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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM CAROLINA LÚCIA CORDEIRO DE CARVALHO Orientadora: Profª Maria Esther de Araújo Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand ILHA COMPRIDA 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

CAROLINA LÚCIA CORDEIRO DE CARVALHO

Orientadora: Profª Maria Esther de Araújo

Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand

ILHA COMPRIDA

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

CAROLINA LÚCIA CORDEIRO DE CARVALHO

Monografia apresentada ao Instituto

A Vez do Mestre como requisito parcial

para a obtenção do título de

especialista em Psicomotricidade

Orientadora: Profª Maria Esther de Araújo

Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand

ILHA COMPRIDA

2013

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiro à Deus, por ter me dado forças para chegar até aqui, à

minha família, que tanto me apoiou, compreendendo os momentos que deixei

de dar atenção para eles, devido às horas dedicadas ao estudo.Me falta

palavras para agradecer também ao incentivo recebido da amiga e psicóloga

Drª Odete.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as pessoas envolvidas direta e indiretamente,

sem as quais, se tornaria mais difícil à conclusão deste.

EPÍGRAFE

“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.”

Augusto Cury

RESUMO

Esta monografia vem mostrar os benefícios que o brincar contribui para

a construção do conhecimento, que começam na infância através das

brincadeiras tradicionais, por meio de interação com o outro, da imaginação e

do faz de conta. A brincadeira ainda é discutida no âmbito escolar pelos

educadores como facilitador de aprendizagem, tomando como referência sócia

histórica o pedagogo famoso Froebel, que criou os jardins da infância em 1837

com a ideia do desenvolvimento pleno da criança. No Brasil nem se pensava

nessa possibilidade, mas com o passar dos tempos, muitas leis foram criadas

que vieram para beneficiar a educação infantil até os dias de hoje.

A brinquedoteca é uma ferramenta usada nas escolas de forma que

leva a valorização do lúdico. Mais que uma ferramenta, o brincar propicia a

capacidade de desenvolver a atenção, a memória, a socialização por meio da

interação e a experimentação por meio de regras. Com a psicomotricidade a

estruturação do esquema corporal e os movimentos básicos influenciam no

crescimento da criança. Propõe-se neste texto, discutir a presença das

brincadeiras no meio social da criança, ressaltando que o brincar de qualidade

veio com a disposição de atender os anseios de conhecimento da criança.

PALAVRAS CHAVE: brincar, lúdico, brincadeira

METODOLOGIA

Por meio de pesquisa qualitativa de caráter descritivo, sendo utilizadas

pesquisas bibliográficas, constituído principalmente de livros e artigos

científicos. Refletimos que a brincadeira é um direito da criança e deve ser

inserido desde os primeiros meses da vida de uma criança com intuito de

estimular seu desenvolvimento integral, nos aspectos físicos, cognitivos,

afetivos, sociais e culturais. O presente documento monográfico embasa-se em

diversos autores como Jean Piaget, Lev Semenovich Vygotsky, Tizuko

Morchida Kishimoto, Gisela Wajskop, Gilles Brougére, entre outros, que com

seus estudos tem contribuído para a fundamentação teórica em argumentos

significativos e citações diversas.

SÚMARIO

Introdução.........................................................................................................09

CAPÍTULO I

1- A Infância e as brincadeiras...................................................................11

1.1- Meninas brincam de boneca e meninos brincam de carrinho?............14

1. 2 - Teorias de aprendizagem.........................................................................16

CAPÍTULO II

2- A Educação Infantil e os Brinquedos Pedagógicos................................20

2.1 - Brinquedoteca........................................................................................23

2.2 - Critérios para a escolha dos brinquedos................................................25

CAPÍTULO III

3- Psicomotricidade....................................................................................30

3.1- Áreas Psicomotoras...............................................................................31

Considerações Finais........................................................................................36

Bibliografia.........................................................................................................37

Webgrafia..........................................................................................................38

9

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo compreender a contribuição e a

importância das brincadeiras na educação infantil e no processo de

aprendizagem. O brinquedo veio sempre com a função de encantar a criança

na sua infância. O lúdico é a uma das formas de aprendizagem da criança,

desde os primeiros meses de vida até os 6 anos, que é justamente a etapa em

que ela se encontra na pré-escola estando o desenvolvimento ligado às

atividades recreativas. E hoje devido à falta de tempo dos adultos, só nos prova

que a cultura do mercado tecnológico vem deixando o brincar tradicional de

lado por brinquedos eletrônicos.

Os educadores, da educação infantil, vêm buscando resgatar as

brincadeiras como recursos acessíveis, pelo intuito de mostrar que o

aprendizado vem através do lúdico, da interação com o outro e da educação

interdisciplinar, incluindo o lúdico como uma das melhores formas de aprimorar

sua prática pedagógica. A escola que inclui o brincar no seu currículo

pedagógico e planejamentos, de forma adequada, busca atender com

qualidade e respeito às necessidades de aprendizagem das crianças. De forma

que muitos brinquedos, jogos e brincadeiras foram criados para o estímulo da

criatividade, enriquecimento do intelectual, garantia do desenvolvimento

cognitivo, corporal e sensorial das crianças.

A educação psicomotora possui vários conceitos. Muitos deles até

confundidos, pelas pessoas que acreditam ser algo ligado ao movimento

corporal. Ela pode ser definida como a consciência de que corpo, mente e

espíritos estão intimamente conectados, mediante a ação. Serão trabalhadas

as funções perceptivas e sócio motoras, a criança explora o ambiente, localiza-

se no tempo e espaço, assim a criança toma consciência de si mesma e do

mundo que a cerca. Na realidade, o conceito de psicomotricidade vai muito

além da simples movimentação do corpo, uma vez que contribui de maneira

significativa para a formação e estruturação de todo o esquema corporal. O

lúdico de forma dirigida desenvolve a reeducação do tônus, da postura, da

lateralidade e do ritmo.

10

Quando iniciamos essa pesquisa na intenção de verificarmos a

contribuição dos brinquedos e das brincadeiras no desenvolvimento das

crianças em idade pré-escolar, mas com o passar da investigação

identificamos que à medida que as crianças crescem, seus pensamentos se

intensificam no processo de socialização, as crianças aprendem a lidar com o

respeito mútuo, dividem tarefas, partilham brinquedos e tudo aquilo que implica

na vida coletiva. É nessa preparação da pré-escola que bem trabalhados

permanecerão por toda a vida, pois será a base de sua estrutura educacional.

