documento da modalidade - cld.pt · ∙ empurrar ou reter o adversário; ... arbitro exibe o...
TRANSCRIPT
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ANADIA
DDooccuummeennttoo ddaa MMooddaalliiddaaddee
AAnnddeebbooll
NÚCLEO DE ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2000.2001
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 2
✎ INTRODUÇÃO
Este documento surge na necessidade de realizar um documento que
descreva de forma clara e resumida todos os conteúdos que poderiam ser
abordados no contexto escolar, seja na aula de educação física, no desporto
escolar ou nas aulas de formação técnica, sobre a modalidade de andebol.
Dada a impossibilidade de abordar todos as componentes técnicas e
tácticas das diversas modalidades, porque o ensino deve respeitar as populações a
que se dirige, surge este documento, que foi previamente planeado, para constar do
dossier de estágio e que fornece uma informação mais detalhada,
comparativamente à unidade didáctica e ao documento de apoio para os alunos,
desta modalidade.
Ao elaborar este documento, ao qual se vai anexar uma bateria de
exercícios, julgamos que damos resposta a qualquer necessidade bibliográfica que
possa surgir na leccionação deste jogo desportivo colectivo.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 3
✎ REGRAS DO ANDEBOL
✓ OBJECTIVO DO JOGO
O objectivo do jogo do andebol é introduzir a bola dentro da baliza
adversária e evitar que os adversários façam o mesmo, sempre de acordo com os
regulamentos da modalidade.
✓ REGRAS BÁSICAS
Número de jogadores 12: 7 efectivos e 5 suplentes.
Dimensões do campo 40m de comprimento por 20m de largura.
Bola Perímetro: 58 a 60 cm. Peso: 325 a 400 gr.
Baliza 3m de largura por 2m de altura.
Duração 60 min., divididos em duas partes de 30 min.
Juizes 2 árbitros, 1 secretário e 1 cronometrista.
Início e recomeço de jogo:
O jogo inicia-se com ambas as equipas no seu
meio-campo. A equipa que possui a bola faz um
lançamento de saída (passe) através de um jogador
no centro da linha do meio-campo.
Quando há golo, a equipa que sofreu reinicia o
jogo, da mesma forma, não sendo necessária a
equipa adversária estar no seu meio-campo.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 4
Lançamento Lateral:
É quando a bola ultrapassar completamente as linhas laterais. A reposição da
bola em jogo é feita pela equipa que não teve responsabilidade na saída da bola.
Pode-se fazer com uma ou duas mãos, mas sempre com um pé a pisar a linha lateral.
Também se efectua este tipo de lançamento na intersecção da linha lateral com a
linha de fundo, quando um defesa toca a bola e esta sai do terreno de jogo pela
linha final.
Lançamento de Baliza:
É ordenado quando a bola sair fora do terreno de jogo pela linha final e for
lançada por um a atacante ou repelida pelo guarda-redes com a intenção de impedir
um golo. Durante o lançamento de baliza, os jogadores da equipa adversária não
podem ultrapassar a linha de 9 metros.
Reposição da bola pelo guarda-redes:
Considera-se reposição da bola pelo guarda-
redes quando este controla a bola dentro da sua área,
tendo sido lançada por um atacante. Neste caso, os
jogadores adversários podem colocar-se dentro da
área de 9 metros. O guarda-redes pode conseguir golo
tanto na reposição como no lançamento de baliza.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 5
Passos :
Não é permitido ao jogador
dar mais de três passos, em posse
de bola sem a driblar. O primeiro
apoio pode ser realizado com um ou
dois pés e corresponde ao
momento 0 (zero).
Dribles:
Não é permitido efectuar dois dribles: ressaltar a bola, agarrá-la e driblar
novamente. Ou tocar na bola várias vezes seguidas sem que esta tenha tocado
entretanto no solo, na baliza, ou noutro jogador.
Marcação de Golos:
É golo quando a bola ultrapassa
completamente a linha de baliza,
entre os postes e por debaixo da
trave. O jogo recomeça com um
lançamento de saída pela equipa
que sofreu o golo.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 6
Faltas (não é permitido):
∙ Obstruir o caminho do adversário utilizando mãos braços e pernas;
∙ Arrancar ou bater na bola, quando o adversário a tiver nas mãos;
∙ Atirar a bola de forma perigosa contra o adversário, ou ameaçá-lo com a bola
com uma finta perigosa;
∙ Pôr o guarda-redes em perigo;
∙ Empurrar ou reter o adversário;
∙ Atirar-se contra o adversário, pregar-lhe uma rasteira ou actuar de forma
perigosa.
