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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | 3 DE JUNHO DE 2015 | EDIÇÃO 168 APOIO: Santo Antônio Padroeiro de Bento Gonçalves

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Page 1: DISTRIBUIÇÃO GRATUITAa vontade de meus pais para ingres-sar no Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agos-tinho. Nos dois anos que morei lá, com os ensinamentos

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IÇÃO

168

APOIO:

Santo AntônioPadroeiro de Bento Gonçalves

Page 2: DISTRIBUIÇÃO GRATUITAa vontade de meus pais para ingres-sar no Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agos-tinho. Nos dois anos que morei lá, com os ensinamentos

Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

anto Antônio, padroeiro de Bento Gonçalves, nasceu em Lisboa, Portugal, em

15 de agosto de 1195. Recebeu o nome de batismo de Fernando de Bulhões, descendente da família de Godofredo de Bulhões, chefe da primeira cruzada do século XI. Foi o primogênito de uma família rica e poderosa. Os pais o encaminharam aos estudos, desejando que ele se tornasse Magistrado ou um Bispo. Amava intensamente a oração. Aos 15 anos, deixa seus familiares e o rico palácio e se tranca na abadia de São Vicente, situada na periferia de Lisboa, pertencente aos Cônegos Regulares de Santo Agostinho onde adquiriu a formação intelectual que o faz um dos homens mais cultos da Igreja, na Europa, nos princípios do Século XII.

Integração da Serra - O senhor dedicou-se aos estudos e à oração desde jovem. Como iniciou sua for-mação?

A religião sempre me atraiu. Aos

Santo AntônioUm dos mais populares santos da Igreja

Católica é festejado em 13 de junhoO dia do santo pop, padroeiro de Bento Gonçalves, é feriado municipal

15 anos, deixei a casa paterna contra a vontade de meus pais para ingres-sar no Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agos-tinho. Nos dois anos que morei lá, com os ensinamentos dos cônegos e a grande biblioteca do local, avancei muito nos estudos das mais diversas áreas.

Integração da Serra - Como o senhor tornou-se um entusiasta pelo Evangelho?

Aos 17 anos, fui transferido para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coim-bra, que era a capital do reino de Por-tugal. Fiquei dez anos estudando o Evangelho nesse importante centro de estudos de Portugal, até ser or-denado sacerdote, aos 25 anos. Foi quando ouvi falar de São Francisco de Assis e dos frades que adotavam os elementos essenciais da vida reli-giosa tradicional, mas dela se afasta-vam em vários aspectos por não te-rem mosteiro, nem residências fixas,

nem segurança econômica, vivendo em pobreza absoluta em comum e dedicando-se à atividade missionária com pretensão de conquistar o mun-do para Jesus Cristo.

Integração da Serra - Qual é o divisor de águas em sua vida?

Em Coimbra, em 1220, quando vi as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos martiri-zados em Marrocos, decidi também me tornar um frei franciscano. Pedi para deixar os cônegos agostinianos. A petição foi acolhida. Tomei o nome de Antônio. Era praxe dar um novo nome a todos que ingressavam na Ordem. Já como frei Antônio fui ao Marrocos para pregar o Evangelho. Porém, adoeci e tive que voltar para Portugal. Na viagem de volta, a rota do barco foi desviada para a Itália, ter-minando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de cinco mil frades franciscanos chamado Ca-pítulo das Esteiras. Lá, conheci pesso-almente São Francisco de Assis. Digo que a mão de Deus guiou o barco por caminhos diferentes.

Integração da Serra - O que aconteceu depois?

Após passei um tempo sozinho, recluso, no monte Paolo, na Itália, es-tudando e refletindo o Evangelho. Em seguida, São Francisco me chamou para trabalhar na formação teológica dos irmãos do Mosteiro. Nomeou-me como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Mandou-me estudar teologia para ensinar seus alunos. Numa oca-sião, havia mais de 30 mil pessoas me ouvindo.

Integração da Serra - Como sur-giu o apelido “Arca do Testamento”?

O Papa Gregório IX disse que eu tinha um grande poder de eloquên-cia e uma força irresistível com as pa-

lavras.

Integração da Serra - Qual a te-mática de suas pregações e quantos foram seus sermões?

Nos “Sermões”, falo sobre a ora-ção como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar com o Senhor, criando uma alegria que en-volve a alma. Foram 77 sermões.

Integração da Serra - O senhor é considerado o santo das coisas per-didas, santo casamenteiro e protetor dos pobres? Como é conviver com tanta popularidade?

