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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INFLUÊNCIA DO COLABORADOR NA IMPLEMENTAÇÃO DE
UM SGI
Por: Camila Rodrigues da Silva
Orientador
Professor Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INFLUÊNCIA DO COLABORADOR NA IMPLEMENTAÇÃO DE
UM SGI
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Sistemas
Integrados em QSMS/SGI.
Por: Camila Rodrigues da Silva.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pela sua fidelidade. Ao corpo
docente do Instituto A Vez do Mestre,
pela didática e incentivo, em especial,
ao Professor Mauri Gerhardt, pelo
apoio e compreensão. Aos amigos e
colegas de turma, pela contribuição
direta ou indireta para a confecção
deste estudo.
4
DEDICATÓRIA
A Deus, que é sobre todas as coisas. À
minha família, em especial, à minha
querida mãe Sônia e meu amado esposo
André, pelo incentivo e força. Ainda
dedico à todos que usufruirão deste
conteúdo.
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RESUMO
O presente trabalho tem como principal objetivo verificar de que
maneiras o colaborador pode influenciar no momento da implementação de um
SGI. Muitas vezes, a reação do colaborador gera dificuldades, como
resistência às inovações tecnológicas e à novas regras. Sendo assim, as
relações sofrem alterações, que podem mudar o comprometimento, a
confiança, a lealdade e até o respeito do indivíduo em relação à organização.
Sendo assim, a diversidade no comportamento de um mesmo indivíduo pode
contribuir no momento da implantação de mudanças, logo o colaborador pode
influenciar na implementação de um SGI.
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METODOLOGIA
O presente estudo têm sua estrutura em capítulos conforme os objetivos
estabelecidos, suas informações estão pautadas em pesquisas bibliográficas
descritas de forma clara e objetiva. O público estudado é composto por
organizações em certificação e já certificadas, nacionais, do setor industrial em
geral, de pequeno e médio portes. As informações foram coletadas por meio
de pesquisa bibliográfica, observação, história de vida, pesquisa documental e
entrevista.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Sistema de Gestão Integrado - SGI 09
CAPÍTULO II - O gênero humano 15
CAPÍTULO III – Sistemas X Indivíduos 29
CAPÍTULO IV – Influências na Implementação de um SGI 31 CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ANEXOS 39
ÍNDICE 47
8
INTRODUÇÃO
A diversidade no comportamento de um mesmo indivíduo pode
contribuir no momento da implantação de mudanças, mesmo que estas sejam
para alcançar tanto os objetivos organizacionais como os individuais.
Por diversas razões, o ambiente organizacional vive em constantes
mudanças. Atualmente as organizações estão se detendo em sobreviver no
mercado, que está altamente competitivo. Por isso, optam por se fortalecer
através de uma certificação, por exemplo.
O comportamento humano é muito variável, se estende num imenso
território de possibilidades e variações, por isso, é importante que seja
estudado e acompanhado. Através do entendimento das ações realizadas
pelos indivíduos em determinadas situações, bem como dos motivos que
condicionam estas ações, o seu comportamento poderá ser descrito, para
conhecimento de fatores que interferem, auxiliam ou prejudicam a sua relação
social.
O presente trabalho irá abordar o tema Dificuldades na implementação
de um SGI, detendo-se na Influência do colaborador quando da
implementação. Não serão objetos de estudo outros assuntos relacionados.
Tendo em vista os estudos que serão apresentados, o tema é de grande
relevância para uma melhor gestão da qualidade e de pessoas, podendo ser
útil a diversas empresas.
O primeiro capítulo traz algumas definições e características de um
SGI. O segundo capítulo aborda o gênero humano e suas características como
indivíduo e profissional. Enquanto que o terceiro capítulo descreve sobre a
relação e as diferenças entre os sistemas e os indivíduos. Enfim, o quarto
capítulo mostra as influências positivas e negativas na implementação de um
SGI.
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CAPÍTULO I
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO - SGI
Segundo Chiavenato (2000) o “Sistema de Gestão Integrado - SGI é
um conjunto de dados interdependentes, cujo resultado obtido com a soma de
todos os processos aplicados é maior que se estivem atuando
separadamente”.
Já segundo Cicco (2004), o SGI é uma
combinação de seus processos, métodos e técnicas
utilizadas em uma empresa para a implantação de suas
políticas de gestão e que podem obter mais resultados
na aplicação em conjunto dos mesmos de que não
operação separadamente na busca de resultados
melhores para as empresas.
Outra definição para SGI é a da empresa de certificação Bureau
Veritas (2014): “O Sistema de Gestão Integrado abrange as certificações da
ISO 9001 (Qualidade), ISO 14001 (Meio Ambiente) e OHSAS 18001 (Saúde e
Segurança Ocupacional)”.
Em suma, um SGI é a combinação de processos, procedimentos e
práticas adotadas por uma organização, a fim de suas políticas sejam
implementadas. Permite integrar de forma mais eficiente, os aspectos e
objetivos de desempenho em qualidade, meio ambiente, segurança e saúde
ocupacional, entre outros.
1.1 Origem do SGI
Os Círculos de Controles da Qualidade de origem japonesa foram
criados em 1962 pelo professor Kaoru Ishikawa. Já no Brasil, o movimento do
CCQ foi iniciado em 1972 pelas equipes de produção da Johnson & Johnson,
que necessitava de um programa motivacional para a qualidade, depois da
mudança da fábrica da cidade de São Paulo para São José dos Campos.
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O CCQ pode ser definido como uma ferramenta aplicada com um
pequeno grupo de funcionários da empresa, treinados da mesma maneira na
compreensão dos objetivos de melhoria de desempenho, redução dos custos,
aumento da eficiência, visando a atingir a qualidade dos seus produtos ou de
seu trabalho.
Os objetivos do CCQ são: aumentar a motivação e autorrealização dos
funcionários; concorrer para a formação da cultura da qualidade e a
disseminação da prática de autocontrole e prevenção de falhas; garantir a
qualidade do produto; conseguir novas ideias; aumentar a produtividade do
trabalho; reduzir custos e diminuir perdas; e melhorar a comunicação e o
relacionamento humano, tanto no sentido horizontal como no vertical.
A gestão da qualidade total (em língua inglesa Total Quality
Management ou simplesmente TQM) consiste numa estratégia de
administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os
processos organizacionais. O conceito do TQM foi sendo desenvolvido por
numerosos consultores empresariais norte-americanos.