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CAPÍTULO I

1- A INFÂNCIA E AS BRINCADEIRAS

A infância é uma época de que vai do nascimento à puberdade, mas a

infância não tem apenas o crescimento, os cuidados, a atenção dos pais, tem

também a inocência do faz de conta, da imaginação, das fantasias, enfim dos

sonhos e o lúdico faz parte de todas essas etapas da vida de uma criança. O

lúdico que vem do latim ludus , significa tudo que se relaciona com jogos e

brincadeiras, divertimento entre o real e o imaginário, portanto uma criança

pula, brinca, dança, desenha, canta, cria e recria o faz de conta através da

imitação e representação da realidade.

Segundo a autora Kishimoto (2003), Piaget desenvolveu suas teses

durante a infância de seus filhos observando-os e os usando como referências

do universo lúdico, que brincando eram capazes de adquirir imaginação,

imitação, atenção e memória e de acordo com as fantasias, internalizavam e

elaboravam sentimentos e emoções, desenvolvendo o senso de moral e

cultura.

Para que se conheça o universo lúdico de uma criança é importante explicitar

os termos brinquedo, brincadeira e jogo.

Brinquedo- Objetos que as crianças brincam como boneca, bola, pipa, carrinho,

corda, etc... O brinquedo facilita e enriquece as brincadeiras proporciona uma

aprendizagem prazerosa, pois toda criança tem uma necessidade de satisfazer

suas fantasias.

Brincadeira – Ação de brincar coletiva ou individualmente, tendo uma ideia de

movimento, uma das brincadeiras tradicionais são amarelinha, pega-pega,

casinha, ciranda, etc...

Jogo- Ação ou efeito de jogar, sendo atividades competitivas e com ajuda de

regras. Os jogos de bola, xadrez, etc.

Sendo assim, Kishimoto (2003, p.6) afirma:

12

“O jogo tradicional infantil é um tipo de jogo livre, espontâneo, no qual a criança brinca pelo prazer e o fazer. Por pertencer à categoria de experiências transmitidas espontaneamente conforme motivações internas da criança.”

Segundo o site Wikipédia, a enciclopédia livre, o jogo é toda e

qualquer atividade em que as regras são feitas ou criadas num ambiente

restrito ou até mesmo de imediato, normalmente praticados com fins

recreativos e, em alguns casos, como instrumento educacional. Os jogos fazem

parte das atividades de brincar da criança, eles provocam situações em que a

criança aprende a enfrentar os limites nas regras, proporcionando sua

autonomia moral.

“...Há regras explícitas como no xadrez ou amarelinha bem como regras implícitas como na brincadeira do faz- de - conta em que a menina faz de conta que é a mãe (...). Finalmente, todo jogo tem sua existência em um tempo e espaço.” (KISHIMOTO, Tizuko Morchida 2003, p.4).

O termo jogo no âmbito educacional tem significado variado e é muito

amplo, quando falamos em jogo o que vem a mente é a imagem de uma, duas

ou mais pessoa, em um ambiente pré – determinado, desafiando e disputando

entre si, para provar quem é o vencedor e o perdedor ou quem ganha e quem

perde. Neste caso, o termo jogo refere-se geralmente a aquele tipo de

brinquedo ou brincadeira que termina em perdas e ganhos, ou seja, o jogo de

regras fixas. Baseado nesse conceito o termo brinquedo não pode ser extenso

a amplitude do jogo.

Kishimoto (2003, p.2), afirma que um tabuleiro de xadrez com peões

só pode ser considerado um brinquedo se for destinado para brincadeiras e

questiona: será que essa afirmação tem o mesmo significado quando vira

recurso do ensino na aprendizagem de números e se pode ser considerado

brinquedo ou material pedagógico?

Durante muito tempo o ato de brincar foi considerado uma simples

recreação, que variava de uma região para outra e adquirem peculiaridades

regionais ou locais e com essas fusões muitas brincadeiras tradicionais

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acabaram desaparecendo do universo infantil, porque nem todas as

brincadeiras eram um sinônimo de divertimento, pois a perda podia acarretar a

frustração e angustia, e nem sempre a criança entendia que era só um

passatempo, essa visão equivocada impediu por anos a exploração desse

recurso como metodologia de ensino e aprendizagem, dessa forma o professor

poderia trabalhar esses sentimentos que definem a perda ou ganho de algo. Os

brinquedos e os jogos são essenciais para que a criança desenvolva o seu

crescimento psíquico contrariando a forma de aprendizagem que os adultos

consideravam como certo ou errado.

Segundo kishimoto, (1996, p.7): o brinquedo é um suporte da

brincadeira. Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação íntima com a

criança, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organiza sua

utilização. O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que

enfocam aspectos da realidade. Independentemente da época, cultural e

classe social, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois é

através da fantasia, do encantamento da alegria e dos sonhos que a realidade

e o faz de conta se confundem.

Desde a sua origem que o brinquedo é um objeto do adulto para a

criança. Brinquedos antigos como a bola, a pipa, e as rodas permitem o

desenvolvimento das fantasias infantis. O brinquedo é um convite ao brincar,

facilita e enriquece a aprendizagem, proporcionando desafios e motivações. O

brinquedo preenche uma atividade básica, ou seja, é motivo para a ação, a

criança possui uma grande necessidade de satisfazer seus desejos

imediatamente. Durante a fase pré - escolar, as crianças não conseguem ter

todos os seus desejos e tendências atendidos, portanto deveriam ser usadas

as atividades lúdicas de livre exploração, nas quais predomina o brincar. Sendo

assim, kishimoto (2003, p. 6) afirma:

“... quando brinca livremente e se satisfaz, nessa ação, a criança o demonstra por meio do sorriso. Esse processo traz inúmeros efeitos positivos na dinâmica corporal, moral e social da criança (...) o jogo só pode ser jogo quando escolhido espontaneamente pela criança. Caso contrário é trabalho ou ensino (...) quando o professor utiliza um jogo educativo em sala de aula, de modo coercitivo, não permitindo liberdade ao aluno, não há controle interno. Predomina, nesse caso, o ensino, a direção do professor” (KISHIMOTO, Tizuko Morchida 2003, p.6).

