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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
FACULDADE INTEGRADA AVM
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DIFICULDADES NO APRENDER: UMA ABORDAGEM
NEUROCIENTÍFICA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Por: Nathália da Silva Costa
Orientador
Profª Marta Relvas
Rio de Janeiro
2013
DOCU
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
FACULDADE INTEGRADA AVM
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
DIFICULDADES NO APRENDER: UMA ABORDAGEM
NEUROCIENTÍFICA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Neurociência
Pedagógica.
Por: Nathália da Silva Costa
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AGRADECIMENTOS
Ao longo do período, muitas pessoas
passaram por minha vida, deixando
marcas e lições, proporcionando-me
alegrias e crescimento profissional.
Agradeço a Deus, aos meus pais, aos
professores, em especial a professora
Marta Relvas pelo conhecimento
transmitido, amigos e colegas de
trabalho pela paciência e
encorajamento.
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DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a Deus, pois sem
ele, não seria possível e não teria forças
de realizar esta pesquisa. Meus pais que
em nenhum momento mediram esforços
para realização dos meus sonhos e aos
amigos e aqueles que amo, pela
confiança e credibilidade.
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RESUMO
O presente trabalho tem o intuito de refletir o processo de aprendizagem
a partir do campo Neurocientifico. A história sobre a Neurociência delineia a
importância de conhecer o ser pensante e a maneira como aprende, abordando
estratégias para redução no número de dificuldades enfrentadas na sociedade.
Pretende-se com esta pesquisa realizar um levantamento bibliográfico e
referencial teórico, despertando no leitor desafios para contribuir de maneira
significativa com uma aprendizagem eficaz, respeitando as especificidades de
cada ser e construindo novas ligações neurais, por meio de estudos
anatômicos de áreas cerebrais acionadas durante uma concepção educacional.
PALAVRAS-CHAVES: Neurociência, ligações neurais, aprendizagem.
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METODOLOGIA
A pesquisa tem o enfoque nas Dificuldades do Aprender, fundamentado
nas questões Psicopedagógicas, Socioculturais e Neurocientificas. Estudos
nestas áreas darão base para possíveis soluções na compreensão do aluno
com essas características. Trata-se de um estudo com enfoque bibliográfico,
para mostrar aos profissionais da área da educação o quanto se podem
minimizar as dificuldades que comprometem a aprendizagem. Os livros e
artigos servirão de base par ao desenvolvimento da pesquisa. A pesquisa será
baseada nos seguintes autores: Consenza, Gazzaniga, Haidt, Leite, Lent,
Metring, Nogaro, Relvas, Sampaio, Freitas e Topczewski.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Histórico da Neurociência 10
CAPÍTULO II - Bases Biológicas no processo de aprendizagem 20
CAPÍTULO III –A problematização das Dificuldades de Aprendizagem 30
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 46
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INTRODUÇÃO
Desde a concepção até o nascimento o bebê está aprendendo. O
cérebro realiza seu trabalho por meio de conexões, contribuindo para o
desenvolvimento das descobertas, que leva ao reconhecimento de milhares de
palavras através de esforços e instruções. Desta forma, como a Neurociência
poderá influenciar na compreensão da aprendizagem da criança no
desenvolvimento escolar?
A contribuição da Neurociência nas dificuldades do aprendizado
proporciona informações que envolvem questões relevantes, considerando que
se torna uma preocupação de grande complexidade aos pais e profissionais,
uma vez que o diagnóstico vem tornando-se cada vez mais vagos. Empecilhos
colocados à frente dos portadores de Dificuldades de Aprendizagem (Das) são
fatores indispensáveis à família e profissionais que se comprometem com o
desempenho pedagógico.
O grande desafio para os pais e educadores é trabalhar com crianças
que apresentam dificuldade, ajudando-as a adquirir confiança e acreditar nas
capacidades. Cada um aprende de modos e ritmos diferentes, no entanto, o
educador deve estar a atento à fatores que intervém neste processo como:
perturbações emocionais, desordem familiar e situações educacionais
inadequadas que afetam o processo ensino-aprendizagem. É um desafio
grandioso identificar sinais pertinentes a fim de evitar desilusão na criança e
baixo rendimento escolar.
A análise dos potenciais cognitivos e emocionais no desenvolvimento
da aprendizagem, para o entendimento das dificuldades de aprendizagem leva
inicialmente a identificação das áreas cerebrais, acionadas no processo de
dificuldades de aprendizagem, ressaltando a importância da Neurociência no
conhecimento do aprendizado e memória.
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A Neurociência pode contribuir como fonte de motivação para
compreensão das consequências causadas pelas dificuldades, que podem ser
minimizadas se percebida com antecedência.
Nesta perspectiva este trabalho está estruturado em três capítulos, no
qual o capítulo I aborda a história da Neurociência, o capítulo II apresenta a
bases biológicas no processo de aprendizagem, onde pode-se identificar áreas
cerebrais relacionadas ao processo de aprendizagem e o capítulo III expõe a
problematização das dificuldades de aprendizagem, e meios a serem utilizadas
por educadores e pais na busca por soluções que contribuam para
comprometimento do rendimento escolar.
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CAPÍTULO I
HISTÓRICO DA NEUROCIÊNCIA
“O que as crianças podem fazer com assistência de outros pode ser, em algum sentido, um indicativo ainda melhor do seu desenvolvimento mental do que o
que elas podem fazer sozinhas.” Vygotsky
Durante um longo tempo vem buscando-se compreensão e
entendimento no processo de aprendizagem, integrando o corpo, a psique e a
mente. Os desafios da educação tem-se fundamentado na história da
Neurociência que modifica a concepção de abordar a disciplina. Neurociência
surgiu das bases cerebrais humanas, sendo uma junção de disciplinas que
abordam o sistema nervoso. A compreensão dessa história auxilia na
compreensão das evidências da mente com o cérebro.
Teorias consideraram até princípios do século XIX que a mente e a
consciência agiam no cérebro como espíritos, elaborando funções da
consciência e na cognição, segundo alguns estudiosos. Estruturas cerebrais,
no entanto, foram centro de armazenagem dos espíritos. Segundo Galeno
(apud Lent, 2008).
“ .. forneci demonstrações que provam que a alma racional fica alojada no encéfalo; que esta é a parte com a qual raciocinamos; que ela contém uma quantidade muito grande de pneuma psíquico; e que esse pneuma adquire sua qualidade especial própria através da sua elaboração no encéfalo.”
A localização das funções da mente originou-se das ideias de Galeno.
Este afirmava que as três cavidades situavam no centro do cérebro como
intermédio do corpo e da alma. Os ventrículos cerebrais era comumente
confundidos com espaços vazios e sem qualquer impureza, acolhendo
espíritos sem volição.
O interior dos ventrículos foi bem ilustrado por Leonardo da Vinci, sendo,
portanto o estudioso mais próximo a descrever a estrutura ventricular,
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demonstrando o ponto de localização da imaginação, cognição e memória nas
diferentes cavidades.
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/leonardo_da_vinci_neurocientista_imprimir.html
Para Descartes, por meio dos tubos nervosos seriam transportados
fluídos e espíritos animais, que daria visualização de imagens até seu ponto de
contato no cérebro, a glândula pineal.
