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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU REFLEXOS DA CRISE FINANCEIRA NO ÍNDICE DE DESEMPREGO Juliana Vieira Timbó ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

REFLEXOS DA CRISE FINANCEIRA NO ÍNDICE DE

DESEMPREGO

Juliana Vieira Timbó

ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa. Por: Juliana Vieira Timbó

REFLEXOS DA CRISE FINANCEIRA NO ÍNDICE DE

DESEMPREGO

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Ao meu pai que sempre apoiou e deu suporte aos

meus estudos e a todos que direta ou

indiretamente me ajudaram.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais que sempre

me apoiaram.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar as origens e

consequências causadoras da crise econômica no Brasil e o impacto no índice

de desemprego.

Grandes empregadores como construção civil e a indústria, passaram a

demitir num ritmo intenso, algumas atividades que se mantinham firme

mostraram sinais de fraquezas. O mercado de trabalho vem sofrendo uma

grande retração, a mais intensa desde 1990, com perspectiva de uma queda

ainda maior nesse ano de 2016.

A monografia analisa o impacto da crise política na economia, assim

como os impactos causados na grande estatal, Petrobras. Outro ponto forte do

trabalho é mostrar as medidas adotadas para estimular a retomada ao

crescimento econômico. Os prejuízos e impactos deste movimento também

estão aqui explicitados.

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METODOLOGIA

Para alcançar os objetivos expostos o estudo será estruturado tendo

como base revisões bibliográficas, a análise de documentos oficiais publicados

por instituições financeiras, matérias jornalísticas e artigos de autores que

aprofundaram a questão. A análise que será discutida aborda os impactos da

crise com foco no desemprego.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

O início da crise e suas consequências.

CAPÍTULO II 18

A influência da crise política na economia.

CAPÍTULO III 23

Desemprego. O pior impacto da crise?

CAPÍTULO IV 33

Propostas e ajustes

CONCLUSÃO 37

WEBGRAFIA 39

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INTRODUÇÃO

Em setembro de 2015, o índice de desemprego chegou a 8,6% segundo

o IBGE, é o mais alto índice desde 2012. O aumento do desemprego tem

gerado apreensão e preocupação entre as famílias.

A crise despertou o mundo para uma realidade, o desemprego, que

impacta direta nas condições de vida da população e também na atividade

econômica. A massa dos rendimentos do trabalho é um dos principais

componentes da demanda interna, pois os salários alimentam os serviços e o

comercio.

A crise econômica mundial tem inúmeros elementos que apontam a

desestabilização e quebra de muitas empresas nacionais. E as perspectivas

não são favoráveis ao real nos próximos meses já que o dólar continuará em

alta.

As consequências para a classe trabalhadora são muitas e nefastas. Por

onde se busca olhar para a crise podemos ver como principal consequência, o

desemprego. Milhares de pessoas estão tendo que viver na informalidade,

muitos perderam seus empregos nos últimos meses, sobretudo os de carteira

assinada, na indústria e no setor de serviços.

Toda classe está tendo sua renda diminuída, seja pelos salários mais

baixos, seja pelo desemprego, provocando uma bruta queda de renda. Em

consequência o governo tem sua verba diminuída para aplicação em

educação, saúde, transporte e salários. Recursos para investimentos sociais

reduzidos. Inevitavelmente está ocorrendo um aumento significativo na

inadimplência de pagamentos.

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A razão para a escolha do tema neste projeto de pesquisa é a atualidade

do tema escolhido para estudo, que contribuirá para a compilação de dados

oficiais e artigos sobre a crise pela qual o sistema financeiro nacional está

passando.

O objetivo do estudo é analisar as origens que levaram a crise e os

impactos no índice de desemprego, identificar os problemas que influenciaram

e impactaram no índice de desemprego, fazer um levantamento dos principais

mecanismos utilizados para conter o impacto, analisar dados comparativos dos

últimos anos e caracterizar a economia Brasileira.

A pesquisa será feita com base nos impactos da crise no Brasil no ano

de 2015, período de estopim da crise nacional.

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CAPÍTULO I

O INÍCIO DA CRISE E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A crise no ano de 2016 deixou de ser uma possibilidade como era

comentado no início do ano, e passou a ser uma continuação piorada da crise

que se abateu sobre o País. A questão agora é saber a quais proporções

chegarão e de que forma irá impactar nos diversos setores da economia e

também nas finanças pessoais.

“A grande recessão brasileira está longe de terminar, e tem como características marcantes a queda do PIB, disparo no desemprego, queda no consumo e no investimento, crise nos mercados de imóveis e carros, déficits gigantes dos governos federal e estaduais e o consequente aumento da dívida pública, fim do crédito barato, e o pessimismo em relação ao futuro que se alastra por todas as regiões e grupos sociais.” (VISTA ECONOMICA, 2015)

A possibilidade de convulsão social é um dos agravantes da crise

econômica de 2016. Apesar dos reflexos nefastos do desemprego, o Seguro

Desemprego criou um “suposto” resguardo para as pessoas que estão sendo

demitidas. Passado o tempo as pessoas cairão em si e aí sim o desespero se

fará presente. Com a dificuldade de uma nova colocação no mercado de

trabalho em função da total inexistência de vagas, o desespero se abaterá

sobre as famílias. Resultando em manifestações cada vez mais numerosas e

violentas como as que ocorreram no Rio de Janeiro e outras capitais durante

crises anteriores. Os atos de vandalismo, embora reprováveis, serão

inevitáveis diante do desespero das pessoas desempregadas e em situações

difíceis.

