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 Questões comentadas de Direito Tributário p/ T TRE-RS Prof. George Firmino AULA 00 ATENÇÂO! Essa obra é protegida por direitos autorais. O material é de uso restrito do seu adquirente, sendo expressamen te proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor ou do Concurseiro Fiscal. A reprodução, distribuição, venda ou utilização em grupo por meio de rateio sujeita os infratores às sanções da Lei nº 9.610/1998. Os grupos de rateio são ilegais! Valorize o trabalho dos professores e somente adquira materiais diretamente no site Concurseiro Fiscal. O Concurseiro Fiscal dispõe de descontos exclusivos para compras em grupo. Adquira de forma legal.

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  • Questes comentadas de Direito Tributrio p/ TTRE-RS

    Prof. George Firmino

    AULA 00

    ATENO!Essa obra protegida por direitos autorais. O material de uso restrito do seu adquirente, sendoexpressamente proibida a sua distribuio ou o fornecimento a terceiros sem a prvia autorizao do autorou do Concurseiro Fiscal. A reproduo, distribuio, venda ou utilizao em grupo por meio de rateio sujeitaos infratores s sanes da Lei n 9.610/1998.Os grupos de rateio so ilegais! Valorize o trabalho dos professores e somente adquira materiaisdiretamente no site Concurseiro Fiscal.O Concurseiro Fiscal dispe de descontos exclusivos para compras em grupo. Adquira de forma legal.

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    AULA 00 Aula Demonstrativa

    Aula 00: Conceito e classificao dos tributos

    Sumrio Pgina

    Apresentao 01

    Informaes sobre o curso 03

    Apresentao das questes 06

    Gabarito 18

    Questes comentadas 19

    Ol, concurseiro fiscal!

    com enorme satisfao que inicio este curso voltado para o concurso de Auditor Fiscal da Receita Estadual, o famoso ICMS/RS.

    Saiu o to esperado edital!!! 100 vagas e uma ser sua!!!

    O cargo apresenta inmeros atrativos e, por isso, os candidatos tm apresentado um nvel altssimo de preparao na briga por uma vaga.

    Por esta razo, estudar para este concurso no pode se limitar ao material terico. O nvel de preparao dos candidatos no permite mais que voc seja aprovado em um certame como este apenas livrando a nota de corte. necessrio fazer a diferena naquelas matrias-chave.

    Nessa linha, o nosso objetivo aqui explorar a matria ao mximo, com a resoluo de centenas de questes de Direito Tributrio, de tal forma que voc chegue prova com bastante segurana, para gabaritar mesmo!!!!

    No obstante se tratar um concurso organizado pela banca Fundatec, iremos usar aqui questes da FCC como foco, pois entendo que se preparando com essas questes voc chegar na prova com nvel para fechar a prova objetiva.

    Anote o que estou dizendo: as questes da prova certamente sero vistas nesse curso. Quem fizer todas as questes aqui e acompanhar os comentrios e todos os seus detalhes, estar na briga para gabaritar Direito Tributrio.

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    Apresentao do professor

    Antes de iniciar os comentrios sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer uma breve apresentao pessoal.

    Sou Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil desde 2010. Atuei inicialmente como parecerista em processos de restituio e compensao tributria, bem como na orientao aos contribuintes em questes que envolviam a interpretao da legislao tributria. Aps um perodo como parecerista, passei a exercer minhas atividades na malha fiscal e na fiscalizao do Imposto de Renda Pessoa Fsica.

    Porm, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por uma verdadeira jornada como concurseiro. Iniciei minha experincia em concursos no ano de 2000, quando fui aprovado na Caixa Econmica Federal, onde trabalhei por 8 anos.

    Ainda trabalhando na CEF, iniciei meus estudos rumo ao sonho de ser Auditor Fiscal da Receita Federal, perodo em que participei de alguns concursos. Nesse intervalo, obtive aprovao nos seguintes certames:

    Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009, classificado na 68 posio e obtendo a 5 maior nota nacional na prova discursiva;

    Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP) 2009;

    Analista Tributrio da Receita Federal do Brasil (ATRF) 2009;

    Auditor Fiscal de Ipojuca/PE 2009;

    Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE 2008 (1 lugar);

    Gestor da Secretaria de Administrao/PE 2009;

    Assistente Tcnico Administrativo do Ministrio da Fazenda 2009.

    Espero dividir com voc a experincia adquirida ao longo da minha preparao, pois sei exatamente o que se passa do outro lado: as expectativas, as dificuldades, os sonhos.

    Bom, feitas as apresentaes iniciais, vamos proposta do nosso curso.

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    Informaes sobre o curso

    1. Diviso das aulas

    Nosso curso ser ministrado ao longo de 06 aulas, incluindo esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo:

    Aula Assunto Data

    Aula 00 Tributos: definio e espcies. ---

    Aula 01 Sistema Tributrio Nacional. Princpios Gerais. Limitaes ao poder de tributar. Competncia tributria. Capacidade tributria.

    12/05

    Aula 02 Impostos da Unio, dos Estados, do DF e dos Municpios. Repartio das receitas tributrias.

    19/05

    Aula 03

    Legislao tributria: vigncia, aplicao, interpretao e integrao. Mtodos de interpretao (sistemtica, teleolgica e outras). Convnios estaduais CONFAZ.

    26/05

    Aula 04 Obrigao tributria: principal e acessria. Fato gerador. Incidncia e no incidncia. Iseno. Imunidade. Domiclio Tributrio.

    02/06

    Aula 05

    Sujeito ativo. Sujeito passivo: contribuinte e responsvel. Responsabilidade solidria, responsabilidade de terceiros e responsabilidade por infraes.

    09/06

    Conforme exposto, resolveremos as questes separando-as por assunto. Com isso, abordaremos cada tpico do contedo programtico, analisando os detalhes de cada assunto.

    2. Mtodo de resoluo das questes

    Sugiro que durante o nosso curso voc adote a seguinte metodologia: as questes sero apresentadas em sequncia, sem gabarito ou comentrios, por isso, recomendo que voc imprima a lista com as questes e as resolva, procedendo, posteriormente, correo e reviso atravs dos comentrios.

    3. Abordagem

    No obstante se tratar de uma prova da Fundatec, nosso foco ser a resoluo de questes da FCC. Entretanto, ao abordar determinados temas, apresentarei algumas questes de outras bancas, notadamente

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    da ESAF, CESPE e FGV. Isso servir para ilustrar algum posicionamento que, mesmo no tendo sido adotado pela FCC, se mostre como uma tendncia das bancas e, assim, poder ser objeto de questes futuras da prpria Cetro.

    As questes foram ordenadas da forma mais didtica possvel, o que torna possvel o estudo de modo sequenciado. Voc perceber que nas questes que introduzem determinado assunto, os comentrios sero mais prolongados, a fim de abordar da maneira mais completa o tema. Isso ajuda aqueles que costumam estudar a matria atravs de questes, mas tambm permite uma reviso completa para aqueles que utilizam as questes para firmar o conhecimento.

    4. Legislao aplicvel Como base do nosso estudo, utilizaremos frequentemente a Constituio Federal e o Cdigo Tributrio Nacional (CTN Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966). Por isso, recomendado que voc os tenha sempre que for acompanhar as aulas, de preferncia impressos, pois podem ser feitas anotaes e destaques para consultas posteriores.

    Voc pode acess-los e imprimi-los nos seguintes links:

    Constituio Federal de 1988 www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

    Cdigo Tributrio Nacional http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm

    5. Suporte

    Por fim, informo que nosso estudo no se limita apresentao das aulas ao longo do curso. mais do que natural que voc tenha dvidas, mas elas no podem permanecer at o dia da prova, no mesmo? Ento, estarei sempre disposio para responder aos seus questionamentos atravs do frum de cada aula.

    Todos tm dvidas. Errar comum quando se est tentando aprender. O que no pode acontecer voc guardar sua dvida ao invs de expor a sua dificuldade.

    Conte comigo!

    Nada ser mais gratificante para mim do que receber uma mensagem trazendo a notcia da sua aprovao. Vamos juntos at l!

    Assim, dada a importncia da nossa matria e feitas as consideraes sobre o nosso curso, vamos ao que interessa!!!

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    LISTA DE QUESTES

    Questo 01 (FCC) So Paulo - Inspetor Fiscal/98 O Direito Tributrio tem por objeto do seu conhecimento o captulo: a) das receitas derivadas b) das receitas originrias c) Dos emprstimos pblicos d) Da previso oramentria e) Dos crditos pblicos Questo 02 (FCC) Auditor Fiscal Tributrio Municipal SP/2007 Para que uma prestao pecuniria compulsria possa ser conceituada como tributo, preciso que, alm de ser cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou no sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. b) unicamente moeda corrente, no constitua sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, no constitua sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. d) unicamente moeda corrente, constitua ou no sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, no constitua sano de ato ilcito e esteja instituda na legislao tributria. Questo 03 (FCC) Procurador do Estado PGE-SE/2005 Sobre o conceito de tributo construdo a partir da definio do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que o tributo a) pode constituir sano de ato ilcito. b) est submetido reserva legal. c) pode ser pago por intermdio de prestao de servio de qualquer natureza. d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionria. e) toda prestao pecuniria facultativa. Questo 04 (FCC) Procurador Recife-PE/2003 Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3 do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que o tributo a) pode constituir sano de ilcito. b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionria. c) pode ser pago por intermdio de prestao de servio de qualquer natureza. d) est submetido reserva legal. e) toda prestao pecuniria facultativa.