Falta atacante:
Quando um atacante carrega um defesa cujo posicionamento estava
claramente definido.
Área de baliza:
O guarda redes é o único jogador a quem é permitido permanecer dentro da
área de baliza. Nenhum jogador pode passar a bola ao seu guarda redes quando
este está no interior da área de baliza. Quando um jogador de campo entra dentro
da área de baliza é marcado um livre por violação da área de baliza.
Substituições:
Os suplentes podem entrar em jogo a qualquer momento e repetidamente pela
zona de substituições, sem aviso prévio do cronometrista, desde que o jogador
substituído tenha abandonado o campo pela mesma zona. Se não o fizer, a equipa
pode ser penalizada com um livre que pode ser de sete metros.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 7
Marcação de livres:
Na ocorrência de qualquer destas
violações, a equipa adversária será
beneficiada com um livre. Este livre deverá
ser marcado no local onde a falta é cometida.
No momento da sua execução os jogadores
contrários devem manter-se afastados três
metros do jogador lançador.
As faltas cometidas entre a linha dos
seis metros e a linha dos nove metros são
executadas sempre sobre a linha de nove
metros, e os jogadores contrários devem
fazer a barreira na linha dos seis metros.
É livre quando o jogador adversário:
∙ Substituição irregular;
∙ Falta do guarda-redes:
∙ Jogo passivo;
∙ Lançamento de saída, lateral ou de baliza incorrectos;
∙ Comportamento anti-regulamentar em lançamentos livres , lançamentos do
árbitro, e lançamentos de sete metros;
∙ Manter a posse de bola, parado, mais de três segundos;
∙ Tocar a bola intencionalmente, abaixo dos joelhos;
∙ Passar a bola para a sua própria área de baliza, intencionalmente, ficando
nesta ou saindo pela linha de baliza;
∙ Pisar a linha de seis metros no remate (jogador atacante);
∙ Retirar a bola dentro da área de baliza no momento em que ela se encontra
em contacto com o solo;
∙ Conduta irregular para com o adversário.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 8
Lançamento Livre de 7m:
Efectua-se desde a linha de 7 metros mediante um lançamento directo à
baliza. O jogador que o executa não pode ultrapassar ou tocar a linha de 7 metros.
Os jogadores atacantes devem estar fora da área de lançamento livre (9
metros), do mesmo modo que os defesas. Além disso, estes últimos devem
permanecer a uma distância de 3 metros do marcador do livre de 7 metros.
O guarda-redes não pode ultrapassar a linha de 4 metros.
Ordena-se livre de 7 metros nas seguintes circunstâncias:
∙ Quando com uma infracção em qualquer parte do terreno de jogo, um jogador
evita uma clara situação de golo;
∙ Quando o guarda-redes transporta para a sua área de baliza a bola quando esta
se encontra em movimento ou parada fora desta, ou seja, quando entrar dentro da
sua área com a bola procedendo do terreno de jogo
∙ Quando um defesa viola a sua própria área com o fim de se colocar numa situação
vantajosa frente ao atacante que tem a bola;
∙ Quando um jogador de campo lançar a bola intencionalmente para o seu guarda-
redes, estando este dentro da sua área de baliza;
∙ Quando ocorrer uma expulsão, a equipa do jogador em causa deverá ser
penalizada com um livre de sete metros.
Jogo passivo
Quando, na opinião do árbitro, a equipa na posse da bola não manifesta
intenção de rematar à baliza. A equipa, antes de ser advertida é informada pelos
dois árbitros (ambos levantam os dois braços no ar).
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 9
✎ SANÇÕES DISCIPLINARES
Advertência:
Quando um jogador comete uma falta não muito grave sobre o adversário, e o
arbitro exibe o cartão amarelo. Significa que a seguinte infracção grave será
punida com uma exclusão de 2 minutos. Os árbitros poderão somente aplicar uma
advertência por jogador, e 3 por equipa. A partir da terceira, as infracções
merecedoras de advertência devem ser castigadas com exclusão.
Exclusão:
Quando o jogador volta a cometer uma falta pela qual foi advertido. O
arbitro executa o sinal de exclusão e durante dois minutos o jogador não pode
participar no jogo.
Desqualificação:
O jogador é excluído pela terceira vez ou tem uma atitude anti-desportiva
grave. O árbitro exibe o cartão vermelho, o jogador abandona o campo e a sua
equipa jogará durante dois minutos com um jogador a menos.
