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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO IMPAIRMENT TEST NAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Por: Daniele Guilherme de Alcântara
Orientador
Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DO IMPAIRMENT TEST NAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria e Controladoria
Por: Daniele Guilherme de Alcântara.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu esposo pelo apoio e
incentivo em mais um projeto realizado.
Agradeço à Deus, em quem deposito
todos os meus sonhos. Ele me ajudou
a subir mais um degrau, conquistar
mais uma vitória! Obrigada Meu Deus!
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família que
me apoiou e entendeu todos os
momentos que não pude dedicar a eles
em prol desse projeto. Amo vocês!
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RESUMO
O Impairment Test é um procedimento importante utilizado para
avaliar os valores dos ativos registrados nas empresas. Este teste foi
introduzido nas normas contábeis brasileiras através da convergência das
normas internacionais em 2007 sendo regulamentada através da lei societária
11.638/2007.
O Impairment Test se aplica a todos os ativos relevantes da
empresa, ou seja, aqueles ativos que estejam relacionados a atividade fim, que
independente de seu segmento, seja comércio, indústria, serviços, entre
outros, devem avaliar seus ativos para verificar a real valoração deles.
É um assunto que surgiu com a convergência das normas
internacionais de contabilidade pelo Brasil que se viu na necessidade de
padronizar suas demonstrações financeiras tendo em vista seu crescimento no
mercado global. Por esse fato estaremos abordando desde a sua adoção até a
sua aplicação e importância nas demonstrações financeiras
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METODOLOGIA
Este é um trabalho de pesquisa bibliográfica, baseado em coleta de
dados através de livros acadêmicos, materiais publicados como artigos
científicos, revistas e sites especializados no assunto. Além de legislação e
normas concernentes ao tema abordado.
É um assunto pertinente a área contábil tendo como local de estudo
empresas que independente de seu segmento devem avaliar seus ativos para
verificar a real valoração destes.
Este trabalho utiliza como fonte de pesquisa bibliográfica os autores:
Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e Outros (FIPECAFI); Ernst & Young e
FIPECAFI; Marcelo Cavalcanti Almeida; Marina Yamamoto, Mara Jane
Malacrida e João Domiraci Paccez.
O Pronunciamento técnico CPC 01 (R1) será a principal fonte de
pesquisa deste trabalho, porque é este pronunciamento que estabelece os
procedimentos para o Impairment Test (Redução ao valor recuperável). O CPC
01 (R1) é a base de desenvolvimento e estudo para todos os autores acima
citados.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conceito do Impairment Test 11
CAPÍTULO II - Aplicação do teste 23
CAPÍTULO III - Reconhecimento do Impairment 31
CONCLUSÃO 38
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 42
WEBGRAFIA (opcional) 44
ÍNDICE 46
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
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INTRODUÇÃO
Diante da globalização do mercado financeiro e da necessidade do
Brasil atrair mais investidores estrangeiros para o país, O Brasil decidiu por
aprimorar a qualidade da informação contábil divulgada a fim de torná-las
confiáveis ao usuário dessa informação.
Em vista desse cenário surgiu a necessidade da adoção de normas
contábeis padronizadas pelo Brasil, visando atender o mercado internacional
facilitando assim o trabalho das empresas estrangeiras, já que estas não
precisariam refazer todo o trabalho para comparar com suas normas, dentre
outros benefícios.
Com a convergência das normas internacionais de contabilidade o
Brasil se propôs a criar um órgão responsável pela convergência das normas
contábeis. O Brasil passou a adotar as International Financial Reporting
Standards (IFRS) - normas emitidas pelo International Accounting Standard
Board (IASB) – que estuda, prepara e emite normas de padrões internacionais
de contabilidade. Entidade do setor privado, independente, criada em 1976
com sede em Londres, constituída por mais de 140 entidades profissionais de
todo o mundo, inclusive do Brasil. (Revista de economia e relações
internacionais, v. 10, 2012)
Criou-se então, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em
07 de outubro de 2005, através da Resolução CFC nº 1.055/2005. O Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de
esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: ABRASCA,
APIMEC NACIONAL, BOVESPA, Conselho Federal de Contabilidade,
FIPECAFI e IBRACON. (Site: www.cpc.org.br)
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Segundo a Resolução CFC nº 1.055/2005 no art. 3º o “CPC tem por
objetivo o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa
natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de
produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade
Brasileira aos padrões internacionais”.
A partir daí foram criados até momento 46 pronunciamentos
técnicos, sendo o CPC 01 (R1) sobre redução do valor recuperável dos ativos,
o primeiro a ser aprovado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que
tem correlação as regras contábeis internacionais (IAS 36 – Impairment of
Assets), regulada pela resolução CFC nº 1.292/2010. O CPC 01 também foi
adotado pela Comissão de Valores Mobiliários através da deliberação nº
639/2010. (KPMG, 2008)
O Pronunciamento técnico CPC 01 que tornou-se obrigatório pela
resolução CFC nº 1.110/2007 e revogado pela resolução nº 1.292/2010, diz se
os ativos estiverem avaliados por valor superior ao valor recuperável por meio
do uso ou venda, a entidade deverá reduzir esses ativos ao seu valor
recuperável, reconhecendo no resultado a perda referente a essa
desvalorização. (FIPECAFI, 2010)
Em meio a essa inovação contábil de avaliação dos ativos, surge
uma pergunta: Como certificar de que os valores de registro dos ativos de uma
empresa estejam retratando a realidade? Através do Impairment Test é
possível verificar se os valores evidenciados nas demonstrações financeiras
retratam a realidade, ou seja, o valor justo do ativo, pois ele assegura de modo
mais próximo a realidade a capacidade de retorno econômico e financeiro de
um ativo.
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Este trabalho será elaborado em três capítulos com sua conclusão
ao final do trabalho.
No primeiro capítulo apresenta-se o conceito e o objetivo do
Impairment Test, além de outros conceitos pertinentes ao assunto para melhor
entendimento do tema.