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    Questo 05 (FCC) Subprocurador TCE-SE/2002 Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3 do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que o a) fato jurdico legalmente definido, com contedo econmico, para a exigncia de tributo, pode ser qualificado como sano de ato ilcito. b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionria. c) tributo pode ser pago por intermdio de prestao de servio de qualquer natureza. d) tributo est submetido reserva legal. e) tributo toda prestao pecuniria facultativa. Questo 06 (FCC) Auditor TCE-AL/2008 Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3 do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar: a) Pode ser considerado sano por ato ilcito, como na hiptese de exigncia de imposto de importao em razo de crime de contrabando. b) Na hiptese de lanamento por homologao, como o caso do imposto sobre propriedade territorial urbana, no a autoridade administrativa plenamente vinculada quem realiza o lanamento tributrio. c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo, parte da produo de uma indstria para pagamento de imposto sobre produto industrializado. d) Via de regra institudo mediante lei, mas a Constituio Federal prev excees. e) prestao pecuniria voluntria prestada pelo contribuinte, nas hipteses de tributos com lanamento por homologao. Questo 07 (FCC) Procurador - Teresina/2010 A partir do conceito legal de tributo, possvel afirmar que a multa NO espcie de tributo porque o tributo a) tem que ser institudo mediante lei, ao passo que a multa no se reveste desta obrigatoriedade. b) cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa pode ser aplicada de forma discricionria pelo poder pblico. c) no sano por ato ilcito e a multa sano pecuniria por prtica de ato ilcito. d) prestao pecuniria compulsria, ao passo que a aplicao da multa no compulsria, dependendo de condenao administrativa. e) pode ser objeto de compensao, anistia e remisso, ao contrrio da multa, que s pode ser objeto de anistia. Questo 08 (FCC) SEFAZ-DF/2001 As multas fiscais so distintas dos tributos, entre outras razes, porque: a) no so passveis de inscrio como dvida ativa. b) obedecem ao princpio da legalidade. c) constituem sanes por atos ilcitos. d) observam o princpio da anterioridade. e) so aplicadas pelos agentes da fiscalizao.

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    Questo 09 (FCC) Procurador Prefeitura de Santos/2002 Considere: I. Tributos que resultam de uma imposio estatal visando restrio ou ao desenvolvimento de determinadas atividades ou setores especficos, de acordo com determinada linha poltica de ao, a exemplo de uma tributao maior sobre bens suprfluos e menor para bens necessrios. II. Tributos que decorrem da atribuio, pela lei, da capacidade de serem sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefcio de suas prprias finalidades - pessoas diversas da Unio, Estados e Municpios. Esses tributos so conhecidos, respectivamente, como a) contribuies e extrafiscais. b) parafiscais e especiais. c) extrafiscais e parafiscais. d) especiais e extraordinrios. e) fiscais e emprstimos compulsrios. Questo 10 (ESAF) ATRF/2009 A reduo do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI para geladeiras, foges, mquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no prximo dia 31, foi prorrogada por mais trs meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alquotas passam a ser estabelecidas com base na eficincia energtica dos produtos, de acordo com a classificao do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Ns estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia, explicou. A medida vale at 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alquota de 15%, e recuou para 5%, podero manter essa mesma alquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe A, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe B passaro a ter uma alquota de 10% e o restante voltar a ter um IPI de 15%. (Extrado do site www.fazenda.gov.br, notcia de 29.10.2009). Na notcia acima, identificamos um importante aspecto do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opes que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto , somente aquele que a notcia mencionada destacou. a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alquotas diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. b) A notcia demonstra a aplicabilidade do princpio constitucional da capacidade tributria, pois estabelece alquotas diferenciadas para as diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. c) O IPI constitui uma exceo regra geral da legalidade, j que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alquotas. d) A no-cumulatividade, outra caracterstica do IPI, visa impedir que as incidncias sucessivas nas diversas operaes da cadeia econmica de um produto impliquem um nus tributrio muito elevado, decorrente da mltipla tributao da mesma base econmica. e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indstria e, consequentemente, dos consumidores.

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    Questo 11 (FCC) Auditor de Contas Pblicas TCE PB/2006 So tributos vinculados: a) a taxa, o imposto e a contribuio de melhoria. b) a taxa e os impostos diretos. c) os impostos diretos e os indiretos. d) a contribuio de melhoria e os impostos indiretos. e) a taxa e a contribuio de melhoria. Questo 12 (FCC) Procurador TCE CE/2006 So caractersticas comuns aos impostos, taxas e contribuies de melhoria: a) todos tm competncia comum. b) todos so vinculados a uma prvia atividade estatal. c) todos tm sempre relao com servio pblico. d) todos so compulsrios. e) todos se submetem ao princpio da anterioridade nonagesimal, sem exceo. Questo 13 (FGV) Fiscal de Rendas RJ/2007 O art. 5 do Cdigo Tributrio Nacional determina que os tributos se dividem em: a) impostos, contribuies sociais, contribuies de melhoria e emprstimos compulsrios. b) impostos, taxas, contribuies sociais e contribuies de melhoria. c) impostos, taxas, contribuies sociais, contribuies de melhoria e emprstimos compulsrios. d) impostos, taxas, contribuies sociais e emprstimos compulsrios. e) impostos, taxas e contribuies de melhoria. Questo 14 (FCC) Auditor Fiscal - SEFAZ RO/2010 Para se identificar a natureza jurdica especfica de um tributo considera-se, em regra, a) a validade jurdica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes. b) os efeitos dos atos jurdicos efetivamente ocorridos. c) a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei. d) o fato gerador da respectiva obrigao tributria. e) a destinao legal do produto de sua arrecadao. Questo 15 (FCC) Procurador do Estado SE/2005 A natureza jurdica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo a) relevantes para qualific-la apenas a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei b) relevante para qualific-la apenas a destinao legal do produto da arrecadao c) relevantes para qualific-la apenas a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei e a destinao legal do produto da arrecadao d) relevante para qualific-la apenas a correta destinao do valor arrecadado e) irrelevantes para qualific-la a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei e a destinao legal do produto da arrecadao

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    Questo 16 (FCC) Auditor de Contas Pblicas TCE PB/2006

    luz da Constituio Federal vigente, a destinao do produto da arrecadao do tributo : a) irrelevante em qualquer hiptese b) relevante, em se tratando de taxa de segurana pblica c) relevante, em se tratando de emprstimo compulsrio d) relevante, em se tratando de imposto e) irrelevante, em se tratando de contribuio confederativa Questo 17 (CESPE) Analista - SEBRAE/2010

    Julgue a assertiva. Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuio, fundamental examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinao legal do produto da sua arrecadao. Questo 18 (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010

    Existem inmeras classificaes para os tributos. Duas podem ser citadas como muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e no vinculado. A outra considera o tributo quanto destinao especfica do produto da arrecadao. Recebe a classificao como no vinculado e sem destinao especfica do produto da arrecadao a) o imposto. b) a taxa. c) a contribuio de melhoria. d) o emprstimo compulsrio. e) as contribuies especiais. Questo 19 (ESAF) APOF SEFAZ SP/2009

    O princpio da capacidade contributiva: a) aplica-se somente s contribuies b) no se aplica s penalidades tributrias c) aplica-se somente aos impostos d) aplica-se indistintamente a todas as espcies tributrias e) atendido pela progressividade dos impostos reais Questo 20 (ESAF) AFRF/2009

    Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto: a) o fato gerador da taxa no um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam b) a atuao estatal refervel, que pode ensejar a cobrana de taxa, pode consistir no exerccio regular do poder de polcia c) a atuao estatal refervel, que pode ensejar a cobrana da taxa, pode consistir na prestao ao contribuinte, ou na colocao disposio deste, de servio pblico especfico, divisvel ou no d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e no com as taxas e) o poder de polcia, que enseja a cobrana de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo rgo competente e nos limites da lei aplicvel, com observncia do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionria, sem abuso ou desvio de poder

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    Questo 21 (FCC) Analista de Regulao - CE/2006 Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, a taxa pode ter como fato gerador a) a prestao de servio pblico divisvel ou indivisvel, prestado efetivamente ao contribuinte ou posto sua disposio. b) o exerccio regular do poder de polcia, desde que especfico e divisvel, prestado efetivamente ao contribuinte ou posto sua disposio. c) a realizao de obra pblica, como por exemplo, pavimentao asfltica, desde que gere valorizao imobiliria ao proprietrio do imvel adjacente obra. d) a prestao de servio pblico indivisvel, ainda que s colocado disposio do contribuinte. e) a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio. Questo 22 - FCC Procurador do Estado PGE/PE (2004) adaptada I. Um Estado recm-criado pode instituir taxa destinada a custear a implantao ou a melhoria do servio estatal de segurana pblica. II. Considerando a diretriz constitucional, possvel concluir que, para definir corretamente a espcie tributria, necessrio no s analisar o fato gerador, como tambm a base de clculo de um determinado tributo. III. correto afirmar que os impostos so tributos no-vinculados, visto que possuem como fato gerador uma situao que independe de atuao estatal especfica em benefcio do contribuinte, razo pela qual no pode ser considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no servio pblico estatal. IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestao do servio de coleta de lixo posto disposio do contribuinte, ainda que ele resolva levar o lixo diretamente ao aterro sanitrio, por julgar que o valor cobrado muito elevado. a) todos itens esto corretos b) esto corretos apenas os itens I e III c) esto corretos apenas os itens II e IV d) esto corretos apenas os itens II e III e) esto corretos os itens II, III e IV Questo 23 (FCC) Analista de Controle Externo TCE GO/2009 Os tributos classificam-se em vinculados e no-vinculados. exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de remunerar servio pblico: a) o imposto. b) a taxa. c) a contribuio de melhoria. d) a contribuio social. e) o emprstimo compulsrio.

