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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Por: Renata Noeli Chagas Mota Orientador Prof. Úrsula Gomes Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Por: Renata Noeli Chagas Mota

Orientador

Prof. Úrsula Gomes

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO GERENCIAMENTO

DE PROJETOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gerenciamento de projetos

Por Renata Noeli Chagas Mota

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AGRADECIMENTOS

...à Deus, aos amigos e familiares......

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DEDICATÓRIA

...dedica-se a mãe, irmão e amigos......

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RESUMO

Uma organização, na definição de Gill e Adams (1998: 122), é um

grupo de grande dimensão, que possui um propósito definido e requer

elementos com competências diferentes. As organizações e os grupos

mantêm-se enquanto os seus membros cooperam e se coordenam,

comunicando, para atingir os objetivos dessas organizações ou grupos. Grupos

e organizações, contudo, estão em constante evolução, acompanhando a

contínua reorganização e reorientação dos seus membros. Este processo,

contudo, tende a desenvolver-se ao nível superficial, não afetando os alicerces

da estrutura (quando os afeta, a organização desmorona-se).

A informação e os processos de comunicação sempre estiveram

presentes na evolução das estratégias empresariais e na própria evolução das

organizações. Por isso, hoje, muito mais do que em épocas passadas, torna-se

necessário entender a complexidade que envolve a informação e os processos

comunicacionais na gestão de projetos das organizações. Afinal, vivemos

numa era de ritmo acelerado de transformações e contextos cada vez mais

complexos, onde as organizações precisam buscar novas lógicas de gestão

para enfrentar a competitividade.

A informação e a comunicação têm, cada vez mais, assumido um papel

importante na prática de gestão empresarial no mundo globalizado. O chamado

campo de estudo da comunicação empresarial tem sido, nas últimas décadas,

a área de fundamentação teórico-conceitual e de desenvolvimento de práticas

comunicacionais que permite às empresas desenvolverem suas estratégias de

negócios.

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METODOLOGIA

O trabalho será realizado a partir de revisão bibliográfica realizada em

livros, revistas, artigos científicos, monografias, dissertações e teses.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 08

CAPÍTULO I - O conceito e o desenvolvimento da comunicação.................... 10

CAPÍTULO II - Comunicação em ambientes corporativos............................... 24

CAPÍTULO III - Gestão de projetos.................................................................. 30

CONCLUSÃO................................................................................................... 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................... 41

ÍNDICE.............................................................................................................. 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................... 46

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INTRODUÇÃO

O clima organizacional reflete o universo da empresa, os tipos de

pessoas que a organização atrai, seus processos de trabalho e layout físico, as

modalidades de comunicação e o exercício da autoridade dentro do sistema.

Assim como a sociedade tem uma herança cultural, as organizações sociais

possuem padrões distintos de sentimentos e crenças coletivas, que são

transmitidos a equipe.

De maneira geral, Ferreira (1996) identifica no processo de

comunicação os seguintes elementos básicos: emissor; receptor; mensagem;

canal; codificação / decodificação; feedback. Como observa Muchielli (1993), a

comunicação está presente na literatura organizacional com a mesma

importância que a gestão da produção, a gestão financeira, gestão de projetos

ou a gestão de recursos humanos, etc.

Para Arantes (1998), a comunicação é a base para a sobrevivência, o

crescimento e a continuidade das organizações. Somente por meio de

processo de comunicação eficaz é possível que as atividades distribuídas entre

os vários colaboradores que integram uma organização atinjam os objetivos

planejados. Quando a comunicação se realiza por meio de uma linguagem

falada ou escrita, denomina-se comunicação verbal. As outras formas de

comunicação que recorrem a sistemas de sinais não-linguísticos, como gestos,

expressões faciais, imagens, etc., são denominadas comunicação não-verbal.

Alguns ramos da comunicação são: a teoria da informação,

comunicação intrapessoal, comunicação interpessoal, marketing, publicidade,

propaganda, relações públicas, análise do discurso, telecomunicações e

Jornalismo. A comunicação pode ser a área de conhecimento mais importante

na gestão de projetos. É nela que o gerente dedica 90% dos seus esforços,

segundo o PMI – Project Management Institut. Sendo assim, se faz necessária

máxima atenção por parte desse profissional e de todos os envolvidos.

A habilidade em lidar com pessoas também é imprescindível para um

gerente de projetos. Estar atento ao atendimento das necessidades e

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expectativas das partes interessadas é fundamental para o sucesso do projeto.

Um projeto pode se transformar em um grande problema quando a empresa

contratada não se comunica corretamente com seu cliente, ou quando essa

comunicação é ineficiente.

O guia PMBOK foi estrategicamente alterado em sua 5ª edição,

melhorando a disposição dos processos relativos às áreas da comunicação. O

processo de gerenciar as comunicações é uma fusão entre distribuir as

informações e reportar o desempenho. Essa otimização proporcionou que a

comunicação se torne mais eficiente, já que nos dias atuais não podemos

perder tempo, uma vez que as informações correm em uma velocidade como

nunca visto antes.

Existem processos no gerenciamento de projeto que são necessários

para garantir que as informações sejam planejadas, coletadas, criadas,

distribuídas, armazenadas, recuperadas, gerenciadas, controladas,

monitoradas e dispostas de maneira oportuna e apropriada (PMBOK). O

presente estudo tem como situação problema a mediação de conflitos gerados

pela falta de comunicação que afetam a conclusão eficaz e eficiente do projeto.

A pesquisa inerente a esta abordagem se justifica a partir da

experiência vivida no ambiente de uma empresa de grande porte, onde os

conflitos são frequentes e podem afetar as questões profissionais e pessoais

no que diz respeito a desempenho, stress, qualidade de vida no trabalho.

Assim, o objetivo deste estudo, é demonstrar a importância da

comunicação no gerenciamento de projetos e minimizar os conflitos entre

equipes que trabalham sob pressão para apresentação de melhores

resultados. A metodologia do trabalho orientou-se pela abordagem histórica do

processo de comunicação, pesquisa qualitativa juntamente com uma revisão

bibliográfica.

A monografia será desenvolvida em três capítulos sequenciais. O

primeiro capítulo apresenta um enfoque sobre comunicação de forma geral,

demonstrando-se alguns conceitos básicos. O segundo capítulo enfoca a

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comunicação em ambientes corporativos, causas e efeitos. O terceiro capítulo

enfoca gestão de projetos.

CAPÍTULO I

O CONCEITO E O DESENVOLVIMENTO DA

COMUNICAÇÃO

Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital,

sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e

desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na transmissão de

informação entre um emissor e um receptor que descodifica uma determinada

mensagem. A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que

podem ser gestos, sons, uma língua natural (português, inglês, espanhol, etc.),

ou outros códigos que possuem um significado (por exemplo, libras), e

transportada até o destinatário através de um canal de comunicação.

Nesse processo podem ser identificados os seguintes elementos:

emissor, receptor, código (sistema de sinais) e canal de comunicação. A

comunicação tem sido amplamente valorizada nas organizações em função da

produtividade e da qualidade democratizando as estruturas e processos.

Porém, ainda encontramos algumas estruturas rígidas e autoritárias, com isso

a comunicação tem ganho espaço para o êxito na organização.

Nos novos tempos, os gestores têm a necessidade de interagir entre

eles e com sua equipe, pois cada um traz consigo seus próprios

conhecimentos, experiências, visão de mercado, missão, possibilitando assim

uma comunicação eficaz e eficiente para o sucesso de um projeto.

Segundo o autor Gustavo Gomes de Matos do livro Comunicação

empresarial sem complicação (2009) enfatiza o problema da comunicação nas

organizações, como um dos principais responsáveis pela maioria de alguns

erros, tais como: operacionais, erros na gestão empresarial e conflitos

interpessoais.

