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1 INSTITUTO AVM LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A INDISCIPLINA E LIMITES NO CONTEXTO ESCOLAR E FAMILIAR Por: Francilene Rosa Torraca Orientadora Profª Ms. Andressa Maria Freire da Rocha Arana Rio de Janeiro 2011 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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INSTITUTO AVM

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

A INDISCIPLINA E LIMITES NO CONTEXTO

ESCOLAR E FAMILIAR

Por: Francilene Rosa Torraca

Orientadora

Profª Ms. Andressa Maria Freire da Rocha Arana

Rio de Janeiro

2011

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2

A INDISCIPLINA E LIMITES NO

CONTEXTO ESCOLAR E FAMILIAR

Apresentação da monografia ao Instituto a Vez

do Mestre como requisito parcial para obtenção

do grau de licenciado em Pedagogia.

Por: Francilene Rosa Torraca

Orientadora: Profª Ms. Andressa Maria Freire

da Rocha Arana

Rio de Janeiro

2011

3

DEDICATÓRIA

A Deus, meu pai eterno, pela força e fé;

Aos meus pais, por terem me ensinado a

compartilhar e a respeitar ao próximo;

Ao meu marido, grande incentivador e

apoiador dos meus estudos;

A minha amiga Andréa Lucena, por me

encorajar a chegar até aqui.

A minha amiga Juraci Moura, pela ajuda

imensa e amizade.

"Educar é conviver com a criança, caminhar a seu lado e não por ela, podendo oferecer o seu exemplo, que é uma das melhores formas de ensinar e nunca esquecer que para educar é necessário tempo para dar dedicação e amor."

E. Pisani Leite

4

AGRADECIMENTOS

A Deus, meu Amigo e Força em todos os momentos de minha vida;

A meus Pais, pelo amor, apoio e dedicação em todas as horas;

Ao Marcio, meu companheiro, incentivador e grande amigo;

As minhas amigas do peito: Andréa Lucena, Ângela Parrilha e Juraci Moura;

A minha Orientadora Profª Andressa, pelo carinho, incentivo, contribuição e

ensinamentos.

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RESUMO

Este trabalho apresenta como resultado de pesquisa bibliográfica a influência da

indisciplina e falta de limites no ambiente escolar e de como isso se reflete no

comportamento de crianças e adolescentes, Sabe-se que não existe aprendizagem

de qualidade em um ambiente conturbado gerado pela indisciplina e apesar das

dificuldades que se encontra no dia a dia escolar e na família, precisa-se olhar para

esta área buscando novos caminhos que levem a família, a escola e a comunidade a

assumirem o seu verdadeiro papel neste processo.

Neste sentido, Tiba (2006), Zaguri (2006) e Cury ( 2003) afirmam que existe

ausência de limites no ambiente familiar e isso se reflete no ambiente escolar. Isto

se dá por postura de pais demasiadamente tolerantes, gerando conseqüências

desastrosas, produzindo crianças indisciplinadas e agressivas. Esses autores

também destacam a importância de se obter conhecimento dos princípios da

indisciplina escolar e quais as suas implicações nos conflitos na aprendizagem como

um todo.

O que se defende neste trabalho é uma nova postura por parte dos Pais e equipe

docente. Precisam-se unir forças no sentido de se obter melhores resultados no

comportamento dos nossos alunos, conseqüentemente gerando melhores

resultados nas atividades escolares em geral. Essa postura compartilhada em

relação à disciplina, abrindo espaços para o diálogo e participação de Pais, equipe

escolar e alunos, proporciona momentos de interação e um melhor entendimento

dos problemas que permeiam a questão da indisciplina escolar. A gestão da escola,

junto a seus coordenadores deve olhar o problema analisando as suas causas

profundas e favorecendo a mobilização de ações alternativas.

6

METODOLOGIA

A abordagem metodológica aplicada neste estudo foi a abordagem

qualitativa, através da observação da indisciplina e falta de limites no ambiente

escolar. O presente trabalho é caracterizado por uma pesquisa bibliográfica sobre a

Indisciplina no contexto familiar e escolar.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................10

CAPÍTULO I......................................................................................................12

1. A indisciplina e limites no contexto escolar......................................................12

1.1 A indisciplina e suas implicações......................................................................15

1.2 Limites e suas implicações...............................................................................17

1.3 A indisciplina e limites na família......................................................................19

1.4 A indisciplina e limites na escola......................................................................22

CAPÍTULO II....................................................................................................24

2. Ação docente perante o aluno indisciplinado...................................................24

2.1 Preparo do Professor para lidar com alunos indisciplinados...........................26

2.2 Atitudes docentes para melhoria comportamental dos alunos........................29

2.3 Formando Cidadãos........................................................................................31

CAPÍTULO III..................................................................................................33

3. Ações preventivas contra a indisciplina..........................................................33

3.1 A auto estima regendo a disciplina.................................................................35

3.2 Disciplina para estudar...................................................................................37

CONCLUSÃO................................................................................................40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................42

WEBGRAFIA.................................................................................................43

8

INTRODUÇÃO

O presente estudo apresenta uma reflexão acerca do tema Indisciplina e

Limites dentro do ambiente escolar e familiar visa mostrar como é importante que

família e escola se unam com a finalidade de favorecer uma melhor convivência por

parte dos alunos no ambiente escolar. Por falta de regras e de uma rotina de

estudos em casa com o devido acompanhamento dos pais, os alunos trazem para a

escola essa indisponibilidade de seguir regras e a rotina de atividades que fazem

parte da prática escolar diária. Os pais por estarem ausentes boa parte do seu

tempo por causa da vida de trabalho e compromissos, estão procurando atender

seus filhos com questões materiais esquecendo-se do principal, que são momentos

agradáveis em família de afeto e diálogo.

O que se mostra neste estudo é que o ambiente escolar deve complementar o

ambiente familiar, no sentido de um estar apoiando o outro, dando os devidos

suportes. Ambos devem ser locais agradáveis, geradores de afeto, respeito e

diálogo. Não se pode responsabilizar uma instituição na formação de um aluno. A

escola tem sua função educadora, assim como a família deve desempenhar sua

função na formação do sujeito. Esta parceria só vai beneficiar nossos alunos e tanto

a escola como pais estarão felizes com o resultado dos mesmos.

O comportamento dos alunos sempre foi tema de vários conselhos de classe

e até hoje se discute uma forma de se melhorar o comportamento dos alunos para

que o ambiente em sala, nas atividades escolares, seja realizado de uma maneira

menos turbulenta gerando melhores resultados na aprendizagem. E no que diz

respeito às atividades dentro de sala de aula, favorecer uma convivência melhor

entre todos.

Mediante o caos instalado, professores e gestores sentem-se confusos e

inseguros no agir junto aos alunos indisciplinados. Eles têm muita dificuldade de

exercer seu papel de autoridade, sentindo-se impotentes.