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    Questo 24 (ESAF) Procurador DF/2007 O Sistema Tributrio Nacional regido por regras e princpios gerais que esto postos nos artigos 145 a 162 da Constituio Federal. Com base no contedo das disposies acima referidas, assinale, entre as opes abaixo apresentadas, a que est correta. a) inconstitucional a taxa de fiscalizao dos mercados de ttulos e valores mobilirios instituda pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista no ser conferido, pelo ordenamento jurdico positivado, poder de polcia Comisso de Valores Mobilirios. b) O servio de iluminao pblica, pela sua natureza jurdica, deve ser sempre remunerado mediante taxa. c) Os servios gerais prestados por rgos de Segurana Pblica no podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pblica, por sua natureza, deve ser retribuda, genericamente, por impostos. d) inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadao de seu produto aos servios de fiscalizao da atividade notarial e de registro a rgo pblico. e) constitucional a taxa municipal de conservao de estradas de rodagem que tem como base de clculo a adotada para o imposto territorial rural. Questo 25 (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010 Segundo Geraldo Ataliba, "No h possibilidade jurdica de confuso entre taxa e preo. Nem h, como muitos supem, liberdade do legislador em converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, so coisas reciprocamente repelentes e excludentes". Partindo deste pressuposto, trao distintivo entre taxa e preo pblico o fato da taxa a) remunerar obra pblica e o preo remunerar servio pblico prestado pelo Poder Pblico sem exclusividade. b) ser fixada contratualmente e o preo ser fixado por decreto. c) ser receita originria de natureza tributria e o preo ser receita derivada de natureza no tributria. d) remunerar servio pblico prestado pelo Poder Pblico e o preo remunerar servio pblico delegado a particular. e) remunerar poder de polcia e o preo remunerar servio pblico indivisvel. Questo 26 (FCC) Juiz Substituto TJ AP/2009 Ser remunerada por taxa a prestao a) efetiva ou compulsria do servio de coleta de lixo domiciliar. b) efetiva do servio de calamento de logradouros. c) compulsria do servio de iluminao pblica. d) compulsria do servio de limpeza das vias e logradouros pblicos. e) efetiva de uso de bem pblico.

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    Questo 27 (FCC) Procurador SP/2008 Determinado Municpio institui taxa de piscina cujo aspecto material da hiptese de incidncia ter piscina em imvel localizado dentro do Municpio. A base de clculo desta taxa a dimenso em metros quadrados da piscina e a alquota de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O contribuinte o proprietrio do imvel que possui piscina. Esta taxa a) ser devida, por se tratar de uma taxa de polcia, decorrente da fiscalizao que o Poder Pblico tem que realizar na construo de piscinas. b) ser devida, por se tratar de uma taxa de servio, decorrente da prestao efetiva do servio de gua tratada fornecida para manter a piscina. c) no ser devida, por no ser admitida taxa com alquota em espcie. d) no ser devida, porque no decorre de exerccio regular de poder de polcia ou de prestao de servio pblico, sendo fato gerador de imposto. e) no ser devida, porque a competncia para instituio desta taxa da Unio e no do Municpio. Questo 28 (FCC) Analista Judicirio TRF 2/2007 No que diz respeito s taxas certo que, a) facultativa e tambm leva em conta a realizao de obra ou servio pblico, de que decorra valorizao imobiliria. b) seu fato gerador poder ser uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica. c) podem, em certos casos, ter base de clculos idntica a dos impostos, e ser calculadas em funo do capital das empresas. d) tem como fato gerador, alm de outros elementos, o exerccio regular do Poder de Polcia. e) sua hiptese de incidncia no vinculada, salvo quando criada no caso de investimento pblico urgente e de relevante interesse estatal. Questo 29 (FCC) Defensor Pblico SP/2006 Considere as afirmaes: I. O tributo encontra fundamento de validade na competncia tributria da pessoa poltica, no havendo necessidade, para que ele seja institudo e cobrado, de que o Poder Pblico desenvolva, em relao ao contribuinte, qualquer atividade especfica. II. A Constituio Federal estabelece que, nos servios pblicos especficos e divisveis, a cobrana da taxa deve ser baseada na utilizao, efetiva ou potencial dos servios pelo contribuinte. III. A Constituio Federal traz expressa no seu texto a previso de contribuio, que por certo tem natureza tributria, obedece ao regime jurdico tributrio e possui uma nica modalidade que a contribuio social. SOMENTE est correto o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II. e) III.

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    Questo 30 (FCC) Analista de Regulao CE/2006

    Taxa e preo pblico so institutos distintos. A taxa a) um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder Pblico; enquanto o preo pblico ou tarifa remunera o concessionrio de servio pblico. b) classificada como receita originria; enquanto o preo pblico como receita derivada. c) a taxa e o preo pblico podem ser cobrados por pessoas jurdicas de direito privado mesmo quando estas no sejam delegadas de servio pblico. d) remunera exerccio de servio outorgado a particular; enquanto o preo pblico decorre de exerccio de atividade prestada exclusivamente pelo Poder Pblico. e) no depende de lei para ser instituda ou majorada, ao contrrio do preo pblico, que se submete ao princpio da legalidade.

    Questo 31 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SP/2006

    Em relao s taxas, o nosso ordenamento jurdico, expressamente, dispe: a) As taxas podero ter base de clculo prpria de impostos. b) A Unio, os Municpios e o Distrito Federal podero instituir taxa para o custeio do servio de iluminao pblica. c) Os crditos tributrios relativos a impostos incidentes sobre a propriedade e a taxas pela prestao de servios referentes a tal propriedade sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes. d) As taxas tm como fato gerador a utilizao efetiva ou potencial do poder de polcia ou o exerccio regular do servio pblico especfico e indivisvel. e) Ao se referir imunidade recproca, a Constituio Federal veda Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios instituir taxas e impostos uns dos outros. Questo 32 (FCC) Juiz Substituto TJPE/2011

    A importncia paga pelos usurios de nossas rodovias a ttulo de pedgio qualifica-se como a) preo pblico. b) tributo. c) taxa de servio pblico. d) contribuio de melhoria. e) preo compulsrio. Questo 33 (FCC) TJ AP/2011

    O tributo que tem por fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, como, por exemplo, a fiscalizao dos servios notariais e registrais, denominado a) imposto. b) taxa. c) contribuio de melhoria. d) emolumento. e) contribuio de interesse de categoria profissional ou econmica. Questo 34 (FCC) Procurador Judicial - Recife/2008

    NO se inclui entre as caractersticas do tributo contribuio de melhoria: a) ter competncia comum para instituio. b) ser vinculada a uma atividade estatal. c) ter por fato gerador a obra pblica de que decorre valorizao imobiliria. d) ser instituda para fazer frente obra pblica a ser iniciada aps sua arrecadao. e) ter por base de clculo o quantum da valorizao dos imveis adjacentes obra.