Já no segundo capítulo será abordado sobre a aplicação do Teste
de Impairment nos ativos da empresa, da sua necessidade e obrigatoriedade
para todas as empresas brasileiras
O terceiro capítulo refere-se ao reconhecimento do Impairment, ou
seja, do reconhecimento da perda de um ativo e da sua reversão se for o caso.
O trabalho será finalizado com a conclusão da pesquisa, onde será
visto a importância da aplicação do Impairment test nos ativos da empresa,
pois com esse procedimento que foi estabelecido através da convergência
contábil, é possível ter uma demonstração financeira mais real, mais confiável
ao usuário dessa informação.
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CAPÍTULO I
IMPAIRMENT TEST
CONCEITO
A expressão inglesa “Impairment” na sua tradução literal significa
“deterioração”, entretanto o conceito que a Norma Internacional de
Contabilidade traz não tem a ver com deterioração ou dano físico, e sim dano
econômico. É a redução de valores dos ativos assegurando que eles estejam
registrados contabilmente com valores mais próximo da realidade.
O Impairment Test, também conhecido como Redução ao valor
recuperável de ativos, é um procedimento que a empresa deve aplicar em seus
ativos para assegurar que eles não estejam registrados em sua contabilidade
por valor superior ao seu valor de recuperação. Conforme o Pronunciamento
técnico CPC 01 (R1) se um ativo estiver registrado contabilmente por valor que
exceda seu valor recuperável, ou seja, maior que seu valor de uso ou de
venda, ele estará sujeito ao Impairment Test. Isso quer dizer que o ativo
sofrerá um ajuste para perdas por desvalorização.
1.1 – Conceito de Ativos
Para melhor entendimento do tema abordado, faz-se necessário a
compreensão do significado contábil de ativos.
De forma simplificada, o ativo compreende os bens e os direitos de
uma empresa expressos em moeda. (Equipe de professores da FEA/USP,
2008)
12
Definido por Lopes e Martins (2005, p. 143) apud SZUSTER &
FERNANDES (2009), Ativos devem representar possíveis benefícios futuros
obtidos ou controlados por uma entidade como resultado de atividades
passadas ou eventos.
O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – CPC 00 no item 4.4
define ativo como:
Um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
Pode-se dizer então, que uma das características que identificam
um ativo é a expectativa de que futuros benefícios econômicos fluam para a
empresa, sendo essa característica primordial para que um ativo seja
reconhecido no balanço patrimonial.
Esses ativos que geralmente são empregados na atividade fim da
empresa, tendo o seu potencial em contribuir, tanto na produção de bens ou
prestação de serviços, atendendo as necessidades dos consumidores, serão
capazes de contribuir direta ou indiretamente para o fluxo de caixa da
entidade.
O item 4.11 esclarece que ativos não necessariamente precisam ter
forma física, como é o caso dos itens do ativo imobilizado, a forma física não é
essencial para classificar um item como ativo, como por exemplo, patentes e
os direitos autorais. O essencial é que eles sejam capazes de gerar fluxos de
caixas positivos.
O ativo é dividido em dois grupos: Ativo circulante e Ativo não
circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizados e intangível. Destaca-se no grupo do ativo não circulante, os
imobilizados e intangíveis, que periodicamente segundo § 3º no art. 183 da lei
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11.638, de 2009 deverão passar pela análise de redução dos valores
registrados, ou seja, o Impairment test.
1.1.1 – Ativo imobilizado
Segundo Iudícibus e outros (2010, pág. 220) os ativos incluídos no
grupo de ativo imobilizado são todos os ativos tangíveis ou corpóreos de
permanência duradoura, ou seja, que se espera usufruir por mais de um
período, destinado ao funcionamento da atividade fim da empresa. Alguns
exemplos de bens tangíveis classificados no imobilizado: terrenos e edifícios,
máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, instalações, veículos e etc.
A Norma da lei 6.404, de 1976 no art. 179 com nova redação dada
pela lei 11.638/2007 define:
IV – no ativo imobilizado: os diretos que tenham por objetivo bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
O Pronunciamento técnico CPC 27 define Ativo imobilizado como o
item tangível que é mantido para uso na produção ou fornecimento de bens ou
serviços, para aluguel a terceiros, ou para outros fins administrativos, e que se
espera utilizar por mais de um período. O imobilizado deve ser reconhecido
como ativo se, e apenas se for provável que futuros benefícios econômicos
sejam gerados para a empresa que o controla e que o seu custo possa ser
mensurado de forma confiável.
O reconhecimento inicial de um item do ativo imobilizado deve ser
apresentado no balanço pelo seu custo deduzido da depreciação acumulada e
menos a perda de valor recuperável.
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Apesar do Ativo imobilizado ter um Pronunciamento técnico próprio
que estabelece tratamento contábil para ele, no item 63 do CPC 27 é
enfatizado que a entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01
(R1) para determinar o seu valor recuperável.
Alguns termos relevantes do Pronunciamento técnico CPC 27:
• Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao
longo de sua vida útil.
• Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o
custo, menos o seu valor residual.
• Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria coma
venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo
já tivesse a idade e a condição esperada para o fim de sua vida útil.
• Vida útil é (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o
ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades
semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
1.1.2 – Ativo Intangível
Os ativos incorpóreos que antes eram classificados no imobilizado
agora deverão ser reconhecidos no ativo intangível, como assim determina a
lei 6.404/1976, com nova redação dada pela lei 11.638/2007, no seu art. 179:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive de comércio adquirido.
Segundo Almeida (2010, pág. 22) esse novo grupo de contas, na
realidade representa um desmembramento do ativo imobilizado, seguindo uma
tendência internacional. O FIPECAFI (2010, pág. 261) diz que com a
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convergência das normas internacionais, a lei 6.404/1976 nos abriga a utilizar
uma segregação de contas semelhantes àquelas que são usadas nos países
onde as novas regras internacionais de contabilidade já estão sendo utilizadas.
