elas poderão se preparar para um desenvolvimento que,

mudará o modo de provê e acessar a tecnologia.

Complementando NGC (2007):

Além disso, as empresas que aproveitarem o novo modelo de acesso a TI

descobrirão que com menores custos em tecnologia, terão maior agilidade e

capacidade para concorrer em negócios desafiantes. É possível que o cloud

computing ainda não tenha alcançado sua maturidade, mas se a história

dos avanços tecnológicos se repete as empresas preparadas para a

mudança em TI estarão mais bem posicionadas para aproveitar ao máximo

as novas oportunidades.

Para Chiavone (2011) antes das PME’s optarem pela adoção da computação

em nuvem e consequentemente software como serviço, devem avaliar os pontos

principais a seguir.

Em primeiro lugar devem avaliar a segurança – a estrutura de segurança

existente nos servidores que hospedam os arquivos em computação em nuvem é

normalmente muito superior aos modelos tradicionais, usam normalmente tecnologia

de ponta.

Alguns acreditam compartilharam dados sigilosos e estes deixá-los

espalhadas pela nuvem em um servidor que nem ao menos sabe onde está, o que

definitivamente não é verdade.

Complementa Chiavone (2011):

Dessa forma, para o mercado PME, a segurança se torna uma grande

vantagem ao aderir a tecnologias em cloud e no modelo SaaS, pois poderão

contar com esta estrutura robusta - praticamente as mesmas usadas por

instituições de grande porte - como se fosse o servidor da sua empresa. Por

exemplo, as empresas que oferecem backup online garantem a segurança

dos arquivos de várias formas, entre elas através de encriptação, ou seja,

os dados são codificados na máquina do usuário e permanecem codificados

Page 49: Monografia - Computação em Nuvem

62

(encriptados) no servidor na nuvem até que o próprio usuário, através de

suas credenciais de acesso, opte por resgatá-los ao seu computador. Só

então serão decodificados.

Segundo Chiavone (2011) em segundo lugar as PME’s devem avaliar quem é

o fornecedor – igualmente ao serviço convencional, as empresas devem buscar

fornecedores conceituados e serviços com credibilidade no mercado. Por exemplo, o

mesmo cuidado e confiança que são dedicados a comprar um software e instalar em

seus desktops, são necessários na contratação de um serviço em computação em

nuvem.

É necessário inicialmente entender exatamente quais são as finalidades da

solução oferecida para assim ajustar as expectativas da empresa, após isto, buscar

um histórico do fornecedor, por exemplo, se oferecem suporte técnico e

principalmente quais as garantias oferecidas contra as possíveis adversidades.

Para Chiavone (2011) em terceiro lugar as PME’s devem avaliar o link46 de

Internet – este sem duvidas é o ponto de maior importância a ser avaliado na

adoção do modelo software como serviço. Sem um link de internet adequado não

adianta contratar um serviço “completo e maravilhoso” na nuvem, pois, com certeza

dificilmente a expectativa será atendida, independentemente da qualidade do

fornecedor do serviço. Lembramos que como a infraestrutura no Brasil Infelizmente

ainda tem muito a evoluir, alguns prestadores de Internet oferecem garantia de

apenas 10% do total contratado (que é o mínimo garantido pela legislação).

De acordo com Chiavone (2011) a escalabilidade vem em quarto lugar – é

extremamente racional ter uma solução com escalabilidade para as PME’s, pois com

o software como serviço, a tecnologia já está disponível de forma ampla.

De acordo com o crescimento da empresa, futuros investimentos na compra

de licenças ou infraestrutura não serão mais necessários, sendo apenas necessário

adequar à quantidade dos serviços já prestados. Da mesma forma se for necessário

reduzir a quantidade não teremos problemas.

Em quinto lugar as PME’s devem avaliar o custo – com soluções na nuvem,

as empresas estão sempre adequadas ao seu momento, ou seja, como descrito

acima, a escalabilidade leva imediatamente uma discussão em relação às vantagens

46

Ou ligação, é uma referência num documento em hipertexto a outras partes deste documento ou a outro

documento.

Page 50: Monografia - Computação em Nuvem

63

de custo para as PME’s ao investirem em computação em nuvem. A empresa deve

sempre ponderar quais os custos vai ter no modelo tradicional e na adoção de

softwares na nuvem.

Segundo o NGC (2007):

Ao reduzir os custos de TI, o cloud computing poderá proporcionar às

pequenas e médias empresas amplas capacidades computacionais que, de

outro modo, estariam fora do alcance de muitos. E graças à possibilidade de

não possuir e manter hardware e software - e de não necessitar ampla

capacitação para estes sistemas - as pequenas e médias empresas

descobrirão a disponibilidade de mais dinheiro para destinar a outros custos

operativos.

