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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS VIRGINIA PAIXÃO KLEM Orientadora Profª Luciana Madeira Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO DE UMA

EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS

VIRGINIA PAIXÃO KLEM

Orientadora

Profª Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO DE UMA

EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão e Planejamento

Tributário.

Por: .Virgínia Paixão Klem

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AGRADECIMENTOS

....A Deus primeiramente pelo Dom da

Vida..., aos amigos, marido, parentes,

e ao meu chefe Alcir Batista G. Filho,

que me ajudou nesta nova caminhada,

etc......

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado às pessoas que

sempre estiveram ao meu lado pelos

caminhos da vida, me acompanhando,

apoiando e principalmente acreditando

em mim: Meus pais: Elenilta Paixão e

Carlos Fernando Klem, aos meus irmãos

Philipe, Carlos e Raphael, e meu marido

Davi da Conceição.

RESUMO

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Quem tem uma empresa sabe o quanto é difícil manter em dia os

pagamentos dos impostos!

Esse estudo mostrará que o Planejamento Tributário para uma empresa

prestadora de serviço é a forma legal para identificar possibilidades de pagar

menos impostos dentro da lei. Um Planejamento tributário adequado poderá

trazer considerável economia de impostos.

A sistemática da tributação, poderá ser escolhida pela empresa,

conforme seu planejamento tributário, podendo a empresa optar pelo Lucro

Real ou Lucro Presumido, desde que atendidos todos os demais aspectos da

legislação tributária.

Mas antes de qualquer decisão, é fundamental fazer uma análise

profunda da situação atual, não se esquecendo de levar em conta as

expectativas de crescimento com base no cenário do seu negócio.

METODOLOGIA

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A coleta do material para o problema proposto,foi feita com leituras de

livros, pesquisas pela internet, revistas, apostilas.... Como fundamentação

bibliográfica será utilizado, principalmente, os autores conceituados na área de

tributos. Também será coletado conhecimento teórico em jornais, para obter

um maior aprofundamento do assunto procurando direcionar todo esse

material para a realização da monografia. Na abordagem prática do caso em

estudo, serão levantados dados relevantes para serem analisados para

posterior elaboração de planilhas onde buscar-se-ão resultados apropriados

que serão prudentes e ajustados levando ao conhecimento da empresa as

formas de tributação, onde os sócios poderão optar por qual seja menos

agravante.

SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A História 10

CAPÍTULO II - Os Tributos 13

CAPÍTULO III – Lucro Real X Lucro Presumido

e Comparativos 20

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

ÍNDICE 46

FOLHA DE AVALIAÇÃO 48

INTRODUÇÃO

A contabilidade é de fundamental importância para a tomada de

decisão gerencial nas empresas. Tem como finalidade principal coletar,

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sistematizar e registrar fatos contábeis praticados pela empresa,

demonstrando sua real situação patrimonial e financeira, acordado com os

princípios e normas de contabilidade.

Com a intenção de se estabilizar no mercado e enfrentar a

concorrência, as empresas vem procurando soluções para reduzir seus custos

e obter lucros. O empresário, muitas vezes, não tem o conhecimento da

responsabilidade fiscal e, quando se depara com tais conhecimentos, perde o

controle da situação.

O tema a ser exposto consiste em uma abordagem sobre o

Planejamento Tributário Lucro Real x Lucro Presumido, de uma empresa

prestadora de serviço.

É possível, através de um planejamento tributário, reduzir o pagamento

de impostos, optando apenas pela tributação correta?

Um dos maiores problemas para a sobrevivência das empresas

brasileiras, além de má gestão, é a elevada carga tributária que, segundo

levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em

Novembro de 2012, correspondeu a 40% do Produto Interno Bruto (PIB).

A carga tributária elevada vem dos 63 tributos diferentes que são

cobrados das empresas e das famílias brasileiras:

• 05 – Impostos Estaduais;

• 10 – Impostos Municipais;

• 48 – Impostos Federais.

Essa pesquisa busca identificar, segundo os autores, vantagens e

desvantagens de empresas de Prestação de Serviços no Brasil, optarem pela

tributação Lucro Real ou Lucro Presumido: Conceituar as contribuições e

impostos; Conceituar Lucro Presumido, as pessoas jurídicas obrigadas a esse

regime, alíquotas, deduções e exclusões; Conceituar Lucro Real, as pessoas

jurídicas obrigadas a esse regime, alíquotas, deduções, exclusões e créditos

permitidos em Lei; Analisar o impacto da utilização do IRPJ e CSLL no Lucro

Presumido e no Lucro dentro do objeto estudado.

Segundo Borges (2002), torna-se imprescindível o planejamento

tributário nas organizações a fim de amenizar seus custos, principalmente no

que se refere ao pagamento de tributos, fundamental para o fluxo de caixa. O

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planejamento tributário possibilita a redução e/ou retardamento do valor do

tributo devido, utilizando processos que permitam o estudo preciso e detalhado

do cotidiano e dos diversos setores da organização.

No primeiro capítulo, deste trabalho, será apresentada a história da

contabilidade e como surgiu o planejamento tributário.

CAPÍTULO I

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE E O SURGIMENTO DO

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

1.1 – História da Contabilidade

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Encontram-se registros de que a contabilidade surgiu por volta de 4.000

anos antes de Cristo devido à necessidade de o homem inventariar seus

rebanhos. Por aí se percebeu que o homem sempre se preocupou com seu

patrimônio.

No mundo contemporâneo, onde a concorrência é acirrada entre as

organizações, torna-se fundamental uma contabilidade de qualidade que

priorize informação correta. Dessa forma, o usuário pode desenvolver um

planejamento estratégico que permite a avaliação de estratégias a partir da

definição dos objetivos propostos. Além de a organização poder se aprofundar

em seu ambiente interno e externo, ela pode traçar metas a serem atingidas.

