O Internacional sofreu um duro golpe na quinta-feira (23): não terá o pe-ruano Paolo Guerrero neste ano, graças a uma decisão da Justiça suíça, que revogou a liminar do jogador em caso de doping. Com a medida, o

clube gaúcho vê naufragar uma série de planos de marketing com o atleta.O clube investiu pesado para ter Guerrero, de 34 anos, nas próximas três tem-

poradas. Segundo o site Globoesporte.com, o Inter havia acertado vencimentos mensais de R$ 800 mil, entre salários, premiações e luvas pela assinatura do con-trato. E, ao menos no marketing, a ideia pareceu acertada no primeiro momento.

Eram dois objetivos centrais com Guerrero: aumentar o número de sócios e cres-cer a comercialização de produtos licenciados. A ideia era mexer com o orgulho do

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Justiça frustra planos de Inter com Guerrero

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N Ú M E R O D O D I A

dólares (R$ 1,2 bi) é o custo total da arena que o River Plate quer erguer para substituir o estádio Monumental de Núñez300mi

EDIÇÃO 1071 - SEXTA-FEIRA, 24 / AGOSTO / 2018

torcedor ao ter o atacante que foi ídolo no Corinthians e que havia sido contratado como grande estrela no Flamengo. E a torcida abraçou a ideia.

Foram mil pessoas no aeroporto para receber Paolo Guerrero em Porto Alegre e mais cinco mil para recepciona-lo no Estádio Beira-Rio, em evento que marcou a apresentação oficial do peruano no Inter. A festa principal, no entanto, aconteceria no próximo domingo, quando o time enfrentará o Palmeiras pelo Brasileirão.

Até a quarta-feira (22), quando ainda havia a expectativa pela estreia de Guer-rero, o Inter já havia vendido mais de 25 mil ingressos para domingo. O objetivo era chegar a 45 mil pessoas no jogo, o que representaria o recorde de público do Beira-Rio neste ano em partida da equipe gaúcha.

Na parte de licenciados, o Inter também colhia frutos. Guerrero adotou no clube o número 79, em referência ao ano do último título brasileiro da equipe. Em 24 horas, o clube atingiu quase 3 mil unidades da camisa personalizada com o nome do peruano vendidas. O plano era chegar a 15 mil uniformes vendidos e ter um incremento de 80% na área em relação à última temporada.

Ainda entre os licenciados, havia o plano de relançar a camisa usada pelo time em 1954, com uma faixa vermelha que cruza o uniforme. Além da lembrança histó-rica, a ideia era fazer uma referência ao uniforme da seleção peruana.

Por ora, o clube ainda não se manifestou oficialmente sobre quais medidas serão tomadas. A diretoria colorada apenas afirmou que, no contrato, havia cláusulas que previam o contratempo. Se não ficará no prejuízo com o jogador, no mínimo o clube terá seus planos com o atleta adiados e um tanto esvaziados.

B A R C E L O N A G A N H A L I N H A D E C H I N E L O S R I D E R

J O G A D O R E S D O E V E R T O N V I R A M A N G RY B I R D S

A Rider, marca de chinelos per-tencente à Grendene, ganhou o licen-ciamento do Barcelona e lançou nesta quarta-feira (22) uma linha especial de chinelos em parceria com o clube es-panhol. O objetivo é conquistar o mer-cado dos amantes de futebol, usando, é claro, todo o status do time que tem Messi, Suárez e companhia.

A coleção é focada nas cores azul, grená e amarelo, dominantes no escudo do clube catalão. Com as cores como base, foram confeccionadas diversas variações, sempre em composição com o preto e branco. Ao todo, são nove opções do modelo Jam (o clássico de dedo) e três do modelo Infinity (slide).

O Everton lançou uma nova ativação de sua parce-ria com o jogo Angry Birds, da Rovio Entertainment. Três estrelas do time, Theo Walcott, Gylfi Sigurdsson e Cenk Tosun se transformaram em personagens jogáveis do game “Angry Birds Evolution”.

A ativação será por tempo limitado. Os três jogadores estarão disponíveis para jogar apenas até a próxima se-gunda-feira (27). Esta é a primeira ação do tipo realizada pela Rovio Entertainment com o time inglês.

O P I N I Ã O

Falta ao esporte incorporar Live Mkt

A s reportagens que abrem e fecham a edição de hoje deste Boletim são emblemáticas para entendermos um pouco do abismo que separa o mercado de marketing esportivo brasileiro do americano.

Enquanto, por aqui, vimos o Inter encalhar a ação de marketing que fazia com a contratação do peruano Paolo Guerrero, nos Estados Unidos o NY Jets decidiu ir atrás da Marvel para criar uma ação de aumento de receita e engajamento com os torcedores num jogo específico da temporada da NFL que ainda nem começou.

A disparidade de conceito entre as duas ações mostra quão importante seria, para o esporte no Brasil, incorporar o conceito de "Live Marketing" em suas ações. Nosso olhar enxerga o esporte só como performance, não como um ótimo meio de levar entretenimento às pessoas. E isso faz com que deixemos de lado a capacidade de

o esporte ser visto como uma diversão, o que ajudaria a vender mais sua capacidade de gerar novos negócios para as empresas.

A ação promocional do Inter com o reforço que não poderá jogar era baseada apenas na expectativa do torcedor pela performance esportiva que ele traria.

Já o que o Jets propõe em Nova York é algo completamente diferente. O jogo de futebol americano é um evento secundá-rio dentro de uma ação maior, que é fazer uma relação do time com o personagem

Hulk e, assim, criar uma ação única e exclusiva numa partida de menor importância.Enquanto o Inter restringe sua capacidade de entrega apenas para o torcedor mais

fanático do clube, o Jets amplia a conversa. Traz para si o fã que pode até curtir um pouco o futebol, mas tem uma relação também com cinema e quadrinhos. Isso am-plia o leque de consumidores para o clube e, também, a percepção para as marcas de que aquela entidade não é apenas esportiva, mas uma plataforma de entretenimento.