“Estes problemas ocorreram na grande recessão americana também. Mas no Brasil tudo é muito pior. Pois o governo federal em suas várias formas (administração direta, Petrobras, Banco Central, BNDES, bancos estatais, etc.) é a principal

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fonte da crise. Tantos anos de incompetência misturada com corrupção nos levaram ao caos administrativo, econômico, e político. Isto fez com que a grande recessão brasileira viesse acompanhada de inflação alta, o que pode rapidamente levar a uma convulsão social. Nunca pensei que chegaríamos neste ponto, mas talvez seja à hora de acompanhar mais de perto o que ocorreu na Venezuela.” (VISTA ECONOMICA, 2015

As empresas sofrem bastante com a restrição de crédito com os efeitos

da crise, muitas dependem de crédito para manutenção dos seus negócios.

Os bancos estão cada vez mais reduzindo suas linhas de crédito, tanto

às pessoas físicas quanto jurídicas. Os riscos de inadimplência crescem

fazendo com que os bancos aumentem a rigidez e tornando mais burocráticas

suas condições para concessão de crédito. Esse fator se estende para as

instituições privadas onde se considera mais seguro a aplicação do caixa em

títulos federais, que pagam uma taxa de juros mais alta e é teoricamente mais

seguro.

Por imposições regulatórias os bancos públicos também não ficam atrás,

também não terão como evitar a redução ao crédito. Neste cenário, a obtenção

de empréstimos se transformará em um desafio a mais para as empresas.

Em contrapartida, o momento de crise pode ser uma época de grandes

oportunidades para os empreendedores, que também devem estar preparados

para o momento de dificuldade.

O Barão de Rothschild dizia que “O melhor momento para ganhar

dinheiro é quando o sangue corre nas ruas”. As crises sempre foram um campo

fértil para boas oportunidades de negócios.

(www.souempreendedoreagora.com.br, 2015)

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No momento de crise, o nível de atividade econômica é reduzido e a

tendência é que esse ano de 2016 a redução seja ainda maior do que a que já

estamos sentindo nos últimos meses.

Segundo o analista econômico da RC Consultores Everton Carneiro.

"A inércia inflacionária vai vir muito forte este ano, com os empresários tentando repassar isso para os preços dos seus produtos. Vamos acompanhar isso de modo muito forte em produtos que têm reajustes sazonais, como educação", disse, destacando o salto do IPCA em 2015. (ÉPOCA NEGOCIOS, 2015).

O gráfico a seguir mostra a evolução do IPCA durante o ano de 2015.

Figura 1 – Evolução do IPCA-15 em 2015

Inflação fecha 2015 em 10,67% e é a maior desde 2002.

O aumento nos preços da gasolina e da energia deu uma alavancada na

inflação em 2015, segundo os especialistas, a tendência é continuar subindo

em 2016.

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O quadro político atual gera uma série de incertezas, em consequência a

perda de credibilidade por parte do governo e também de sua política

econômica. Um dos reflexos gerados é a perda do grau de investimentos do

Brasil, fazendo com que o dólar suba ainda mais.

Segundo o Vista Econômica:

“Outro fator que deverá influenciar a alta do dólar será a decisão do Banco Central Americano de elevação das taxas de juros nos Estados Unidos. Isso fará com que investidores ao redor do mundo corram para a segurança dos títulos públicos americanos e injetará mais um pouco de pressão nas cotações aqui no Brasil. Essa alta do dólar será benéfica para quem exporta, pois conseguirá mais Reais por Dólar exportado, mas em termos de inflação será mais um desastre que acertará em cheio as já combalidas finanças dos brasileiros, dando origem a distúrbios de rua e convulsão social.” (Vista Econômica, 2015)

Sobre a caderneta de poupança, teve o pior desempenho dede 2003. O

retorno da caderneta de poupança descontando a inflação ficou negativo em

21,29%. "A poupança vem perdendo sistematicamente para outras aplicações

e para a inflação", afirmou o administrador de investimentos Fábio Colombo.

(Economia /Estadão, 2015)

Com a inflação de dois dígitos no acumulado em 12 meses, as aplicações da caderneta de poupança tiveram em novembro a pior rentabilidade desde 2003. Segundo cálculos da consultoria Economática, a rentabilidade real anualizada da poupança no mês passado ficou em 7,95%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses acumulou alta de 10,48%%. (IBGE, 2015)

Pela primeira vez nos últimos 20 anos, o Brasil registrou uma perda de

patrimônio da caderneta de poupança. “Mesmo contando com os rendimentos

de R$ 47.430 bilhões vistos em 2015, o saldo ficou em R$ 656.590 bilhões, um

valor 0,93% menor do que o total de R$ 662.727 bilhões registrados no

acumulado de 2014”. (EMPREENDEDORESWEB, 2016)

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Com exceção do mês de dezembro, mês do 13º salário, em todos os

outros os saques superaram os depósitos na caderneta de poupança. Isso

devido à redução na renda dos trabalhadores e a competição com outros

investimentos que alavancaram com a alta dos juros.

