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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTÃO E ESTRATÉGIAS DE VAREJO: Venda padronizada e
inteligente - Medição por telemetria
Por: Ricardo Vale Vieira
Orientador: Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTÃO E ESTRATÉGIAS DE VAREJO: Venda padronizada e
inteligente - Medição por telemetria
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Varejo.
Por: Ricardo Vale Vieira
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AGRADECIMENTOS
Como não poderia ser diferente, agradeço em primeiro lugar a DEUS,
por tudo que Ele é e nos concede mesmo não sendo merecedores de sua
misericórdia e seu infinitivo amor.
Meu sincero agradecimento ao meu orientador, o Professor Jorge
Vieira pela compreensão demonstrada no momento em que aceitou assumir
este compromisso.
Não poderia deixar de citar meus amigos Cesar, Claudia, Mariane
entre outros, que nos aturaram e dividiram conosco seus conhecimentos e
por tudo que fizeram para ajudar-nos durante a trajetória de nossa formação.
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DEDICATÓRIA
Ao meu pai, Jorge Salvador Vieira e minha guerreira mamãe, Maria
das Graças Vale Vieira, por toda a minha educação, no seu sentido mais
amplo, ao longo da vida, pelo suporte emocional e financeiro, e
principalmente a ter me motivado a ser o que sou hoje.
A minha esposa, Cirlene de Pontes Vieira, e a minha filha, Júlia de
Pontes Vale Vieira e meu filho Ricardo Vale Vieira Junior, que hoje são
minha inspiração, minha força e determinação.
A minha irmã, Michele Vale Vieira, meus padrinhos Joaquim Buçard
Vieira e Brasilina Pinheiro Buçard, pessoas importante na minha infância e
adolescência
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RESUMO
O estudo aborda a Gestão de Varejo e sua aplicação em uma
empresa industrial voltada para o mercado varejista. Nesse contexto, busca-
se analisar as estratégias do mercado de varejo e sua aplicação comercial
na área de medição por telemetria. Inicialmente contemplam-se a gestão e
estratégias de varejo, as estratégias competitivas, as tecnologias de
informação e comunicação do varejo. Em seguida, abordou-se o mercado
varejista do setor de gás GLP, sua evolução no Brasil, as especificações do
gás GLP e o sistema de entrega de botijões de gás. Por fim, relatou-se o
projeto de venda padronizada e inteligente do Gás GLP por meio da
medição por telemetria. O estudo assinala que a telemetria aplicada ao GLP
representa hoje um dos primeiros passos para a racionalização da
distribuição de gás. No entanto muitas companhias ainda não contam com
esta tecnologia, que por rede GMS GPRS possibilita o uso de soluções
novas na coleta de dados em tempo real em ambientes amplamente
diversos.
Palavras-chave: Gestão de Varejo. Venda padronizada inteligente.
Telemetria.
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METODOLOGIA
O estudo que ora se apresenta foi levado a efeito a partir do
método da pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em
diversos tipos de publicações, como livros e artigos científicos, revistas e
outros periódicos especializados, além de publicações voltadas para a área
de gestão de varejo.
Adicionalmente, o estudo que resultou neste trabalho identifica-se,
também, com o método da pesquisa aplicada, por pretender produzir
conhecimento para aplicação prática, assim como com o método da
pesquisa qualitativa, porque procurou entender a realidade a partir da
interpretação e qualificação dos fenômenos estudados; identifica-se, ainda,
com a pesquisa exploratória, porque buscou proporcionar maior
conhecimento sobre a questão proposta, além da pesquisa descritiva,
porque visou à obtenção de um resultado puramente descritivo, sem a
pretensão de uma análise crítica do tema.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – GESTÃO E ESTRATÉGIAS DE VAREJO 11
CAPÍTULO II – O MERCADO VAREJISTA DO SETOR DE GÁS GLP 16
CAPÍTULO III – PROJETO DE VENDA PADRONIZADA E INTELIGENTE
DO GÁS GLP – MEDIÇÃO POR TELEMETRIA 21
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 35
INDICE 37
8
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é um estudo sobre a Gestão de Varejo e sua
aplicação em uma empresa industrial voltada para o mercado varejista.
Nesse contexto, busca-se analisar as estratégias do mercado de varejo e
sua aplicação comercial na área de medição por telemetria.
O estudo discute os conceitos e as políticas do mercado de varejo sob
a ótica da gestão. Considera como marco teórico e base as obras de Kotler,
Parente, Madruga e discute a aplicação de estratégias de varejo. Apresenta-
se primeiramente um panorama da gestão de varejo, suas teorias e
aplicações. Demonstra no âmbito gerencial os fatores críticos relevantes de
sucesso para aperfeiçoar a implementação da gestão de varejo em uma
empresa industrial, e posteriormente, demonstra como a adoção de práticas
de processos gerenciais de varejo podem também desenvolver e contribuir
para a melhora na qualidade do serviço e satisfação do consumidor.
A questão que se pretende responder neste estudo é: quais são os
fatores críticos que contribuem para o sucesso na implementação da gestão
de varejo na área de lançamento de novos produtos?
O estudo do tema e das questões analisadas em torno do mesmo
justifica-se pelo fato de que os sistemas baseados em medição automática,
conhecidos como Automatic Meter Reading (AMR), têm sido amplamente
estudados em vários países. Nos últimos 20 anos os processos de abertura
de mercados incentivaram os gerentes de concessionárias a encontrarem
formas de redução de custos e melhoria do atendimento.
O sistema monitora o nível de gás no interior do P-13 (ou qualquer
outro tipo de tanque granel), seria capaz de informar ao operador do sistema
a temperatura e pressão do gás no interior do tanque. Este tipo de sistema
garante a confiabilidade de entrega da logística de distribuição das
empresas.
A transmissão desses dados é feita através da tecnologia TCP/IP que
utiliza conexões lógicas, assim a conexão fica on-line, é feita conforme a
necessidade de transferência de um pacote, conexões físicas levavam 2
minutos para transmitir o mesmo pacote que é transmitido em 4 segundos
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na conexão TCP/IP. Além de ser muito mais rápida a rede TCP/IP permite
conexões simultâneas. Assim um computador na central de controle pode
abrir mais de 60 mil conexões simultâneas. As transmissões são feitas
através do Chip via redes GMS GPRS que fazem o transporte desses dados
visto que o custo é muito menor.