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O que tem se buscado nas escolas atualmente é que se adote uma nova

postura por parte dos gestores escolares conscientizando a todos do real papel da

escola que é uma instituição social. O trabalho da escola deve ser voltado para

formação das jovens gerações, com a responsabilidade de educação escolar

proporcionando um trabalho pedagógico formal, adotando regras e fazendo-as ser

entendidas, com formação de valores étimos, morais e afetivos que correspondem

ao exercício da cidadania.

Sendo assim, vamos discutir neste estudo as conseqüências da ausência de

regras, da falta de limites, de diálogo e afeto gerando assim a indisciplina. Quando

não existe por parte dos Pais a preocupação em se gerar para um filho um ambiente

familiar saudável e equilibrado, vai ocasionar em indisciplina, desrespeito e falta de

limites. As ações por parte dos Pais de forma inadequadas e insensatas vão

desorganizar e prejudicar a formação do seu caráter e da sua personalidade.

Quando existe um despreparo por parte da escola em seu quadro funcional, assim

como também não cumpre seu devido papel social na formação do educando,vamos

encontrar como resultado, indivíduos desestimulados e incapazes de prosseguir na

busca do seu lugar na sociedade.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, onde por base nas

informações dos Autores Zagury (2006), Tiba (2006) e Cury ( 2003), constatou-se

que a relação escola X família é fundamental , pois a família precisa atuar numa

perspectiva de orientação, auxiliando na construção da identidade do sujeito

promovendo em parceria com a escola o desenvolvimento integral da

criança/adolescente.

10

CAPÍTULO I

A INDISCIPLINA E LIMITES NO CONTEXTO FAMILIAR E

ESCOLAR

Atualmente, a família e escola parecem estar bem confusas no que diz

respeito a formação do individuo. A sociedade mudou e com a ausência do Pai e

também da mãe, que hoje sai para o campo de trabalho ausentando-se do convívio

diário, em alguns casos gera uma falta de acompanhamento das atividades dos

filhos, resultando em inúmeros problemas de disciplina tanto no contexto escolar,

como no escolar. Quando existe um acompanhamento deste ingresso num ambiente

escolar por parte dos pais, essa entrada da criança mais cedo na escola pode ajudá-

la a se desenvolver em vários aspectos, como social e cognitivo, por exemplo.

Contudo se isto não acontece, a criança sente esta ausência por parte da família e

isto pode ocasionar em comportamentos negativos, gerando a indisciplina.

A autora Zagury (2006 ), diz que com as mudanças ocorridas no século XX,

tanto no campo das relações humanas, como no da Educação, as pessoas foram

aprendendo a respeitar as crianças, entendendo que eles tem querer há pouco mais

de três décadas nossos pais diziam com toda segurança “criança não tem querer“,

quem não lembra?, gostos, aptidões próprias e até indisposições passageiras –

exatamente como os adultos.

Não resta dúvida que houve muita melhora no relacionamento de pais e

filhos. O autoritarismo que sempre imperou por parte dos Pais, hoje dá lugar a um

relacionamento mais autêntico oportunizando momentos de diálogo. Aquele poder

que reinava de forma absoluta não existe como era. As relações hoje entre pais e

filhos acontecem de forma mais democrática. É claro que com a democratização

desta relação, houve muitos ganhos para ambos, proporcionando um maior

entendimento nas conversas.

Contudo, há controvérsias sobre esta afirmativa. Muitos não acreditam nesta

afirmativa em razão de uma série de enganos e distorções em relação a essa nova

forma de relacionamento familiar. O que ocorre é que neste novo sistema de educar,

Pais estão extremamente confusos e perdidos sem saber como atuar junto a seus

filhos e com muito medo de errar. Essa insegurança tem gerado diversas

11

incoerências na forma de agir, de colocar as regras e as mesmas serem colocadas

em prática.

Paralelamente a isso, os instrumentos de comunicação tecnológicos como

internet, TV, seduz as crianças com respostas rápidas e prontas. São imagens que

faz com que eles acreditem que tudo é fácil e o pior que tudo é possível.

Hoje o que se vê na mídia são comportamentos inalteráveis, com um

modismo esquisito, estimulando o consumismo exagerado e em muitos casos

ocasionando nos jovens e crianças um sentimento de comparação,

descontentamento e revolta.

Os autores comentam em suas bibliografias que uma das causas desta

crescente indisciplina e agressividade por parte das crianças é que a família

encontra-se ausente, desestruturada e perdida em suas atitudes junto aos filhos. Os

programas de TV inundam as casas com informações que não são filtradas, com

imagens de violência e sexo desmedido, sendo que o caráter desta criança está em

formação.

Segundo Tiba (2006), comenta que a educação familiar escapou ao controle

porque, desde pequena, a criança já recebe influências da escola, dos amigos, da

televisão e da internet. Desse modo, entra em contato com modelos diferentes de

funcionamento muito mais cedo.

Cury (2006), afirma que bons pais atendem, dentro das suas condições, os

desejos dos seus filhos. Fazem festas de aniversário, compram tênis, roupas,

produtos eletrônicos, proporcionam viagens. Pais brilhantes dão algo

incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não

pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o

seu tempo.

Tiba (2007), destaca que a criança que desrespeita o “não” da mãe ou do pai

tende a desrespeitar o “não” de outras pessoas. Além do mais, desenvolve a

incapacidade de se controlar, isto é, não consegue dizer “não” a si mesma.

O “não” como resposta, em forma de desacato, torna essa criança instável,

intolerante, impulsiva, imediatista e sem medida. Sua estrutura emocional fica tão

fragilizada que não suporta ser contrariada. Com isso ela insiste, faz diversas birras,

teima, faz chantagem até alcançar seus objetivos.

O resultado destes conflitos que ocorrem no ambiente escolar vai

desencadear outros conflitos de ordem indisciplinar no ambiente escolar. Não resta

12

dúvida que não é apenas o ambiente familiar o principal desencadeador dos

comportamentos indisciplinares. A origem dos comportamentos ditos indisciplinares

podem estar em diversos fatores: uns ligados a questões relacionadas ao professor,

principalmente na sala de aula; outros centrados nas famílias dos alunos; outros

verificados nos alunos; outros gerados no processo pedagógico escolar; e outros

alheios ao contexto escolar.

1.1 A Indisciplina e suas implicações

Conceitua-se atos de indisciplina todas as ações, palavras, atitudes, gestos e

reações que vão contrariando as normas da disciplina em um ambiente escolar, ou

que estejam atentando contra a moral, autoridade e tradições da escola. Os atos

oriundos da indisciplina, principalmente quando entram na esfera da intenção e de

forma freqüente, prejudicam e muito a moral de uma escola e vai de contra os

propósitos educativos da mesma. Estes atos devem ser combatidos e eliminados

com coerência e diálogo.