Expulsão:
O jogador é expulso quando agride um jogador dentro ou fora do recinto de
jogo. A equipa do agressor passará a jogar com menos um jogador. A equipa que
sofreu a agressão beneficiará de um livre de 7 metros.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 10
✎ RECINTO DE JOGO
✎ SIMBOLOGIA
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 11
✎ COMPONENTES TÉCNICAS OFENSIVAS
POSIÇÃO BASE OFENSIVA
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Serve como posição de partida para
todos os movimentos e acções
ofensivas de um jogador, facilitando
os processos técnicos e movimentos.
A posição base ofensiva é adoptada
assim que o jogador ganha a posse
de bola e inicia o processo ofensivo.
✓ Facilita e ajuda os movimentos e
processos técnicos. A posição base
ofensiva permite entrar em acção com
a rapidez que as circunstâncias o
exijam.
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Pernas afastadas à largura dos ombros;
✓ Abaixamento do centro de gravidade através da ligeira flexão das
articulações do tornozelo, joelhos e coxo-femural;
✓ Ombros avançados de modo a que as
costas sejam levemente dobradas;
✓ Braços com as palmas das mãos prontas para apanhar a bola, estendidos
com articulação do cotovelo relaxada e levemente flectida.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 12
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Corpo esticado e rijo;
✓ Braços ao longo do corpo;
✓ Demasiado afastamento das pernas.
PASSE
DEFINIÇÃO
✓ É o gesto técnico através do qual a bola é passada de um jogador para
outro. Existem 4 tipos de passe fundamentais:
➫ Passe de ombro
➫ Passe picado
➫ Passe em suspensão
➫ Passe de pulso
O mais utilizado é o de ombro, sendo com ele que se deve iniciar o ensino do
passe. O jogador que executa o passe é responsável pela chegada da bola ao
seu destinatário, o que implica que haja um bom domínio desta técnica e uma
boa leitura de jogo com vista a uma rápida escolha do tipo de passe e do
momento adequado para o realizar. Deve existir também uma boa
sincronização com o companheiro de equipa para uma eficaz transmissão de
bola.
OBJECTIVOS
✓ O passe tem como objectivo colocar a bola num colega de equipa. O passe
em suspensão e o passe picado são normalmente utilizados para colocar a bola
no pivot; o passe de pulso tem como objectivo fazer circular a bola
rapidamente , a curtas distâncias.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 13
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Fase Preparatória
➫ Olhar orientado para o colega ao qual se vai passar a bola;
➫ Pé que está à frente é contra-lateral à mão que lança.
✓ Fase Principal
➫ O braço que vai executar o passe está ligeiramente flectido, executa uma
rotação de frente para trás e de baixo para cima, até à altura do ombro
(“armar o braço”), após o qual é empurrado para a frente, até formar com o
antebraço um ângulo de 90 graus ou mais;
➫ Manter a palma da mão por detrás da bola;
➫ Os dedos da mão imprimem a direcção desejada à bola.
✓ Fase Final
➫ No momento final do passe, o peso do corpo está sobre a perna avançada,
pelo impulso dado pela ponta do pé que está atrás.
➫ Braço lançador dirigido na direcção do companheiro, quando deixa de estar
em contacto com a bola.
PASSE DE OMBRO
✓ A bola deve ser enviada
na direcção do peito do
colega que a vai receber.
PASSE PICADO
✓ A bola deve tocar o solo
a cerca de dois terços da
distância entre o passador
e o receptor (mais
próximo deste).
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 14
PASSE DE PULSO
✓ A mão roda desde o
peito para a direcção
desejada com o auxílio de
todo o braço de
lançamento. A palma da
mão é voltada para trás e
para fora, de modo que
fique completamente por
detrás da bola e lhe
facilite a aceleração e
altura necessárias.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Ângulo entre o braço e o antebraço é menor que 90 graus;
✓ Passe feito com a perna avançada do lado do braço portador da bola;
✓ Passe como um lançamento de peso (empurrando a bola) e não com um
movimento de braço em “chicotada” (passe de ombro);
✓ A bola ressalta a menos de 2/3 da distância que tem de percorrer (passe
picado);
✓ Dificuldades relacionadas com a pega da bola, que impedem que esta seja
enviada na trajectória adequada (principalmente no passe de pulso).
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 15
RECEPÇÃO
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Gesto técnico que permite ao
jogador ficar de posse da bola após
um passe de um colega.
✓ Amortecer e agarrar a bola com
segurança.
DETERMINANTES TÉCNICAS DA RECPÇÃO ALTA
✓ Os braços devem encontrar-se
estendidos;
✓ Cotovelos descontraídos;
✓ Polegares tocam um no outro
formando com os indicadores um “W”;
✓ Após o contacto com a bola, deve
flectir os braços para amortecer a sua
velocidade;
✓ Proteger a bola com o corpo.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 16
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ No momento do contacto das mãos com a bola, os membros superiores
estão rígidos, não efectuando o seu amortecimento, acabando aquela por ser
reflectida.