LENT, Roberto.Neurociência da Mente e de Comportamento.Guanabara Koogan: Rio de
Janeiro,2008.
Segundo Gazzaniga (2006) o homem esteve alheio a conquistar sua
sobrevivência durante sua história, obtendo tempo para refletir sobre a origem
do pensamento. Deste modo, a capacidade de pensar e criar originou a
curiosidade de onde essas capacidades vinham. O cérebro trabalha com todo
contexto, as partes que atuam independentemente constituem os estudos
modernos. Nos últimos 100 anos, a visão do funcionamento do cérebro muda
constantemente. Para Franz Joseph Gall e J..G. Spurzheim as especificações
cerebrais eram divididas em cerca de 35 funções que variavam conforme a
linguagem, a percepção da cor, chegando as capacidades menos duradouras
como a esperança. Acreditava-se que o uso frequente de uma das faculdades
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/leonardo_da_vinci_neurocientista_imprimir.html
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representava o crescimento da função cerebral, causando distorção na caixa
craniana. A visão localizacionista de Gall foi questionada por Pierre Flourens
afirmando que lesões do encéfalo recuperar-se-iam. Então:
“ Todas as sensações, todas as percepções, e todas as vontades ocupam o mesmo espaço nestas estruturas (cérebro). As faculdades de sensação, percepção e vontade são, essencialmente, uma só faculdade.”
As ideias foram uma confirmação da localização de funções cognitivas
no córtex, conectados por redes de fibras há áreas distantes. A expansão das
descobertas do cérebro deu-se pelos estudiosos Broca e Wernicke. Broca
especificou a localização definida do córtex cerebral, enquanto Wernicke
relatou através de experimento com um paciente, que a lesão sofrida
possibilitou a incompreensão de sua linguagem falada e escrita.
Korbinian Brodman enumerou as células do córtex, verificando-as e
denominando-as em 52 diferentes regiões, por meio de estudos com
microscópios. A descoberta de que os neurônios eram únicos ocorreu por
meio de estudos de Ramón y Cajal, na qual observou-se as ligações das
terminações axoniais de uma célula, e corpos celulares e dendritos de outras.
http://www.wikipedia.org
A humanidade ocupou-se durante um longo período na reflexão sobre o
pensamento. As atividades exercidas pelo encéfalo não transmite dúvidas a
respeito das funções dadas a ele, embora nossos antepassados apontassem
http://www.wikipedia.org/
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construções de teorias adversas. No entanto as dobras cerebelares resultaram
nos ventrículos propiciando a circulação dos espíritos imateriais e as funções
da mente controlariam a memória e a manifestação da vontade por meio dos
giros cerebrais. Os ancestrais dedicaram-se para elaborar teorias concretas
motivando cada vez mais a humanidade.
Segundo Gazzaniga:
“ Os mecanismo cerebrais que possibilitam a geração de teorias sobre as características da natureza humana prosperavam no pensamento dos ancestrais humanos. Ainda assim, eles tinham uma grande problema: não possuíam a habilidade de explorar a mente de forma sistemática por meio de experimentação.” (GAZZANIGA, 2006).
Para tanto é importante considerar a ligação entre consciência e
cognição estabelecendo atos psíquicos próprios. A Neurociência esclarece tais
fatos partindo do aprendizado, sendo uma junção de diferentes campos de
estudos que permeia o sistema nervoso e sua relação com as funções
cerebrais e mentais bem como o funcionamento da cognição humana. O
campo desta disciplina envolve-se através de estudos próprios para o ensino e
aprendizagem humana e engloba áreas como:
§ Anatômicas
§ Biológicas
§ Farmacológicas
§ Fisiológicas
§ Genéticas
§ Patológicas
§ Neurológicas
§ Psicológicas
§ Psiquiátricas
§ Químicas
§ Radiológicas.
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Os estudos da Neurociência têm por objetivo a cognição e a consciência
desde os princípios dos tempos, intermediando aprendizagens
comportamentais e nas relações humanas. O processo do aprender envolve
esforços por meio da relação do sistema nervoso, funções cerebrais e mentais
e ambientais. São necessários estímulos que se iniciam no cérebro e que são
transmitidas através de processos neuroquímicos.
“Essa é uma maneira encontrada nesse diálogo, por uma Pedagogia
mais neurocientifica, compreendendo então que os cérebros humanos são
diferentes por meio de seus processamentos e procedimentos, e que a
Neurociência é, assim, o conjunto das disciplinas que estudam, pelos mais
variados métodos, o sistema nervoso e a relação entre as funções cerebrais e
mentais”. (RELVAS, 2012, p.35).
1.1 - Transmissão das informações, uma abordagem das sinapses e
dos reflexos.
De acordo com os avanços tecnológicos e estudos de Ramón y Cajal,
estabeleceu-se explicações sobre transmissões dos impulsos nervosos, onde
foi possível perceber os “saltos” dados de uma célula para outra, atualmente
denominado “sinapses¹”. Estímulos realizados em partes sensoriais encadeou
movimentos instintivos como tosse, espirro, vômito e deglutição. Nesta
perspectiva, estimulações elétricas foram evoluindo integrando áreas do
cérebro as funções cerebrais, capazes de produzir movimentos e sensações A
produção de técnicas produziram com fidelidade a estrutura encefálica e a
medula espinhal, contendo informações esclarecedoras que nos primórdios
não tinha acesso.
,
_________________________ ¹ Segundo Relvas (2009, p.32)”Sinapses são junções formadas com outras células nervosas onde o terminal pré sináptico de uma célula faz contato com a membrana pós-sináptica de outra. São nestas junções que os neurônios são excitados, inibidos ou modulados”.
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http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/bioconexoes/corra-stevens-corra
Um estudo envolvendo as diversas áreas da neurociência abordado por
Relvas (2011) enfatiza a compreensão do funcionamento do sistema nervoso:
Neurociência Molecular Estuda as diversas moléculas que
conduz informações para o sistema
nervoso
Neurociência Celular Envolve as células que formam o
sistema nervoso, sua estrutura e sua
função.
Neurociência de Sistema ou
Sistêmica
Analisa os neurônios que realizam
funções comuns, através de
conexões.
Neurociência Comportamental Estuda as estruturas neurais que
produzem os comportamentos,
controle de postura, sono.
Neurociência Cognitiva Envolve as capacidades mentais mais
complexas como: pensamento,
memória, linguagem., atuando
também nas habilidades motoras.
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/bioconexoes/corra-stevens-corra
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Um estudo que permeia a evolução humana faz compreender como se
deu a adaptação sensorial e motora dos seres vivos. Segundo Relvas (2009),
“para isso, três aspectos (metaforizando propriedades fundamentais dos seres
unicelulares) são fundamentais para a adaptação dos individuos ao meio
ambiente: irritabilidade, condutibilidade e contratilidade (movimento-
motricidade)”.
Através da irritabilidade, uma célula reconhece mudanças no meio
ambiente, por meio de estímulos conduzidos à outra parte da célula
proporcionando respostas. Respostas estas, que podem ser encurtadas em
decorrência da contratilidade devido a uma fuga de estímulo nocivo ou como
aproximação a estímulo prazeroso.