Nesse sentido, o estudo visa discutir a gestão do varejo sob o prisma
da relação entre mercado corporativo e cliente, trazendo a compreensão de
que tanto o consumidor quanto o fornecedor, seguindo a tendência
argumentativa de autores como Madruga e Parente saem beneficiados com
um produto de grande utilidade, o que incrementa as vendas corporativas e
trazem resultados agregados para o consumidor.
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CAPÍTULO I
GESTÃO E ESTRATÉGIAS DE VAREJO
1.1 Fundamentos do varejo
Segundo Parente (2007), varejo é toda a atividade que envolve um
processo de venda de produtos ou serviços, para atender as necessidades
dos consumidores. Varejista é toda e qualquer instituição que se propõe a
vender produtos ou serviços para o consumidor e esta atividade não precisa
necessariamente ser realizada dentro de uma loja, podem perfeitamente ser
realizado por telefone, internet, correio ou na própria casa do vendedor.
Notícias sobre varejo são veiculadas quase diariamente nos meios de
comunicação brasileiros, o que mostra a importância do varejo no Brasil e,
grandes números de empresas figuram entre as maiores do país, com a sua
expansão essas empresas passaram a adotar tecnologias de informação e
de gestão que acabam por modernizar o sistema de distribuição e a
economia brasileira.
O consumidor não dispõe de muito tempo para disponibilizar na busca
de informação para a tomada de decisão que antecedem a compra e o
consumo. Isto pode ser explicado por uma série de fatores, entre os quais
estão a forte inserção da mulher no mercado de trabalho, da vida em família,
do tamanho e das complexidades familiares, e dos interesses individuais.
Segundo Gimpel (2008, p.36):
Desde o descobrimento até os idos de 1850, o varejo no Brasil se caracterizava pelo mascate. Como não havia mercado suficiente o varejo não se estabelecia, esses mascates comercializavam diversos produtos como tecidos produtos alimentícios joias e miudezas.
Ainda segundo o autor surgem no segundo Império, as primeiras
casas comerciais e as primeiras propagandas em jornais. Seguindo uma
ótica dos países Europeus o Brasil molda seu varejo baseado nas
experiências bem sucedidas do exterior.
Para Parente (2007) o varejo no Brasil, tal qual se conhece hoje,
começou a ser esboçado no final do século XIX, com o início da
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industrialização e o surgimento dos meios e vias de transporte. Os
historiadores citam Barão de Mauá como um dos primeiros e mais
importante varejistas, inclusive de material de construção, além de ser
responsável por fundações de bancos, construção de estradas de ferro,
estaleiros, indústrias e investimentos importantes em companhias de
iluminação a gás no Rio de Janeiro.
Segundo Gimpel, (2008, p. 45):
Com um aumento na produção e desenvolvimento e modernização das indústrias no Brasil, incentivada pela entrada dos supermercados no nosso sistema varejista, o consumidor passou a lidar com o autosserviço ao mesmo tempo em que as organizações passaram a diminuir os funcionários que prestavam atendimento e agilizaram seu processo de negócios. Em sua visão para as décadas seguintes, o autor coloca que muitos dos formatos de lojas existentes tendem a desaparecer, serão extintas milhares de empresas varejistas como também surgirão muitas outras.
O autor coloca que deve-se observar qual será o impacto do varejo
virtual, que é uma questão que preocupa os varejista do mundo todo.
De acordo com Parente (2007), a globalização movimentou de forma
intensa o varejo no Brasil trazendo grupos estrangeiros com operações
próprias ou em conjunto com empresas nacionais como, por exemplo, o
Carrefour outro francês o Casino que se associou ao Pão de Açúcar em
1999 o Wall Mart entre outros.
Os grandes varejistas internacionais optaram por operar no Brasil,
pois estavam com baixas taxas de crescimento em seus países de origem,
encontraram baixas barreiras de entrada no país, baixos níveis de
competição e sendo o Brasil um país em desenvolvimento encontrariam
grandes mercados consumidores. Ainda segundo o autor, a estratégia de
entrada das grandes redes internacionais ocorreu de forma geográfica ou a
construção de sedes próprias.
De acordo com Robbins (2009), com a concentração das vendas
nessas redes, muitas práticas comerciais nunca antes utilizadas passaram a
ser rotineiras em quase todas as grandes redes de varejo e não só as de
varejo de alimentos como as de outros tipos de produtos, material de
construção por exemplo.
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Tais práticas foram viabilizadas pelo grande poder de compra das
redes como: venda de espaços no ponto de venda, criação e proliferação de
taxas cobradas dos fornecedores, prazos de entregas rígidos e cada vez
mais curtos, manutenção de preços por longos períodos entre outras. A
indústria teve que reagir a estas mudanças preparando-se também para
enfrentar os novos desafios desenhados por estas políticas mais agressivas
dos grandes varejistas e passou a adotar tecnologias e novos conceitos
como o ECR (Efficient Consumer Response) e a aplicação de ferramentas
como gerenciamento de categorias curvas ABC e a diminuição das rupturas
de estoque.
Segundo Parente (2007, p. 50):
Os varejistas fazem parte de uma engrenagem em um sistema de marketing complexo e, apesar de ser um componente importante, dependem de outros participantes do processo. A parceria entre os participantes do processo deve ser constante sob pena de um comportamento inadequado comprometer todo o processo.
Com o desenvolvimento de novas técnicas (EDI, gerenciamento por
categoria e Reposição contínua), há a necessidade cada vez maior de um
trabalho integrado, entre os membros do processo, visando mais eficiência
nas transações e distribuição.
Para Lovelock (2008), o varejista faz parte de um sistema de
distribuição ficando entre o produtor e o consumidor, desempenhando um
papel de intermediário, funcionando como um elo entre o nível do consumo e
o nível do atacado e a produção. Entre o fabricante e o consumidor existem
estruturas com diferentes níveis intermediários.
