do regional, talvez a maior deste a sua criação, em 1985 ... · esta mudança no regi- ... da...

3
B4 Paraíba Terça-feira, 12 de janeiro de 2016 [email protected] Dorgival Terceiro Neto Júnior DANO MORAL Vice do TRT assume cargo de corregedor Ineditismo. Mudança foi uma das metas anunciadas pelo presidente em 2015 Na semana passada uma solenidade simples mar- cou a passagem do cargo do presidente, desembar- gador Ubiratan Delga- do, para o vice-presidente, desembargador Eduardo Sérgio. A mudança apro- vada pelo Tribunal Pleno está regulamentada pela Re- solução Administrativa nº 160/2015. Esta mudança no Regi- mento Interno do TRT foi uma das metas anunciadas pelo desembargador Ubira- tan Delgado ao assumir a Presidência, em janeiro de 2015. O vice-presidente, que até agora tinha a incumbência quase que restrita à substi- tuição do presidente, absor- vendo outras tarefas apenas por delegação, passa a ter um papel fundamental na admi- nistração da instituição. A Vice-Presidência passa a ter um papel bem mais desta- cado, o que vai equacionar melhor a distribuição do trabalho da mesa diretora”, disse o presidente do Regio- nal, desembargador Ubira- tan Delgado, no momento da transferência de cargo. Em seu discurso, o desem- bargador presidente disse ainda que, a nova atividade vai preparar quem está na vice-presidência para assu- mir a presidência. “É mui- to bom partilhar a gestão e agradeço o apoio de todos os desembargadores, especial- Indenização é excluída de ação Considero esse momento como histórico, com uma profunda mudança na estrutura do Regional, talvez a maior deste a sua criação, em 1985 Ubiratan Delgado. Desembargador-presidente do TRT-PB. mente ao desembargador Eduardo Sérgio, que acolheu a proposta, depois aprovada por unanimidade”. O novo corregedor agrade- ceu as palavras do presidente e disse que está assumindo uma Corregedoria com uma estrutura pronta e com ser- vidores qualificados. Desta- cou o papel do secretário da Corregedoria, Paulo Linden- berg, com quem já trabalhou. Paulo Lindenberg agrade- ceu ao presidente pela opor- tunidade do trabalharem juntos durante o ano de 2015 e afirmou que, com o novo Corregedor, a equipe terá o mesmo empenho e dedica- ção, sempre buscando novas ideias para tornar a presta- ção jurisdicional mais ágil. O desembargador Edvaldo de Andrade esteve presen- te na solenidade bem como os juízes Ana paula Porto (convocada), Antônio Eudes Vieira Júnior (auxiliar da Presidência) e André Aqui- no (titular da 5ª Vara do Tra- balho de Campina Grande), além de diretores e servido- res da Secretaria da Correge- doria e do Regional. O Direito e o Trabalho [email protected] Uso de menor em horário ilegal gera dano social A rede de supermercados Walmart deve pagar R$ 100 mil de indenização por danos sociais por submeter empregado menor de idade a trabalho noturno e a jornadas com horários variáveis, que dificultavam o comparecimento dele à escola. Entendeu a Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul que estava configurado o caso de dumping social, que autoriza a fixação, de ofício, de indenização por violação prejudicial à sociedade. A empresa também foi condenada a pagar indenização diretamente ao empregado no valor de R$ 10 mil. O menor, que foi operador de caixa em um supermercado do Walmart, demonstrou, por meio de registros de ponto, que em diversas ocasiões sua jornada de trabalho ultrapassou o horário das 22h, limite fixado por lei como início do trabalho noturno. Também pelos registros de ponto, ficou comprovado que os horários de entrada e saída possuíam variações significativas, impedindo ou dificultando o comparecimento do reclamante à escola. Na primeira instância, o juiz Max Carrion Brueckner considerou pertinente a alegação do menor, ressaltando que a Consolidação das Leis do Trabalho e o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbem a utilização de menores em trabalho noturno, bem como em locais ou horários que impossibilitem sua frequência na escola. No caso, para o juiz, foi demonstrado que em diversos dias a jornada do empregado variava, sendo que em algumas ocasiões o trabalho iniciava-se no turno da manhã e, em outras, após o meio-dia. Anotou o magistrado que “Ainda que o trabalho pela manhã não fosse a regra, cabe observar que a saída tarde da noite (muitas vezes após as 22h) é um obstáculo para que o adolescente consiga estudar pela manhã”, bem assim que, “Para obter maior ganho, a reclamada ignora o prejuízo que traz para o jovem. O reclamante, por óbvio, não é o único menor de 18 anos que trabalha em horário noturno nos supermercados da reclamada. Também não há evidência de que, após o ajuizamento da presente ação, alguma modificação tenha ocorrido com relação a esse fato”. Constatou o juiz que “O reclamado pratica dumping social. Explora a mão de obra de adolescentes pobres para ter mais lucro. Há prejuízo aos trabalhadores menores de idade, mas também aos concorrentes que respeitam os adolescentes e aos mais velhos, que deixam de ser contratados”. Ao apreciar recurso do Walmart, a Turma, sob a relatoria do desembargador Marçal Henri dos Santos Figueiredo, anotou que referendar a prática reiterada de agressões à legislação trabalhista seria o mesmo que legitimá-la e serviria de exemplo ruim para a conduta das demais empresas. Para a Turma, a matéria foi resolvida com vistas ao Enunciado nº 4 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho, ocorrida em 2007, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, segundo o qual “as agressões reincidentes e inescusáveis aos direitos trabalhistas geram um dano à sociedade, pois com tal prática desconsidera-se, propositalmente, a estrutura do Estado social e do próprio modelo capitalista com a obtenção de vantagem indevida perante