14

Com o apoio inicial da família e posteriormente pela escola, o brinquedo

e a brincadeira fazem com que a criança crie uma ampliação do mundo. Mas

nem sempre elas tem essa oportunidade, os pais acabam criando mini adultos,

assim a criança sofre uma superproteção, e acaba sendo impedida de brincar

para que não se machuque, se suje, atrapalhe, espalhe ou quebre os

brinquedos, suje a casa, outras precisam trabalhar para ajudar no orçamento

familiar e também tem as crianças que não brincam com brinquedos modernos,

por causa das condições financeiras dos pais. Mas não é por esse motivo que

essas crianças deixem de brincar, sendo a fantasia uma grande aliada, assim

elas utilizam embalagens vazias de uso doméstico ou sucata que viram

bonecas e carrinhos criados pela imaginação, e também brincadeiras ao ar

livre, como pega-pega, correr, pular, etc...

Segundo o RCNEI (1998), considerando-se as especificidades afetivas,

emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis anos, a qualidade

das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania

deve estar embasada nos seguintes princípios: o direito das crianças a brincar,

como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação

infantil;

Portanto durante muito tempo, o ato de brincar foi considerado uma

recreação simples, para se passar o tempo ou como distração, impedindo

assim a exploração desse recurso como uma ferramenta de ensino e

aprendizagem. As brincadeiras facilitam e enriquecem as habilidades, a

inteligência, ampliam as estruturas cognitivas, fazendo com que uma criança

aprenda brincando, experimente novas ideias e estimule suas fantasias.

1.1- Meninas brincam de boneca e meninos brincam de

carrinho?

Um questionamento errôneo que ainda hoje é seguido pela sociedade,

que insistem em achar que brincadeira tem sexo. Antigamente as crianças

eram repreendidas e até ridicularizada pelos adultos, se as vissem escolhendo

brincar de carrinho ao invés de boneca, no entanto precisou-se de muitas

gerações para se romper esse paradigma, pois os pais tinham ou ainda tem

15

medo que seus filhos troquem a opção sexual por estar brincado com outro

brinquedo, sofrem uma superproteção e assim acabam perdendo a

oportunidade de conhecer muitos brinquedos, jogos e brincadeiras que seriam

absorvidas para o seu amadurecimento espontaneamente, porque uma criança

quer mais é descobrir o mundo ao seu redor e precisa vivenciar diferentes

papéis no momento da brincadeira. A criança é livre de preconceitos, e nem

um pouco preocupada com regras, a inversão de papeis só existe na cabeça

dos adultos.

Dentro das escolas deve se haver uma conscientização e

desmistificação sobre essa ideia, afinal a formação da identidade acontece no

dia-a-dia, com as transformações e descobertas corporais e ainda a

individualidade. No entanto, não se pode deixar de lembrar que as crianças não

são iguais, principalmente num país como o nosso, com tantas etnias e

condições socioeconômicas tão diversas. Neste sentido:

“A criança se expressa pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo fazer, incorporando-o a cada novo brincar”. (Craidy e Kaercher , 2001, p. 103)

Cada criança tem sua personalidade própria, e independente do sexo

os pais tem que respeitar as diferenças. As distinções de gêneros masculino e

feminino ocorrerão com o tempo e de forma adequada empregada pelos

educadores dentro das salas de aula e assim a criança terá a liberdade de

escolher com que quiser brincar. Outro ponto que é muito importante é a

disposição dos brinquedos, que não devem ser separados por meninas e

meninos, eles devem estar misturados, para que cada criança fique livre para

escolher com o que deseja brincar.E ainda deve se levar em consideração os

tipos e mensagens nos brinquedos, como por exemplo as bonecas Barbie

magras e loiras, devem ser bonecas em variedade, como negra, de pano,

pequenas, de cabelos coloridos, lisos ou enrolados, enfim, cabe a cada

professor dispor suas salas, mas conscientes das relações de gêneros, para

que encontre formas de não discriminar nem proporcionar preconceitos.

16

1.2 - Teorias de Aprendizagem

As teorias possuem um processo de ensino aprendizagem, partindo

da evolução cognitiva do homem, explicando sua relação com o conhecimento.

Sendo a assim veremos as principais teorias de aprendizagens:

*Epistemologia Genética: Teoria desenvolvida por Piaget. Defende que a

aquisição do conhecimento depende das próprias estruturas cognitivas e das

relações que o sujeito estabelece no meio em que vive.

*Sociointeracionismo: Teoria desenvolvida por Vygostky, que coloca a

linguagem como alavanca determinante nesse processo. O fator principal para

o desenvolvimento é a interação entre o sujeito e o meio.

*Inatismo: Teoria desenvolvida por Sócrates, filósofo grego que nos remete a

situação de hereditariedade, ou seja, somos assim porque nossos pais são

assim. Ele estava convencido que os conteúdos oferecidos de fora não

influenciavam na aprendizagem, cada qual realizaria uma busca dentro de si

próprio.

*Ambientalismo ou Behaviorismo: Contrapondo-se ao inatismo. A teoria de

John B. Watson, http://psico0809.wordpress.com/category/behaviorismo/diz

que a aprendizagem depende exclusivamente da estimulação externa.

“Deem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso para educá-las, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso, prepará-la-ei para se tornar um especialista que eu selecione: um médico, um comerciante, um advogado e, sim até um pedinte ou um ladrão, independente dos seus talentos, inclinações, talentos, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados”. (WATSON, John B.)

È importante compreender as teorias de aprendizagem, pois elas

possibilitam ao professor uma gama de conhecimentos necessários para se

empregar nas salas de aula.

A escola hoje é uma grande aliada nas interações sociais das crianças

e foi segundo Gadotti, um pedagogo alemão chamado Froebel (1782-1852) na

17

tentativa de criar um espaço com um tipo especial de educação, o pedagogo

criou o “kindergarten” ou “jardim de infância”em português no ano de 1837,

assim ele acaba sendo o primeiro educador a reconhecer os brinquedos e

brincadeiras como atividades lúdicas, adorava a contação de historias, mitos e

fábulas, criou cubos e formas geométricas, objetos macios, desmontáveis e

manipuláveis para estimular movimentos e expressões corporais. Depois que

os jardins se expandiram fora da Europa e alcançaram os Estados Unidos,

Froebel influenciou as fabricas na construção de brinquedos, jogos e livros.