A caderneta perde para a inflação porque a aplicação tem a rentabilidade calculada por uma fórmula, que, em linhas gerais, soma um retorno fixo de 0,5% ao mês com a taxa referencial (TR). Quando a inflação está elevada, o Banco Central (BC) sobe a SELIC, a taxa básica de juros (hoje em 14,25% ao ano), e a TR sobe junto, mas o peso dela na fórmula do retorno da poupança é pequeno. Assim, a rentabilidade da caderneta fica para trás. (Economia/Estadão, 2015)

Figura 2 – Captação Líquida da Poupança – Evolução Anual 1995 a 2005

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Figura 3 – Saldo e Captação Líquida da Poupança – 1995 a 2015

Quanto à indústria, vem sofrendo quedas acentuadas no último ano, só

de outubro a novembro de 2015 a queda foi de 2,4%, sexto resultado negativo

consecutivo referente aos meses anteriores, fechando o ano com uma retração

de 8,1%. A última queda registrada, em novembro, indica a maior retração

desde 2013 (-2,8%) Esses dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal –

Produção Física Brasil (PIM-Brasil) e foram divulgados neste mês pelo (IBGE,

2015).

Segundo o IBGE, a queda de 2,4% de outubro para novembro reflete o

predomínio de resultados negativos no parque fabril do país, atingindo três das

quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados.

(EPOCA NEGÓCIOS, 2015).

Na comparação com outubro, à pesquisa indica que o maior setor que

sofreu queda foi bens intermediários (-3,8%), este vem sofrendo queda desde

fevereiro acumulando no período retração de 10,9%, assim como a redução

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mais acentuada em novembro foi bens de consumo duráveis (-3,2%),

acumulando 18,90% no mesmo período.

Já o setor de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 0,4%, único

resultado positivo entre as grandes categorias, eliminando parte do recuo de

1% registrado em outubro.

A entrada de dólares em 2015 supera saída em US$ 9.414 bi, melhor

valor desde 2012 O fluxo comercial, por sua vez ficou positivo em US$ 25.486

bilhões no ano passado, com importações de US$ 156.174 bilhões e

exportações de US$ 181.660 bilhões. (EPOCA NEGOCIOS, 2016).

“Quanto às dívidas, o descontrole financeiro é apontado como

responsável das contas atrasadas de 17% dos consumidores”. Flávia

Albuquerque, da AGÊNCIA.

A lista de inadimplentes do Brasil começou o ano com 59 milhões de pessoas, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian. O total das dívidas chega a R$ 255 bilhões. Em janeiro do ano passado eram 54,1 milhões de consumidores nessa situação. A principal causa para a inadimplência é o desemprego, apontada por 26% dos 8.288 entrevistados em novembro do ano passado. (Serasa Experian, Exame.Abril, 2015)

O cenário econômico bastante adverso à quitação de dívidas, os juros

em alta, a inflação e o desemprego são os principais causadores da alta da

inadimplência desde o início do ano de 2015.

“A inflação corrói a renda e o desemprego destrói, o que é pior”,

argumenta o economista da Serasa Experian Luiz Rabi sobre os efeitos da

crise. (2015).

A orientação é ter um pouco de cautela e manter uma reserva financeira

para os empregados que ainda estão trabalhando, para aqueles que estão

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desempregados tentarem se organizar pessoal e financeiramente. Tentar

alongar prazos, negociar juros e vender alguns bens, como carro. (Serasa

Experian, 2015).

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CAPÍTULO II

A INFLUÊNCIA DA CRISE POLÍTICA NA ECONOMIA

Os cenários de diversos setores estão piorando cada vez mais. A alta do

dólar é mais um reflexo dessa incerteza. A crise econômica tem se agravado e

economistas estão revendo suas projeções para um PIB mais negativo.

A crise política está agravando a crise econômica. Quanto maior for

esse esfacelamento da base parlamentar maior será o cenário de incertezas.

Não se gera investimentos e a retomada do crescimento é adiada.

Uma sucessão de decisões erradas por parte do governo nos últimos

anos. Gastou se muito, mascarou se problemas, enfim, uma elevação absurda

da inflação, que, pois fim a renda dos trabalhadores, diminuição do consumo,

redução na produção industrial e demissões em massa. E assim vai, como um

efeito dominó. Consequências que atingem diretamente o povo mais pobre,

que perde sua fonte de renda e tem seu poder de compra reduzido.

Ainda não se consegue prever a duração da recessão, com a queda na

economia de 3%, na inflação de 10%, mas já sabemos que a crise é resultado

de várias políticas econômicas desastradas dos governos Lula e Dilma.

O empresário e presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz diz "crise no

Brasil é política e não econômica”. (EXAME/ABRIL, 2016)

O empresário afirmou que a crise existente é política e que tem afetado

a confiança de investidores, empresários e consumidores. "No momento em

que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá

muito rapidamente", disse em entrevista a jornalistas antes de participar do

BRF Day em Nova York. (EXAME/ABRIL, 2016)

Segundo Abílio Diniz:

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“Não sei o que vai acontecer no curto prazo, mas tenho certeza que a situação vai ser superada. o Brasil está em liquidação. O País está muito barato para investidores estrangeiros. Para investidores internacionais, é o momento de se aproveitar disso. Estamos em um momento ruim, mas é um momento." (EXAME/ABRIL, 2016).

