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MPCDF Fl. 1472 Proc.23435 /13 MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL Quarta Procuradoria PARECER: 246/2017–ML ASSUNTO: AUDITORIA REALIZADA REFERÊNCIA: PROCESSO Nº 23.435/2013 EMENTA: 1. AUDITORIA DE REGULARIDADE. ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES. SERVIDORES ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA DO DISTRITO FEDERAL. RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 9/2013. DECISÃO Nº 1.063/2014. REMESSA DO RELATÓRIO AOS JURISDICIONADOS PARA CONHECIMENTO E MANIFESTAÇÃO ACERCA DAS IRREGULARIDADES. CUMPRIMENTO PARCIAL. DECISÃO Nº 962/2015. NOVAS DETERMINAÇÕES. RECEBIMENTO INDEVIDO DE AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. ACUMULAÇÃO ILÍCITA DE CARGOS. DECISÃO Nº 3.915/2015. NÃO CONHECIMENTO DE PEDIDO DE REEXAME, SEM PREJUÍZO DO APROVEITAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO COMO RAZÕES DE DEFESA NO MOMENTO OPORTUNO. DECISÃO Nº 2.489/2016. IMPROCEDÊNCIA DOS ARGUMENTOS DE DEFESA. REITERAÇÃO DAS DETERMINAÇÕES CONTIDAS NA DECISÃO Nº 962/2015. NOVAS DETERMINAÇÕES. CHAMAMENTO EM AUDIÊNCIA DE RESPONSÁVEL. 2. UNIDADE TÉCNICA CONSIDERA PARCIALMENTE CUMPRIDAS AS DETERMINAÇÕES CONTIDAS NA DECISÃO Nº 2.489/2016. NECESSIDADE DE REVISÃO DO ITEM IV.3.A DO DECISUM E DE NOVAS DETERMINAÇÕES. 3. AQUIESCÊNCIA DO MPC/DF, COM AJUSTE. 1. Tratam os autos de auditoria de regularidade constante do Plano Geral de Ação desta c. Corte de Contas para o exercício de 2013, aprovado nos termos da r. Decisão nº 96/2012, nos autos do Processo nº 28.335/2012, realizada pela Divisão de Fiscalização de Pessoal no exercício de 2013, com o ML7

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MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO DISTRITO FEDERALQuarta Procuradoria

PARECER: 246/2017–ML

ASSUNTO: AUDITORIA REALIZADA

REFERÊNCIA: PROCESSO Nº 23.435/2013

EMENTA: 1. AUDITORIA DE REGULARIDADE. ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES. SERVIDORES ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA DO DISTRITO FEDERAL. RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 9/2013. DECISÃO Nº 1.063/2014. REMESSA DO RELATÓRIO AOS JURISDICIONADOS PARA CONHECIMENTO E MANIFESTAÇÃO ACERCA DAS IRREGULARIDADES. CUMPRIMENTO PARCIAL. DECISÃO Nº 962/2015. NOVAS DETERMINAÇÕES. RECEBIMENTO INDEVIDO DE AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. ACUMULAÇÃO ILÍCITA DE CARGOS. DECISÃO Nº 3.915/2015. NÃO CONHECIMENTO DE PEDIDO DE REEXAME, SEM PREJUÍZO DO APROVEITAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO COMO RAZÕES DE DEFESA NO MOMENTO OPORTUNO. DECISÃO Nº 2.489/2016. IMPROCEDÊNCIA DOS ARGUMENTOS DE DEFESA. REITERAÇÃO DAS DETERMINAÇÕES CONTIDAS NA DECISÃO Nº 962/2015. NOVAS DETERMINAÇÕES. CHAMAMENTO EM AUDIÊNCIA DE RESPONSÁVEL.2. UNIDADE TÉCNICA CONSIDERA PARCIALMENTE CUMPRIDAS AS DETERMINAÇÕES CONTIDAS NA DECISÃO Nº 2.489/2016. NECESSIDADE DE REVISÃO DO ITEM IV.3.A DO DECISUM E DE NOVAS DETERMINAÇÕES.3. AQUIESCÊNCIA DO MPC/DF, COM AJUSTE.

1. Tratam os autos de auditoria de regularidade constante do Plano Geral de Ação desta c. Corte de Contas para o exercício de 2013, aprovado nos termos da r. Decisão nº 96/2012, nos autos do Processo nº 28.335/2012, realizada pela Divisão de Fiscalização de Pessoal no exercício de 2013, com o objetivo de averiguar a legalidade das acumulações de cargos dos servidores do Distrito Federal, bem como os procedimentos adotados pelos órgãos e entidades distritais a fim de evitar situações em desconformidade com a legislação de regência.

2. Oportuno relembrar que os resultados apurados no trabalho de campo foram noticiados no Relatório de Auditoria nº 9/2013 (fls. 117/143), a partir do detalhamento constante das tabelas I (situações regularizadas anteriormente à auditoria – fls. 55/82), II (situações regularizadas durante a auditoria – fls. 83/95) e III (situações ainda não regularizadas – fls. 96/116.ML7

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3. Nesse contexto, após o exame de sua alçada no aludido Relatório de Auditoria nº 9/2013, a Unidade Técnica sugeriu ao e. TCDF:

“I. tomar conhecimento do presente relatório e dos documentos juntados aos autos às fls. 1/116 e no Anexo;II. tomar conhecimento das acumulações dos cargos, empregos e funções e das providências adotadas constantes nas Tabelas I (fls. 55/82) e II (fls. 83/95);III. ter por regulares, apenas em relação aos termos da Decisão nº 2.975/2008, as situações dos servidores Abraão Cavalcante Lima, Douglas Ferreira do Amaral e Maria América Menezes Bonfim Hamu;IV. determinar:

a) às jurisdicionadas constantes na Tabela III (fls. 96/116) que, no prazo de 90 (noventa) dias, regularizem as situações nela elencadas, nos moldes estabelecidos pelo artigo 48 da LC nº 840/2011, para a Administração direta, autárquica e fundacional, ou usando procedimento similar, para as empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como que apresentem documentação comprobatória das medidas adotadas e da regularidade da situação de cada servidor;b) à Agência de Fiscalização do Distrito Federal que, no prazo de 90 (noventa) dias e observado o disposto no art. 48 da LC nº 840/2011, regularize a situação do servidor José Roberto Mendes Pacheco, matrícula nº 01068857, tendo em vista a acumulação ilícita do cargo de Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana nessa Agência e de Enfermeiro na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal;c) à Polícia Militar do Distrito Federal que, no prazo de 90 (noventa) dias, apresente justificativas e a documentação comprobatória em resposta aos questionamentos constantes na NA nº 034, bem como verifique a situação do servidor Adriano João De Araújo, que acumula o posto de Cabo na Polícia Militar do Distrito Federal com o cargo de Atendente de Reintegração Social na Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal, adotando as providências cabíveis para fins de regularização da situação, se for o caso, e informando sobre as providências adotadas;d) ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que, no prazo de 90 (noventa) dias, em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal e a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, proceda, observados o contraditório e a ampla defesa, à regularização dos casos elencados no Anexo II da NA nº 047 (percepção de etapa alimentação/auxílio-alimentação ou de auxílio-creche/pré-escolar em duplicidade), apurando os valores pagos indevidamente, para fins de ressarcimento ao erário, e informe a esta Corte as providências adotadas;e) à Administração Regional do Paranoá que verifique, informe e apresente documentação comprobatória sobre a possível cessão, com manutenção da remuneração, do servidor Hugo Gutemberg Correia Monteiro da Silva, matrícula nº 16563700, da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária para o Instituto Brasília Ambiental (período de 04/05/2010 a 31/12/2010) e para essa Administração Regional (a partir de 27/09/2012) e, caso o servidor tenha sido cedido dos dois vínculos efetivos (Administração