As melhores ações de ativação de marca no Brasil acontecem geralmente durante shows. Não por acaso, temos atualmente dois grandes festivais de música no ano, sem contar os inúmeros eventos mais voltados para nichos de estilos musicais, como o sertanejo, o forró, o axé, etc. Por que o esporte não consegue fazer algo parecido?

Para as empresas, o show é o momento de conseguir falar com um grande núme-ro de pessoas de forma assertiva e diferenciada. Se soubesse enxergar além da perfor-mance, o esporte tem não só essa mesma capacidade, como consegue reunir milhares de fãs todo fim de semana. É preciso mostrar que ele é estilo de vida, não só um jogo.

Com um marketing voltado só para

a performance, o esporte não consegue

mostrar potencial de interação com fã

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

Fiat acerta patrocínio a vôlei

do Minas

A WarnerMedia, gigante de mí-dia dos EUA formada após a aqui-sição da Time Warner pela AT&T, anunciou nesta quinta-feira (23) que adquiriu os direitos de trans-missão do confronto entre Tiger Woods e Phil Mickelson, dois dos principais nomes da história do golfe americano e mundial. E a em-presa promete aproveitar a compra de todas as formas.

Como parte do acordo, a Turner Sports, divisão sub-operacional da WarnerMedia, produzirá a cober-tura do evento, disponibilizando-o como um produto pay-per-view na DirecTV, subsidiária da AT&T, e na nova plataforma de streaming ao vivo da Turner, a B/R Live.

WA R N E R M E D I A T E R Á PA R T I D A E N T R E W O O D S E M I C K E L S O N

Duas semanas após o anúncio do fim do Esporte Interativo na TV,

Leonardo Lenz Cesar, um dos funda-dores do canal, anunciou que será o

novo head de parcerias no esporte do Facebook para a América Latina. O primeiro grande contrato que

Leonardo vai gerenciar é exatamente o da Liga dos Campeões, que no Bra-sil é transmitida em parceria com o

Esporte Interativo. No novo cargo, o executivo vai gerenciar acordos com

ligas, clubes e atletas nesta região.

LEONARDO LENZ É O NOVO L ÍDER

DE PARCERIAS DO FACEBOOK

POR REDAÇÃO

O time masculino de vôlei do Minas Tênis Clube tem um novo parceiro comercial: a Fiat. A diretoria mineira acertou com a empresa um acordo de dois anos, até julho de 2020; a companhia será patrocinadora máster da equipe.

A parceria não é uma novidade em Belo Horizonte. A Fiat já patrocinou o time de vôlei do Minas na década de 1980, em um período em que a equipe venceu três Campeonatos Brasileiros e duas Copas Sul-Americanas.

E a empresa não ficou distante do clube nas décadas se-guintes. Nos últimos anos, a Fiat teve acordos na natação, no futebol de salão e no vôlei feminino.

Com o novo contrato, o time passa a se chamar Fiat/Minas. Uma das prioridades da marca é divulgar o carro Argo, lan-çado neste ano. Para isso, usará o espaço de exposição das costas da camisa para anunciar o veículo.

“Ao patrocinarmos a equipe de vôlei, sentimos que esta-mos fazendo parte de um projeto bem estruturado, que co-loca a equipe à altura das melhores do país e que projeta Minas Gerais para todo o Brasil. É bom estar de volta ao convívio diário no clube e à emoção das quadras”, comentou o diretor de marketing da Fiat, João Batista Ciaco.

A longa relação do Minas com a Fiat está na proximidade que a empresa mantém com o Estado brasileiro. A maior fá-brica da companhia está instalada em Betim há mais de 40 anos. Durante esse período fez diversos aportes esportivos na região, inclusive com América, Atlético e Cruzeiro.

POR ERICH BETING

O time de futebol americano New York Jets e um de seus patrocinadores, a Toyota, resolveram fazer uma enorme ação de jogo em parceria com a Marvel. O time, que tem o uniforme verde, encarnará o Hulk, em um

duelo contra o Minnesota Vikings, em outubro. O rival será o Thor dos quadrinhos.Diversas ações serão feitas para que os torcedores entrem na brincadeira do

time. Para começar, o MetLife Stadium será todo personalizado com o tema, com luzes verdes em referência ao Jets e ao Hulk. A Marvel já fez ações do tipo na MLB, na NBA e na NHL, mas nunca fez nada com essas proporções.

A grande atração será a distribuição de um boneco do Hulk, os chamados bo-bbleheads. As 15 mil primeiras pessoas a entrarem no estádio ganharão o brin-quedo. A ação é peça-chave de todo o evento; o Jets espera lucrar mais com os ingressos da partida e, principalmente, quer que seus torcedores cheguem o mais cedo possível no local do jogo. A previsão é de filas antes da abertura dos portões.

Outros quinhentos bonecos, maiores e com som, serão dados aos torcedores VIP. Além disso, haverá a distribuição de um gibi de 16 páginas com a história do duelo entre Hulk e Thor. A edição, feita especialmente para a partida, foi feita pelo escri-tor da Marvel, Fabian Nicieza, conhecido por trabalhos com histórias de X-Man e Deadpool. O autor, não por acaso, é um torcedor dos Jets.

No caso das revistas, apenas a versão impressa terá número limitado aos torce-dores da arena. Todas as 55 mil pessoas presentes no estádio terão direito a aces-sar uma versão digital do quadrinho produzido pelo Marvel para o jogo.

Jets, da NFL, prepara mega-ação com Marvel

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POR REDAÇÃO