O que é importante de mostrar sobre a indisciplina é que nos últimos anos os

professores não vem se sentindo a vontade junto aos seus alunos e em alguns

casos sofrem constrangimentos por parte dos mesmos, com agressividade verbal

em alguns casos, gerando uma falta de respeito nesta relação professor-aluno. O

que deve-se pensar sempre é encontrar a resposta da origem destes

comportamentos alterados e fora dos padrões.

A indisciplina pode ser também entendida como um comportamento que não

tenha sido colocado no PPP da escola, ou implícita em termos escolares e sociais.

Para Tiba (2006), a palavra disciplina carrega em si um ranço de autoritarismo

e de falta de diálogo, que era comum no comportamento das gerações anteriores.

Os pais dos adolescentes e das crianças de hoje sentem até um certo mal estar

diante dessa palavra, a ponto de praticamente a banirem da educação dos filhos.

Segundo Tiba (2006), nas últimas quatro décadas, a tradicional divisão de

papéis entre homens e mulheres sofreu grandes alterações. Atualmente, ambos já

não recebem mais uma educação formal tão diferenciada. Com isso, a clássica

divisão de tarefas entre pai/provedor e mãe/rainha do lar foi modificada. Agora, a

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mãe é sócia do pai na tarefa de arcar com as despesas da família, mas nem por isso

ela abriu mão de ser dona-de-casa e mãe.

A mãe tem dificuldade de abdicar da posição de rainha do lar e em muitas

vezes não consegue dividir com o marido e as crianças as tarefas domésticas. Com

isso, transforma seus filhos em credores. É como se ficasse sempre em dívida com

eles, poupando os filhos do que eles devem fazer, ocasionando uma perda de

autoridade sobre os filhos.

Esse comportamento da mãe que não pode dar o tempo necessário aos filhos

e tenta suprir este tempo oferecendo aos filhos tudo o que eles pedem de presentes

orientados pela mídia, faz com que essa relação fique pautada em troca de coisas

materiais e não de afeto e diálogo. E o pior é que as mães acreditam que dando

tudo que eles pedem estão fazendo o melhor para os filhos. Quando o não aparece

e não se pode dar o que o filho deseja naquele momento, a casa cai e os filhos

reagem de forma agressiva. Nessa hora, os Pais não sabem como agir e orientar

com um diálogo com afeto, mostrando aos filhos a importância de um

comportamento respeitoso e ético para com todos.

Segundo Tiba (2006), percebe-se não uma falta de amor aos filhos, mas

uma orientação desorganizadora, uma apatia e até mesmo uma dose de covardia

dos pais que não exigem um mínimo de consideração de seus filhos. Um filho que

recebe o melhor que os pais possam oferecer e trata os Pais de uma maneira

grosseira, com ofensas, não tem um comportamento ético, pois não está dando aos

pais um tratamento digno e respeitoso quanto está recebendo.

Para Tiba (2006), se os professores e pais tivessem conhecimento do

que se passa com seus alunos e filhos, provavelmente muitos conflitos deixariam de

existir.

1.2 Limites e suas implicações

Limite é a palavra que passa pela cabeça dos pais na hora de educar seu

filho. Todos nós conhecemos a importância de colocá-lo e fica uma constante

pergunta na cabeça dos pais que é saber se estão agindo corretamente ou se

equivocando na dose de amor e permissividade dispensada ao filho. ZAGURY, TIBA

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E CURY afirmam em suas bibliografias que saber dizer não é um dos aspectos mais

importantes da educação da criança.

Quando falamos de limite, seu significado tem a ver com a tolerância de

nossas crianças em relação a frustração e a aceitação. É muito importante dentro

deste conceito de limite se falar da coerência dos pais ao exercerem seus papéis

com definição, atentando para que funcione sempre respeitando as necessidades e

as possibilidades dos filhos. Quando se busca orientar um filho, a relação afetiva

precisa ser consistente, com uma rotina estabelecida desde o nascimento se

ampliando aos poucos. O que também conta na questão limite é a coerência do que

se fala e o que se faz e no aprendizado dos valores morais e éticos.

Os papéis devem ser bem definidos numa hierarquia dentro do contexto

familiar, assim como as regras e frustrações devem estar adequadas deixando claro

a noção de sim e do não e as conseqüências dos atos. A coerência nos limites

precisam predominar na educação dos filhos, porque o objetivo disso tudo é que as

crianças possa ter um desenvolvimento saudável neste contexto.

Para Tiba (2007), as pessoas, por falta de limites, por tolerarem menos as

frustrações do cotidiano, por se acharem no direito de fazer o que tem vontade, sem

a mínima consideração com os outros, podem se tornar muito agressivas e

impulsivas. Daí pra violência é um passo. A violência é a agressividade natural e

adequada que saiu do controle e passou a ser destrutiva. Não resta dúvida que um

quadro bem difícil vai se instalar se a criança não aprende a ter limites para o que

deseja, para suas vontades, querendo tudo e sendo atendida.

Quando se há limites com coerência, a tendência é favorecer aos filhos uma

estabilidade e maturidade emocional, internalização de regras, tolerância a

frustração, desenvolvendo assim a autonomia e independência nas relações.

Segundo Zagury (2006), de tanto poder fazer tudo, de tanto ampliar seu

espaço e sem aprender a reconhecer o outro como um ser humano com

necessidades e direitos tal como ela, essa criança tende a desenvolver

características de irritabilidade, instabilidade emocional, redução da capacidade de

concentração e atenção, derivadas, como vimos, da falta de limite, da incapacidade

crescente de tolerar frustrações e contrariedades.

A orientação que a criança vai receber para viver em sociedade com limites

deve ser equilibrada. Deve-se tomar cuidado com a permissividade, já que no dia-a-

dia, é impossível que a criança tenha liberdade total, ilimitada. Permitir nada ou tudo

15

vão prejudicar a criança em seu desenvolvimento. A criança vai ter dificuldades de

receber um não, com dificuldades de lidar com a frustração e infelizmente gerar um

problema comum hoje em dia nas famílias e escolas, que é a desobediência as

normas e o respeito a moral. Paralelo a isso, as crianças podem crescer com

problemas de desvios de conduta por não saber lidar com o não e recorrer a drogas

e outros vícios para se refugiar.

Segundo Tiba (2006), a falta de educação pode provocar vários transtornos

no comportamento pessoal e no relacional. Um aluno que faz bagunça com seu

material escolar pode ser que tenha aprendido a ser assim dentro de casa. Isto é,

mesmo que em casa os pais tenham lhe ensinado a cuidar dos seus pertences, não

exigiram que ele fizesse o que aprendeu, funcionou como se ele nem tivesse

aprendido. O que o filho aprendeu em casa vai repetir em qualquer lugar, até mesmo

na escola.