É fácil. Basta viver uma relação de oração e amor com a vida.

Integração da Serra - E a distri-buição de pães?

A fome e a pobreza sempre me comoveram. Certa ocasião, distribui todo o pão de meu convento, repos-tos em seguida nos cestos da pada-ria por obra de Deus. Lembro que o milagre do pão continua hoje com os devotos que sabem partilhar, nas ações de caridade e de solidariedade com os pobres. Não é apenas dar es-mola, mas dar-se ao próximo, fazendo da sua vida uma verdadeira partilha.

Integração da Serra - Mais con-siderações.

É importante entender que a ora-ção deve ser acompanhada de quatro atitudes indispensáveis no latim defi-nidas como: obsecratio, oratio, pos-tulatio, gratiarum actio. Poderíamos traduzi-las assim: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar afetuosamente com Ele, apresentar--lhe as próprias necessidades, louvá--lo e agradecer-lhe.

(Adaptado dos Cadernos Franciscanos, “Santo Antônio e a devoção Popular”, de Frei Adelino Pilonetto e da catequese do Papa Bento XVI).

Janete Nodari

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A história de devoção da família de Jací Natal Tasca a Santo Antônio remete ao ano de 1923, data de nasci-mento de Romano Felix Tas-ca, 92 anos, pai de Jací. Ele conta que o avô, Gerollam-mo Tasca, trouxe da Itália um livro do século XIX, com a história de Santo Antô-nio e da cidade de Pádova. “Foi um dos primeiros livros que meu pai leu – todo em italiano”, lembra Tasca. Ele acrescenta que o pai carre-ga, desde criança, um pequeno car-tucho de latão, com uma imagem de Santo Antônio. “Essa devoção foi passada para mim e meus irmãos e também é compartilhada pela minha esposa, Tânia Dall´Oglio Tasca. Fize-mos nossa primeira viagem à Padova em 2007. Quando decidimos ter um filho, tínhamos uma certeza, se fosse menina se chamaria Antônia,” ressal-ta Tasca. Em junho de 2009, nasceu a Antônia. O casal tem ainda o filho Lucca, 2 anos.

“Rezamos o responsório”Em agradecimento, o casal voltou

a Pádova, desta vez em companhia do pai, então com 87 anos e de An-tônia, com um ano. “Meu pai sempre alimentou o sonho de conhecer a

Relíquia atrai mais fiéis às missas votivas A relíquia de Santo Antônio (massa corporis) recebida pelo Santuário Dio-

cesano Santo Antônio, de Bento Gonçalves, em janeiro deste ano, tem atraído mais devotos às missas votivas no dia 13 de cada mês. A veneração à relíquia, conforme o padre Lucas Antônio Mazzochini, também pôde ser observada nas visitas da imagem do santo às comunidades, em preparação a 137ª edição da Festa de Santo Antônio.

“Recebemos o presente por ocasião dos 80 anos de criação do Santuário, em 2015. A relíquia veio acompanhada do documento que atesta ser massa corporis, um fragmento do corpo de Santo Antônio”, explica o padre. Ele sa-lienta que rezar diante do corpo é uma referência à pessoa venerável do santo, lembrando no dom de sua vida, a ação do próprio Deus. “Por isso, os fiéis, após as missas e durante as visitas, tocam na relíquia, fazendo sua veneração”.

Antonio Carlos KoffMédico, Cientista,

Filósofo e Humanista

Ensina-me

Ensina-me, Senhor, a ter féA ver com os olhos do espíritoE a seguir os impulsos do meu coração.

Ensina-me, Senhor, a não me lamentarA aprender as lições da vidaE a trabalhar por merecer.

Ensina-me, Senhor, a me despojar da vaidadeA ser humilde em meio a tanta ciênciaE a ter o coração puro.

Ensina-me, Senhor, a não me omitir dos meus deveresA não me olvidar dos meus irmãosE a auxiliar os que de mim necessitam.

Ensina-me, Senhor, a manter sempre a calmaA vencer pela persistênciaE a desbravar pela coragem.

Ensina-me, Senhor, a amarA iluminar onde há trevasE a levar esperança onde há desespero.

Ensina-me, Senhor, a perdoarA não julgar ninguémE a não querer impor as minhas ideias.

Ensina-me, Senhor, a atender aos Teus chamadosA aceitar os teus desígniosE a obedecer a Tua vontade.

Ensina-me, Senhor, que a vida é um renascer diárioQue a morte é uma passagemE que estás além de todas as coisas.