1.2 – Implantação do Sistema Tributário no Brasil

A evolução da atividade econômica brasileira dá-se pela transformação

dos sistemas tributários, feitos ainda pelo Brasil Colônia com as Provedorias da

Real, que após sua extinção em 1770, surgem às primeiras repartições

tributárias no Brasil.

A partir do ano 1960 com o crescimento da arrecadação e aumento da

carga tributária nacional, que estava em torno de 16% e 18% do Produto

Interno Bruto (PIB) no início da década, e a partir de 1968 passou para mais de

24% do PIB.

Segundo Marque (1995 p. 58 a 61); “No segundo Império em 1843, aconteceu

à primeira tentativa de tributar-se a renda no Brasil, através da edição da Lei

317 de 21 de outubro de 1843, dentro do orçamento do Império”.

Em seu artigo 31, a Lei 4625/22 estabelecia Art. 31 –“Fica instituído

imposto sobre a renda, que será devido anualmente, por toda pessoa, física ou

jurídica, residente do território do país, e incidirá em cada caso, sobre o

conjunto líquido dos rendimentos de qualquer origem”.

Segundo Camargo (1997 p. 105),“O Imposto de Renda tem sua origem

na Lei 4625 de 31 de dezembro de 1922, que orçou a receita geral da

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República para o exercício de 1923, é o tributo de maior importância não só no

tocante ao volume de arrecadação, mas também, como um poderoso

instrumento do qual o Governo procura promover a melhor distribuição de

renda no país.”

1.3 - Metodologia da Pesquisa

O conhecimento está fortemente apoiado por dados, que têm justificação

ou estão bem fundamentados, Segundo Galiano (1979, p.17), conhecimento:

É estabelecer uma relação entre a pessoa que conhece e o

objetivo que passa a ser conhecido. No processo de

conhecimento, quem conhece acaba por, de certo modo,

apropriar-se do objeto que conheceu. De certa forma, ‘engole’ o

objeto que conheceu. Ou seja, transforma em conceito esse

objeto, resumindo-se em sua mente.

Ciência é o conjunto de conhecimentos certos ou prováveis, comprovados

pela pesquisa, que segundo Ander-Egg (apud MARCONI e LAKATOS, 1986,

p.2), “são obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis, que fazem

referência a objetos de uma mesma natureza.”

O desenvolvimento deste estudo será através da pesquisa exploratória que

para Gil (1991, p.45):

Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o

problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir

hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como

objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de

intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de

modo que possibilite a consideração dos mais variados

aspectos relativos ao fato estudado.

No capítulo seguinte, será abordado o tema, Tributos.

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CAPÍTULO II

TRIBUTOS

2.1 – Tributos

A Constituição Federal de 1988, não define o que é tributo, mas o

Código Tributário Nacional Lei 5.172/66, oferece a seguinte definição:

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Art. 3° - Tributo é toda prestação de pecuniária compulsória, em

moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua

sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada.

Art. 5° - A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato

gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para

qualificá-la: I – a denominação e demais características formais

adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da sua

arrecadação.

Uma vez que a definição não é clara, os tributos podem ser divididos em

várias espécies, conforme Spagnol Botelho Werther (2004) veja-se:

“1) a distinção é feita fundamentalmente pela análise do fato

gerador da obrigação; 2) o nome dado pelo legislador ao tributo

é irrelevante; 3) a destinação dada em lei ao produto da

arrecadação igualmente desimporta”.

Considerando o texto do autor, observa-se que o elemento decisivo para

a identificação da espécie tributária seria encontrado pela análise do fato

gerador da obrigação, se vinculado ou não a uma atividade estatal, mas existe

uma classificação por três partidas dos tributos, pelo meio do qual teríamos os

impostos, taxas e contribuições de melhoria, é o que define o Spagnol Botelho

Werther (2004):

a) IMPOSTO: quanto o fato gerador da obrigação não estiver

vinculado a uma atividade estatal (ex: perceber renda ou

possuir um veículo);

b) TAXA: quanto o fato gerador da obrigação estiver vinculado a

uma atuação estatal, relativa ao contribuinte, que pode consistir

na prestação de um serviço regular do poder de polícia (ex: o

fornecimento de água); e

c) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: quanto o fato gerador estiver

vinculado à execução de obra pública, que venha acarretar

especial valorização sobre um imóvel particular (ex:

asfaltamento de ruas).

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2.2 - Contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

A COFINS, atualmente, é regida pela Lei 9.718/98, com as alterações

subseqüentes.

Sua alíquota é de 7,6% para as Empresas tributadas pelo Lucro Real

(sistemática da não- cumulatividade) e de 3,0% para as demais. Tem por base

de cálculo de acordo com o Portal Tributário: “O faturamento mensal (receita

bruta da venda de bens e serviços), ou o total das receitas da pessoa jurídica”.

São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito

privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela

Legislação do Imposto de Renda, exceto as Microempresas

(ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP), submetidas ao

regime do Simples (instituída pela Lei 9.317/96, alterada pela

LC 123/2006, que entrou em vigor em 1° de Julho de 2007),

que recolhem a contribuição, além de outros tributos federais

(IRPJ, CSLL, PIS).

A incidência da COFINS é direta e não cumulativa, com apuração

mensal. As empresas que apuram o lucro pela sistemática do Lucro

Presumido, no entanto, trabalham com a incidência da COFINS pela

sistemática cumulativa.

Existem até mesmo empresas que se sujeitam à cumulatividade sobre

apenas parte de suas receitas. A outra parte se sujeita à sistemática não

cumulativa. Estas particularidades tornam este tributo, juntamente com a

Contribuição para o PIS.

2.3 - Programa de Integração Social (PIS)

Primeiramente havia 04 (quatro) modalidades de cobrança do PIS:

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a) PIS sobre Faturamento – definido após pelo CMN (Conselho

Monetário Nacional) como as Receitas Brutas ditadas pela

Legislação do Imposto de Renda;

b) PIS sobre Prestação de Serviço – que não era considerado

Faturamento, ainda que houvesse a duplicata de serviços;

c) PIS Repique – que era calculado com base no Imposto de

Renda, devido também pelos prestadores de serviço, e;

d) PIS sobre folha de pagamento – para as entidades sem fins

lucrativos, que, porém eram empregadoras.