Definido pelo Pronunciamento técnico CPC 04, Ativo intangível é
um ativo não monetário identificável sem substância física. O reconhecimento
do ativo intangível segue a mesma regra do ativo imobilizado, que seja
provável que os benefícios econômicos futuros esperados fluam para a
empresa e que seu custo possa ser mensurado com confiabilidade. O
FIPECAFI (2010, pág. 262) afirma que três pontos devem ser analisados com
atenção em vista do reconhecimento de um ativo intangível: identificação,
controle e geração de benefícios econômicos futuros.
Almeida (2010, pág. 22) dá exemplos de ativos intangíveis
reforçando que a diferença entre o ativo imobilizado e intangível é a
inexistência de forma física. São eles: Marcas e patentes, direitos autorais,
fundo de comércio, direitos de concessão ou exploração de serviços e etc.
O Pronunciamento técnico CPC 04 que define o tratamento
contábil dos ativos intangíveis no seu item 111 também enfatizada o teste de
Impairment para avaliar o seu valor recuperável.
Termos importantes do Pronunciamento técnico CPC 04:
• Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo
intangível ao longo da sua vida útil.
• Valor amortizável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o
custo, menos o seu valor residual.
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1.1.3 – Ativos não contemplados pelo CPC 01
O Pronunciamento técnico CPC 01 diz que o Test de Impairment
deve ser aplicado na contabilização de ajuste para perdas por desvalorização
de todos os ativos do balanço com exceção de alguns ativos que o próprio
Pronunciamento técnico destaca e explica que, estes ativos em seus próprios
Pronunciamentos técnicos contêm a orientação para reconhecimento e
mensuração. São eles conforme item 2 do CPC 01:
ü Estoques (Pronunciamento Técnico CPC 16)
ü Ativos advindos de contratos de construção
(Pronunciamento Técnico CPC 17)
ü Ativos fiscais diferidos (Pronunciamento Técnico CPC 32)
ü Ativos advindos de planos de benefícios a empregados
(Pronunciamento Técnico CPC 33)
ü Propriedade para investimento que seja mensurada ao
valor justo (Pronunciamento Técnico CPC 28)
ü Ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que
sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de
venda (Pronunciamento Técnico CPC 29)
ü Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos
de direitos contratuais de companhia de seguros contidos
em contrato de seguro (Pronunciamento Técnico CPC 11)
ü Ativos não circulantes classificados como mantidos para
venda ou grupos de ativos disponíveis para venda
(Pronunciamento Técnico CPC 31)
ü Ativos financeiros disciplinados pelos Pronunciamentos
técnicos de Instrumentos financeiros (Pronunciamento
Técnico CPC 38 – Reconhecimento e Mensuração,
Pronunciamento Técnico CPC 39 – Apresentação,
Pronunciamento Técnico CPC 40 - Evidenciação)
17
1.2 – Objetivo do Impairment Test
O objetivo do Impairment Test é assegurar que o valor contábil
líquido de um ativo ou grupo de ativos (unidade geradora de caixa) de longo
prazo não seja superior ao seu valor recuperável. Conforme apresentado na
figura 1, para melhor compreensão, o Impairment consiste em comparar o
valor contábil líquido com o valor recuperável, onde o valor recuperável será o
maior valor entre o valor líquido de vendas e o valor em uso. O teste de
recuperabilidade, ou seja Impairment test “tem como finalidade apresentar de
forma mais conservadora o valor real dos ativos imobilizado e intangível. “
(Revista COAD, 2012, p.32)
Figura 1: Valor recuperável (Fonte: Ernst & Young e Fipecafi, pág. 348, 2009.)
Almeida (2010, pág. 78) lista os Ativos que estariam dentro do teste
de Recuperalidade (Impairment).
ü Terrenos;
ü Edificações;
ü Máquinas e Equipamentos;
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ü Investimentos em propriedades contabilizados ao custo
ü Ativos Intangíveis;
ü Ágio;
ü Investimentos em subsidiárias, em coligadas e
empreendimentos controlados em conjunto.
Torna-se pertinente a compreensão de alguns termos utilizados que
fazem referência ao Impairment Test (Redução ao valor recuperável de Ativos):
• Valor contábil é o valor pelo qual o ativo está reconhecido no balanço
deduzido da depreciação acumulada e das provisões para perda registrada
para esse ativo.
• Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que
devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
• Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de
uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas,
entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas
de venda.
• Valor recuperável de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior valor
entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
• Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes
interessadas, conhecedoras de negócio e independentes entre si.
• Perda por redução ao valor recuperável ou perda por desvalorização é o
montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de
caixa excede seu valor recuperável.
O Impairment Test (redução ao valor recuperável) obrigatório por
força da lei 11.638/2007, diz que se os ativos estiverem avaliados por valor
superior ao valor recuperável, a empresa deverá reduzir esses ativos ao seu
valor recuperável, reconhecendo no resultado a perda por desvalorização.
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1.3 – Unidade geradora de caixa (UGC)
O Pronunciamento técnico CPC 01 define Unidade geradora de
caixa como:
O menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou grupos de ativos.
De acordo com Ernst & Young (2009, pág. 351) o valor contábil
líquido de uma unidade geradora de caixa é identificado nas unidades
geradoras de caixa que sejam capazes de gerar fluxos de caixa largamente
independentes de outros ativos. É ressaltado que todos os ativos tenham
passado pelo teste de Impairment para identificação do valor contábil de uma
unidade geradora de caixa.
Na indicação de que um ativo possa estar desvalorizado o valor
recuperável deve ser estimado para o ativo individual. (CPC 01 R1, 2010) Nas
situações em que não se pode estimar o valor recuperável de um ativo
imobilizado, a empresa deve identificar uma unidade geradora de caixa à qual
o imobilizado pertença para estimar seu valor recuperável. (FIPECAFI, 2010)
O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o maior
entre valor líquido de venda e o seu valor de uso.