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1.1. A evolução da comunicação

No ano de 40.000 A.C., a arte rupestre foi a comunicação utilizada e é o

nome dada a gravuras presentes em grutas e cavernas onde o homem

expunha principalmente, as suas caçadas e conquistas. Esta seria uma forma

de manifestação simbólica, mas também um modo de assegurar a

sobrevivência das futuras gerações.

Figura 1 – Arte rupestre

Fonte: http://cafedefita.blogspot.com.br/2012/05/curiosidades-arte-rupestre.html/, Patrícia

Araújo (2012)

Após a invenção da escrita, os egípcios desenvolveram a técnica de

produzir folhas de papiro a partir da planta de papiro no ano de 2500 A.C. A

folha de papiro era obtida utilizando a parte interna, branca e porosa do caule

do papiro. As folhas de papiro eram utilizadas com o intuito de manter um

registo permanente de informação a reter para futuras gerações.

Figura 2 – Papiro

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Biblioteca Apostólica Vaticana (2008)

O Correio é um meio de comunicação que começou, ainda no Antigo

Egito (2400 anos A.C.), por permitir aos Faraós o envio de cartas ou

documentos por toda a extensão do seu Império. Essas cartas eram expedidas

pelos seus mensageiros que realizavam diariamente dezenas de quilómetros,

de modo a permitir a entrega ao destinatário sem muita demora.

Figura 3 – Correio

JORGE AMERICANO, 1898-1902, BRUNO,1981

Hoje em dia, com o apoio de gigantescas frotas de navios e aviões, o

envio de cartas, documentos ou qualquer outro tipo de mercadoria são

enviados por todo o globo a uma velocidade impressionante.

O telégrafo consiste num instrumento criado com o objetivo de transmitir

mensagens a longas distâncias. Esta foi uma forma utilizada para transmitir a

outras povoações, terras ou províncias a vitória numa batalha ou a declaração

de guerra a uma delas, por exemplo. O telégrafo de tochas tinha como principal

objetivo o envio de mensagens codificadas por emissão de luz proveniente de

tochas. Foi utilizado pela primeira vez para a transmissão aos povos

circundantes que Troia tinha sido derrotada pelo povo Espartano em meados

do século 1300 A.C.

O telégrafo de tambores era utilizado principalmente para o envio de

mensagens utilizando tambores. Estes tinham uma caixa-de-ressonância que

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permitia propagar o som a longas distâncias. Este meio de comunicação com

data de nascimento incerta, por volta do ano 529 A.C., era utilizado para

transmissão de mensagens codificadas entre povoações vizinhas.

O telégrafo de fumo teve como objetivo primordial a transmissão de

mensagens utilizando sinais de fumo. Essa informação depois de recebida pelo

destinatário era interpretada e descodificada para posterior leitura e análise.

Este foi um dos meios mais utilizado no século II pelo povo romano para

transmitir mensagens entre o seu gigantesco império.

O jornal é uma publicação que contém notícias e artigos, normalmente

impressa em papel de custo relativamente baixo. Embora no ano 713 tenha

sido publicado um manuscrito em Pequim que dava os primeiros passos numa

indústria de tanto sucesso nos anos vindouros, o termo só se tornou comum no

século XVII.

Figura 4 – Jornais

Fonte: http://atl.clicrbs.com.br/txt/2015/03/11/ate-onde-vai-o-jornal-impresso-pelo-ouvinte-

eduardo-castilhos/, Luan Santos (2015)

Hoje em dia, a venda e impressão de jornais atinge diariamente novos

mínimos devido ao forte impacto de indústrias emergentes como a televisão e a

internet. O telégrafo elétrico foi inventado por Samuel Morse, célebre inventor e

pintor do século XIX pelo trabalho no campo das telecomunicações. Samuel

Morse, inventor do código Morse, criou este código de modo a permitir o envio

de mensagens codificadas a longas distâncias utilizando apenas som.

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Figura 5 – Telégrafo

Fonte: http://sorocaba.cidadeinterativa3d.com.br/galeria-2/galeria-estrada-de-ferro-

sorocabana/, Hérico J. Rechi (2014)

A descoberta deste meio de comunicação permitiu um vislumbre

esperançoso no futuro das telecomunicações. Este instrumento ainda hoje é

utilizado em navios, submarinos e aviões, por exemplo.

A criação do rádio foi atribuída a Nikola Tesla que, no final do século

XIX, desenvolveu a tecnologia que possibilita a transmissão de ondas de rádio.

Estas ondas são refratadas na camada mais baixa da atmosfera, a troposfera,

a mais indicada para a transmissão de ondas eletromagnéticas.

Figura 6 – Radio

Fonte: http://thenextweb.com/media/2012/10/19/talksport-to-radio-broadcast-english-premier-

league-games-directly-on-twitter-but-only-outside-europe/, Paul Sawers (2012)

No século XX, o rádio impõe-se como um meio de comunicação muito

importante nas comunicações a longa distância. Com a construção de

infraestruturas capazes de transmitir ondas eletromagnéticas a nível mundial,

este é, atualmente, um dos meios de comunicação mais utilizados.

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Apesar de existir alguma controvérsia em torno da questão de quem

inventou o primeiro telefone, Antonio Meucci foi segundo o congresso dos EUA,

o "verdadeiro" inventor do telefone. Esta polémica deve-se ao fato de Meucci

ter vendido, em 1870, a patente da sua criação a Alexander Graham Bell,

considerado por muitos o verdadeiro inventor.

Este dispositivo foi apelidado por Meucci por "telégrafo falante" porque,

apesar de ser baseado no mesmo princípio do telégrafo, este, ao contrário do

telégrafo, permite o envio de voz a longas distâncias.

Figura 7 – Telefone

Fonte: https://dirceurabelo.wordpress.com/2010/09/24/la-vem-o-correio-sem-mala/,

Dirceu Rabelo (2010)

A televisão é um sistema de recepção de imagens e som desenhado

para transmitir informação a qualquer ponto do globo sem perda de informação

e qualidade. Este dispositivo funciona a partir da conversão de som e luz em

ondas eletromagnéticas que, posteriormente, serão transmitidas para outro

receptor.

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Figura 8 - Televisão

Fonte: http://tecnolcomunic.blogspot.com.br/2010/10/novas-tecnologias-velhas-reflexoes.html,

Johnny Nogueira dos Santos (2010)

A Internet é definida como uma rede que reúne todos os dispositivos

ligados a esta. Este mecanismo permite que estes aparelhos comuniquem e

partilhem informação entre eles. A Internet é o meio de comunicação mais

utilizado e mais conhecido atualmente. Isto deve-se ao fato de, através de

qualquer computador ou dispositivo móvel ser possível acessar o mundo

virtual.

A Internet começou por ser, no seu nascimento, uma rede virtual que

interligava dezenas de computadores. Nasceu com o principal objetivo de

tornar o trabalho nas empresas mais facilitado pela capacidade de

comunicação entre os seus funcionários. Hoje em dia, a Internet, além de

permitir conectar milhares de milhões de websites que vendem desde roupa a

peças de mobiliário é também um negócio.

Figura 9 – Internet

Fonte: http://www.materiaincognita.com.br/os-numeros-da-internet-que-abalam-o-poder-da-

velha-midia/#axzz3htextCfS, Paulo Mauricio Machado (2013)

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É importante perceber o quanto os meios de comunicação e a sua

evolução com o passar do tempo nos facilitou. Essa evolução ocorre pelo

próprio ser humano que vem estudando, pesquisando para facilitar o cotidiano

de todos trazendo bem-estar geral.