a concorrência”. Ainda conforme o entendimento expresso na ocasião, o Poder Judiciário deve coibir esta prática por meio de indenização suplementar, já que a conduta caracteriza-se como ato ilícito por ter como consequência o abuso do direito, coibido pelo Código Civil Brasileiro.” (TRT 4ª. Região – 1ª. Turma – Proc. 0020192- 46.2013.5.04.0006) NO TRIBUNAL O Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) está implantando o JUNTS, uma experiência de Internet Li - vre que possibilita o acesso gratuito à Internet em pontos coletivos. O serviço foi cria- do pela ONG – Associação Nacional de Inclusão Digital (ANID) e não é concorrente de provedores de acesso, mas uma forma de democratizar a informação. De acordo com o diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação (Setic), Ronaldo Farias, mesmo na era digital, ainda se enfrenta o desafio de democratizar o acesso à inter - net no país. “A título de exem- plo, para a realidade do TRT da Paraíba, o público externo que aguarda sua audiência na Vara ou Sede ainda não tinha acesso à internet, mas com a implantação do JUNTS isso será permitido”, disse. Internet livre para usuários Uma mudança no Regimento Interno do Tribunal do Trabalho da Paraíba transferiu as atribuições da Corregedoria da Presidência para a Vice-Presidência. Escola Judicial do Tribunal divulga calendário para 2016 Já está agendada para o dia 25 do próximo mês de feve- reiro, a aula inaugural do ano letivo de 2016 da Escola Judi- cial do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região). No período de 26 a 29 de outubro, mais três eventos já estão programados. O I Fó- rum de Direito Processual acontecerá no dia 26 e terá como público-alvo, apenas os magistrados do trabalho. Iniciará também no dia 26, o curso de PJe – Módulo Inter- mediário na modalidade En- sino a Distância (EaD) para magistrados e servidores e no dia 29, encerrando as ati- vidades do mês de fevereiro, a EJud realizará o curso de Cálculos – Ferramenta PJe. Calc na modalidade presen- cial, só para servidores. Abertura. Será feita com palestra do desembargador Carlos Henrique Bezerra Leite, do Tribunal do Tra- balho do Espírito Santo (17ª Região) para magistrados e servidores. Cinco atividades estão pro- gramadas para o mês de mar- ço, começando com o curso Admissibilidade de recurso de revista e controle de procedentes. Será realizado nos dias 3 e 4 na modalidade presencial para servidores. Também no dia 4 será apli- cado o curso Formação de Juiz – Módulo Avançado nas modalidades presencial e Ensino a Distância – Plata- forma Moodle. Nos dias 10 e 11, será re- alizado o curso Responsa- bilidade Civil e acidente de trabalho: temas polêmicos, para magistrados e as ativi- dades do mês se encerram com a aplicação do curso de PJe – Módulo Básico para ser- vidores. Em maio outras três ati- vidades já estão agendadas, começando com a palestra “características contempo- râneas da relação de traba- lho: a subordinação e suas novas facetas, apenas para magistrados. Também serão aplicados o II curso de Formação de Assistente de Juiz – Módulo Básico e Pesquisa Patrimo- nial e execução trabalhista, sendo o primeiro para servi- dores e o segundo para ma- gistrados. Encerramento. No mês de novembro haverá a apli- cação do IV Seminário regional de Formação Conti- nuada para o Polo de Campi- na Grande nos dias 10 e 11 e as atividades do ano letivo da Escola Judicial serão encer- radas no dia 9 de dezembro. Inconformada A empresa pediu a reforma da sentença para que fossem julgados improcedentes os pedidos relacionados às horas extras e a consequente condenação em danos morais. DIVULGAÇÃO Confio plenamente na capacidade de toda a equipe da Corregedoria, que é muito qualificada Eduardo Sérgio. Desembargador vice-presidente do TRT-PB. Calendário das correições para este ano de 2016, pode ser conferido no site do Tribunal (www. trt13.jus.br). Parceria - Proposta foi acolhida pelo desembargador Eduardo Sérgio A Segunda Turma de Jul- gamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba excluiu o pagamento de indeniza- ção por danos morais a um trabalhador em razão da di- minuição de intervalo in- trajornada, que é o período de descanso que deve ocor- rer dentro da jornada de tra- balho. Na 4ª Vara do Trabalho de Campina Grande, a empresa Almeida Tintas e Re- vestimentos LTDA havia si- do condenada a pagar ao ex-empregado, entre outros benefícios, os valores corres- pondentes a uma hora extra diária a título de intervalo intrajornada, além de inde- nização por danos morais no valor de R$ 3 mil (processo 0130336-16.2015.5.13.0023). A relatoria foi do desembar- gador Wolney de Macedo Cor- deiro. O relator do processo, acompanhando em parte a decisão em primeira ins- tância, registrou que a não concessão do intervalo in- trajornada pressupõe abuso do poder diretivo e hierárqui- co, sendo devido o pagamento correspondente. Por outro lado, registrou que “a ausência de concessão do intervalo intrajornada, de forma isolada, não é suficiente para gerar a indenização pre- tendida. É bem verdade que, ao não conceder o regular gozo do intervalo intrajorna- da, houve a prática de um ato ilícito pela recorrida; todavia, não restou demonstrado, nos autos, o dano moral suposta- mente sofrido pelo autor, se- ja referente à saúde psíquica ou física, em decorrência do referido ato”. O desembarga- dor destaca ainda que “não é nenhum ilícito de natureza trabalhista que enseja a re- paração de ordem moral. Na hipótese específica dos autos, a não concessão do in- tervalo conduz, tão somente, à condenação do empregador ao pagamento, como extra, de uma hora diária nos dias em que houve labor, visando ga- rantir efetividade às normas jurídicas assecuratórias da saúde física e mental do tra- balhador.”