Segundo a Revista Nova Escola (2008), Froebel adotava a ideia do aprender a

aprender, a educação se desenvolvia espontaneamente, quanto mais ativa a

mente da criança, mais ela se torna receptiva a novos conhecimentos. Na

primeira infância, trabalhava a percepção e a aquisição da linguagem, mas no

período escolar seria a vez de trabalhar, a religião, ciências naturais,

matemática, linguagem e artes. Froebel também defendia três diferentes fases

de estágios, primeira infância, infância e idade escolar, antecipando as ideias

do suíço Jean Piaget (1896 - 1980), em seus escritos ele demonstra que a

brincadeira permite atingir vários níveis de desenvolvimento e formas de

relacionamento infantil com o mundo exterior.

No Brasil, na década de 70, iniciaram-se os movimentos de mulheres

que saiam de suas casas para trabalhar e a necessidade da criação de

creches, para os filhos dessas operárias apareceram com força, nessa época

perdurou-se o assistencialismo, e também surgiram as primeiras instituições

que atendiam crianças de zero a seis anos, abandonadas em orfanatos. Nas

creches e escolas de educação infantil, visando apenas o “cuidar”, onde os

pais deixavam seus filhos para trabalhar, elas recebiam apenas alimentação,

cuidados de higiene e cuidados físicos. Barreto (2008, p.24) coloca que

atenção à Educação Infantil no Brasil é decorrente das últimas duas décadas

de reflexões, pois a partir da LDB a Educação Infantil passou a ser o início da

Educação Básica, buscando abolir a visão assistencialista e com o olhar na

formação dos profissionais que atuam nessa área.

Para o MEC e o ECA, a partir da constituição de 1988, a educação

infantil passa a ter outro papel, foi colocada como parte integrante da

Constituição, pela primeira vez na história, uma Constituição no Brasil faz

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referência a direitos específicos das crianças. Em 1990, com o Estatuto da

Criança e do adolescente (ECA, Lei federal 8069/90), entre os direitos estava o

de atendimento em creches e pré-escolas para as crianças até os 6 anos de

idade. Já em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei

9394/96 (BRASIL, 1996), a Educação Infantil foi colocada como a primeira

etapa da Educação Básica no Brasil, abrangendo as crianças de 0 a 6 anos,

perdendo o aspecto assistencialista e assumindo uma visão e um caráter

pedagógico. Nesse momento a Educação Infantil passa a ser responsabilidade

dos municípios.

“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicólogo, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. (LDB art. 29 )

Aprovado pelo Senado em 25 de janeiro de 2006 o Projeto de Lei nº

11.274/2006, estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos para o ensino

fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

Essa medida deverá ser implantada até 2010 pelos Municípios, Estados e

Distrito Federal. Durante esse período os sistemas de ensino terão prazo para

adaptar-se ao novo modelo de pré-escolas, que agora passarão a atender

crianças de 4 e 5 anos de idade. Esse mais recente projeto nos mostra que a

educação teve uma evolução crescente significativa para o País e os

Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil (p.28.1997) vem

reafirmar o valor do brincar para o desenvolvimento infantil apresentado nas

concepções acima uma vez que:

As situações lúdicas, competitivas ou não, são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-los de forma satisfatória e adequada. Elas incluem, simultaneamente, a possibilidade de repetição para manutenção e por prazer funcional e a oportunidade de ter diferentes problemas a resolver. Além disso, pelo fato de o jogo constituir um momento de interação social bastante significativo, as questões de sociabilidade constituem motivação suficiente para que o interesse pela atividade seja mantido. (Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil p.28.1997)

19

Hoje a situação atual do Brasil ainda é preocupante, que só atende 19% das

crianças em creches e nas escolas de educação infantil a situação é um pouco

melhor chegando a 80% das crianças entre 4 e 6 anos.

20

CAPÍTULO II

2 - A EDUCAÇÃO INFANTIL E OS BRINQUEDOS

PEDÁGOGICOS

A educação infantil é o espaço de garantia da aprendizagem, e

pressupõe se que a escola tem condições de fazer com que a criança aprenda

os conteúdos propostos com vontade, disciplina, concentração e dedicação,

mas para que isso aconteça, a escola tem que ter vários fatores essenciais: um

currículo coerente com a realidade local, uma infraestrutura, uma equipe

escolar competente e professores com uma formação de qualidade.

“É na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário. A criança vivencia uma experiência no brinquedo como se ela fosse maior do que é na realidade. Para este pesquisador, o brinquedo fornece estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência da criança. A ação infantil na esfera imaginativa, em uma situação imaginária, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos de vida real e motivações volitivas aparecem no brinquedo, que se constitui no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar”.(Vygotsky apud WAJSKOP 2009, p. 32):

O educador deve ser ponderado na escolha dos materiais lúdicos ou

brinquedos educativos que muitas vezes confundidos com brinquedos

artesanais ou de madeira, que bem direcionado, de acordo com o grau de

necessidades culturais e sociais de cada criança e ainda com faixas etárias

pré-definidas, esses requisitos interferem na evolução, articulação das

habilidades, aprimora a psicomotricidade, estabelece relações espaciais e o

raciocínio lógico dos alunos. Até os 5 anos se estimular a criança na tomada

de atitudes: pegar, encaixar, empilhar, melhorando sua coordenação motora,

desenvolvendo sua paciência. Acima dessa idade surgem às necessidades de

se adequar ao uso da linguagem e da matemática com a chegada da

alfabetização, assim os jogos de estratégia e de raciocínio são mais usados.

Mas sempre se respeitando o tempo e o ritmo de cada criança.

21

Ele ainda entra como um mediador que planeja, promove e organiza

espaços e brincadeiras dirigidas que estimulam e influenciam um tempo de

qualidade. Uma atividade aplicada de forma correta é capaz de manifestar e

impulsionar avanços na oralidade dos alunos melhoram resultados

psicomotores e ajuda a regular o equilíbrio emocional, como a rejeição e

situações problemas dentro do cotidiano, tornando a criança mais confiante.