✓ As mãos e os dedos, no momento de contacto com a bola, estão em
extensão completa.
✓ Após a recepção a bola não é imediatamente protegida, aumentando as
possibilidades de desarme por parte do adversário.
✓ A totalidade do corpo não participa no amortecimento da bola.
Jogador “não ataca” a bola, aguardando imóvel que ela lhe chegue às mãos.
DETERMINANTES TÉCNICAS DA RECPÇÃO BAIXA
✓ Braços estendidos para baixo;
✓ Palmas das mãos voltadas para a
frente;
✓ Dedos mínimos virados um para o
outro, formando com os anelares um
“M”.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ No momento do contacto das mãos com a bola, os membros superiores
estão rígidos, não efectuando o seu amortecimento, acabando aquela por ser
reflectida;
✓ As mãos e os dedos, no momento de contacto com a bola, estão em
extensão completa;
✓ Após a recepção a bola não é imediatamente protegida, aumentando as
possibilidades de desarme por parte do adversário;
✓ A totalidade do corpo não participa no amortecimento da bola;
✓ O jogador “não ataca” a bola, aguardando imóvel que ela lhe chegue às
mãos
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 17
DRIBLE
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Gesto técnico através do qual o
jogador se pode deslocar com a bola
no terreno de jogo, sem número
limitado de passos . O drible pode ser
executado parado ou em corrida.
✓ Permite ao jogador estar parado e
de posse da bola mais de 3 segundos,
protegendo-a do adversário directo
(drible de protecção).
✓ Progredir no campo com a posse da
bola sem infringir as regras (drible de
progressão).
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Driblar lateralmente e ao lado
do pé;
✓ A bola nunca deve
ultrapassar o nível da cintura;
✓ Dedos bem abertos (não há
contacto da palma da mão com
a bola);
✓ Flexão do pulso (empurrar e
amortecer a bola);
✓ Movimento propulsor dos
dedos da mão,
✓ Olhar liberto.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 18
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Para além das componentes críticas
acima referidas, o jogador deve
também:
✓ Executar um drible mais baixo;
✓ Interpor o corpo entre a bola e o
adversário.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Olhar para a bola;
✓ Excessiva contracção da mão;
✓ Drible é feito à frente dos pés;
✓ Ângulo em que a bola é driblada é inadequado à velocidade de corrida;
✓ A bola sobe mais do que a cintura;
✓ Excessivo tempo de contacto da mão com a bola.
REMATE
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ É o gesto técnico que culmina todo
o processo ofensivo.
✓ Introduzir a bola na baliza
adversária – marcar golo.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 19
DETERMINANTES TÉCNICAS DO REMATE EM APOIO
✓ Armar o braço e rotação do tronco;
✓ O pé contralateral ao braço de remate está avançado, servindo de ponto de
apoio;
✓ Rematar com extensão do braço, inclinação do tronco à frente e consequente
avanço da perna homolateral ao braço rematador;
✓ Direccionar o remate para os espaços vazios da baliza.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Na “armação” do braço, cotovelo demasiado próximo do tronco, limitando a
força e precisão do remate;
✓ Insuficiente rotação do tronco, no momento de “armação” do braço;
✓ Acção do pulso muito lenta;
✓ Velocidade de execução pouco elevada.
DETERMINANTES TÉCNICAS EM SUSPENSÃO
✓ Após recepção da bola, o jogador deve:
✓ Realizar o máximo de três passos (ex. esq.,
dir., esq., se ao receber a bola estiver em
contacto com o solo e for um jogador que remate
com o braço direito);
✓ Terminar em salto / suspensão no último
passo;
✓ Elevação do joelho do lado do braço que
remata;
✓ A mão agarra a bola por trás;
✓ Cotovelo elevado formando um ângulo de
aproximadamente 90º (braço/antebraço);
✓ No ponto mais alto do salto, dá-se uma rotação
do tronco, extensão total do braço e rápida acção
do pulso;
✓ A queda no solo é feita com a perna que
realizou a impulsão .
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 20
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Na “armação” do braço, cotovelo demasiado próximo do tronco, limitando a
força e precisão do remate;
✓ Insuficiente rotação do tronco, no momento de “armação” do braço;
✓ Acção do pulso muito lenta;
✓ Velocidade de execução pouco elevada;
✓ Rematar antes ou depois de atingir o ponto mais alto do salto
DETERMINANTES TÉCNICAS DO REMATE ANCA
✓ Remate de apoio efectuado à altura
da cintura ou por baixo desta;
✓ Gesto final do lançamento deve-se
executar uma rotação de pulso, que
marca a trajectória da bola.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Executado ao nível do peito (R. Anca);
✓ Ineficaz trabalho de pulso.