A capacidade do ser humano em sentir, pensar, relacionar-se,
emocionar-se, alcançou o ponto primordial devido a evolução do sistema
nervoso. De acordo com Lent (2008):
“O sistema nervoso é um órgão de alta complexidade anatômica: opção ao que está no seu interior, convoluto e, portanto, cheio de saliências e reentrâncias que escondem umas às outras, variável entre as espécies animais e extensamente conectado com estruturas da periferia corporal”.
1.2 - O que é a Neurociência Cognitiva? Qual sua relação com as emoções? Segundo Leite (2011) Um paralelo entre o passado e o presente pode
ser aplicado notando-se que por muito tempo, o cérebro vem sendo fonte de
estudo e pesquisa. Diversas perguntas continuam sem respostas, onde o
cérebro em algumas áreas continua uma incógnita, principalmente para
aqueles que se propõe estudá-lo a nível científico. “A aprendizagem, a
Neurociência e a educação estão intimamente ligadas ao desenvolvimento
cerebral o qual se molda aos estímulos do ambiente, o estudo da
aprendizagem une a educação com a Neurociência”.
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A neurociência envolve biologicamente as disciplinas que permeiam o
sistema nervoso, normal e patológico, considerando principalmente a anatomia
e a fisiologia do cérebro, estabelecendo uma relação entre eles com a teoria da
informação e linguística, dentre outros processos que avalia o comportamento,
o processo de aprendizagem e cognição humana, mas também a regulação
orgânica sendo necessário manter-se atualizado com as possíveis mudanças.
A neurociência cognitiva atua em pontos do pensamento, aprendizagem
e memória, explicando as habilidades motoras. O principio das pesquisas
atuais envolve a sensação e percepção. Segundo Locke (apud Relvas, 2012)
“todo conhecimento é obtido por meio da experiência sensória – daquilo que se
vê, ouve, sente, degusta e cheira”.
Experiências obtidas atingem o sistema nervoso central através de
estímulos sensoriais e são processadas pelo encéfalo onde se verifica o
armazenamento prévio das informações ou processamento de aspectos
adquiridos. O mecanismo envolve aspectos físicos² e emocionais.
A captação de informações conta com o auxilio dos órgãos dos sentidos
(visão, tato, audição, olfato e paladar). Entretanto, alguns limites são
percebidos, como ocorre com as ondas sonoras, que não são interpretadas
pelo encéfalo em sua totalidade. O sistema nervoso seleciona e retira algumas
informações referente a cada estímulo, recebendo ondas de diversas
frequências.
Conforme Relvas (2012):
“A percepção permite que se organize características essenciais de um objeto, todavia o suficiente para poder manipulá-lo apropriadamente. Assim, as percepções não são registros diretos do
_____________________
² Segundo Relvas (2012, p.45) – Entende-se por aspectos físicos (cor, forma, tamanho).
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mundo ao redor. Ao contrário, elas são formadas internamente, de acordo com as limitações impostas pela arquitetura do sistema nervoso e por suas habilidades funcionais”.
Com as frequentes mudanças no mundo exterior, a vivência integrada a
vários mecanismos pode sofrer distorções.
Deste modo, informações organizadas pelo encéfalo resultante de
assimilação, elabora uma realidade própria correspondendo a subjetividade ou
a objetividade³. Diante desta pesquisa percebe-se que o corpo, emoção e
razão não se separam e nem se dividem. Dados revelados nos últimos tempos
de estudo da neurociência, surpreendem sobre o funcionamento do cérebro e o
crescimento de novos neurônios. Afirma-se que a inteligência não é única e
nem está situado somente em uma área do cérebro, a inteligência é concebida
como uma função e várias partes dele envolvem ações inteligentes (LEITE,
2011).
As emoções existem por diversos aspectos envolvendo as reações do
corpo e a forma como são interpretadas as reações. Por meio de um
envolvimento com mente e corpo, o homem absorve as reações conhecidas
como sentimento. A emoção é provocada através de estímulos, provocando
alterações fisiológicas. A emoção para alguns estudiosos:
A emoção, para Piaget ³ - "O psicólogo valoriza o termo afetividade, em vez de
emoção, e diz que ela influencia positiva ou negativamente os processos de
aprendizagem, acelerando ou atrasando o desenvolvimento intelectual."
_____________________
³ Segundo Relvas (2012, p.47) – Realidade Objetiva é aquela intangível pela restrição
perceptiva dos cinco sentidos. Realidade Subjetiva é aquela resultante da assimilação dos
estímulos externos filtrados pela capacidade cognitiva que nem sempre corresponde à
realidade objetiva e na qual orienta a vida em função da mesma, tornando-se assim,
plenamente mutável.
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A emoção, para Vygotsky 4 - "Para compreender o funcionamento cognitivo
(razão ou inteligência), é preciso entender o aspecto emocional. Os dois
processos são uma unidade: o afeto interfere na cognição, e vice-versa. A
própria motivação para aprender está associada a uma base afetiva."
A emoção, para Wallon 5 - "O pesquisador defende que a pessoa é resultado da
integração entre afetividade, cognição e movimento. O que é conquistado em
um desses conjuntos interfere nos demais. O afetivo, por meio de emoções,
sentimentos e paixões, sinaliza como o mundo interno e externo nos afeta.
Para Wallon, que estudou a afetividade geneticamente, os acontecimentos à
nossa volta estimulam tanto os movimentos do corpo quanto a atividade
mental, interferindo no desenvolvimento."
Diante deste trabalho, nota-se que pesquisas na Neurociência vêm
proporcionando um novo olhar na compreensão do encéfalo, cognição,
pensamento, emoção, aprendizagem e no comportamento. A evolução humana
promoveu uma abordagem ampla de conhecimento por meio da rede neural
que produz as sinapses.
_____________________
³Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-como-ela-ajuda-
entender-aprendizagem-691867.shtml?page=1 4Idem nota 3 5Idem nota 3
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-como-ela-ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml?page=1http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-como-ela-ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml?page=1
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CAPÍTULO II
BASES BIOLÓGICAS NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
“Quando o professor altera positivamente suas expectativas em relação ao
desempenho de seus alunos, passa a agir de forma mais favorável à
estimulação de sua aprendizagem e o aluno passa a aprender mais e melhor.”
Benjamin Bloom
Segundo Lent (2008), a compreensão das informações pelos estímulos
sensoriais até chegarem ao cérebro se dá pelo caminho percorrido, tendo uma
abordagem anatômica e fisiológica, para facilitar essa decodificação. Existem
movimentos de conexões nervosas que são dinâmicas e velozes, devido a
integração entre três sistemas fundamentais para a construção de saberes do
sujeito que aprende. O primeiro aspecto é o sistema de informação, o segundo
é a compreensão dos sistemas biológicos e o terceiro relaciona-se em nosso
cotidiano, formando uma teia de conectividade. As dificuldades de
aprendizagens poderão ser resolvidas ou amenizadas no momento em que os
educadores tiverem seus olhares focalizados na promoção do desenvolvimento
dos diversos estímulos neurais expondo a compreensão dos processos e os
princípios das estruturas do cérebro, conhecendo e identificando cada área
funcional, visando estabelecer rotas alternativas para aquisição da
aprendizagem, utilizando-se de recursos sensoriais, como instrumento do
pensar e do fazer.