Upload: vuonganh

Post on 18-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

B4 Paraíba Terça-feira, 12 de janeiro de 2016

[email protected]

Dorgival Terceiro Neto Júnior

DANO MORAL

Vice do TRT assume cargo de corregedorIneditismo. Mudança foi uma das metas anunciadas pelo presidente em 2015

Na semana passada uma solenidade simples mar-cou a passagem do cargo do presidente, desembar-gador Ubiratan Delga-do, para o vice-presidente, desembargador Eduardo Sérgio. A mudança apro-vada pelo Tribunal Pleno está regulamentada pela Re-solução Administrativa nº 160/2015.

Esta mudança no Regi-mento Interno do TRT foi uma das metas anunciadas pelo desembargador Ubira-

tan Delgado ao assumir a Presidência, em janeiro de 2015.

O vice-presidente, que até agora tinha a incumbência quase que restrita à substi-tuição do presidente, absor-vendo outras tarefas apenas por delegação, passa a ter um papel fundamental na admi-nistração da instituição. A Vice-Presidência passa a ter um papel bem mais desta-cado, o que vai equacionar melhor a distribuição do trabalho da mesa diretora”, disse o presidente do Regio-nal, desembargador Ubira-tan Delgado, no momento da transferência de cargo.

Em seu discurso, o desem-bargador presidente disse ainda que, a nova atividade vai preparar quem está na vice-presidência para assu-mir a presidência. “É mui-to bom partilhar a gestão e agradeço o apoio de todos os desembargadores, especial-

Indenização é excluída de ação

Considero esse momento como histórico, com uma profunda mudança na estrutura do Regional, talvez a maior deste a sua criação, em 1985

Ubiratan Delgado. Desembargador-presidente do TRT-PB.

mente ao desembargador Eduardo Sérgio, que acolheu a proposta, depois aprovada por unanimidade”.

O novo corregedor agrade-ceu as palavras do presidente e disse que está assumindo uma Corregedoria com uma estrutura pronta e com ser-vidores qualificados. Desta-cou o papel do secretário da Corregedoria, Paulo Linden-berg, com quem já trabalhou.

Paulo Lindenberg agrade-ceu ao presidente pela opor-tunidade do trabalharem juntos durante o ano de 2015 e afirmou que, com o novo Corregedor, a equipe terá o mesmo empenho e dedica-ção, sempre buscando novas ideias para tornar a presta-

ção jurisdicional mais ágil.O desembargador Edvaldo

de Andrade esteve presen-te na solenidade bem como os juízes Ana paula Porto (convocada), Antônio Eudes Vieira Júnior (auxiliar da Presidência) e André Aqui-no (titular da 5ª Vara do Tra-balho de Campina Grande), além de diretores e servido-res da Secretaria da Correge-doria e do Regional.

O Direito e o [email protected]

Uso de menor em horário ilegal gera dano socialA rede de supermercados Walmart deve pagar R$

100 mil de indenização por danos sociais por submeter empregado menor de idade a trabalho noturno e a jornadas com horários variáveis, que dificultavam o comparecimento dele à escola.

Entendeu a Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul que estava configurado o caso de dumping social, que autoriza a fixação, de ofício, de indenização por violação prejudicial à sociedade.

A empresa também foi condenada a pagar indenização diretamente ao empregado no valor de R$ 10 mil.

O menor, que foi operador de caixa em um supermercado do Walmart, demonstrou, por meio de registros de ponto, que em diversas ocasiões sua jornada de trabalho ultrapassou o horário das 22h, limite fixado por lei como início do trabalho noturno. Também pelos registros de ponto, ficou comprovado que os horários de entrada e saída possuíam variações significativas, impedindo ou dificultando o comparecimento do reclamante à escola.

Na primeira instância, o juiz Max Carrion Brueckner considerou pertinente a alegação do menor, ressaltando que a Consolidação das Leis do Trabalho e o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbem a utilização de menores em trabalho noturno, bem como em locais ou horários que impossibilitem sua frequência na escola.

No caso, para o juiz, foi demonstrado que em diversos dias a jornada do empregado variava, sendo que em algumas ocasiões o trabalho iniciava-se no turno da manhã e, em outras, após o meio-dia.

Anotou o magistrado que “Ainda que o trabalho pela manhã não fosse a regra, cabe observar que a saída tarde da noite (muitas vezes após as 22h) é um obstáculo para que o adolescente consiga estudar pela manhã”, bem assim que, “Para obter maior ganho, a reclamada ignora o prejuízo que traz para o jovem. O reclamante, por óbvio, não é o único menor de 18 anos que trabalha em horário noturno nos supermercados da reclamada. Também não há evidência de que, após o ajuizamento da presente ação, alguma modificação tenha ocorrido com relação a esse fato”.