“...é evidente que o educador continua indispensável, a titulo de animador, para criar situações e armar os dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas úteis à criança, e para organizar em seguida, contra exemplos que levem à reflexão (...) que estimule a pesquisa e o esforço, ao invés de se contentar com a transmissão de soluções prontas.”(PIAGET; Apud; GADOTTI Moacir, pág.157)

Nesse momento busca-se estabelecer uma aproximação entre o

educador e o aluno, pois é brincando que as crianças, experimentam e

descobrem suas dificuldades, capacidades e necessidades, construindo seu

próprio mundo com as ferramentas propostas pelo pedagogo, cabendo a ele,

observar e registrar as evoluções de desenvolvimento. A mediação desse

educador não vem no sentido de obrigar ou impor uma atividade, mas sim de

mostrar, incentivar e motivar as crianças. Não é pela necessidade da livre-

escolha nas brincadeiras que as crianças não podem realizar atividades

propostas pela professora, aparece no sentido de dar a oportunidade para a

criança de participar de atividades dirigidas, programadas.

a) Materiais pedagógicos

A diferença de brinquedos pedagógicos e materiais pedagógicos podem

ser pequenos. Ambos objetivam uma aprendizagem, mas no material

pedagógico o aspecto lúdico pode não estar presente. A ludicidade pode estar

restrita ao desafio que a proposta do jogo apresenta ou ao prazer que a

manipulação do material tridimensional representa.

b) Blocos de Construção

22

Os blocos de construção são os brinquedos mais antigos e mais usados

na pré-escola. A variedade de tamanho, formas e cores que eles possuem

possibilita diferentes formas de utilização e da manifestação da criatividade.

Não constituem num jogo, pois não possuem regras para seu uso, tem

um poder hipnotizante, mas é uma excelente matéria prima para a

concentração e estimulam, motivam, atiçam a imaginação.

A utilização dos blocos favorece diversos aspectos do desenvolvimento

infantil, como:

• ação e concentração;

• movimentos amplos e finos;

• coordenação Visio - motora;

• noções de equilíbrio, proporção e simetria;

• paciência e perseverança;

• independência;

• sentido de realização, que tanto reforça a auto-imagem;

• conhecimento das formas geométricas e suas peculiaridades;

• desenvolvimento do pensamento abstrato;

• exploração de tamanhos, formas e espaços;

• reconhecimento de semelhanças e diferenças;

• aquisições de conceitos matemáticos (maior do que, menor do que);

• lateralidade (acima, em baixo, ao lado, etc.);

• encorajamento na solução de problemas e a formulação de projetos;

• oportunidade para aprendizagem sequencial e utilização no nível de

pensamento de cada criança;

• satisfação de inventar, construir, destruir e transformar.

A forma com que as crianças utilizam os blocos de construção varia de

acordo com o estágio de desenvolvimento em que cada criança se encontra.

c) Quebra-cabeças

O quebra- cabeças é um jogo de raciocínio, onde o jogador resolve um

problema proposto, uma imagem colada no papel e depois é cortada em uma

prensa, onde lâminas definem o formato das peças. Para avaliar o grau de

dificuldades do quebra-cabeça vários aspectos podem ser considerados: o

23

número de peças que o compõem, o tipo de recorte das peças, as cores e os

detalhes das figuras. Quanto mais peças, mais difícil a montagem. No quebra-

cabeça podemos explorar as cores e figuras, se são de animais, alimentos,

pessoas, objetos etc.

O interesse despertado por quebra-cabeças está diretamente ligado ao

grau de dificuldade que ele representa e a capacidade de quem vai montá-lo;

se for fácil demais, não construirá desafio, mas também se for difícil demais

provocará desistência em vez de motivação.

d) jogos de montar

Os jogos de montar são uma opção muito agradável, pode ter qualquer, cor e

tamanho e com eles pode-se trabalhar:

● esquema corporal

● coordenação visio - motora

● coordenação motora fina

● organização espacial

● lateralidade

● controle segmentar

Fica evidente a necessidade de se adquirir espaços destinados a

brincadeiras, pois é brincando que a criança aprende, experimenta, descobre e

se relaciona com outras crianças. Sendo assim as escolas adotam a

brinquedoteca como um espaço lúdico-pedagógico para que as crianças

tenham a oportunidade de ter um lugar prazeroso para a troca de experiências,

obtendo o aprendizado de maneira alegre e interativa.

È nessa fase que o brincar é responsável pelo desenvolvimento social,

motor e cognitivo, trabalha a ansiedade, proporciona autonomia.

2.1 - Brinquedoteca

A brinquedoteca é um espaço criado com inúmeros brinquedos, onde a

criança é convidada a explorar livremente, um ambiente para enriquecer a

24

aprendizagem interdisciplinar dos alunos através do brincar de maneira alegre

e interativa, deve ser um local amplo, arejado, iluminado, colorido e confortável,

de preferência adaptado ao tamanho das crianças que se encontrarão

brinquedos pedagógicos, jogos, livros infantis, fantoches, música, acessórios

em geral, materiais para recorte, colagem, lápis de cor, giz de cera, tinta, etc.

Os brinquedos disponíveis devem ser de variados materiais. Eles devem ser

novos ou usados, de plástico, madeira, pano e sucata.

Acredita-se que o lúdico ajuda a criança a construir seus próprios

conceitos morais e sociais, num processo que envolve fatores como a

percepção e a sensibilidade, interagindo com outras crianças. Sendo assim

uma brinquedoteca não pode ser criada com o propósito de passar o tempo.

“São lugares sociais onde o brinquedo atua como o principal mediador entre a criança e o mundo, e onde se instaura uma prática educativa institucionalmente organizada que favorece a socialização, processo pelo qual o indivíduo se torna membro de uma sociedade. Desde o seu nascimento, a criança passa a fazer parte do mundo que a rodeia e entra em contato com outros que nele já vivem. De diversos modos, a criança absorve papéis e atitudes, tornando-os seus. É nesse processo que a criança constrói sua identidade”. (KRAMER, 2007, p.184)

Geralmente a brinquedoteca é organizado em cantinhos diferentes,

como o da música, do faz de conta, da sucata, do supermercado, da casinha

de bonecas, da sucata, dos jogos, dos livros e das histórias. Para Piaget

(pag.91), as crianças começam a brincar de ser outra pessoa, com a imitação

das atividades vistas em casa e dos personagens de histórias. Com esse

conceito fica claro que a escola tem que promover uma ampliação do repertório

de referências, e o brincar de casinha é um estimulo aos alunos na idade da

representação.