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Regional de Santa Maria e Infraero) e percebido três remunerações (dois vínculos efetivos e dos cargos comissionados), tomar as providências necessárias com vista a promover o ressarcimento ao erário dos valores percebidos indevidamente, a contar da data de conhecimento da Decisão nº 2.975/2008 pela jurisdicionada, observados o contraditório e a ampla defesa (Precedente: item II-h da Decisão nº 355/2011 - Processo nº 27.744/2009);f) à Secretaria de Estado de Educação e à Secretaria de Estado de Administração Pública do Distrito Federal, em conjunto, que adotem – tendo em conta que até setembro/2013 a situação do servidor Wilmar Lacerda estava em dissonância com o disposto na Decisão nº 2.975/2008 (art. 120 da Lei 8.112/90 e art. 156 da LC 840/11) – as providências necessárias com vista a promover o ressarcimento ao erário dos valores percebidos indevidamente, a contar da data de conhecimento do referido decisum pelas jurisdicionadas, observado o contraditório e a ampla defesa (Precedente: item II-h da Decisão nº 355/2011 - Processo nº 27.744/2009);

V. recomendar a todas as jurisdicionadas, no que se refere à acumulação de cargos:a) a adoção, como conjunto mínimo e adequado de verificações de acumulações de cargos, consultas ao SIGRH, ao Portal da Transparência do Governo Federal e à RAIS. Além disso, considerando que as informações da RAIS podem não estar atualizadas, caso seja detectado algum vínculo nessa base de dados, é necessário realizar consultas adicionais nos portais da transparência dos entes ou nos portais dos tribunais de contas, quando houver a disponibilização dessas informações (como no caso do TCM/GO, do TCM/CE e do TCM/BA, que trazem informações da maioria dos municípios dos respectivos estados, por exemplo). Por fim, se houver alguma dúvida quanto à natureza jurídica dos vínculos listados na RAIS, é possível consultar o site da RFB, para verificar se a entidade se enquadra nas pessoas jurídicas a que se refere o artigo 37, incisos XVI e XVII, da CRFB; b) a prioridade na verificação anual da compatibilidade das jornadas de trabalho dos servidores que acumulam cargos (artigo 46, § 3º, da LC nº 840/2011), bem como a necessidade de exigir nesse mesmo momento dos seus servidores que recebam auxílio-alimentação ou auxílio-creche/pré-escolar, ou benefícios equivalentes, documentos comprobatórios de que não recebem esses mesmos benefícios nos demais vínculos, para assegurar o cumprimento do disposto no artigo 112, II, da LC nº 840/2011 e nos artigos 3º e 5º do Decreto nº 33.878/2012 (auxílio-alimentação), e na Lei nº 792/1994 e no artigo 7º do Decreto nº 16.409/1995 (auxílio-creche/pré-escolar);c) que apenas sejam aceitos, para fins de comprovação do cancelamento de pagamentos ou benefícios irregulares, declarações expedidas por entidades públicas ou cópias dos contracheques corrigidos, não bastando cópias de requerimentos ou declarações sem lastro probatório dos próprios interessados;

VI. autorizar a remessa de cópia do Relatório de Auditoria e dos documentos de fls. 55/116 à Adasa, à Agefis, à Casa Civil, ao CBMDF, à Ceasa, à Codeplan, ao DER, ao DETRAN, ao DFTrans, à Emater/DF, à FHB, à FJZB, ao METRÔ, à NOVACAP, à PMDF, à SAB, à SC, à SEAGRI, à SEAP, à SECriança, à SEDEC, à SEDEST, à SEFAZ, à SEG, à SEJUS, à SEOPS, à SEPLAN, à SESP, à SETRAB, ao SLU, à SSP, à STC e às Administrações Regionais de Brazlândia, Planaltina, Ceilândia, Guará,

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Candangolândia, Park Way e Paranoá, bem como do Relatório de Auditoria e da NA nº 047 (fls. 1.507/1.510 - Anexo) à SEDF e à SESDF e da NA nº 011 à SEDF (fls. 556/559 - Anexo), a fim de subsidiar a adoção de providências quanto às falhas e impropriedades verificadas, bem como tomarem ciência dos casos que foram considerados regulares ou regularizados durante a auditoria. ” (Fls. 139/142 - Grifos no original).

4. O Parquet especializado, por meio do Parecer nº 64/2014-ML (fls. 146/156), convergiu, na essência, com o Corpo Instrutivo, após o que, o e. Tribunal exarou o r. Decisum nº 1.063/2014 (fl. 172), mediante o qual determinou a remessa de cópia do relatório aos gestores das jurisdicionadas constantes da Tabela III (fls. 96/116), bem como da Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS, das Secretarias de Estado de Educação e Saúde do Distrito Federal – SEE/DF e SES/DF e também aos Comandantes das Corporações militares do Distrito Federal – PMDF e CBMDF para conhecimento e manifestação.

5. Dessarte, nos termos do Parecer nº 110/2015-ML (fls. 782/798), o MPC/DF novamente se manifestou nos autos, desta feita acerca dos esclarecimentos apresentados pelos órgãos que atenderam à deliberação do e. Tribunal, por meio dos documentos de fls. 196/277, 326/433, 442/588, 615/618, 645/655, 659/675 e 385/825.

4. Ainda, em outra oportunidade, haja vista as deliberações contidas no r. Decisum nº 962/2015 (fls. 818/820), o Órgão Ministerial convergiu com as conclusões a que chegou o Corpo Técnico na instrução juntada às fls.1.178/1.192.

5. Naquele momento, por intermédio do Parecer nº 192/2016-ML (fls. 1.196/1.217), esta Quarta Procuradoria pugnou para que o e. Tribunal reiterasse ao CBMDF e à PMDF as determinações contidas nos itens V.a e V.c da r. Decisão nº 962/2015 no que toca à cumulação ilícita de cargos por integrantes das Corporações, bem assim, também mediante reiteração, deliberasse à Secretaria de Fazenda do DF - SEF/DF e à então Secretaria de Gestão Administrativa do DF –SEGAD/DF acerca da necessidade de regularização das acumulações de cargos indevidas identificadas na Auditoria e, ainda, à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do DF – SEJUS/DF, no que toca ao pagamento indevido da Gratificação de Atendimento ao Público – GAP a servidor da AGU que, cedido ao TRE/DF atuava, por disponibilidade deste Tribunal Eleitoral, na Gerência da Unidade Rodoviária, no Serviço de Atendimento Imediato ao Cidadão – Na Hora.

6. Na mesma oportunidade, em harmonia com a Divisão de Fiscalização de Pessoal, este Órgão Ministerial propugnou pela audiência do titular da Administração Regional do Paranoá – RA VII, em razão do descumprimento do item VII da r. Decisão nº 962/2015.