Após oito anos, o Brasil foi retirado do grupo de países seguros para investimentos.

O país foi rebaixado em dois níveis pela agência de classificação de risco Moody’s

pendendo assim, o último selo de bom pagador.

Em 2008 a Standard And Poor’s deu nosso primeiro grau de investimento. Naquele ano, a dívida do Brasil correspondia a 56% do Produto Interno Bruto – que é a soma de valores de bens e serviços produzidos em um período de tempo. E o país cresceu 5%. E depois da Standard And Poor’s, a Fitch também promoveu o Brasil. E por último a Moody’s. Em 2011 a avaliação da dívida brasileira até melhorou. (Globo.com/Economia, 2016).

Quanto mais seguro o país é considerado mais dinheiro ele recebe. A situação política do país contribuiu para o rebaixamento.

No ano passado, duas agências tiraram o selo de bom pagador do país, o Brasil voltou a ter a avaliação unânime das agências de risco, que afirmam: “emprestar ao governo brasileiro é arriscado”. (Globo.com/Economia, 2016).

No mercado financeiro, a nota classifica o país como de baixo e alto risco para investimentos, como um certificado de segurança.

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Figura 4 – Classificação no Brasil pelas agências de risco.

Com a nota de classificação de risco rebaixada e a atual situação do

país ninguém investe por falta de confiança. Vemos hoje o dólar ser negociado

com o preço por volta de 4,00, um valor muito alto para que para os

fundamentos da economia brasileira não justifica a moeda nesse patamar.

Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Eu amo a crise, em toda a minha vida eu cresci em crises. “Não há crise econômica no Brasil”, ressaltou o empresário. Abílio Contou que passou por vários momentos complicados da economia brasileira em sua vida e citou como exemplo a crise da dívida nos anos 90, quando estava no Conselho Monetário Nacional (CMN) e participou das negociações em Nova York. "Agora, o País tem US$ 370 bilhões de reservas em dinheiro. É completamente diferente", disse ele. (www.exame.abril.com.br, 2016)

A piora da economia brasileira vai pesar como um todo sobre a economia

mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A previsão feita pelo FMI

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é que a economia brasileira sofrerá uma queda em 2016 e não haverá retomada

de crescimento em 2017, como era previsto em outubro, uma expansão de 2,3%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer queda de 3,5% este ano – em outubro, a projeção era de contração de 1%. Isso depois de ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo (a queda prevista antes era de 3%), segundo atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global" (g1.globo.com/economia/noticia/2016/)

Em relação ao país, a recessão causada pela incerteza política e continuas

repercussões de investigação na Petrobras, está sendo mais profundo e

prolongado do que se esperava. Com isso, “o desempenho da economia brasileira

fica bem aquém da região de América Latina e Caribe como um todo, cujas

expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano

seguinte” (UOL.Economia/FMI,2015.)

Segundo o FMI,

A economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2 pontos percentuais tanto para 2016 quanto para 2017, para expansão de 3,4% e 3,6% em outubro, estimativas eram de alta de 3,6% em 2016 e 3,8% em 2017. “Essas revisões refletem de maneira substancial, mas não exclusivamente, uma retomada mais fraca nas economias emergentes do que previsto em outubro”, completou o FMI, citando ainda os preços mais baixos do petróleo e a expectativa de estabilização dos Estados Unidos em vez de recuperação da força. (br.reuters.com, 2015)

O gráfico seguinte mostra as projeções do FMI para a atividade econômica

brasileira.

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Figura 5 – Projeções para o PIB

As previsões para o grupo de países emergentes e em desenvolvimento

foram reduzidas, eles enfrentam uma realidade diferente de crescimento mais

baixo. Hoje vivemos um cenário de inflação e juros altos agravados pela crise

política.

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CAPITULO III

DESEMPREGO. O PIOR IMPACTO DA CRISE?

Em decorrência das dificuldades econômicas enfrentadas no país, os

brasileiros vêm sofrendo com o fechamento dos postos de trabalho. Segundo a

avaliação dos especialistas, o desemprego vai continuar crescendo em 2016.

O vice-diretor da Faculdade de Economia da Universidade Federal

Fluminense (UFF), Rena ut Michel, “A taxa de desemprego no Brasil deverá

continuar crescendo em 2016, por causa da queda no nível da atividade

econômica. Não há nenhum tipo de expectativa positiva”. (Sinter.org, 2015)

”No Rio de Janeiro o número de pessoas que procuraram emprego em

2015, mas não encontraram foi 42,5% maior do que em 2014. Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística” (IBGE, 2015).

“Ao todo, 1.710 milhão de pessoas engrossaram as filas de desemprego

nas seis principais regiões metropolitanas do país, 510 mil a mais do que em

2014. Foi à maior alta da série. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística”

(IBGE, 2015).

Já o número de pessoas empregadas diminuiu 1,6% em 2015. Isso

significa que para 23,34 milhões de pessoas 360mil perderam seus empregos.