Kotler (2000), afirma que pequenos varejistas estão sumindo em
função do grande poder de barganha das grandes redes de varejo e de
comerciantes que dominam certas categorias, quem tem um ponto fixo sofre
concorrência das vendas por catálogo, empresas que se utilizam de mala
direta, programas de venda pela TV e internet. Usando sua criatividade
varejistas empreendedores incorporam a seu negócio lanchonetes,
demonstrações de produto e cursos pertinentes e ao invés de sortimento de
produtos, estão vendendo uma grande experiência.
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Uma abordagem de Parente (2007) da conta de que existe no varejo,
assim como nos produtos, um ciclo de vida e os formatos varejistas
atravessam os estágios de introdução, crescimento, maturidade e declínio,
dependendo do estágio em que se encontra determinada loja, possibilita ao
varejista a tomada de decisões pertinentes à resolução de seus problemas.
O desempenho do varejo é consequência de cinco variáveis:
emprego, renda, massa salarial, crédito e confiança. Nos últimos anos, o
Brasil vem sendo favorecido em todos eles, o que tem impulsionado o
mercado de varejo e a expansão das redes.
1.2 Estratégias Competitivas
Na atualidade é crescente a preocupação das empresas com a
competitividade de seus produtos e serviços. Por sua vez, Conforme Hitt
(2009), o aumento da competitividade torna os consumidores cada vez mais
exigentes, sendo, portanto, relevante sempre conquistar o cliente, pois a
sobrevivência das empresas somente será assegurada com a sua
permanência no mercado, com estratégias que as diferenciam da
concorrência. Neste cenário, são constantes os investimentos em melhoria
da qualidade, do atendimento, do serviço como um todo, da redução de
custos entre outros.
Na perspectiva de Porter (2009, p.15):
A concorrência está no âmago do sucesso ou do fracasso das empresas, determinando a adequação das atividades que podem contribuir para seu desempenho, como inovações, uma cultura coesa ou uma boa implementação. A estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, a arena fundamental onde ocorre à concorrência. A estratégia competitiva visa a estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência na indústria.
Neste contexto, Porter (2009) fala sobre a eficácia, assinalando que
esta é um conceito relativo à capacidade de uma organização para cumprir
com sua missão. No entanto, eficácia não implica eficiência já que uma
organização pode ser eficaz, pois cumpre corretamente sua missão, mas
isto não implica que resulte eficiente, pois investe grandes recursos no lucro
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de seus resultados econômicos. De igual forma pode conseguir a eficiência
e a missão estar mal formulada (não se corresponde com a necessidade
econômica e social) pelo que poderia resultar ineficaz o gerenciamento da
empresa.
Ambos os termos estão implícitos na excelência empresarial e, por
sua vez, o termo se identifica com as vantagens sustentadas no mercado,
considerando que a excelência está associada com a competitividade.
Por competitividade, Gerry (1998, p.19) entende ser "a capacidade de
uma empresa ou organização de qualquer tipo para desenvolver e manter
vantagens competitivas que lhe permitem desfrutar e sustentar uma posição
destacada no meio socioeconômico em que atuam”. Entende-se por
vantagem competitiva a habilidade, recurso, conhecimento, atributos, entre
outros, de que dispõe uma empresa em frente a seus competidores.
A competitividade é um conceito relativo, mostra a posição
comparativa dos sistemas (empresas, setores, países) utilizando a mesma
medida de referência. Pode-se afirmar que é um conceito em
desenvolvimento, sujeito a muitas interpretações e formas de medida.
Em definitiva, a competitividade empresarial requer uma equipe
diretiva dinâmica, atualizada, aberta à mudança organizativa e tecnológica, e
consciente da necessidade de considerar os membros da organização como
um recurso de primeira ordem. No entanto, pode ser afirmado que este
costuma ser um dos pontos fracos de um elevado número de empresas que
tem desaparecido ou têm problemas de sobrevivência.
A experiência demonstra que as empresas que mantêm ao longo do
tempo posições competitivas sustentadas, dedicam uma grande atenção ao
futuro, ao mesmo tempo em que vigiam constantemente seu meio.
1.3 As tecnologias da informação e comunicação no varejo
O desenvolvimento tecnológico no contexto da globalização tem
intensificado a concorrência tanto dos produtores que vendem diretamente
suas mercadorias como dos agentes especialistas, os comerciantes. Os
baixos custos de produção, a diferenciação de produtos e, por
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conseqüência, as mudanças em toda a organização têm sido o resultado
das inovações tecnológicas.
O comércio varejista não está alheio às mudanças da atualidade, já
que é um dos setores onde a aplicação das tecnologias da informação é
cada vez mais comum, como por exemplo, no controle que se requer das
mercadorias desde o processo de produção até seu consumo; nas
estratégias de mercado por parte dos canais de comercialização e vendas;
na organização dos recursos humanos; tudo com o objetivo de fazer mais
competitiva à organização.
Conforme Quintela (2007, p.35):
A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), utilizada na distribuição comercial encontra sua aplicação no comércio eletrônico, no terminal do ponto de venda (TPV), nos leitores de código de barras, nos sistemas de código de barras e os de intercâmbio eletrônico de dados (EDI), entre outros. Ou seja, as novas tecnologias são cada vez mais imprescindíveis para o gerenciamento, promoção e realização do comércio varejista.
O desenvolvimento das TICs, bem como sua aplicação nos processos
de fabricação, transporte, distribuição e venda dos produtos, tem conseguido
atender a um consumidor que está ávido por uma cada vez maior
diversidade de bens e serviços para consumir.
Para Michael Porter (2009), as tecnologias da informação incluem,
além do computador, os aparelhos de reconhecimento de dados (leitor
ótico); tecnologias da comunicação (TV, rádio, internet) e a automação da
produção. Isto é, compreende a aplicação de tecnologia da informação em
todo o processo de geração do produto, até sua venda direta pelo canal de
distribuição ao consumidor final.
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CAPÍTULO II
O MERCADO VAREJISTA DO SETOR DE GÁS GLP
2.1 A Evolução do setor GLP no Brasil
O GLP (ou LP) é um gás combustível cuja sigla significa "Gás
Liquefeito de Petróleo" tratando-se de uma definição genérica que engloba
tanto o gás propano como ao butano.