As Leis 10.637/02 e 10.833/03 regem e organizam principalmente o PIS

e a COFINS.

Após alguns anos o PIS passou a ser arrecado pela Secretaria da

Receita Federal (SRF), passando por várias modificações legais.

Essa mudança ocasionou reação dos contribuintes, pois na mesma

época havia sido criado o Finsocial (atual COFINS), que ainda tinha como base

as Receitas. Após esse fato, o Governo editou Medida Provisória (1.676)

tentando continuar com a cobrança sobre as receitas operacionais, o que

também provocou protestos, sob a tese de que a medida provisória não

poderia alterar a Lei Complementar de 1970. A medida provisória foi convertida

na Lei 9.715 de 25 de novembro de 1998. Fazendo muitas empresas voltaram

a recolher o PIS sobre faturamento, serviços e o PIS Repique, com base na LC

07/70, via ação judicial, até que fosse aprovada uma Lei Complementar que

definissem a questão, dentro da nova ordem constitucional instaurada em

1988.

As empresas sujeitas à apuração das contribuições não cumulativas ao

PIS e COFINS estarão obrigadas a entregar o DACON – DEMONSTRATIVO

DE APURAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS.

A Instrução Normativa SRF nº 387, de 20 de janeiro de 2004, instituiu o

DACON, estabelecendo prazo de entrega até o último dia útil do mês

subseqüente ao término do trimestre-calendário de referência, para o 1º

trimestre de 2012, até 30 de abril e assim sucessivamente.

2.4 - Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

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São contribuintes as pessoas jurídicas e as empresas individuais. As

entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência

sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas

jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que

perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento

do passivo (Lei 9.430/96, art. 60).

Regida pelo Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (RIR/99).

As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como

suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais

pessoas jurídicas (Constituição Federal, art. 173 § 1º).

A forma de tributação para as pessoas jurídicas são as seguintes:

è Simples;

è Lucro Presumido;

è Lucro Real;

è Lucro Arbitrado.

A base de cálculo do Imposto, determinada segundo a Lei vigente na

data de ocorrência do fato gerador, é o Lucro Real, Presumido ou Arbitrado,

adequado ao período de apuração, segundo o Portal Tributário.

Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e

rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja data,

independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou

contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua

finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de

incidência do imposto.

O período de computação do Imposto será determinado com base no

Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, por períodos de apuramento trimestrais,

encerrados nos dias 31 de Março, 30 de Junho, 30 de setembro e 31 de

Dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o Lucro Real

ainda pode ser apurado por período anual conforme a necessidade da

Empresa.

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A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto

à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de

conformidade com o Regulamento,inclusive, à pessoa jurídica que explore

atividade rural.

Adicional

A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação

de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período

de apuração, se sujeita à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10%

(dez por cento).

2.5 - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

A CSLL ou CSSL foi instituída pela Lei nº 7.689/88. Aplicam-se as

mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto

de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo e as alíquotas

previstas na legislação em vigor (Lei nº 8.981, de 1995, art. 57).

Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real,

Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro

Presumido (CSLL), também pela forma escolhida.

2.5.1 - Base de cálculo

A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base

de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro

presumido corresponderá a:

• Lucro Presumido:

I – 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços

hospitalares e de transporte;

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II – 32%:

a) Prestação de serviços em geral, exceto a de

serviços hospitalares e transporte;

b) Intermediação de negócios;

c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis,

móveis e direitos de qualquer natureza.

• Lucro Real:

A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o

lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação.

2.5.2 – Alíquota

Até 30 de Abril de 1999 a alíquota. A partir de 01.05.1999, a alíquota

foi majorada para 12% e a partir de01.02.2000 a alíquota é de 9%.

Receita Bruta – Regime de competência ou regime de caixa vinculado à opção

da tributação do IRPJ.

Se, em decorrência da Instrução Normativa 104/98, a empresa apurar

o IRPJ no Lucro Presumido segundo o regime de caixa sobre a receita bruta,

deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também pelo regime de

caixa.

No caso de ter optado pela tributação do IRPJ pelo regime de

competência, fará a apuração da CSLL segundo este regime.

Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no

IRPJ, vincula a forma de apuração da CSLL.

Além dos tributos previstos na legislação tributária que incidem sobre o

seu faturamento, como PIS, COFINS e ISS, que são comuns a todas as

empresas prestadoras de serviços, essas ainda

pagam impostos e contribuições sobre o Lucro. Para esse fim, as empresas

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podem optar por umas das duas modalidades previstas na Lei, ou seja, Lucro

Presumido ou Lucro Real.

No terceiro capítulo, será abordado o Lucro Real x Lucro Presumido e

seus Comparativos.

CAPÍTULO III

LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDOS E

COMPARATIVOS

3.1 - Lucro Presumido

O Lucro Presumido surgiu em 1943 através do Decreto Lei 5844.

É a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR) e

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Segundo Vallim (2008):

“É uma forma de tributação onde usa-se como base de cálculo

do imposto, o valor apurado mediante a aplicação de um

determinado percentual sobre a receita bruta.”

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A expressão Lucro Presumido representa uma modalidade de

apuração de apenas 02 tributos: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pagos trimestralmente.

As alíquotas dos tributos são aplicadas sobre um lucro que se

presume, que constitui a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Para as

empresas de prestação de serviços, de modo geral, a base de cálculo do Lucro

Presumido é de 32% do faturamento mensal.

O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para

resolução da base de cálculo do IR e da CSLL das pessoas jurídicas que não

estiverem sujeitas, no ano-calendário, à apuração do Lucro Real.

• IRPJ: 15% para faturamento trimestral até R$ 187.500,00;

• IRPJ: 25% sobre a parcela do faturamento trimestral superior a R$

187.500,00;

• CSLL: 9% sobre qualquer valor de faturamento.