A Toyota, no Japão, foi a primeira organização a empregar o conceito
de TQM (ver Toyotismo), superando a etapa do fordismo, onde esta
responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão. No TQM os
colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições,
cada um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da
organização.
Os princípios básicos da qualidade total são: produzir bens ou serviços
que respondam concretamente às necessidades dos clientes; garantir a
sobrevivência da empresa por meio de um lucro contínuo obtido com o
domínio da qualidade; identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela
mais elevada prioridade (Pareto); falar, raciocinar e decidir com dados e com
base em fatos; administrar a empresa ao longo do processo e não por
resultados; reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das
causas fundamentais; o cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com
produtos de qualidade; a prevenção deve ser a tão montante quanto possível;
nunca permitir que um problema se repita.
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1.2 Etapas de implantação
Na figura abaixo existem seis tópicos que estão presentes na maioria
dos sistemas de gestão:
Figura 1: Etapas para implementação de um SGI (Adaptada de Bipknowledge, 2015)
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014), o passo-a-
passo para a implementação de um SGI, é:
1 – Elaborar um plano de ação (plano de ação =
plano de implementação); 2 – Validar o plano de ação
junto à direção; 3 – Divulgar o plano de ação; 4 - Definir o
gestor e os facilitadores; 5 – Prever reuniões periódicas
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de análise crítica e ajustes; 6 – Iniciar a implementação; 7
– Avaliar e corrigir.
Existem alguns itens básicos que compõem as etapas de
implementação, são eles:
Ø Comprometimento da Direção: É quando os representantes da
organização estabelecerão propósitos e rumo. Deverão também
criar um ambiente envolvente para que os colaboradores possam
buscar atingir os objetivos e metas desejados;
Ø Planejamento: É a etapa que contempla a elaboração de um
planejamento estratégico. Envolve também o estabelecimento de
objetivos e metas bem como a definição do escopo do SGI, que
quando bem definido pode se tornar um diferencial;
Ø Implantação e disseminação da documentação: Tudo o que foi
estabelecido será posto em prática para realização do produto.
Durante esta etapa as auditorias internas devem ser realizadas
para a verificação e adequação do sistema sobre as normas
estabelecidas; e
Ø Manutenção da certificação: esta é a etapa de maior importância,
pois garante a continuidade e um bom funcionamento do SGI.
1.3 Benefícios de um SGI
O SGI está ligado às esferas: sistema da qualidade, saúde, meio
ambiente e segurança no trabalho. Tendo em vista tal abrangência pode trazer
diversos benefícios como, economia de custos e tempo, melhoria na
transparência dos processos internos, aumento do valor de mercado da
empresa, aumento de produtividade/competividade e aumento da satisfação
de clientes, colaboradores e acionistas.
Dentre outros benefícios o SGI pode proporcionar:
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Ø Menos retrabalho (desperdício, reclamações dos clientes e devoluções);
Ø Reconhecimento em mercado nacional e internacional;
Ø Credibilidade do Marketing;
Ø Aprimoramento da qualidade dos fornecedores;
Ø Vantagens sobre os concorrentes;
Ø Documentos atualizados e disponíveis;
Ø Desenvolvimento da autodisciplina;
Ø Confiança aos clientes; e
Ø Construção de melhores relacionamentos.
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014), a importância da
implementação de um SGI para a organização e para os colaboradores, são:
Para a organização: Integra as funções que o
compõem, uma vez que essas funções não devem ser
implementadas separadamente, para o bem da empresa.
Para os colaboradores: Permite que eles tenham a
consciência de que da contribuição de seus esforços
para todas as funções que compõem o SGI. Ex.: uma
empresa não deve ser forte na qualidade e fraca nos
aspectos da segurança do trabalho ou no respeito ao
meio ambiente.
1.4 Dificuldades na implementação de um SGI
A implementação de um SGI muitas vezes aponta diversas dificuldades.
Dentre elas, podemos destacar:
Ø O levantamento dos aspectos ambientais;
Ø O planejamento para identificação dos perigos e avaliação de riscos;
Ø A falta de comprometimento e conscientização da diretoria e/ou dos
colaboradores;
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Ø A falta de investimento financeiro;
Ø O medo e a resistência à mudanças; e
Ø Os conflitos de interesse e divergências quanto às visões, objetivos e
expectativas de todos.
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014), as principais
dificuldades ou restrições na implementação de um SGI são:
1 - A direção não comprou a ideia e não entende
os benefícios do SGI para a empresa; 2 – Começar a
implementação em partes da empresa e não em toda ela;
3 – Os colaboradores não serem treinados e envolvidos
no processo; 4 – A coordenação do programa não
sinalizar claramente os resultados possíveis com a
implementação do SGI.
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CAPÍTULO II
O GÊNERO HUMANO
Existem conflitos entre o colaborador e a organização, por isso os
aspectos humanos de uma organização não devem ser negligenciados. As
questões afetivas e pessoais dos homens precisam ser compatíveis com os
interesses das organizações.
Uma das principais ideias da Escola de Relações Humanas está
baseada em conseguir fazer com que os interesses pessoais dos homens
coincidam com os das organizações. Assim, seja ara alcançar realização
profissional ou por estar motivado, o colaborador defenderá estes interesses.
Como então atender a interesses tão diversificados e ao mesmo tempo
garantir os interesses das organizações? A saída buscada por muitos
estudiosos das organizações foi procurar uniformizar estes interesses, uma vez
que sejam possíveis e satisfatórios para todos.
Tendo em vista que atualmente os padrões de comportamento são
transmitidos e assimilados através das instituições de ensino, das
organizações e principalmente da mídia, as características pessoais, desejos e
aspirações do homem poderiam ser moldados pelas organizações.
Já dizia Karl Marx um filósofo, economista e cientista alemão (1818-
1883) na essência de sua filosofia que “o ser humano é produto do meio”, na
realidade, do meio em que ele vive. Dessa forma, o colaborador perderia sua
originalidade?
Segundo Motta (1986) os indivíduos possuem
objetivos e expectativas que desejam alcançar e agem
intencionalmente, de acordo com suas percepções da
realidade. (...) As intenções dependem das crenças e
atitudes que definem a maneira de um indivíduo ver o
mundo, ou seja, suas percepções.