FINTA
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ É o processo comum de conduzir os
movimentos do adversário numa
direcção errada, desviando-o da
verdadeira acção do jogo.
✓ “Ganhar espaço” para o passe, para
o remate e para contornar o
adversário.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 21
DETERMINANTES TÉCNICAS DA FINTA
✓ A finta desenvolve-se em duas fases:
Movimento de simulação (finta):
∙ paragem frente ao adversário;
∙ movimento de simulação executado relativamente devagar para que o
adversário tenha tempo de reagir à simulação e o jogador possa transitar
para a fase seguinte;
∙ distância adequada (1m a 1,5m).
Acção consequente:
∙ assim que o adversário reage, deve ocorrer uma rápida mudança
de ritmo e direcção do atacante, procurando explorar o momentâneo
desequilíbrio do defesa;
∙ rápido transporte do peso do corpo para o lado oposto.
DETERMINANTES TÉCNICAS DA FINTA DE CORPO
✓ As Fintas de corpo baseiam-se numa acção rápida e coordenada do corpo
e dos seus segmentos.
∙ Fintas de entrada: podem ser simples (finta para um lado e vai para o outro)
ou dupla (finta para a esquerda, finta para a direita e entra pela esquerda). É
necessário uma rápida mudança de velocidade e de sentido.
∙ Envolvimento com bola (ou rotação): a fase de paragem em frente do
adversário é feita de costas para ele, o que é conseguido com rotação do corpo
sobre um dos pés (de apoio). Na fase seguinte ocorre nova rotação (esquerdo
ou direito) precedida ou não de uma falsa informação e que normalmente é
culminada por passe ou remate.
∙ Envolvimento sem bola: acção muito utilizada pelo pivot, principalmente
quando é marcado por trás. Nesta situação, o atacante de costas para o
defesa, simula com uma rotação de tronco, a entrada para um dos lados,
entrando pelo outro, após rotação do corpo sobre um dos pés
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 22
DETERMINANTES TÉCNICAS DA FINTA DE PASSE
✓ Na sua execução, deve cobrir-se a
maior parte da bola, o jogador simula
um passe para o colega, e logo que
obtenha a resposta do adversário que
fica preso à finta, ele modifica a
direcção do movimento do seu braço e
utiliza o passe mais adequado à
situação. O êxito da finta depende do
movimento do pulso e dos dedos.
DETERMINANTES TÉCNICAS DA FINTA DE REMATE
✓ A sua eficácia depende da variedade de remates dos jogadores atacantes.
Trata-se de convencer o defesa que podemos rematar com força e precisão.
Logo, qualquer movimento preparatório de finta tem de dar a impressão que
se prepara o remate.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 23
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Utilizar várias vezes seguidas a mesma acção (finta), fazendo com que o
defesa se adapte rapidamente.
✓ O desenvolvimento da finta faz-se com a velocidade uniforme, sem
mudanças de ritmo, o que dilui um pouco o efeito de falsas informações,
facilitando a recuperação do defesa.
✓ Demasiada rapidez, fazendo com que o adversário não tenha tempo de
reagir aos falsos sinais.
✓ A finta é executada demasiado perto do adversário, o que lhe possibilita a
sua fácil anulação.
✓ Finta executada demasiado longe do adversário, tornando ineficaz qualquer
falsa informação.
✓ Finta executada com excesso de passos, pois o atacante não faz coincidir o
seu início com o ponto "zero" dos apoios.
MUDANÇAS DE DIRECÇÃO
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ São todas as acções que envolvem
alterações mais ou menos acentuadas
na trajectória inicial do jogador.
✓ O atacante muda de direcção para
evitar e abordar o defesa;
✓ Os defesas utilizam também estas
acções para seguir os atacantes.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 24
DETERMINANTES TÉCNICAS DA MUDANÇA DE DIRECÇÃO
✓ Na sequência natural da corrida, grande apoio sobre o pé oposto à direcção
para onde o jogador se quer deslocar, com ligeira flexão dessa perna, para
contrariar a inércia do corpo e favorecer a sua impulsão para a nova direcção;
✓ Pequena rotação sobre a parte anterior do pé de apoio orientando-o
parcialmente na nova direcção;
✓ Impulsão forte na direcção porque se vai optar (orientação rápida do joelho,
ponta do pé, cabeça e tronco na direcção do movimento);
✓ As trajectórias dos jogadores raramente devem ser curvas, ou seja, a cada
mudança de direcção deve corresponder um ângulo bem marcado entre as
duas direcções percorridas;
✓ Cada mudança de direcção deve ser acompanhada de um aumento de
velocidade de deslocamento, sendo este requisito bastante importante para
surpreender os adversários e ganhar a desejada situação de vantagem.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Paragem para arranque na nova direcção;
✓ Movimentação lenta.