3.1.1 Pessoas Jurídicas obrigadas a este regime

Várias empresas que estejam dentro do limite e possibilitadas, por lei

ficam em dúvida na hora de optar por qual método de tributação irão seguir. Ao

apurarem o IRPJ e a CSLL fia a dúvida: Lucro Real ou Lucro Presumido?

De acordo com a Receita Federal:

A partir de 01.01.2003, a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-

calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e

oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais)

multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior,

quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com

base no Lucro Presumido.

A base que servirá para calcular o IRPJ e a CSLL será diferenciada nos

métodos de apuração, porém as alíquotas de presunção de Lucro que

ocorrerão sobre a receita bruta da atividade econômica serão os mesmos.

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3.1.2 Alíquotas de Presunção do IRPJ e da CSLL

Quadro 01 – Tipos de Atividades – Lucro Presumido

Grupo Tipos de Atividade

I Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool

etílico carburante e gás natural

II

Venda de mercadorias - Transporte de cargas - Serviços hospitalares -

Atividades imobiliárias - Atividade Rural - Construção por empreitada

com emprego de material próprio - Industrialização com material

fornecido pelo encomendante - Outras atividades sem percentual

específico.

III

Serviços de transporte (exceto cargas) - Serviços em geral cuja receita

bruta anual seja inferior a R$ 120.000,00 (exceto hospitalares, de

transporte, de profissão regulamentada)

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IV

Serviços em geral (inclusive mão-de-obra para construção civil e

profissão regulamentada) - Intermediação de negócios - Administração,

locação ou cessão de bens móveis, imóveis e de direitos de qualquer

natureza

Fonte: Receita Federal

O Lucro Presumido adota o princípio da cumulatividade, ou seja, no

regime cumulativo a empresa não tem direito deste crédito na entrada, o que

lhe obriga a contabilizar como “custo” os tributos pagos correspondente as

suas entradas.

O PIS e a COFINS são calculados diretamente sobre o

faturamento bruto da empresa e tem valores respectivamente equivalentes a

0,65% e 3%.

A tabela abaixo já demonstra o percentual prático a ser aplicado sobre a

receita para os vários tipos de atividades empresariais.

Quadro 02 – Alíquotas praticadas – Lucro Presumido

Atividade

Lucro

Presumido

Base de Cálculo

(percentual

sobre a receita

Bruta)

IRPJ

(alíquota 15%)

(percentual

prático sobre

a receita)

Lucro

Presumido

Base de Cálculo

(percentual

sobre a receita

Bruta)

CSLL

(alíquota 9%)

(percentual

prático sobre a

receita)

I 1,6 % 0,24 % 12 % 1,08 %

II 8 % 1,2 % 12 % 1,08 %

III 16 % 2,4 % 12 % 1,08 %

IV 32 % 4,8 % 32 % 2,88 %

Fonte: Receita Federal

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23

A alíquota do IRPJ sobre o Lucro Presumido é de 15%.

Nas empresas prestadoras de serviço há possibilidade de reduzir o

percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, é necessário observar

que:

1) A atividade exercida deve ser exclusivamente de prestação de serviços;

2) A receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00 (cento e vinte mil

reais).

Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$

120.000,00, a empresa deve pagar a diferença do imposto, pelo percentual de

32%, em relação a cada mês transcorrido.

As pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido determinarão a

base de cálculo da Contribuição Social, que será de 12%, em regra geral,

sobre a receita bruta com adições devidas.

Desde o dia 01.09.2003, o percentual a ser aplicado sobre a receita

bruta auferida no mês é de 32% para aqueles que exerçam as seguintes

atividades (IN SRF 390/04, art. 89):

a) Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de

transportes, inclusive de carga;

b) Intermediação de negócios;

c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, imóveis e direitos

de qualquer natureza;

d) Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de

contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de

vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

A alíquota da Contribuição Social é de 9% como regra geral.

As empresas deverão apresentar mensalmente a:

è DACON (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais);

è DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais);

è SPED (Sistema Público de Escrituração Digital);

E, apresentarão anualmente a:

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è DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa

Jurídica);

è DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte).

Exemplo de aplicação:

Receita trimestral: R$ 200.000,00 (100%)

Lucro Presumido = R$ 200.000,00 x 32% = R$ 64.000,00

Quadro 03 – Cálculo sobre receita Trimestral – Lucro Presumido

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS = R$200.000,00 x 3% R$ 6.000,00 3%

PIS = R$200.000,00 x 0,65% R$ 1.300,00 0,65%

IRPJ = R$64.000,00 x 15% R$ 9.600,00 4,8%

CSLL = R$64.000,00 x 9% R$ 5.760,00 2,88%

TOTAL: R$ 22.760,00 11,33%

3.2 - Lucro Real

Essa opção deve ser adotada quando o Lucro efetivo (Receitas menos

Despesas efetivamente comprovadas) é inferior a 32% do Faturamento do

período e pode ser apurado trimestral ou anualmente.

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É um regime de tributação que os impostos IRPJ e a CSLL são

apurados a partir do lucro real que a empresa obteve no período. O PIS e a

COFINS, são calculadas normalmente sobre o faturamento.

A Receita Federal define Lucro Real da seguinte forma:

É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo

registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de

acordo com as leis comerciais e fiscais. A apuração do lucro

real é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real –

LALUR, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do

período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e

compensações de prejuízos fiscais autorizadas pela legislação

do Imposto de Renda, de acordo com as determinações

contidas na Instrução Normativa SRF n° 28, de 1978, e demais

atos legais e infralegais posteriores.

Lucro Real segundo SILVA, (2006, p.01):

Lucro Real é o lucro líquido, apurado com observância das

normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas

adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação

do Imposto de Renda (RIR/99).

A apuração do Lucro Real demanda uma estrutura administrativa mais

complexa, pois a empresa terá que fazer o levantamento de balanços ao final

de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com o período de apuração

escolhido pela a pessoa jurídica.