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    Questo 35 (FCC) Auditor TCE AL/2007

    Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuies de melhoria o fato de que as taxas a) so facultativas, enquanto que as contribuies de melhoria remuneram servios pblicos especficos e indivisveis, ainda que somente postos disposio do usurio. b) no dizem respeito a nenhuma atividade estatal especfica, ao passo que as contribuies de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. c) remuneram servios pblicos especficos e indivisveis, ao passo que as contribuies de melhoria remuneram servios pblicos especficos e divisveis. d) so cobradas pela prestao de servios pblicos, ainda que somente postos disposio do usurio, ao passo que o pagamento das contribuies de melhoria facultativo. e) remuneram servios pblicos, ao passo que as contribuies de melhoria tm como contrapartida a valorizao imobiliria em decorrncia da realizao de obras pblicas. Questo 36 (FCC) Procurador do Estado PGE SE/2005

    Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuies de melhoria o fato de que as taxas a) remuneram servios pblicos especficos e indivisveis, ao passo que as contribuies de melhoria remuneram servios pblicos especficos e divisveis. b) no dizem respeito a nenhuma atividade estatal especfica, ao passo que as contribuies de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. c) remuneram servios pblicos, ao passo que as contribuies de melhoria tm como contrapartida a realizao de obras pblicas e a conseqente valorizao imobiliria. d) so cobradas pela prestao de servios pblicos, ainda que apenas postos disposio do usurio, ao passo que o pagamento das contribuies de melhoria facultativo. e) remuneram servios pblicos, ao passo que as contribuies de melhoria tm como contrapartida apenas a valorizao imobiliria. Questo 37 (ESAF) AFTE PA/2002

    Identifique, nas opes abaixo, o tributo cujo fundamento tico-jurdico o no enriquecimento injusto. a) imposto b) taxa c) emprstimo compulsrio d) contribuio social e) contribuio de melhoria Questo 38 (FCC) Auditor TCE SP/2008

    Os emprstimos compulsrios a) so tributos institudos pela Unio, pelos Estados e pelo Distrito Federal. b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento da moeda em circulao na economia, desde que sejam restitudos no prazo de dois anos. c) so institudos por Decreto, para atender a despesas extraordinrias decorrentes de calamidade pblica ou guerra externa ou sua iminncia. d) podem ser cobrados no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver institudo em casos de despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica ou guerra externa. e) so tributos institudos pela Unio, por meio de lei ordinria, observando-se o princpio da anterioridade.

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    Questo 39 (FCC) Auditor de Tributos Estaduais RO/2010

    Sobre as caractersticas das espcies de tributos, correto afirmar que a) imposto o tributo cuja obrigao tributria tem por fato gerador uma atividade estatal. b) taxa o tributo cuja obrigao tributria tem por fato gerador uma obra pblica. c) contribuio de melhoria uma espcie de tributo vinculado a uma prvia atividade estatal, qual seja, obra pblica. d) o emprstimo compulsrio um tributo de competncia comum e pode ser institudo por medida provisria em caso de investimento urgente. e) a contribuio para o custeio do servio de iluminao pblica de competncia exclusiva dos Estados e Distrito Federal. Questo 40 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SEFAZ SP/2009 Os Emprstimos Compulsrios a) podero ser institudos para atender s despesas extraordinrias decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia, no sendo necessria, nesses casos, a observncia ao princpio da anterioridade. b) podero ser institudos no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional, no sendo necessria, nesse caso, a observncia ao princpio da anterioridade. c) so de competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, observando-se a competncia material de cada um desses entes polticos. d) tm sua cobrana suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas de sua criao. e) tm, em decorrncia das razes de urgncia e de relevncia para sua instituio, a aplicao dos recursos provenientes do Emprstimo Compulsrio desvinculada da despesa que fundamentou sua instituio. Questo 41 (ESAF) Advogado IRB/2006

    A Constituio Federal outorga competncia tributria, ou seja, aptido para criar tributos, aos diversos entes da Federao. Sobre essa afirmativa, podemos dizer que a) a contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas, poder ser cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se beneficiado, ou, no caso de omisso deste, pela Unio. b) as taxas podero ser institudas em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ou postos disposio do contribuinte. c) a aplicao dos recursos provenientes de emprstimos compulsrios ser preferencialmente vinculada despesa que fundamentou sua instituio. d) os impostos tero, sempre que possvel, carter pessoal e base de clculo diversa das taxas. e) todos os tributos devero respeitar a capacidade econmica dos contribuintes. Questo 42 (FCC) Juiz Federal TRF 5/2001

    As contribuies sociais, em nosso sistema tributrio, a) no tm natureza tributria. b) somente podem ser institudas pela Unio. c) podem ser institudas pelos Estados e Municpios, para custeio do sistema de previdncia de seus servidores. d) previdencirias aumentadas num exerccio, s podem ser cobradas no primeiro dia do exerccio seguinte. e) no precisam observar os princpios da legalidade e da anterioridade.

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    Questo 43 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SEFAZ SP/2006

    Sobre as contribuies relacionadas na Constituio Federal, correto afirmar que a) as contribuies sociais e de interveno no domnio econmico no incidiro sobre as receitas decorrentes de exportao. b) os recursos arrecadados com a contribuio de interveno no domnio econmico sero destinados, exclusivamente, para aes e servios pblicos de sade e para a manuteno e desenvolvimento do ensino. c) a Unio tem competncia privativa para instituir contribuio previdenciria dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, cuja alquota no ser inferior da contribuio dos servidores titulares de cargos efetivos da Unio. d) s contribuies sociais aplicam-se os princpios constitucionais da anterioridade (ano-calendrio) e da anterioridade nonagesimal (noventena), cumulativamente. e) todas as contribuies relacionadas na Constituio Federal so denominadas "contribuies parafiscais", porque ocorre o fenmeno denominado "parafiscalidade". Questo 44 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SEFAZ SP/2009

    A respeito das contribuies sobre o domnio econmico, correto afirmar que a) a sua hiptese de incidncia vinculada atuao estatal, devendo atingir o particular de modo especfico e divisvel. b) incidiro sobre as receitas decorrentes de exportao. c) incidiro sobre a importao de produtos estrangeiros ou servios. d) deve ser instituda por lei complementar, em razo de sua natureza excepcional. e) a lei que a institui dever indicar prazos e condies em que os valores sero restitudos. Questo 45 (CESPE) Assessor Jurdico Natal/2008

    A contribuio confederativa sindical no tem carter compulsrio para os trabalhadores no-filiados ao sindicato e no deve obedincia ao princpio constitucional tributrio da legalidade. Questo 46 (CESPE) Assessor Jurdico Natal/2008

    Por terem natureza tributria, as contribuies devidas OAB devem ser cobradas dos advogados inadimplentes mediante ao de execuo fiscal. Questo 47 (FCC) Procurador Salvador/2006 Na forma das respectivas leis, podero instituir contribuio para o custeio do servio de iluminao pblica: a) a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da Constituio Federal. b) a Unio e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c", da Constituio Federal. c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e III, da Constituio Federal. d) o Distrito Federal e os Municpios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da Constituio Federal. e) a Unio e os Municpios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da Constituio Federal.

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    Questo 48 (FCC) Procurador TCE PR/2005 A Contribuio para o Custeio da Iluminao Pblica, recm introduzida em nosso sistema tributrio, a) tem natureza extrafiscal. b) uma contribuio sui generis que pode ser instituda pelos Municpios ou Distrito Federal. c) uma contribuio que somente pode ser instituda pelos Municpios. d) uma contribuio que pode ser instituda por quaisquer dos entes polticos. e) equipara-se s taxas. Questo 49 (FCC) Procurador PGE MA/2003 Em nosso sistema tributrio, as contribuies interventivas no domnio econmico a) podem ser institudas pela Unio, Estados ou Municpios. b) podero incidir sobre a importao de petrleo e seus derivados. c) podero incidir sobre operaes que destinem petrleo ao exterior. d) no observam o princpio da legalidade. e) no observam o princpio da anterioridade. Questo 50 (FCC) Procurador Recife/2003 A respeito das obrigaes abaixo, correto afirmar que a) a contribuio de melhoria pode ser validamente instituda no caso de obra pblica de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada antes mesmo da realizao da referida obra. b) as tarifas esto submetidas ao regime jurdico tributrio. c) as taxas so tributos no vinculados, pois tem como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposio. d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade estatal especfica. e) os Municpios podem instituir contribuio para o custeio do servio de iluminao.

    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

    A C B D D D C C C E E D E D E

    16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

    C E A B C E E B C D A D D D A

    31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

    C A B D E C E D C A B C A C C

    46 47 48 49 50

    E D B B E

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    QUESTES COMENTADAS

    Aula 00: Conceito e classificao dos tributos

    Questo 01 (FCC) So Paulo - Inspetor Fiscal/98 O Direito Tributrio tem por objeto do seu conhecimento o captulo: a) das receitas derivadas b) das receitas originrias c) Dos emprstimos pblicos d) Da previso oramentria e) Dos crditos pblicos

    Comentrios

    Para responder a esta questo, vamos relembrar algo que aprendemos no estudo do Direito Administrativo: os regimes jurdicos da Administrao Pblica.

    O Estado existe para o atendimento do interesse pblico (interesse primrio). No entanto, como garantir o atingimento desse objetivo quando os interesses particulares divergem do interesse pblico?

    justamente para conferir Administrao a garantia de atuar em prol do interesse coletivo que o ordenamento jurdico lhe atribui uma srie de prerrogativas (privilgios). Trata-se do regime jurdico-administrativo, regido pelas normas de Direito Pblico, onde o Estado ocupa posio de superioridade em relao ao particular.