Entende-se que a colocação dos limites no relacionamento junto aos

educandos continua sendo fator primordial para o desenvolvimento da personalidade

e para a formação da cidadania. Esse limite não tem uma conotação negativa e sim

positiva para que a criança vivencie situações que as façam crescer. A escola

poderá estabelecer regras a serem cobradas e cumpridas por todos, possibilitando

ao aluno um ambiente seguro e orientado favorecendo um melhor convívio.

1.3 A Indisciplina e limites na família

O que se espera por parte das famílias em relação a educação dos seus

filhos é que a mesma oriente seus filhos com afeto, diálogo e respeito as regras,

valorizando a moral e a ética. Para isso, pais constroem com seus filhos uma rotina

desde bem pequenos para que eles cresçam dentro daquela dinâmica estabelecida

pelos Pais. Atenção e acompanhamento na rotina dos filhos são fatores importantes

no desenvolvimento dos mesmos, uma vez que o sentir este cuidado por parte das

crianças favorece também a auto-estima. A família, que é vista como referência na

educação da criança, encontra-se hoje em dia bastante ausente numa fase de suma

importância na formação do sujeito e como conseqüência disto, o sujeito poderá

desenvolver problemas de cognição e afetividade.

Há um tempo atrás, o autoritarismo fazia parte da educação das crianças

como um ser que nada sabia, tendo suas falas ignoradas. Somente os adultos

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podiam orientar, corrigir, castigar e até bater nas crianças. Hoje em dia, a maneira

de educar mudou radicalmente e a criança passou a ser respeitada nas suas

vontades. O problema é que “esse respeito” a vontade das crianças, faz com que

elas exerçam sobre os pais um comportamento autoritário. As crianças mandam e

desmandam em suas casas e isto tem gerado vários conflitos no ambiente familiar,

passando também pela escola. A função dos pais, que é educar, está se tornando

cada vez mais difícil.

Dentro deste contexto de limites, os Pais tentam com muitas dificuldades

retomar o controle que foi perdido, uma vez que encontram-se em estado de

desorientação por não saberem que atitude tomar, quando dizer sim ou não devido

ao medo de provocar traumas nos filhos. Em contrapartida, eles desejam formá-los

adeqüadamente, para que se tornem no futuro cidadãos dignos e pessoas

realizadas profissionalmente.

Para Zagury (2006), é fundamental acreditar que dar limites aos filhos é

iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro. Atualmente muita gente

acredita que o limite provoca necessariamente um trauma psicológico e, em

conseqüência, acaba abrindo mão desse elemento fundamental na educação.

O respeito é um fator fundamental neste contexto. A criança poderá respeitar

seu semelhante se oportunizarem a ele momentos em que ela identifique quais são

seus limites e nesse contexto ela vai entender que nem sempre se pode fazer tudo

que se deseja. A partir destas situações vividas a criança vai naturalmente absorver

e assimilar a idéia que poderá fazer muitas coisas, mas não tudo. Essa diferença

pode parecer sutil, mas é fundamental. A criança deve ser orientada para aprender a

discernir as coisas.

E é justamente esse medo de traumatizar que tem impedido que os pais

imponham os limites necessários aos seus filhos, desde pequenos, fazendo com

que compreendam que todas as pessoas, indistintamente, devem ser respeitadas.

Para Tiba (2002), os pais morrem de medo de errar. Preocupam-se muito

temendo que um erro deles traumatize a criança pelo resto da vida. Muito

envolvidos com o trabalho a as obrigações diárias, mãe e pai ás vezes perdem o fio

da meada educativa. E se surpreendem com ações e reações inesperadas dos

filhos, que podem começar com quase nada e chegar a proporções catastróficas.

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Zagury (2006), afirma que os pais de hoje, apesar de terem mais informações,

são mais inseguros e freqüentemente temem as conseqüências de cada atitude sua.

Suas ações são mescladas com sentimento de angústia e ansiedade que torna

artificial seu próprio papel de pai ou mãe. São várias pequenas situações que vão se

desenvolvendo e se transformando em dificuldades. A família vai se acomodando e

absorvendo tais dificuldades pelo anestesiante convívio cotidiano.

De acordo com pesquisa na webgráfica, a falta de limites da criança, em

geral, reflete-se numa suposta permissividade da família.

Como em qualquer outro meio, dificuldades simplesmente acomodadas e não

resolvidas vão se acumulando sob o tapete da rotina. Na verdade, pode existir um

equilíbrio nestas relações. A disciplina pode ser passada como forma de orientação,

impondo limites e educando para um correto comportamento social.

Cada vez mais ouvimos que pais devem ser amigos de seus filhos, o que não

deixa de ser verdade, mas vale lembrar que acima de tudo devem amá-los e educá-

los colocando limites e proibições. Os pais devem ser próximos, estar disponíveis e

abertos a escutá-los e orientá-los no que solicitarem. Porém igualmente devem dizer

não, estabelecer o que é certo e errado.

Segundo Cury (2003), bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu

próprio ser e este ato contribui para desenvolver em seus filhos: auto- estima,

proteção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, de filtrar

estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir.

Quando não temos uma relação de respeito, amor e limites encontramos

crianças e jovens que cresçam sem orientação, sentindo-se sozinhos e

desconectados da própria família, sem uma identificação com esses pais, pois lhe

faltam um modelo forte, seguro e afetivo, que elas possam admirar, seguir, amar e

respeitar.

1.4 A indisciplina e limites na escola

O que constatamos neste estudo é que existe uma grande dificuldade por

parte da família e também da escola em estabelecer limites. Essa delimitação deve

ser mostrada a criança como parte do respeito ao ser humano, o respeito a si

18

mesmo e ao outro, traduzido como respeito mútuo, enquanto disciplina seria um

conjunto de regras a serem obedecidas por todos.

Um dos maiores obstáculos da escola é a forma de condução em situações

problema como a conduta em formas de bagunças, falta de limites, maus

comportamentos e desrespeito aos professores entre outros. Infelizmente existe a

ausência de cultura disciplinar preventiva nas escolas, bem como falta de preparo

por parte dos professores para lidar com distúrbios em sala de aula.

Para Zagury (2006), sem orientação e sendo atendida sempre que grita, bate,

quebra coisas, esperneia ou fala mal, a criança vai adotando essa mecânica como

forma de comunicação e controle do mundo e das pessoas.

Dentro do ambiente escolar, na rotina diária, por exemplo, a tendência é não

aceitar restrições às suas ações, quer se dirigir ao pátio para brincar, nos horários

que outras crianças estão, e por isso, ela apronta um escândalo, chora, grita,

agride, chuta até ser atendida.

De acordo com pesquisa webgráfica, a falta de limites, gera indisciplina.

Partindo do principio que a indisciplina é social e não só individual, percebe-se que

um aluno com atitudes de indisciplina é reflexo de toda uma indisciplina escolar,

familiar e social.