Há diversos tipos de brinquedotecas que são adotadas de acordo com a

realidade de cada lugar. Eis alguns exemplos:

-Brinquedoteca escolar – é uma sala preparada para as crianças brincarem em

horários de aula especificas.

25

-Brinquedoteca pedagógica – é onde os brinquedos e jogos ficam a disposição

dos professores para serem retirados para se brincar na sala ou ao ar livre.

-Brinquedoteca empréstimo – as crianças retiram brinquedos para levar para

casa, como uma biblioteca.

-Brinquedoteca Itinerante – geralmente funcionam num ônibus que leva os

brinquedos aos lugares diferentes, como festas, eventos infantis, parques,

feiras culturais, shoppings para que o determinado público infantil possa brincar

enquanto seus pais passeiam ou conhecem o lugar.

-Brinquedoteca hospitalar – é um ambiente criado dentro do hospital, para que

a criança que esteja hospitalizada, e possa sair do quarto brincar livremente e a

criança que não pode sair da cama, são levados os brinquedos até ela para se

passar o tempo e ajudar a suavizar suas angústias na espera de sua

recuperação.

Para Cunha (2007), a brinquedoteca é um espaço criado para favorecer

a brincadeira, onde a criança possa brincar sossegada, sem cobranças e sem

sentir que está atrapalhando ou perdendo tempo, possibilitando o acesso a

uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente

lúdico. Este espaço deve ser um ambiente agradável, alegre, colorido, ter

muitos brinquedos e jogos, enfim, ser um convite ao brincar para todos que

nela adentram.

2.2 – Critérios para a escolha dos brinquedos

Os brinquedos fazem com as crianças compreendam que o mundo está

cheio de possibilidades e que esses brinquedos simbolizam as oportunidades

de expressão da criatividade do homem. As crianças constroem seu próprio

mundo brincando, e os brinquedos são as ferramentas para essa construção.

Maria da Glória Lopes, psicopedagoga, relata em sua obra que seus

pacientes nos remetem a situações existentes no cotidiano dos tempos atuais.

26

“A oferta de brinquedos eletrônicos e os atraentes jogos e brinquedos à disposição do mercado desmerecem o artesanato, colocando no lugar da satisfação de criar o gosto pelo consumo exacerbado, trocando-se os valores entre o ter e o fazer”. (LOPES, Maria da Glória, 2005, p.37).

Essa facilidade transforma as crianças em consumistas e perdem a

maior parte do seu tempo livre, com atividades proporcionadas por brinquedos

e jogos eletrônicos de modo que não sobra tempo para criar, brincar, soltar a

imaginação, não sobrando assim um espaço para a criação infantil.

Está claro que os brinquedos desempenham um papel decisivo para

converter as crianças de nossos dias em adultos maduros. Os professores por

sua vez também podem ajudar o seu aluno, preparando aulas mais agradáveis,

atraentes, dinâmicas, fazer oficinas, estimular e mediar o aluno na montagem

de seus próprios brinquedos, com imaginação e autoconfiança, porém na hora

da escolha de um brinquedo é bom que esta escolha atenda as necessidades

da criança seguindo os seguintes fatores:

a) Interesse

Para dar prazer a uma criança o brinquedo não precisa ser lindo,

maravilhoso ou caro, pois seu valor e apreciação o interesse da criança irá

determinar. O bom brinquedo é aquele que convida a criança a brincar, que

desafia seu pensamento, que mobiliza sua percepção, ou que proporciona

experiências e descobertas.

b) Adequação

O brinquedo deve ser adequado à faixa etária da criança, considerada

como indivíduo especial e diferenciado, deverá atender a etapa de

desenvolvimento em que a criança se encontra e as suas necessidades

psicológicas, socioculturais, físicas e ou intelectuais.

c) Apelo à imaginação

É aconselhável que haja sempre um convite a participação criativa. Os

jogos muito abstratos não conseguirão motivá-la, pois pode criar, ele precisa

ter alguns pontos de referência.

27

d) Versatilidade

. Um jogo bem versátil pode representar um constante desafio às

habilidades da criança. O brinquedo que pode ser utilizado de várias maneiras

é um convite à exploração. A criança pode brincar com algo que já conhece,

mas criando novas formas ou alcançando objetivos diferentes. É interessante

que o jogo possibilite à criança a obtenção de sucesso progressivo para que

ela vá conhecendo melhor os recursos que ele oferece, possa alcançar níveis

mais altos de realização.

e) Composição

O funcionamento do brinquedo por dentro é um atrativo para as

crianças. Por esta razão, os jogos desmontáveis são interessantes o

pensamento lógico é estimulado pelo manuseio, nos quais a criança tem a

oportunidade de compor e observar a sequência necessária para a montagem

correta.

f) Cor, forma, textura

Cores fortes e formas mais simples atraem as crianças pequenas. As

crianças maiores preferem cores naturais e formas mais sofisticadas. De

qualquer maneira, a variedade no colorido, na forma e na textura contribuirá

para estimulação sensorial da criança, enriquecendo seu aprendizado.

g) Tamanho

O tamanho dos brinquedos deve ser compatível de acordo com a

motricidade e a faixa etária da criança. Um bebê não pode brincar com peças

pequenas, pois as levará à boca, podendo engolir ou engasgar-se com elas.

Também não terá coordenação motora suficiente para manusear peças

miúdas. E ainda brinquedos grandes e pesados podem machucar a criança ao

serem manipulados.

h) Durabilidade

28

Os brinquedos muitos frágeis ou sem uma classificação de durabilidade

na embalagem causará frustração ao se quebrarem, e também não darão

tempo para que à criança estabeleça relação com eles.

i) Segurança

As tintas tóxicas, peças pontiagudas e arestas plásticas, peças que

podem se soltar. Tudo isso deve ser observado pelos pais na hora da compra

de um brinquedo e ainda observar a faixa etária correspondente especificada

no brinquedo. Com os bebês, o cuidado deve ser ainda maior, porque podem

provocar asfixia ou alergias.

j) Importância da embalagem

É importante alertar aos pais para evitar que as crianças brinquem com

os sacos plásticos, pois podem ser enfiados na boca ou na cabeça e ocorrer

asfixia. O valor da embalagem do brinquedo pode ser considerado sob vários

aspectos.