Existe ainda um grupo de ativo que é necessário destacar, que são
os chamados ativos corporativos. Ernst & Young diz que esses ativos são
incapazes de gerar montantes significativos de caixa de forma independente
de outros ativos, como por exemplo prédios administrativos, centrais de
tecnologia de informação e etc.... O Pronunciamento técnico CPC 01 define:
Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros tanto da unidade
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geradora de caixa sob revisão quando de outras unidades geradoras de caixa.
Ainda, segundo FIPECAFI (2010, pág. 237) os ativos corporativos
são caracterizados por não gerarem entradas de caixa sozinhos, ou seja,
independente de outros ativos ou grupos de ativos e por seu valor contábil não
poder ser alocado à unidade geradora de caixa em revisão. Segundo, o item
101 do CPC 01, pelo fato dos ativos corporativos não gerarem entradas de
caixa sozinhos, o valor recuperável não pode ser determinado, a não ser que a
administração decida se desfazer do ativo. Se houver indicação de
desvalorização de um ativo corporativo, o valor recuperável deve ser
determinado para a UGC à qual pertença e compara-lo ao valor contábil dessa
UGC. Para reconhecer a perda por desvalorização deve-se de acordo com o
item 104, reduzir o valor contábil do UGC a qual tenha sido atribuído o ativo
corporativo; para depois reduzir o valor contábil proporcionalmente de cada
unidade ou grupo de unidade geradora de caixa.
Almeida (2010, pág. 80) destaca alguns pontos relevantes na
observação de uma unidade geradora de caixa:
• É o menor nível identificável de um ativo ou grupo de ativos capazes de
gerar entradas de caixa representativas e independentes de outros ativos
ou grupo de ativos;
• O critério de agrupamento de ativos em UGCs deve ser consistente de
período a período.
• A UGC deve ser o menor agrupamento de ativos possíveis.
• Envolve julgamento;
• Depende também de como a administração gerencia o negócio.
21
1.4 – Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
O ágio é um tipo de ativo intangível. Ele ocorre quando o valor de
aquisição da participação societária é superior ao montante líquido dos ativos e
passivos da sociedade investida avaliado a valor justo. Ele é classificado no
grupo investimentos no balanço individual ou grupo intangível no balanço
consolidado. Por ser um ativo proveniente de uma combinação de negócios,
ele não é regido pelo Pronunciamento técnico CPC 04 (Ativos intangíveis) e
sim pelo CPC 15 (Combinação de negócios). O ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) é definido pelo Pronunciamento técnico CPC 01
como “um ativo que representa benefícios econômicos futuros advindos de
outros ativos adquiridos na combinação de negócios que não são identificados
individualmente e não são reconhecidos separadamente. ”
O Pronunciamento técnico CPC 15 diz que o ágio por expectativa de
rentabilidade futura deverá ser reconhecido pelo adquirente separadamente
dos ativos identificáveis adquiridos e que ele deve ser reconhecido na data da
aquisição e o seu valor conforme item 32 será a soma da contraprestação
transferida em troca do controle da adquirida, o montante de qualquer
participação de não controladores na adquirida e o valor justo na data da
aquisição no caso de combinação de negócios realizada em estágios menos o
valor líquido, na data de aquisição dos ativos identificáveis adquiridos.
Segundo Iudícibus e outros (pág. 263, 2010) conclui-se que intangíveis que
forem contabilizados individualmente devem ser contabilizados pelo custo
incorrido na operação.
O Pronunciamento técnico CPC 01 afirma que para fins do teste de
Impairment, o ágio adquirido de uma combinação de negócios, deverá a partir
da data de aquisição, ser alocado a cada uma das unidades ou grupos de
unidades geradoras de caixa. Anualmente e sempre que houver indicação de
que uma unidade geradora de caixa na qual tenha alocação de goodwill possa
22
estar desvalorizado, deve-se verificar a necessidade de redução ao valor
recuperável, ou seja o Impairmet test, comparando seu valor contábil com o
valor recuperável. Conforme o item 104 do CPC 01, uma perda por
desvalorização só deverá ser reconhecida “se, e somente se” o valor
recuperável da unidade for menor que o valor contábil da unidade. O CPC 01
determina como deve ser alocada a perda por desvalorização para reduzir o
valor contábil da UGC que recebeu alocação de goodwill: Primeiro reduzir o
valor contábil do goodwill; para depois reduzir o valor contábil
proporcionalmente de cada unidade ou grupo de unidade geradora de caixa.
No presente capítulo foi abordado acerca do conceito e objetivo do
Impairment test e conhecido os grupos que devem passar por ele, assim como
também os ativos que estão fora dessa obrigatoriedade. No capitulo a seguir
será abordado sobre a aplicação do Impairment test nos ativos da empresa e
da determinação do seu valor recuperável. Será mostrado também quais
empresas estão obrigadas a aplicar o teste de Impairment nos seus ativos e
quem deve realizar o teste.
23
CAPÍTULO II
APLICAÇÃO DO IMPAIRMET TEST
O teste de Impairment aplica-se a todos os ativos ou conjunto de
ativos relevantes da empresa. Esse teste visa assegurar que os ativos não
estejam registrados contabilmente por um valor superior a ser recuperado
futuramente, por uso nas operações da empresa ou pela sua eventual venda.
(IFRS no Brasil, pág. 190, 2011) Com base nas informações obtidas, a
empresa avaliará se o valor contábil é maior que seu valor recuperável, que
corresponde ao maior valor entre valor de venda ou valor em uso. Sabe-se que
sempre que houver indícios de perda de substância econômica do valor
recuperável dos ativos, ou pelo menos anualmente, o teste de Impairment
deve ser realizado.
2.1 – DETERMINAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL
Figura 2: Valor contábil x Valor recuperável (Fonte: Elaboração própria)
24
O Pronunciamento técnico CPC 01 define valor recuperável como o
maior valor entre valor líquido de venda e seu valor em uso. Sendo o valor
recuperável maior que o valor contábil, não haverá o que estimar, pois não
houve desvalorização. A figura 2 apresenta de forma dinâmica, que quando o
valor contábil for maior que o valor recuperável significa que houve
desvalorização e deverá ser realizado a estimativa para perdas do ativo, isto é,
o registro contábil da desvalorização do ativo. Quando ocorrer que, o valor
contábil estiver menor que o valor recuperável significa que não houve
desvalorização, logo não há o que estimar.