    Podemos entender melhor com o seguinte exemplo: em uma das principais avenidas do Recife h a necessidade da construo de um viaduto no local onde existem vrios imveis. Os moradores e empresrios locais tm o direito propriedade, mas em decorrncia do princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado, o Estado reveste-se de poderes que tornam possvel o atendimento do fim comum, qual seja: a construo do viaduto. Para isso, pode desapropriar tais imveis a fim de promover a construo e atender ao interesse de toda a coletividade.

    Por outro lado, o Estado tambm pratica atos em que no se reveste de tais poderes, pois no atua em nome do interesse pblico, mas no interesse da prpria Administrao (interesses secundrios). Imagine que a Prefeitura de Teresina pretenda alugar um imvel para o funcionamento de um de seus rgos. Nesse caso, a Prefeitura no atua em posio de superioridade em relao ao proprietrio do imvel, eis que o ato no visa ao atendimento do interesse pblico primrio. Trata-se, portanto, de um ato regulado pelas normas de Direito Privado, caracterizado pela isonomia entre as partes.

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    Observamos, ento, que nas relaes jurdicas entre o Estado e os particulares, tanto no regime de Direito Pblico como no Direito Privado, a Administrao pode obter receitas decorrentes dessas relaes. Temos como exemplo o aluguel de um prdio pblico, a imposio de tributos, a aplicao de uma multa, etc.

    Em decorrncia disso, surgiu uma conhecida classificao das receitas pblicas em RECEITAS ORIGINRIAS e RECEITAS DERIVADAS.

    As RECEITAS ORIGINRIAS tm origem nas relaes de Direito Privado, onde o Estado obtm valores oriundos da explorao do seu patrimnio. o caso de um aluguel de um prdio pblico.

    J as RECEITAS DERIVADAS, derivam do poder de imprio do Estado, ou seja, das relaes de Direito Pblico, onde a Administrao atua em posio de superioridade. o caso dos tributos, das multas, etc.

    Como vimos, h duas formas do Estado custear as suas despesas, sendo a arrecadao tributria (classificada como receita derivada) a fonte de receita mais expressiva.

    Dessa maneira, o objeto de estudo do Direito Tributrio ser aquela receita na qual esto classificados os tributos. Logo, devemos marcar como resposta as receitas derivadas.

    Gabarito: A

    Questo 02 (FCC) Auditor Fiscal Tributrio Municipal SP/2007 Para que uma prestao pecuniria compulsria possa ser conceituada como tributo, preciso que, alm de ser cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou no sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. b) unicamente moeda corrente, no constitua sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, no constitua sano de ato ilcito e esteja instituda em lei.

    RECEITAS ORIGINRIAS

    RECEITAS DERIVADAS

    - Relaes de Direito Privado - Explorao do prprio patrimnio - Isonomia entre as partes - Ex: rendimento de aplicaes

    - Relaes de Direito Pblico - Poder de imprio do Estado - Desigualdade entre as partes - Ex: tributos

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    d) unicamente moeda corrente, constitua ou no sano de ato ilcito e esteja instituda em lei. e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, no constitua sano de ato ilcito e esteja instituda na legislao tributria.

    Comentrios

    A definio de tributo est expressa no Cdigo Tributrio Nacional. Da, verificamos que a definio de tributo legal, ou seja, expressa em lei. Ento vamos nossa primeira consulta ao CTN.

    Em seu art. 3, o CTN assim define tributo:

    Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    Observamos na definio legal de tributo um conjunto de termos que precisam ser analisados individualmente para que possamos entender o seu conceito.

    Dessa forma, vamos separar as expresses e estud-las de modo particular. Ento, assim ficar o nosso art. 3 do CTN:

    Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria / compulsria, / em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, / que no constitua sano de ato ilcito, / instituda em lei / e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    Prestao pecuniria

    A expresso prestao pecuniria significa que o tributo algo pago em dinheiro. Basta imaginarmos o que pagamos como contribuintes. Alguma vez voc j pagou o ICMS das suas compras no supermercado com parte das mercadorias? Imagine s no momento do pagamento o operador do caixa, ao registrar 1kg de feijo, lhe informar que 170 gramas ficaro retidos para pagar o ICMS...

    Seria invivel no mesmo? Por isso, a prpria definio de tributo prev sua quitao em dinheiro.

    Compulsria

    Temos aqui que a imposio do tributo no resulta da vontade do contribuinte, mas, como visto, do poder de imprio do Estado.

    A Administrao Pblica precisa arrecadar para custear suas despesas e, para isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei (os contribuintes) ao pagamento.

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    Voc j foi questionado alguma vez se queria pagar o imposto de renda? Ou j chegou alguma correspondncia da sua Prefeitura lhe pedindo, por favor, que ajude com alguma doao para o IPTU?

    No, meu amigo! Isso porque o Estado no precisa pedir, por favor, para voc contribuir, pois uma vez institudo o tributo, que pela prpria definio legal uma prestao compulsria e independente da vontade do contribuinte, este tem o dever de pagar.

    Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir

    O incio desta expresso apresenta certa repetio. Vimos na primeira parte da definio que tributo uma prestao pecuniria, portanto, em moeda.

    Com o advento da Lei Complementar 104/2001, uma controvrsia foi levantada. Ocorre que esta LC acrescentou o inciso XI ao art. 156 do CTN, permitindo a dao em pagamentos em bens imveis como forma de extino do crdito tributrio (veremos esse assunto em mais detalhes quando abordarmos o tema crdito tributrio). A grande discusso girou em torno do conflito entre esta nova forma de quitao do tributo (atravs de bens imveis) e a previso do art. 3 do CTN de que o tributo pago em moeda. No entanto, a segunda parte da expresso permite o uso de algo que possa ter seu valor expresso em moeda, desde que previstos no prprio CTN, como veremos mais adiante, sendo, portanto vlida.

    Essa segunda parte da expresso (cujo valor nela se possa exprimir) revela algo interessante.

    Voc pode se questionar: Mas h algo hoje que no possa ser expresso em moeda?. Faz sentido o seu questionamento. Realmente, a grande maioria das coisas pode ter seu valor expresso em moeda, mas no foi esse o sentido que o CTN quis dar ao conceito de tributo. Caso contrrio, teramos o pagamento de tributos das mais variadas formas, atravs da entrega de bens ou prestao de servios, o que no possvel.

    A interpretao deste item aponta para possibilidade de se adotar indexadores para quantificar os tributos. Vamos analisar o que ocorreu em nosso pas h algum tempo e j fixaremos o entendimento.

    No final da dcada de 80 at meados da dcada de 90, a inflao atingia nveis altssimos. Assim, C$500,00 um dia j no valiam a mesma coisa no dia seguinte. Imagine agora um tributo lanado em um determinado dia com vencimento para 15 dias. O valor do tributo, na data do pagamento, seria apenas uma sombra do que realmente era devido na data do lanamento. Com isso, o governo teria uma grande perda na arrecadao, o que geraria um verdadeiro rombo nos cofres pblicos. A fim de amenizar os efeitos dos altos ndices

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    inflacionrios, foram criados alguns indexadores. A UFIR, por exemplo, que foi criada pela Lei 8.383/91, com o seguinte enunciado:

    Art. 1. Fica instituda a Unidade Fiscal de Referncia-UFIR, como medida de valor e parmetro de atualizao monetria de tributos e de valores expressos em cruzeiros na legislao tributria federal, bem como os relativos a multas e penalidades de qualquer natureza.

    Assim, o tributo era calculado em UFIR e pago convertendo o valor para a moeda. Como a UFIR era atualizada diariamente ou mensalmente, dependendo do perodo, o valor do tributo no sofria com o impacto inflacionrio.

    Depreende-se da, o sentido da expresso cujo valor nela se possa exprimir, a saber: a utilizao de ndices ou indexadores a fim de quantificar o tributo, j que sua converso em moeda instantnea, sendo necessria uma simples operao aritmtica.

    Que no constitua sano de ato ilcito

    Na ocorrncia de alguma infrao legislao, h diversas hipteses de o Estado penalizar o infrator, tais como multas, perdimento de bens, entre outras.

    Essa expresso do art. 3 de fundamental importncia para entender que tributo e multa no se confundem. So dois institutos distintos.

    O tributo (como veremos mais adiante com a devida profundidade) surge com a ocorrncia de uma situao prevista em lei (fato gerador) e no por ter o contribuinte cometido alguma infrao. Tributo no punio.

    Veremos tambm, mais adiante, que ocorre a tributao dos rendimentos mesmo que estes sejam oriundos de atividades ilcitas, como o trfico de drogas, por exemplo. Isto porque no se est punindo o infrator com o tributo. A punio pela atividade ilcita vir na esfera correspondente (penal). O tributo surge pela ocorrncia do fato gerador (obter rendimentos). Esse tema ser bem detalhado mais frente. Por ora, guardem que o tributo no punio.

    Ao contrrio, as multas (inclusive as tributrias) surgem em virtude do descumprimento da legislao, o que as caracteriza como sano (punio) ao ato ilcito (descumprimento da lei).