Ao conhecer o funcionamento do sistema nervoso, os profissionais da
educação podem desenvolver melhor o trabalho, fundamentando e melhorando
a prática diária, com reflexos no desempenho e na evolução dos alunos.
Profissionais da área podem intervir de maneira mais positiva nos processos de
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ensinar e aprender, sabendo que esse conhecimento deve ser criticamente
avaliado antes de ser aplicado de forma eficiente no cotidiano escolar. Os
conhecimentos gerados pelas neurociências podem contribuir para um avanço
na educação, visando melhor qualidade e resultados mais eficientes para a
qualidade de vida do indivíduo e da sociedade. (COSENZA, 2011).
Referente ao conhecimento sobre o cérebro humano, há muitos
questionamentos em aberto ainda, quem sabe o que virá no futuro poderá até
desconstruir muitas das “verdades” de hoje, isto não autoriza a ignorar sua
importância para quem quer trabalhar como professor. Com a ausência deste
conhecimento a prática poderá se tornar ainda mais pobre e enclausurada.
Como as possibilidades da genética e da biologia ainda são limitadas, embora
se faça uso de substâncias e medicamentos, talvez a grande alternativa seja
mudar as condições e o ambiente da aprendizagem.
É extremamente importante que educadores conheçam as estruturas
cerebrais como interfaces da aprendizagem e que sejam sempre um campo a
ser explorado. A formação do sistema nervoso nos faz entender melhor a
adaptação sensório-motor dos seres vivos e, por consequência, dos sujeitos
aprendentes. Para isso, três aspectos são essenciais para a adaptação dos
indivíduos ao meio ambiente: irritabilidade, condutibilidade, contratilidade que
são realizadas no sistema nervoso, por meio de estruturas microscópicas
denominadas neurônios.
A irritabilidade é a propriedade que a célula detecta as modificações do
meio ambiente. Essa sensibilidade celular é causada por um estímulo que
conduz a outra parte da célula por intermédio de condutibilidade. A
contratilidade é a propriedade que garante o movimento da célula, realizando a
defesa do organismo.
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Para Lent, ‘O sistema nervoso é um órgão de alta complexidade
anatômica: opção ao que está no seu interior, convoluto e, portanto, cheio de
saliências e reentrâncias que se escondem umas às outras, variável entre as
espécies animais e extensamente conectados com estruturas da periferia
corporal.’
Um sistema de classificação das estruturas e terminologia foram
criados para facilitar a identificação das partes do sistema nervoso e padronizar
a linguagem. O primeiro nível de classificação do sistema nervoso divide-o em:
sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é
definido como o conjunto dos componentes do sistema nervoso contidos em
caixas ósseas, enquanto o SNP apresenta seus elementos distribuídos ao
longo de todo organismo.
Em seguida, considera-se um segundo nível de classificação,
dividindo-se o SNC em encéfalo e medula espinhal. E um terceiro nível que
classifica o encéfalo em cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O SNP adota no
segundo nível de classificação, os termos nervos e gânglios para indicar os
condutos de comunicação do SNC com os órgãos periféricos e aglomerados de
células nervosas que se distribuem nos vários órgãos.
De acordo com Relvas, 2009, logo que se analisa a superfície do
encéfalo, observam-se duas metades simétricas, que são os hemisférios
direitos e esquerdo. O hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo, e o
hemisférios direito controla o lado esquerdo. Cada hemisfério divide-se em lobo
frontal, lobo parietal, logo occipital e lobo temporal. Há ainda o lobo da ínsula,
que só é visto quando o sulco lateral é aberto, ou quando se corta o encéfalo
adequadamente
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http://saladeobservacao.blogspot.com.br/2012/09/como-funciona-nosso-corpo-o-sistema.html
O cérebro é duplo, portanto necessita receber estímulos específicos. O
hemisfério direito exalta a liberdade de aceitar informações, sem preocupações
analíticas. A atenção desliza com rapidez, detendo-se diante de uma nova ideia
apenas o tempo necessário.
http://www.auladeanatomia.com/neurologia/telencefalo.htm
Embora o cérebro seja dividido em hemisférios, não há dominância
entre eles. Atuam juntos, utilizando milhões de fibras nervosas pondo-as em
constante interação. Relvas, 2009 atribuiu os hemisférios em:
http://saladeobservacao.blogspot.com.br/2012/09/como-funciona-nosso-corpo-o-sistema.htmlhttp://www.auladeanatomia.com/neurologia/telencefalo.htm
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Com o estudo das subdivisões do SNC, fica mais compreensível
compreender as estruturas componentes delas. A medula espinhal é
localizada no interior da coluna espinhal , mantendo a forma anatômica
tubular que ocorre desde as fases embrionárias.
Para Lent,2008:
“É da medula que emergem os nervos espinhais encarregados da comunicação com os órgãos do corpo, e isso ocorre de moro segmentar, já que a coluna vertebral é formada por umas sequência de vértebras alinhadas verticalmente. Os nervos espinhais são formados, em cada segmentos, pela união de dois conjuntos de filetes nervosos que emergem em leque de sulcos longitudinais posicionados dorsal e ventralmente ao longo da medula: são, respectivamente, as raízes dorsais e ventrais.”
A medula possui regiões conhecidas como substância cinzenta,
localizada na parte externa e substância branca, localizado no interior da
medula com o formato da letra H.
Hemisfério Esquerdo Hemisfério Direito
§ Função Verbal: seleciona
palavras para descrever,
definir.
§ Simbólica: Usa símbolos
para representar.
§ Analítica: Desenvolve a
habilidade passo a passo.
§ Abstrata: Seleciona pequena
parte da informação para
representar o todo.
§ Temporal: Marca o tempo e a
sequencia.
§ Racional: Busca razão nos
fatos.
§ Lógica: Extrai conclusões
lógicas.
§ Função não-verbal: Percebe
as coisas através de imagens.
§ Concreta: Concebe coisas em
sua integralidade.
§ Sintética:Agrupa informações
e forma num todo.
§ Analógica: Compreende
relações e percebe
semelhanças.
§ Não temporal: Não possui
sensação de tempo.
§ Intuitiva: Prefere seguir
palpites ou amostras.
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Tronco Encefálico - é um pequeno talo que une a medula espinhal com a
parte mais rostral do SNC. Possui a forma de um cone invertido, fino
inferiormente. Parte dele é coberta pelo cerebelo.
Bulbo - Órgão que conduz impulsos nervosos é a região mais próxima da
medula espinhal. Possui em seu interior um grande número de núcleos
envolvidos no controle das funções orgânicas, especialmente a
cardiorrespiratória e a digestória.
Ponte - É a região que liga o cérebro e o cerebelo atuando no controle de
movimentos voluntários. Nesta região há inversão de lateralidade das
inervações. Atua no controle do ciclo vigília-sono, na coordenação motora
em conjunto com o cerebelo e o controle de funções viscerais.