Maior queda da história na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), desde 2004.

“A taxa de desocupação no país fechou o mês de dezembro em 6,9%, a

maior já registrada para um mês de dezembro desde 2007, quando

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o desemprego atingiu 7,4% da população economicamente ativa”. (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, 2015).

“Além de ser o maior crescimento anual da série, a elevação em 2015 interrompeu a trajetória de redução dessa população, iniciada em 2010”, informa o IBGE. Contudo, em relação a 2003 (2,7 milhões), o contingente de desocupados caiu 35,5%. Nesse período, a redução foi de 940 mil desempregados. (IBGE, 2015)

Em relação a 2014 no ano de 2015 a média anual de pessoas

empregadas recuou 1,6%.

O gráfico a seguir, mostra o pico de elevação no desemprego no ano de 2015.

Figura 6 – Taxa de Desemprego

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"O comércio e os serviços empregam 27 milhões de trabalhadores. Caso

esses setores sofram o mesmo ajuste que a indústria está sofrendo, podemos

chegar a 2 Milhões de desempregados em 2016" (Carneiro,

Exame.abril.com.BR/economia, 2015).

Uma das categorias mais afetadas foi a dos metalúrgicos. De acordo

com o presidente do Sindicato de Niterói e São Gonçalo - RJ, Edson Rocha.

“7,5 mil metalúrgicos foram demitidos nos dois municípios, desses, 3,3 mil

ainda não receberam indenização. A maioria dos demitidos da construção

naval está “fazendo bicos”, enquanto não arruma um novo emprego” relatou

Rocha. (Exame.abril.com.br/economia, 2015)

Por ser um dos setores que mais empregam no país, a construção civil

sofreu bem com o impacto da crise. Outro setor que poderá ser afetado é da

indústria.

Para Renaut Michel, o vice-diretor da Faculdade de Economia da

Universidade Federal Fluminense (UFF):

“A indústria já vem mal há um bom tempo. Enfrenta um problema sério de perda de competitividade, de queda de investimentos. Minha expectativa é que continue um ano muito ruim para a indústria, mas em alguma medida vai afetar também o comércio e o serviço, porque o ambiente de incertezas está levando as famílias a consumirem menos. Em consequência disso, os empresários investem menos e bancos também não emprestam”. (agencia Brasil.ecb.com.br, 2016)

Grandes empresas vêm anunciando ao longo do ano a redução do

quadro de funcionários. O grupo BTG Pactual anunciou a demissão de 305

empregados, ou seja, 18,5 do seu quadro de funcionários.

Os cortes de empregos atingiram todas as áreas, incluindo atividades

fundamentais como banco de investimento, vendas, trading e gestão de

recursos, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

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Outra grande empresa que pretende reduzir custos é a CSN, a

mineradora pretende reduzir 35% dos custos com funcionários terceirizados e

cerca de 950 funcionários contratados direto da empresa, mineração de

Congonhas, devido ao baixo preço do minério de ferro.

Desde 11 de janeiro, segundo Ávila, já foram desligados da área de

mineração da companhia cerca de 230 dos 950 empregados próprios que a

empresa planeja demitir. Até aquela data, a empresa tinha em torno de 4.750

funcionários. (Exame.abril Marta Nogueira, 2015)

Rafael Ávila, diretor do sindicato da Metabase Inconfidentes, destacou

que a “empresa tem dito que os resultados têm sido pressionados pelos preços

do minério de ferro. Entretanto, o diretor, frisou que a companhia pagou nos

últimos anos dividendos com valores importantes aos acionistas”. ( Exame.abril

Marta Nogueira, 2015)

O Deutsche Bank, banco alemão, está saindo de países latino-

americanos e planeja reduzir sua equipe no Brasil em 50% e expandir os

negócios em outros países.

O Deutsche Bank planeja eliminar cerca de 26.000 postos de trabalho

em todo o mundo nos próximos dois anos como parte de uma reformulação

realizada pelo CEO John Cryan para simplificar a instituição e melhorar os

retornos. (Vanessa Dezem Bloomberg Exame.abril, 2015)

O banco contava com 334 funcionários no Brasil em dezembro de 2014.

Além da Argentina e do México, o banco também pretende encerrar as

operações no Chile, no Peru e no Uruguai. Esses cinco países somam 269

funcionários, segundo os comunicados financeiros de 2014 da empresa.

(Vanessa Dezem, Bloomberg, 2015)

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O Deutsche Bank é o 18o maior banco no Brasil, com R$ 32,5 bilhões

em ativos totais em dezembro e R$ 623,4 milhões em capital Tier 1, segundo o

Banco Central. (Vanessa Dezem, Bloomberg, 2015)

Quanto ao comércio, no Rio de Janeiro 1280 pontos comerciais

fecharam as portas. Os principais fatores é o aumento dos preços dos alugueis,

desemprego e alta da inflação. A situação não está nada favorável para as

empresas em especial ao comércio.