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É fato que o aspecto humano é resultado de motivação, que é uma força
interior que se modifica à todo momento e direciona os objetivos de um
indivíduo. Talvez esta é a forma de influenciar as pessoas para se adaptar e
viver como o mundo ao seu redor.
Desde que a Escola de Relações Humanas chamou a atenção para o
fato de que empregados desmotivados têm seu rendimento diminuído, um dos
principais desafios para os teóricos da administração tem sido o de fazer com
que os empregados se sintam motivados com suas tarefas.
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014), é possível
integrar os objetivos da empresa e os dos seus colaboradores, para isso:
É necessário mesclar os objetivos e metas da
empresa, que envolve os colaboradores, com os
objetivos e metas do SGI. Não se deve dissociar essas
coisas na gestão de uma empresa que decida
implementar um SGI.
Ainda Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014), a
empresa pode preparar seus colaboradores para a implementação de um SGI,
da seguinte forma:
Elaborar um plano de conscientização e
envolvimento, mostrando claramente que o sucesso do
SGI dependerá fundamentalmente da participação da
força de trabalho. Se a empresa puder dar participação
nos resultados oriundos da melhoria, que vierem
claramente após o SGI, motivará ainda mais os
colaboradores.
2.1 Características do gênero humano
2.1.1 Motivação
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Como motivar os colaboradores? Esta é uma das perguntas mais
comuns de uma organização, que se torna preocupação. Se descoberta a
forma como trazer motivação aos colaboradores, isto pode ser um instrumento
valioso para a abertura de caminhos rumo à qualidade e à produtividade.
A maioria das organizações não querem apenas colaboradores que
cumpram suas obrigações. Pelo contrário, estão exigindo cada vez mais,
sendo assim, querem pessoas que criem, inovem, ousem e se desdobrem
para expor o que há de melhor de dentro de si.
Porém, ao mesmo tempo em que exigem tanto se esquecem de que os
colaboradores são seres humanos, donos exclusivos de sua força interior. Por
isso, mesmo que pareça simples lidar com pessoas, é preciso refletir sempre
sobre o processo motivacional das mesmas.
As recompensas recebidas podem até gerar ânimo no indivíduo, dessa
forma podemos dizer que o mesmo foi movimentado e não motivado. A pessoa
movimentada necessita de condições para agir, por outro lado, a motivada tem
necessidades internas.
Segundo a teoria de Maslow (1954), o ser
humano traz dentro de si cinco categorias hierarquizadas
de necessidades internas, são elas: fisiológicas
(alimentação, moradia etc), segurança (proteção,
trabalho estável etc), afeto, auto-estima e auto-
realização.
Maslow acreditava que as pessoas só passavam de um degrau ao outro
na escala de necessidades se o anterior estivesse satisfeito. No entanto,
estudos mais modernos mostram que isso não é rígido assim, podendo variar
de pessoa para pessoa.
A satisfação no trabalho está relacionada com as condições em que o
trabalho é realizado (condições físicas, salários, benefícios etc), são chamadas
de fatores higiênicos.
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Já as necessidades de motivação no trabalho estão diretamente
relacionadas com a tarefa e tratam das necessidades de desenvolvimento do
potencial humano e da realização de aspirações individuais, criatividade e
inovação. Assim, temos:
Ø Fatores Higiênicos:
Ausentes - Insatisfação;
Presentes - Ausência de Insatisfação.
Ø Fatores Motivacionais:
Ausentes - Ausência de Satisfação;
Presente - Satisfação.
Conforme apontado por Bergamini (1990), a motivação
passa a ser compreendida como um esquema de ligação
Estímulo-Resposta (...) e que o homem pode ser colocado em
movimento por meio de uma seqüência de hábitos que são o
fruto de um condicionamento imposto pelo poder das forças
condicionantes do meio exterior.
Bergamini (2013) acrescenta que "a motivação vem de um conjunto de
fatores, considerando as diferenças individuais". Diferentes pessoas buscam
diferentes objetivos e são motivadas por fatores diversos, levando-se em
consideração que os talentos e habilidades são próprios a cada indivíduo.
Apesar de conviver e estarem submetidos ao mesmo ambiente, os
indivíduos podem apresentar comportamentos diferentes. Existem vantagens
para este caso específico, pois cada um contribuirá de maneira diferente para
o alcance dos objetivos organizacionais, o que pode valorizar o trabalho final.
Por outro lado, apresentar comportamento diferente também pode trazer
resultado não satisfatório. Sendo assim, as empresas podem buscar formas e
estratégias capazes de potencializar o talento dos colaboradores, canalizando
ações eficazes e produtivas.
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Algumas pesquisas apontam que profissionais se desligam das
empresas principalmente por motivos como, falta de realização e perspectiva
de desenvolvimento, falta de reconhecimento, falta de adaptação com a cultura
da empresa etc.
Segundo Pereira (2012), isso representa "um enorme desafio para as
empresas, que cada vez mais devem conhecer e administrar as expectativas
de seus funcionários". Para àquelas que decidem buscar este caminho, os
resultados podem se muito satisfatórios.
Segundo Araújo (2001) sensibilizar é a palavra chave, é
tornar o colaborador integrante dos processos, é permitir o sim e
o não, a concordância e a discordância. É fazê-lo entender o
real motivo das coisas.
Segundo Abrashoff (2006), independente de como a
economia evolua, é desafiador atrair e manter não só os
trabalhadores, mas os melhores trabalhadores e ainda motivá-
los de modo que colaborem com paixão, energia e entusiasmo.
Conforme figura abaixo, existem algumas semelhanças entre as
necessidades humanas e da organização, porém, a interpretação das mesmas
nem sempre são similares.
Figura 2: Necessidades humanas x organização (Extraída Fundação João Goulart,
2007)
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Para as pessoas, as organizações constituem o meio pelo qual elas
podem alcançar seus objetivos pessoais com um mínimo de tempo, esforço e
conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais poderiam ser alcançados
isoladamente.
2.1.2 Ética
Todos os homens buscam a felicidade. E não há
exceção. Independentemente dos diversos meios que
empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se
à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido
de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este
fim. É isto que motiva as ações de todos os homens, mesmo
dos que tiram a própria vida. (BLAISE PASCAL)
Atualmente, com a globalização há cobranças e exigências por parte da
sociedade, pela transparência das organizações, isso requer determinados
comportamentos do funcionário, que antes de ter atitudes profissionais, deve
tê-las em seu dia-a-dia.