    A fim de ilustrar a diferenciao entre tributo e multa, trago um trecho de deciso do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 94.001/SP. Eis o voto do relator, Ministro Moreira Alves:

    O art. 3 do CTN no admite que se tenha como tributo prestao pecuniria compulsria que constitua sano de ato ilcito. O que implica dizer que no permitido, em nosso sistema tributrio, que se utilize de um tributo com a finalidade extrafiscal de se penalizar

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    a ilicitude. Tributo no multa, nem pode ser usado como se o fosse. Se o municpio quer agravar a punio de quem constri irregularmente, cometendo ilcito administrativo, que crie ou agrave multas com essa finalidade. O que no pode por ser contrrio ao art. 3 do CTN, e, consequentemente, por no se incluir no poder de tributar que a Constituio Federal lhe confere criar adicional de tributo para fazer as vezes de sano pecuniria de ato ilcito.

    Instituda em lei

    O art. 5, II, da Constituio Federal determina que ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude lei. o conhecido princpio da legalidade.

    Verificamos anteriormente que o tributo uma prestao compulsria e, portanto, obriga o contribuinte ao pagamento. Dessa forma, em obedincia CF/88, h que se observar a sua previso em lei. necessria, portanto, uma lei para instituir o tributo. Tal previso pode ser estabelecida em lei ordinria ou lei complementar, a depender do tributo, ou, ainda, ato normativo com fora de lei, que o caso das medidas provisrias, conforme disposio no art. 62, da CF, caput e 2. Dessa forma, vedada a instituio de tributos por atos infralegais, aqueles que se encontram hierarquicamente abaixo das leis, como caso dos decretos.

    Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

    De acordo com o que estudamos no Direito Administrativo, os atos administrativos podem ser classificados em vinculados e discricionrios, de acordo com a margem que a lei confere ao servidor para decidir certos elementos.

    A cobrana do tributo vinculada, conforme determinao do CTN. Ou seja, no resta qualquer margem de deciso para a autoridade que ir efetuar o lanamento do tributo. Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alquota, base de clculo, contribuintes) so definidos na legislao e cabe autoridade que efetuar o lanamento obedecer lei.

    No pode o servidor, na atividade de cobrana do tributo, decidir qual o valor vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele est estritamente vinculado determinao legal.

    Analisadas as partes que compem o conceito de tributo, vamos resumir de forma grfica:

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    Cabe aqui uma observao importante. Para ser considerada tributo, a prestao deve cumprir TODAS as exigncias do CTN em seu art. 3: 1) pecuniria; 2) compulsria; 3) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; 4) que no constitua sano de ato ilcito; 5) instituda em lei; e 6) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    Por esta razo, apenas a alternativa C est correta, eis que as demais no atendem a todos os requisitos previstos no art. 3 do CTN.

    Gabarito: C

    Questo 03 (FCC) Procurador do Estado PGE-SE/2005 Sobre o conceito de tributo construdo a partir da definio do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que o tributo a) pode constituir sano de ato ilcito. b) est submetido reserva legal. c) pode ser pago por intermdio de prestao de servio de qualquer natureza. d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionria. e) toda prestao pecuniria facultativa.

    Comentrios

    Alternativa A Errada. A obrigao tributria surge com a ocorrncia do fato gerador e no para punir o contribuinte. Essa exatamente uma das caractersticas do tributo: ele no punio por ato ilcito.

    Alternativa B Correta. Na definio do CTN, o tributo uma prestao instituda em lei. importante observar que lei, aqui, corresponde a ato normativo com fora de lei (lei ordinria,

    TRIBUTO

    Prestao pecuniria

    Compulsria

    Em moeda ou cujo valor nela se possa

    exprimir

    Que no constitua sano de ato ilcito

    Instituda em lei

    Cobrana plenamente vinculada

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    complementar ou medida provisria em alguns casos). No possvel em nosso ordenamento jurdico a exigncia de um tributo que no esteja previsto em lei, mas em um ato infralegal, como um decreto, por exemplo.

    Alternativa C Errada. Como vimos na questo anterior, o tributo no pode ser pago em servios, eis que representa prestao paga em moeda ou, excepcionalmente, em algo que possa ter seu valor expresso e que esteja previsto no CTN. Atualmente, a nica possibilidade a dao em pagamento em bens imveis.

    Alternativa D Errada. A cobrana do tributo vinculada, conforme determinao do CTN. Ou seja, no resta qualquer margem de deciso para a autoridade que ir efetuar o lanamento do tributo. Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alquota, base de clculo, contribuintes) so definidos na legislao e cabe autoridade que efetuar o lanamento obedecer lei. No pode o servidor, na atividade de cobrana do tributo, decidir qual o valor vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele est estritamente vinculado determinao legal.

    Alternativa E Errada. O CTN define tributo como prestao compulsria. Ou seja, independente da vontade do contribuinte. Ningum paga tributo porque quer, mas pela imposio legal.

    Gabarito: B

    Questo 04 (FCC) Procurador Recife-PE/2003 Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3 do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que o tributo a) pode constituir sano de ilcito. b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionria. c) pode ser pago por intermdio de prestao de servio de qualquer natureza. d) est submetido reserva legal. e) toda prestao pecuniria facultativa.

    Comentrios

    Voc percebeu que esta questo praticamente idntica anterior?

    J podemos observar que a FCC costuma repetir questes. Da a importncia de resolv-las de forma exaustiva, de modo a ganhar pontos de maneira mais rpida nas provas.

    Valem aqui os mesmo comentrios efetuados na questo anterior.

    Alternativa A Errada. Tributo no punio por ato ilcito, dada a vedao expressa no art. 3 do CTN.

    Alternativa B Errada. A cobrana do tributo realizada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, e no discricionria.

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    Alternativa C Errada. O tributo no pode ser pago em servios, eis que representa prestao pecuniria, paga em moeda ou, excepcionalmente, em algo que nela possa ter seu valor expresso e que esteja previsto no CTN.

    Alternativa D Correta. Afirmar que o tributo se submete reserva legal significa dizer que o tributo necessita de lei para ser institudo. Essa definio se enquadra nos requisitos do art. 3 do CTN, que acabamos de estudar.

    Alternativa E Errada. O tributo prestao obrigatria. Independe da vontade do contribuinte. Logo, no facultativa.

    Gabarito: D

    Questo 05 (FCC) Subprocurador TCE-SE/2002 Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3 do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar que o a) fato jurdico legalmente definido, com contedo econmico, para a exigncia de tributo, pode ser qualificado como sano de ato ilcito. b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionria. c) tributo pode ser pago por intermdio de prestao de servio de qualquer natureza. d) tributo est submetido reserva legal. e) tributo toda prestao pecuniria facultativa.

    Comentrios

    Mais uma vez a FCC adota a mesma questo. Observe que foi aplicada em 2002, 2003 e 2005. De vez em quando aparecem questes que j foram cobradas em outros concursos. Logo, o candidato que resolveu mais questes sair na frente.

    A FCC utiliza muito essa expresso: tributo est submetido reserva legal. Guarde-a para a prova.

    Na verdade, seria mais correto dizer que a instituio de tributos est sujeita reserva legal, eis que nem todos os aspectos relativos aos tributos dependem de lei em sentido estrito.

    Veremos ao longo do curso que algumas disposies podem ser veiculadas em ato infralegal. Como exemplo, temos o estabelecimento do prazo para recolhimento do tributo, que pode ser definido via ato infralegal.

    Gabarito: D

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    Questo 06 (FCC) Auditor TCE-AL/2008 Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3 do Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar: a) Pode ser considerado sano por ato ilcito, como na hiptese de exigncia de imposto de importao em razo de crime de contrabando. b) Na hiptese de lanamento por homologao, como o caso do imposto sobre propriedade territorial urbana, no a autoridade administrativa plenamente vinculada quem realiza o lanamento tributrio. c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo, parte da produo de uma indstria para pagamento de imposto sobre produto industrializado. d) Via de regra institudo mediante lei, mas a Constituio Federal prev excees. e) prestao pecuniria voluntria prestada pelo contribuinte, nas hipteses de tributos com lanamento por homologao.

    Comentrios

    Alternativa A Errada. Tributo no sano por ato ilcito. Essa afirmao decorre do prprio conceito definido no art. 3 do CTN.

    Pode ocorrer a tributao mesmo quando o contribuinte praticar atividade criminosa. A punio pela prtica da infrao vir na esfera correspondente (penal). O fato gerador da obrigao tributria no o mesmo fato da conduta criminal.

    Por exemplo, auferir rendimentos oriundos do contrabando no se confunde com contrabandear. O contrabando atividade criminosa, mas os rendimentos obtidos com esta prtica esto sujeitos incidncia do imposto de renda, j que auferir renda no atividade ilcita.

    No exemplo dado na alternativa, no haver incidncia do imposto de importao como forma de punir o criminoso, mas sim aplicada a pena de perdimento das mercadorias, alm da responsabilizao pela prtica do crime na esfera penal. Tal entendimento tem sede legal e est previsto no art. 118 do CTN.