Complementando Chiavone (2011):

No modelo tradicional, é preciso considerar investimentos em licenças,

infraestrutura, servidores, no-breaks47, entre outros. A opção de SaaS está

ligada à possibilidade de transformar gastos antecipados em despesas

mensais adequadas ao volume de utilização, facilitando o fluxo de caixa e a

adequação do investimento de informática à realidade da empresa.

Ainda para Chiavone (2011) as PME’s devem avaliar em sexto lugar o que

levar para a nuvem? Qualquer serviço de computação em nuvem depende

totalmente da internet, por exemplo, uma rede de supermercado, mesmo que seja

pequeno, necessita que a maioria de seus dados sejam armazenados fora da

nuvem, pois os terminais necessitam trocar dados de forma constante, sem

dependência externa.

Complementando Chiavone (2011):

Existe uma previsão de que 50% dos e-mails no mundo estarão

hospedados na nuvem dentro dos próximos três anos, porém para as PMEs

essa adoção será ainda mais rápida. É um desafio muito grande manter um

47

No-break é um sistema de alimentação secundário de energia elétrica que entra em ação, alimentando os

dispositivos a ele ligado, quando há interrupção no fornecimento de energia primária.

Page 51: Monografia - Computação em Nuvem

64

servidor de e-mail, dependendo do porte, pois requer uma manutenção

considerável. Esse é um bom exemplo para entender onde está a redução

de custos. Basta contabilizar o custo de um servidor de e-mail, mais os

respectivos softwares e comparar com o custo de manter um serviço

baseado em web. Além disso, as empresas podem contratar serviços

adicionais como filtragem Anti-Spam48

e antivírus também na nuvem.

3.3 Perspectivas futuras

Para Saraceni et al (2011) a inserção do modelo software como serviço nas

PME’s pode mudar de forma significativa o modo que é consumida a tecnologia da

informação. Existem ainda expectativas de que o mercado de computação em

nuvem venha se acelerar já que é um novo modelo computacional, sustentável, que

poderá aos poucos substituir o modelo atual. As PME’s avaliam que este modelo

propicia economia de custos e crescimento dos negócios.

Gradativamente, mais empresas irão adotar soluções envolvendo a

computação em nuvem e historicamente este conceito ainda é muito novo.

Principalmente, as PME’s ainda têm dúvidas sobre algumas questões.

Segundo Macedo (2011),

O modelo SaaS é fruto da convergência de diversas tecnologias

(networking49, ferramentas de programação e capacidade computacional)

que vem apresentando custos decrescentes. Estudos mostram que o TCO

(Custo Total de Propriedade) reduz em até 30% em relação ao modelo

convencional de compra de licenças de software. Mas, sem dúvida, o

principal aliado desse modelo é o fator ambiental. Ecologicamente correto

(TI verde), a redução de energia é avaliada em mais de 60% com

servidores, no-breaks, climatização e sistemas anti-incêndio, não

mobilizando a estrutura tecnológica do cliente.

De acordo com Zillig (2011) o serviço é uma grande promessa para os

próximos anos: analistas apontam que esse segmento apresenta um crescimento

48

São sistemas que mantém a caixa de entrada livre de e-mails indesejáveis. 49

Networking é a união dos termos em inglês "Net", que significa "Rede" e "Working", que é "Trabalhando". O

termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior será a

possibilidade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional

Page 52: Monografia - Computação em Nuvem

65

vigoroso desde o ano passado, podendo chegar a uma receita global de até US$

21,3 bilhões até 2015.

Segundo Taurion (2009) há estimativas de que em menos de cinco anos

cerca de 80% das empresas já disponibilizarão o SaaS como complementação ou

até mesmo substituição do modelo tradicional.

Nos próximos anos, o crescimento do mercado de software como serviço

deve acontecer principalmente pela chegada de novas empresas que começarão a

trabalhar com esse conceito.

Para Chiavone (2011):

A tendência é a unificação das plataformas de trabalho, para ganhar

mobilidade e gerenciamento via web. Hoje já é possível contar com

soluções integradas e disponíveis não somente no PC ou MAC, mas

também em seu smartphone e tablet, ou seja, uma utilização

multiplataforma.

Para Saraceni et al (2011) de acordo com a NWR, acredita-se ocorrer um

aumento de 19% em clientes de pequeno e médio porte que passem a utilizar esse

tipo de solução.

Uma grande adoção pelo cenário empresarial pode desencadear um novo

processo de revolução na economia. A tecnologia da informação como um todo

apresenta um progresso crescente e cabe aos tomadores de decisões levarem em

consideração todos os aspectos e riscos a fim de tomar uma decisão assertiva

diante das especificidades de um sistema de gestão para sua empresa.