Constatou o juiz que “O reclamado pratica dumping social. Explora a mão de obra de adolescentes pobres para ter mais lucro. Há prejuízo aos trabalhadores menores de idade, mas também aos concorrentes que respeitam os adolescentes e aos mais velhos, que deixam de ser contratados”.

Ao apreciar recurso do Walmart, a Turma, sob a relatoria do desembargador Marçal Henri dos Santos Figueiredo, anotou que referendar a prática reiterada de agressões à legislação trabalhista seria o mesmo que legitimá-la e serviria de exemplo ruim para a conduta das demais empresas.

Para a Turma, a matéria foi resolvida com vistas ao Enunciado nº 4 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho, ocorrida em 2007, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, segundo o qual “as agressões reincidentes e inescusáveis aos direitos trabalhistas geram um dano à sociedade, pois com tal prática desconsidera-se, propositalmente, a estrutura do Estado social e do próprio modelo capitalista com a obtenção de vantagem indevida perante a concorrência”. Ainda conforme o entendimento expresso na ocasião, o Poder Judiciário deve coibir esta prática por meio de indenização suplementar, já que a conduta caracteriza-se como ato ilícito por ter como consequência o abuso do direito, coibido pelo Código Civil Brasileiro.”

(TRT 4ª. Região – 1ª. Turma – Proc. 0020192-46.2013.5.04.0006)

NO TRIBUNAL

O Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) está implantando o JUNTS, uma experiência de Internet Li-vre que possibilita o acesso gratuito à Internet em pontos coletivos. O serviço foi cria-do pela ONG – Associação Nacional de Inclusão Digital (ANID) e não é concorrente de provedores de acesso, mas uma forma de democratizar a informação.

De acordo com o diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação (Setic), Ronaldo Farias, mesmo na era digital, ainda se enfrenta o desafio de democratizar o acesso à inter-net no país. “A título de exem-plo, para a realidade do TRT da Paraíba, o público externo que aguarda sua audiência na Vara ou Sede ainda não tinha acesso à internet, mas com a implantação do JUNTS isso será permitido”, disse.

Internet livre para usuários

Uma mudança no

Regimento Interno do

Tribunal do Trabalho

da Paraíba transferiu

as atribuições da

Corregedoria da

Presidência para a

Vice-Presidência.

Escola Judicial do Tribunal divulga calendário para 2016Já está agendada para o dia

25 do próximo mês de feve-reiro, a aula inaugural do ano letivo de 2016 da Escola Judi-cial do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região).

No período de 26 a 29 de outubro, mais três eventos já estão programados. O I Fó-rum de Direito Processual acontecerá no dia 26 e terá como público-alvo, apenas os magistrados do trabalho. Iniciará também no dia 26, o curso de PJe – Módulo Inter-mediário na modalidade En-sino a Distância (EaD) para magistrados e servidores e no dia 29, encerrando as ati-vidades do mês de fevereiro, a EJud realizará o curso de Cálculos – Ferramenta PJe. Calc na modalidade presen-cial, só para servidores.

Abertura. Será feita com palestra do desembargador

Carlos Henrique Bezerra Leite, do Tribunal do Tra-balho do Espírito Santo (17ª Região) para magistrados e servidores.

Cinco atividades estão pro-gramadas para o mês de mar-ço, começando com o curso Admissibilidade de recurso de revista e controle de procedentes. Será realizado nos dias 3 e 4 na modalidade presencial para servidores.

Também no dia 4 será apli-cado o curso Formação de Juiz – Módulo Avançado nas modalidades presencial e Ensino a Distância – Plata-forma Moodle.

Nos dias 10 e 11, será re-alizado o curso Responsa-bilidade Civil e acidente de trabalho: temas polêmicos, para magistrados e as ativi-dades do mês se encerram com a aplicação do curso de PJe – Módulo Básico para ser-

vidores.Em maio outras três ati-

vidades já estão agendadas, começando com a palestra “características contempo-râneas da relação de traba-lho: a subordinação e suas novas facetas, apenas para magistrados.

Também serão aplicados o II curso de Formação de Assistente de Juiz – Módulo Básico e Pesquisa Patrimo-nial e execução trabalhista, sendo o primeiro para servi-dores e o segundo para ma-gistrados.

Encerramento. No mês de

novembro haverá a apli-cação do IV Seminário regional de Formação Conti-nuada para o Polo de Campi-na Grande nos dias 10 e 11 e as atividades do ano letivo da Escola Judicial serão encer-radas no dia 9 de dezembro.

InconformadaA empresa pediu a reforma da sentença para que fossem julgados improcedentes os pedidos relacionados às horas extras e a consequente condenação em danos morais.

DIVULGAÇÃO

Confio plenamente na capacidade de toda a equipe da Corregedoria, que é muito qualificada Eduardo Sérgio. Desembargador vice-presidente do TRT-PB.

Calendáriodas correições para este ano de 2016, pode ser conferido no site do Tribunal (www.trt13.jus.br).

Parceria - Proposta foi acolhida pelo desembargador Eduardo Sérgio

A Segunda Turma de Jul-gamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba excluiu o pagamento de indeniza-ção por danos morais a um trabalhador em razão da di-minuição de intervalo in-trajornada, que é o período de descanso que deve ocor-rer dentro da jornada de tra-balho.