Segundo Melo (2013, p.2)
O Gás LP, popularmente conhecido como gás de cozinha, figura, indiscutivelmente, entre os produtos mais importantes no dia a dia do brasileiro. Por suas características especiais de preço, portabilidade e armazenamento estão presentes em todo o território nacional. É ele o responsável pelo preparo de refeições em 53 milhões de lares – ou 95% do total – de norte a sul do País. E as excepcionais vantagens comparativas desse energético produzido em larga escala no Brasil, em relação a outras fontes, especialmente no que se refere aos benefícios ambientais, possui muitas outras aplicações.
Para esse autor, sua extensa flexibilidade de usos – pouco explorada
no País – representa um manancial inestimável, capaz de avançar muito
além na matriz energética brasileira. Ainda na esfera familiar, aparece como
uma excelente e econômica alternativa ao pouco eficiente sistema à base de
chuveiros elétricos.
Segundo o SINDIGAS (1990, p.3):
A utilização do GLP se iniciou no Brasil em 1937, em razão do pioneirismo de Ernesto Igel. Quando houve o acidente com o dirigível Hinderburg nos EUA, foram suspensas as viagens do Graff Zeppelin, dirigível que fazia a rota para o Brasil e América do Sul. Igel comprou então os 6 mil cilindros de gás propano que estavam armazenados no Rio de Janeiro e Recife, que serviam como combustível para as aeronaves, e começou a comercializar o gás para cocção, por meio da Empresa Brasileira de Gás a Domicilio Ltda., futura Ultragaz.
Mais tarde, já na década de 1950, como o consumo de GLP começou
a crescer, estabeleceu-se o fornecimento regular do gás. O GLP passou a
ser utilizado, não só para abastecer os fogões, como também como
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combustível para aquecedores de água, em escolas, hospitais, hotéis e
clubes. Passou a ser utilizado na produção de plásticos, sendo aplicado no
aquecimento controlado das máquinas de injeção, no setor industrial.
Em seguida, conforme Maia (2005, p. 20) iniciou-se a sua utilização
na indústria têxtil e na indústria vidreira.
Com mais de cinquenta anos de existência, o botijão de gás de cozinha representou, sociologicamente, em determinados momentos da organização familiar, um importante elemento modificador de procedimentos e costumes, trazendo uma melhoria do próprio status social. A passagem do uso do carvão, do querosene, da lenha, com todos os seus conhecidos inconvenientes, para o botijão de gás, revolucionou os hábitos e influenciou na melhoria do padrão de vida do brasileiro. Combustível versátil, limpo, de alto poder calorífico e, acima de tudo, muito barato, uma vez superada a fase da segurança de continuidade do abastecimento, o seu consumo se desenvolveu de maneira geométrica. (MAIA, 2005, p.20).
Conforme Morais (2005, p. 39), “o GLP está presente na totalidade
dos municípios brasileiros e essa impressionante abrangência foi alcançada
em menos de 70 anos desde a chegada do GLP no Brasil”.
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O Mercado brasileiro é o sexto maior mercado de gás de cozinha
doméstico do mundo, sendo inferior somente a China, EUA, Índia, Japão e
México.
Segundo a Sindigas (2013) atualmente, existem cerca de 19 mil
revendedores regulares atuando para a distribuição de gás de cozinha neste
mercado. Este mercado é regulamentado pela Agência Nacional de Petróleo
(ANP), sendo ela responsável pela fiscalização das revendas de gás de
cozinha, bem como a atuação das distribuidoras.
Atualmente, a ANP disponibiliza uma relação das revendas
autorizadas para a distribuição de gás de cozinha, sendo que o processo de
cadastramento dos revendedores começou no ano de 2006, com o intuito de
reduzir significativamente a clandestinidade no setor.
Conforme a Sindigas (2013), hoje, cinco grupos empresariais, que
somam nove companhias, respondem por 90% do mercado de GLP no país.
Esse tipo de combustível está presente em mais de 95% das casas. Em
termos de consumo, entretanto, ele representa 26,6% da matriz energética
residencial brasileira, vindo atrás da energia elétrica e da lenha. Na matriz
energética nacional, a participação do GLP é 3,6%. A estimativa é chegar a
4,2% até 2020.
2.2 O Gás GLP
O Gás, em sua especificação, deve atender aos requisitos da Agência
Nacional de Petróleo (ANP), conforme Norma CNP-02/Rev.3, de 07/01/75 e
Resolução CNP n° 02/75 que estabelece os seguintes tipos de GLP:
• Propano Comercial: predominantemente propano e/ou propeno. É
indicado para sistemas que necessitem de alta volatilidade e
composição/pressão de vapor estáveis;
• Butano Comercial: predominantemente butanos e/ou butenos. É
indicado para sistemas de combustão com pré-vaporizadores e que
necessitem de composição/pressão de vapor estáveis;
• Misturas Propano/Butano: percentuais variáveis de propano/propeno
e butanos/butenos. Este é o produto conhecido por GLP ou gás de cozinha.
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É recomendado para o uso residencial. Pode ser utilizado em sistemas de
combustão industrial que não necessitem de composição do produto estável;
• Propano Especial: no mínimo, 90% de propano e, no máximo, 5% de
propeno por volume. Este é o produto recomendado para aplicações cujo
teor de olefinas é fator limitante.
2.3 Sistema de entrega de botijões de gás
Uma pesquisa feita pelo Sindigás (2013) indicou que o consumidor
quer receber o produto em casa, prefere que o entregador faça a instalação,
não aceita atrasos e costuma pedir o produto por telefone. Conforme Gandra
(2012), a dona da casa não está mais 24 horas à espera que o caminhão
passe, e muitos dos usuários não têm mais o botijão reserva.
Segundo Gandra (2012, p.2):
Essas duas novas características do mercado forçam as empresas a dispor de um sistema de entrega rápido e eficaz, pois o gás acaba durante o preparo da refeição. Para agilizar a reposição do produto na casa do consumidor, a maioria das revendas criou um serviço de atendimento telefônico 0800 para receber pedidos. E em 15 minutos, no máximo, o botijão chega à porta, sem qualquer acréscimo no preço.