As vantagens do Lucro Real são:

è Não existe possibilidade de pagamento a maior ou a menor do

que devido, pois o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa

jurídica;

è Compensação de prejuízos conforme legislação orienta;

è Opção por Incentivos Fiscais;

è E como no Lucro Presumido, a distribuição aos Sócios do Lucro

Efetivo.

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A principal desvantagem do Lucro Real decorre da obrigatoriedade de

escriturações comercial e fiscal.

A opção para o Lucro Real está aberta para todas as empresas, mas

existem certas particularidades que fazem ser obrigatórias a opção, como

exemplo empresa que explorarem da atividade bancária, na forma da IN SRF

n° 38 de 1997, que o seu faturamento ultrapassar a R$ 48.000.000,00

(quarenta milhões de reais) no ano-calendário ou R$ 4.000.000,00 (quatro

milhões reais) – multiplicado pelo número de meses do período, quando

inferior a 12 (doze) meses – mensal ou que usufrua de lucros, rendimentos ou

ganhos de capital oriundo do exterior entre outras particularidades ou que, no

decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do Imposto

de Renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2°

da Lei 9.430, de 1996.

Segue abaixo os principais ajustes na apuração do Lucro Real, dentre

os quais destacam-se algumas das principais adições, enumeradas de acordo

com a Receita Federal (2010):

• Brindes;

• Gastos com aluguéis, arrendamento de bens móveis e imóveis não

relacionados com a atividade da empresa;

• Gastos com depreciação, amortização, manutenção, reparo e demais

gastos com bens móveis e imóveis não relacionados com a atividade

da empresa;

• Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores; e

• Multas fiscais e multas por infrações de natureza não tributárias.

Além das adições, existem as exclusões:

• Resultado positivo de equivalência patrimonial;

• Lucros e dividendos recebidos de investimentos;

• Deságios amortizados;

• Provisões adicionadas anteriormente;

• Investimento em projeto áudio visual; e

• Depreciação acelerada incentiva.

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Esse regime adota o princípio da não cumulatividade, ou seja, a

empresa pode se creditar dos tributos pagos em suas entradas e compensá-

los com aqueles devidos em suas saídas. Outra coisa que se diferencia do

Lucro Presumido é a questão das alíquotas do PIS e da COFINS que são

respectivamente equivalentes a 1,65% e 7,6%

A apuração e o pagamento da COFINS serão efetuados mensalmente

com o código 5856 e o PIS com o código 6912.

O registro contábil do PIS e da COFINS é denominado COFINS a

recuperar e PIS a recuperar, no momento da entrada dos itens que a lei

permite crédito. De acordo com Paulo Henrique Pegas (2002),

Na escrituração contábil, quando a empresa adquirir estoques

para revenda, deverá destacar o PIS e a COFINS do valor da

mercadoria. Assim, estas contribuições não serão pagas

exatamente sobre a diferença entre o valor da venda e a

compra dos bens vendidos. O valor pago será encontrado pela

diferença entre o valor da venda e a compra dos bens

vendidos. O valor pago será encontrado pela diferença entre

devido total (9,25% sobre as receitas menos as exclusões

permitidas) e o valor creditado nas aquisições de bens e

serviços que a legislação permite. O PIS e a COFINS,

destacados nas compras devem ser registrados no ativo

circulante, nas contas de PIS a Recuperar e COFINS a

Recuperar.

Determinação da base de cálculos por estimativa:

Quadro 04 – Tipos de Atividade – Lucro Real

Grupo Tipos de Atividade

I Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool

etílico carburante e gás natural;

II

Venda de mercadorias - Transporte de cargas - Serviços hospitalares

- Atividades imobiliárias - Atividade Rural - Construção por

empreitada com emprego de material próprio - Industrialização com

material fornecido pelo encomendante - Outras atividades sem

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percentual específico.

III

Serviços de transporte (exceto cargas) - Serviços em geral cuja

receita bruta anual seja inferior a R$ 120.000,00 (exceto

hospitalares, de transporte, de profissão regulamentada)

IV

Serviços em geral (inclusive mão-de-obra para construção civil e

profissão regulamentada) - Intermediação de negócios -

Administração, locação ou cessão de bens móveis, imóveis e de

direitos de qualquer natureza

Fonte: Receita Federal

A tabela abaixo já demonstra o percentual prático a ser aplicado sobre

a receita para os vários tipos de atividades empresarias:

Quadro 05 – Alíquotas praticadas – Lucro Real

Atividade

Lucro Real

Base de

Cálculo

(percentual

sobre a receita

Bruta)

IRPJ

(alíquota 15%)

(percentual

prático sobre a

receita)

Lucro Real

Base de

Cálculo

(percentual

sobre a receita

Bruta)

CSLL

(alíquota 9%)

(percentual

prático sobre a

receita)

I 1,6 % 0,24 % 12 % 1,08 %

II 8 % 1,2 % 12 % 1,08 %

III 16 % 2,4 % 12 % 1,08 %

IV 32 % 4,8 % 32 % 2,88 %

Fonte: Receita Federal

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Como ocorre no Lucro Presumido, as empresas prestadoras de serviço

há a possibilidade de reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para

16%, desde que obedeça aos seguintes requisitos:

3) A atividade exercida deve ser exclusivamente a prestação de serviços;

4) A receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00.

Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$

120.000,00, a empresa deve pagar a diferença do imposto, pelo percentual de

32%, em relação a cada mês transcorrido.

Em relação às declarações, no Lucro Real, a Secretaria da Receita

Federal (SRF) é altamente exigente. As empresas que optarem por esse

regime deverá apresentar mensalmente a:

è DACON (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais);

è DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais);

è FCONT

E, anualmente, apresentarão:

è DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa

Jurídica);

è DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte).