Levando em conta a sua evolução e sua importância, o ser humano

valoriza e investe nos meios de comunicação, pois permitem a comunicação

entres as pessoas, contribuindo com o processo de transmissão de informação.

E esta é a essência verdadeira da importância dos meios de comunicação.

1.2. Comunicação interna

A comunicação interna é a ferramenta estratégica responsável que faz

uma ponte com todas as áreas de uma empresa e seus integrantes e de um

projeto, onde se exige muita atenção no momento onde a empresa deseja que

seus colaboradores estejam bem informados e que não haja conflitos de

informação.

A comunicação interna reúne todas as práticas e processos de uma

determinada organização, tendo como público alvo funcionários, acionistas e

colaboradores. De forma assertiva, podemos obter respostas positivas em

todas as áreas, como a administrativa, econômica e de mercado, conseguindo

tornar o ambiente mais agradável, sem hostilidade e harmonioso para todos

que fazem parte do projeto ou organização.

É importante criar um planejamento estratégico, onde haja padronização

dos veículos de comunicação para que a informação chegue de forma clara,

objetiva, organizada, de forma que transmita confiabilidade e confiança,

evitando suposições erradas, constrangimento e insegurança. Neste processo

de estruturação, são vários os recursos que a organização pode utilizar para

que esta comunicação interna comece a funcionar trazendo resultados

positivos com o passar do tempo, como: a criação de uma intranet única, a

utilização de jornal mural e informativo interno, realizando pesquisas de

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satisfação e clima interno para tomar conhecimento da imagem que a

organização possui na cabeça de seus colaboradores.

Os funcionários e/ou participantes de uma empresa/projeto, tem a

necessidade de ficar integrados com os propósitos da organização como:

missão da empresa, metas, valores, situação no mercado de atuação e

objetivos. Desta forma quanto maior for o envolvimento dos colaboradores com

a organização, maior será seu comprometimento.

Quando é encontrado um ambiente organizado, amigável, em um clima

favorável para expor suas ideias, com transparência e sem o medo de

advertências ou represálias, todo o projeto caminha para o sucesso, pois a

comunicação é uma via de mão dupla, onde temos que respeitar a opinião

alheia como também é preciso que as nossas ideias sejam respeitadas, seja

com o colega ao lado ou até mesmo o gestor do projeto.

A importância de uma boa comunicação interna está no estimulo do

diálogo e da troca de informações entre todos os níveis da pirâmide

organizacional, buscando sempre a qualidade entre as relações humanas. Para

um resultado positivo, é preciso, que os gestores e empresários fiquem atentos

a necessidade de comunicação de seus colaboradores.

Destacam-se os objetivos da comunicação interna sendo, multiplicar os

conhecimentos adquiridos pelos colaboradores e superiores; divulgar as ações

da organização de forma clara; e maior envolvimento entre as equipes de

trabalho nas metas da organização.

Como pontos que podem ser reforçados na comunicação interna,

apresentam-se: interesse e disposição na divulgação de informações

importantes a todos e respeitar as diferenças de cada um para manter um

relacionamento respeitoso nivelado com funcionário e empresa.

A efetividade da comunicação interna é especialmente requerida em

cenários de mudança, que são frequentemente vivenciados pelas organizações

(Hemais, 2005; Kitchen; Daly, 2002; Mattos, 2001). As pessoas de uma

empresa devem ser encorajadas a participar das mudanças e melhorias dos

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processos. Essa participação requer a conscientização dos funcionários, por

meio de treinamentos, palestras, campanhas de incentivo, comunicação interna

e monitoramento por parte dos gestores, no dia a dia.

Além das situações de mudança, Brum (2005) acrescenta que a

comunicação interna também é importante nos momentos em que novos

desafios são lançados aos funcionários como, por exemplo, quando uma

empresa decide conquistar uma certificação de qualidade.

A importância do papel exercido pela comunicação no processo de se

promover a qualidade nas organizações é reconhecida por autores de ambas

as áreas (Brum, 2005; Cardia, 2004; Crosby, 1992; Feigenbaum, 1961;

Ferreira, 2004; Thornhill et al. 1996; Troutt et al. 1995; Yavas, 1995). Um dos

requisitos para a obtenção do comprometimento em relação à qualidade está

ligado à efetividade dos sistemas de comunicação com os funcionários

(Thornhill et al. 1996).

Segundo Ferreira (2004), a comunicação tem status de infraestrutura

nos programas de qualidade e a efetividade de tais programas é diretamente

proporcional às decisões tomadas na área de comunicação. Troutt et al. (1995)

declaram que existe poucas chances de um programa de qualidade ser bem-

sucedido, se a comunicação não for considerada um elemento central em seu

processo de implementação.

Para Yavas (1995), antes que iniciativas de melhoria da qualidade sejam

introduzidas em uma organização, é preciso que se promova, entre as

pessoas, uma compreensão clara sobre o que significa qualidade e como ela é

mensurada. Qualquer tentativa de melhoria da qualidade vai necessariamente

envolver mudanças e, consequentemente, podem ocorrer resistências, tanto

por parte das gerências, quanto por parte da força de trabalho como um todo.

Portanto, é importante que exista uma comunicação esclarecedora de dúvidas

e que ajude na conquista do suporte e da confiança dos funcionários em

relação à qualidade, conclui aquele autor.

É função do setor de comunicação interna desenvolver e implementar

ações que venham ao encontro dos objetivos de comunicação do setor da

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qualidade. Cabe ao departamento da qualidade definir o tema que deverá ser

trabalhado, para que a melhor solução de comunicação e seus respectivos

materiais sejam então desenvolvidos pelo setor de comunicação interna.

1.3. A importância de um feedback

O feedback é um fator que está implícito no sucesso organizacional,

devendo ser incluído numa prática diária a ser cultivada pelas empresas. Dar

feedback pode ser um instrumento de direção para o alcance dos objetivos da

direção das organizações. É um comportamento que pode causar altos índices

de satisfação, a baixo custo. Empresas que carecem de estabelecer a cultura

do feedback podem obter prejuízos nos seus índices de produção e de

qualidade de serviço.

Conforme Moscovici (1985), o termo feedback é utilizado na eletrônica

com o sentido de retroalimentação, onde “qualquer procedimento em que parte

de saída de um circuito é injetado no sinal de entrada para ampliá-lo, diminuí-

lo, modificá-lo ou controla-lo”. Ressalta ainda, o referido autor, que os

engenheiros o utilizam no sentido de denotar parte da energia de saída de uma

máquina, como retorno para a mesma, como entrada. Neste caso o feedback é

considerado como positivo, aumentando os sinais de entrada, mas não os

corrige.

O feedback negativo refere-se àquele onde o objeto é controlado pela

margem de erro ao qual está sujeito, com referência a um objetivo específico.

Neste caso, os sinais do objetivo são usados para restringir saídas que, sem

correção, ultrapassariam o objetivo.

Moscovici (1985) enfatiza que nas relações interpessoais, o feedback

ajuda na mudança de comportamento, fornecendo a uma pessoa ou grupo,

informando sobre suas ações que estão interferindo nas ações de outras

pessoas. Sendo eficaz, o feedback ajuda o receptor a melhorar o seu

desempenho a fim de alcançar seus objetivos. Para isso é preciso que o

mesmo seja descritivo ao invés de avaliativo, específico ao invés de geral e

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compatível com as necessidades (motivações) de ambos, comunicador e

receptor; dirigido, solicitado ao invés de imposto, oportuno e esclarecido para

assegurar comunicação precisa.