7. Das manifestações supracitadas, decorreu a deliberação expressa no r. Decisum nº 2.489/2016 (fls. 1.250/1.251), in verbis:

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“O Tribunal, por unanimidade, de acordo com o voto da Relatora, decidiu: I – tomar conhecimento: a) das providências adotadas pelas jurisdicionadas, conforme os documentos de fls. 838/840, 844/856, 858/875, 876/902, 903/929, 975/992, 993/1037, 1038/1046, 1047/1054, 1055/1069, 1070/1078, 1079/1087, 1088/1090, 1091/1095, 1098/1107 e 1121/1152; b) das razões de defesa apresentadas pela servidora Elaine Freitas Alves dos Santos, às folhas 931/956 para, no mérito, considerá-las improcedentes; II – considerar parcialmente cumprida a Decisão nº 962/2015; III – considerar elididas as irregularidades relativas às acumulações ilícitas dos militares Amadeo Gonçalvis da Silva, Luciano da Silva Alves e Manoel Nunes dos Santos, dos servidores Alcivânio Soares Bomfim, Alexandre Gonçalves de Almeida, Ana Aparecida da Silva Ribeiro, Clarinda Eufrásia da Silva, Edson Luiz Campos da Silva, Eliarlan Lima Oliveira, Eliete Antero Barbosa Carvalho Coelho, Fátima Rodrigues de Matos Silveira, Jesiel de Abreu Marra, João Nunes Teixeira, Jorge Fonseca de Santana, José Roberto Mendes Pacheco, Paulo Roberto Lira Nascimento, Raimundo Paulino Nunes, Wellington Simão de Lima e Wilson dos Santos Silva, dos ex-servidores Aldo Pacífico da Rocha Júnior, Alisson Lima Cunha, Anderson Domingos Sousa Mendes, Antônio Tadeu Rodrigues dos Santos, Reinaldo Ribeiro Silva e Vanderlei Soares de Macedo; IV – determinar: 1) à Polícia Militar do Distrito Federal que, no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias, apresente justificativas e a documentação comprobatória em resposta aos questionamentos constantes na NA nº 034, apenas em relação aos militares Aldo Antônio Borotto, Anderson Rodrigues de Sousa, André Luís Ferreira Guimarães, Antônio Haroldo Camelo da Silva, Clayton Feliciano Rolim, Douglas Ribeiro, Gilvan dos Santos, Josevaldo Café de Matos, Marcelo Souza Vaz, Marcos Antônio de Oliveira Castro, Marialdo Junio Santos Siqueira, Petrônio Leôncio de Souza Leal, Roberto Carlos Fonseca dos Santos, Ronaldo Barbosa de Sousa, Ronio Machado da Silva, Sandro Alberto Pinto, Sérgio Luiz dos Reis, Silvana Martins da Silva, Thiago Campos César, Wellington Pereira Leite, Rodolfo Acelino de Oliveira da Conceição, sob pena da aplicação da multa prevista no artigo 57, inciso IV, combinado com inciso VII, da Lei Complementar nº 1/1994; 2) à Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal que, em relação servidor Marco Vinicius Pereira de Carvalho, cumpra rigorosamente o disposto na Lei nº 840/2011, em especial os parágrafos 1º e 2º do seu artigo 133, informando ao Tribunal, no prazo de 60 (sessenta) dias, acerca das providências adotadas; 3) ao Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal: a) no prazo de 60 (sessenta) dias, considerando que a impossibilidade de revisão de que trata as Decisões do TCDF 5440/04, 6551/05 e 5385/08 somente alcança o militar Amadeo Gonçalvis da Silva, aplique o entendimento do Parecer nº 3.294/2012/PROPES/PGDF, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, em relação aos militares Fábio Cruz de Souza, Noé Albuquerque Oliveira e Wendel do Nascimento Ferreira, considerando a superação parcial do entendimento do Parecer nº 786/2012 PROPES/PGDF; b) informe quando do deslinde da ação judicial nº 2014.01.1.015558-5 1ª JEFP; 4) à Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal que dê ciência à interessada desta decisão e, no prazo de 60 (sessenta) dias, apresente ao TCDF a conclusão sobre a licitude da acumulação de cargos pela servidora Elaine Freitas Alves dos Santos, devendo continuar observando o direito ao contraditório e a ampla defesa; 5) em reiteração à Administração Regional do Paranoá que, no prazo improrrogável de 60

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(sessenta) dias, cumpra o item VII da Decisão nº 962/2015; 6) à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania, com fulcro nos artigos 77 e 78 da LC nº 840/2011, que, no prazo de 60 (sessenta) dias, regularize a situação do servidor João Alves da Silva Filho e dos demais servidores em situação análoga, por meio de sua(s) requisição(ões) com ônus para origem, ou pela cessação do pagamento da GAP, precedida da alteração do termo de cooperação pertinente, com vistas a extinguir a obrigação de pagamento da referida gratificação; V – ordenar a audiência do responsável titular da Administração Regional do Paranoá, em razão do descumprimento do item VII da Decisão nº 962/2015; VI – autorizar: a) a remessa de cópia da instrução e do relatório/voto da Relatora às jurisdicionadas referida no item IV, anterior, para melhor compreensão da matéria; b) o retorno dos autos à Secretaria de Fiscalização de Pessoal, para os devidos fins.” (Grifos acrescidos).

8. Considerando essa deliberação, o Corpo Técnico, desta feita mediante a instrução de fls. 1.446/1.467, informou que a r. Decisão nº 2.489/2016 foi parcialmente cumprida.

9. Dessarte, consignou que, em razão dos subitens 1 a 6 do item IV acima transcrito, foram avaliadas as informações prestadas por intermédio dos Ofícios nºs 1.312/2016 – SAF e anexos (fls. 1.265/1.376); 629/2016-GAB/SEF e anexos (fls. 1.289/1.323); 1.238/2016-CBMDF_GABCG e anexos (fls. 1.380/1.420); 1.277/2016-GAB/SEPLAG e anexos (fls. 1.324/1.376); 321/2016-GAB/RA VII e anexos (fls. 1.277/1.282); e 190/2016-GAB/NAHORA/SEJUS (fls. 1.377/1.378).

10. Ainda, em relação ao subitem 2 do item IV, pontuou que, na análise, foram consideradas também as informações relativas ao vínculo do servidor distrital Marco Vinicius Pereira de Carvalho, matrícula nº 92.148-3, com a Prefeitura de Taió/SC, prestadas pela Promotoria de Justiça daquele Município, por intermédio do Ofício nº 57/2016/PJ/TAI e anexo (fls. 1.262/1.263), remetido à Unidade Técnica mediante o Ofício nº 35/2016-ML (fls. 1.260/1.261).

11. Igualmente, acrescentou que, em relação ao subitem 5 do item IV da r. Decisão nº 2.486/2016, o Sr. Hugo Gutemberg Correia Monteiro da Silva protocolou a defesa de fls. 1.283/1.288, que faz referência a suposta notificação, sem número, dirigida a sua pessoa por este c. Tribunal.

12. Por derradeiro, no que toca ao item V da deliberação plenária, consignou que as justificativas do responsável também se deram por intermédio do Ofício nº 321/2016-GAB/RA VII e anexos (fls. 1.277/1.282).

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13. Nesse diapasão, tendo em vista o contido no item IV.11 do r. Decisum, discorreu que a PMDF informou que a acumulação de proventos do militar inativo Aldo Antônio Borotto com dois cargos civis (nº 1 da NA nº 34 à fl. 1.316 do Anexo), ainda está sob apreciação da Diretoria de Inativos da Corporação.

14. Em relação ao militar Rodolfo Acelino de Oliveira da Conceição (n º 32 da NA nº 34, fl. 1.327 do Anexo), pontuou que a Corporação noticiou sobre a regularização da situação adversa de cumulação de cargos do castrense, em razão da sua opção pelo cargo na PMDF e apresentação de documento de comprovação da sua desvinculação do e. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás – TJ/GO.

15. Em contraponto a essa manifestação, a Unidade Técnica salientou que tal desvinculação não foi comprovada perante o c. TCDF e que, mediante consulta ao Portal da Transparência do c. TJ/GO, foi possível verificar a permanência do militar no cargo efetivo de Oficial de Justiça – Avaliador Judiciário II (fls. 1.428/1.429). Destarte, ressaltou a necessidade de que a PMDF apresente a documentação comprobatória da informação prestada.

16. Prosseguindo, aduziu que, afora essas duas situações pendentes de solução em relação aos apontamentos lançados na auditoria em exame, as outras informações apresentadas pela PMDF foram suficientes para responder aos demais questionamentos indicados na NA nº 34.