O economista e ex-presidente do IBGE Sergio Besserman afirma:

Que o passo lento da economia tem mais peso na crise do varejo carioca. Ele lembra que a maior parte da economia do estado do Rio está centrada em serviços que agora se ressentem da crise no comércio varejista. Aqui tem uma concentração de funcionalismo público e aposentado que, em outros tempos, conseguiram pegar crédito consignado, mais fácil, e agora as famílias estão mais endividadas. (Thais Lobo, Globo/ Economia, 29/07/2015)

No Brasil, 3,2% das lojas fecharam até o mês de maio de 2015. Os

segmentos mais atingidos foram concessionárias de carro, seguidas por loja de

móveis e eletrodomésticos.

O único setor que deve continuar apresentando bom desempenho é o

agronegócio. Segundo Renault Michel “Mas não vai conseguir ser suficiente

para minimizar o impacto muito ruim da trajetória do emprego nos próximos

meses”, acrescentou. (agenciabrasil.ecb.com.br, 2016)

Devemos lembrar que no auge da crise econômica internacional em

2008, a taxa de desemprego era de 7,5%, praticamente a mesma registrada

em outubro de 2015 7,9%, Conforme a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

(2015)

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Segundo João Luiz Maurity Sabóia, do Instituto de Economia da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “Foram dez anos de melhoras

sucessivas no mercado de trabalho, e boa parte disso, infelizmente, em um ano

de recessão foi revertida”, disse o professor, em referência ao salário e ao

número de postos de trabalho gerados no período. (agenciabrasil.ecb.com.br,

2016)

Em comparação aos impactos da crise internacional, em 2008 foi um

momento de desaceleração, mas não causou tantos impactos no mercado de

trabalho quanto à crise de 2015.

O desemprego está gerando um grande problema com relação a

inadimplência. A falta de trabalho e o descontrole financeiro são citados como

principais causadores.

Segundo uma recente pesquisa da Boa Vista SCPC,

o desemprego foi apontado por 41% dos entrevistados, seguido de 23% descontrole financeiro, a alimentação gerou inadimplência para 18% dos consumidores, seguida por compra de vestuário e calçados, com 18%, e pagamento de contas diversas, com 17%. A aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que foi apontada como principal motivo nos últimos trimestres, desta vez foi citada por 16% dos entrevistados. (Boa Vista, 2015)

As pessoas estão gastando menos e cada vez mais cautelosas, a

pesquisa também mostrou que os consumidores não pretendem realizar novas

compras e nem planejam novas aquisições depois de saldar seus

compromissos.

A forma de pagamento mais utilizada na compra que gerou a

inadimplência foi o carnê/boleto, com 34%; seguida por cartão de crédito

(28%); cheque (14%); empréstimo pessoal (12%); cartão da loja (7%); e

cheque especial (5%). (Boa Vista SCPC, 2015).

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Com base em dados de empresas de recrutamento e seleção, a FIPE

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas anunciou que pelo segundo mês

consecutivo o poder de negociação dos salários dos trabalhadores subiu, mas

permanece com índices mais baixos desde o meio de 2011.

A relação entre o número de vagas por candidato avançou 2,7% na

passagem de outubro para novembro, mas, apesar da melhora, o índice

acumula quedas de 29,7% nos onze primeiros meses do ano e 35,2% na

comparação com novembro de 2014. (Mario Braga Estadão, Exame/Abril).

O nível indica que os empregados têm menos chances de vagas e

salários maiores devido à escassez de vagas, deixando os patrões em níveis

vantajosos e com o poder de barganha para negociar com candidatos. O nível

é similar ao de quatro anos e meio atrás.

No último mês do ano, a quantidade de novas vagas de emprego cresceu 1,3% em relação a novembro. Apesar da alta na margem, no acumulado de 2015, as novas vagas de emprego diminuíram 12,7% e, em relação a dezembro de 2014, o recuo foi de 5,2%. (Catho-Fipe, Exame/Abril,2015 ).

A Petrobras lançou um plano para reduzir custos, disse no final de 2015

que fundirá unidades e cortará o número de gestores, o que permitiria reduzir

seus salários. Com o objetivo de economizar R$ 1,8 bilhão (US$ 440 milhões)

por ano. Há dois anos atrás a realidade era outra, previa um agressivo plano de

investimento que custaria US$ 237 bilhões gerando trabalho para muitas

pessoas. A empresa reduziu o montante para menos da metade.

Muitas dúvidas estão surgindo com relação à cultura da maior empresa

do Brasil, quase 10 por cento do investimento do país depende da produtora

estatal. Como o preço do petróleo está rondando o patamar mais baixo em 12

anos, poucos acreditam que a redução de custos acabará em breve. “O

impacto dos cortes de investimento da Petrobras é enorme para a economia do

Brasil e para o mercado de trabalho em geral”, disse José Francisco

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Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, em uma entrevista por telefone.

“Os fornecedores da empresa vão de mecânica a serviços, de construção a

catering”.(Exame/Abril, 2015).

A Petrobras está se preparando para que os preços do petróleo caiam para apenas US$ 20 por barril e seus principais projetos em águas profundas continuam sendo muito competitivos apesar da queda dos preços, disse Bendine. Os projetos da região do pré-sal, que guardam os maiores descobrimentos de petróleo bruto do Brasil, continuarão sendo prioritários no novo modelo de negócios. (Exame.abril, 2015).