Tudo isto ensina-me, Senhor, e muito maisMas sobretudo ensina-me... a confiar em TiSomente em Ti.

O jornalista Antônio Luís Picolli, natural de Bento Gonçalves, residindo atualmente em Conegliano, Itália, foi batizado com dois nomes. Por coincidência, nomes de santos do mês de junho. Ele conta que a mãe As-sunta Maria Cavalet Picolli prometeu dar o nome de Antônio ao filho que nasceria no final dos anos 1950. A história nos remete ao interior do município, na colônia, onde as mulheres tinham, entre tantos afazeres, também a tarefa de “tirar leite” nos estábu-los de manhã cedo ou à tardinha. Imbuída dessa tarefa, Palmira Dall´Onder Cavalet, avó de Picolli, ao sentar no banquinho para tirar o leite, num movimento brusco do ani-mal, foi atingida na cabeça com uma chifra-da. No hospital, o caso foi considerado grave. A filha Assunta dirigiu-se, en-tão, ao Santuário de Santo Antônio, em Bento Gonçalves, e fez a promessa. Se a mãe viesse a se recuperar, daria o nome do santo ao filho. Horas depois, recebeu a notícia da melhora da mãe. Picolli diz que a família considerou a recuperação ‘um milagre’. “Carrego este nome pela devoção de minha avó e minha mãe ao santo“, enfatiza ele.

Meu nome é AntôniaArquivo Pessoal

Basílica de Santo Antônio. Na visita, nos separamos dele. Como lá é muito grande, não estávamos conseguindo reencontrá-lo. Aí não tivemos dúvida, rezamos o responsório. Imediata-mente o vi pela porta principal, sen-tado em frente, nas cadeiras do Hotel Donatello onde estávamos hospeda-dos. Me aproximei e perguntei: - Pai o que “tu veio” fazer aqui fora? Ele respondeu: - Vim ver se a Basílica era tão linda quanto a que via quando criança no livro de meu pai. Ela é ain-da mais linda. Nunca imaginei que eu, nascido em Monte Belo do Sul, um dia veria o que meu pai, que mor-reu em 1925, quando eu tinha 2 anos e mal conheci, viu. E é justamente a igreja do meu santo de devoção: San-to Antônio.”

Meu nome é AntônioArquivo Pessoal

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A pavimentação da pista do Ae-ródromo Municipal será concluída até o final de outubro deste ano. A in-formação, do prefeito de Bento Gon-çalves, Guilherme Pasin, foi repassada a um grupo formado por cerca de 80 pessoas, entre empresários, repre-sentantes de entidades e lideranças políticas, em visita técnica à obra, ocorrida no final da tarde do último dia 29 de maio.

Inicialmente, estava previsto o asfaltamento 1,2 mil metros da atual pista de pouso. A prefeitura modifi-

Aeródromo de Bento Gonçalves

Término das obras previsto para o final de outubro deste ano

cou o projeto aumentando a largura da área de pousos e decolagens, de 18 para 23 metros e a extensão total da pista, que será de 1,4 mil metros.

O Aeródromo de Bento Gonçal-ves terá capacidade para receber aeronaves de médio porte, de até 50

passageiros, e tripulação. No total, serão aplicados R$ 3.979.941,23, sen-do R$ 2.116.000,00 do Ministério do Turismo, R$ 1.463.941.23 de recursos do município e R$ 400.000,00 de em-presários, por meio de uma parceria--público-privada.

Fotos: Kátia Bortolini

Visita técnica à obra do Aeródromo de Bento Gonçalves reuniu cerca de 80 pessoas

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 13 | Nº 168 | MAIO/JUNHO 2015 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Com a bênção de Santo Antônio

Caderno Mosaico

Página 9

Histórias de paixão, amore companheirismo

Moderno se alia ao antigoem obras da rua

Saldanha Marinho

Segunda-feiral G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20hl G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 19h30minl Pais orando pelos filhosAssociação Servos de Maria, 13h30min

Terça-feiral G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h

Quarta-feiral G.O. Santo AntônioAuditório da Igreja Santo Antônio, 14hl Terço para homensIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30min(somente na 2ª semana de cada mês)

Quinta-feiral G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14hl G.O. São LuísIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30minl G.O. N. S. de CaravaggioIgreja N.S. Caravaggio, Tamandaré, 19h30l Adoração ao Santíssimo SacramentoAssociação Servos de Maria, das 8 às 14h

Sábadol G.O. Jovem nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 20hl Adoração ao Santíssimo SacramentoIgreja São Luís, 18h - 4º Sábado

LOCAIS DE ORAÇÃO

Apoio:

Vem aí mais uma festa do padro-eiro do município de Bento Gonçalves: Santo Antônio. Nossa homenagem vem em forma de arte. A capa desta edição traz o desenho do santo aben-çoando a cidade. Lançamos também a ideia de conversar com o santo. É isso mesmo! A entrevista reporta a vida de Santo Antônio, seguida de relatos es-peciais com devotos.