    Alternativa B Errada. Esse assunto ser estudado mais frente, quando tratarmos do lanamento. A alternativa apresenta dois erros: primeiro que o IPTU tributo sujeito a lanamento de ofcio e no por homologao; em segundo lugar, nos termos do art. 142 do CTN, o lanamento ato privativo da autoridade administrativa.

    Alternativa C Errada. O art. 3 do CTN dispe que o tributo prestao em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Ocorre que a grande maioria das coisas pode ter seu valor expresso em moeda.

    A interpretao deste item no aponta para a possibilidade de se pagar os tributos com mercadorias ou servios, mas a de adotar indexadores

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    para quantific-los. Usamos exatamente este exemplo na questo 02, que seria invivel pagar o ICMS com parte das mercadorias.

    Alternativa D Correta. Na verdade, apesar de considerada correta pela FCC, esta alternativa comporta uma ressalva. Ela trata do princpio da legalidade, que veremos na prxima aula. Versa o princpio que os entes tributantes no podem exigir ou majorar tributos sem lei que os estabelea.

    Todo e qualquer tributo requer a edio de lei para a sua instituio. Excepcionalmente, podem ser institudos por medida provisria.

    H que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder Executivo, a medida provisria tem fora de lei. Sendo assim, a instituio de tributos requer a edio de ato com fora de lei, vale dizer, capaz de inovar no ordenamento jurdico.

    O motivo que levou a FCC a considerar correta, ao chamar a medida provisria de exceo, foi justamente a participao do Poder Legislativo na sua elaborao. Assim, considerou lei como ato elaborado pelo Legislativo.

    Alternativa E Errada. Independente da modalidade de lanamento a que se sujeita o tributo, o CTN o define como prestao compulsria. A modalidade de lanamento, seja ela qual for, no tem o condo de afastar as exigncias do art. 3 do CTN.

    Gabarito: D

    Questo 07 (FCC) Procurador - Teresina/2010 A partir do conceito legal de tributo, possvel afirmar que a multa NO espcie de tributo porque o tributo a) tem que ser institudo mediante lei, ao passo que a multa no se reveste desta obrigatoriedade. b) cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa pode ser aplicada de forma discricionria pelo poder pblico. c) no sano por ato ilcito e a multa sano pecuniria por prtica de ato ilcito. d) prestao pecuniria compulsria, ao passo que a aplicao da multa no compulsria, dependendo de condenao administrativa. e) pode ser objeto de compensao, anistia e remisso, ao contrrio da multa, que s pode ser objeto de anistia.

    Comentrios

    O elemento diferenciador entre tributo e multa a sano por ato ilcito, nos termos do art. 3 do CTN. A multa exatamente aquilo o que o tributo est proibido de ser: sano por ato ilcito.

    No entanto, os dois institutos se assemelham em outro aspecto previsto no mesmo art. 3 do CTN: prestao pecuniria.

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    Alternativa A Errada. A Constituio Federal determina que ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude lei. Nessa linha, qualquer imposio deve ser veiculada mediante ato capaz de inovar no ordenamento, vale dizer, capaz de criar direitos e obrigaes. Dessa forma, tanto tributo quanto multa exigem a edio de lei.

    Alternativa B Errada. A cobrana, seja ela do tributo ou da multa, representa atividade vinculada. No pode a autoridade fiscal alterar o valor devido com base nas normas legais por convenincia e oportunidade.

    Alternativa C Correta. Esse o elemento diferenciador entre tributo e multa: a sano por ato ilcito. O tributo no pode ter essa caracterstica. Por outro lado, a multa surge exatamente para se revestir desse elemento.

    Alternativa D Errada. Ambos os institutos so prestao obrigatria. A assertiva tenta levar o candidato ao erro pela noo de que geralmente se recorre das multas, como por exemplo, as multas de trnsito, o que levaria a uma deciso administrativa sobre a validade ou no da penalidade. Ocorre que o tributo tambm pode ser questionado. Veremos mais adiante que h situao em que o contribuinte pode apresentar impugnao, seja de tributo ou de multa.

    Alternativa E Errada. Deixaremos para entrar nos detalhes desses institutos (compensao, anistia e remisso) no momento oportuno. Neste momento, cabe lembrar que o elemento que diferencia tributo e multa a sano por ato ilcito.

    Gabarito: C

    Questo 08 (FCC) SEFAZ-DF/2001 As multas fiscais so distintas dos tributos, entre outras razes, porque: a) no so passveis de inscrio como dvida ativa. b) obedecem ao princpio da legalidade. c) constituem sanes por atos ilcitos. d) observam o princpio da anterioridade. e) so aplicadas pelos agentes da fiscalizao.

    Comentrios

    Como acabamos de ver, tributo se diferencia da multa no que diz respeito sano por ato ilcito, enquanto o tributo no pode apresentar essa caracterstica, a multa existe justamente por apresent-la. No que diz respeito ao aspecto pecunirio, tributo e multa constituem obrigao tributria principal, eis que esta corresponde a pagamento.

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    Assim, temos o seguinte esquema:

    Gabarito: C

    Questo 09 (FCC) Procurador Prefeitura de Santos/2002 Considere: I. Tributos que resultam de uma imposio estatal visando restrio ou ao desenvolvimento de determinadas atividades ou setores especficos, de acordo com determinada linha poltica de ao, a exemplo de uma tributao maior sobre bens suprfluos e menor para bens necessrios. II. Tributos que decorrem da atribuio, pela lei, da capacidade de serem sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefcio de suas prprias finalidades - pessoas diversas da Unio, Estados e Municpios. Esses tributos so conhecidos, respectivamente, como a) contribuies e extrafiscais. b) parafiscais e especiais. c) extrafiscais e parafiscais. d) especiais e extraordinrios. e) fiscais e emprstimos compulsrios.

    Comentrios

    Apesar de o CTN apresentar uma classificao para os impostos, a separao dos tributos de maneira geral em funo de alguns aspectos tem origem na doutrina, tanto do prprio Direito Tributrio como de outros ramos do Direito, como o Direito Financeiro, por exemplo, que estuda, dentre outros temas, as receitas pblicas.

    Essa questo requer o conhecimento especfico da classificao doutrinria dos tributos em funo do objetivo da sua instituio. Quanto a esse aspecto, os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou parafiscais.

    TRIBUTO

    MULTA

    NO SANO

    POR ATO ILCITO

    OBRIGAO TRIBUTRIA PRINCIPAL

    SANO POR ATO ILCITO

    ELEMENTO DIFERENCIADOR (art. 3 do CTN)

    SEMELHANA (art. 113, 1 do CTN)

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    FISCAIS: os tributos so considerados fiscais quando seu principal objetivo arrecadar, ou seja, gerar renda para que o Estado possa abastecer os cofres pblicos a fim de cobrir seus gastos. Como exemplos podemos destacar o ICMS e o Imposto de Renda.

    EXTRAFISCAIS: podem ser classificados nesta categoria os tributos cuja finalidade principal no arrecadar, mas regular algum setor econmico ou social, ou, ainda, estimular certo comportamento entre os consumidores. o caso do Imposto de Importao que, muitas vezes, serve para proteger a indstria nacional.

    Ressaltamos que o carter fiscal ou extrafiscal de um determinado tributo define sua finalidade principal, mas no caracteriza a sua plenitude. o que ensina Paulo de Barros Carvalho:

    No existe, porm, entidade tributria que se possa dizer pura, no sentido de realizar to s a fiscalidade, ou, unicamente, a extrafiscalidade. Os dois objetivos convivem harmnicos, na mesma figura impositiva, sendo lcito apenas verificar que um predomina sobre o outro. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributrio. 21 edio. Saraiva, 2009, p.256)

    PARAFISCAIS: ocorre a parafiscalidade quando o ente que detm a competncia para instituir determinado tributo delega a outra entidade a capacidade para fiscalizar e cobrar, alm de destinar a esta entidade os recursos arrecadados para o desempenho das suas atividades institucionais. o caso dos rgos de fiscalizao dos conselhos de classe: CREA, CRC, CRM, etc.

    Podemos verificar que o item I se refere extrafiscalidade. J o item II, diz respeito parafiscalidade.

    Gabarito: C

    Questo 10 (ESAF) ATRF/2009 A reduo do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI para geladeiras, foges, mquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no prximo dia 31, foi prorrogada por mais trs meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alquotas passam a ser estabelecidas com base na eficincia energtica dos produtos, de acordo com a classificao do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Ns estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia, explicou. A medida vale at 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alquota de 15%, e recuou para 5%, podero manter essa mesma alquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe A, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe B passaro a ter uma alquota de 10% e o restante voltar a ter um IPI de 15%. (Extrado do site www.fazenda.gov.br, notcia de 29.10.2009).

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    Na notcia acima, identificamos um importante aspecto do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opes que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto , somente aquele que a notcia mencionada destacou. a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alquotas diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. b) A notcia demonstra a aplicabilidade do princpio constitucional da capacidade tributria, pois estabelece alquotas diferenciadas para as diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. c) O IPI constitui uma exceo regra geral da legalidade, j que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alquotas. d) A no-cumulatividade, outra caracterstica do IPI, visa impedir que as incidncias sucessivas nas diversas operaes da cadeia econmica de um produto impliquem um nus tributrio muito elevado, decorrente da mltipla tributao da mesma base econmica. e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indstria e, consequentemente, dos consumidores.