Segundo Morgan (1996) “é possível pensar nas organizações como se

fossem organismos”. Esse autor concebe as organizações como sistemas

vivos, dependentes de um ambiente amplo que satisfaça suas várias

necessidades, colocando a teoria da organização “num tipo de biologia na qual

as distinções e relações entre moléculas, células, organismos complexos,

espécies e ecologia são colocadas em paralelo com aquelas entre indivíduos,

grupos, organizações, populações (espécies) de organizações e a sua ecologia

social”.

De acordo com esse pensamento, os teóricos da organização lançaram

ideias visando a compreensão do funcionamento das organizações e dos

fatores que influenciam o seu bem-estar. Iniciando a sua incursão pela biologia,

a teoria organizacional desenvolve a ideia de que “os empregados sejam

pessoas com necessidades complexas que necessitam ser satisfeitas a fim de

levarem vidas plenas e sadias, bem como se desempenharem eficazmente em

situação de trabalho”. Ainda segundo esse autor, um bom grau de motivação

em relação às tarefas que os empregados executam resulta num trabalho

melhor, além de contribuir para que eles alcancem recompensas para a

satisfação das suas necessidades pessoais.

Segundo Megginson et al. (1998) o feedback “consiste nas respostas

que o receptor dá, em sua comunicação com o transmissor original ou com

outra pessoa”. Para esses autores no processo de comunicação o emissor tem

uma ideia, pensamento ou impressão, que é codificada ou traduzida em

palavras ou em alguma outra forma de comunicação, que é transmitida ou

enviada como mensagem ao receptor, que recebe as palavras ou outra forma

de comunicação e decodifica a mensagem e envia alguma forma de feedback

ao transmissor.

Conforme Noe (1996) após a definição do comportamento esperado do

trabalhador e tão logo este tenha sido medido, é necessário que o empregado

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seja informado sobre sua performance, para que possa corrigir qualquer

deficiência existente. Este processo é complexo e provoca ansiedade, tanto

para as lideranças quanto para os trabalhadores. Poucos se sentem

confortáveis na posição de serem julgados pelos outros. Para o autor, quando

um indivíduo confronta outro indivíduo naquilo que pode constituir-se em suas

deficiências, podem ocorrer manifestações de nervosismo, com possibilidade

de provocar stress. Para o autor, o feedback deve ser dado de forma cotidiana,

solicitando-se ao trabalhador que avalie sua performance antes do momento da

avaliação, encorajando-o a participar da avaliação, reconhecendo sua

performance de maneira positiva, focando na solução dos problemas. O

feedback deve ser focado no comportamento ou resultados e não na pessoa,

minimizando-se as críticas e, finalmente, estabelecendo, de forma conjunta

(supervisor e subordinado), os alvos a serem alcançados e os períodos para

reavaliar o processo de trabalho e seus resultados.

Megginson et al. (1998), referindo-se à comunicação oral, de pessoa

para pessoa, afirmam que a vantagem fundamental é a oportunidade de

interação entre a fonte e o receptor. Neste caso, o feedback, passo final do

processo, consiste nas respostas que o receptor dá, em sua comunicação com

o transmissor original ou com outra pessoa. A principal desvantagem do

feedback oral é a falta de continuidade, pois não há registro, com exceção de

meios mais modernos, como as fitas gravadas. Referindo-se à comunicação

escrita os autores enumeram suas possibilidades: transmissão por

memorandos, relatórios, anotações, quadros de avisos, manuais e jornais. Para

os autores a comunicação escrita apresenta a vantagem de ser um registro

para referência futura, porém apresentando a desvantagem de não possibilitar

um feedback espontâneo e face a face.

Para Krech e Crutchfield (1974) a informação pode ocupar um papel

evidente de transformar atitudes por intermédio de mudanças nos fatos ou nas

informações que são acessíveis ao indivíduo, com relação ao objeto da atitude.

Esses autores também ressaltam que quanto mais informação uma pessoa

obtenha, por meio de contato, a respeito de pessoas, suas atitudes são mais

favoráveis, apesar disso nem sempre ocorrer.

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Conforme Ziemer (1996), uma comunicação deficiente, incompleta ou

conflituosa pode acarretar conflitos em diversos níveis da empresa. Assim,

deduz-se que o feedback está incluído nessa situação quando observadas as

definições do feedback extrínseco e do intrínseco.

Para Hackman e Oldham (1975), o feedback pode ser considerado como

extrínseco ou intrínseco. O primeiro refere-se ao grau em que o indivíduo

recebe informações claras sobre o seu desempenho, por intermédio dos seus

superiores, colegas ou clientes. O segundo tipo de feedback refere-se ao grau

em que a própria execução das atividades de trabalho fornece informações

diretas e claras sobre o seu desempenho.

Segundo Stephen Paul Robbins, a compreensão errada pode levar a

morte. No livro Comportamento Organizacional, cita algumas tragédias áreas

por conta da má comunicação. Onde a compreensão não ficou clara entre o

comandante e a torre de controle. Um terrível desastre aéreo ocorreu nas ilhas

canarias em 1977, onde o comandante do voo pensou que o controle aéreo

havia liberado a decolagem, mas a torre havia apenas transmitido algumas

instruções para a decolagem. A falta de compreensão ou entendimento do

comandante, o levou a uma tragédia que nunca mais seria esquecida. Mesmo

falando o mesmo idioma, o controlador que era espanhol e o comandante que

era holandês, houve uma confusão no sotaque de ambos, onde alguma

termologia inadequada, chegasse de forma confusa ao comandante. O Boing

747da KLM chocou-se com uma aeronave igual, da Pan Am, que estava

aterrissando. Matando 583 pessoas que estavam a bordo.

Outro terrível e desnecessário acidente aéreo aconteceu em 1997, onde

um jato da Garuda Airline caiu na selva a apenas 35km ao sul do aeroporto de

Medan, na ilha de Sumatra todas as 234 pessoas morreram. A tragédia

aconteceu porque o piloto e o controlador de trafego aéreo confundiram as

palavras “direita” e “esquerda” quando o avião se aproximava da pista sob

péssimas condições de visibilidade.

São exemplos trágicos que nos mostra as falhas de comunicação. Não

são só falhas, e sim tragédias com consequências fatais. E assim temos tantos

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outros exemplos de má comunicação, no exemplo acima, foi citado apenas a

área da aviação. Imaginem nas empresas e projetos, onde recebemos

diariamente notificações da mudança de um escopo, a exigência de um item,

alteração de prazos, custo e/ ou dependendo da situação atual da empresa, a

redução dos custos, onde nos implica em fazer um trabalho de maior

qualidade. Por isso, os membros, funcionários, devem estar cientes de tudo o

que ocorrem. Da forma mais transparente possível para que não haja erros

bizarros e até a perda de um grande contrato.

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CAPÍTULO II

COMUNICAÇÃO EM AMBIENTES CORPORATIVOS

Uma organização é, essencialmente, um grupo grande. Assim sendo, a

maior parte dos conceitos comunicacionais referidos para a comunicação

grupal têm aplicação direta à comunicação organizacional. É o caso, por

exemplo, dos tipos de liderança, dos dados trazidos pelos sociogramas e pelas

representações gráficas dos fluxos de comunicação.

As organizações e os grupos mantêm-se enquanto os seus membros

cooperam e se coordenam, comunicando, para atingir os objetivos dessas

organizações ou grupos. Grupos e organizações, contudo, estão em constante

evolução, acompanhando a contínua reorganização e reorientação dos seus

membros. Este processo, contudo, tende a desenvolver-se ao nível superficial,

não afetando os alicerces da estrutura (quando os afeta, a organização

desmorona-se).

Os novos desafios enfrentados pelas organizações, principalmente nas

duas décadas passadas, mudaram significativamente o enfoque da

comunicação empresarial para uma visão mais estratégica da comunicação.