Para atender desde grandes cidades até áreas remotas ou
longínquas, os meios de transporte utilizados são os mais diversificados –
vão de caminhões e picapes a balsas e motocicletas.
As empresas cumprem ainda um roteiro de visitas frequentes às
regiões atendidas, percorrendo diariamente uma rota de ampla cobertura
geográfica para oferecer o produto porta a porta e garantir que o gás chegue
ao cliente com segurança e comodidade, sem que ele precise sair de casa.
Em outra pesquisa realizada em 2007 pelo Sindigás em 19 grandes
cidades brasileiras (São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia, DF, Porto Alegre,
Rio de Janeiro, Curitiba, Campo Grande, Cuiabá, Campinas, Ribeirão Preto,
Natal, Recife, Salvador, Aracaju, Fortaleza, São Luís, Belém e Teresina)
com 3.800 pessoas maiores de 15 anos e responsáveis pela compra de Gás
LP, identificou-se que o índice de qualidade percebida pelo consumidor em
relação ao Gás LP é de 8,5, em uma escala de 1 a 10. Resultado
20
proveniente de um esforço diário de empresas e trabalhadores dedicados a
compreender e atender com qualidade os seus clientes.
21
CAPÍTULO III
Projeto de venda padronizada e inteligente do gás GLP -
Medição por telemetria
Com o intuito de oferecer um atendimento diferenciado de entrega de
Gás LP em P-13 ou granel, será apresentada a implantação da telemetria de
medição de consumo do Gás LP no próprio vasilhame (botijão),
possibilitando, assim, um contato prévio com o cliente antes que o mesmo
fique sem produto (gás), reduzindo assim a necessidade de ter dois botijões
no domicilio. Isto diminui o risco da acomodação inadequada por parte do
cliente, e em grandes empresas, evitando o risco de quebra da produção
pela falta desta fonte energética. Assim, quando o nível do gás chegar a um
lastro pré-determinado a etiqueta irá emitir um aviso para Central de Vendas
efetuar um contato com o cliente, a fim de programar uma futura entrega de
gás ou ainda o envio imediato sem que o mesmo precise monitorar seu
estoque, proporcionando com isto um conforto na necessidade do solicitante
e otimizando a cadeia logística de entrega.
3.1 Sistemas de medição automática
Sistemas baseados em medição automática, conhecidos como
Automatic Meter Reading (AMR), têm sido amplamente estudados em vários
países. Nos últimos 20 anos os processos de abertura de mercados
incentivaram os gerentes de concessionárias a encontrarem formas de
redução de custos e melhoria do atendimento.
O sistema monitora o nível de gás no interior do P-13 (Ou qualquer
outro tipo de tanque granel), e seria capaz de informar ao operador do
sistema a temperatura e pressão do gás no interior do tanque. O sistema
garante a confiabilidade de entrega da logística de distribuição das
empresas. A transmissão desses dados é feita através da tecnologia TCP/IP
que utiliza conexões lógicas, assim a conexão fica on-line, é feita conforme a
necessidade de transfe
minutos para transmitir
na conexão TCP/IP. Al
conexões simultâneas.
abrir mais de 60 mil
através do Chip via red
visto que o custo é muit
3.2 Projeto do sistema
O projeto visa de
remoto por telemetria, a
que a Empresa saberá
existente no vasilham
popularmente conhecid
utilizados em indústrias
O sistema de mo
interior do vasilhame
quantidade de GL no ci
alerta para central de
solicitando um contato
e agendando uma entre
Esta tecnologia
entrega domiciliar e
agregando valor e rapid
através da inovação tec
Figur
transferência de um pacote, conexões física
smitir o mesmo pacote que é transmitido em
/IP. Além de ser muito mais rápida a rede TC
neas. Assim um computador na central de c
mil conexões simultâneas. As transmissõe
ia redes GMS GPRS que fazem o transporte d
é muito menor.
tema de medição automática
isa desenvolver um sistema de monitoramento
tria, através de chip inserido no corpo do boti
aberá qual é a quantidade cúbica de Gás Li
ilhame do cliente, seja nos cilindros de 1
hecido como botijão de cozinha ou de grande
strias e comércios em geral.
de monitoramento irá gerenciar o nível existe
ame do cliente informando para central d
no cilindro. Logo o Chip inserido no botijão irá
l de vendas do revendedor informando o G
ntato com cliente. Informando que seu gás es
entrega que será feita futuramente.
logia resulta ganhos de eficiência na cadeia
r e Industrial do Gás Liquefeito (GL), p
e rapidez no atendimento e gestão da carteira
ão tecnológica de TI e telecomunicação móvel
Figura 1 – Fluxo de Distribuição do GL
22
físicas levavam 2
do em 4 segundos
de TCP/IP permite
l de controle pode
issões são feitas
orte desses dados
mento de consumo
o botijão, de modo
ás Liquefeito (GL)
de 13 Kg (P13)
grande capacidade
existente de GL no
tral de vendas a
ijão irá disparar um
o GL existente e
gás esta acabando
adeia logística da
L), padronizando,
arteira de clientes,
móvel.
23
FONTE: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAgkAAD/distribuicao-glp
O objetivo do projeto é estabelecer ganhos de eficiência na cadeia
logística da entrega domiciliar e Industrial do Gás Liquefeito (GL),
padronizando, agregando valor e rapidez no atendimento e gestão da
carteira de clientes, através da inovação tecnológica de TI e
telecomunicação móvel.
Pretende-se com isso, assegurar à empresa: (a) gestão na cadeia de
fornecimento (Supply Chain Management); (b) o padrão de atendimento e
entrega; (c) o contato com o consumidor final e o controle do banco de
dados dos clientes e (d) permitir a captura direta de valor via a melhoria de
imagem da marca e padrão de serviço.
3.3 Desenvolvimento do Projeto
Premissas e restrições
a) Implantação de Sistema de Gestão Empresarial informatizado.
b) Os pedidos serão realizados pela Central de Vendas a P13
doméstico, através das informações repassadas pela telemetria
do vasilhame.
c) Necessária à validação da autorização da ANP (Portaria 297).
d) A definição das microrregiões para atuação da Revenda de GL.