O SaaS é um conceito já entendido em larga escala na realidade das grandes

corporações, ele desperta algumas dúvidas no âmbito das PMEs. Segundo Zillig

(2011) “[...] Ainda existem alguns questionamentos quanto à aceitação nas

pequenas e médias por conta da influência de fatores culturais ou falta de

conhecimento [...]”.

Com essas empresas descobrindo as vantagens do modelo, como a cobrança

mensal, mobilidade escabilidade e ausência de servidores, este mercado fará uma

migração natural para o software como serviço através de contratos ou outro

prestador que ofereça esse benefício.

Page 53: Monografia - Computação em Nuvem

66

Para Chiavone (2011), “[...] o processo de migração é simples, fácil e seguro,

garantindo tranquilidade para as empresas que rapidamente se acostumam com a

comodidade dos novos serviços [...]”. No entanto, como hoje o software como

serviço está ligado diretamente à computação em nuvem, mais ainda existem alguns

desafios a serem superados.

De acordo com Chiavone (2011):

O cloud evoluiu muito e no geral as empresas enxergam esse movimento

como uma realidade. No entanto, essas evoluções não foram suficientes

para dizer que esse segmento já esteja maduro. No Brasil ainda existem

dificuldades com largura de banda para acesso à internet, algumas

preocupações culturais e até mesmo falta de informação a respeito do

conceito.

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67

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta monografia apresentou a origem do termo computação em nuvem, bem

como, os principais aspectos de computação em nuvem e alguns conceitos e

tecnologias relacionadas com estes ambientes.

Foi possível perceber que a computação em nuvem ainda não tem uma

definição clara e completa na literatura, mas que existe um grande esforço neste

sentido. Com a combinação de diversas tecnologias, vem revolucionando a forma de

comercialização dos recursos computacionais, focando na disponibilização dos

recursos em forma de serviços, que podem ser gratuitos os pagos de acordo com a

política da empresa mantedora do mesmo.

No contexto da computação em nuvem como um serviço pode-se observar

que é um paradigma que está cada vez mais popular. Diversas empresas

apresentaram suas iniciativas na promoção da computação em nuvem. A

comunidade científica e grandes consultorias que prestam este serviço também têm

apresentado algumas iniciativas, principalmente com foco em suas necessidades.

Por outro lado, pensando em pequenas e medias empresas, é muito provável

que diversas aplicações destas áreas tornem-se acessíveis através dela, facilitando

a vida dos usuários e profissionais.

Neste estudo, foram discutidos alguns desafios de pesquisa importantes, tais

como aspectos da própria utilização da computação em nuvem, disponibilidade,

gerenciamento de dados, modelos, infraestrutura, segurança e padronização. É

importante ressaltar que, várias soluções, existentes em outros modelos

computacionais, que resolvem ou mitigam estes desafios, podem ser aplicadas em

ambientes de computação em nuvem. Estes desafios geram oportunidades de

pesquisa que devem ser superados, de forma que computação em nuvem seja

amplamente aceita e utilizada por todos.

Avaliando mais a fundo a computação em nuvem, consequentemente,

software como serviço, pode-se verificar certas vantagens de sua adoção para as

PME’s, entre elas destaca-se: a empresa poderá ter acesso a uma arquitetura de

sistema sem a necessidade de adquirir uma licença do software, dispensando o

custo de infraestrutura, da manutenção, dos serviços de apoio, tendo assim um

menor custo total de propriedade, já que não há necessidade, e assim se obtém um

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melhor retorno do investimento. Em contrapartida, é um cenário com grandes

perspectivas de ganhos para os servidores que disponibilizarem esse tipo de

serviço, já que alternativas para o incentivo de investimento em inovação nas PME’s

estão abrindo portas para o aumento de investimento por parte desses empresários.

Procura-se explicar também os riscos desta adoção, como todos são

conhecedores, todas as aplicações estão sujeita a falhas e o Brasil ainda não dispõe

de uma internet estável e de alta velocidade, portanto antes de efetuar um contrato

com uma empresa para colocar seus dados na nuvem é importante verificar bem o

contrato, saber qual a taxa de transmissão da rede, fazer um estudo e verificar se a

rede não estará sujeita a um congestionamento no tráfego de dados, conhecer bem

a empresa e analisar se realmente é viável estar migrando seu sistema para um

ambiente virtual.

Segundo Taurion (2009, p.47) o resultado final é uma transformação pelo qual

os usuários compram tecnologias, bem como os fornecedores vendem seus

produtos e serviços.

Com o mundo corporativo cada vez mais competitivo, as organizações nos

próximos anos, serão pressionadas para se mostrarem mais eficientes, com isto a

computação em nuvem vai se destacar como sendo uma das melhores alternativas.

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