Exemplo de Aplicação:

Receita Trimestral: R$ 200.000,00 (100%)

Lucro Real Apurado: R$ 200.000,00 X 20% = R$ 40.000,00

Quadro 06 – Cálculo sobre receita trimestral – Lucro Real

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS (7,6% X R$ 160.000,00) R$ 12.160,00 6,08%¹

PIS (1,65% X R$ 160.000,00) R$ 2.640,00 1,32%¹

IRPJ (15% X R$ 40.000,00) R$ 6.000,00 3%

CSLL (9% X R$ 40.000,00) R$ 3.600,00 1,8%

TOTAL: R$ 24.400,00 12,20%

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¹ Considerando deduções do PIS e da COFINS não cumulativos de 20% (Base de Cálculo R$

160.000,00)

3.3 - Comparativos entre o Lucro Real e o Lucro Presumido.

O processo de elaboração de um planejamento tributário se

compreende em cinco fases são elas (segundo Borges, 2002):

1) A pesquisa do fato objeto do planejamento tributário;

2) A articulação das questões fiscais oriundas do fato pesquisado;

3) Estudo dos aspectos jurídico-fiscais relacionados com as

questões decorrentes do fato pesquisado;

4) Conclusão;

5) Formalização do planejamento elaborado num expediente

técnico-funcional.

O primeiro passo para a elaboração do planejamento tributário é o

levantamento de dados pertinentes à atividade da empresa. O levantamento

deve variar conforme a natureza, características, tipo e extensão das questões

envolvidas no planejamento tributário, bem como em face às peculiaridades

operacionais da organização empresarial.

A seguir é apresentada uma comparação entre os regimes de

tributação, Lucro Presumido e Lucro Real de uma empresa de Prestação de

Serviço, onde o seu Faturamento Bruto apurado no 1° Trimestre de 2013 foi de

R$ 700.000,00. Intitularemos a Empresa como “Connect Serviços Contábeis

Ltda.”

Nesse momento será realizada a apuração do regime Lucro

Presumido, conforme tabela abaixo:

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Quadro 07 – Apuração impostos trimestrais – Lucro Presumido

LUCRO PRESUMIDO

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Apuração de impostos do 1º Trimestre de 2012.

Faturamento Bruto do Trimestre R$ 700.000,00

Base de Cálculo para o PIS E COFINS R$ 700.000,00

PIS – Alíquota 0,65% (700.000,00 x 0,65%) R$ 4.550,00

(-) PIS Retido R$ 0,00

(=) PIS a Pagar R$ 4.550,00

COFINS – Alíquota 3% (700.000,00 x 3%) R$ 21.000,00

(-) COFINS Retido R$ 0,00

(=) COFINS a Pagar R$ 21.000,00

Base de Cálculo P/ CSLL (700.000,00 x 12%) R$ 84.000,00

CSLL – Alíquota 9% (84.000,00 x 9%) R$ 7.560,00

(-)CSLL Retido R$ 0,00

(=)CSLL a Pagar R$ 7.560,00

Base de Cálculo P/ IRPJ (700.000,00 x 32%) R$ 224.000,00

IRPJ – Alíquota 15% (224.000,00x 15%) R$ 33.600,00

(+)Adicional de IR R$ 0,00

(-)IRPJ Retido R$ 0,00

(=)IRPJ a Pagar R$ 33.600,00

Valor total do imposto devido no 1° Trimestre de 2013 R$ 66.710,00

Fonte: Dados calculados pelo autor da Monografia

Lucro Presumido é a forma simplificada da tributação, através de

percentuais de presunção de Lucro, observando períodos de apuração

trimestral. As alíquotas de PIS e COFINS são cumulativas e são 0,65% e 3%,

respectivamente, diminuindo em relação ao Lucro Real, observando-se

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33

consideráveis diferenças entre o valor do pagamento desses tributos fazendo

com essa diferença torna-se maximização do lucro da empresa, tornando-se a

principal diferenciação entre as duas modalidades.

Para completar a comparação entre os regimes tributários, será

realizada a apuração dos impostos no Lucro Real, para ver como a empresa

se comporta. Usando compensação dos créditos de PIS e COFINS:

Quadro 08 – Apuração dos impostos trimestrais – Lucro Real

LUCRO REAL

Faturamento Bruto do 1°

Trimestre R$ 700.000,00

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Base de Cálculo

R$ 700.000,00

Crédito de PIS/COFINS

Compra de mercadorias

R$ 458.262,03

Despesas com Pessoal

R$ 35.590,46

Energia Elétrica

R$ 8.956,31

Telefone

R$ 1.896,50

Depreciação

R$ 5.100,00

Aluguel

R$ 7.200,00

Base de Cálculo dos Créditos

R$ 517.005,30

Cálculo do PIS

PIS aliquota 1,65% (700.000,00 x 1,65%) R$ 11.550,00

(-) PIS a Recuperar (517.005,30 x 1,65%) R$ 8.530,58

(=) PIS a pagar

R$ 3.019,42

Cálculo do COFINS

COFINS alíquota 7,6% (700.000,00 x 7,6%) R$ 53.200,00

(-) COFINS a Recuperar (517.005,30x7,6%) R$ 39.292,40

(=) COFINS a Pagar

R$ 13.907,60

Total do PIS/COFINS: 1° Trimestre 2012 R$ 16.927,02

Fonte: Dados calculados pelo autor da Monografia

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE

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1º Trimestre de 2011

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

(+) Prestação de Serviços R$ 700.000,00

(=) TOTAL DA RECEITA R$ 700.000,00

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

(-) PIS R$ 11.550,00

(-) COFINS R$ 53.200,00

(-) Custo dos Serviços Prestados R$ 255.000,00

(=) TOTAL DAS DEDUÇÕES R$ 319.700,00

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA R$ 380.300,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

(-) Despesas com pessoal R$ 35.500,00

(-) Energia Elétrica R$ 9.000,00

(-) Telefone R$ 1.900,00

(-) Depreciação R$ 5.100,00

(-) Aluguel R$ 7.200,00

(-) Honorários Advocatícios R$ 5.000,00

(-) Despesas Financeiras R$ 90.000,00

(=) TOTAL DAS DESPESAS R$ 153.700,00

(=) LUCRO ANTES IRPJE CSLL R$ 166.000,00

(-) IRPJ R$ 24.900,00

(-) CSLL R$ 14.940,00

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(=) LUCRO DO EXERCÍCIO R$ 126.160,00

Fonte: Dados calculados pelo autor da Monografia Quadro 09 – DRE – Lucro Real

O PIS e a COFINS neste regime é não cumulativo e as alíquotas

incidentes são mais altas, e apesar do direito a deduções do valor a pagar por

meio de créditos previstos em legislação, acarretou um alto valor a recolher.