Juntamente com o fenômeno da globalização, os processos macroeconômicos

trazem como condição crucial para o gerenciamento das operações produtivas

e comerciais a rápida difusão de novos meios de comunicação e tecnologias da

informação. Tais dimensões técnicas, das quais a internet é um exemplo,

potencializam a ação articulada de públicos mais amplos em termos

econômicos e políticos, num leque que abrange consumidores em escala

mundial, imprensa nacional e estrangeira, comunidades, acionistas, sindicatos,

fornecedores e autoridades, entre outros. Sem dúvida, esses públicos, que

antes eram descritos apenas como alvo nas práticas convencionais das

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empresas, passaram a ter importância estratégica para ajudar a organização a

competir num ambiente em constante mutação (Castells, 1997; Davenport,

1998; Shapiro e Varian, 1999).

Nessa nova configuração macroeconômica, as organizações

empresariais lidam com públicos com demandas não só de produtos e

serviços, mas também com claras demandas de diálogo. Daí a necessidade

delas dedicarem suas estratégias à sociedade como somatório de públicos

diversos e ao mercado como local da concorrência e do consumo.

Essas estratégias estariam comprometidas com processos

comunicacionais agregados às comunidades com seus membros, aos

trabalhadores, às agências reguladoras que cobram das empresas eficiência e

qualidade e aos consumidores cada vez mais exigentes e amparados pelos

códigos de sua defesa.

Da comunicação, espera-se que cumpra o seu verdadeiro papel social: o

de envolver emissor e receptor em um diálogo aberto e democrático, em que a

estratégia de gestão da empresa seja construída com base em princípios

sociais e éticos.

A comunicação sem o compromisso estratégico dificilmente conseguirá

legitimar-se no novo cenário competitivo, correndo sério risco de se manter

irrelevante e trazer pouco ou nenhum valor para a estratégia global da

organização. Nesse novo papel, a comunicação deixa de ser responsabilidade

de um único órgão, setor ou departamento.

Gill e Adams (1998) esclarecem que há, essencialmente, três tipos de

organizações: organizações de benefício mútuo (sindicatos, partidos políticos e

outras associações da sociedade civil, clubes desportivos, etc.); organizações

de utilidade e serviço público (universidades, escolas, hospitais, museus,

instituições da administração pública e do Estado, etc.); organizações lucrativas

(empresas, casas comerciais, etc.).

É de salientar que as categorias propostas por Gill e Adams, se bem que

úteis, não devem ser entendidas como estanques. De fato, uma organização

pode, por exemplo, prestar um serviço público e ainda assim ter uma finalidade

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lucrativa. Uma escola particular pode ser fundada com o objetivo de dar lucro

aos investidores, mas ainda assim prestar um serviço de interesse público e

utilidade social.

Uma organização não é um sistema isolado. Tem de comunicar com o

exterior para sobreviver. Mas a sobrevivência da organização também depende

da capacidade que ela demonstre de pôr as pessoas a comunicar

eficientemente dentro dela própria. Assim sendo, podem distinguir-se duas

formas de comunicação principais nas organizações: comunicação interna

(comunicação que ocorre dentro das organizações); comunicação externa

(comunicação das organizações para o exterior e do exterior para a

organização).

Quando se aborda a comunicação nas empresas não se pode esquecer

que ela existe em função dos seus públicos e que as ações entre eles

estabelecidas afetam as relações desencadeando reações positivas ou

negativas. Desse modo, além de conhecer a cultura organizacional, a missão,

a visão, os valores de uma organização, é imprescindível conhecer e

dimensionar seus públicos estratégicos para elaborar um planejamento

estratégico de comunicação que atenda às necessidades organizacionais e de

seus públicos e dessa forma construir um verdadeiro processo de

comunicação.

A comunicação interna diz, essencialmente, respeito as realidades,

devendo ser, tanto quanto possível, planificada, para se evitarem distorções e

boatos às mensagens, que podem estragar o clima interno e criar uma cultura

organizacional desmotivadora.

De fato, nem toda a comunicação estabelecida dentro de uma

organização é formal. Há também que contar com a comunicação informal. Ou

seja, as pessoas de uma organização não falam só "oficialmente" de assuntos

respeitantes a essa organização. Elas também falam "não oficialmente" de

assuntos respeitantes à organização ou de outros assuntos. Neste último caso,

estamos perante mecanismos de comunicação informal. No primeiro caso,

estamos perante mecanismos de comunicação formal.

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Normalmente, a comunicação informal é mais livre e interativa,

ocorrendo, essencialmente, em contextos de comunicação interpessoal direta.

A comunicação formal é mais burocrática e contida, pois as pessoas, por medo

do isolamento, de represálias e ainda de serem vistas como dissidentes,

evitam, formalmente, fazer críticas exacerbadas, acusar pessoas, denunciar

situações, etc.

Numa auditoria à comunicação, para se avaliar o clima interno de uma

organização, se tenha de ter em atenção a comunicação informal que se

produz, até porque esta, por vezes, alimenta rumores e boatos que podem ter

consequências funestas para a organização. Uma organização não se dissocia

do seu ecossistema. Ela envia mensagens para o meio externo e acolhe

mensagens do meio externo. Este é o universo da comunicação externa. A

imagem, ou seja, a percepção pública da organização (dos seus

colaboradores, produtos, serviços, marcas, etc.), depende, necessariamente,

da comunicação que a organização estabelece com o exterior.

Cada organização tem as suas especificidades estruturais, o que

implica, necessariamente, a ocorrência de especificidades comunicacionais. No

entanto, normalmente as organizações têm uma das seguintes estruturas:

• Há organizações que tendem a estruturar-se verticalmente sob uma

forma piramidal, em especial as grandes empresas produtivas, e

horizontalmente em vários departamentos (por exemplo, numa empresa,

departamento comercial, departamento de marketing, departamento produtivo,

etc.; num hospital, serviços clínicos, serviços administrativos, etc.). Os

departamentos ainda podem ser divididos em seções. Um pequeno grupo de

pessoas ocupa o topo da pirâmide, assumindo a direção e administração global

da organização. A meio da pirâmide encontram-se, em maior número, os

líderes intermédios, como, nas grandes empresas produtivas, os diretores de

departamento e, na dependência destes, os chefes de seção. Na base, em

maior número ainda, encontram-se os colaboradores em geral. Quanto menos

níveis hierárquicos uma organização tiver, mais rapidamente a informação

circula, menos deturpações ocorrem nas mensagens (devido a ruídos

relacionados com o entendimento e transmissão das mensagens) e menos

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barreiras estas têm de vencer. Os fluxos de informação numa organização

piramidal, devido à estrutura desta, tendem a estruturar-se do topo para a base

(Comunicação vertical descendente, como acontece com as ordens de serviço.

Sendo essencial para a eficácia da organização); da base para o topo

(Comunicação vertical ascendente, como acontece quando um colaborador faz

um pedido à direção sendo essencial para os diretores terem feedback para as

mensagens que emitem para a base e para avaliarem o clima interno);

horizontalmente (comunicação horizontal, como ocorre quando um

departamento faz um pedido a outro).

• As organizações podem estruturar-se de outras maneiras. Por exemplo,

um único líder pode coordenar vários departamentos (funciona,

essencialmente, como um coordenador) ou várias pessoas sem

compartimentações em departamentos. Há cooperativas em que não existem

líderes, tendo todos os membros igual responsabilidade na definição do destino

da organização. Algumas empresas (nomeadamente as de alta tecnologia) até

têm ambientes de trabalho completamente abertos, em que não há barreiras

físicas entre os colaboradores. Nestes casos, a comunicação tende a ser

horizontal e até global, no sentido de que todos comunicam "interativamente"

com todos, não existindo grandes barreiras e formalidades a vencer. Quando

se diagnostica a comunicação numa organização, há ainda outras variáveis a

ter em conta. O estilo de liderança é uma delas. O líder que se fecha no

gabinete é diferente do líder que gere a organização por walking around. Este

último, certamente, comunicará muito mais interativamente com os diversos

colaboradores, situados nos vários patamares hierárquicos da organização, e

conseguirá obter mais informações, quotidianamente, sobre o clima interno da

organização que lidera.