Mesencéfalo - É uma estrutura neurológica cuja função é sensorimotora,
integrando o ambiente percebido pelos sentidos as respostas motoras. Atua
no controle da dor e nas repostas de motoras de origem emocional.
http://neurociencia-ducacao.pbworks.com/w/page/9051886/sistema%20nervoso%20central
Cerebelo
É um pequeno cérebro, apresenta grande quantidade de giros e sulcos
organizados paralelamente. Coordena ações motoras complexas, sequência
de atividades motoras. Armazena conjunto de procedimentos por repetição.
O cerebelo é dividido em lobos.
http://neurociencia-ducacao.pbworks.com/w/page/9051886/sistema%20nervoso%20central
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O córtex cerebral é organizado em áreas funcionais que assumem
tarefas receptivas, integrativas ou motoras no comportamento . São
responsáveis pelo atos conscientes, pensamentos e capacidade de
responder aos estímulos ambientais voluntariamente.
Lobo Frontal
Localizado na região anterior da caixa craniana, recebe impulsos
nervosos dos lobos parietal e temporal através de feixes de fibras. A
ocorrência de lesões nesta região constitui falta de concentração e ausência
de memória. Está envolvida com a fala, função motora e psicomotora,
controle emocional, estruturação espaço-temporal.
Lobo Temporal
Localiza-se ventralmente à profunda fissura lateral. A parte posterior
relaciona-se com a recepção e decodificação de estímulos auditivos,
coordenando impulsos visuais. Parte anterior está relacionada a atividade
motora e aspectos de comportamentos instintivos.
Lobo Parietal
Responsável pela sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão.
Localizado acima do lobo temporal e anterior ao lobo occipital, integra e
interpreta informações visuais.
Lobo Occipital
Localizado na região caudal do cérebro, carrega informações para serem
apreciadas e decodificadas para processamento da informação visual.
Tálamo
-
27
Localizado entre o tronco encefálico e o cérebro. Atua como um ponto de
transmitir impulsos nervosos para o córtex cerebral. É responsável pela
codificação, armazenamento e acesso ao arquivo de memória a longo prazo.
Hipotálamo
Constituído por substância cinzenta, é responsável pela homeostase
corporal. Liga o sistema nervoso ao sistema endócrino. Controla a
temperatura do corpo, regula o apetite, o balanço da água no corpo, o sono
e envolve a emoção e o comportamento sexual.
2.1 - A Estrutura Neuronal
Segundo Relvas, 2009 os neurônios recebem conexões especificas e
executam funções apropriadas, realizando decisões, sendo o principal
componente do sistema nervoso capaz de conduzir informações. Acredita-se
que o ser humano possua cerca de 86 bilhões de neurônios e estes façam
10 milhões de conexões.
Corpo Celular – é a parte principal da célula nervosa. Essas estruturas
possibilita a elaboração do impulsos elétrico ou químico, proporcionando
respostas às sensações recebidas.
Dendritos – Estruturas que assemelham-se a galhos de uma árvore devido
suas ramificações, recebe sinais de outras células nervosas ampliando a
área de captação da membrana neuronal dos estímulos nervosos externos.
Axônio – Possui a função de transmitir impulsos nervosos originários do
corpo celular, representando uma via de resposta de expressão da célula
nervosa, conduzindo sinais elétricos que se propagam aos terminais
gerando as sinapses6.
-
28
Para Relvas,2009:
“Há muito é sabido que o cérebro, em constante atividade, emite sinais elétricos que revelem, quando analisados por meio da eletroencefalografia espectral, os diversos estados cerebrais, e que esses podem ser normais ou patológicos.”
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_06/cap_059.html
Desta forma, o cérebro realiza associações entre diversas áreas,
coordenando os impulsos nervosos, a decodificação e associação. A
frequência elétrica cerebral proporcionou o equilíbrio, durante as funções
especificas.
2.2 – Neuroplasticidade, qual a relação com a memória?
O tecido nervoso possui a capacidade de alterar as suas funções e
suas formas. E o ato de aprender é um ato de plasticidade cerebral, envolvido
em fatores intrínsecos e extrínsecos.
De acordo com Lent, ‘a neuroplasticidade é definida como a propriedade
do sistema nervoso de alterar a sua função ou a sua estrutura em resposta às
influências ambientais que o atingem. Tanto as alterações plásticas quanto as
influências ambientais que as provocam podem variar bastante, de muito fortes
a extremamente sutis. ’
_____________________ 6Idem nota 1
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_06/cap_059.html
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29
Relvas, 2007 (apud Relvas, 2009) define:
“Plasticidade cerebral como a denominação das capacidades
adaptativas do Sistema Nervoso Central (SNC) e sua habilidade para
modificar sua organização estrutural própria e funcionamento. Ela é a
propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de
alterações estruturais em resposta à experiência, e como adaptação
a condições mutantes e a estímulos repetidos.”
O cérebro promove novas conexões com circuitos neuronais, até quando
ocorre pequena perda de conectividade. Os neurônios desenvolvem
brotamentos axonais aumentando as habilidades funcionais e a força por meio
do aprendizado.
O cérebro muda constantemente durante a existência, criando situações
de desafios e até mesmo agradável. Remodulando a nossa forma de aprender,
para assim promover estímulos.
O sistema nervoso de uma criança apresenta mais plasticidade que o de
um adulto, os exercícios cerebrais realizados nos primeiros minutos de vida e
que se prolonga até a adolescência estimula e fortalece conexões, facilitando o
processo do aprender. Informações são levadas para o interior da célula,
gerando tipos de memória como:
§ Memória Ultrarrápida – informações duram apenas alguns segundos.
§ Memória de Curta Duração – Guarda informações a serem utilizadas em
pouco tempo, logo ela é descartada.
§ Memória de Longa Duração – Informações são armazenadas por longo
período.
Os exercícios cerebrais estimulam funções cerebrais ativando
diariamente as percepções, e o professor deve estimular a aprendizagem
levando para o aluno atuações diferenciadas para as memorizações.
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30
CAPÍTULO III
A PROBLEMATIZAÇÃO DAS DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM
“O resultado mais valioso da educação talvez seja a obrigação de fazermos o
que deve ser feito, quando deve ser feito.” H. Huxley
O tema aprendizagem, encontra-se em diversas literatura originárias de
linhas de pesquisa que versam sobre o tema. Segundo Topczewski (2002),
aprendizagem pode ser compreendida como a capacidade que as pessoas têm
para perceber, conhecer, compreender e reter na memória as informações
obtidas.
Para alguns autores, ‘o processo de aprendizagem da criança é
compreendido como um processo pluricasual, abrangente, implicando
componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores,
sociais, econômicos, políticos’.(MERCH apud SAMPAIO, S; FREITAS, I. B.,
2011 ).
Segundo SAMPAIO, S; FREITAS, I. B., 2011, a Neurociência contribui
significativamente para a prática educativa, fornecendo subsídios para que,
“além do aspecto fisiológico referente ao aprender”, compreenda-se a
integridade de “certas” funções envolvidas no processo, para que a
aprendizagem ocorra. A aprendizagem não é proveniente de um simples
armazenamento de dados, mas da capacidade de processar e elaborar as
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31
informações por meio da conexão que receptores sensoriais firmam com o
ambiente, proporcionando um estilo próprio de aprendizagem.