2.1.1 – VALOR LÍQUIDO DE VENDA
A Melhor evidência de um valor líquido de venda de ativos é obtida
através de um contrato de venda formalizada entre partes conhecedoras e
interessadas, menos as despesas atribuídas diretamente à venda. (Yamamoto
e outros, 2011) Caso não exista contrato formal, o valor líquido de venda
poderá ser obtido ser obtido a partir da negociação em um mercado ativo. Se
essas fontes não estiverem disponíveis, o valor líquido de venda deverá ser
baseado na melhor informação disponível para refletir o valor que a empresa
possa obter na data do balanço, para alienação do ativo em uma transação
entre partes conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas da baixa.
O CPC 01 dá exemplos dos tipos de despesas que devem ser
deduzidas ao se mensurar o valor líquido de venda. São os custos legais,
despesas com impostos, custos com remoção e transporte, comissões e
gastos incrementais para deixar o ativo em condição de venda. “Entretanto, as
despesas com demissão com empregados e as associações à redução ou
reorganização de um negócio em seguida à baixa de um ativo não são
despesas incrementais para baixa do ativo.” (CPC 01, item 28, 2010)
25
Segundo Iudícibus e outros (pág. 235, 2010) nas situações em que
não seja possível determinar o valor líquido de venda de um ativo, por não se
ter um mercado ativo e não ter uma base confiável de informação para estimar
o valor de venda, as vezes por ter características muito peculiar a uma
indústria, por exemplo, e por isso ter pouco potencial de negociação, o valor
em uso poderá representar o valor recuperável do ativo.
2.1.2 – VALOR EM USO
A determinação do valor em uso de uma unidade geradora de caixa
ou de um ativo é um processo complexo que envolve um nivel de julgamento
profissional enorme. (Ernst & Young, 2009) Por isso a identificação da unidade
geradora de caixa, de ativos corporativos e goodwill e da aplicação da taxa de
desconto devem ser realizados de maneira muito responsável de modo a não
prejudicar o valor justo de cada item.
O valor em uso conforme o CPC 01, no item 30 pode ser
determinado considerando os seguintes elementos:
(a) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo; (b) Expectativa acerca de possíveis variações no montante ou no período de ocorrência desses fluxos de caixa futuros; (c) Valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; (d) Preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo(prêmio); e (e) Outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa esperados da entidade, advindos do ativo.
Devem ser seguidos os seguintes passos para estimativa do valor
em uso conforme item 31 do CPC 01: “(a) estimar futuras entradas e saídas de
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caixa decorrentes do uso contínuo do ativo e da sua baixa; (b) aplicar taxa de
desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros. ”
Iudícibus e outros (pág. 235, 2010) diz que em alguns casos seja
mais comum a utilização do valor em uso como parâmetro para se obter o
valor recuperável, visto que um ativo com características muito peculiar a
atividade de uma empresa não encontre um mercado ativo para negociação.
Pode ser que o ativo tenha maior rentabilidade para a empresa no seu uso do
que pela venda.
2.1.3 – TAXA DE DESCONTO
A taxa de desconto deve ser antes uma taxa de impostos sobre a
renda, que reflita o valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo.
Ela dever ser compatível com o retorno que os investidores escolheriam para
obter o retorno esperado de um investimento, levando em conta época, valores
e riscos equivalentes aos do ativo em avaliação. (Ernst & Young, 2009)
O WACC - Weighted Average Cost or Capital ( custo médio
ponderado de capital) é uma taxa recomendada utilizada como ponto de
partida para cálculo inicial da taxa de desconto e geralmente aceita no
mercado. (Ernst & Young, 2009)
Quando uma taxa não estiver disponivel no mecado, a empresa
deverá, segundo o Pronunciamento técnico CPC 01, usar outras variantes para
calcular a taxa de desconto adequada.
2.2 – APLICAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST
27
O Impairment test deve ser aplicado sempre que houver indícios
de perdas de substância ecônomica do valor recuperável dos ativos
imobilizados e no mínimo anualmente para os ativos intangíveis, efetuando o
cálculo do valor recuperável para os ativos imobilizados, ativos intangíveis de
vida útil indefinida, ativos intangíveis ainda não colocados em uso e o goodwill.
Segundo Yamamoto e outros (2011, pág,176) a avaliação de um
ativo pode sofrer mudanças significativas ao longo de sua vida útil, e por esse
motivo a empresa deve avaliar alguns pontos para mensurar um ativo.
Informações como valor de mercado, mudanças significativas no ambiente
tecnológico, taxas de juros e outros devem ser utilizadas quanto a análise para
mensuração. O Pronunciamento técnico CPC 01 apresenta uma lista de fontes
internas e externas para que seja considerada, caso haja indicação que um
ativo possa estar desvalorizado.
Lista de indicadores apresentada por Almeida (2010, pág. 79) de
forma mais simplificada:
Como fonte externa de informação:
• Declínio do valor de mercado;
• Reflexos de mudanças tecnológicas, legislação, mercado e economia;
• Aumento de taxas de juros;
• Valor da ação da empresa abaixo do valor patrimônio líquido da empresa.
Como fonte interna de informação:
• Obsolescência;
• Reestruturação ou venda parcial de um ativo;
• Performance econômica pior do que o esperado.
28
Ernst & Young (pág. 340, 2009) lista outros fatores que podem
indicar que um ativo esteja desvalorizado, São eles:
• Redução da vida útil do ativo;
• Despesa de capital acima do planejado para desenvolvimento do ativo;
• Gastos com manutenção acima do esperado;
• O ativo vem operando com capacidade ociosa;
• Aumento de concorrência, entre outros fatores,
A empresa deve avaliar, ao fim de cada exercício social, se há
alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, devendo
ser observadas as fontes que indicam que essa perda possa ter ocorrido. Caso
haja alguma indicação dessa perda, a empresa deverá formalizar uma
estimativa de valor recuperável. Assim determina o Pronunciamento técnico
CPC 01 a partir do item 8 ao 17.