A ação da Petrobras teve o pior desempenho dos últimos 12 meses com

relação às empresas de Petróleo. O escândalo de corrupção que envolveu

alguns dos ex-diretores da Petrobras e levou fornecedores a pedirem

recuperação judicial, o colapso dos preços do petróleo bruto e a maior dívida

do setor contribuíram para a queda de 49%.

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Figura 7 - Gráfico de desempenho ação Petrobras PETR4

Fonte Exame.com

A empresa anunciou no final de 2015 que reduzirá cerca de 30% dos

cargos de gestão. Centenas de aéreas extintas levou a redução de salários de

funcionários com cargos de chefia. O que se especula é que 1500 perderam

em breve seu emprego. As mudanças são submetidas à aprovação de

acionistas.

A Petrobras agora tem cerca de 80.000 funcionários, quase quatro vezes o pessoal da empresa norueguesa Statoil, cuja produção de petróleo e gás é apenas 30 por cento menor, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A Petrobras também empregou 128.000 empreiteiros até junho de 2015, de acordo com os últimos dados disponíveis. Em 2015, na primeira rodada de redução de custos, a empresa desligou mais de 6.000 funcionários próprios e 60.000 tercerizados. (Sabrina Valle e Carlos Caminada, daBloomberg, 2015)

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A Petrobras anunciou que reduziria em cerca de 30 por cento seus 5.300

cargos de gerência em áreas não operacionais e que fundiria as unidades de

Abastecimento e de Gás/Energia. As mudanças serão submetidas à aprovação

dos acionistas e a primeira etapa das demissões deve ser concluída em

aproximadamente um mês.

“O cenário é de total estresse”, disse o presidente Aldemir Bendine aos

repórteres depois do anúncio. “A empresa precisa se adaptar” (Exame.Abril,

2015)

Bendine disse que a empresa está buscando vender ativos “a toda

velocidade” para captar dinheiro para investimentos. (Exame.Abril. 2015)

Após reestruturação da Petrobras muitos funcionários tiveram a vida

desacelerada e em alguns casos de modo alarmante. Diante de uma nova

Petrobras mais dedicada a corte de custos. As reduções nos salários, os

futuros cortes de emprego, centenas de projetos abandonados é um cenário

claramente geram uma sensação de angústia entre os afetados. As pessoas

esperam que a gigante estatal ofereça um novo pacote de demissão e estão

preocupadas com o futuro da empresa.

.

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CAPÍTULO IV

PROPOSTAS E AJUSTES

As crises financeiras, social e política alimentam um momento atual do

país de grave recessão, com crescimento econômico estagnado, dólar, juros, e

inflacão alcançando números cada vez maiores. O ano de 2015 chegou ao fim

e deixou um lastro de pessimismo pelo país.

Apesar da crise internacional de contribuído para atual situação do país

algumas questões internas contribuem para as dificuldades que estamos

enfrentando.

Segundo Rafael Motta, presidente da Câmara de Comércio Americana

do Rio de Janeiro. (2015)

• Por exemplo, a simplificação do sistema tributário nacional, hoje

altamente complexo. “Já avançamos com a recente aprovação da Lei de

Conformidade Tributária Sobre Contas no Exterior (Foreign Account Tax

Compliance Act), que promove o intercâmbio de informações fiscais e a

assistência mútua entre Brasil e Estados Unidos”. (Parcerias para enfrentar a

crise, O GLOBO, 2015)

• Em quase cem anos de presença no Rio de Janeiro, a Câmara

Americana vivencia hoje um cenário de grandes oportunidades proporcionado

pela reaproximação entre Brasil e Estados Unidos. Um deles foi o anúncio da

entrada no Global Entry Program em junho último. O ingresso no programa,

previsto para antes das Olimpíadas, permitirá acesso simplificado na imigração

a quem tem cadastro pré-aprovado. O próximo passo será avançar nas

negociações para o Visa Waiver Program, que tornará desnecessário o visto de

viagens de brasileiros e americanos entre os dois países, um grande passo

para ampliar o fluxo de pessoas e de capital. (Parcerias para enfrentar a crise,

O GLOBO, 2015)

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• Outro eco da retomada dessa relação é a assinatura em novembro do

Patent Prosecution Highway (PPH), um acordo de compartilhamento de

informações entre o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e o

órgão americano de patentes, USPTO (United States Patent and Trademark

Office), assinado pelo novo presidente do instituto brasileiro, Luiz Otávio

Pimentel, um gestor dedicado a promover a inovação. (Parcerias para enfrentar

a crise, O GLOBO, 2015)

• Não podemos esquecer o Acordo de Facilitação de Comércio, que está

sendo estruturado pelo governo brasileiro com a construção do Portal Único. A

iniciativa reduzirá custos ao acelerar processos alfandegários e ampliará a

competitividade do Brasil no comércio exterior. Há também o Acordo de

Previdência Social (U.S. Brazil Social Security Totalization Agreement), que,

além de trazer ganhos para fins de aposentadoria, reduz a possibilidade de

dupla tributação no recolhimento de contribuições sociais. (Parcerias para

enfrentar a crise, O GLOBO, 2015)

Com o efeito da operação Lava Jato, que afetou as principais

empreiteiras do País. Há uma suspeita de que o nível de desemprego suba

ainda mais. Com o objetivo de evitar as demissões de mais de 50 mil

trabalhadores e conter o desemprego algumas medias foram tomadas pelo

governo.