O cenário da complexidade implica, para as organizações, um pensar

diferenciado das situações que devem enfrentar para se manter com sucesso

em seu ramo de atividade. Ao enfrentar um cenário de rápidas mudanças, fica

evidente que a tradicional ferramenta do planejamento empresarial,

principalmente o de longo prazo, perde eficiência, pois se a mudança é

constante, ele tem de possuir uma enorme flexibilidade para poder acompanhá-

la. Genelot (2001) desenvolveu uma dimensão única para a estratégia da

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organização e a estratégia da comunicação e, para reforçar essa unidade,

mostrou a evolução progressiva do conceito de estratégia nos últimos 40 anos,

que esteve sob a pressão da complexidade, das incertezas e das turbulências

de todos os tipos.

Ele mostra que a passagem de uma visão planificadora da estratégia

para uma visão de gerenciamento estratégico e, depois, para uma reatividade

estratégica constitui uma ruptura conceitual, pois essa prática de

gerenciamento leva em conta a dimensão da complexidade no ambiente das

organizações e passa a considerar a comunicação um elemento essencial de

gerenciamento estratégico.

Para viabilizar o gerenciamento estratégico, Genelot (2001) mostra a

importância do desenvolvimento de uma consciência estratégica, afirmando

que ela é possível quando o conjunto da coletividade partilha uma certa

representação do futuro desejado. Todavia, a elaboração dessa visão

estratégica compartilhada não pode ser realizada por imposição ou por decreto,

pois a construção de representações partilhadas envolve aspectos complexos

e delicados, tais como o processo de expressão e a negociação e apropriação

de sentidos (Genelot, 2001).

É aí que a comunicação organizacional deverá desempenhar seu papel,

sem impor aos outros seus pontos de vista. Ela precisa fazê-lo por meio de

conhecimentos compartilhados entre os participantes a fim de construir um

projeto comum. Nessa nova visão, mudam os papéis de quem exerce

atividades de comunicação na organização: uma atividade que antes era

concebida por especialistas da área passa a ser exercida de maneira

compartilhada por diferentes profissionais.

Podemos afirmar que a comunicação, no ambiente da complexidade, só

irá concretizar o seu papel de ferramenta estratégica de gestão quando a

empresa criar os verdadeiros canais para que a comunicação realize o seu

princípio social básico, ou seja, o seu caráter democrático de permitir que todos

os indivíduos possam compartilhar ideias, comportamentos, atitudes e, acima

de tudo, a cultura organizacional.

Esse caráter democrático se expressa por meio do diálogo e da

produção de significados. Genelot (2001) afirma que o mundo atual,

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caracterizado pela complexidade, não se surpreende com a busca do controle

do sistema nervoso das organizações, cuja essência está na informação e na

comunicação.

CAPÍTULO III

GESTÃO DE PROJETOS

Como uma disciplina, a gerência de projeto foi desenvolvida a partir de

diversos campos de aplicação, incluindo a construção, a engenharia mecânica,

projetos militares, etc.

Nos EUA, o progenitor da gerência de projeto é Henry Gantt, chamado o

pai de técnicas do planejamento e do controle, sendo conhecido pelo uso do

gráfico de barra como uma ferramenta de gerência do projeto, para ser um

associado as teorias de Frederick Winslow Taylor da administração científica,

para seu estudo do trabalho e da gerência do edifício do navio da marinha. Seu

trabalho é o precursor a muitas ferramentas de gerência modernas do projeto,

tais como a Work Breakdown Structure (WBS) ou Estrutura Analítica do Projeto

(EAP) de recurso que avalia o trabalho.

3.1 Gerenciamento de projetos

Os projetos têm como características ser um empreendimento não

repetitivo, sequência clara e lógica dos eventos, início, meio e fim, objetivo

claro e definido, conduzido por pessoas e parâmetros pré-definidos.

Os anos 50 marcam o começo da era moderna da gerência de projeto.

Novamente, nos EUA, antes dos anos 50, os projetos foram controlados

basicamente utilizando os gráficos de Gantt, técnicas informais e ferramentas.

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Em 1969, o Project Management Institute (PMI) foi dando forma para

servir ao interesse da indústria da gerência de projeto. A premissa do PMI é

que as ferramentas e as técnicas da gerência de projeto são os mesmo entre a

aplicação difundida dos projetos da indústria do software à indústria de

construção. Em 1981, os diretores do PMI autorizaram o desenvolvimento que

se transformou em um guia de projetos, o Project Management Body of

Knowledge (PMBOK), contendo os padrões e as linhas mestras das práticas

que são usados extensamente durante toda a profissão.

O PMI, em Guia PMBOK, reconhece a importância de uma comunicação

clara, organizada, objetiva e padronizada que é fundamental para o sucesso do

projeto. O PMI, organiza as para garantir que toda a comunicação, no ambiente

de projeto, alcance êxito em seus objetivos.

O PMBOK (2005) caracteriza as fases como:

• Fase de iniciação: é a fase de partida oficialmente ao projeto através do

Termo de Abertura, o processo é constituído por Entradas, Ferramentas e

Saída. Aqui, todos os envolvidos nesta fase reconhecem que um projeto ou

fase deve começar e se comprometem para executá-lo;

• Fase de planejamento: é a fase responsável por detalhar tudo aquilo que

será realizado pelo projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre

atividades, locação de recursos envolvidos, análise de custo, entre outros, para

que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente detalhado para ser

executado, sem dificuldades e imprevistos. Nessa fase, os planos auxiliares de

comunicação, qualidade, riscos, suprimentos e recursos humanos também são

desenvolvidos;

• Fase de execução: é a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado

anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente

durante esse processo. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto é

consumida nessa fase;

• Fase de controle: é a fase que acontece paralelamente as de

Planejamento e Execução. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo

que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas e

preventivas, no menor espaço de tempo possível, após a detecção de

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anormalidade. O objetivo do controle é comparar a Linha de Base, levantada

no início do projeto (Estado Inicial), o seu status real no momento (Estado

Atual), com o status previsto pelo planejamento (Estado Desejado), tomando

ações corretivas em caso de desvio;

• Fase de encerramento: é a fase quando a execução dos trabalhos é

avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os livros e

documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o

projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em

novos projetos e, melhores estratégias são identificadas e selecionadas como

lições aprendidas. Aqui, se formaliza a aceitação do projeto ou fase e encerra-

se de uma forma organizada, o projeto solicitado.

Um processo aprovado pelo uso com muito sucesso é quando o

gerenciamento de projetos ajuda as organizações a atenderem as

necessidades de seus clientes padronizando tarefas rotineiras e reduzindo o

número daquelas que poderiam ser esquecidas.

O gerenciamento de projetos assegura que os recursos disponíveis são

designados da maneira mais eficiente e eficaz, permitindo aos executivos a

percepção do que está acontecendo e para onde as coisas estão indo dentro

das organizações.

Com a evolução da ideia, as pessoas têm planejado e gerenciado

projetos desde o início dos tempos. Toda civilização que criou suas raízes,

houveram projetos a serem gerenciados: prédios a construir, estradas a

pavimentar e leis a serem escritas. Mesmo sem as ferramentas, técnicas e

metodologias avançadas, as pessoas criaram linhas de tempo, alocaram

materiais e recursos e avaliaram os riscos envolvidos em seus projetos. Com o

passar do tempo, as pessoas perceberam que as técnicas para controle de

custo, desenvolvimento da programação, procura e compra de recursos e

gerenciamentos de riscos poderiam ser aplicados a uma variedade de projetos.