Os ativos intangíveis com vida útil indefinida ou o intangível ainda
não disponível para uso devem passar pelo teste de Impairment, ou seja o
teste de recuperabilidade, no mínimo, uma vez por ano, independente de
existir ou não indicação de desvalorização, o teste poderá ser efetuado a
qualquer momento, inclusive fora da data do balanço, mas sempre repetido na
mesma época do ano. Também o ágio pago por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) pode ser testado em diferentes períodos.
A lei 11.638 de 2007 no art. 183 diz:
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou
29
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
A empresa deverá avaliar e documentar a existência ou não de
indicativos de impairment ao fim de cada exercício social ou período contábil,
considerando os os fatores internos e externos que indicão que um ativo possa
ter sofrido desvalorição. (Ernst & Young, 2009)
2.2.1 – EMPRESAS OBRIGADAS A APLICAÇÃO DO
IMPAIRMENT TEST
Desde 2008 o test de Impairment vem sendo aplicado em todas as
empresas brasileiras, sendo uma exigência tanto para as empresas abertas
quanto para as empresas fechadas de grande porte. A lei 11.638/2007 estende
para as sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sobre a forma
de sociedades anônimas de capital aberto, as regras da lei 6.404/1976 que
foram alteradas pela referida lei, e o Test de Impairment é uma dessas
obrigaçãoes. (KPMG, 2008) A resolução do CFC 1.315/2010
O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, buscada há anos, passou a ser legalmente determinada, a partir da edição da lei nº 11.638/07, às companhias abertas e estendido as demais empresas brasileiras...
“...e estendido as demais empresas brasileiras...” Isto quer dizer
que as empresas de pequeno e médio porte também estão dentro dessa
obrigatoriedade, por esse motivo foi emitida em dezembro de 2009 pelo
Comitê de Pronunciamento Contábeis um pronunciamento técnico de
aplicação específica para essas empresas denominado: Pronunciamento
Técnico PME, Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, que
estabelece procedimentos específicos para tais empresas.
30
A comissão de valores mobiliários (CVM) aprovou através da
deliberação CVM nº 639 de 07 de outubro de 2010, o Pronunciamento técnico
CPC 01(R1) tornando obrigatório, para as empresas abertas. O teste de
Impairment que vem sendo aplicado aos exercícios encerrados desde
dezembro de 2010, quando as demonstrações financeiras de 2009 também
foram divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2010 para fins de
comparação para os usuários dessa informação.
2.2.2 - QUEM DEVE REALIZAR O IMPAIRMENT?
O teste de Impairment (ou de recuperabilidade) pode ser feito
diretamente por profissionais da própria empresa, como também pode ser
realizado por empresas terceirizadas, como por exemplo empresas de
consultoria especializadas no assunto. Não existem normativas nas IFRS que
exijam a realização obrigatória de laudos externos na análise do Impairment.
Entretanto, por forças de circunstâncias específicas, é razoável a existência de
documentação sobre o procedimento de realização desse teste, mesmo que
realizado internamente. (FIPECAFI – perguntas e respostas) Um exemplo de
contratação de terceiros para realização do teste do Impairment seria no caso
da avaliação de imóveis, onde corretores especializados atestariam o valor
líquido de venda do imóvel de forma compatível com o mercado, uma vez que
possuem bancos de dados e preços mais completos, fornecendo assim um
documento que seria o laudo para comprovação do teste.
No próximo capítulo será abordado sobre a perda por Impairment
test, isto é, quando o ativo sofre uma perda de valor ecônomico pelo fato de
seu valor recuperável estar bem abaixo do valor contábil. Será visto também a
reversão da perda por desvalorização quando essa perda não mais existir ou
tiver diminuído.
31
CAPÍTULO III
RECONHECIMENTO DO IMPAIRMENT
Conforme já abordado nos capítulos anteriores a perda por
desvalorização de um ativo deve ser reconhecida, quando seu valor
recuperável for menor que o valor contábil. É o que afirma o CPC 01 no item
59: “Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor
contábil, o valor contábil deve ser reduzido o seu valor recuperável. Essa
redução representa uma perda por desvalorização do ativo.”
A perda por desvalorização deve ser reconhecida imediatamente na
demonstração de resultado de exercício, caso haja algum ativo reavaliado, a
desvalorização deste deve ser diminuída do saldo da reavaliação e essa perda
deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes (na reserva de
avaliação). (CPC 01, item 60 e 61)
3.1 – RECONHECIMENTO DO IMPAIRMENT
O Reconhecimento do Impairment acontece quando o valor
recuperável do ativo é menor que o valor contábil, ou seja, o valor contábil do
ativo está registrado com valor superior ao que ele realmente vale.
Segundo Iudícibus e outros (2010, pág. 234) caso o valor contábil
do ativo seja superior ao seu valor recuperável, a empresa deverá reduzir o
ativo a esse valor através da conta credora “perdas estimadas por redução ao
valor recuperável” devendo calcular também a depreciação acumulada e da
mesma forma reduzir o ativo através da conta redutora do ativo “depreciação
acumulada”, reconhecendo a perda referente à parcela não recuperável no
resultado do período. A baixa por perda do valor não recuperável desses ativos
32
deve ser reconhecida de forma direta para o resultado, a crédito da conta
redutora “perdas estimadas por redução ao valor recuperável”.
A perda por impairment deve ser classificada como resultado
operacional. É o que afirma Ernst & Young (2009, pág. 354) visto que o IASB
(International Accounting Standard Board) não reconhece essa classificação
de despesa não operacional em suas normas, já que o impairment é referente
a ativos que estão em uso normal relacionado à atividade da empresa.
Segundo Ernst & Young, esse problema na classificação de despesa
operacional ou não operacional é devido a intromissão fiscal no modelo
contábil brasileiro que gerou essa cultura errônea na escrituração dos registros
contabéis.