Não deveria ser assim, mas o que tem acontecido dentro da cultura escolar

atual é a escola tentando preencher as falhas e brechas onde a instituição familiar

não consegue atuar. As conseqüências desta mudança de papéis trazem prejuízos

no andamento escolar, porque a escola deixa de atuar na prática pedagógica, que

faz parte da educação formal, para tentar dar conta das falhas do contexto familiar.

Vários educadores, inclusive os citados neste estudo, perceberam a

importância do ambiente familiar na formação do indivíduo. A educação deve ser

feita com base no afeto que se transmite ao filho e, com base no limite que se pode

dar a ele também. A criança precisa conhecer o amor, a amizade, o respeito e a

consideração, mas também quais são os limites que ela tem que respeitar, entre a

vida dela e do outro, para que ela possa tornar-se um ser humano apto para vida em

comunidade.

19

CAPÍTULO 2

AÇÃO DOCENTE PERANTE O ALUNO INDISCIPLINADO

Neste capítulo vamos falar da ação do docente perante o aluno indisciplinado

e de que forma ele poderia atuar junto a este alunado visando a melhoria do

comportamento dos alunos, que possuem características de agressividade e

indisciplina.

Para um bom desenvolvimento de sua prática pedagógica, o educador deve

entender que dar limites às crianças é iniciar o processo de compreensão do que

seria o respeito mútuo, uma vez que ninguém pode respeitar seus semelhantes se

não aprender quais são os seus limites. Neste aspecto, deve-se priorizar dar

entendimento ao sujeito que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida.

Para Tiba (2006), a disciplina escolar é uma qualidade de relacionamento

humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e,

consequentemente, na escola.

A rotina diária é algo que o professor deve se preocupar constantemente

porque além de estabelecer limites, tem que atentar para proporcionar um ambiente

favorável para uma efetiva construção de conhecimentos, desenvolvendo

competências de habilidades, dando significado as coisas e estimulando

potencialidades.

Paralelo a isso, para que a disciplina possa ser aplicada no ambiente escolar,

é necessário que normas de convivência estejam devidamente justificadas e

formuladas de forma clara e sensata, para que escola, família e sociedade a

aceitem.

Segundo Tiba (1996), cabe os pais delegar ao filho tarefas que ele já é capaz

de cumprir. Essa é a medida certa do seu limite. É por isso que os pais nunca

devem fazer tudo pelo filho, mas ajudá-lo somente até o exato ponto em que ele

precisa, para que, depois, realize sozinho suas tarefas. É assim que o filho adquire

20

autoconfiança, pois está construindo sua auto-estima. O que ele aprendeu é uma

conquista dele.

Para isso deve-se definir os limites junto aos educandos, deixando claro o que

é possível fazer e que serão cobrados. Esse tipo de atitude vai colaborar para o

crescimento pessoal dos mesmos e em suas atividades escolares. Também

sustentar esses limites em princípios e valores vai favorecer uma relação educador e

educando, escola e família mais agradável e com o devido respeito.

2.1 Preparo do Professor para lidar com alunos

indisciplinados

A preocupação de uma gestão escolar com o preparo do seu professor deve

ser uma questão primária de sua administração. O educador deve estar preparado

para enfrentar as dificuldades que permeiam o ambiente de sala de aula e hoje em

dia é muito comum a agressividade e o mau comportamento nas escolas. A questão

é que nossos educadores têm encontrado dificuldades no manejo com essa

realidade que é tão grave, chegando a assustar.

Por isso, a gestão deve investir na qualidade humana de seu profissional,

dando um suporte emocional, para que fatores como o equilíbrio, a atenção, o

respeito, a alegria de viver, a ética e principalmente o gostar de ser professor sejam

fatores que estejam brilhando na menina dos olhos deste educador. Não resta

dúvida que além da formação continuada que é fundamental, o professor deve ser

orientado na maneira de lidar com estes alunos e a melhor forma de se relacionar

com eles.

Segundo Cury (2003), bons professores corrigem comportamentos,

professores fascinantes resolvem conflitos em sala de aula. Este hábito dos

professores fascinantes contribui para, desenvolver: superação da ansiedade,

resolução de crises interpessoais, socialização, proteção emocional, resgate da

liderança do eu nos focos de tensão. Bons professores corrigem os comportamentos

agressivos dos alunos. Professores fascinantes resolvem conflitos em sala de aula.

Entre corrigir comportamentos e resolver conflitos em sala de aula há uma distância

maior do que imagina a nossa nobre educação.

21

Nossa maior dificuldade hoje em dia é encontrar escolas com esta

preocupação. Não resta dúvida, que estão atentos a questão da indisciplina, mas em

muitos casos não sabem como reagir perante este grave problema.

Os professores não são ouvidos em suas dificuldades e quando são ouvidos

não encontram as respostas necessária para resolução das questões diárias que se

apresentam em sala de aula e isso vai gerando no educador uma auto estima baixa

e um professor que não se preocupa em buscar soluções. Não existe, em muitos

casos, por parte da instituição uma orientação para que o educador de maneira

adequada explore suas capacidades e aperfeiçoe a qualidade de seu trabalho.

A sugestão inicial é sempre o diálogo com a coordenação escolar para que

mediante este fato, criem-se normas juntamente com todos os alunos e professores

para serem cumpridas, e as que não forem respeitadas, o professor deve estar apto

a estabelecer um diálogo para saber o porquê e adapta-las.

O professor terá um papel fundamental nesta busca da disciplina, mas a

comunidade escolar deve se concentrar nesta causa, assim como a família dos

alunos, porque um ambiente favorável em sala de aula vai favorecer uma prática

pedagógica acessível aos alunos, com qualidade na passagem de conhecimento

ajudando a construir futuros cidadãos, onde vão aprender a limitar seus impulsos.

Segundo Tiba (2006), classes muito barulhentas, nas quais ninguém ouve

ninguém, são locais pouco prováveis de se conseguir boa disciplina.

A formação inicial de nossos professores não tem sido efetiva no sentido de

gerir de forma eficiente os conflitos existentes em sala de aula. Devido a esta

insuficiência, faz-se necessário a formação continuada, a ser desenvolvida nas

escolas proporcionando uma reflexão pautada em conteúdos teóricos e autores

recentes na área da educação, que possibilite uma intervenção esclarecida.

Para Tiba (2006), para poder ensinar, é necessário saber o que se ensina.

Isso se aprende no currículo profissional. E saber como ensinar. O professor precisa

conseguir transmitir o que sabe.

É a escola que deve ficar responsável de criar momentos de discussão e

diálogo, impor regras de forma coerente, realizando o trabalho preventivo,

trabalhando com cuidado e paciência os conflitos existentes.

É importante o envolvimento de pais, alunos, professores e comunidade, na

construção destas regras, por meio de um planejamento participativo e que tenha a

22

ação de todos, de forma ética, lembrando que é um processo que vai se construindo

de forma gradativa e necessitando de acompanhamento.