Também convidamos você a ler o caderno de cultura Mosaico. Fizemos

uma viagem no tempo, com a publica-ção de um conto do jornalista José Rai-mundo Manosso, numa menção aos 140 anos da Imigração Italiana.

Acrescente a tudo isso uma pitada de paixão. Confira as histórias de amor da vida real, celebrando o Dia dos Namorados e mais informações que fazem a diferença: cultura, saúde, edu-cação, meio ambiente, notas sociais, agenda e moda, entre outros assuntos.

Boa leitura!

Página 11

Dia do Vinho 2015 geraexpectativa de acréscimo

de 20% em negócios

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Página Dois2 Jornal Integração da Serra | 3 de junho de 2015

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor e

não traduzem, necessariamente, a opinião

do Jornal. Suas publicações obedecem ao

propósito de refletir as diversas tendências

e estimular o debate dos problemas de

interesse da sociedade. Por razões de clareza

ou espaço, os e-mails poderão ser publicados

resumidamente.

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Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ernani Cousandier, Paulo Capoani, Rodrigo De Marco, Rogério Gava, Thompsson Didoné

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Rodrigo De MarcoÁrea Comercial: Moacyr Rigatti e Sinval Gatto Jr.Administrativo: Aline Festa

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NTE

“Em cada canto eu vejo o lado bom”

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KátiaBortolini

[email protected]

Espaço do LeitorAgradecemos o espaço que vocês nos deram. Amamos a reportagem (Estudan-

tes criam website para ajudar imigrantes e refugiados - Ed. 167). Muito obrigada! Aproveitamos para informar que saiu o resultado dos semifinalistas no concurso Technovation e fomos selecionadas. Agora competimos com toda a América La-tina. Esperamos que vocês continuem nos acompanhando pelo facebook - https/ www. facebook.com/helpinghand.br

Laís Belinski Roman, via email

osto muito de ouvir música. Sempre gostei. Ouvi muitas vezes e li, outras tantas, que a mú-sica alimenta o espírito. Em algum dos vários

livros que li de Osho, ele afirma que ao ouvirmos música, com atenção, meditamos. Fiquei feliz com a afirmação, até porque não consigo ficar sentada em forma de lótus tentando manter a mente quieta. Que bom que sempre há letras de músicas retratando momentos e fases da vida. Ultimamente, ando apai-xonada pela música “Velha e Louca”, interpretada pela excelente Malu Magalhães. Segue a letra:

“Nem vem tirarMeu riso frouxo com algum conselhoQue hoje eu passei batom vermelho,Eu tenho tido a alegria como domEm cada canto eu vejo o lado bom.

Pode falar que eu nem ligo,Agora eu sigo

O meu nariz,Respiro fundo e cantoMesmo que um tanto rouca.

Pode falar, não me importaO que tenho de tortaEu tenho de feliz,Eu vou cambaleandoDe perna bamba e solta.

Nem vem tirarMeu riso frouxo com algum conselhoQue hoje eu passei batom vermelho,Eu tenho tido a alegria como domEm cada canto eu vejo o lado bom”.

Bom inverno 2015, com muita lenha no fogão e na larei-ra, vinho, chocolate quente e calor no coração.

Arrivederci!!!

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3 de junho de 2015 | Jornal Integração da Serra Meio Ambiente 3

As obras da Corsan da implan-tação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Bacia do Barracão ocorrem em ritmo lento por causa de movimentações do solo ocasionadas pela topografia íngreme da gleba. A afirmação é da chefe do Departa-mento de Obras da Corsan Serra, en-genheira civil Fernanda Santos Pes-cador. Segundo ela, atualmente há seis frentes de serviço colocando re-des coletoras, trabalho previsto para terminar no final de janeiro de 2016. Após, acrescenta Fernanda, a ETE Bar-racão entrará na fase de delimitação e concretagem das unidades de tra-tamento. Conforme ela, essa estação terá capacidade para tratar todos os efluentes gerados pela população contribuinte à bacia “melhorando consideravelmente a qualidade do arroio Barracão, de onde a Corsan capta grande parte da água bruta que é tratada e distribuída aos mo-radores de Bento Gonçalves”. A en-