A Revista de contabilidade de mestrado da UERJ (v.15, 2010)
publicou que com a regulamentação da Instrução normativa da RFB nº
949/2009, que instituiu um programa destinado às pessoas jurídicas sujeitas
ao lucro real e ao RTT, tendo como objetivo reverter os efeitos tributários
oriundos de lançamentos contábeis que modifiquem o resultado, atendendo as
alterações da lei 11.638/2007, que fica claro que a partir desse
posicionamento, não será admitido que as perdas por impairment
reconhecidas no resultado do período ocasionem qualquer efeito na base de
calculo fiscal.
Instrução normativa da RFB nº 949/2009:
Art. 2º As alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts.37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escrituração contábil, para apuração do lucro líquido do exercício definido no art. 191 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.
33
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com base na competência regulamentar conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, e pelos demais órgãos reguladores que visem alinhar a legislação específica com os padrões internacionais de contabilidade.
A figura abaixo, extraída da revista de contabilidade de mestrado da
UERJ, ilustra de maneira simples a aplicação, o reconhecimento e a reversão
do Impairment test.
Figura 3: Representação do Impairment Test (Fonte: Revista de Contabilidade do
Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ)
3.1.1 – LANÇAMENTO CONTÁBIL PARA RECONHECIMENTO
DO IMPAIRMENT
Para melhor entendimento do reconhecimento do Valor Recuperável
dos Ativos, realizamos a análise da figura 3 através do exemplo a seguir:
Exemplo 1:
34
Uma entidade possui em seu balanço patrimonial, na data-base de
31/12/X1, R$ 100.000 referente ao custo do seu imobilizado e R$ 30.000 de
depreciação acumulada. A alta administração da empresa contratou uma
empresa especializada para mencionar o valor recuperável deste ativo,
levando em consideração o valor líquido de venda e o valor em uso, conforme
prevê o CPC 01. A empresa contratada chegou à conclusão que o imobilizado
gerará de caixa R$ 55.000 (valor em uso). No entanto, o valor de venda
deduzido dos custos da mercadoria vendida trará de retorno R$ 48.000.
1) Sabe-se que o valor contábil é o valor de custo menos a depreciação
acumulada, logo R$ 100.000 - R$ 30.000 que é igual a R$ 70.000.
2) Deve-se analisar se o valor recuperável é menor que o valor
contábil, pois sendo menor o valor recuperável a perda por
Impairment deverá ser registrada, conforme demonstra a figura 3.
Observe que tanto o valor de venda quanto o valor em uso são
menores que o valor contábil, isso significa que a empresa não
recuperará o valor investido inicialmente, ocorrendo assim o
Impairment (redução do valor do ativo).
3) Deve-se avaliar tanto o valor recuperável de venda quanto o valor em
uso, porque a perda será reconhecida através da diferença entre o
valor contábil e o maior valor recuperável. Depois de comparado o
maior valor recuperável, este valor será utilizado como base para
apuração do Impairment. No caso deste exemplo o maior valor é o
valor em uso de R$ 55.000. A figura 3 mostra que o reconhecimento
da perda se dá através da diferença entre o valor contábil e o valor
recuperável, como o lançamento contábil a abaixo:
Valor contábil líquido do imobilizado R$ 70.000
Maior valor => valor em uso R$ 55.000
Diferença entre valor contábil e valor recuperável: R$ 15.000
35
D – Perda por desvalorização R$ 15.000
(Resultado do período)
C - Perdas estimadas por redução ao valor recuperável R$ 15.000
(Redutora do ativo imobilizado)
4) A posição final do Imobilizado será:
Custo R$ 100.000
Depreciação Acumulada (R$ 30.000)
Provisão para Perda (R$ 15.000)
R$ 55.000
5) A figura também nos mostra a importância do ajuste da depreciação
do ativo conforme o tempo de vida útil e a taxa de depreciação, após
o reconhecimento do Impairment Test. (CPC 27)
3.2 – REVERSÃO DO IMPAIRMENT
De acordo com o Pronunciamento técnico CPC 01, a empresa deve
avaliar, ao término de cada período, se existe alguma indicação de que a perda
por desvalorização de um ativo, reconhecida em períodos anteriores, com
exceção de ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não
mais existir ou ter diminuido. Constatado de que a perda por desvalorização
não mais exista ou tenha diminuido, deve-se considerar algumas indicações de
fontes internas e externas de informação listada no item 111.
O Iudícibus e outros (pág. 237, 2010) dá alguns exemplos desses
indícios: O valor de mercado do ativo aumentou significativamente durante o
período; Existe evidência nas análises internas que inica que o desempenho
econômico do atvio é ou será melhor do que o esperado.
36
Havendo a indicação de que a perda por desvalorização possa não
mais existir ou ter diminuído, é razoável que a vida útil remanescente, o
método de depreciação, amortização, exaustão e valor residual sejam
revisados e ajustados conforme pronunciamentos aplicável ao ativo. (CPC 01,
item 113)
O Pronunciamento técnico CPC 01 no item 115 diz que: “A reversão
de perda por desvalorização reflete um aumento no petencial de serviços
estimados de um ativo, ou pelo uso ou pela venda, desde a data em que a
entidade reconheceu pela última vez uma perda por desvalorização.” Iudícibus
e outros (pág. 237,2010) afirma que a reversão da perda do ativo demonstra a
capacidade do retorno de geração de benefícios econômicos futuros, seja pelo
seu valor líquido de venda ou valor em uso.
A reversão do Impairment deve ser reconhecida imediatamente no
resultado do período, a menos que o ativo esteja reavaliado, a reversão de
perda deve ser reconhecida em outros resultados abrangentes, conforme
pronunciamento de que tratar tal ativo. (CPC 01, item 119 e 120)
Deve-se observar que o aumento do valor contábil devido a reversão
do Impairment não deve ultrapassar o valor contábil que estaria registrado no
balanço, caso nenhuma perda tivesse sido reconhecida em períodos
anteriores. (Iudícibus e outros,2010)
3.2.1 – LANÇAMENTO CONTÁBIL PARA REVERSÃO DO
IMPAIRMENT
Vejamos um exemplo prático para melhor entendimento de como
acontece a reversão por impairment:
Exemplo 2
37
Com base no exemplo 1, suponhamos que em 31/12/X2, a empresa
efetuou novo estudo de Recuperabilidade, na qual apurou um aumento de
R$10.000 do valor recuperável.