O professor deve ter a visão de sua importância ao desempenhar seu papel,

tendo em mente que precisa estar disponível para dialogar sobre objetivos e

limitações e para mostrar ao aluno o que a escola e a sociedade espera dele. O

educador precisa estar certo de suas condições no sentido de dominar várias

metodologias resultando num desatar desses nós.

Em pesquisa webgráfica, a Psicóloga e pesquisadora em Educação Tânia

Zagury (Revista Nova Escola, edição nº149, jan./fev.02), diz que quando há

relacionamento de afeto e um professor atencioso, qualquer caso pode ser revertido

em pouco tempo.

2.2 Atitudes docentes para melhoria comportamental dos

alunos

O docente dentro dessa perspectiva de melhora comportamental dos alunos

poderá contribuir de forma importante no desenvolvimento e crescimento desses

alunos. A indisciplina tem em um dos seus motivos a falta de interesse por não

compreender a atividade proposta ou por falta de organização da “rotina” escolar.

Para Tiba (2006), o Professor é um grande “cozinheiro” porque deve

preocupar-se em preparar com cuidado o modo de transmitir os conteúdos. Seu

interesse pela matéria deve ser despertado do mesmo modo que um trailler convida

a assistir um filme. A forma é importante: a comida deve ter um cheiro delicioso, uma

linda apresentação e um sabor especial. O cuidado do professor ao preparar suas

aulas deveria ser equivalente ao de um bom cozinheiro esmerando-se na confecção

de suas iguarias.

Faz-se necessário o diálogo entre aluno e Professor a respeito dos

combinados, de como se deve comportar para realizar tal atividade, uma vez que

cada atividade exige um tipo de comportamento. A orientação escolar e sua

organização devem primar por organizar atividades estimulantes e não atividades

que se exija do aluno o silêncio total e a inércia durante todo o período escolar.

Para Tiba (2006), é importante que os Professores adotem um padrão básico

de atitudes diante dos tipos de indisciplina mais comuns, como se todos vestissem o

23

mesmo uniforme comportamental. Esse uniforme protege a individualidade do

professor. Quando um aluno ultrapassa os limites, não está simplesmente

desrespeitando um professor em particular, mas as normas da escola.

O Professor deve ter na sua preparação para lidar com a indisciplina, um

cuidado muito grande no manejo de sua relação com seus alunos. Isso vai ajudar a

garantir condições igualitárias de participação, proporcionando diferentes

contribuições para o processo de aprendizagem.

Contribuir e viabilizar aos alunos a construção de conhecimentos faz parte da

tarefa do professor. Esse educador precisa ter muita criatividade, alegria, bom

humor, respeito humano e disciplina tornando assim sua aula mais atrativa.

De acordo com Tiba (2006) , o indivíduo precisa se preparar para

desempenhar a função de professor, não apenas em termos de aquisição do

conteúdo, mas também no tocante a forma, desenvolvendo, entre outras

características, o bom humor.

Segundo Cury (2003), bons professores possuem metodologia, professores

fascinantes possuem sensibilidade.

Este hábito dos professores fascinantes contribui para desenvolver: auto-

estima, estabilidade, tranqüilidade, capacidade de contemplação do belo, de

perdoar, de fazer amigos, de socializar.

Bons professores falam com a voz, professores fascinantes falam com os

olhos. Bons professores são didáticos, professores fascinantes vão além. Possuem

sensibilidade para falar ao coração dos seus alunos.

A escola deve tomar o cuidado de preparar seus profissionais no

enfrentamento destas questões difíceis que dizem respeito à indisciplina escolar.

Seus profissionais sevem ter preparo e bom senso que são fatores fundamentais

para que essas questões possam ser melhores abordadas. Esse problema varia de

acordo com cada etapa da escolarização e de acordo com os traços pessoais de

personalidade de cada aluno.

Sabe-se de um modo geral que a criança passa por momentos mais

estressantes nas etapas da vida como as mudanças, as novidades, as exigências

adaptativas, uma nova escola ou, simplesmente, a adaptação a realidade atual. As

crianças e adolescentes como ocorrem em qualquer outra faixa etária, reagem

diferentemente diante das adversidades e necessidades adaptativas, são diferentes

na maneira de lidar com as tensões da vida. É exatamente nessas fases de

24

aprovação afetiva e emocional que vêem à tona as características da personalidade

de cada um, as fragilidades e dificuldades adaptativas.

2.3 Formando cidadãos

Tradicionalmente falando a educação era centrada no professor, portanto o

aluno não tinha um espaço para poder expressar sua opinião. Desde muito tempo,

os métodos utilizados visam apenas a transmissão de conhecimentos s através da

aula do professor, freqüentemente expositiva, onde existe uma seqüência de dados,

que enfatiza a repetição dos exercícios, exigindo a memorização. Com o passar dos

tempos, este tipo de abordagem foi se tornando obsoletas, e com isso novas

tendências e modalidades de ensino entraram na prática pedagógica com um

ensino voltado para uma forma voltada para o aluno e não apenas para conteúdos a

serem memorizados.

Hoje tem se buscado constantemente se trabalhar em educação num

processo de formação do sujeito que valorize a parte afetiva e não somente a parte

cognitiva. Anteriormente, trabalhava-se muito dentro de uma perspectiva de

memorização de dados e isso, apesar de acontecer até hoje, encontra-se em

pautas de muitas reuniões escolares no sentido de mudar.

O que temos lido hoje em formas de educar para a cidadania e para a vida é

que a escola, assim como a família deve ter a preocupação de formar um sujeito

que esteja aberto aos conhecimentos para viver livre em sociedade, sabedor de

seus direitos, mas também dos deveres, aprendendo a participar ativamente de

forma consciente. Sendo assim, a construção de valores e moral tem que acontecer

com um trabalho educativo visando sempre o bem estar coletivo.

Cury (2003), evidencia a necessidade de se preparar os alunos não apenas

para o futuro, mas sim para a vida.

Com a finalidade de tornar os alunos pessoas independentes e autônomas

as escolas devem promover espaços educativos que oportunizem aos alunos a

construção de personalidades autônomas. Nesse ambiente o aluno vai ser ensinado

a valorizar e ter respeito às diferenças, convivendo com os que estão ao seu lado.

É necessário que a escola realize um trabalho de conscientização junto a

25

comunidade escolar e família, mostrando a importância da passagem de valores,

moral e bons costumes na formação do cidadão.

Este trabalho é importante porque nos últimos anos essa tarefa ficou

entregue, quase exclusivamente, às escolas.

Apesar de se saber que a escola não é responsável sozinha pela

formação do sujeito, enquanto cidadão, essa formação acontece dentro do

ambiente escolar, e para isso existe, sem nenhuma dúvida, a necessidade de

ensinar muito mais do que simplesmente conteúdos e tarefas. Sendo assim, é

função das instituições de ensino a missão de ensinar valores que visem o

desenvolvimento da moral dos alunos, através de uma cuidadosa seleção de

conteúdos e metodologias que o favoreça.