Na 4ª Vara do Trabalho de Campina Grande, a empresa Almeida Tintas e Re-vestimentos LTDA havia si-do condenada a pagar ao ex-empregado, entre outros benefícios, os valores corres-pondentes a uma hora extra diária a título de intervalo

intrajornada, além de inde-nização por danos morais no valor de R$ 3 mil (processo 0130336-16.2015.5.13.0023). A relatoria foi do desembar-gador Wolney de Macedo Cor-deiro.

O relator do processo, acompanhando em parte a decisão em primeira ins-tância, registrou que a não concessão do intervalo in-trajornada pressupõe abuso do poder diretivo e hierárqui-co, sendo devido o pagamento correspondente.

Por outro lado, registrou que “a ausência de concessão do intervalo intrajornada, de forma isolada, não é suficiente

para gerar a indenização pre-tendida. É bem verdade que, ao não conceder o regular gozo do intervalo intrajorna-da, houve a prática de um ato ilícito pela recorrida; todavia, não restou demonstrado, nos

autos, o dano moral suposta-mente sofrido pelo autor, se-ja referente à saúde psíquica ou física, em decorrência do referido ato”. O desembarga-dor destaca ainda que “não é nenhum ilícito de natureza trabalhista que enseja a re-paração de ordem moral.

Na hipótese específica dos autos, a não concessão do in-tervalo conduz, tão somente, à condenação do empregador ao pagamento, como extra, de uma hora diária nos dias em que houve labor, visando ga-rantir efetividade às normas jurídicas assecuratórias da saúde física e mental do tra-balhador.”

B4 Paraíba Terça-feira, 19 de janeiro de 2016

[email protected]

Dorgival Terceiro Neto Júnior

MÍDIAS SOCIAIS

TRT reduz despesas para enfrentar criseUrgência. As medidas anunciadas já vão vigorar a partir do mês de fevereiro

O presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembargador Ubiratan Delgado, reuniu, nesta segunda-feira (18), ju-ízes e servidores para anun-ciar as medidas que serão tomadas a partir de feverei-ro para adequar as despesas na Justiça do Trabalho na Paraíba com o orçamento aprovado para 2016.

Para garantir o bom fun-cionamento da Justiça do Trabalho em todas as 27 Varas do Trabalho, sede do TRT e demais unida-des, a Presidência decidiu restringir ao indispensá-vel qualquer viagem de juiz ou servidor para cursos ou eventos, limitou o valor de diárias, reduziu custos ca-pacitação, telefonia e ou-tros insumos.

Anunciou cortes nas des-pesas com contratos ligados as áreas de serviços de limpe-za, conservação e segurança. A Presidência também en-

Whatsapp vai agilizar audiências em Campina

Teremos importantes obras e serviços este ano, mas com de 2015, já que as licitações foram realizadas com sucesso e o dinheiro já está empenhado

Ubiratan Delgado. Desembargador-presidente do TRT-PB.

Notificação de atos judiciais por whatsappO Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca

de Piracanjuba-GO, sob a orientação do juiz Gabriel Consigliero Lessa, está adotando inovadora dinâmica para intimação das partes.

O juiz toma sua decisão e, quando o documento fica pronto, com um celular, tira uma foto e envia para as partes pelo WhatsApp, com confirmação do recebimento certificada pelo cartório do juizado.

Para o magistrado, o uso da ferramenta eletrônica é uma maneira de atenuar a deficiência no quadro de servidores e a lentidão burocrática dos procedimentos judiciais. O aplicativo é utilizado, sobretudo, na expedição de mandatos de intimação.

O uso da ferramenta por parte de advogados e cidadãos é facultativo, mas os interessados devem se cadastrar previamente no juizado — atualmente são cerca de 30 pessoas, além de instituições como delegacias e o lar dos idosos do município.

Argumenta o juiz que, “Muitas vezes, tínhamos uma dificuldade muito grande para encontrar algumas pessoas. Eram meses de burocracia, o que fazia com que os processos ficassem parados” e, ainda, que a iniciativa fez com que a comunidade da cidade ficasse mais próxima do juizado e com que as pessoas não se esqueçam mais das audiências.

Expôs ainda o magistrado que o uso do WhatsApp também contribuiu para a redução dos custos do juizado, já que diminuiu a necessidade dos oficiais de Justiça irem em busca dos intimados. Além disso, o uso do aplicativo fez com que todos os procedimentos passassem a ocorrer em ambiente digital, evitando impressões desnecessárias.

Além disso, para o juiz, o uso do aplicativo não gerou reclamações nem de advogados nem de jurisdicionados e a introdução do WhatsApp está de acordo com os princípios da simplicidade, celeridade, informalidade e economia processual que caracterizam os Juizados Especiais.

(TJ-GO – JECC de Piracanjuba-GO)

Usar Facebook Em Prejuízo Do Trabalho É Falta Grave

Uma técnica de enfermagem que negou-se a entregar material a duas alunas de odontologia, que prestavam atendimento na clínica da faculdade, por estar fazendo montagens de fotos na rede social Facebook, cometeu falta grave, conforme decisão do juiz Carlos Henrique Selbach, titular da Vara do Trabalho de Cachoeira do Sul.