Diariamente na sala de aula, o professor depara-se com situações de
falta de atenção, pouca assimilação, ausência de compreensão, dificuldades de
aprendizagem e que infere na busca de alternativas para tais problemas. Às
Ciências Cognitivas, à Neurociência, contribuem para a extensão de
conhecimento permitindo uma visão maior e mais profunda sobre a mente
humana, no entanto, transposição desses saberes para a prática pedagógica é
de responsabilidade dos educadores instrumentalizando conhecimentos que
estas ciências alcançam e associando os saberes pedagógicos para entender
melhor como a cabeça “funciona”, como o cérebro aprende.
Para Metring (2011, p. 13) os neurocientistas
[...] não estão preocupados em formular receitas, seja para a área educacional, organizacional, médica ou qualquer outra. Estão sim preocupados em descobrir, dia após dia, coisas maravilhosas sobre a organização neuronal do ser humano e as disponibilizar para quem queira utilizar seus achados, mas o trabalho de articulação (no nosso caso, os processos de ensino e aprendizagem) precisam ocorrer a partir das necessidades dessas áreas e por profissionais dessas áreas.
De acordo com SAMPAIO, S; FREITAS, I. B., 2011 na maioria dos
casos, a dificuldade de aprendizagem normalmente envolve a questão
perceptivo-motora e outras como dificuldades de orientação especial e
sucessão temporal e psicomotora, que impedem a ligação entre os elementos
constituintes da linguagem e as formas concretas de expressão que a
simbolizam.
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http://marinachiarinotti.blogspot.com.br/2013/05/dificuldade-de-aprendizagem-o-que-e-isso.html
Conforme o National Joint Committee of Learning Disabilities apud Sampaio, S;
Freitas, I. B., 2011:
Dificuldades de aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático. Tais desordens, consideradas intrínsecas ao individuo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção do Sistema nervoso Central, podem ocorrer durante toda a vida. Problemas na autorregulação do comportamento e na percepção social podem existir com as DA. Apesar de as DA ocorrerem com outras deficiências (por exemplo, deficiência sensorial, deficiência mental, distúrbios socioemocionais) ou com influencias extrínsecas, (por exemplo, diferenças culturais, insuficiente ou inapropriada instrução etc.) elas não são resultado dessas condições.
Principais características das Dificuldades de Aprendizagem (DA):
• O desempenho não é compatível com a capacidade cognitiva da
criança ou do jovem;
• A dificuldade ultrapassa a enfrentada por seus colegas de turma,
sendo geralmente resistente ao seu esforço pessoal e ao de seus
professores, em superá-la, gerando uma auto-estima negativa;
• Podem ser, em grande parte dos casos, diagnosticadas em crianças
da pré-escola por profissionais especializados, evitando-se ou
minorando suas consequências futuras;
• São geralmente transitórias;
• Podem ser evitadas tomando-se cuidado em respeitar o nível cognitivo
http://marinachiarinotti.blogspot.com.br/2013/05/dificuldade-de-aprendizagem-o-que-e-isso.html
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da criança e permitindo que esta possa interagir com o conhecimento:
observar, compreender, classificar, analisar, etc.
Dificuldades generalizadas de Aprendizagem surgem:
• Na escola (em geral na troca)
• Na família (desorganização, excesso de atividades extracurriculares, pais
muito ou exigente);
• Por causa de problemas como drogas, violência, problemas socioculturais
(mudanças);
• Por causa de efeitos colaterais de medicações que causam hiperatividade
ou sonolência, diminuindo a atenção da criança;
• Por causa de problemas emocionais.
O diagnóstico das DA’s podem se dar de forma predominante nas
pesquisas realizadas inferindo se a partir do desempenho acadêmico, seja a
capacidade de leitura, o desempenho na escrita, o raciocínio lógico-matemático
ou os problemas com a aprendizado das ciências em geral. A relação da
cognição aos sentimentos que o individuo tem de si mesmo iguala-se a
autoestima, envolvendo percepção de habilidades, expectativa de sucesso e
fracasso, motivação e atribuições de casualidade para o sucesso ou o fracasso
escolar.
http://marinachiarinotti.blogspot.com.br/2013/05/dificuldade-de-aprendizagem-o-que-e-isso.html
http://marinachiarinotti.blogspot.com.br/2013/05/dificuldade-de-aprendizagem-o-que-e-isso.html
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3.1 – A união da família e escola como suporte para as crianças
com Dificuldades de Aprendizagem.
A família desempenha participação essencial sobre o aspecto afetivo,
uma vez que problemas não bem administrados diante dos filhos, podem ter
efeitos nocivos para o equilíbrio afetivo da criança, prejudicando no seu
aprendizado. A afetividade inicia-se nos primeiros dias de vidas na relação
entre mãe e recém-nascido, estendendo-se por toda a vida. A família, portanto,
torna-se responsável pela aprendizagem da criança, por desempenharem os
primeiros ensinos.
http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2012/02/perspectivas-do-professor-com-relacao.html
Alicia Fernández, apud Sampaio, S; Freitas, I. B. nos diz que:
[...] atitudes destes frente às emergências de autoria do aprendente, se repetidas constantemente, iaô determinar a modalidade de aprendizagem dos dos filhos).
Para Piaget apud Sampaio, S; Freitas, I. B., 2011, ‘o conhecimento parte
de uma interação entre sujeito e objeto. O individuo constrói seus
conhecimentos, suas estruturas e os modifica, aperfeiçoa, achando coisas
novas, novidades adaptadas, relacionadas aos conhecimentos até então
limitados que possam a servir como ponto de partida’.
http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2012/02/perspectivas-do-professor-com-relacao.html
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Vygotsky apud Sampaio, S; Freitas, I. B., 2011 enfoca que o
pensamento desempenha a origem por meio da motivação, a qual inclui
inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção.
As reações emocionais exercem uma influência essencial
e absoluta em todas as formas de nosso comportamento
e em todos os momentos do processo educativo. Se
quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem
mais seu pensamento, devemos fazer com que essas
atividades sejam emocionalmente estimuladas. A
experiência e a pesquisa têm demonstrado que um fato
impregnado de emoção é recordado de forma mais sólida,
firme e prolongada um feito indiferente.
Alcançar o aprendizado deve-se aos estímulos emocionais nas
atividades escolares. O professor deve propiciar o aparecimento do afeto na
sala de aula, para que o aluno possa recordar o que foi ensinado.
Para Vygotsky apud Sampaio, S; Freitas, I. B., 2011:
As reações emocionais devem constituir o fundamento do processo educativo. Antes de comunicar algum conhecimento, o professor tem de provocar a correspondente emoção do aluno e se preocupar para que essa emoção esteja ligada ao novo conhecimento. Este só pode se solidificar se tiver passado pelo sentimento do aluno.