As organizações modernas estão descobrindo que a utilização do

gerenciamento de projetos traz muitos benefícios. Clientes esclarecidos exigem

cada vez mais melhores produtos e serviços mais rápidos. As pressões para

acompanhar a velocidade do mercado demandam maior eficiência. Gerenciar

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projetos de forma profissional encontrou seu lugar na arena empresarial

competitiva e global de hoje. (Project Management Institute, 2000)

A gerência de projetos ou gestão de projetos é a aplicação de

conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades

relacionadas para atingir um conjunto de objetivos pré-definidos.

O gerenciamento de projeto é um conjunto de ferramentas que permite

desenvolver habilidades requeridas para lidar com as contingências e com

suas situações sempre novas que o ambiente de mudança contínua impõe. A

essência das ideias de projetos é a não repetição, por oposição as rotinas.

(Vargas, 1998).

Reduzida à sua forma mais simples, a gerência de projetos é a disciplina

de manter os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto necessário

durante o ciclo de vida do projeto. O risco de fracasso aumenta de acordo com

a presença de incerteza durante todos os estágios do projeto.

Segundo Mathias (1986), projeto é o conjunto de informações internas

ou externas à empresa, coletadas e processadas com o objetivo de analisar- se

uma decisão de investimento. Já para Maximiano (2002), os projetos estão

associados mais a certos atributos como: inovação, desenvolvimento,

renovação, busca, construção, exploração e descoberta.

Os benefícios do gerenciamento de projetos são: otimizar a designação

de pessoas, equipamentos e materiais necessários; facilitar e orientar as

revisões da estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações no

mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação

do projeto; aumentar o controle gerencial de todas as fases a serem

implementadas devido ao detalhamento ter sido realizado; agilizar as decisões,

já que as informações estão estruturadas e disponibilizadas; disponibilizar os

orçamentos antes do início dos gastos; antecipar as situações desfavoráveis

que poderão ser encontradas, para que ações preventivas e corretivas possam

ser tomadas antes que essas situações se consolidem como problemas;

documentar e facilita as estimativas para futuros projetos; aumentar da

confiança e da segurança do patrocinador; melhorar controle dos projetos;

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melhorar administração de mudanças; aumentar o número de projetos bem

sucedidos devido à melhora na performance; melhorar definição dos objetivos

do projeto; uma quantificação dos possíveis problemas; evitar surpresas

durante a execução dos trabalhos.

As falhas provenientes em projetos podem ser: a ausência de um

gerente de projeto; a falha no processo de aquisição de suprimentos; a falta e

falha de avaliação dos riscos; a falha nos processos de comunicação; os

processos de validação inadequados; as metas e objetivos mal estabelecidos;

a falta de entendimento da necessidade do cliente; a gestão mudanças

inadequadas; as estimativas financeiras incorretas; os prazos não realistas; as

estimativas de tempo incorreta das atividades; a alocação dos Recursos

Humanos inadequados.

Para obter o sucesso dos projetos é necessário não ter agredido a

cultura da organização; ter sido empreendido sem que ocorresse interrupção

ou prejuízo das atividades normais da organização; ter sido aceito sem

restrições pelo contratante ou cliente; ter sido concluído com o mínimo possível

de alterações em seu escopo; ser concluído dentro do tempo previsto; ser

concluído dentro do orçamento previsto; ter utilizado os recursos sem

desperdícios; ter atingido a qualidade e o desempenho desejadas.

3.2 A comunicação na gestão de projetos

Segundo Chaves (2006), “o processo de comunicação em projetos deve

se ajustar não só ao ambiente organizacional no qual o projeto está inserido,

mas também no tipo ou natureza de cada projeto que está sendo

desenvolvido”.

Quando um determinado projeto é executado e desenvolvido pelos

próprios membros, não necessariamente deve existir um padrão de

comunicação, pois entre eles fica mais fácil, por não existir uma equipe

externa, onde traria uma cultura diferente com “vícios” que poderiam ou não

ocasionar algumas divergências fazendo com que as informações importantes

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se percam. Porém, quando há a necessidade do projeto ser desenvolvido e/ou

executado por uma equipe externa, a organização é necessária para

estabelecer padrões e processos para tornar a comunicação eficaz e eficiente.

A forma de comunicação muda de acordo com a natureza do projeto. Na

engenharia, a comunicação entre as equipes deve ser exata, pois é

fundamental que as informações recebidas não tenham qualquer tipo de falha

e/ou erro.

Em projetos de telecomunicações, para fazer a distribuição de fibra

ótica, é preciso exatidão. Nas informações para a sua implantação devem

conter, não só o endereço completo, como também, andar, apartamento e até

mesmo onde será construída a infraestrutura para passar o cabo e atender os

assinantes. São detalhes imprescindíveis para um atendimento de qualidade e

sem erros.

Nos projetos de sistemas, devido ao nível altíssimo de incertezas por

conta de regras e requisitos, é necessário adotar métodos bem específicos de

coordenação e comunicação visando a integração administrativa e técnica para

garantir o sucesso do projeto.

Para uma comunicação eficiente e eficaz, precisamos identificar as

partes interessadas, internas e externas do projeto, estabelecendo uma

padronização na forma de comunicação, onde serão utilizadas.

Deve-se incluir sem limitar-se as habilidades de comunicação, comum

em todo gerenciamento: escutar ativamente e de modo eficaz; perguntar,

esclarecer dúvidas e expor ideias para assegurar um bom entendimento;

aumentar o conhecimento da equipe para que ela seja mais eficaz;

levantamento de dados para identificar ou confirmar ou consolidar as

informações; definir e administrar as expectativas; orientar/persuadir uma

pessoa, equipe ou organização a executar uma ação; motivar para encorajar

ou reassegurar; direcionar para um melhor desempenho e alcançar os

resultados desejados; negociar para conseguir acordos aceitáveis entre ambas

as partes; solucionar conflitos para evitar impactos negativos; e resumir,

recapitular e identificar as etapas seguintes.

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No gerenciamento das comunicações devemos, de acordo com o

PMBOK:

• Criar meios para mantermos informados e informar a todos os

participantes do projeto para que nenhuma informação se perca;

• Coletar dados como prazos, riscos, exigências para o projeto que podem

ser importantes do patrocinador e/ou do gerente de projetos;

• Distribuir aos especialistas do projeto todas as informações que foram

coletadas, e a responsabilidade que cada um tem ao receber todas essas

informações;

• Armazenar fatos, dados passados pelo gerente do projeto, datas, prazos,

riscos que encontramos em todos os projetos. Deve-se também, além de

distribuir as informações, armazena-las;

• Recuperação e disponibilização das informações do projeto na forma e

prazo apropriados de acordo com o plano de gerenciamento das

comunicações.

No PMBOK encontramos as atividades de comunicação envolvidas nos

processos que podem ter frequentemente muitas dimensões potenciais que

devem ser consideradas, mas não limitadas, tais como: Interna (dentro do

projeto) e externa (cliente, fornecedores, outros projetos, organizações, o

público); formal (relatório, minutas, instruções) e informal (e-mails,

memorandos, discussões); vertical (nos níveis superiores e inferiores da

organização) e horizontal (com colegas); oficial (boletim informativos, relatório

anual) e não oficial (comunicações confidencias); e escrita e oral, e verbal

(inflexões da voz) e não verbal (linguagem corporal).