26

CAPÍTULO 3

AÇÕES PREVENTIVAS CONTRA A INDISCIPLINA

Neste capítulo, vamos falar de ações preventivas contra a Indisciplina e da

importância deste trabalho junto ao alunado. Instituições sociais como a família e a

escola devem primar por uma integração, para que juntas possam combater esse

mal que tem prejudicado e muito o desenvolvimento integral de nossos alunos. Não

resta dúvida que ações precisam ser priorizadas no combate as situações de

agressividade e indisciplina. Essa união deve se dá por objetivos em comum e com

pessoal responsável e metodologias adequadas para se tentar resgatar esses

valores tão importantes na formação do caráter dos educandos.

Para Tiba (2006), nas escolas os professores não são orientados de maneira

adequada a explorar suas capacidades e aperfeiçoar a qualidade de seu trabalho.

Desconhecem sua importância decisiva na educação dos alunos, que muitas vezes

só tem a si mesmos como elementos de confiança, uma vez que a crise

socioeconômica também consome seus pais.

O que gestores têm procurado promover atividades com a finalidade

preventivas junto aos Professores e pais, onde as queixas e dificuldades dos alunos

relacionados à temática disciplina, deverão ser colocadas para as devidas

discussões visando soluções.

Algumas queixas que são colocados pelos Professores de uma escola, nem

sempre são as mesmas que outros profissionais da mesma escola relatam. Existem

alguns alunos extremamente inconvenientes e bem agitados para alguns

professores e estes mesmos alunos vão se apresentar de forma bem diferente em

outras aulas. Nessas reuniões devem ser colocadas estas questões que permeiam

o comportamento irregular dos alunos e avaliar com o objetivo de saber se o fator

que faz com que a comportamento inadequado e a falta de atenção constante do

aluno não provém do próprio comportamento do professor e de que tipo de

informação este educador está passando para seus alunos.

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Segundo Tiba (1996), a prevenção não depende só da inteligência ou da

quantidade de informação recebida, mas do crédito dado a essa informação.

É de suma importância a realização de análises constantes da equipe escolar

para melhor desempenhar o papel de educadores. Dentro da prática pedagógica a

atividade de reciclagem é uma importante ação que as escolas deveriam oferecer

aos seus profissionais (incluindo a equipe escolar que, diga-se de passagem,

exercem importantes papeis de educadores).

Enfim, a questão da disciplina e dos relacionamentos entre educadores,

alunos e pais não deixa de ser um tema para Educação Preventiva. Assim, deve ser

sempre um tema para se trabalhar e aperfeiçoar as equipes docentes das entidades

de ensino. Procurar manter o brilho nos olhos de nossos educadores e crianças,

lutando por relações mais afetivas, vão contribuir e muito na melhora das relações

no ambiente escolar.

3.1 A Auto Estima regendo a disciplina

De acordo com pesquisa webgráfica Wikipédia (Sedikides & Gregg, 2003), a

auto estima é a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma, é a

capacidade de respeitar, acreditar e amar a si mesma.

A auto estima tem como formação inicial na tenra infância, nos

relacionamentos com as pessoas e como as pessoas nos tratam. Essas

experiências que foram vivenciadas no passado podem exercer uma influência

significativa na auto-estima quando crescemos. Diante disso, o que é falado e vivido

pode influenciar na criança de forma positiva ou negativa, comprometendo em

muitas vezes a aquisição do conhecimento. .

As escolas tem se preocupado ultimamente com os conteúdos que os alunos

estão tendo acesso, mas o que se considera importante neste quesito é a maneira

de como essas informações estão sendo repassadas. Há uma preocupação muito

grande com o equilíbrio emocional dos alunos, o desenvolvimento de atitudes

positivas diante de si mesmo e dos outros que o rodeiam, a visão de colaboração, o

viver em sociedade e em grupo, a ter amor próprio e gostar dos demais. Esses

alunos serão bem sucedidos na escola, na vida social, nos seus trabalhos e

aprenderem a ter autoconfiança e auto-estima.

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A escola, com a finalidade de integrar alunos, pais e escola, deve promover

dinâmicas participativas, trazendo assuntos que estejam próximos à vida das

pessoas, situações onde mostrem o sentido de cooperação, como trabalhos em

grupo e criação grupal e de comunicação.

Para Tiba (2006), existe uma grande diferença entre o professor que só quer

despejar conteúdos da matéria e o que sabe o valor da informação para o presente

e o futuro do aluno. Haverá interesse do aluno pelo conteúdo do programa escolar

sempre que houver uma correlação entre este e o dia a dia do estudante. O

professor sábio estabelece tal correlação.

Quando se propõe atividades que fazem parte do dia a dia do aluno, existe

por parte do mesmo um maior interesse em participar do que lhe é proposto. A

proposta é que os professores ajudem seus alunos a desenvolver seus potenciais,

dentro da possibilidade e limitação de cada um. Neste caso, deve-se utilizar da

pedagogia da compreensão contra a pedagogia da intolerância, da rigidez sombria e

autoritária, do pensamento egoísta, onde só exista uma verdade, da desvalorização

dos menos inteligentes e dos problemáticos.

Para Cury (2003), é importante educar a emoção e a auto-estima, vacinar

contra a discriminação, promover a solidariedade, resolver conflitos em sala de aula,

filtrar estímulos estressantes, trabalhar perdas e frustrações.

O elogio alivia as feridas da alma, educa a emoção e a auto-estima. Elogiar é

encorajar e realçar as características positivas. Há pais e Professores que nunca

elogiaram seus filhos e alunos.

Seria interessante que a gestão escolar pensasse em ações para que

alunos e professores desenvolvam sua autoconfiança, sua auto-estima; que tenham

respeito por si mesmos e acreditem em si; que percebam, sintam e aceitem o valor

pessoal e o dos outros. Assim será mais fácil aprender e comunicar-se com os

demais. Sem essa base de auto-estima, alunos e professores não estarão inteiros,

plenos para interagir e se digladiarão como opostos, quando deveriam ver-se como

parceiros.

3. 2 Disciplina para estudar

No site da PROPA, que significa Projeto Pais em ação, diz que A escola tem

um papel fundamental em possibilitar o acesso aos diversos conhecimentos, mas é

29

também aos pais, que compete ensinar os seus filhos a estudar. Ter procedimento e

rotina de estudo é determinante no sucesso escolar.

Quando se pensa em Educação de qualidade hoje em dia , precisa-se ter em

mente que a família esteja presente na vida escolar de todos os alunos em todos os

sentidos. Ou seja, é preciso que haja uma interação entre escola e família, pois é

nestas instituições que se formam os primeiros grupos sociais de uma criança.