1º motivação: a motivação que pode proporcionar uma embalagem atraente

pode ser parte importante no desafio que o brinquedo deve representar. Mas

deve haver coerência entre a embalagem e seu conteúdo.

Uma caixa grande e vistosa pode despertar o interesse da criança, mas se

contiver um brinquedo muito pequeno provocará decepção por não atender a

expectativa criada.

2º organização: uma caixa bem adequada ao brinquedo oferece uma

segurança à criança. Se o interior da caixa for bem organizado, com

repartições que sugiram o que deve ser guardado ali, despertará a vontade da

criança de arrumá-la. Quando a embalagem é adequada, mesmo que a

utilização do jogo não se concretize, a criança será levada a guardar as peças

nos devidos lugares. Estaremos dando exemplos de ordem e organização se

oferecermos às crianças brinquedos que propiciam organização depois da

brincadeira.

k) Sucata

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Costuma-se chamar de sucata, ao material descartável, aquele material

que aparentemente não tem mais utilidade, mas com um pouco de criatividade,

pode ser reaproveitado. A criação de brinquedos com sucata é também uma

proposta de mudança e um desafio à nossa capacidade e um convite para uma

pequena aventura. Esta magia pedagógica pode ajudar o professor a construir

recursos que enriquecerão e fortalecerão ao seu trabalho o prazer de criar.

O primeiro brinquedo é feito quase que por necessidade, o segundo já é

mais fácil e os outros já vão fazendo parte de um processo contínuo de criação

em que qualquer sucata passa a ser mais um brinquedo.

L) Faixa-etária:

* 0 a 12 meses – Brinquedos coloridos, sonoros e de fácil manipulação

* 1 a 3 anos – brinquedos que estimulem a locomoção e equilíbrio. Brinquedos

para empurrar e puxar, blocos para empilhar e encaixar, bonecos grandes,

triciclo, peão, corda, bolas, etc...

* 3 a 5 anos – Brinquedos que estimulem a fantasia. Livros de histórias

ilustrados, livros para pintar, massinha de modelar, fantoches, jogos de

montagem, fantasias.

* 5 a 7 anos – Brinquedos que estimulem a alfabetização. Livros com textos

curtos, quebra-cabeça, bonecas, carrinhos e jogos educativos com regras

fáceis.

* 7 a 10 anos – Atividades mais complexas e que envolvam o raciocínio lógico.

Kits de profissões, como mecânico ou médico, skate, patins, bicicleta, pipa e

jogos com regras mais complexas.

Partindo desses entendimentos, o educador deve compreender que as

atividades lúdicas, assumem um papel básico no desenvolvimento infantil e

sempre que possível ler artigos, textos e livros que falem de jogos, brinquedos

e brincadeiras.

30

CAPÍTULO III

3 - PSICOMOTRICIDADE

A psicomotricidade possui conceitos que são relativos aos movimentos

corporais. Esses conceitos contribuem para a formação da estruturação de

todo o esquema corporal, e a partir desses movimentos e atitudes corporais

acabam favorecendo o entendimento da imagem corporal, essencial para a

formação da personalidade. A psicomotricidade por sua vez também é

responsável pelo desenvolvimento da mente, por esse motivo a abordagem

psicomotricista na aprendizagem é de extrema importância e ainda tem como

finalidade assegurar o desenvolvimento funcional e relacional, equilibrando as

funções neurofisiológicas e psíquicas. As atividades lúdicas melhoram a

socialização, a criatividade e a aptidão física, promovendo assim um bom

equilíbrio psicológico e emocional, permitindo que a criança compreenda e

tome consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar com o

meio o tempo e o espaço.

Henri Wallon (1879 – 1962) se destinou ao estudo do psiquismo

humano e ao desenvolvimento da inteligência, do desenvolvimento cognitivo,

afetivo e motor na criança. Segundo ele a afetividade é uma forma de interação

com o meio, o motor é um dos primeiros aspectos a se desenvolver e é de

fundamental importância para a estruturação do pensamento.

Wallon enfatiza o papel da motricidade no desenvolvimento contribui

com o tônus muscular das crianças e serve para os psicomotricistas como

referência. Para ele, é uma aflição as escolas influenciam as crianças a

permanecer sentados em carteiras, justamente limitando a expressão de suas

emoções e pensamentos. O jogo infantil para ele se dividia em quatro

conceitos:

*Jogo funcional: buscam a exploração dos movimentos (tocar objetos,

movimentar braços, reproduzir sons...) e ao sentir prazer repetirá inúmeras

vezes.

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*Jogos de Ficção: envolve a imaginação, o faz de conta, a representação, onde

a criança brinca do que quiser como de casinha, de médico, de professora...

* Jogos de Fabricação: são agrupamentos de objetos, improvisação e criação

de novos brinquedos, como os brinquedos de sucata.

* Jogos de Aquisição: são jogos de compreensão, onde se envolve a

capacidade de escutar, olhar e a imitar.

“O que permite à inteligência essa transferência do plano motor

para o plano especulativo não é evidentemente explicável no

desenvolvimento do indivíduo (...) mas nele pode ser

identificada [a transferência] (...) são as aptidões da espécie

que estão em jogo, em especial as que fazem do homem um

ser essencialmente social”. (Wallon, Henri, 1979 p.131)

Estudos realizados por ele mostram que crianças a partir de 6 anos

desenvolvem a inteligência de acordo com o mundo exterior, povoado de

sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos e valores sociais e

culturais. Wallon diz que o sincretismo (mistura de ideias num mesmo plano),

estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas, sendo

determinante para o desenvolvimento intelectual.