A palavra ética vem do grego ethos, que significa caráter,
comportamento. Ter um comportamento ético não significa necessariamente,
cumprir as leis. O conceito de ética está muito atrelado às atitudes tomadas no
ambiente de trabalho, deve estar presente na nossa vida como um todo.
O grande escritor irlandês Oscar Wilde disse certa vez
que chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas
fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as
pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de
caráter.
Sendo assim, pode-se dizer que não é possível ser ético e não ter
caráter, e vice versa, pois o indivíduo agiria de diferentes formas, o que o
tornaria um sujeito mau caráter.
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É mais fácil fazer o mal do que o bem. A gestão empresarial é também
composta de tentações, pois algumas situações nos envolvem a ponto de não
percebermos que estamos sendo antiéticos, como favorecer uma pessoa
conhecida, sonegar impostos ao reduzir custos, entre outros.
A ética é o elemento que define a conduta humana na busca do bem
(Virtude). Isso significa um bem individual, mas visando a harmonia dos
indivíduos para com os grupos que fazem parte: social, familiar, escolar,
profissional etc.
Todos nós somos seres políticos e precisamos da ética para promover o
bem comum, por isso o homem deve seguir normas, regras ou valores pré-
estabelecidos a fim de ser um cidadão com sentimento e consciência de seus
direitos e deveres.
A ética é extremamente benéfica no trabalho, pois o indivíduo passa a
ser admirado e respeitado pela empresa, colegas de trabalho e até clientes.
Para desenvolver as competências de um cargo com êxito, é essencial um
profissional ser ético. Algumas considerações sobre ética:
Ø Ética Pessoal:
Determina o caráter e as virtudes do indivíduo, onde pode ser observada
a forma que age e se comporta em sociedade. Envolve valores como: ser
honesto em qualquer situação, íntegro, humilde, tolerante, flexível e ter
coragem para assumir as decisões.
Ø Ética Profissional:
O comportamento ético é uma qualidade fundamental para quem se
preocupa em ter uma carreira longa, respeitada e sólida. A ética profissional é
o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve orientar seu
comportamento profissional, é importante em todas as profissões.
Para orientar as ações de seus colaboradores as empresas elaboram o
código de ética, que é composto por suas políticas e práticas, reunidas em um
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relatório de fácil compreensão, para que possa circular entre todos os
colaboradores da empresa.
Todos os códigos de ética profissionais citam em seus textos, princípios
como: honestidade no trabalho, lealdade na empresa, alto nível de rendimento,
respeito a dignidade humana, segredo profissional, observação das normas
administrativas da empresa etc.
Ø Ética x Moral
Ética e moral possuem diferentes significados, pois enquanto a palavra
ética significa modo de ser, a palavra moral tem origem no termo latino morales
que significa relativo aos costumes. Então a ética é uma reflexão sobre a
moral, que é o conjunto de regras que são aplicadas no cotidiano por cada
cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, para que julgue sobre o que é
certo ou errado, bom ou mau.
Os empregados devem sempre:
Vigiar seus pensamentos, porque eles se tornarão
palavras;
Vigiar suas palavras, porque elas se tornarão atos;
Vigiar seus atos, porque eles se tornarão hábitos;
Vigiar seus hábitos, porque eles se tornarão seu caráter;
Vigiar se caráter, porque ele será o seu destino.
(MAHATMA GANDHI)
Para a empresa, o comportamento ético do empregado, pode gerar
fortalecimento da imagem da empresa, diferencial competitivo etc. Já para os
funcionários, pode gerar um espaço agradável onde as pessoas vivam
realizadas, seguras, felizes tendo uma carreira longa, respeitada e sólida.
2.1.3 Resiliência
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Esta é uma das características mais importantes do ser humano. Pode
ser entendida como um sistema de adaptação, o que permite a vivência de
adversidades e traumas para a aprendizagem. A resiliência é um processo que
acontece através da interação da pessoa no seu contexto.
Ao longo da nossa existência individual, familiar ou social, são várias as
experiências difíceis com que nos deparamos. A capacidade do indivíduo
suportar condições adversas, de responder e de se transformar com eficácia
perante essas experiências é uma demonstração de resiliência.
Esta não é uma capacidade fixa, pode variar com o tempo e com as
circunstâncias. Para que um indivíduo se torne resiliente deve seguir as
seguintes fases: fortalecimento emocional, atitudes de maior flexibilidade e
maior motivação para a adoção de atitudes de compromisso.
Segundo diferentes autores, indivíduos resilientes tentam se manter
equilibrados nas seguintes áreas: física, emocional, cognitiva, social, moral e
espiritual. A resiliência é um processo dinâmico de adaptação positiva face à
situações adversas tanto a nível individual como coletivo.
É uma qualidade desejável que nem todos apresentam e que alguns
possuem e não reconhecem. O seu desenvolvimento implica prática e mais
prática de forma a adquirirmos padrões de conduta que reforcem esquemas
saudáveis, promotores de uma boa saúde mental e física.
2.1.4 Cultura
A palavra cultura é derivada do latim colere, que significa cultivar.
Segundo Edward B. Tylor, “cultura é todo aquele complexo que inclui o
conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros
hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
A cultura é dinâmica, pois vive em constante mudança. Ao passo em
que se perdem costumes, comportamentos e outros itens em uma cultura, com
o passar do tempo, são adicionados outros, sempre de forma e em tempo
diferentes.
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É fato que a mudança acarreta em resistência. Uma mínima alteração
pode ocasionar efeitos à todos por longo prazo. A resistência à mudança pode
representar uma vantagem, quando depois se vai rejeitar o novo, que no
primeiro momento parecia ser ideal.
A cultura pode ser conservadora, quando se mantêm inalterada, forte,
quando influencia comportamentos e fraca, quando é facilmente mudada.
Dessa forma, sua flexibilidade e mudança irá depender também desta
característica.
A cultura organizacional ou corporativa é o conjunto de hábitos e
crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas
compartilhados por todos os membros da organização. Ela constitui o modo
institucionalizado de pensar e agir que existe em uma organização.
Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas
informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de uma
organização no dia-a-dia e que direcionam suas ações para o alcance dos
objetivos organizacionais.