O magistrado julgou correta a despedida por justa causa aplicada à empregada, não exatamente pelo fato da empregada ter utilizado a rede social em horário de trabalho, mas sim por comprometer o funcionamento da clínica e por priorizar o uso da internet em detrimento do cumprimento de suas funções, configurando hipótese de desídia.

Destacou o juiz que os relatos das duas alunas do curso de odontologia, da orientadora pedagógica e do diretor, confirmaram o fato de que “a autora negou atendimento aos alunos da clínica odontológica da universidade, local onde desempenhava suas atividades e deveria, na ocasião, realizar a entrega de materiais, porque estava acessando o Facebook” e, ainda, que “não é possível admitir que a empregada, técnico em enfermagem, contratada para trabalhar junto aos alunos e professores do curso de odontologia, priorize atividades de lazer no horário e no local de trabalho”.

(TRT 4ª Região – VT de Cachoeira do Sul-RS)

A presidente Dilma

Rousseff sancionou o

orçamento na sexta-

feira, mas o presidente

do TRT vinha

trabalhando com os

valores aprovados

no Congresso

DIVULGAÇÃO

ServidoresEm relação a benefícios para os servidores, como auxílio-alimentação e plano de saúde, não estão previstos cortes. O Presidente esclareceu que os direitos de servidores e magistrados, que decorrem de lei e regulamentos específicos, não podem ser suprimidos

Orçamento executado em 2015 ServidoresOutro trabalho importante é a adequação e climatização das áreas de circulação do público no Fórum da Justiça em Campina Grande. No ano passado, as Varas do Trabalho já haviam sido contempladas com essas obras, faltava apenas Campina.

AdesãoOs advogados interessados em participar do grupo deverão indicar os números dos telefones na secretaria da 2ª Vara do Trabalho de Campina Grande.

Ajustes. Presidente Ubiratan Delgado reuniu juízes e servidores para explicar as medidas de economia

Experimental - A ideia de criar o grupo é do juiz Marcelo Carniato

O Direito e o [email protected]

cerrou os contratos de está-gio em todo o estado.

Expediente - Em relação ao expediente, a proposta é redu-zir o funcionamento da Justiça

do Trabalho para o horário das 7h às 14h. No encontro com os servidores, o desembargador esclareceu, no entanto, que a decisão é do Tribunal Pleno, por força regimental. A esti-mativa e que a redução do ex-pediente gere uma economia de quase meio milhão de reais até o final do ano.

Corte gigantesco - Antes do encontro para o anúncio dos cortes, o presidente já havia se reunido com gestores das áreas administrativa e finan-ceira, com todos os diretores do TRT e com integrantes da Comissão Permanente de Orçamento e Gestão (Cope-ge), formada pelo presidente e vice do TRT, representan-

tes das associações dos ma-gistrados e servidores, do sindicato, gestores das áreas financeira e administrativa e de um juiz indicado pela Pre-sidência.

O orçamento assinado na última sexta-feira pela pre-sidente Dilma Rousseff traz um corte para a Justiça do Trabalho de 30% na parte de custeio e 90% na parte de in-vestimentos. Segundo o Ato publicado pela Presidência tratando dos cortes em vá-rios setores, a adequação das despesas, para ser efetiva, deve atingir prioritariamente áreas que representam maior impacto financeiro, porém, sem afetar substancialmente a atividade-fim do Tribunal.

O presidente do Tribunal fez um balanço da gestão financeira no ano de 2015. “Executamos mais de 99% do orçamento, um resulta-do que consideramos ex-celente. E investimos em bens e serviços realmente indispensáveis para a ins-tituição, não gastamos por gastar”, disse. Segundo ele, o que for acontecer de in-vestimentos neste ano de 2016 é fruto de l icitações realizadas no final do ano

passado. “Teremos impor-tantes obras e serviços re-alizados este ano, mas com orçamento do ano passado, já que as l icitações foram realizadas com sucesso e o dinheiro para pagamento já está empenhado”.

Está garantida a implan-tação do sistema de vigilân-cia eletrônica, a reforma do prédio da avenida Pedro I para acomodar a sede da Escola Judicial, aquisição de material de expediente e

a elaboração de um projeto de cabeamento estrutura-do nas unidades da Justi-ça do Trabalho, porquanto serão uti l izados recursos provenientes do orçamen-to de 2015.

O prédio sede do TRT e o prédio do almoxarifado pas-sarão por obras de melhoria de acessibilidade e de com-bate a incêndio. A sede será adequada à Lei da Acessibi-lidade, inclusive com obras no entorno do prédio, com

a melhoria nas calçadas e estacionamento. Tudo isso com recursos do orçamento de 2015.

O juiz do Tribunal Regio-nal do Trabalha da Paraíba (13ª Região), Marcelo Rodri-go Carniato, da 2ª Vara do Trabalho de Campina Gran-de, criou um grupo na rede social Whatsapp, em caráter experimental, para discutir adiamentos e antecipações de audiências, além de pro-postas de acordos.

“O que me motivou a criar o grupo no Whatsapp com os advogados que atuam em Campina Grande foi a possi-bilidade de utilizar tal fer-

ramenta como instrumento de facilitação do nosso diá-logo no tocante às questões relacionadas a audiência, a exemplo da necessidade de adiamento, antecipação, choque de horário com au-diências em outras varas e propostas de acordo”, disse o juiz.