    Comentrios

    Questo onde o examinador busca verificar o conhecimento das caractersticas inerentes ao IPI. No caso em questo, podemos observar que as alteraes ocorridas no imposto (reduo das alquotas) no visam ao aumento da arrecadao, mas ao estmulo do consumo de determinados bens, aqueles que consomem menos energia eltrica.

    Trata-se, portanto, do carter extrafiscal do tributo. Nesse aspecto o tributo utilizado como forma de regular algum setor econmico ou social.

    Gabarito: E

    Questo 11 (FCC) Auditor de Contas Pblicas TCE PB/2006 So tributos vinculados: a) a taxa, o imposto e a contribuio de melhoria. b) a taxa e os impostos diretos. c) os impostos diretos e os indiretos. d) a contribuio de melhoria e os impostos indiretos. e) a taxa e a contribuio de melhoria.

    Comentrios

    Acabamos de estudar a classificao dos tributos quanto ao objetivo. H diversas classificaes doutrinrias para os tributos, levando em considerao vrios aspectos. Veremos cada uma na ocasio mais adequada.

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    Nesta questo, especificamente, foi cobrada uma classificao que leva em considerao o fato gerador do tributo, mais precisamente a atuao estatal na situao que d origem ao surgimento do tributo. Assim, temos:

    VINCULADOS: so os tributos em que o fato gerador ocorre em funo de alguma ao estatal relativa ao contribuinte. o caso das taxas pela prestao de algum servio pblico, como taxa de coleta de lixo, por exemplo. Note, prezado aluno, que houve uma ao do Estado para fazer surgir o tributo, sendo, portanto, classificado como vinculado.

    Grande parcela da doutrina costuma chamar os tributos vinculados de contraprestacionais, em virtude da contraprestao estatal que gera a sua cobrana. Classificam-se nesta categoria as taxas e as contribuies de melhoria.

    NO-VINCULADOS: so os tributos que surgem devido a alguma ao do prprio contribuinte, independente de qualquer ao do Estado. o caso dos impostos. Tomemos como exemplo o imposto de renda. Voc recebe o seu suado salrio j com o desconto do imposto retido na fonte. Mas o que o Estado fez em troca para que surgisse para voc a obrigao de pagar o imposto? Absolutamente, nada!

    Perceba que os impostos, tributos no-vinculados, so citados em quatro alternativas.

    Gabarito: E

    ATENO!!!!!!!

    No podemos confundir a classificao dos tributos em vinculados e no-vinculados com a que define os tributos de arrecadao vinculada e no-vinculada.

    A classificao dos tributos leva em considerao influncia ou no do Estado no fato que deu origem cobrana do tributo.

    A outra classificao define o destino da receita arrecadada. No se trata mais de tributo, pois o destino da arrecadao objeto do Direito Financeiro e no Tributrio.

    A classificao quanto ao destino da receita estabelece os tributos de arrecadao vinculada e arrecadao no-vinculada.

    TRIBUTOS DE ARRECADAO VINCULADA: so aqueles cujos recursos arrecadados tm uma destinao especfica e no podem ser utilizados livremente pelo ente tributante. Temos como exemplo os emprstimos compulsrios.

    TRIBUTOS DE ARRECADAO NO-VINCULADA: so aqueles em que o ente tributante livre para aplicar os recursos arrecadados da forma que melhor entender. o caso dos impostos.

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    Questo 12 (FCC) Procurador TCE CE/2006

    So caractersticas comuns aos impostos, taxas e contribuies de melhoria: a) todos tm competncia comum. b) todos so vinculados a uma prvia atividade estatal. c) todos tm sempre relao com servio pblico. d) todos so compulsrios. e) todos se submetem ao princpio da anterioridade nonagesimal, sem exceo.

    Comentrios

    Ns estudamos que, para ser considerada tributo, a prestao deve atender a todos os requisitos previstos no art. 3 do CTN.

    Nessa linha, a prpria Constituio Federal estabelece em seu art. 145:

    Art. 145. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero instituir os seguintes tributos:

    I impostos;

    II taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos sua disposio;

    III contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas.

    Da mesma forma, o CTN, em seu art. 5, estabelece que os tributos so impostos, taxas e contribuies de melhoria. O Cdigo adotou a classificao tradicional, existente poca da sua edio.

    Isso j suficiente para respondermos a questo.

    Sendo tributos, impostos, taxas e contribuio de melhoria tm em comum as caractersticas traadas no art. 3 do CTN. Assim, temos por correta a alternativa D.

    Porm, cabe aqui um estudo mais detalhado sobre o tema.

    A definio no caput do art. 145 da CF/88 e o disposto no art. 5 do CTN levou uma parcela da doutrina a aceitar que as espcies tributrias so apenas trs: impostos, taxas e contribuies de melhoria. o que se costuma chamar de teoria tripartite ou tripartida.

    Contudo, h outra corrente que defende que as espcies tributrias no so apenas trs, mas cinco. Essa parcela da doutrina argumenta que, alm das trs espcies citadas no art. 145, h a previso para a instituio de duas outras espcies: o emprstimo compulsrio e as contribuies sociais, definidos nos art. 148 e 149 da CF, respectivamente. Da surge a teoria pentapartida.

    A segunda corrente tornou-se dominante em nosso ordenamento aps decises do STF defendendo a pentapartio das espcies tributrias.

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    Vejamos o entendimento da Corte Suprema no julgamento do RE 146.733-9/SP, no voto condutor do Min. Moreira Alves:

    De efeito, a par das trs modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as contribuies de melhoria) a que se refere o art. 145 para declarar que so competentes para institu-los a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributrias, para cuja instituio s a Unio competente: o emprstimo compulsrio e as contribuies sociais, inclusive as de interveno no domnio econmico e de interesse das categorias profissionais ou econmicas.

    Assim, a segunda corrente ganhou fora e tem sido a adotada atualmente, sendo amplamente cobrada em provas de concurso pblico.

    No entanto, tambm pode ser cobrada a teoria tripartite, situao em que, geralmente, se exige apenas o conhecimento da teoria.

    Gabarito: D

    Questo 13 (FGV) Fiscal de Rendas RJ/2007 O art. 5 do Cdigo Tributrio Nacional determina que os tributos se dividem em: a) impostos, contribuies sociais, contribuies de melhoria e emprstimos compulsrios. b) impostos, taxas, contribuies sociais e contribuies de melhoria. c) impostos, taxas, contribuies sociais, contribuies de melhoria e emprstimos compulsrios. d) impostos, taxas, contribuies sociais e emprstimos compulsrios. e) impostos, taxas e contribuies de melhoria.

    Comentrios

    Questo que requer bastante ateno do candidato. Apesar da aparncia simples do enunciado, precisamos identificar o que se pede.

    Devemos, ento, ficar atentos para visualizar se cobrada a literalidade da lei, entendimento doutrinrio ou jurisprudncia. a partir da que podemos responder ao que se pede.

    Nessa questo, o enunciado bem taxativo: O art. 5 do Cdigo Tributrio Nacional determina.

    Observe que o enunciado pede a definio do CTN. Pedindo dessa forma, temos que nos desprender do que diz a doutrina ou a jurisprudncia. Devemos, ento, seguir risca o que diz a lei.

    Numa primeira anlise, um candidato que conhece as teorias tripartite e pentapartida e sabe que hoje predomina esta ltima, poderia marcar de forma precipitada a alternativa C.

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    No entanto, a questo pede a letra da lei e, segundo o art. 5 do CTN, as espcies tributrias so apenas os impostos, as taxas e as contribuies de melhoria.

    Gabarito: E

    Questo 14 (FCC) Auditor Fiscal - SEFAZ RO/2010

    Para se identificar a natureza jurdica especfica de um tributo considera-se, em regra, a) a validade jurdica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes. b) os efeitos dos atos jurdicos efetivamente ocorridos. c) a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei. d) o fato gerador da respectiva obrigao tributria. e) a destinao legal do produto de sua arrecadao.

    Comentrios

    Acabamos de estudar que so cinco as espcies tributrias, de acordo com a teoria pentapartida. Mas como identificar em que espcie se enquadra um determinado tributo?

    verdade que a prpria lei que institui o tributo j lhe d um nome: imposto sobre servios de qualquer natureza, taxa de coleta de lixo, etc. Entretanto, embora a lei d um nome ao tributo, no podemos garantir que o que a lei chamou de taxa, por exemplo, realmente uma taxa. Isso porque o CTN estabelece em seu art. 4:

    Art. 4. A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevantes para qualific-la:

    I a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei.

    II a destinao legal do produto da sua arrecadao.

    Observamos, portanto, que, embora a lei d um nome de taxa a um tributo que est sendo criado, pelo fato gerador que o identificamos.

    Fato ge