Áreas potenciais
As áreas foco do projeto serão as áreas metropolitanas, onde podem
ser encontrados:
a) Áreas brancas (inexploradas);
b) Pequenos revenderes com baixa venda (até 1 mil P-13/Mês);
c) Possibilidade de substituição de revendas atacadistas.
d) Clientes com perfil Industrial e Comércio. Para mercados
extremamente competitivos e de grande potencial de consumo
24
de GL per capita, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília
e Vitória, onde pretendemos capturar valor na comercialização
dessa commodity na região, abordaremos o projeto de
telemetria e medição individualizada com o seguinte foco:
e) Com a rede existente e estabelecida;
f) Focando em Revendedores com perfil varejista;
g) Sendo agressivo no canal de consumidores Industrial e
Comercial. Em mercados novos, como São Paulo, Fortaleza,
Recife e Salvador, onde pretendemos nos posicionar como
diferencial no serviço e capturando valor, aumentando assim o
market-share, trabalharemos:
h) Em áreas brancas;
i) Prospectando novos revendedores com perfil varejista.
j) Sendo agressivo no canal de consumidores industrial e
comercial.
3.4 Sequência de passos do projeto
3.4.1 Primeiro passo: Identificar e selecionar a microrregião
Verificar a cobertura da Central de Vendas e a cobertura da rede
GMS/GPRS da Região.
Verificar o alinhamento com as definições do perfil da revenda de GL
• Parceiro selecionado para trabalhar no varejo;
• Conflitos de áreas com outros parceiros que obtenha o mesmo
serviço;
Analisar as características da região
Análise do potencial de mercado, considerando os seguintes fatores:
• A população fixa da região (xx mil habitantes);
25
• O consumo médio de 2,3 Kg por habitante (Fonte:
www.sindigás.com.br)
• Meta de cinco mil P-13 para cada área de atuação do revendedor.
• A meta de market-share para cada região, conforme fig. 2
Figura 2 – Market Share desejado por Mercado
Perfil socioeconômico da região:
Em regiões de maior poder aquisitivo, a população percebe mais o
nível de serviço e se dispõe a pagar mais por ele, não sendo o preço o fator
determinante para decisão de compra.
Segundo Schiffman e Kanuk (2000) as empresas que entendem o
comportamento do consumidor têm grande vantagem competitiva no
mercado, pois quem determina o valor de um serviço é o cliente.
Região com perfil classe A, B e C pode ser a mais atrativa. Mas vale
lembrar que isso não é regra e que, principalmente, o nível de serviço da
concorrência deve ser considerado.
Quem são?
Ø Clientes classe A, B e C:
• Apresentam maior escolaridade.
• Exigem mais dos produtos e serviços que adquirem.
• Valorizam mais a experiência de compra e estão dispostos
há pagar um pouco mais por serviços associados a
produtos.
Ø Clientes classe D e E:
• São menos exigentes com a qualidade de produtos e
serviços.
• Tem maior preocupação com o preço.
Ø Indicadores necessários para escolha da área:
§ Mercado de São Paulo à 10 a 20 % § Mercado do Rio Grande do Sul à 15 a 30 % § Mercado de Minas Gerais à 20 a 40 % § Mercado do Rio de Janeiro à 20 a 40 % § Mercado de Curitiba à 15 a 30 % § Mercado de Paulínia e S. J. dos Campos à 10 a 20 %
26
• Nome do bairro
• Tamanho da área (km2)
• População total
• Renda média
• Nível de escolaridade
• Quantidade de domicílios
Atuação da concorrência:
A atuação da concorrência deve ser analisada para definição do preço
a ser praticado e o nível de serviço a ser adotado. Deve-se ressaltar que o
nível de serviço a ser oferecido deve ser um diferencial para se tornar o fator
determinante para a compra de gás.
• Rapidez na entrega;
• Funcionários uniformizados;
• Frota padronizada;
• Aplicação da marca;
• Central de Vendas especializada.
Para o mapeamento da concorrência deve ser feita uma pesquisa de
campo, utilizando duas técnicas – Pesquisa de mercado e Cliente Oculto:
• Pesquisa de mercado:
O promotor da região deverá mapear os pontos relevantes da atuação
das principais revendas de Gás da região.
• Portaria:
- localização da revenda – estar localizada em uma avenida principal,
com fluxo lento de veículos tem um peso alto, pois a chance de ser lembrada
é grande
- horário de atendimento;
- padronização do depósito.
• EDN:
- atuação porta-a-porta,
- áudio-marca,
- promoção,
27
- brinde,
- horário definido.
• Tele gás:
- horário de atendimento,
- oferecer instalação e assistência técnica gratuita,
- realizar divulgação,
- brinde,
- estado da frota.
• Aplicação da marca:
- nos uniformes,
- na revenda,
- nos veículos;
• Preço e forma de pagamento:
- crédito,
- débito,
- à vista.
Figura 3 – Planilha de tabulação de pesquisa do nível do serviço da concorrência
SEGMENTO PESO % CANAL/ITEM PERGUNTA
varejo Telegás possui telegás?
varejo Telegás faz entrega no prazo de 15 minutos?
varejo Telegás possui ação de divulgação sistemática do telegás?
varejo Telegás oferece brinde?
varejo Telegás realiza promoção?
varejo Telegás aplica a marca da distribuidora ou é tradicional? (veículos)
varejo Telegás aplica a marca da distribuidora ou é tradicional? (uniforme)
varejo Telegás aplica a marca da distribuidora ou é tradicional? (material de comunicação)
varejo preço qual a política de preço? (lidera, segue, defensivo, agressivo)
varejo preço qual a forma de pagamento? (à vista)
varejo preço qual a forma de pagamento? (pré-datado)
varejo preço qual a forma de pagamento? (vale-gás)
varejo preço qual a forma de pagamento? (cartão crédito)
varejo preço qual a forma de pagamento? (convênio)
varejo serviços realiza assistência técnica? (sim / não)
varejo serviços realiza telemarketing ativo? (sim / não)
varejo serviços qual horário de entrega? (seg. a sáb)
varejo serviços qual horário de entrega? (dom e feriado)
TOTAL 65%
25%
15%
25%
28
Com as informações coletadas, faz-se a analise da comparação dos
resultados na planilha de tabulação e verifica se o nível de serviço proposto
pelo revendedor é no mínimo compatível com a da concorrência.
o Cliente Oculto
Outra técnica a ser utilizada é o do “Cliente Oculto”. Uma forma de
verificar o nível de serviço da concorrência no delivery.