Algumas ferramentas auxiliam quando se pretende mudar a cultura de
uma organização, são elas: clareza de objetivos, valores e princípios, imagem
de produtos e serviços, integração, comunicação, abertura à novas ideias,
desempenho profissional e aprendizado.
Vale ressaltar que, antes de se tomar qualquer decisão sobre mudança
na cultura organizacional, é necessária a realização de um diagnóstico da atual
cultura da organização, para que se possa fazer um plano de ação e
posteriormente colocá-lo em prática.
"Só existem duas maneiras de mudar a cultura de uma organização:
mudando as pessoas ou mudando de pessoas." (AUTOR DESCONHECIDO)
A mudança da cultura certamente começa de cima para baixo, apenas
com a integração de todos é possível fazer com que se mude a cultura de uma
organização. De outra forma, a mudança acarretará em transtornos podendo
não ser viável.
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2.2 A psicologia humana
Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus
processos mentais. Estuda o que motiva o comportamento humano, o que o
sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela
sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência etc.
A história da Psicologia, cuja etimologia deriva de Psique (alma) + Logos
(razão ou conhecimento), se confunde com a Filosofia até meados do século
XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles deram o pontapé inicial na instigante
investigação da alma humana.
Para Sócrates (469/399 a.C) "a principal característica do ser humano
era a razão, aspecto que o permitiria deixar de ser um animal irracional". Já
para Platão (427/347 a.C), discípulo de Sócrates, "o lugar da razão no corpo
humano era a cabeça, representando fisicamente a psique".
Para Aristóteles (387/322 a.C), discípulo de Platão, "o corpo e a mente
estavam integrados, enquanto que a psique era o princípio ativo da vida". Em
1649, René Descartes (filósofo francês) publica Paixões da Alma, reafirmando
a separação entre corpo e mente.
Ao longo da história da civilização, o homem vem sendo esquecido em
favor da ciência, da técnica, dos modelos de sociedade e das grandes
organizações.
Para que o homem se realize plenamente deve se conhecer
profundamente, pois conhecendo suas reais necessidades, desejos e
insatisfações, poderá estar em reconstrução constantemente, assumindo os
riscos por suas escolhas.
Apesar de reconhecermos o papel fundamental que as organizações
exercem, ajudando o homem a alcançar objetivos e a viver em sociedade, é
preciso levantar uma questão importante, mas pouco discutida e observada.
Algumas organizações não buscam benefícios aos homens, são os
homens que devem beneficiá-las. É preciso que as organizações dêem espaço
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para as diferenças e singularidades. Assim, teremos uma perspectiva digna
para este dom tão supremo que é a vida.
2.3 A variabilidade humana
O homem é um ser que tem necessidade de viver em sociedade.
Geralmente participa de variados grupos sociais, tais como: família, trabalho,
igreja, equipes de esportes entre outros. Estes ambientes exigem do homem
uma complexa dinâmica de se viver.
Dessa forma, podemos afirmar que o homem possui uma variabilidade
enorme, onde cada indivíduo torna-se multidimensional e sujeito às diversas
influências de cada grupo. Por isso, entender o que compõem o
comportamento humano não é algo simples.
Mesmo que as empresas tenham vários instrumentos para avaliar o
comportamento, que mapeiam o perfil e busquem levantar os traços de
personalidade, as informações obtidas não são suficientes para compreender
as pessoas em sua total complexidade.
Os especialistas em Recursos Humanos estudam esta complexidade de
duas maneiras:
Ø Considerando pessoas como indivíduos dotados de características
próprias, de personalidade e de individualidade, aspirações, valores,
atitudes, motivações e objetivos individuais; e
Ø Considerando pessoas como recursos dotadas de habilidades,
capacidades, destrezas, conhecimentos e competências necessários
para a tarefa organizacional.
A moderna gestão de pessoas trata as pessoas como indivíduos. No
passado as pessoas eram tratadas como objetos e como recursos produtivos,
quase da mesma forma como se fossem máquinas ou equipamentos de
trabalho.
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Estudos em DNA demonstram que cada ser humano é diferente de
todos os outros da Terra, inclusive gêmeos idênticos, pois possuem
características que o tornam único. Já as diferenças entre raças humanas não
têm relevância alguma em termos de capacidade intelectual e comportamento.
Os comportamentos das pessoas nas organizações variam, pois cada
uma interpreta e expressa seus desejos, ambições e perspectivas
diferentemente uns dos outros, sendo a cognição e variabilidade humana, um
dos fatores imprescindíveis para tais atitudes.
Cada particularidade das pessoas deve ser analisada em conjunto, com
o meio e em grupo, para que se tenha um diagnóstico e se possa trabalhar o
que o impulsiona ou o motiva a ter os resultados que se esperam no campo
organizacional.
O ser humano pode ser estimulado de diferentes formas, cabe ao gestor
identificar o melhor meio para com cada indivíduo. Nem sempre os
fundamentos são os mesmos para um mesmo grupo, mas quando se respeita
cada particularidade o sucesso será conjunto.
Quando se conhece a essência do ser humano o respeitamos e
aceitamos, as críticas são construtivas, o que gera aperfeiçoamento nas áreas
em que tenha mais dificuldade. Muitos dos conflitos que se tem nas
organizações são devido a não aceitação de opiniões divergentes.
Dentro da ótica do relacionamento humano muitas situações provocam
a existência dos conflitos, tais como: a autoridade, os costumes, a liberdade, a
competição, a ambição e até a própria visão de vida pessoal. Afinal, onde
existir pessoas sempre haverá conflitos que podem ser o sucesso ou fracasso
de uma equipe.
Segundo reportagem da revista Exame (2012):
Conflitos acontecem quando há diferentes interpretações
sobre um mesmo problema. Isso é muito comum, pois quase
todas as pessoas têm percepções distorcidas de como as coisas
28
realmente são. Em pequenas empresas, onde o convívio é mais
intenso, estes conflitos são ainda mais comuns.
Quem impõe pontos de vista de maneira intransigente
costuma gerar discussões com outros colaboradores, clientes e
fornecedores. Confira cinco dicas para o empreendedor
minimizar conflitos entre os membros de sua equipe.
1. Seja empático
Empatia é a habilidade de se colocar no lugar da outra
pessoa. Ela nos ajuda a compreender as razões, por mais
estranhas que pareçam, que levam alguém a tomar decisões
que jamais tomaríamos.