TRAVAGEM / PARAGEM
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Movimento que permite ao jogador
“parar” (travar) o seu deslocamento.
✓ Não infringir a regra dos apoios
aquando da recepção, em
deslocamento, de uma bola, ou após
drible
✓ Surpreender o adversário ganhando
situação de vantagem.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 25
DETERMINANTES TÉCNICAS DA TRAVAGEM
A travagem pode ser realizada a um ou a dois tempos:
Travagem a um tempo:
✓ Pressupõe a existência de um salto que deverá ser pouco perceptível ou
bastante atenuado;
✓ O trabalho muscular para travar o movimento do corpo é feito
simultaneamente pelas duas pernas;
✓ Pés ficam quase sempre paralelos.
Travagem a dois tempos:
✓ Interrupção da sequência dos movimentos da corrida através de dois passos
sucessivos para travar o deslocamento;
✓ O trabalho muscular para travar o movimento do corpo é feito
alternadamente pelas duas pernas;
✓ Existe tendência para que um dos pés fique mais avançado que o outro,
estando a distância entre eles de algum modo dependente da velocidade de
deslocamento (deve-se insistir para que esse afastamento não seja
pronunciado).
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Travagem demasiado tardia e consequente infracção à regra dos apoios.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 26
✎ COMPONENTES TÉCNICAS DEFENSIVAS
POSIÇÃO BASE DEFENSIVA
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Serve como posição de partida para
todos os movimentos e acções
defensivas de um jogador, facilitando
os processos técnicos e movimentos.
✓ A posição base defensiva é adoptada
assim que um jogador perde a posse
de bola e inicia o processo defensivo.
✓ Facilita e ajuda os movimentos e
processos técnicos. A atitude base
defensiva permite entrar em acção
com a rapidez que as circunstâncias o
exijam.
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Peso do corpo igualmente distribuído pelas duas pernas e manter uma flexão
alternativa entre as duas pernas no sentido de melhor vencer a inércia
✓ Os braços semi flectidos com as mãos colocadas ligeiramente acima da linha
dos ombros.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 27
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Corpo esticado e rijo
✓ Braços ao longo do corpo
✓ Demasiado afastamento das pernas.
DESLOCAMENTOS DEFENSIVOS
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ São todos os deslocamentos que
acompanham o jogador atacante.
✓ Temos deslocamentos laterais,
frontais e de recuo.
✓ Impedir a progressão do atacante e
defesa da baliza.
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Centro de gravidade baixo, através da semi-flexão dos joelhos
✓ Pés mais ou menos à largura dos ombros e tronco ligeiramente inclinado para
a frente
✓ Braços em cima para intervir sobre a bola e sobre o adversário directo
✓ Realizados a grande velocidade e a pequenas distâncias;
✓ Realizados de forma rasante.
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Cruzamento das pernas (troca de apoios)
✓ Juntar os pés – desequilíbrio
✓ Deslocamento em salto - perca de contacto com o solo.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 28
DESARME
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Acções realizadas pelo defesa para
desviar ou ficar com a posse da bola.
✓ Recuperação da posse da bola
Evitar:
✓ O remate à baliza
✓ A progressão em drible do atacante
✓ Evitar o passe entre os atacantes.
DETERMINANTES TÉCNICAS DO DESARME FACE A UM DRIBLADOR
✓ Desarme frontal: o defesa com a mão bem aberta e com os dedos bem
afastados, procura o contacto com a bola na sua fase ascendente.
✓ Desarme lateral: o defesa, ombro a ombro com o atacante e obstruindo-lhe
a trajectória para a zona central, com a mão mais próxima do oponente bem
aberta e com os dedos afastados, procura o contacto com a bola (na sua fase
ascendente).
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ O defesa, situado lateralmente ou
atrás do atacante, em plena fase do
remate, procura com a mão aberta e
os dedos juntos, tocar a bola
executando um movimento com o
braço, de baixo para cima.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 29
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Mão executora e braço correspondente entram em contacto com o
adversário (falta)
✓ Precipitação na tentativa do desarme, sendo facilmente ultrapassado.
BLOCO
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS
✓ Defesa de bolas que são rematadas
por cima, pelo lado e por baixo do
defesa.
✓ Intercepção do remate e defesa da
baliza
✓ Recuperação da posse da bola.