1) Neste caso, será efetuada a reversão de parte da perda
contabilizada. Ocasionando o aumento do ativo. O lançamento
contábil será:
D - Perdas estimadas por redução ao valor recuperável R$ 10.000
(Redutora do ativo imobilizado)
C – Perda por desvalorização R$ 10.000
(Resultado do período)
Fica claro a importância da aplicação do Impairment test nos ativos
relevante da empresa, uma vez que a utilização desse procedimento faz com
que a valoração desse ativo esteja retradada de forma mais próxima da
realidade.
38
CONCLUSÃO
Conforme já discorrido no presente trabalho, o processo de
convergência das normas internacionais de contabilidade foi um avanço muito
importante na contabilidade brasileira, onde o conceito de contabilidade estava
arraigada simplesmemte na “forma” e não se abria para enxergar a “essência”
dos fatos. Devido a esse processo, a contabilidade brasileira tem caminhado
para uma demonstração financeira mais limpa, ou seja, fornecendo uma
informação útil e relevante, mostrando números mais confiáveis ao usuário
dessa informação.
O Pronunciamento técnico CPC 01 que trata do Impairment test
(Redução ao valor recuperável de ativos) é um procedimento importante que
faz parte desse processo de internacionalização da contabilidade brasileira,
porque ele estabelece critérios para análise dos ativos da empresa, de modo a
verificar a valoração desses ativos, levando-os ao mais próxima da realidade,
evitando que balanços sejam maquiados com equipamentos, por exemplo, que
não retratam o que realmente valem. Este pronunciamento estabelece
procedimentos para que a informação contábil chegue ao padrão esperado
pelo mercado internacional.
Conforme Ernst & Young, a norma sobre Impairment test acaba por
clarificar e estabelecer uma metodologia de execução de testes de
recuperabilidade que deve ser aplicada a todos os ativos, exceto aqueles
ativos que possuam pronunciamento específicos.
Apenas com a depreciação dos ativos não ficaria claro a
desvalorização, já que seu objetivo não é estimar valor do bem, pelo seu uso
ou pela sua venda, e sim o desgate do ativo pelo seu tempo de uso. Por isso
aplicação do Impairment test é necessária, para que se chegue ao resultado
esperado, que seria a verificar a desvalorização do ativo, se for o caso.
39
Por fim, fica evidenciado neste trabalho que a aplicação do
Impairmente test nos ativos da empresa, traz maior clareza as demonstrações
financeiras, pois o real valor dos ativos é o que fica evidenciado nas
demonstrações.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - Pronunciamento Técnico
CPC PME - Contabilidade Para Pequenas e Médias Empresas, 2009.
NUNES, Gabriela. Adoção do CPC 01 nas Demonstrações Financeiras
auditadas pelas Big Four. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
SUL, Porto Alegre, 2010.
PEREIRA, L. M. Sanabio. Teste de Recuperabilidade de Ativos: análise da
conformidade com requisitos de divulgação da IAS 36 e CPC 01(R1).
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, Belo Horizonte,
2011.
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social do século XXI. UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – AVM, Rio de
janeiro, 2011.
TEIXEIRA; NASIMBEM; GUIDASTRE; SOUZA. Impairment Test – Panificadora
2 M Ltda. CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM,
Lins, 2013.
BIBLIOGRAFIA CITADA
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São Paulo: Atlas, 2010.
ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2010.
CONGRESSO NACIONAL. Lei 6.404. Brasília – DF, 1976.
41
CONGRESSO NACIONAL. Lei 11.638. Brasília – DF, 2007.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - Deliberação CVM n°639, 2010.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – Pronunciamento
Conceitual Básico CPC 00 (R1) – Estrutura conceitual para elaboração e
divulgação de relatório Contábil-financeiro, 2011.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – Pronunciamento Técnico
CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, 2010.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – Pronunciamento Técnico
CPC 04 – Ativo Intangível, 2010.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – Pronunciamento Técnico
CPC 15 – Combinação de Negócios, 2011.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – Pronunciamento Técnico
CPC 27 – Ativo Imobilizado, 2009.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - Resolução CFC 1.055, 2005.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - Resolução CFC 1.292, 2010.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - Resolução CFC 1.315, 2010.
Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória, 10ª edição,
São Paulo: Atlas, 2008.
ERNEST & YONG. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS
versus Normas Brasileiras. FIPECAFI. São Paulo: Atlas, 2009.
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IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE; Ernesto; SANTOS;
Ariovaldo. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo: Atlas,
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Acessado: 28/06/2014.
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
IMPAIRMENT TEST 11
1.1 – Conceito de Ativo 11
1.1.1 – Ativo Imobilizado 13
1.1.2 – Ativo Intangível 14
1.1.3 – Ativos não contemplados pelo CPC 01 16
1.2 – Objetivo do Impairment test 17
1.3 – Unidade geradora de caixa 19
1.4 – Ágio por expectativa de renda futura 21
CAPÍTULO II
APLICAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST 23
2.1– Determinação do valor recuperável 23
2.1.1 – Valor líquido de venda 24
2.1.2 – Valor em uso 25
2.1.3 – Taxa de desconto 26
2.2 – Aplicação do Impairment test 26
2.2.1 – Empresas obrigadas ao Impairment 29
2.2.2 – Quem deve realizar o Impairment 30
45
CAPÍTULO III
RECONHECIMENTO DO IMPAIRMENT 31
3.1– Reconhecimento do Impairment 31
3.1.1 – Lançamento contábil 33
3.2 – Reversão do Impairment 35
3.2.1 – Lançamento contábil 36
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 40
WEBGRAFIA 42
ÍNDICE 44