2. Ouça os dois lados
Para ser justo, é fundamental que o líder entenda os
pontos de vista conflitantes entre as pessoas envolvidas antes
de tomar qualquer decisão.
3. Tenha uma postura racional
Não se contamine emocionalmente quando houver
discussões mais ríspidas. Mantenha a negociação no plano
racional. As pessoas tendem a respeitar quem mantém o
autocontrole.
4. Estimule o diálogo
Procure fazer com que as partes apresentem seus
argumentos de maneira serena e de preferência embasados em
dados mensuráveis, de forma que as informações dos dois lados
possam ser aproveitadas em uma proposta intermediária.
5. Não se omita
Muitas vezes, o líder se retira antes de resolver o conflito.
Se depois de tudo isso o impasse persistir, decida você. Às
vezes, é preciso tomar partido de uma das posições e encerrar o
problema, deixando claro quais os critérios levados em
consideração para decidir.
Seguindo estes cinco passos, com o passar do tempo, as
pessoas perceberão que, com você no comando, a negociação
equilibrada sempre será o melhor caminho e os conflitos em sua
empresa diminuirão muito.
29
CAPÍTULO III
SISTEMAS X INDIVÍDUOS
3.1 Definições
Um sistema (do grego σύστηµα systēma, através do latim systēma), é
um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo
organizado. Vindo do grego, o termo sistema significa combinar, ajustar, formar
um conjunto.
Todo sistema possui um objetivo geral a ser atingido. O sistema é um
conjunto de órgãos funcionais, componentes, entidades, partes ou elementos e
as relações entre eles, a integração entre esses componentes se dá por
comunicação entre as partes componentes do todo.
A boa integração dos elementos componentes do sistema é chamada
sinergia. A alta sinergia de um sistema, como figura abaixo, faz com que seja
possível a este cumprir sua finalidade e atingir seu objetivo geral com
eficiência, porém havendo falta de sinergia, pode implicar em mau
funcionamento do sistema.
Figura 3: Sinergia (Extraída do Instituto Brasileiro de Coaching - IBC, 2015)
Os sistemas podem ser estudados de duas maneiras:
30
Ø Através da análise, onde se estuda cada parte de um sistema
separadamente, a fim de recompô-lo posteriormente; e
Ø Através de uma visão holística, onde se entende o funcionamento do
sistema como um todo.
3.2 Sistemas x Indivíduos
Uma melhor integração entre o sistema e o indivíduo
deverá ocorrer com a criação de climas organizacionais que
atendam às necessidades pessoais e às de caráter
institucionais. Isto trará efeitos significativos na motivação e
satisfação individual que, por si, geram uma melhor realização
das tarefas e alcance dos objetivos organizacionais (SANTOS,
2000, p. 22).
31
CAPÍTULO IV
INFLUÊNCIAS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SGI
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014),
o não conhecimento do novo e a resistência às mudanças
podem influenciar na implementação de um SGI, pois tudo o que
é novo, em termo de gestão, que mexe com pessoas, suas
funções e locais de trabalho, leva ao medo e à insegurança. Por
isso, todos devem ser claramente envolvidos no processo e nos
resultados recorrentes dele.
Mudar, sair da chamada zona de conforto é difícil. Quando um novo
sistema é introduzido na empresa, tudo muda, muitas vezes o novo irá eliminar
o que é antigo. Os impactos negativos desta mudança, como a resistência,
podem e devem ser reduzidos.
Mudança organizacional é um processo pelo qual uma
entidade organizacional altera sua forma, estado ou função no
tempo. Esse processo, subjacente a uma mudança
organizacional, pode ser descrito como uma seqüência de
eventos inerentes, durante a existência de uma entidade
organizacional e que se relaciona a um tipo específico de
mudanças (VAN DE VEM; POOLE, 1995 apud LEITÃO; ROSSI,
2000, p. 28).
É preciso dar a atenção devida a origem desses problemas que se
tornam recorrentes e passam despercebidos ao longo do ciclo de mudanças
de uma organização. É possível prevenir a causa raiz, para que não se tenha
que remediar cada situação individual.
4.1 Positivas
32
O profissional poderá influenciar positivamente durante a
implementação de um SGI, através de seu comprometimento. Meyer; Allen
(1997, p. 67) definiram um "modelo de dimensões básicas de
comprometimento: organizacional, afetivo, calculativo e normativo".
Figura 4: Eu amo meu trabalho (Extraída do Blog Organização em foco, 2015)
Segundo Medeiros (1997, p. 24) Comprometimento é
uma relação forte entre um indivíduo identificado e envolvido
com uma organização, e pode ser caracterizado por três fatores:
estar disposto em exercer um esforço considerável em benefício
da organização; a crença e a aceitação dos valores e objetivos
da organização e um forte desejo de se manter como membro
da organização.
Para Bastos (1994, p. 86) como uma disposição,
comprometimento é usado para descrever não só ações, mas o
próprio indivíduo, é assim tomado como um estado,
caracterizado por sentimentos ou reações afetivas positivas tais
como lealdade em relação a algo.
Weiner (1982, p. 421) define o comprometimento organizacional como
“um conjunto de pressões normativas internalizadas pelo indivíduo para que
seu comportamento seja compatível com os objetivos e interesses da
organização”.
33
O comprometimento afetivo é aquele que demonstra uma identificação
do trabalhador com a organização na qual trabalha, é uma forma mais popular
de definição do comprometimento. Neste comprometimento que encontramos
os sentimentos de lealdade, apego, desejo de ficar.
O comprometimento afetivo seria desencadeado por
experiências anteriores de trabalho, especialmente aquelas que
satisfizeram necessidades psicológicas do trabalhador, levando-
o a se sentir confortável dentro da organização e competente em
seu trabalho. (MEYER; ALLEN, 1997)
O comprometimento calculativo é conhecido também como instrumental,
é aquele que o trabalhador pode não ter mais sentimento de apego à
organização, porém, não a deixa em virtude dos custos associados a essa
saída.
Segundo Meyer; Allen (1997) os investimentos efetuados
pelo trabalhador nesta organização, a falta de alternativas de
empregos no mercado e a insegurança desta saída fazem com
que o indivíduo permaneça na organização.