Essa forma de tributação estabelecida pela legislação do Imposto de

Renda está ao alcance de qualquer empresa, ou seja, todas as empresas,

independentemente de seu ramo de atividade ou do seu porte podem optar

pela tributação com base no Lucro Real.

Outro fator considerado responsável por grande desencaixe monetário

é o valor do INSS (Patronal) com percentual de 27,8%, ocasionando também

um impacto financeiro grande.

No Lucro Real com opção pelo balancete de redução/suspensão,

tributa-se o lucro apurado pela contabilidade e ajustado de acordo com a

legislação vigente. Sobre essa base de cálculo, aplica-se o percentual de 15%

para o IRPJ e 9% para CSLL.

Com opção pela estimativa mensal, deve-se aplicar o mesmo

tratamento dado ao Lucro Presumido. Porém, não integram a base de cálculo

do imposto de renda mensal, nas seguintes receitas:

I - os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de

renda fixa e de renda variável;

II - as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporção do

benefício de isenção ou redução do imposto que a pessoa jurídica, submetida

ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus;

III - as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas

receitas;

IV - a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;

V - os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas

pelo custo de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de

investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;

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VI - os juros sobre o capital próprio auferidos.O IRPJ em cada mês será

calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a

base de cálculo, acrescido de adicional de 10% sobre o que exceder ao Lucro

Real mensal de R$ 20.000,00.

3.3.1 - Comparativo – Planejamento Tributário

LUCRO REAL

L. PRESUMIDO0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

PISCOFINS CSLL IRPJ

Total

Val

ores

em

R$

PIS COFINS CSLL IRPJ Total

LUCRO REAL 3.019,42 13.907,60 14.940,00 24.900,00 56.767,02

L. PRESUMIDO 4.550,00 21.000,00 7.560,00 33.600,00 66.710,00

Lucro Presumido x Lucro Real

G

ráfico 1 – Lucro Presumido x Lucro Real. Fonte: Dados informados e calculados pelo autor da Monografia.

Depois de se analisar as duas formas de tributação já expostas, pode-

se decidir pelo Lucro Real ou Presumido. Além disso, há outros fatores que

tem que ser levadas em consideração como: os custos administrativos, pois a

legislação exige uma contabilidade mais rigorosa para o Lucro Real (Livro

Diário, Razão, LALUR, etc.) e para o Lucro Presumido (Livro Caixa).

Outro aspecto a ser observado são as metas da empresa, isto é, se a

empresa pretende aumentar sua margem de lucro no próximo exercício ou

diminuí-la, tendo reflexo importante nos impostos. Abaixo outra comparação

das tributações (Real x Presumido), levando-se em consideração uma segunda

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empresa de Prestação de serviço, onde a carga tributária do Lucro Presumido

será menor. Sendo que não nesta planilha, não foi considerado os créditos

recuperáveis de PIS e COFINS, em relação à tributação do Lucro Real.

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3.3.2 - Comparativo – Empresa de Vendas de Mercadorias e Serviços:

3.3.2.1 - Lucro Real

3.3.2.1.1 PIS/COFINS

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Cálculo do PIS/COFINS sobre o Faturamento de R$ 100.000,00,

sendo R$ 50.000,00 de venda de mercadorias e R$ 50.000,00 sobre venda de

serviços:

PIS = R$ 100.000,00 x 1,65% = R$ 1.650,00

COFINS = R$ 100.000,00 x 7,60% = R$ 7.600,00.

3.3.2.1.2 IRPJ/CSLL

Para calcular o IRPJ devemos chegar ao valor do lucro para

aplicarmos o percentual de 15% de IRPJ e CSLL de 9%.

Receita de Vendas – Impostos diretos – Custos – Despesas = Lucro

R$ 100.000,00 –R$ 1.650,00 –R$ 7.600,00 –R$ 50.000,00 –R$ 20.000,00 = R$

20.750,00

CSLL = R$ 20.750,00 x 9% = R$ 1.867,50

IRPJ = R$ 20.750,00 x 15% = R$ 3.112,50

3.3.2.1.3 - IRPJ Adicional

O IRPJ adicional deve ser verificar se ultrapassa o limite de 20.000,00

ao mês ou 60.000,00 no trimestre e o que exceder este valor deve ser aplicado

à alíquota de 10%.

R$ 20.750,00 – R$ 20.000,00 = R$ 750,00 x 10% = R$75,00.

IR Adicional = R$ 75,00

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IRPJ = R$ 20.750,00 x 15% = R$ 3.112,50 + R$ 75,00 = R$ 3.187,50

3.3.2.2 Lucro Presumido

3.3.2.2.1 PIS/COFINS

Cálculo do PIS/COFINS sobre o Faturamento de R$ 100.000,00,

sendo R$ 50.000,00 de venda de mercadorias e R$ 50.000,00 sobre venda de

serviços:

PIS = R$ 100.000,00 x 0,65% = R$ 650,00

COFINS = R$ 100.000,00 x 3% = R$ 3.000,00.