Segundo Relvas (2009) O professor antes de ser um especialista no
domínio dos conteúdos que busca ensinar necessita se um estimulador de
aprendizagem e um verdadeiro “jardineiro” de memórias, despertando em seus
alunos as estratégias para seu uso coerente. O professor deve atuar
-
36
diferenciando as memorizações automáticas da memorização consciente,
verdadeira ferramenta para se aprender e para se pensar sobre como se
pensa. O professor deve oferecer informações de naturezas diferentes sobre
um mesmo conteúdo, ajudando ao educando a formar um aprendizado e um
conhecimento que poderá durar por toda a vida.
A escola A família A criança
Condições físicas da sala
de aula, como higiene, boa
iluminação, limite aceitável
de número de alunos/turma.
Oferecer condições
adequadas para que o
ensino e aprendizagem
sejam um sucesso.
Comprometimentos
físicos.
Condições pedagógicas,
disponibilidade de material
didático adequado à faixa
etária e método pedagógico
de acordo com a realidade
da criança.
A escolaridade dos pais
influencia o desempenho na
estimulação da criança para
um melhor envolvimento
com os estudos.
Comprometimentos
psicológicos.
Comprometimentos
neurológicos
Condições do corpo
codente, no que se refere à
motivação, á dedicação, à
qualificação e à
remuneração adequada.
O hábito de leitura é
fundamental para o
desenvolvimento cognitivo.
História familiar de
alcoolismo, drogas e outras
dependências são fatores
desagregadores da família
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37
Conhecimentos na Neurociência por profissionais da educação não
representa uma revolução extraordinária no processo pedagógico, no entanto
conscientiza o educador do quanto estes conhecimentos são úteis para quem
educa as gerações do século XXI.
http://edfpibid.blogspot.com.br/2012/06/familia-e-responsavel-pelo-aprendizado.html
De acordo com Cosenza (2011, p. 142) o uso dos conhecimentos
neurocientíficos não gera uma nova pedagogia, nem fornece soluções
definitivas para as dificuldades da aprendizagem. Representam uma
reorientação de direção e um acréscimo para romper com os conceitos
conservadores cultivados algo longo da história do aprender e ensinar.
Pretende-se com este recurso uma aproximação maior do educador com os
estudantes, proporcionando uma maior sintonia entre gerações que
experimentaram e experimentam o mundo de maneiras diferentes em
contextos diferentes, com implicações organizações mentais vividas em cada
circunstância.
Os conhecimentos oriundos da Neurociência cognitiva contribuem para a
construção e definição de propostas de intervenção pedagógica eficazes,
preferencialmente para pessoas que possuam doenças no cérebro ou
http://edfpibid.blogspot.com.br/2012/06/familia-e-responsavel-pelo-aprendizado.html
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distúrbios de comportamento e aprendizagem, sendo então um grande avanço
para a inclusão, por possibilitar atendimento específico e especializado, assim
como melhorar a qualidade de vida das pessoas. Não só o individuo com
alguma doença ou distúrbio beneficia-se, como também os estudantes ditos
“normais”, também serão beneficiados por intermédio de estratégias didáticas
diferenciadas ao abordar o conhecimento do assunto. A compreensão de como
o cérebro funciona e como as pessoas aprendem, proporciona ao educador
mais clareza e lucidez sobre a forma mais adequada para auxiliar os
estudantes, permite-se então desenvolver um ensino bem sucedido
provocando alteração na taxa de conexão sináptica que afeta a função
cerebral. Para Bartoszeck 2011 apud Nogaro 2012, ‘por certo, isto também
depende da natureza do currículo, da capacidade do professor, do método de
ensino, do contexto da sala de aula e da família e comunidade’.
Cosenza (2011) afirma que, o saber como o cérebro aprende não é
suficiente para a realização da mágica do ensinar e do aprender, assim como
os conhecimentos dos princípios biológicos básicos não são suficientes para
que o médico exerça uma boa medicina. Ao tratar-se da aprendizagem alguns
princípios e padrões comuns podem ser adequados para todos, mas o
conhecimento de situações específicas faz-se necessário para que, o professor
conheça ou trate de maneira diferenciada.
O cérebro humano apresenta uma ampla capacidade de se recompor e
revitalizar (neuroplasticidade) abrangendo outras oportunidades na educação:
a criança e o adolescente ainda não aprenderam, mas poderão aprender.
Portas e possibilidades se abrem através da concepção dinâmica do cérebro
-
39
ao reposicionar a postura e o trabalho do professor. Resultados podem se
alcançados por meio de ambientes, metodologias e didáticas diferentes, uma
vez que não há definição definitiva.
A existência do cérebro é um acontecimento de suma importância, que
tem por função aprender a mudar o meio ou adaptar-se a ele em tempo curto,
mas, para tanto, é preciso que ocorra alguma aprendizagem. O aprendizado é
uma arma poderosa na luta pela sobrevivência e é uma característica inata do
cérebro. (METRING, 2011, p. 56).
Para Haydt, 2010:
A aprendizagem é a mobilização dos esquemas mentais do indivíduo, que o leva a participar ativa e efetivamente da ação de adaptar-se ao meio quer pela assimilação, quer pela acomodação. Por outro lado, é através da aprendizagem que o indivíduo exerce uma ação transformadora sobre o meio ambiente. Em outras palavras, a aprendizagem é a assimilação de dados novos aos esquemas mentais anteriores, e a consequente reorganização ou reestruturação, tanto dos dados assimilados como também dos esquemas de assimilação anteriores, para se ajustarem aos novos dados. Como se vê, a aprendizagem também exerce uma função adaptativa.
O conhecimento do cérebro de maior tamanho e potencialidades provem
dos ambientes humanos e sociais, provocando-se a expansão da rede neural
(novas conexões) que gera novas aprendizagens, novos entendimentos numa
cadeia em espiral irreversível, desta forma a mente humana constituiu-se. O
educador precisa conhecer e reposicionar-se frente aos novos estudos e
descobertas a respeito da mente e da inteligência humana. Desta forma vai
conseguir desenvolver o trabalho na perspectiva de atender às individualidades
e atingir o maior número possível de educandos.
-
40
3.2 – Práticas pedagógicas, uma solução para a problematização.
Conforme Cosenza (2011), para entender o quanto é importante o
entendimento sobre a mente humana, deve-se procurar olhar para a
complexidade do mundo presente e comparar com o que existia há cinquenta
anos. Era necessário interagir com o meio, enfrentar problemas cotidianos,
relacionar-se com as pessoas, adquirir informações para sobreviver.
Atualmente vive-se com os conceitos de quatro ou cinco séculos passados,
concebendo ainda a mente humana como única estrutura e com uma visão
tradicional da inteligência. No entanto aprende-se cada vez mais sobre a
evolução humana e o funcionamento do cérebro, fruto da revolução de
diferentes áreas da biologia, da fisiologia, neurologia...
As descobertas científicas atuais sobre a mente humana chocam-se com
as práticas pedagógicas tradicionais desenvolvidas há anos e que não levam
em consideração como o cérebro evoluiu e como está organizado nos seres
humanos. Deve-se procurar conhecer o estilo de aprendizagem de cada
sujeito para criar modelos pedagógicos que permitam que cada um aprenda
mais e melhor do seu jeito. A existência de conhecimentos permite entender e
demonstrar que é possível produzir resultados melhores na aprendizagem.