17. A propósito, discorreu que:

“(...)12. Informou que Anderson Rodrigues de Sousa, André Luís Ferreira Guimarães, Gilvan dos Santos e Roberto Carlos Fonseca dos Santos (nºs 3, 4, 9 e 18 da NA nº 034, fls. 1317, 1319 e 1322 do Anexo), se encontram em quadro específico da área de saúde na PMDF, conforme atestam os documentos de fls. 1269/1272, podendo ‘ocupar outro cargo de mesma natureza, nos termos da Emenda Constitucional 77/2013’ (fl. 1266). Em vista disso, os questionamentos do Anexo da NA nº 034 podem ser considerados satisfatoriamente respondidos em relação a esses quatro militares.13. Apontou que quatorze militares ‘tiveram os seus procedimentos suspensos por força das Decisões de número 34/2015-TCDF e 45/2015-TCDF’ (fls. 1266 e 1275/1276): Amauri Ferreira de Sousa1, Antônio Haroldo Camelo da Silva,

1 “IV – determinar: 1) à Polícia Militar do Distrito Federal que, no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias, apresente justificativas e a documentação comprobatória em resposta aos questionamentos constantes na NA nº 034, apenas em relação aos militares Aldo Antônio Borotto, Anderson Rodrigues de Sousa, André Luís Ferreira Guimarães, Antônio Haroldo Camelo da Silva, Clayton Feliciano Rolim, Douglas Ribeiro, Gilvan dos Santos, Josevaldo Café de Matos, Marcelo Souza Vaz, Marcos Antônio de Oliveira Castro, Marialdo Junio Santos Siqueira, Petrônio Leôncio de Souza Leal, Roberto Carlos Fonseca dos Santos, Ronaldo Barbosa de Sousa, Ronio Machado da Silva, Sandro Alberto Pinto, Sérgio Luiz dos Reis, Silvana Martins da Silva, Thiago Campos César, Wellington Pereira Leite, Rodolfo Acelino de Oliveira da Conceição, sob pena da aplicação da multa prevista no artigo 57, inciso IV, combinado com inciso VII, da Lei Complementar nº 1/1994”

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Clayton Feliciano Rolim, Douglas Ribeiro, Josevaldo Café de Matos, Marcelo Souza Vaz, Marcos Antônio de Oliveira Castro, Petrônio Leôncio de Souza Leal, Ronaldo Barbosa de Sousa, Ronio Machado da Silva, Sandro Alberto Pinto, Sérgio Luiz dos Reis, Silvania Martins da Silva e Wellington Pereira Leite (nºs 2, 5/7, 10/12, 16, 19/23 e 25 da NA nº 034, fls. 1316/1324 do Anexo). Considerando que esses casos já estão sendo examinados no Processo TCDF nº 1069/2002, devem ser excluídos destes autos, para evitar duplicação de esforços.14. Quanto aos militares Marialdo Junio Santos Siqueira e Thiago Campos César (nºs 14 e 24 da NA nº 034, fls. 1320 e 1324 do Anexo), afirmou que foram desligados da Corporação, em 08/05/2014 e 09/12/2014, respectivamente (fl. 1268). Verificamos que as publicações ocorreram nos DODF de 27/05/2014 e 18/12/2014, respectivamente (fls.1430 e 1433). Cabe comentar que o primeiro foi licenciado da PMDF para exercer o cargo de Auditor Fiscal de Trânsito do DETRAN/DF (fl. 1432), tendo por esse motivo também pedido vacância, a contar da mesma data, do cargo efetivo de Auxiliar em Saúde (AOSD-Operador de Máquina) na SES (pág. 10 do DODF de 16/07/2014, fl. 1431). Com isso, cessaram as acumulações ilícitas dos dois militares.” (Fls. 1.449/1.450 - Grifos acrescidos).

18. Com relação ao item IV.22, consignou que as informações prestadas pela SEF/DF foram insuficientes para o atendimento da deliberação contida no subitem, haja vista que, em consulta ao Sistema Único de Gestão de Recursos Humanos - SIGRH, foi possível constatar que o servidor Marco Vinicius Pereira de Carvalho, Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental, matrícula nº 92.148-3, que solicitou vacância do cargo efetivo, mantém o vínculo ativo com a SEF/DF, em que pese ter sido nomeado para o exercício do cargo efetivo de advogado da Prefeitura Municipal de Taió/SC, mediante a Portaria nº 11.949 de 7/1/2016 (fl. 1.297).

19. A esse respeito, noticiou que a jurisdicionada informou que o pedido de vacância, autuado no Processo nº 040.000.273/2016, foi indeferido, por se tratar de posse em outro cargo inacumulável fora do Distrito Federal, o que contraria as disposições do art. 54 da Lei Complementar nº 840/2011.

20. E mais, que o servidor fora notificado do indeferimento do seu pleito, oportunidade em que foi concedido o prazo de 30 dias, a partir de 21/7/2016, para se manifestar, após o que, sem o pronunciamento do interessado, seriam adotadas as providências visando a sua exoneração do cargo de Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental, a contar de 7/1/2016.

21. Apesar dessas informações, a Divisão de Atos de Admissões constatou que, decorridos mais de 80 dias do vencimento do prazo fixado pela SEF/DF, não foram adotadas quaisquer das medidas anunciadas pela jurisdicionada.

2 “IV – determinar: 2) à Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal que, em relação servidor Marco Vinicius Pereira de Carvalho, cumpra rigorosamente o disposto na Lei nº 840/2011, em especial os parágrafos 1º e 2º do seu artigo 133, informando ao Tribunal, no prazo de 60 (sessenta) dias, acerca das providências adotadas”

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22. Nesse viés, sugeriu que o c. Tribunal assinasse prazo para que a SEF/DF complementasse as informações prestadas em atenção ao item IV.2 da r. Decisão nº 2.489/2016.

23. Ademais, salientou o Corpo Instrutivo que, a vista das informações apresentadas pelo CBMDF em atendimento aos itens IV.3.a e IV.3.b3 do r. Decisum nº 2.489/2016, concernente à aplicação do entendimento do Parecer nº 3.294/2012/PROPES/PGDF, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, em relação à acumulação de cargos pelos militares Fábio Cruz de Souza, Noé Albuquerque Oliveira e Wendel do Nascimento Ferreira, considerando a superação parcial do entendimento do Parecer nº 786/2012 PROPES/PGDF e também o deslinde do Processo nº 2014.01.1.015558-5 1ª JEFP, em que se discutiu a cumulação de cargos do bombeiro militar Alexandre Gonçalvis de Almeida, destacou a Divisão de Atos de Admissões que:

“26. Quanto ao item ‘IV.3.a’ da Decisão nº 2.489/2016, o Chefe da Seção de Pessoal do CBMDF argumenta que, relativamente aos dois primeiros militares, Fábio Cruz de Souza e Noé Albuquerque Oliveira, o esclarecimento do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF acerca dos marcos referenciais para contagem do prazo de que trata o art. 54 da Lei nº 9.784/99 corroboraria o posicionamento da Corporação de que teria decaído o direito de adotar ações tendentes a extinguir as acumulações ilícitas:

‘Quanto ao 3º SGT QBMG-01 FÁBIO CRUZ DE SOUZA, SIAPE nº 1291148, o signatário ingressou nas fileiras do CBMDF em 14ago2000 como soldado combatente e tomou posse na SES/DF em 03jul2006, na função de enfermeiro na Diretoria de Assistência às Urgências e Emergências. O Processo Administrativo nº 053.000.016/2009 foi autuado em 24nov2011, ou seja, após um período superior a 05 (cinco) anos. A antiga Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar de Acúmulo de Cargo e Emprego, por meio do seu Relatório nº 09/2012, pronunciou-se pela ILEGALIDADE do acúmulo, contudo, o Excº Sr.º Cmt-Geral, com base no Parecer nº 786/2007, vigente à época, manifestou-se por meio do Despacho nº 019/2012-ASJUR/Cmt-Geral, de 28set2012, pela LEGALIDADE do militar 0577287. (...).Quanto ao 3º SGT QBMG-01 NOÉ ALBUQUERQUE OLIVEIRA, SIAPE nº 1405245, ingressou nas fileiras do CBMDF em 30out1995 0579869 como soldado combatente, e tomou posse na SES/DF em 03jun2006. O Processo Administrativo nº 053.001.569/2011, foi iniciado em 15set2011 0579850, por

3 “IV – determinar: 3) ao Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal: a) no prazo de 60 (sessenta) dias, considerando que a impossibilidade de revisão de que trata as Decisões do TCDF 5440/04, 6551/05 e 5385/08 somente alcança o militar Amadeo Gonçalvis da Silva, aplique o entendimento do Parecer nº 3.294/2012/PROPES/PGDF, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, em relação aos militares Fábio Cruz de Souza, Noé Albuquerque Oliveira e Wendel do Nascimento Ferreira , considerando a superação parcial do entendimento do Parecer nº 786/2012 PROPES/PGDF; b) informe quando do deslinde da ação judicial nº 2014.01.1.015558-5 1ª JEFP;”

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meio da Nota de Boletim nº 545/2011 – SAPAJ/COGED/CTROL/CBMDF, ou seja, em um período superior a 5 (cinco) anos. (...).(...)Sendo assim, os processos do 3º SGT QBMG-01 FÁBIO CRUZ DE SOUZA e do 3º SGT QBMG-01 NOÉ ALBUQUERQUE OLIVEIRA foram iniciados após o decurso de 05 (cinco) anos do acúmulo analisado, desta maneira, mesmo com alteração parcial do Parecer nº 786/2012 pelo Parecer nº 179/2013 ambos da PROPES/PGDF, este último não traz alteração aos casos, pois, a inovação implementada pelo último parecer, é a de que, os Processos iniciados antes do lapso temporal de 5 (cinco) anos, ainda que finalizados fora do prazo decadencial, não caberia a aplicação do art. 54 da Lei nº 9.784/99. (...).” (grifo nosso, fl. 1381/1382).

27. Já com relação ao terceiro militar, Wendel do Nascimento Ferreira, o argumento foi de que, ainda que não amparada pelo Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, quanto ao momento em que se verifica o ‘exercício do direito de anular’ do art. 54, § 2°, da Lei n° 9.784/99, a decisão da Corporação pelo decaimento do direito de adotar ações tendentes a extinguir as acumulações ilícitas deveria ser preservada em virtude de ser prévia a esse Parecer:

‘(...)Quanto ao 2º SGT QBMG-01 WENDEL DO NASCIMENTO FERREIRA, SIAPE nº 1403818, o signatário ingressou nas fileiras do CBMDF em 08dez1993 como soldado combatente e tomou posse na SES/DF em 22out2003. O Processo Administrativo nº 053.001.299/2006 foi autuado em 24jul2006. Por meio do Relatório nº 31/2009- CPPADACE, a antiga Comissão pronunciou-se pela ILEGALIDADE do acúmulo analisado, contudo, em grau de recurso, o Excº Srº Cmt-Geral, com base no Parecer nº 786/2012 PROPES-PGDF, vigente à época, manifestou-se por meio do Despacho nº 08/2012 - ASJUR/Cmt-Geral, de 28set2012, pela LEGALIDADE do acúmulo analisado.(...) a inovação implementada pelo último parecer, é a de que, os Processos iniciados antes do lapso temporal de 5 (cinco) anos, ainda que finalizados fora do prazo decadencial, não caberia a aplicação do art. 54 da Lei nº 9.784/99. Neste sentido, o único caso que não se enquadra ao Parecer nº 179/2013, é atinente ao 2º SGT QBMG-01 WENDEL DO NASCIMENTO FERREIRA, contudo, cabe ressaltar que o caso analisado obteve resolução de mérito em período anterior a expedição do parecer retromencionado.” (grifo nosso, fl. 1382).

28. Nota-se que o CBMDF interpretou equivocadamente a determinação do item ‘IV.3.a’ da Decisão do Tribunal, no que diz respeito ao ‘entendimento do Parecer nº 3.294/2012/PROPES/PGDF, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF’.29. O entendimento a ser aplicado aos três militares, conforme explicitado no § 18 da Instrução (fl. 1182), é o de que ‘... ‘a prática da infração disciplinar persiste no tempo, é permanente, daí que não haveria lugar para se falar em perda da oportunidade de exercitar a atividade punitiva cabível’, uma vez que a prescrição só começaria a correr a partir da cessação da acumulação de cargos considerada ilícita’ (cota de aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, fl. 1165v).

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30. Isso também está explicitado no Voto condutor da Decisão: ‘Ainda, quanto ao CBMDF, itens (...), o primeiro, relativo à acumulação de cargos pelos militares Fábio Cruz de Souza, Noé Albuquerque Oliveira e Wendel do Nascimento Ferreira, pugnou para que seja aplicado o entendimento do Parecer nº 3.294/2012, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013, todos da PGDF, tendo em conta que os militares não estão alcançados pela prescrição em face de que a mesma só começaria a correr a partir da cessação da acumulação de cargos considerada ilícita;” (fl. 1243).31. Contudo, o Jurisdicionado desconsiderou essa inteligência e continuou firme na tese equivocada de que, com fundamento no art. 54 da Lei nº 9.784/99, não seria possível iniciar procedimentos para sanar situações vigentes de acumulação ilícita depois de decorridos mais de cinco anos do ato de admissão no último cargo.32. O imbróglio do CBMDF decorreu do fato de ter tomado por base, para análise dos casos em tela, o Parecer nº 786/2012/PROPES/PGDF (fls. 1154/1167), que trata de situação diversa. Como bem observado na instrução anterior do Corpo Técnico, naquele caso o objeto era um ato administrativo que não podia mais ser desconstituído:

‘16. A primeira observação é que esse opinativo jurídico trata de acumulação ilícita de cargos por um bombeiro militar da reserva remunerada com os vencimentos do cargo de professor da SEDF, no qual a transferência para a reserva decorreu exatamente da constatação de acumulação. Nesse caso, havia um ato administrativo relativo à transferência para a reserva que não poderia mais ser desconstituído após 5 anos em respeito à Lei nº 9.784/99’. (grifo nosso, fl. 1182).

33. Nos casos em tela, os atos administrativos do CBMDF que devem ser desconstituídos são justamente os tomados com base no Parecer nº 786/2012/PROPES/PGDF. São os Despachos nºs 08/2012-ASJUR/Cmt-Geral (fls. 1415/1417) e 19/2012-ASJUR/Cmt-Geral (fls. 1394/1398), ambos de 28/09/2012, que declararam, com base no com base no art. 54 da Lei nº 9.784/99, a decadência do direito de praticar atos tendentes a excluir os militares Wendel do Nascimento Ferreira e Fábio Cruz de Souza, respectivamente, da situação de ativo da Corporação ou compeli-los a fazer opção por um dos vínculos, bem como o Despacho que acatou a conclusão do Relatório CPPADACE Nº 13/2012 (fls. 1419/1425), de 19/07/2012, pela legalidade da acumulação do militar Noé Albuquerque Oliveira:

(...)34. Considerando que esses atos foram praticados em 2012, ainda não decaiu o direito da Corporação de anulá-los.35. Quanto ao militar Fábio Cruz de Souza, constou da resposta do CBMDF que o mesmo foi licenciado a pedido das fileiras da Corporação, conforme publicado no DODF nº 047, de 09/03/2015 (fl. 1399). Nota-se, então, que esse caso já estava regularizado antes da Decisão nº 2489/2016.36. Assim, entendemos que o Tribunal poderá considerar não atendido o item “IV.3.a” da Decisão nº 2.489/2016 e determinar ao CBMDF que, com base no Parecer nº 3.294/2012/PROPES/PGDF, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, anule os atos praticados tendo como parâmetro o Parecer nº 786/2012/PROPES/PGDF que beneficiaram os três militares (§ 33), bem como tome providências para sanar as acumulações ilícitas

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dos militares Wendel do Nascimento Ferreira e Noé Albuquerque Oliveira, tendo em conta que não estão alcançados pela prescrição.37. Na última instrução destes autos, foi considerado que o militar Amadeo Gonçalvis da Silva estaria sob o abrigo da impossibilidade de revisão de que trata as Decisões do TCDF 5440/04, 6551/05 e 5385/08:

‘19. A interpretação da Decisão nº 5440/04 conjugada com os esclarecimentos contidos nas Decisões nº 6551/05 e 5385/08, todas do TCDF, revela que somente aqueles militares do Distrito Federal que ocupassem cargos privativos de profissionais de saúde, com admissão já apreciada pela Corte, até a data da Decisão nº 5440/2004, 16/12/2004, não teriam suas acumulações sujeitas à revisão. Contrário senso, aqueles cuja admissão ocorrem após essa data, estão sujeitos a serem revistos.20. Por essa ótica, apenas o militar Amadeo Gonçalvis da Silva estaria sob o abrigo da impossibilidade de revisão de sua situação, tendo em vista ter entrado para as fileiras do CBMDF em 1988 e para a Secretaria da Saúde em 1993, sendo que a legalidade dessa última admissão foi proclamada pelo TCDF por meio da Decisão nº 1630/2003, Processo nº 2485/93.’ (grifos nossos, fls. 1182/1183)

38. Nota-se que a análise da referida Instrução não considerou a condição de que o militar deve exercer as suas funções na Corporação na área de saúde. Conforme consta do Memorando nº 49/2013 – CPPADACE (fl. 1516 do Anexo), o militar era pertencente, à época, à QBMP-0 (combatente), não afeta à área de saúde, tendo por isso a Comissão manifestado, no Processo nº 053.001.270/2006, pela ilegalidade do seu acúmulo junto à SES:

‘II- O 2° TEN AMADEO GONÇALVES DA SILVA, SIAPE 1402314, obteve como manifestação da Comissão no Processo n° 053.001.270/2006 pela ILEGALIDADE do seu acúmulo junto à SES/DF, conforme BR n° 30 de 20ago2009. O militar não pertence à área de saúde. Pertencente, à época, à QBMP – 0 (combatente) conforme memorando n° 950/2008 – SPMAC/DP’ (grifo nosso, fl. 1516 do Anexo).

39. Ao que parece, a própria Corporação, ao dar provimento ao Pedido de Reconsideração do Militar, para declarar regular a acumulação de cargos (fl. 1542 do Anexo), baseou-se apenas na condição de anterioridade à data da Decisão nº 5440/2004.40. Assim, a situação desse militar não pode ser considerada regular por esta Corte, já que o mesmo não pertence a quadro da área de saúde na Corporação, conforme informação do próprio Jurisdicionado.41. A par disso, entendemos que o Tribunal poderá rever o item “IV.3.a” da Decisão nº 2.489/2016 para excluir a consideração relativa ao militar Amadeo Gonçalvis da Silva e determinar ao Jurisdicionado para que adote as providências necessárias para sanar a acumulação ilícita do mesmo, anulando também os atos que o beneficiaram com base na Decisão nº 5440/2004, observada a ampla defesa.(...)43. Por fim, relativamente à diligência do item ‘IV.3.b’ da Decisão nº 2489/2016, o Chefe da Seção de Pessoal do CBMDF prestou os seguintes esclarecimentos:

‘(...)informamos que o Processo nº 2014.01.1.015558-5 do TJDFT, da 1ª JEFP, encontra-se em grau de recurso junto ao Supremo Tribunal de Justiça, por meio do Recurso Extraordinário com Agravo nº 963763-STF, onde o

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Governo do Distrito Federal na condição de Recorrente não obteve conhecimento em seu pleito, conforme publicação do Diário de Justiça nº 91, de 06mai2016 0579868, o que deve confirmar decisão favorável ao militar, garantindo-lhe o acúmulo.” (fl. 1382).

44. Consultando o sítio eletrônico do TJDFT, constata-se que o referido feito já foi arquivado, com decisão transitada em julgado em 30/08/2016 favorável ao militar Alexandre Gonçalves de Almeida (fls. 1444/1445), SIAPE nº 1406161, dando provimento ao recurso para:

‘reconhecer como legítima a cumulação de dois cargos de enfermeiro, um na atividade militar e outro na civil, assim como determinar ao Distrito Federal que se abstenha de qualquer ato tendente ao licenciamento ou exclusão do autor do quadro de praças Bombeiro-Militar, em virtude da acumulação dos cargos.’ (fl. 1444).

45. Em vista disso, a situação da acumulação de cargos desse militar pode ser considerada regularizada em virtude de decisão judicial transitada em julgado, não cabendo nenhuma ação por parte desta Corte de Contas.” (Fls. 1.452/1.457 – Grifos no original e acrescidos).

24. Ato contínuo, desta feita no que toca ao item IV.44 do r. Decisum nº 2.489/2016, de um lado, considerando a manifestação da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF – SEPLAG5, que, por força do Decreto nº 36.825/2015 absorveu as competências da SEGAD/DF, e de outro, após consulta ao SIGRH, por meio do qual foi possível constatar a regularização da acumulação de emprego público na Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília – TCB e proventos de aposentadoria no cargo de Técnico de Nível Superior no Ministério dos Transportes por Elaine Freitas Alves dos Santos, matrícula nº 55.180-5, em razão do desligamento do emprego vinculado à SEPLAG/DF, entendeu que a determinação em questão pode ser considerada cumprida.

25. Igualmente, em relação à deliberação contida no item IV.56, considerou desnecessária a adoção de novas medidas pela Administração Regional do Paranoá – RA VII.

26. Nesse sentido, lembrou que as providências dirigidas a essa jurisdicionada decorreram do apontamento lançado no item 40 da Tabela III (situações ainda não regularizadas), fl. 113 dos presentes autos, relativo à situação do servidor Hugo Gutemberg Correia Monteiro da Silva sobre possível cessão irregular para o exercício de cargos em comissão no IBRAM e na RA VII, enquanto acumulava o cargo público na Administração Regional de Santa Maria com o emprego público na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO.

4 “IV – determinar: 4) à Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal que dê ciência à interessada desta decisão e, no prazo de 60 (sessenta) dias, apresente ao TCDF a conclusão sobre a licitude da acumulação de cargos pela servidora Elaine Freitas Alves dos Santos, devendo continuar observando o direito ao contraditório e a ampla defesa”5 Ofício nº 1.277/2016-GAB/SEPLAG (fl. 1.324).6 “IV – determinar: 5) em reiteração à Administração Regional do Paranoá que, no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias, cumpra o item VII da Decisão nº 962/2015”

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27. Após análise da manifestação do Sr. Hugo Gutemberg Correia Monteiro da Silva dirigida à RA VII (fls. 1.280/1.282) e remetida ao c. Tribunal, por meio do Ofício nº 321/2016-GAB/RA VII, para o atendimento do item IV.5 do r. Decisum nº 2.489/2016, a Área Técnica aduziu que “depreende-se da resposta que o Servidor não teria sido cedido da Infraero para o GDF nos períodos em que exerceu cargo em comissão no IBRAM (período de 04/05/2010 a 31/12/2010) e na Administração Regional do Paranoá (a partir de 27/09/2012), tendo exercido duas jornadas concomitantes com compatibilidade de horário. ” (Fl. 1.461).