Para Tiba (2006), os pais não podem esperar que a escola funcione como

uma clínica psicológica de recuperação de seus filhos, pois esta função não lhe

pertence. O que a escola pode fazer é reunir-se com os Pais para encaminhar o

aluno a tratamento e jamais compactuar com a transgressão, por mais simpático que

o aluno seja e mais poderosos que os pais sejam.

Quando se pensa no envolvimento dos familiares na elaboração da proposta

pedagógica pode ser importante no que diz respeito ao envolvimento da família no

contexto escolar. As reuniões de conscientização que foram sugeridas no capítulo

anterior, tratando-se de temas importantes para ajudar na formação do aluno

cidadão, seria também uma excelente oportunidade para envolver a família na

elaboração de atividades pedagógicas que visem o enriquecimento na saúde das

relações na comunidade escolar e familiar.

Segundo Tiba (2006), os pais e escola devem ter princípios muito próximos

para benefício do jovem.

Nestes encontros a citação das regras e algumas negociações vão colaborar

e muito na convivência de todos e de se mostrar a importância destas regras em

sociedade, uma vez que todos precisam segui-las na vida. A criança em formação

ainda não possui identidade própria ou preferências, não tem compromissos sociais,

objetivos de vida ou qualquer ideal. Suas forças estão concentradas na disposição

para aprender. Aprender qualquer coisa; seja desordem ou ordem. Neste contexto

de aprendizagem vai ter contato com questões de impaciência ou paciência, a saber

ouvir ou simplesmente ignorar.

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Para Tiba (2006), a disciplina é uma conduta de vida para alcançar melhores

resultados com menos recursos e menos tempo, evitar desgastes desnecessários e

aumentar a qualidade existencial.

Nessa passagem de informações que gera conhecimento através do

convívio, os pais devem preocupar-se em acompanhar seus filhos nas suas

atividades escolares porque ajuda e muito no andamento das atividades na escola.

Esta intervenção dos pais está ligadas em acompanhar tarefas e trabalhos

escolares, ver caderno com as lições da escola, verificar se o filho fez as tarefas,

estabelecer horário de estudo, informar- se sobre matérias e provas, entre outras.

Este acompanhamento vai mostrar se a criança está com facilidade ou dificuldade

na assimilação dos conteúdos e com o acesso da família e Escola, os Pais poderão

sinalizar as dificuldades de seus filhos. Esta comunicação vai ajudar a atender e

amenizar histórias de problemas escolares. É importante salientar que este

envolvimento dos Pais com seus filhos colaboram no seu desenvolvimento integral ,

por meio do reforço aos esforços da criança.

Para Tiba (2006), para estudar, o indivíduo precisa ter um sentido de

organização e a liberdade de fazê-lo ou não. Tendo decidido pelo sim, o passo

seguinte é conseguir estudar, o que exige envolvimento pragmático e útil:

responsabilidade, concentração e compromisso.

“No começo os Pais devem monitorar os filhos para

que estes criem o costume e assim tenha condições

de tomar a responsabilidade como sendo deles”.

E para finalizar este capítulo é importante reconhecer que a escola tem papel

fundamental na promoção destas condições para a aprendizagem do estudar. A

Instituição deverá interferir neste contexto para que isto venha efetivamente a

ocorrer da melhor forma possível, preparando os pais como agentes promotores de

comportamentos de estudo adequado.

31

CONCLUSÃO

Não posso concluir este estudo sem deixar de colocar que a Escola e Família

devem caminhar juntas neste processo de disciplina dos alunos e formação do

cidadão. Muito se tem comentado e sugerido para que o comportamento dos alunos

melhore visando sempre à formação do cidadão e seu desenvolvimento integral. O

que se escuta por parte dos educadores é que eles precisam de apoio por parte da

gestão para aprender a administrar as várias facetas da indisciplina e dribla-las. Não

resta dúvida que se precisa pensar em tornar as relações das pessoas mais

afetuosas e respeitosas, utilizando mais o diálogo tanto no ambiente familiar, como

no ambiente escolar.

A família deve tomar seu lugar de educadora primária, pois a escola jamais

poderá substituir as condições educativas da mesma e não podemos dizer que a

escola seja a única a ensinar valores importantes e necessários para o

desenvolvimento da criança tais como: regras, respeito, tolerância, solidariedade, e

etc. À escola não se pode pedir que além de ensinar os conteúdos programáticos

exigidos pelo MEC, tenha também que ter a função educativa que compete aos pais.

No cotidiano escolar os educadores tentam controlar esta indisciplina mas

não é fácil uma vez que neste paradigma, o disciplinador é aquele que educa,

oferece parâmetros e estabelece limites. E ainda existe aquele ditado importante

que neste caso, cabe muito bem: é melhor prevenir, do que remediar. Depois da

indisciplina instalada, tratar ela e muito trabalhoso e demanda uma disponibilidade

enorme das pessoas envolvidas no contexto, família e escola.

A indisciplina como cita “ Tiba” em seu livro “ Disciplina, Limite na Medida

Certa” vêm desde o amamentamento, fica claro que a família também é co-

responsável pela tão almejada disciplina de seus filhos. Com o mundo globalizado

de hoje a escola já não tem mais recursos para lidar com esta questão sozinha.

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Para não ser convidada a vir a escola somente em momentos de notas baixas

ou reuniões de rotina, a família deve ser vista de forma participativa, uma co-autora

do processo educativo escolar e, conseqüentemente, se envolver mais diretamente

na concretização do mesmo.

A escola, por sua vez, também precisa de regras e normas orientadoras do

seu funcionamento e da convivência entre os diferentes elementos que nela atuam.

Para uma efetiva mudança neste quadro, e preciso construir praticas

organizacionais e pedagógicas que levem em conta as características das crianças

e jovens que hoje freqüentam as escolas. Não podemos deixar de ter como foco em

nosso trabalho o SER HUMANO. Precisamos valorizar as pessoas. Nossa luta

constante como educadores é para não permitirmos que nossas crianças se

transformem em pessoas inadaptadas ou marginais por falta de referências positivas

na infância e porque nossos governantes que precisavam primar por uma educação

global e outras tantas entidades educativas foram se esquecendo que essas

crianças também necessitam de carinho, afeto e atenção por parte da estrutura

escolar e familiar.

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BIBLIOGRAFIA

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sextante, 2003.

TIBA, Içami. Quem ama, Educa. São Paulo: Editora Gente, 2002.

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34

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20/12/2010.

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haver aprendizagem" - http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-

inicial/clima-emocional-essencial-haver-aprendizagem-428245.shtml - acesso em

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REVISTA NOVA ESCOLA – Formação continuada – O professor precisa ser ouvido

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35

PROPA – PROJETO PAIS EM AÇÃO - [email protected] -

http://www.escolajoaopaulo.com.br/propaejpi/ - acesso em 21/12/2010.