Segundo Carniato, várias questões atualmente são re-solvidas com a interrupção da audiência, o que muitas vezes atrapalha a concen-tração do juiz e da equipe de trabalho, além de exigir a presença do advogado que muitas vezes está em outras audiências.

“A criação do ambiente virtual permite a resolução dessas questões de modo prático e transparente, au-xiliando na otimização de nossa atividade e permitin-do que a oralidade, típica do

procedimento trabalhista, seja transportada para o mundo virtual e adequada à realidade decorrente da in-serção desses novos meios de comunicação”, disse, fi-

nalizando que a experiên-cia que tem boas chances de melhorar a prestação ju-risdicional a partir de uma maior interação com os ad-vogados.

DIVULGAÇÃO

B4 Paraíba Terça-feira, 26 de janeiro de 2016

[email protected]

Dorgival Terceiro Neto Júnior

TRT X SERASA

Crise obriga TRT a alterar expedienteSem prejuízos. Atendimento ao público nas unidades continua com sete horas

A decisão do Tribunal Pleno (que reúne todos os desembargadores) foi toma-da por unanimidade e está entre uma série de outras medidas que buscam a redu-ção no consumo de energia. A adequação no horário de expediente, no entanto, não afeta o atendimento ao pú-blico, que atualmente acon-tece das 7h às 14h. Hoje, a partir deste horário o expe-diente é interno, até as 17. Os desembargadores também aprovaram cortes de verbas na área de telefonia há dez dias.

O presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado já havia anuncia-do cortes em vários outros setores para adequar as despesas aos cortes feitos no orçamento da Justiça do Trabalho para este ano. “Estou passando por um dos momentos mais difíceis da minha carreira profissional. Nunca presenciei na Justiça do Trabalho uma situação tão grave, tão avassaladora em relação a orçamento. En-tão, ou adotamos essas me-didas ou teremos que fechar as portas antes do final do

ano”, disse o presidente do TRT. Segundo o magistrado, as medidas têm que ser ado-tadas com urgência, já que as contas são mensais. “Com as medidas começando a vigo-rar em fevereiro, a economia esperada será sobre onze meses, e não mais sobre o ano inteiro. Se demorarmos, a tendência é não conseguir-mos a economia necessária para atender aos cortes no orçamento”, disse.

Redução no consumo. Com a decisão do Tribunal Pleno, os aparelhos de ar--condicionado individuais, instalados em cada uma das unidades do Tribunal, se-ja da capital ou do interior,

Acordo vai garantir celeridade

O TRT da Paraíba é um dos poucos do país que trabalha 100% eletrônico, o que permite aos advogados trabalharem remotamente

Ubiratan Delgado. Desembargador-presidente do TRT-PB.

serão l igados somente no horário de expediente, com orientação para ligar 30 mi-nutos depois do início do expediente e desligar meia hora antes do término da jornada.

As luzes das áreas de cir-culação, dos banheiros co-letivos e das demais áreas de uso comum dos imóveis onde funcionam as unida-des administrativas e judi-

ciárias serão desligadas às 15h. Os elevadores também serão desligados ao final do expediente.

As unidades judiciárias e administrativas de primeira e segunda instâncias deve-rão adaptar os horários de funcionamento, de audiên-cias e de sessões ao novo horário.

Em caso de necessidade do serviço, o gestor da uni-dade encaminhará escala de trabalho para aprovação pe-lo diretor-geral do Tribunal.

A estimativa é que as medi-das adotadas para redução no consumo de energia ge-rem uma economia de quase meio milhão de reais até o final do ano.

O Direito e o [email protected]

