dlp em ação 2012 aula 1

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Língua Portuguesa: a pesquisa e o trabalho em sala de aula dlp em ação diálogos sobre ensino e pesquisa - 2012

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aula 1 - Mazé Nóbrega

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Page 1: Dlp em ação 2012   aula 1

Língua Portuguesa: a pesquisa e o trabalho em sala de aula

dlp em açãodiálogos sobre ensino e pesquisa - 2012

Page 2: Dlp em ação 2012   aula 1

Ensinar e aprender Língua Portuguesa hoje: pesquisa e transposição didática

1º encontro – 06/03/2012

Maria José Nóbrega

Page 3: Dlp em ação 2012   aula 1

Conceitos que orientam as recentes propostas curriculares em Língua Portuguesa

Enquanto materialidade linguística, os

gêneros se manifestam

sob diferentes formas de

textualização: as sequências

ou os tipos textuais

Sequências (ou tipos) textuais

Em cada esfera de atividade social, os textos se

materializam de acordo

com gêneros de discurso específicos

Gênero

O discurso se manifesta por

meio de textos orais ou escritos

Texto

É toda atividade

comunicativa produtora de

efeitos de sentidos

entre interlocutores

Discurso

Page 4: Dlp em ação 2012   aula 1

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/index-20120110.shtml Acesso em 15/01/2012.

São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 2012.

Page 5: Dlp em ação 2012   aula 1

São Paulo, terça-feira, 12 de janeiro de 2012.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/index-20120112.shtml Acesso em 15/01/2012.

Page 6: Dlp em ação 2012   aula 1

Organização da proposta curricular de Língua Portuguesa da SME-SP

MODALIDADE OTEXTO COMO UNIDADE BÁSICA DE ENSINO PRÁTICAS DE LINGUAGEM

ORAL

Textos pertencentes a gêneros textuais de diferentesesferas discursivas (doméstica, escolar, jornalística, literária, vida pública e profissional etc.)

Leitura

Produção escrita

ESCRITA

Textos pertencentes a gêneros textuais de diferentesesferas discursivas (doméstica, escolar, jornalística, literária, vida pública e profissional etc.)

Escuta

Produção oral

Análise e reflexão sobre a língua e a linguagem:Construção composicional dos gêneros;Regularidades linguísticas recorrentes nas sequências textuais;Mecanismos de coesão textual;Compreensão dos fenômenos de variação linguística;Padrões de escrita;Descrição gramatical.

Page 7: Dlp em ação 2012   aula 1

São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2012

Censurando o dicionárioHÉLIO SCHWARTSMAN

SÃO PAULO ─ Ou botaram alguma coisa na água do bebedor do MPF (Ministério Público Federal) de Belo Horizonte ou o parquet não sabe para que serve um dicionário.

É despropositada a ação civil pública que o MPF ajuizou pedindo a retirada de circulação do dicionário "Houaiss", porque a obra contém "expressões pejorativas e preconceituosas" contra os ciganos.

Page 8: Dlp em ação 2012   aula 1

São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2012

Entre as múltiplas definições para a palavra, constam "aquele que trapaceia, velhaco, burlador" e "agiota, sovina". Evidentemente, o "Houaiss" marca esses usos como pejorativos.

Não cabe ao lexicógrafo dar lições de moral ou depurar o idioma das injustiças sociais que ele carrega, mas tão somente registrar as acepções presentes e passadas dos vocábulos. Se deixa de fazê-lo, a obra torna-se inútil.

Page 9: Dlp em ação 2012   aula 1

São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2012

Por isonomia, o MPF deveria também mandar recolher todos os dicionários que trazem, por exemplo, o termo "beócio". Para essa palavra, o "Aurélio" registra: "curto de inteligência; ignorante, boçal". Se olharmos para a etimologia, descobriremos que estamos diante de um imemorial preconceito dos atenienses, para os quais os habitantes da Beócia não passavam de camponeses estúpidos.

Na mesma linha vão "capadócio" (natural da Capadócia, mas também ignorante, trapaceiro, canalha), "filisteu" (antigo habitante da Palestina e pessoa inculta, vulgar), "vândalo" (membro de uma tribo germânica e destruidor), além de "lapônio", "ladino", "safardana", "maltês".

Page 10: Dlp em ação 2012   aula 1

São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2012

Também carregam alguma dose de intolerância termos como "judiar" (agir como judeu e maltratar), "cretino" (quem padece de hipotireoidismo), "escravo" (que vem de eslavo).

No fundo, línguas são verdadeiros catálogos de preconceitos, às vezes nem originais, mas herdados de outros povos. Com o passar do tempo, já nem os reconhecemos como tal, mas as palavras em que resultaram enriquecem e dão caráter histórico ao idioma. Privar a língua dessa dinâmica é torná-la uma língua morta.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Parquet Acesso em04/03/2012.

Page 11: Dlp em ação 2012   aula 1

Poema de Arnaldo Antunes publicado em “Nomes”

http://www.arnaldoantunes.com.br/sec_livros_imagens.php?id=130 Acesso em 12/01/2012.