3.1 - Áreas Psicomotoras

Um bebê começa a se movimentar na barriga da mãe, com reflexos

involuntários e automáticos, sem esses reflexos, o feto estaria comprometido,

porque esses movimentos são processados pelas áreas cerebrais subcorticais

sendo filogenéticos, sendo assim nos primeiros anos de vida de uma criança,

as principais áreas de movimentos, são divididas em partes, como a locomoção

que ajuda a criança na localização espacial, a manipulação, que utiliza a mão e

os pés e o equilíbrio, fazendo com que a criança mantenha sua postura

espacial. Com o amadurecimento desses movimentos se chega a outros,

como a posição e postura da cabeça, tronco, os movimentos de alcançar e

32

pegar, engatinhar, a postura ereto sentado e em sequência em pé, o andar

ereto, correr, saltar, etc...

Essas sequências de movimentos básicos são combinações normais no

desenvolvimento infantil e os movimentos fundamentais como rastejar, correr,

saltar, arremessar, receber, rebater, quicar, chutar, quicar e esquivar-se. Esses

movimentos que surgem dos dois aos sete anos, são proporcionados por

diferentes estímulos em atividades recreativas e desportivas.

“As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar, resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em função da diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas, presentes nas diferentes culturas em diversas épocas da história. Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se numa cultura corporal.” (RCNEI. 1998. P.15)

Na busca por ferramentas que auxiliem a aprendizagem escolar se torna

multidisciplinar, na qual a Educação Física e o conhecimento psicomotricista

nas aulas da educação infantil abrangem a relação desenvolvimento motor e

intelectual da criança, havendo assim uma ligação com as áreas psicomotoras:

Coordenação Motora Fina e Global, Estruturação Espacial, Organização

Temporal, Estruturação Corporal, Lateralidade.

Coordenação Motora Fina

Controla pequenos músculos para exercícios refinados. Sendo

necessária uma execução de movimentos bem sucedida Exemplo: recorte,

escrita, colagem, alinhavar, encaixe, modelagem de massinha, trabalhos com

objetos pequenos como movimentos de pinça, etc. O pião, jogos de encaixe,

mosaico, pinos mágicos, são alguns dos brinquedos que estimulam a

coordenação motora fina através da brincadeira.

Coordenação Motora Global (Grossa)

Controle da musculatura ampla para a realização de movimentos

complexos. Exemplos: andar, correr, rastejar, marchar, bater palmas, saltar,

33

etc. O futebol, atletismo, tiro ao alvo, são alguns dos jogos usados para se

obter a coordenação global.

Estruturação Espacial

È a capacidade de orientação que a criança tem, de se situar referindo

primeiro ao “eu”, depois o outro e localizar outra pessoa ou objeto dentro de um

determinado espaço. A amarelinha é uma ótima brincadeira para a

estruturação espacial devido a posições de estáticas e movimentos.

Organização temporal

É a capacidade de avaliar o tempo dentro da ação, organizar-se através

do ritmo, situar em relação o antes e o depois, distinguir o rápido do lento. Ao

adquirir a organização temporal à criança começa a perceber que tudo

acontece em um determinado tempo, assim aprende a prevê-lo. Algumas das

brincadeiras mais conhecida para a organização espacial são: coelhinho sai da

toca, dentro e fora, morto e vivo atividades com ritmo, etc...

Estruturação Corporal

È a capacidade de relacionamento com o mundo exterior, conhecimento

e controle do próprio corpo, e de suas partes.

Ø Imagem corporal: a experiência da criança com o próprio corpo.

Ø Conhecimento Corporal: conhecimento intelectual do próprio corpo.

Ø Esquema Corporal: consciência de cada segmento do corpo (interno e

externo).

A imagem corporal é própria do sujeito e é a maneira com qual se

enxergará durante as transformações da vida, portanto esse estímulo é muito

importante no processo de aprendizagem. Eis algumas sugestões:

• Montar figuras humanas

• Tocar diferentes partes do corpo

• Usar o espelho na sala de aula

• Rolar em tapetes ou areia

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• Montar quebra cabeças do corpo humano

• Desenhar várias partes do corpo em tamanho real

• Confeccionar bonecos em massa ou argila

• Colocar roupas em bonecos

• Tocar nos colegas com os olhos vendados, identificando as partes do

corpo.

• Usar a musica para se estimular os movimentos corporais

• Propor discussões e jogos sobre o corpo

Lateralidade

È a capacidade e a conscientização dos dois lados do corpo, as funções

corporais são determinadas pelo lado esquerdo e direito. Com essa

conscientização a criança tem noções de lado direita e esquerda, a lateralidade

ganha força, agilidade, coordenação, ou seja, o cérebro passa a ter

dominância. Toda criança usa mais um lado do corpo do que outro, para a

realização de atividades e movimentos. Mas na escrita, predomina-se o lado da

mão (destro e canhoto), não podendo se mudar ou forçar a mudança desse

domínio. A amarelinha, a ciranda, a cabra-cega são as principais brincadeiras

para se alcançar a lateralidade.

“Uma criança vista como participante de um conhecido jogo como “a amarelinha”, por exemplo, está vivenciando estímulos motores, seu raciocínio lógico está sendo solicitado e está experimentando ao mesmo tempo uma relação com as demais crianças que, portanto, possui implicações emocionais e sociais. “(MELLO, Alexandre Moraes de, p. 31)”.

O conhecimento sobre a psicomotricidade para o profissional da

educação é indispensável, pois sua filosofia estimula a traçar um perfil

psicológico do aluno. Subtende-se que o professor ou até mesmo os pais que

possuam esse conhecimento, saberão estimular o desenvolvimento físico e

intelectual da criança, tornado-a saudável e capaz. A psicomotricidade se

relaciona através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o

ser corpo, o ser mente o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. Sendo

assim os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras como forma

35

de integração e por meio dessas atividades, as crianças, além de se divertirem,

criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Enfim, fica

claro que o ato de brincar na educação infantil mantém as crianças, física e

mentalmente ativas, portanto os educadores precisam refletir e incorporar a

ludicidade como a ferramenta mais importante para a aquisição do

conhecimento.

36

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto conclui-se que nem sempre a teoria pode ser aplicada na

prática, afinal vivemos em um país que não tem dado aos pequenos a devida

atenção, principalmente no que se refere ao direito de brincar. Por isso

esperamos que os conteúdos abordados acima, possam colaborar de forma

objetiva e concreta para uma melhor compreensão do universo lúdico infantil. E

principalmente para a obtenção de uma qualidade melhor na formação lúdica

infantil.

37

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