O avanço da Neurociência permite determinar procedimentos e
acontecimentos pedagógicos que provoca desafios diante do pensar. Passa a
ser possível utilizarem-se linguagens diferentes, a arte, o humor, a imagem, o
desenho, contando histórias para criar condições de o sujeito aprender. Para
Relvas (2012):
-
41
Devem-se criar projetos de leitura e escritas; ajudar os alunos a preparar discursos e despertá-los para os debates; elaborar palavras cruzadas; reescrever letras de músicas para trabalhar conceitos, como jogos de estratégias; utilizar informações em gráficos; estabelecer linhas do tempo; proporcionar atividades de movimentos; desenhar mapas e labirintos; conduzir atividades de visualização, como jogo de memória; permitir o trabalho no ritmo de cada um; designar projetos individuais e direcionados; estabelecer metas; oferecer oportunidades de receberem informações uns dos outros; e envolver em projetos de reflexão, utilizando-se de aprendizagem cooperativa.
A Neurociência corrobora com as transformações provocadas pela
revolução digital na mente humana impactando na educação, na qual se
provoca a ampliação de redes neurais. O aprendizado contínuo e com
instrumentos cada vez mais sofisticados diferencia as gerações atuais. O
cérebro humano desenvolve a capacidade de adquirir permanentemente novas
informações que geram uma dinâmica interna de ciclo contínuo de expansão e
ativação de novas sinapses, deixando-o cada vez mais ativo num processo de
permanente retroalimentação, denominando-se neuroplasticidade do cérebro.
Conforme Relvas (2012) a intervenção pedagógica é capaz de promover
processos de pensamento, fazer a relação entre as informações e situá-las em
uma rede mais complexa de significação. A melhor escola é aquela que
permite o questionar, que estimula a dúvida, que não oferece respostas prontas
e que acredita que aprender é um ritmo neurofisiológico da célula cerebral.
-
42
CONCLUSÃO
O homem está em constante evolução, por isso a compreensão de
suas competências e valores é um trabalho árduo, que se realiza em longo
prazo. A Neurociência juntamente com essa evolução, tende a sofrer
mudanças e desta forma suas conclusões está distante de ocorrer. Encontram-
se muitas crianças com dificuldades de aprendizagem e é necessário encurtar
o distanciamento que há entre a família e escola no anseio de buscar respostas
para o número cada vez maior de crianças com dificuldades.
A Neurociência dispõe de uma forte ligação com a prática pedagógica,
analisando como o cérebro realiza o processo de aprender e lembrar, por meio
do estudo de áreas. O conhecimento da anatomia leva a compreensão da
plasticidade cerebral e de todo o processo de aprendizagem.
Reformular os meios de ensinar faz-se necessário diante de uma
sociedade que busca o entendimento do processo de aprender e de ensinar, a
fim de propor situações que apontem seus sentimentos e ideias. Família e
escola, através de investimentos no contexto histórico devem garantir relações
afetivas preparando o educando para a sociedade.
O insucesso escolar é uma tarefa complexa e com muitos desafios,
que não possui respostas terminadas. A busca por alternativas minimizam a
situação. Constata-se que os múltiplos fatores são os pontos chaves para o
fracasso que leva as dificuldades. Aprender é um ato complexo que pode
bloquear e inibir os seres humanos. O surgimento de um conflito não deve ser
classificado como um problema, evitando assim a repetição de condutas.
A identificação das dificuldades de aprendizagem tem crescido, e com
ela novas concepções pedagógicas surgem, proporcionando expectativas e
emoções tanto dos educadores como dos educandos. É importante que
profissionais compreendam os sentimentos que impulsionam a aprendizagem,
-
43
compreendendo que o ser é humano é enriquecido emocionalmente e também
por alegria, raiva e medo.
O futuro das crianças está por conta de pessoas que se disponibilizam
a estar ao seu lado, encorajando-o na tomada de decisões e apoiando suas
motivações para alcançar os objetivos. Respeitar a individualidade é então,
aceitar formas diversas de pensar, sentir, agir e aprender.
Assim, a junção da Neurociência com a pedagogia, auxilia nas
descobertas de estratégias inovadoras, na seleção, transformação,
processamento e elaboração da produção do conhecimento.
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44
BIBLIOGRAFIA
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cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
GAZZANIGA, Michael (Org.). Neurociência cognitiva: a biologia da mente.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
HAYDT, Regina Celia Cezaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática,2010.
LEITE, Suely de Fátima Brito de Souza Calabri. Neurociência: Um novo olhar
educacional. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/neurociencia-
um-novo-olhar-educacional/63961/ Acesso em: 24 de Março de 2013.
LENT, Roberto. Neurociência da Mente e do Comportamento. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
METRING, Roberte. Neuropsicologia e aprendizagem: fundamentos necessários para planejamento do ensino. Rio de Janeiro: Wak, 2011. NOGARO, Arnaldo. Neurociência, formação de professores e práticas pedagógicas. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/neurociencia-formacao-de-professores-e-praticas-pedagogicas/90118/ Acesso: 24 de Março de 2013. RELVAS, Marta. Fundamentos Biológicos da Educação: Despertando inteligências e afetividade no processo de aprendizagem. 4.ed: Rio de Janeiro: WAK Ed., 2009. _______________, Neurociências e transtornos de aprendizagem: as múltiplas eficiências para um educação inclusiva. 5. Ed: Rio de Janeiro: WAK Ed., 2011. _______________, Neurociência na prática pedagógica. Rio de Janeiro: WAK Ed., 2012.
http://www.webartigos.com/artigos/neurociencia-formacao-de-professores-e-praticas-pedagogicas/90118/http://www.webartigos.com/artigos/neurociencia-formacao-de-professores-e-praticas-pedagogicas/90118/
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SAMPAIO, Simaia; FREITAS, Ivana (orgs.) Transtornos de dificuldades de aprendizagem: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais. Rio de Janeiro: WAK Ed., 2011. TOPCZEWSKI, Abram. Aprendizagem e suas desabilidades. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
SITES PESQUISADOS:
Site: Nova Escola-http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-
como-ela-ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml?page=1
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46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Histórico da Neurociência 10
1.1 - Transmissão das informações, uma abordagem das sinapses e dos
reflexos. 14
1.2 – O que é a Neurociência Cognitiva? Qual sua relação com as emoções? 16
CAPITULO II
Bases Biológicas no Processo de Aprendizagem 20
2.1 – A Estrutura Neuronal 27
2.2 - Neuroplasticidade, qual a relação com a memória? 28
CAPITULO III
A problematização das Dificuldades de Aprendizagem 30
3.1 - A união da família e escola como suporte para as crianças com
Dificuldades de Aprendizagem. 34
3.2 - Práticas pedagógicas, uma solução para a problematização. 40
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 46
AGRADECIMENTOSCAPÍTULO I- Histórico da Neurociência10CAPÍTULO II - Bases Biológicas no processo de aprendizagem 20CAPÍTULO III –A problematização das Dificuldades de Aprendizagem 30
CONCLUSÃO 42BIBLIOGRAFIA 44ÍNDICE 46FOLHA DE ROSTO 2AGRADECIMENTO 3