O promotor localiza a residência de algum morador dentro do raio de
atuação do futuro Projeto e o convida para participar de uma pesquisa.
A pesquisa contém duas etapas:
1ª Etapa – Pesquisa sobre o hábito de consumo
A dona-de-casa é questionada sobre a forma que ela costuma
comprar o gás, sobre o serviço que seu atual fornecedor oferece sobre o
fator decisivo para a escolha do mesmo e se suas expectativas em relação à
compra são normalmente atendidas.
2ª Etapa – Atuação da concorrência
Nesta etapa, é vez do promotor avaliar in-loco o serviço deste
fornecedor, simulando o pedido de gás e aguardando a entrega do mesmo
na residência da cliente pesquisada.
A avaliação deverá ser feita desde o momento do pedido - se possui
tele atendimento, horário de atendimento, se oferece brinde, até o momento
da entrega - tempo de entrega, se o funcionário estava uniformizado, se o
veículo estava em bom estado entre outros indicadores.
Como forma de agradecimento pela participação na pesquisa, o gás
comprado na simulação é oferecido à dona de casa.
Facilidade de deslocamento:
A facilidade de deslocamento também é um fator importante e
decisivo na escolha da área, pois impacta diretamente o tempo de entrega, o
veículo utilizado e o tamanho da área. Para definir exatamente a
microrregião, deverão ser feito alguns testes de deslocamento no local e de
29
preferência em horários diferentes, considerando os horários de pico do
trânsito da região. Como:
Uma pessoa fica na base e solicita que alguém se desloque, com um
veículo do mesmo modelo que será utilizado na entrega, até atingir o tempo
de 15 minutos. Chegando ao ponto o mesmo informa à base a rua em que
se encontra. Esse mesmo teste deverá ser feito em todas as direções.
Teremos com isso os limites da área.
Figura 4 – Análise de deslocamento do entregador
Parâmetros de custos da região:
O levantamento de alguns custos específicos de cada região deverá
ser feito.
• Piso salarial de motociclista e auxiliar administrativo
• Valores médios de aluguel – pesquisar em imobiliárias.
• Despesas de vigilância
Esses custos deverão ser considerados na definição da área, pois
eles impactam de forma significativa a viabilidade do projeto, uma vez que a
taxa de entrega definida deverá ser suficiente para cobrir todos os custos da
revenda e ainda remunerar o capital.
Definir o nível de
De forma geral,
capacidade que ela tem
proposto. As necessida
melhor forma de atuaçã
Cada região imp
para conquistar a prefe
Esforços esses que ser
O nível de serviç
dos clientes e a c
desconfianças.
Pesquisas mostr
Figura 6 – Pesqu
Sabendo disso e
podemos definir o níve
consumidores.
3.4.2 Segundo passo: d
O gás é um prod
cujo uso é d
incorporad
O revendedor segunda quali
ad
Preocupação
O consumidor enitem
vel de serviço e a estratégia de divulgação
geral, a área potencial deverá ser definida e
la tem de atender seus clientes com a qualida
essidades e os hábitos dos consumidores
tuação.
o implicará em investimentos e estratégias
preferência e, principalmente, a fidelidade do
e serão determinantes na taxa do retorno do p
serviço estará associado ao atendimento das
a capacidade de tranquilizarmos seus
mostram os principais:
Pesquisa de expectativas do cliente
isso e com o resultado do mapeamento da
nível de serviço proposto e a forma de com
sso: definir o nível de serviço
produto de primeira necessidade,
desconfortável, mas que foi
orado à vida do consumidor
Disponibilide facilidade
compra
dor pode entregar um produto de ualidade ou ser responsável pela
adulteração do gás
Lacre dseguran
ção com quem entra na sua casaEntregad
uniformiz
or encara o botijão de gás como um item perigos sua casa.
um itemperigos
30
ida em função da
ualidade do serviço
ores irão definir a
gias diferenciadas
de do cliente final.
o do projeto.
o das expectativas
seus medos ou
to da concorrência
e comunicá-lo aos
bilidade ade de pra
re de urança
egador rmizado
item igoso
31
Ø Tempo de entrega:
A entrega por telefone, por sua comodidade, está se tornando a forma
predominante de distribuição e a rapidez é essencial, dado o excesso de
oferta no mercado e a falta do botijão reserva cheio nas residências.
Ø Horário de atendimento
O horário de entrega deverá sempre acompanhar o horário de
atendimento da Central de Vendas.
o Segunda à Sábado - das 07 às 20 hs
o Domingos e feriados – das 08 às 14 hs
3.5 Central de Vendas Especializada para venda de P-13 Residencial
As vantagens da Central de Vendas são a presença de operadores
treinados e dedicados a venda; sistema mais simples e ágil; fluxo de envio e
monitoramento otimizado e mudança de custo de fixo para custo variável.
Tecnologia
Os pedidos serão acompanhados, pela Central de Vendas, desde o
momento da ligação até a conclusão do pedido via sistema. O Chip
conforme seus parâmetros executa a leitura da quantidade cúbica de Gás
Liquefeito (GL) existente no vasilhame do cliente, envia as informações via
rede GMS GPRS. A Central de Vendas irá gerenciar as informações e
direcionar os pedidos para os Parceiros efetivarem a entrega.
Após o recebimento das informações da central de vendas, o Parceiro
efetiva a entrega no cliente e finaliza realizando o feedback do atendimento.
Fig
Segurança na en
A equipe deverá
informada pela Central
cliente, uma vez que ex
casa. A senha é comp
pedido), fácil de de
Funcionários uniformiza
transmitem segurança a
Qualidade do pro
A qualidade do p
o Aparência d
o Lacre de seg
o Peso certo.
A orientação par
de segurança deve se
Cliente.