A Assembleia Geral Ordinária, re-alizada na sede da Associação Ben-to-Gonçalvense de Proteção ao Am-biente Natural (ABEPAN), realizada em 20 de maio, reelegeu a diretoria para a gestão 2015-2017, presidida por Rodrigo da Silva e Luiz Augusto Signor, presidente e vice-presidente, respectivamente. O presidente ree-leito, Rodrigo da Silva, agradeceu a confiança nele depositada e a credi-bilidade conquistada pelos projetos desenvolvidos, entre eles Beija-Flor e Lixo que Alimenta, ressaltando a im-portância da parceria com o Poder Público Municipal para a realização desses projetos.

O secretário do Meio Ambiente e vice-presidente da ABEPAN, Luiz Augusto Signor, relembrou a história da fundação da entidade, o aumento da discussão em torno da temática ecológica e a credibilidade conquis-tada através das ações de educa-ção ambiental. Ainda, o técnico em Meio Ambiente da entidade, Paulo Roberto de Paula, que coordena a equipe de trabalho, falou do esforço empregado para a capacitação de jovens acerca das questões voltadas à preservação do meio ambiente. Reforçou também que o convênio de cedência de funcionários, através da Prefeitura Municipal, é de suma importância para o alcance dos ob-jetivos da ABEPAN.

Diretoria da ABEPAN é reeleitaDentre os objetivos da gestão 2015-2017 está a intensificação das ações em

defesa do meio ambiente e a continuidade dos projetos desenvolvidos

O evento, realizado na sede da ABEPAN, contou com a presença do Prefeito Municipal, Guilherme Rech Pasin, do Procurador Geral do Mu-nicípio, Sidgrei A. Spassini, do Secre-tário Municipal do Meio Ambiente e fundador da ABEPAN, Luiz Augusto Signor, Presidente do COMDEMA, Luiz Ricardo Espeiorin, dos ex-pre-sidentes da FIEMA Brasil, Juarez Piva (2004) e César Rubechini (2006) e demais integrantes das Diretorias, associados e gestores da entidade.

A gestão intensificou o debate re-ferente às ações a favor da educação ambiental e os objetivos que preten-dem ser conquistados num período breve, bem como discutiu novas pro-postas e iniciativas que incentivam o exercício da cidadania.

Na mesma oportunidade, com o objetivo de valorizar o trabalho feito à comunidade, as diretorias da pri-meira e da segunda edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (FIEMA), realizadas

em 2004 e 2006, foram homenagea-das. Foram eles o presidente da ges-tão 2004, Juarez Piva, e o presidente da edição 2006, César Rubechini. Ambos reforçaram a importância da ABEPAN para o município e região, trazendo também alguns relatos sobre o evento. A ABEPAN foi a enti-dade promotora das duas primeiras edições da FIEMA que, hoje, reúne centenas de expositores do Brasil e do mundo, atraindo visitantes, inclu-sive, de outros países.

Diretoria da ABEPAN, gestão 2015-2017

Divulgação Abepan

Corsan está implantando redes para a Estaçãode Tratamento de Esgoto da Bacia do Barracão

Trabalho ocorre em ritmo lento por causa de movimentações do solo

genheira frisa que a interligação das residências à rede coletora deverá ocorrer apenas quando a ETE estiver apta a tratar o esgoto gerado. “Caso contrário, ocorrerá estagnação do es-goto nas redes causando mau- cheiro devido à decomposição com emissão de gases tipo metano e sulfídrico. O correto é continuar com a fossa sépti-ca até que a CORSAN notifique para a interligação” acrescenta.