28. Ainda nesse tocante, a par do conteúdo do documento intitulado “defesa” protocolado perante o c. Tribunal pelo Sr. Hugo Gutemberg Correia Monteiro da Silva, tendo em vista a r. Decisão nº 962/2015 e o Relatório de Auditoria nº 9/2013, entendeu o Corpo Instrutivo pelo não conhecimento, em virtude de não ter sido emitida qualquer notificação da e. Corte ao interessado, bem como pelo fato de os esclarecimentos nele constantes já terem sido conhecidos por intermédio do mencionado Ofício nº 321/2016-GAB/RA VII.

29. No tocante ao item IV.67 da r. Decisão nº 2.489/2016, a Divisão de Atos de Admissões, relevando a intempestividade do pedido da SEJUS/DF, entendeu pela concessão da prorrogação de prazo, até 31/12/2016, para cumprimento integral da deliberação, com o alerta para a necessidade de envio ao c. Tribunal da documentação comprobatória das medidas adotadas.

30. Nesse viés, consignou que essa jurisdicionada informou, sem apresentar a documentação correspondente, que havia cumprido parcialmente a determinação plenária em relação a João Alves da Silva Filho, mediante a cessação do pagamento da GAP.

31. Finalmente, em relação à audiência determinada no item V8 do r. Decisum nº 2.489/2016 o Corpo Instrutivo, considerando as conclusões atinentes ao item IV.5 da deliberação, consignadas nos parágrafos 26 e 27 deste Parecer, entendeu que não haveria necessidade de propositura de medidas adicionais.

32. Posto isso, o Órgão Instrutivo sugeriu ao c. Plenário:

“I - tomar conhecimento:a) do Ofício nº 1312/2016-SAF e anexos (fls. 1265/1276);b) do Ofício nº 629/2016-GAB/SEF e anexos (fls. 1289/1323);c) do Ofício nº 1238/2016-CBMDF_GABCG e anexos (fls. 1380/1420);

7 “IV – determinar: 6) à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania, com fulcro nos artigos 77 e 78 da LC nº 840/2011, que, no prazo de 60 (sessenta) dias, regularize a situação do servidor João Alves da Silva Filho e dos demais servidores em situação análoga, por meio de sua(s) requisição(ões) com ônus para origem, ou pela cessação do pagamento da GAP, precedida da alteração do termo de cooperação pertinente, com vistas a extinguir a obrigação de pagamento da referida gratificação”8 “V - ordenar a audiência do responsável titular da Administração Regional do Paranoá, em razão do descumprimento do item VII da Decisão nº 962/2015”

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d) do Ofício nº 1277/2016-GAB/SEPLAG e anexos (fls. 1324/1376);e) do Ofício nº 321/2016-GAB/RAVII e anexos (fls. 1277/1282);f) do Ofício nº 190/2016-GAB/NAHORA/SEJUS (fls. 1377/1378);g) do Ofício nº 57/2016/PJ/TAI e anexo (fls. 1262/1263); eh) do Ofício nº 35/2016-ML (fls. 1260/1261);

II – não conhecer da defesa do Sr. Hugo Gutemberg Correia Monteiro da Silva (fls. 1283/1288), em virtude de a Notificação S/N a que se refere não ter sido feita por esta Corte, bem como de os esclarecimentos nela constantes já terem sido conhecidos por intermédio do Ofício nº 321/2016-GAB/RAVII;III – considerar, relativamente à Decisão nº 2.489/2016:

a) parcialmente satisfatória a resposta ao item IV.1;b) insuficientes as informações prestadas pela Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal em atenção ao item ‘IV.2’, tendo em vista que a situação do servidor Marco Vinicius Pereira de Carvalho ainda não havia sido regularizada em 10/11/2016;c) não atendida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal a determinação do item ‘IV.3.a’;d) satisfatoriamente cumpridas as determinações dos itens ‘IV.3.b’, ‘IV.4’ e ‘IV.5’;

IV – conceder à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal prorrogação de prazo até 31/12/2016 para cumprimento da determinação do item ‘IV.6’ da Decisão nº 2.489/2016;V – determinar:

a) à Polícia Militar do Distrito Federal que, no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias, apresente justificativas e a documentação comprobatória em resposta ao questionamento constante na NA nº 034 em relação ao militar Aldo Antônio Borotto, matrícula 00019151, e apresente a documentação comprobatória relativamente à opção pelo cargo militar do militar Rodolfo Acelino de Oliveira da Conceição, matrícula 01956086;b) à Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal que, no prazo de 60 (sessenta) dias, complemente as informações prestadas em atenção ao item ‘IV.2’ da Decisão nº 2.489/2016, apresentando a documentação comprobatória;c) ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal que, observada a ampla defesa, no prazo de 60 (sessenta) dias:1) com base no Parecer nº 3.294/2012/PROPES/PGDF, reafirmado na aprovação parcial do Parecer nº 179/2013/PROPES/PGDF, anule os atos praticados tendo como parâmetro o Parecer nº 786/2012/PROPES/PGDF, que beneficiaram os militares Fábio Cruz de Souza, Wendel do Nascimento Ferreira e Noé Albuquerque Oliveira;2) revendo o item ‘IV.3.a’ da Decisão nº 2.489/2016, de forma a ajustá-lo aos termos da Decisão nº 5440/2004, anule o ato que beneficiou o militar Amadeo Gonçalvis da Silva, considerando que o mesmo não pertence à área de saúde, conforme informação da própria Corporação, constante do Memorando nº 49/2013 – CPPADACE;3) adote as providências para sanar as acumulações ilícitas dos três últimos militares, considerando que Fábio Cruz de Souza já se licenciou a pedido da Corporação;

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VI – autorizar:a) o encaminhamento aos jurisdicionados mencionados no item precedente de cópia da Instrução de fls. 1446/1467 e do Relatório e Voto condutor da decisão que vier a ser proferida;b) o retorno dos autos à Secretaria de Fiscalização de Pessoal. ” (Fls. 1.465/1.467).

33. Em cumprimento ao r. Despacho Singular nº 81/2017-CRR (fl. 1.471), os autos foram encaminhados a este Órgão Ministerial de Contas para a devida manifestação.

34. Após este relato, passo à análise do feito.35. Como dito alhures neste Parecer, o c. TCDF, tendo em vista os apontamentos lançados no Relatório de Auditoria nº 9/2013 (fls. 117/143) e a manifestação do Parquet de Contas (fls. 146/156), prolatou a r. Decisão nº 1.063/2014 (fl. 172), cujos determinações pendentes de atendimento foram reiteradas por intermédio do r. Decisum nº 962/2015 (fls. 818/820).

36. Ainda, em razão do cumprimento parcial daquela deliberação, o c. Tribunal, novamente acompanhando o entendimento do Corpo Instrutivo (fls. 1.178/1.192) e do MPC/DF (fls. 1.196/1.217), prolatou a r. Decisão nº 2.489/2016 (fl. 1.250/1.251).

37. Nesse espeque, tendo em vista as sugestões contidas nos subitens V.a e V.c do item II da informação (fls. 1.466/1.467), atinentes à cumulação de cargos públicos civis com a atividade militar, dirigidas à PMDF e ao CBMDF, remeto à contextualização histórica dos militares no âmbito da CF/1988 feita no Parecer nº 192/2016-ML, parágrafos 32 a 43 (fls. 1.211/1.215).