Formas de Paga
• Pagamento à
E
Baixo nível Envia alerta
Figura 5 Fluxo de processo de atendimento
na entrega
deverá ser orientada a confirmar a senha d
entral de Vendas. Uma forma de transmitir s
ue existe receio sobre quem estão deixando e
composta de três dígitos (3 últimos dígitos d
e decorar e informada na mensagem
rmizados e devidamente identificados com cra
ança aos clientes.
do produto
e do produto está associada à:
ncia do botijão;
de segurança do botijão;
erto.
o para a seleção de botijões de boa aparência
ve ser repassada para a operação, no abas
Pagamento
ento à vista
Recebimento e leitura do pedido pela equipe
Eq
32
ento
nha de segurança
mitir segurança ao
ndo entrar em sua
itos do número do
em do Sistema.
om crachá também
rência e com lacre
abastecimento do
Equipe programa abastecimento
33
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa DataPopular mostra que
a grande maioria dos consumidores paga o gás à vista e muitos nem
consideram o pagamento a prazo.
Os consumidores estão acostumados a pagar o gás à vista,
reservando parte do pagamento no início do mês para a compra do gás.
O pagamento a prazo, inclusive o fiado, é usado apenas quando o
consumidor não tem dinheiro, e como existem estabelecimentos que cobram
mais ao dar prazo aos clientes, o consumidor que procura preço fica
desestimulado.
Brinde
O brinde foi identificado como um item de menor importância nas
pesquisas. Não decisivo para a compra. O brinde pode ser percebido como
compensação da falta de qualidade do gás.
34
CONCLUSÃO
Este estudo remete à conclusão de que a inovação no setor de varejo
é uma forma de atuar no sentido de identificar carências e necessidades
insatisfeitas dos clientes e detectar as lacunas de mercado no sentido de
agregar valor aos produtos e serviços.
A inovação é uma ferramenta fundamental para aumentar a
competitividade empresarial, assegurar a sobrevivência e possibilitar a
melhor resposta às necessidades dos consumidores e melhor adaptação ao
mercado.
Nesse sentido, o desenvolvimento de novas tecnologias deve ser
integrado na estratégia empresarial e pode atender a uma ou várias áreas
funcionais da empresa como o produto, os serviços ao comprador, o
gerenciamento de recursos humanos, a imagem comercial ou a tecnologia,
entre outras.
Nesse contexto, a telemetria aplicada ao GLP representa hoje um dos
primeiros passos para a racionalização da distribuição de gás. No entanto
muitas companhias ainda não contam com esta tecnologia, que por rede
GMS GPRS possibilita o uso de soluções novas na coleta de dados em
tempo real em ambientes amplamente diversos.
A tecnologia pode ser usada tanto na cadeia de suprimento, como no
rastreamento de ativos e inspeções. Vários setores, entre eles o de bens de
consumo industrializados, automotivo, saúde, farmacêutico e agrícola, entre
outros, podem se beneficiar das várias soluções de rede GMS GPRS
disponíveis no momento.
Esta tecnologia resulta em ganhos de eficiência na cadeia logística da
entrega domiciliar e Industrial do Gás Liquefeito (GL), padronizando,
agregando valor e rapidez no atendimento, através da inovação tecnológica
de TI e telecomunicação móvel.
35
BIBLIOGRAFIA
GANDRA, Alana. Setor de GLP. 2012. Disponível em http://agenciabrasil. ebc.com.br/noticia/2012-02-07/setor-de-glp-cresceu-244-em-2011-e-superou previsões. Acesso em 30 jul ago 2013. GERRY, Johnson. Explorando a Estratégia Corporativa. Porto Alegre: BookMan, 1998. GIMPEL, José Luiz. Administração de empresas varejistas no Brasil. São Paulo; Atlas, 2008. HITT, Michael. Administração Estratégica. São Paulo: Cengage Learning, 2009. KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000. LOVELOCK, Christopher. Marketing de Serviços. São Paulo: Pearson, 2008. MAIA, Daniela Lobo. Gestão Estratégica do ICMS nas Empresas Distribuidoras de GLP. 2005. Dissertação (Mestrado UFC). MELO, Clemens e GOMES, Cleomar. Aspectos Concorrenciais do Varejo de Combustíveis no Brasil. São Paulo: Labor, 2013. MORAIS, Alexandre Barreira de. Perspectiva de Inserção do GLP na matriz Energética Brasileira. 2005. Dissertação (Mestrado UFRJ). MOORE, Jeffrey/ WEATHERFORD,Larry. Tomada de Decisão em Administração com Planilhas. Porto Alegre: Bookman, 2005. PARENTE, J. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2007. PORTER, M. E. A Vantagem Competitiva das Nações. Tradução: Valtencir Dutra. Rio de Janeiro: Campus, 2009. ROBBINS, Stephen P. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson, 2009. QUINTELLA, H. M.; COSTA, S. G. A informática e a mudança do paradigma competitivo. Conjuntura Econômica FGV, 51(3), 34-38.2007 SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do Consumidor. 6 Ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2000.
36
SINDIGÁS. O setor GLP no Brasil. Disponível em http://www.sindigas. org.br/ Linhadotempo/Default.aspx. Acesso em 30 jun 2013.
37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
GESTÃO E ESTRATÉGIAS DE VAREJO 10
1.1 – Fundamentos do varejo 10
1.2 – Estratégias Competitivas 13
1.3 – As tecnologias da informação e comunicação no varejo 14
CAPÍTULO II
O MERCADO VAREJISTA DO SETOR DE GÁS GLP 16
2.1 – A evolução do setor GLP no Brasil 22
2.2 – O gás GLP 24
2.3 – Sistema de entrega de botijões de gás 26
CAPÍTULO III
PROJETO DE VENDA PADRONIZADA E INTELIGENTE DO GÁS
GLP. MEDIÇÃO POR TELEMETRIA 21
3.1 – Sistemas de medição automática 21
3.2 – Projeto do sistema de medição automática 22
3.3 – Desenvolvimento do projeto 23
3.4 Sequência de passos do projeto 24
38
3.5 Central de vendas especializada 31
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 35
ÍNDICE 37
.