O comprometimento normativo é a obrigação moral de permanecer na
organização, um estado psicológico desencadeado por experiências prévias de
socialização no convívio familiar e social. Os trabalhadores comprometidos
normativamente acreditam que é certo e moral permanecer na organização.
Segundo Medeiros (1997) “aqueles com comprometimento normativo
permanecem porque eles sentem que são obrigados”.
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014),
o alcance das metas da organização está relacionado ao apoio
dos colaboradores, se os colaboradores conhecem seus
objetivos e metas e forem envolvidos na participação financeira
deles, claro que vão dar o máximo de si para o alcance dos
mesmos.
34
Ainda Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014), a
direção pode se envolver e mostrar comprometimento, na Gestão do SGI, da
seguinte forma:
1 – Dando partida no processo, através de um apalestra,
principalmente para os gerentes; 2 – Realizando reuniões de
análise crítica mensais, para cobrar a evolução do processo de
implementação; 3 – Comemorar com todos o atingimento da
certificação; 4 – Manter gestão de manutenção do SGI com sua
participação efetiva.
4.2 Negativas
Segundo Professor Mauri Gerhardt, em entrevista (2014),
os colaboradores podem influenciar negativamente na
implementação de um SGI, quando não são envolvidos na
implementação, quando a cultura da empresa é de punição e de
medo com os erros e quando os colaboradores não enxergam
exemplos de participação dos gerentes no SGI.
As organizações precisam da contribuição de seus colaboradores para
que cresçam, pois afinal, é através das pessoas que as organizações
funcionam. Uma das grandes dificuldades está sendo conseguir manter um
bom clima organizacional.
Existem várias expressões para a denominação de clima organizacional,
como clima realizador, clima de harmonia, clima construtivo, clima sadio, clima
tenso, clima de confiança. Os estudos sobre clima organizacional iniciaram na
década de 1920, após os experimentos de Hawthorne.
Chiavenato (2000) observa que o clima organizacional é
a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional
percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e
35
que influencia o seu comportamento. É o ambiente psicológico e
social que existe em uma organização.
Para Luz (2003) “o clima organizacional é o reflexo do estado de ânimo
ou o do grau de satisfação dos funcionários de uma empresa, num dado
momento”.
Ainda segundo Luz (2003), “mais importante que a denominação
empregada para clima organizacional é a ideia que se deve ter sobre o tipo de
clima nas empresas, se ele é favorável, desfavorável ou neutro”.
Um clima bom (favorável) acontece quando as atitudes são positivas,
quando há alegria, confiança, entusiasmo, engajamento; participação,
dedicação, satisfação, motivação e comprometimento da maior parte dos
funcionários.
Já o clima desfavorável ocorre quando as atitudes são negativas em
relação à empresa, quando algumas variáveis organizacionais afetam de forma
negativa e duradoura o ânimo da maioria dos funcionários, gerando evidências
de tensões, discórdias, desuniões, rivalidades etc.
As organizações precisam conhecer o que pensam e como se sentem
seus colaboradores em relação às diferentes variáveis que afetam o clima
dentro da organização, tais como: os salários e benefícios; o trabalho que
realizam; o relacionamento entre colegas, supervisores e subordinados etc.
A busca por um bom clima no ambiente de trabalho demonstra a
preocupação da empresa com os seus colaboradores. A organização precisa
mostrar para o colaborador que o considera como um investimento e dessa
forma promoverá um melhor desempenho pessoal e consequentemente
organizacional. Quando a empresa valoriza seu funcionário obtém um clima
organizacional produtivo e harmonioso.
Sendo assim, para que a empresa alcance seus objetivos, é necessário
que todos os colaboradores estejam comprometidos com a mesma, pois toda e
qualquer mudança que ocorrer na organização irá depender do empenho e da
colaboração das pessoas que a constituem para obter sucesso.
36
Segundo Chiavenato (2006, p.108), o clima organizacional depende de
seis dimensões:
Ø Estrutura da organização: que afeta os sentimentos das pessoas
sobre as restrições em sua situação de trabalho, como regras
excessivas, regulamentos, procedimentos, autoridade
hierárquica, disciplina, etc.;
Ø Responsabilidade: que produz o sentimento de ser seu próprio
chefe e de não haver dependência nem dupla verificação em
suas decisões;
Ø Riscos: que levam à iniciativa e ao senso de arriscar e de
enfrentar desafios no cargo e na situação de trabalho;
Ø Recompensas: conduzem ao sentimento de ser recompensado
por um trabalho bem feito; são a substituição do criticismo e das
punições pela recompensa;
Ø Calor e apoio: o sentimento de boa camaradagem geral e de
ajuda mútua que prevalecem na organização; e
Ø Conflito: o sentimento de que a administração não teme
diferentes opiniões ou conflitos. É a colocação das diferenças do
aqui e no agora.
Todos esses fatores fazem parte da qualidade do ambiente
organizacional, sendo percebido pelos participantes da empresa, influenciando
diretamente no comportamento e no desempenho dessas pessoas. Esse
comportamento é de suma importância para o crescimento da empresa.
Infelizmente existem sempre no ambiente de trabalho colaboradores
negativos, que estão insatisfeitos com tudo e expressam sentimentos e
pensamentos negativos relativamente à empresa e ao trabalho. Isto pode ser
contagiante, por isso, a empresa deve prevenir este ambiente.
O negativismo no trabalho pode ser um ciclo vicioso que determina o
ambiente que se vive diariamente, isto porque os colegas de trabalho
37
negativos podem ser tão pessimistas e persistentes com a sua postura e forma
de comunicação, que acabam por influenciar outros colegas.
A cultura do negativismo pode refletir-se de várias formas: quebrar a
motivação, enfraquecer o espírito de equipe, causar conflitos nos
relacionamentos profissionais, levar o trabalho para casa, o que pode acabar
por afetar negativamente a vida pessoal.
A forma mais simples de lidar com indivíduos negativos é fazer um
esforço para motivá-lo. Caso o ambiente de trabalho negativo persista por um
colaborador específico, podem haver transferências para outros
departamentos, filiais, atividades ou áreas.
38
CONCLUSÃO
Nos últimos anos, as organizações estão buscando unificar a gestão de
seus padrões normativos para facilitar a rotina do dia-a-dia. O Sistema de
Gestão Integrado - SGI tem sido o mais utilizado devido sua integração de
processos, procedimentos/padrões e práticas adotadas.