Para assegurar que as necessidades e informações das partes

interessadas sejam as atendidas e cumpridas é necessário controlar e

monitorar a comunicação no decorrer de todo o ciclo do projeto.

3.3 O planejamento da comunicação na gestão de projetos

O PMBOK, propõe um processo para o desenvolvimento em uma

abordagem apropriada com um plano de comunicação do projeto com base na

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importância das necessidades de informação e requisitos das partes

interessadas (os stakeholders) e nos ativos organizacionais disponíveis.

Os stakeholders são as partes envolvidas, interessadas e afetadas pelo

projeto. Em alguns casos, o sucesso está diretamente associado a importância

da gestão de todos os stakeholders. É importante dentro do planejamento da

gestão das comunicações o mapeamento dos interesses dos stakeholders,

suas expectativas, pontos fortes e fracos para assim traçar e adequar as

estratégias para cada um, pois cada um exerce uma forte influência sobre o

projeto, portanto deve-se analisar, cuidadosamente, suas iniciativas ou a falta

delas.

A partir do levantamento do mapeamento dos stakeholders, e após a

identificação de seus interesses específicos no projeto, podemos desenvolver

um processo adequado de comunicação sendo aplicado para grupos,

indivíduos ou organizações.

É importante definir a informação necessária, quem irá gerá-la e quem

irá recebê-la, como e quando será comunicada. A principal ferramenta para a

comunicação em projetos o Status report, que deve ser semanal para a maioria

dos projetos.

O Status report são relatórios que atualizam os envolvidos no projeto em

relação ao andamento das atividades e ao cumprimento do cronograma, sendo

assim, uma maneira de formalizar a condução do projeto. Normalmente, é

apresentado em reunião com as partes interessadas, para que eventuais

dúvidas sejam esclarecidas, onde todo gestor de projetos precisa medir e

fiscalizar as atividades que estão sob sua responsabilidade, ou melhor,

controlar. É um indicador bastante eficaz para realizar o controle do relatório de

status. Esse relatório nos demonstra os indicadores de forma eficaz, por meio

de números, como está o andamento do projeto e como vem desempenhando

a sua equipe.

O seu principal benefício é apresentar todas as informações que são

relevantes para o acompanhamento do projeto, porém de forma reduzida pois

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diretores e gerentes não possuem tempo disponível para analisar todas os

detalhes envolvidos em vários projetos que coordenam.

Esses benefícios são estendidos a equipe, pois por meio de

acompanhamento periódico proporcionado pelo Status report, é possível

perceber os pontos que merecem atenção e permitem traçar um plano de ação

detalhado para cada circunstância.

É uma excelente forma de melhorar os indicadores e o resultado que a

equipe apresenta. Essa é a melhor forma para demonstrar o andamento do

projeto e apresentar os principais problemas e riscos aos stakeholders, onde

pode ser tanto uma forma de alerta para a necessidade de ajuda, quanto para

garantir que as atividades estão completamente sob controle.

Um planejamento é muito importante e a execução das atividades

devem ser feitas sempre orientadas por um plano. Na comunicação não é

diferente. Segundo o PMBOK (2009), “planejar as comunicações é o processo

de determinar as necessidades da informação das partes interessadas no

projeto e definir uma abordagem de comunicação” onde consiste em planejar

como uma informação será documentada, transmitida, recebida, quando,

como, de quem, para quem, e etc.

É de grande importância o planejamento das comunicações durante a

vida do projeto para evitar determinados problemas como: atraso na entrega

das mensagens; informações confidenciais para o público incorreto; a falta de

comunicação para as partes interessadas.

Por meio do planejamento das comunicações, o gerente de projetos, tem

condições para a elaboração de uma melhor estratégia. Segundo o PMI, o

planejamento das comunicações deve ser feito desde o início do projeto, pois

requer tempo para ser desenvolvido e deve ser demonstrado no cronograma

do projeto.

Ao longo do tempo o projeto sofre mudanças, tanto por exigência das

partes interessadas, como do próprio gerente do projeto, se este perceber, que

algum dado não foi bem colocado ou até mesmo se alguma exigência fará o

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projeto terminar fora do prazo, então deve ser sempre verificado e atualizado

para atender as necessidades do projeto. É de responsabilidade do gestor,

manter os planejamentos dos projetos atualizados à situação do projeto.

CONCLUSÃO

O papel que se espera da comunicação hoje vai além. Ela deve,

efetivamente, servir de suporte para um modelo de gestão bem estruturado e

com capacidade de levar a empresa a enfrentar os desafios cada vez mais

competitivos de uma sociedade que se torna mais exigente em qualidade e em

direitos.

Uma boa comunicação gera sinergia entre as áreas envolvidas e

contribui para a motivação de todos. E esse é um grande desafio, pois tornar

comum, trocar informações, partilhar ideias, sentimentos, experiências e

valores não são tarefas fáceis. A Comunicação possibilita o fornecimento de informações e conceitos

que tem o objetivo de fazer com que os receptores, assimilem as ideias e ajam

de uma forma esperada e coerente no grupo. Isso é influenciar e faz parte das

diversas profissões, das diversas especialidades. Um especialista deve

influenciar, com seu trabalho e posição, outros que não dominem o assunto.

A comunicação se mostra importante no ambiente de projetos, mas pode

sofrer influências positivas e negativas durante o processo. O gerente de

projetos, e todos os envolvidos, devem conhecer essa importância e as

influências para melhorar o processo de comunicação do projeto.

Dentro das organizações temos regras de conduta (código de ética),

ética profissional, boas práticas de relacionamento, respeito a hierarquia,

dentre outros fatores que influenciam a comunicação.

Não respeitar prazos ou não comunicar ao cliente sobre imprevistos são

pontos negativos e que nunca devem ocorrer na comunicação.

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As habilidades que são mais valorizadas pelas empresas,

respectivamente, são: liderança; comunicação e trabalho em equipe, entre

outras.

É importante ter atenção ao planejamento da comunicação de um

projeto, pois isso depende do sucesso do mesmo.

É fundamental entender que a tomada de decisão pode ser tão

desafiadora quanto a maioria das decisões administrativas, pois necessita de

estrutura e proporcionam risco, incerteza e conflito. No que se refere à

estrutura, embora algumas decisões sejam rotineiras e bem definidas, não há

um procedimento automático a seguir, ou seja, os problemas costumam ser

singulares e desestruturados, provocando com isso uma insegurança e esta

decisão é composta de elementos como o conhecimento, que influenciarão na

solução definitiva que será adotada pelo gestor.

O presente estudo conclui que liderança sem comunicação é impossível

de ser aplicada, portanto esse conhecimento é abordado em diversos livros e

cursos, de muitas formas.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO............................................................................................ 2

AGRADECIMENTO ............................................................................................ 3

DEDICATÓRIA................................................................................................... 4

RESUMO............................................................................................................ 5

METODOLOGIA................................................................................................. 6

SUMÁRIO........................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 8

CAPÍTULO I

O conceito e o desenvolvimento da comunicação ........................................... 10

1.1. A evolução da comunicação ................................................................ 11

1.2. Comunicação interna ........................................................................... 17

1.3. A importância de um feedback ............................................................. 20

CAPÍTULO II

Comunicação em ambientes corporativos ....................................................... 25

CAPÍTULO III

Gestão de projetos ........................................................................................... 31

3.1 Gerenciamento de projetos .................................................................. 31

3.2 A comunicação na gestão de projetos ................................................. 35

3.3 O planejamento da comunicação na gestão de projetos ..................... 37

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CONCLUSÃO................................................................................................... 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................... 42

ÍNDICE.............................................................................................................. 46

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Autor: Renata Noeli Chagas Mota

Título da Monografia: A importância da comunicação no gerenciamento de

projetos