O Programa de Proteção ao Emprego (PPE), programa voltado para

empresas com dificuldades por causa da crise econômica. "O programa é

destinado a proteger empresas de setores atingidos por uma crise de produção

e de vendas", disse, Rosseto (REDAÇÃO ÉPOCA, 06/07/2015).

O programa funcionará da seguinte forma:

• Empresas poderão reduzir em até 30% a carga horária dos funcionários,

diminuindo o salário, por um período de seis meses. Porém, parte da perda

salarial será compensada pelo governo, usando recursos do Fundo de Amparo

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ao Trabalhador (FAT). Essa compensação está limitada a R$ 900 por

trabalhador. (REDAÇÃO ÉPOCA, 06/07/2015)

• Apenas empresas que estiverem comprovadamente com problemas

financeiros poderão participar do programa. Enquanto estiverem no PPE, elas

não poderão demitir os funcionários que passaram pela redução da carga

horária, exceto em situação de demissão por justa causa. (REDAÇÃO ÉPOCA,

06/07/2015)

Algumas medidas de estímulo de crédito foram bem recebidas pelos

empresários e representantes do setor produtivo em reunião do Conselho de

Desenvolvimento Econômico e social. Devem injetar R$ 83 bilhões

na economia. A medida ajuda a preparar o país para uma retomada de

crescimento, colaborando para passar ao cidadão a sensação de confiança nos

rumos do país.

Para o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco,

A oferta de crédito não deverá pressionar a inflação e pode até ajudar a baixar os juros. “A oferta de crédito está num nível adequado e quando se oferta mais crédito a gente pode ter uma disputa até pelo preço e pela taxa de juros, acho que é o momento adequado para isso. O crédito é sempre algo que tem de ser colocado com oferta máxima, porque ele vai atender as demandas”. (Exame/Abril, 2015)

.

O presidente da Anfavea, destacou o anúncio do governo de oferecer

refinanciamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do

Programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) como

iniciativa positiva porque “visa não prejudicar o investidor que acreditou no

Brasil e ao tomar o financiamento para investimento encontrou uma recessão

bastante severa”. (Exame/Abril, 2015)

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O estímulo ao crédito na construção civil, também anunciado pelo

ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deixou satisfeito o presidente da

Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

Segundo Martins,

“Esse aporte equivale a 20% do que a caderneta de poupança perdeu ano passado”, comparou. O dirigente da CBIC disse que a oferta de crédito para o setor imobiliário pode não ser suficiente para repor os postos de trabalho já fechados na construção civil, mas ajudará a evitar o fechamento de novas vagas em 2016. (Exame/Abril, 2015)

Outra medida para estimular a economia, é a abertura de novas linhas

de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), com

ofertas de mais recursos, em breve a instituição anunciará uma reformulação

no cartão do banco.

“Nós temos ainda o cartão BNDES que, no ano passado, desembolsou

R$ 11 bilhões. Estamos aperfeiçoando o cartão”, adiantou Luciano Coutinho

Presidente do BNDES. (Exame/Abril, 2015)

O desemprego provocado pela desaceleração na economia faz com que

as pessoas fiquem mais conscientes quanto à tomada de crédito fazendo com

que a taxa de investimento e o crédito de consumo esteja baixo. A situação

atual política contribuiu muito para a situação. O que precisa ser feito é voltar a

gerar confiança no consumidor.

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CONCLUSÃO

De acordo com os números captados pelas associações, consultorias

econômicas, agências e órgãos governamentais, os dados não deixam dúvidas

quanto à gravidade da atual situação do país embora o governo tente

mascarar.

Conforme destaca o presente trabalho, o país está estagnado. Todos estão

preocupados, sejam empresários, sejam empregados. Uma certa dose de

pânico acabou se instalando.

Os fatos que presenciamos, são resultados de total falta de planejamento

estratégico de longo prazo para a economia, falta de investimentos em infra

estrutura levando o país a perder competitividade e a falta de credibilidade do

governo diante da crise política.

Segundo autores que aprofundam a questão, algumas medidas dificultam o

crescimento do país, precisaríamos de um ajuste fiscal, uma simplificação do

sistema tributário, hoje altamente complexo. Uma retomada de crescimento

depende exclusivamente do governo.

Algumas medidas vêm sendo tomadas para preparar o país para uma

retomada de crescimento. Medidas que incentivam o fluxo de pessoas e

capital entre o Brasil e países estrangeiros; construção do Portal Único –

Acordo de facilitação de comércio; (PPE) - Programa de proteção ao emprego;

algumas medidas de estimulo ao crédito; refinanciamento do programa de

sustentação do investimento (PSI) e do financiamento de maquinas e

equipamentos (FINAME); estimulo de crédito na construção civil; abertura de

novas linhas de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento BNDES.

Grandes empresas vêm anunciando ao longo do ano cortes do quadro de

funcionários. Os cortes de vagas atingiram o comércio, setor de serviços e

principalmente a indústria. Diante de um mercado de trabalho em crise e o

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percentual de trabalhadores formais diminuindo, as pessoas estão tendo que

trabalhar por conta própria, e o número de pequenos negócios crescendo. O

desemprego foi o principal causador dos casos de inadimplência.

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