DETERMINANTES TÉCNICAS
✓ Braços em elevação superior, ligeiramente flectidos à altura da cabeça
✓ Os dedos devem encontrar-se bem abertos de modo a aumentar a superfície
do bloco, e em tensão, para evitar lesões provocadas pelo impacto da bola
✓ “Controlar” ao mesmo tempo o adversário directo e a bola
✓ O defesa deve orientar o bloco de acordo com as intenções do rematador.
.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 30
ERROS MAIS FREQUENTES
✓ Mãos não estão tensas (provocando lesões)
✓ O defesa está com os braços demasiado afastados
✓ O defesa é lento a formar o bloco.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 31
✎ COMPONENTES TÁCTICAS
O modo como uma equipa coloca problemas ao adversário e a maneira como este
se organiza e adapta para tentar encontrar a resposta mais adequada, constituem uma
relação fundamental em andebol. Cada jogador tem que conhecer perfeitamente as
tarefas individuais e colectivas a desempenhar ao longo do jogo, de modo a integrar-se
plenamente na acção da equipa e a responder eficazmente a todas as situações de jogo
na inter-relação e intercomunicação de todos os elementos que integram a acção global
do jogo.
Deste modo, serão analisadas algumas formas como a equipa se pode organizar
nas acções ofensivas e defensivas do jogo, procurando rentabilizar os seus recursos,
para responder positivamente aos problemas que lhe são colocados.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 32
✎ COMPONENTES TÁCTICAS OFENSIVAS
O contra – ataque, resultante de uma falha do adversário, de uma boa
intervenção do guarda – redes ou de uma intercepção da defesa é muitas vezes a
primeira situação possível de ataque.
Para que o contra ataque tenha êxito, é necessário haver superioridade
numérica, isto é, existirem mais atacantes que defesas na zona do campo onde se
encontra a bola.
Na situação de três jogadores contra dois defesas, o atacante, tendo o
caminho livre e registando movimentações dos adversários, deve driblar e rematar
junto à área. Se algum dos defesas pressionar, deve passar a bola imediatamente
ao companheiro livre.
Se o defesa conseguir organizar é provável que os atacantes tenham de
enfrentar uma defesa individual, em que cada um dos defensores se ocupa de um
atacante. Este sistema defensivo favorece a luta 1 contra 1, devendo o atacante
ser capaz de realizar fintas para ultrapassar o defesa e criar assim situações de
superioridade numérica. Se o atacante não consegue vantagem sobre o adversário,
como acontece muitas vezes, necessita do apoio de um colega a quem possa passar
a bola. Este para receber, tem a necessidade de se desmarcar, usando fintas e
mudanças de direcção, de forma a enganar o seu defensor.
Qualquer desmarcação deve realizar-se para uma zona liberta de adversários.
Se o contra – ataque não tiver êxito porque os defesas recuperaram
rapidamente, os atacantes devem saber enfrentar uma defesa zonal. É então
necessário que os jogadores ocupem posições específicas no campo, por forma a
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 33
envolver a defesa e, ao mesmo tempo, prever a possibilidade de virem a perder a
bola. Neste caso, os jogadores mais recuados serão os primeiros responsáveis pela
realização da recuperação defensiva.
Também os sistemas ofensivos são definidos em função da existência de duas
linhas de ataque. No caso do sistema 3:3 , a primeira delas é constituída pelos
laterais LE e LD e o central C , enquanto na segunda linha estão colocados o pivot
PI e os pontas PE e PD.
Para atacar uma defesa zonal, é fundamental criar situações de
superioridade numérica que conduzem à libertação de um jogador que sem
oposição, possa finalizar através de remate. O ataque ao espaço persegue este
objectivo, na medida em que o jogador procura atrair sobre si a tenção de dois
adversários.
Outro meio táctico empregue é o cruzamento. O jogador sem bola decide
passar por detrás de um companheiro ( cruzar ), podendo desta forma conquistar
uma situação de superioridade numérica.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 34
Também a combinação ponta – pivot, uma das mais utilizadas contra defesas
zonais, pode proporcionar situações de superioridade numérica.
O ponta movimenta-se quando a bola viaja do lateral para o central, surgindo
nas costas do lateral defensivo, face à simulação de remate do lateral ofensivo.