38. Naquela oportunidade, esta Quarta Procuradoria concluiu que, adotando-se como premissas que: 1) a CF/1988, desde sua redação original até a edição da EC nº 77/2014, não permitia a acumulação da atividade militar com o exercício de cargo público civil (arts. 42 e 142); e 2) a EC nº 77/2014, que alterou a redação do art. 142, § 3º, II, III e VIII, da Lei Maior, fazendo expressa menção ao art. 37, XVI, c, da CF/1988, passou a admitir a cumulação da atividade de profissional de saúde militar e civil, nos casos em que a cumulação de cargos identificados na auditoria em exame, tanto na PMDF quanto no CBMDF, ainda sem regularização, não forem privativos de profissionais de saúde, com

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profissões regulamentadas, nem as rr. Decisões nºs 5.440/20049 e 6.551/200510 prolatadas pelo e. Tribunal, nem a EC nº 77/2014 são fundamentos para dar regularidade às cumulações em tela.

39. Vale ressaltar que, situações dessa natureza encontram óbice no próprio texto da CF/1988, não sendo legítimo admitir atos inconstitucionais possam ser convalidados com o decurso do tempo, sobretudo por afrontarem dispositivos da Lei Maior explícitos quanto à impossibilidade de acumulações de atividades militares com quaisquer outras, à exceção daquelas especificadas no art. 142, § 3º, II e III, da Carta da República, com redação dada pela EC nº 77/2014.

40. Dessarte, entendo que se faz necessário reiterar às Corporações militares do Distrito Federal que apresentem justificativas e a documentação comprobatória em relação às situações, ainda sem regularização, dos militares da PMDF: Aldo Antônio Borotto e Rodolfo Acelino de Oliveira da Conceição e do CBMDF: Wendel do Nascimento Ferreira, Noé Albuquerque Oliveira e Amadeo Gonçalvis da Silva, à luz do quanto exposto nos parágrafos 32 a 43 daquele Opinativo (Parecer nº 192/2016-ML), com a ressalva de que, consoante o entendimento do c. STF, “O gozo de licença não descaracteriza o vínculo jurídico do servidor com a Administração” (RE nº 382.389, 2ª Turma, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie, DJ de 17/3/2006).

41. Ainda em harmonia com o Corpo Instrutivo, tendo em vista a incompletude das providências adotadas pela SEF/DF para o atendimento da determinação contida no item IV.2 da r. Decisão nº 2.489/2016 no tocante à acumulação ilícita de cargo do servidor efetivo Marco Vinicius Pereira Carvalho, que também exerce cargo em comissão na Prefeitura

9 “O Tribunal, por maioria, de acordo com o voto do Revisor, Conselheiro RENATO RAINHA, que concorda em parte com o voto do Relator, Conselheiro RONALDO COSTA COUTO, decidiu: I - manter inalteradas, excepcionalmente, as decisões da Corte que reconheceram a regularidade das admissões que geraram as acumulações de cargos objeto dos "Estudos Especiais"; II - firmar o seguinte entendimento, a partir da publicação desta decisão: a) que as acumulações remuneradas de cargos públicos permitidas no art. 37, inciso XVI, não são aplicáveis aos integrantes do quadro de pessoal da PMDF e do CBMDF, em face do disposto no art. 42, § 1º, c/c o art. 142, § 3º, incisos II e VIII, todos da CF/1988; b) que a proibição de acumular estende-se aos proventos da inatividade, por força do art. 37, § 10, da CF/1988, com a redação dada pela EC nº 20/1998; c) que as únicas exceções possíveis são aquelas disciplinadas no art. 17, § 1º, do ADCT da CF/1988, no art. 11 da EC nº 20/98 e no item I do referido voto; III - dar ciência desta decisão aos Secretários de Estado de Saúde e de Gestão Administrativa e aos Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para que, com relação aos futuros concursos públicos e respectivas nomeações para o cargo de médico, atentem para o teor desta decisão; IV - autorizar a juntada de cópia desta decisão ao Processo nº 1.069/02 e o arquivamento dos autos. Parcialmente vencido o Relator, que manteve o seu voto. ”10 “O Tribunal, por maioria, de acordo com o voto do Relator, decidiu: a) tomar conhecimento do Ofício nº 056/2005-AJGCG, subscrito pelo Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal; b) esclarecer ao Senhor Comandante-Geral da Polícia Militar que o disposto no item II, alínea “c”, da Decisão nº 5.440/2004 aplica-se a todos os militares do Distrito Federal que ocupam cargos privativos de profissionais de saúde (médicos, dentistas, auxiliares e técnicos de enfermagem, etc); c) dar ciência desta decisão à Secretária de Estado de Gestão Administrativa e ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; d) autorizar o arquivamento dos autos. Parcialmente vencido o Revisor, Conselheiro RONALDO COSTA COUTO, que manteve o seu voto, no que foi acompanhado pela Conselheira MARLI VINHADELI. ”

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Municipal de Taió/SC, nos moldes sugeridos no subitem V.b do item II da informação de fls. 1.446/1.467, entendo que a e. Corte deva assinar prazo para que aquela Secretaria adote as medidas necessárias à cessação da irregularidade em questão, com o envio da documentação comprobatória.

42. Nesse contexto, reitero que, evidenciada a ausência de implementação de medidas administrativas destinadas à regularização da situação do servidor, de modo a adequá-la aos preceitos constitucionais e legais, a instauração de processo disciplinar para apurar a responsabilidade de quem deu causa à continuidade dos pagamentos até o presente momento, é medida que se impõe.

43. Noutra senda, desta feita em relação ao contido no Ofício nº 190/2016-GAB/NAHORA/SEJUS (fls. 1.377/1.378), mediante o qual a SEJUS/DF, em razão da determinação contida no item IV.6 da r. Decisão nº 2.489/2016, solicitou prorrogação de prazo até 31/12/2016 para regularizar a situação funcional de 71 servidores não distritais, disponibilizados por 8 órgãos federais, que, a despeito da ausência de vínculo com a esfera local, percebem a Gratificação de Atendimento ao Público – GAP, instituída pela Lei distrital nº 2.983/2002, saliento o seguinte.

44. Na forma já consignada no Parecer nº 192/2016-ML (fls. 1.196/1.217), essa situação, a exemplo do servidor da AGU, João Alves da Silva Filho que, cedido ao TRE/DF atuava, por disponibilidade desse Tribunal Eleitoral, na Gerência da Unidade Rodoviária, no Serviço de Atendimento Imediato ao Cidadão – Na Hora e, sem qualquer vínculo com a administração pública distrital, percebia a referida gratificação, por força de disposição contida em Termo de Cooperação firmado, em 2012, entre a então SEJUS/DF e o TRE/DF, não encontra guarida na legislação da espécie.

45. A propósito, repiso que, nos termos do Decreto federal nº 4.050/200111, evidenciada a relação entre os órgãos cedente e cessionário, in casu, AGU e TRE/DF, respectivamente, irregular o pagamento da GAP suportado pelo Erário distrital, com espeque naquele instrumento, o qual não tem competência para o estabelecimento desse tipo de obrigação.

46. Desse modo, haja vista o termo final do pedido de prorrogação formulado pela SEJUS/DF, tornando inócua a proposição contida no subitem IV das sugestões contidas na informação de fls. 1.446/1.467, entendo, em acréscimo às determinações consignadas no subitem V do mesmo item, que o e. Tribunal deva determinar a esta Secretaria que envie a documentação comprobatória da regularização funcional de todos os servidores que se encontravam nessa situação.

11 Regulamenta o art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.

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47. Ante o exposto, este Ministério Público de Contas, com o ajuste contido no parágrafo acima, tem entendimento convergente com as sugestões apresentadas pela zelosa Unidade Técnica.

É o Parecer.

Brasília, 21 de março de 2017.

Marcos Felipe Pinheiro LimaProcurador