Lei de cotas para negros é inconstitucional

O Juiz do Trabalho Adriano Mesquita Dantas, em exercício na Oitava Vara do Trabalho de João Pessoa-PB, decretou a inconstitucionalidade da Lei n. 12.990/2014, que criou cotas para negros em concursos públicos. A decisão foi proferida em processo movido por um candidato que busca sua contratação pelo Banco do Brasil S/A, alegando inconstitucionalidade da criação de cotas para negros em concursos públicos e vícios no cadastro de reserva do concurso público realizado pela instituição financeira. O magistrado ressaltou antecipadamente que na “...hipótese dos autos estão em jogo valores e aspectos distintos daqueles que foram debatidos pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da ADPF nº 186, que tratou da constitucionalidade da política de acesso às universidades públicas pautada no princípio da diversidade, com o propósito de enriquecer o processo de formação e disseminação do conhecimento” porque “Naquele caso estava em jogo o direito humano e fundamental à educação, inerente a todos os cidadãos indistintamente, enquanto instrumento necessário ao efetivo gozo de outros direitos humanos e fundamentais, como a liberdade e igualdade.” Em seguida, o juiz assentou que “...a reserva de vagas para negros, prevista na Lei nº 12.990/2014, é inconstitucional, violando os arts. 3º, IV, 5º, caput, e 37, caput e II, da Constituição Federal, além de contrariar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade”. Para assim concluir, o magistrado justificou que “...o provimento de cargos e empregos públicos mediante concurso não representa política pública para promoção da igualdade, inclusão social ou mesmo distribuição de renda” pelo que “...não há justifica plausível para a instituição de critérios de discriminação positiva ou ações afirmativas nesse particular”. Registra a sentença que “a reserva de cotas para suprir eventual dificuldade dos negros na aprovação em concurso público é medida inadequada, já que a origem do problema é a educação, para o que já foi instituída a respectiva política pública de cotas (Lei nº 12.711/2012 e ADPF nº 186). Então, fica evidente que a solução proposta pela Lei nº 12.990/2014 é inconstitucional, já que a instituição de cotas imporá um tratamento discriminatório, violando a regra da isonomia, e não suprirá o deficit de formação imputado aos negros” Para o magistrado, se “...prevalecer as disposições da Lei nº 12.990/2014, os negros poderão ser duplamente favorecidos com as políticas afirmativas, o que não parece razoável nem proporcional. Teriam, num primeiro momento, as cotas para as instituições de ensino (o que proporcionaria igualdade de formação e é constitucional - ADPF n.º 186) e, em seguida, novas cotas para ingresso nos quadros do serviço público, quando já estariam em condições de igualdade para tal disputa”. Após anotar que a regra constitucional objetiva e geral para a seleção de candidatos para cargos e empregos públicos foi relativizada pela Carta Magna apenas em relação às pessoas portadoras de deficiência (Constituição Federal, art. 37, VIII), o juiz conclui que “Há, portanto, inconstitucionalidade na Lei n.º 12.990/2014 pela flexibilização de uma regra constitucional objetiva e instituída em prol do princípio da impessoalidade, da moralidade, da eficiência e da qualidade do serviço público.” A inconstitucionalidade da mesma lei foi visualizada pelo Juiz Adriano Mesquita Dantas também sob o fundamento de que “A Lei nº 12.990/2014 permite, ainda, situações esdrúxulas e irrazoáveis, tanto em razão da ausência de critérios objetivos para a identificação dos negros (pretos ou pardos), quanto pela total inexistência de critérios relacionados à ordem de classificação e, ainda, em razão da inexistência de qualquer corte social”. Ao final, depois de decretar “...pelo controle difuso, a inconstitucionalidade da Lei n.º 12.990/2014 e, com isso, da respectiva reserva de vagas prevista no EDITAL Nº 02 - BB, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2014 (Id. 1F7d657)”, o magistrado assegurou a contratação do candidato que propôs a ação por reconhecer que a “a contratação dos 3 candidatos com fundamento na Lei n.º 12.990/2014 acarretou a preterição do Reclamante, já que os mesmos foram classificados em 25º, 26º e 27º, posições piores que a daquele (15º).”.(TRT 13ª. Região – 8ª. VT de João Pessoa-PB – Proc. 0131622-23.2015.5.13.0025)

A partir da próxima

segunda-feira (1) o

Tribunal do Trabalho

da Paraíba (13ª Região)

passa a funcionar, em

todas as unidades do

estado, das 7h30 às

14h30 de segunda a

sexta-feira.

Cortes foram necessários em vários setores do Tribunal

No início desta semana, outras medidas de conten-ção foram anunciadas. O presidente do Regional deci-diu restringir ao indispensá-vel qualquer viagem de juiz ou servidor para cursos ou eventos e limitou diárias, re-duzindo valores e estabele-cendo um teto.

Também reduziu os custos com capacitação e outros in-sumos e anunciou cortes em contratos ligados as áreas de serviços de limpeza, conser-vação e segurança.

Os contratos de estágio em todo o estado foram en-cerrados.

Gigantesco. O orçamen-to assinado na última sexta--feira (15/01) pela presidente Dilma Rousseff traz um cor-te para a Justiça do Trabalho de 30% na parte de custeio e 90% na parte de investi-mentos.

Todos os tribunais do tra-balho do Brasi l estão na mesma situação e, como a Paraíba, estão adotando me-

didas drásticas para ade-quar o funcionamento ao orçamento aprovado para este ano de 2016.

CORTES. A sessão do Tribunal Pleno foi presidida pelo desembargador Ubiratan Delgado

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Pa-raíba (13ª Região), desem-bargador Ubiratan Delgado, assinou, no final do ano pas-sado, um termo de adesão ao Termo de Cooperação Técni-ca firmado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Serasa.

O acordo tem como objetivo a implantação do Sistema de Atendimento ao Poder Judi-

ciário (SerasaJud), que con-siste na permissão ao TRT do envio de ordens judiciais à Serasa visando à inclusão de restrições, ao levantamen-to temporário ou definitivo de restrição nos cadastros

mantidos, às solicitações de informações cadastrais, bem como ao acesso às respostas da Serasa, por meio da Inter-net, de forma rápida e segura.

A comunicação entre o Tri-bunal e os serviços de pro-

teção ao crédito, por meio eletrônico, e não através do papel, permitirá auxiliar de forma célere e eficaz o anda-mento dos processos na fase de execução, com pagamen-tos pendentes.

ParceriaA eficácia do acordo dependerá da colaboração técnica entre o CNJ e a Serasa, mediante o intercâmbio de informações, experiências e mútuo apoio tecnológico.

NecessáriaMesmo com a diminuição do horário de funcionamento, o desembargador entende que serão mínimos os reflexos em relação ao bom andamento dos processos.

3 milhões é o valor que a administração do Tribunal do Trabalho espera reduzir até dezembro com todas as medidas adotadas.

500 mil é o valor estimado com a economia de energia elétrica que o Tribunal pretende conseguir até o final deste ano

Meio eletrônico. Comunicação com os serviços de proteção ao crédito vai permitir celeridade nas decisões

ARQUIVO