3.3.2.2.2 IRPJ/CSLL

No caso do Lucro Presumido devem ser utilizadas as alíquotas por

atividade conforme demonstrado acima, nos Quadros 01 e 02:

Venda de mercadorias = R$ 50.000,00 x 8% = R$ 4.000,00 x 15% = R$ 600,00

Venda de serviços = R$ 50.000,00 x 32% = R$ 16.000,00 x 15% = R$ 2.400,00

Total de IRPJ = R$ 3.000,00

Venda de mercadorias = R$ 50.000,00 x 12% = R$ 6.000,00 x 9% = R$ 540,00

Venda de serviços = R$ 50.000,00 x 32% = R$ 16.000,00 x 9% = R$ 1.440,00

Total de CSLL = R$ 1.980,00

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L. Presumido

L. Real0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

PISCOFINS IRPJ

CSLLTotal

Val

ores

em

R$

PIS COFINS IRPJ CSLL Total

L. Presumido 650,00 3.000,00 3.000,00 1.980,00 8.630,00

L. Real 1.650,00 7.600,00 3.187,00 1.867,00 14.305,00

Lucro Presumido X Lucro Real

Gráfico 2 – Lucro Presumido x Lucro Real. Fonte: Dados informados e calculados pelo autor da Monografia.

Este gráfico demonstra que uma Empresa de Vendas de Mercadorias

e de Serviços, a carga tributária para o regime Lucro Presumido, é menor. Não

considerando os créditos recuperáveis do PIS e da COFINS.

CONCLUSÃO

Atualmente o mercado de trabalho, além de ser extremamente

competitivo e dinâmico, tem um custo muito elevado, principalmente para as

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empresas brasileiras. Reduzir custos e despesas é indispensável para a vida

de uma empresa.

É possível, através de um planejamento tributário, reduzir o pagamento

de impostos, optando apenas pela tributação correta?

O Planejamento Tributário é uma ferramenta de diferenciação para

assegurar a competitividade e constitui uma forma preventiva e legítima de

economia na carga tributária, onde através de lacunas na lei, podem-se buscar

alternativas para dedução de impostos e tomadas de decisões, que refletem

positivamente nos resultados da empresa, segundo Controller Humberto

Martins (2009).

Após essa pesquisa, fica evidente que cada empresa deve ser

analisada individualmente, conforme a necessidade, cabendo uma profunda

análise para opção de tributação, determinando o sucesso ou fracasso dos

negócios, independentemente do porte da empresa.

Essa pesquisa auxilia também na diferenciação do Lucro Presumido e

do Lucro Real, onde no primeiro, os impostos são tributados conforme

faturamento e no segundo, os impostos são baseados no Lucro Líquido

ajustado, tendo assim uma legislação menos flexível, o que obriga a empresa a

ter uma Contabilidade pontual e precisa, bem como efetuar os devidos ajustes

no Lucro Líquido após a apuração do resultado.

Finalizando, assim, as considerações acerca da pesquisa e

respondendo a questão feita no início da mesma, onde demonstra que é

possível sim, através de um Planejamento Tributário, reduzir o pagamento de

impostos se uma empresa optar pela tributação adequada.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BORGES, Humberto Nonavides. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e

IR.

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7.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

_____. Gerência de impostos: IPI, ICMS e ISS. 4. ed. São Paulo: Atlas 2002.

CONTÁBEIS. Disponível em:

www.contabeis.com.br/artigos/planejamento_tributario> acesso em 14/11/2013

GALIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo:

Hamburg, 1979.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo:

Atlas, 1991.

MUNIZ, Humberto. Planejamento Tributário como Ferramenta para

Redução de Impostos. Rio de Janeiro. 2009

PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 1ª ed. Rio de

Janeiro:Livraria Freitas Bastos Editora,2002.

PORTAL TRIBUTÁRIO. Disponível em:

http://www.portaltributario.com.br/tributos.html> acesso em 13/11/2013

RECEITA FEDERAL. Disponível em:

www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/PISPASEPCOFINS/RegincidenciaN

aoCumulativa> acesso em 14/11/2013

____. Instrução Normativa SRF n° 83, de 19/12/1997 – Dispõe sobre a

apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

das Pessoas Jurídicas, a partir do ano-calendário de 1997.

____. Lei n° 10.637, de 30/12/2002 – Dispõe sobre a não cumulatividade na

cobrança da contribuição para o PIS e de Formação do Patrimônio do Servidor

Público (PASEP), nos casos que especifica; sobre o pagamento e o

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parcelamento de débitos tributários federais, a compensação de créditos

fiscais; a declaração de inaptidão de inscrição de pessoas jurídicas; a

legislação aduaneira; e dá outras providências.

SILVA, J. Miguel; RODRIGUES, Agostinho Inácio. LALUR – Guia Prático de

Escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real 2006. 4. ed. São Paulo,

Cenofisco, 2006.

SPAGNOL, Botelho Werther. Curso de Direito Tributário. São Paulo; Atlas,

2004.

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

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RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE E O SURGIMENTO

DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 10

1.1 – História da Contabilidade 10

1.2 – Implantação do Sistema Tributário No Brasil 10

1.3 – Metodologia da Pesquisa 11

CAPÍTULO II

TRIBUTOS 13

2.1 – Tributos 13

2.2 – Contribuições para o Financiamento da Seguridade

Social (COFINS) 14

2.3 – Programa de Integração Social (PIS) 15

2.4 – Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 16

2.5 – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 17

2.5.1 – Base de Cálculo 18

2.5.2 – Alíquota 18

CAPÍTULO III

LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO-COMPARATIVOS 20

3.1 – Lucro Presumido 20

3.1.1 – Pessoas Jurídicas obrigadas a esse Regime 21

3.1.2 – Alíquotas de Presunção do IRPJ e da CSLL 22

3.2 – Lucro Real 25

3.3 – Comparativos entre Lucro Real e Lucro Presumido 30

3.3.1 – Comparativo – Planejamento Tributário 37

3.3.2 - Comparativo – Venda e Serviços 40

3.3.2.1 – Lucro Real 40

3.3.2.1.1 – PIS/COFINS 40

3.3.2.1.2 – IRPJ/CSLL 40

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3.3.2.1.3 – IRPJ Adicional 41

3.3.2.2 - Lucro Presumido 41

3.3.2.1 – PIS/COFINS 41

3.3.2.2 – IRPJ/CSLL 41

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

ÍNDICE 46