Deve estar preparado para receber a bola e rematar ou, no caso de movimentação
do ponta contrário na sua direcção, colocar a bola no companheiro liberto.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 35
ACÇÕES TÉCNICO – TÁCTICAS COLECTIVAS OFENSIVAS
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS DO ATAQUE
✓ São como comportamentos
coordenados de vários jogadores,
com o intuito de realizar os
objectivos do ataque
✓ Ataque da baliza (finalização)
✓ Manutenção da posse de bola
✓ Provocar erros defensivos
DETERMINANTES TÉCNICAS DO BLOQUEIO
✓ Consiste em o atacante interpor o seu corpo entre um defesa que está a
marcar outro atacante (bloqueando-o), no sentido de dificultar as suas acções
defensivas, permitindo deste modo, a criação de espaços para a penetração
do seu colega
DETERMINANTES TÉCNICAS DO PASSE E ENTRA
✓ Consiste na seguinte movimentação:
Um jogador envia a bola a um
companheiro que se desmarcou e tenta
recebê-la de novo, movimentando-se
na direcção da baliza, criando uma
situação de superioridade numérica que
pode conduzir à finalização
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 36
✎ COMPONENTES TÁCTICAS DEFENSIVAS
Para além da defesa individual, é também necessário abordar a utilização de
uma defesa zonal, a qual, no jogo formal é a mais vulgar.
Neste tipo de defesa, cada jogador, ao invés de ter um adversário fixo, é
responsável por uma determinada área do campo. Os sistemas de defesa à zona são
designados, conforme o número de jogadores que se encontram na priemeira e
Segunda linha defensivas. Tomando como exemplo o sistema 5:1, verifica-se que
este possui 5 jogadores na primeira linha ( a que se encontra mais próxima da
baliza ) e um pouco mais à frente, numa Segunda linha, está apenas um jogador.
Os pontas são responsáveis pela marcação dos pontas contrários, executando
deslocamentos laterais. O central C vigia o jogador pivot. Os laterais defensivos
LD e LE vigiam os laterais atacantes. O defesa avançado DA encarrega-se do
central ofensivo, sendo o jogador que terá de realizar deslocamentos mais
diversificados.
Os deslocamentos dos laterais defensivos são efectuados frontal e
lateralmente ou de recuo, para se aproximarem do seu adversário directo e
recuperarem posição na primeira linha defensiva.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 37
O jogador que sai ao portador da bola não regressa à sua posição inicial, mas
desloca-se para a linha dos 6 metros, para o lado onde foi enviada a bola ( triângulo
defensivo ).
Por isso, com a bola num lateral, deve verificar-se o movimento de flutuação
frontal do lateral defensivo, enquanto o defesa avançado recua ligeiramente, de
forma a poder dobrar o seu companheiro, se este for batido por uma finta com a
saída para a zona central.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 38
ACÇÕES TÉCNICO – TÁCTICAS COLECTIVAS DEFENSIVAS
DEFINIÇÃO OBJECTIVOS DO ATAQUE
✓ São comportamentos coordenados
vários jogadores, com o intuito de
realizar os objectivos da defesa.
✓ Defesa da baliza
✓ Recuperação da posse de bola
✓ Provocar erros ofensivos
DETERMINANTES TÉCNICAS DA FLUTUAÇÃO
✓ Deslocamento colectivo de acordo com a trajectória da bola.
DETERMINANTES TÉCNICAS DO DESLIZAMENTO
✓ Consiste na acção de marcar o adversário directo, acompanhando-o no seu
deslocamento, mesmo que este entre na zona de intervenção de outro defesa.
✓ Desta acção resulta a alteração da zona de actuação do defesa.
DETERMINANTES TÉCNICAS DA TROCA DE ADVERSÁRIO
✓ Após uma permuta dos atacantes, o defesa troca de adversário directo com
outro defesa, não alterando a sua zona de responsabilidade.
✓ Esta acção verifica-se quando os defensores se encontram na mesma linha
defensiva.
Escola Secundária de Anadia – Núcleo de Estágio de Ed. Física 2000/2001
Documento da Modalidade - Andebol 39
✎ BIBLIOGRAFIA
• Oliveira, Fernando J. (1995). Ensinar o Andebol, Porto: Campo das Letras
Editores
• Grande Enciclopédia do Desporto (1999). Vol.4, Madrid: Cultural Editora
• Costa, A.; Costa, M. (1997) Na aula de Educação Física 8º Ano, Porto: Areal
Editores
• Barata, João; Coelho, Olímpio (1998), Hoje há Educação Física, Texto Editora.
• Batista, Paula (1997/98), Sebenta de Didáctica do 3º ano da FCDEF-UC
• Graça, Amândio; Oliveira, José (1995), O Ensino dos Jogos Desportivos
Colectivos, FCDEF-UP.
• Programas de Educação Física do 7º,8º e 9º Anos de Escolaridade do Ensino
Básico.
• Ribeiro, M. (1992). Teoria Geral do Andebol, Federação Portuguesa de Andebol.