Tendo em vista que o SGI, quando está realmente implementado de
forma correta e é mantido, reduz custos, diminui burocracia e aumento a
competividade do negócio, as organizações precisam se preocupar com seus
colaboradores, que influenciam neste processo.
Como já visto, os colaboradores podem influenciar negativamente na
implementação de um SGI, porém, se comprometido o profissional poderá
influenciar positivamente durante a implementação. Cabe à organização
estudar os indivíduos e manter um bom clima organizacional.
40
ANEXO 1
ENTREVISTA / QUESTIONÁRIO
Entrevista realizada com Professor Mauri Gerhardt - OUT/2014 1 - O que é um Sistema de Gestão Integrado - SGI? R. É a composição de um sistema de gestão com duas ou mais das seguintes normas: ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 14001, OHSAS 18001 e SA 8000. 2 - Qual a importância da implementação de um SGI para a organização e para os colaboradores? R. Para a organização: Integra as funções que o compõem, uma vez que essas funções não devem ser implementadas separadamente, para o bem da empresa; Para os colaboradores: Permite que eles tenham a consciência de que da contribuição de seus esforços para todas as funções que compõem o SGI. Ex.: uma empresa não deve ser forte na qualidade e fraca nos aspectos da segurança do trabalho , ou no respeito ao meio ambiente. 3 - O SGI pode aumentar a satisfação de clientes e colaboradores? Como? R. Sim o SGI funciona como um marketing da empresa, dando-lhe segurança e credibilidade. Com relação aos colaboradores, se sentem motivados em atender clientes e mercados de uma forma segura com qualidade, principalmente para si mesmos. 4 - Qual é o passo-a-passo para a implementação de um SGI? R. 1 – Elaborar um plano de ação (plano de ação = plano de implementação); 2 – Validar o plano de ação junto à direção; 3 – Divulgar o plano de ação; 4 - Definir o gestor e os facilitadores; 5 – Prever reuniões periódicas de análise crítica e ajustes; 6 – Iniciar a implementação; 7 – Avaliar e corrigir. 5 - Quais são as principais dificuldades ou restrições na implementação de um SGI? R. 1 - A direção não comprou a ideia e não entende os benefícios do SGI para a empresa; 2 – Começar a implementação em partes da empresa e não em toda ela; 3 – Os colaboradores não serem treinados e envolvidos no processo; 4 – A coordenação do programa não sinalizar claramente os resultados possíveis com a implementação do SGI.
41
6 - Como é possível integrar os objetivos da empresa e os dos seus colaboradores? R. É necessário mesclar os objetivos e metas da empresa, que envolve os colaboradores, com os objetivos e metas do SGI. Não se deve dissociar essas coisas na gestão de uma empresa que decida implementar um SGI. 7 - Como a empresa pode preparar seus colaboradores para a implementação de um SGI? R. Elaborar um plano de conscientização e envolvimento, mostrando claramente que o sucesso do SGI dependerá fundamentalmente da participação da força de trabalho. Se a empresa puder dar participação nos resultados oriundos da melhoria, que vierem claramente após o SGI, motivará ainda mais os colaboradores. 8 - Os colaboradores podem influenciar negativamente na implementação de um SGI? Cite exemplos de atitudes negativas. R. Sim. Quando não são envolvidos na implementação; quando a cultura da empresa é de punição e de medo com os erros; quando os colaboradores não enxergam exemplos de participação dos gerentes no SGI. 9 - O não conhecimento do novo e a resistência às mudanças podem influenciar na implementação de um SGI? Comente. R. Sim. Tudo o que é novo, em termo de gestão, que mexe com pessoas, suas funções e locais de trabalho, leva ao medo e à insegurança. Por isso, todos devem ser claramente envolvidos no processo e nos resultados recorrentes dele. Ver também respostas 7 e 8. 10 - O alcance das metas da organização está relacionado ao apoio dos colaboradores. Comente. R. Se os colaboradores conhecem seus objetivos e metas e forem envolvidos na participação financeira deles, claro que vão dar o máximo de si para o alcance dos mesmos. 11. O quê implementar: ISO 9001, ISO 14001, OSHSAS 18001 ou um SGI, com as três Normas juntas? R. As três se a empresa tiver condições financeiras e estruturais (pessoal qualificado), é melhor implementar o SGI, mesmo que demore/dure um pouco mais na implementação. 12. Se é algo com tantos benefícios, por que as organizações (donos) relutam tanto em implementar um SGI?
42
R. 1 – Muitos donos de empresa não conhecem claramente os benefícios de um SGI, só o implementam sob pressão, quando exigidos por um cliente; 2 – Por não conhecer e isso não fazer parte da linha de resultados financeiros de forma clara; 3 – Assim que aparecem restrições financeiras o SGI é questionado e até cortado. 13. Qual a ordem de grandeza do valor monetário para a preparação de uma empresa de pequeno e médio portes? R. Pequena empresa (até 50 funcionários): Valor total de R$ 30.000,00, durante 10 meses, incluindo consultoria, auditoria interna e certificação; Média empresa (de 50 a 200 funcionários): Valor total de R$ 50.000,00, durante 10 meses, incluindo consultoria, auditoria interna e certificação. 14. Como a direção pode se envolver e mostrar comprometimento, principalmente na Gestão do SGI? R. 1 – Dando partida no processo, através de um apalestra, principalmente para os gerentes; 2 – Realizando reuniões de análise crítica mensais, para cobrar a evolução do processo de implementação; 3 – Comemorar com todos o atingimento da certificação; 4 – Manter gestão de manutenção do SGI com sua participação efetiva.
43
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47
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO – SGI 09
1.1 - Origem do SGI 09
1.2 - Etapas de implantação 11
1.3 - Benefícios de um SGI 12
1.4 - Dificuldades na implementação de um SGI 13
CAPÍTULO II
O GÊNERO HUMANO 15
2.1 - Características do gênero humano 16
2.1.1 - Motivação 16
2.1.2 - Ética 20
2.1.3 - Resiliência 22
2.1.4 - Cultura 23
2.2 - A psicologia humana 25
2.3 - A variabilidade humana 26
CAPÍTULO III
SISTEMAS X INDIVÍDUOS 29
3.1 - Definições 29
3.2 - Sistemas x Indivíduos 30