100% do esgoto domésticotratado apenas em 2035O Estatuto das Cidades, de 2010,

passou a responsabilidade da im-plantação de ETES nos municípios brasileiros às empresas estatais ou privadas que exploram o serviço nas comunidades. Antes, a obrigação era das prefeituras, que exigiam no máxi-mo fossas sépticas. Em Bento Gonçal-ves grande parte do esgoto domés-tico é lançado in natura nas fontes de captação. A construção da ETE da

Bacia do Barracão, orçada em R$ 6.385.323,38, com recursos do PAC I/CEF 2009, iniciou em agosto de 2012. Em dezembro do mesmo ano foi interrompida por notificação do Instituto do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional (IPHAN) em função da possibilidade de existir na área vestígios ar-queológicos de ocupações históricas relacionadas a grupos indígenas pré-co-loniais. A determinação do IPHAN impedia qualquer atividade de escavação no local por tempo indeter-minado. Apenas em 4 de dezembro de 2014, segundo Fernanda, a Cor-san recebeu um relatório emitido pelo IPHAN liberando a área. Ainda de acordo coma engenheira, por so-licitação da Corsan, atendida pela prefeitura, mediante os imprevistos,

foram definidas novas metas para o Plano Municipal de Saneamento, es-tipulando o tratamento de 70% do esgoto doméstico para 2019 e uni-versalização para 2035.

Divulgação

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Empresas4 Jornal Integração da Serra | 3 de junho de 2015

O Hotel Villa Michelon, localizado no Vale dos Vinhedos, conquistou mais um Certificado de Excelência do TripAdvisor, um dos maiores sites de viagens do mundo. Aberto ao público desde 2011, o Hotel Villa Michelon vem acumu-lando premiações e indicações como excelente lugar para hospedagem. Em 2014, o portal Hypeness, por meio da Seleção Hypeness, escolheu o complexo turístico entre os 20 lugares incríveis do Brasil para hospedagem no inverno. De acordo com o diretor do Villa Michelon, Moysés Michelon, essas distinções comprovam a preocupação da equipe do hotel em bem atender o visitante,” seja a trabalho, a passeio, sozinho, em casal ou em família”.

O Colégio Sagrado Coração de Jesus homenageou as mães, no último dia 8 de maio, com apresentações de alunos da Educação Infantil ao 5º ano. Na ocasião, as mães foram recebidas no ginásio de esportes com palavras como coragem, amor, alegria, doação, amizade e gratidão que refletem a importância dessa pessoa tão especial na vida de todos.

O evento foi marcado pelas apresentações de ballet, declamação da poesia “Se as coisas fossem mães”, de Sylvia Orthof e da canção “Cuida de mim”. Já às 18 horas do dia 9 de maio a homenagem teve continuidade com celebração de missa na igreja Cristo Rei, na qual as mães e os educandos homenagearam Maria, Mãe de Jesus formando um corredor com bandeirinhas.

As empresas associadas ao CIC/BG, com interesse em obter crédito para implantação, ampliação e mo-dernização, têm à disposição diver-sas linhas de financiamento de longo prazo, tanto para investimentos fixos como para inovação. O saldo pode ser pago em até 10 anos, com carên-cia de até dois anos, podendo finan-ciar até 90% do investimento, mais capital de giro associado. O benefício é resultado de uma parceria firmada entre a entidade e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). As opções podem ser utili-zadas para obras civis, instalações e máquinas nacionais, e inovação via desenvolvimento de novos produtos ou processos. A linha de crédito para ativos fixos oferece juros variando de 7% a.a. (para máquinas nacionais) a

A ExpoBento 2015 reúne, de 4 a 14 de junho deste ano, no Parque de Eventos, mais de 450 expositores da indústria, comércio e serviços. Entre as novidades da 25ª edição da feira, promovida pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviço de Bento Gonçal-ves (CIC/BG), a Mesa ao Vivo, nos dias 4, 5 e 6, a Wine Fashion, uma proposta que vai misturar as características do vinho com os últimos lançamentos da moda, de 8 a 11 e a ExpoBonsai, de 12 a 14, com informações sobre a arte milenar de cultivar bonsai.

Outra novidade são os cursos de degustação de vinho. Entre as atra-ções tradicionais, a XVI Motoserra,

ExpoBento 2015 com mais de 450 expositores e diversas atraçõesque reúne centenas de motociclistas, o espaço Agroindústria Familiar com a culinária típica da região e shows nacionais e regionais.

A expectativa da Diretoria é que a feira gere um volume de negócios de R$ 35.000.000. “Movidos pelo desafio de surpreender o público, expositores e visitantes, não nos acomodamos,” ressalta o presidente da ExpoBen-to 2015, Laudir Picolli. A ExpoBento 2015 pode ser visitada de segunda a sexta, das 18 às 22h30min; sábados e feriados, das 10 às 22h30min e do-mingos, das 10h às 21h. Ingressos de segunda a sexta: R$ 4,00 e sábados, domingos e feriados, R$ 8,00.

Carlos Ben

Linhas de crédito do BRDEsão disponibilizadas pelo CIC

11% a.a. (obras civis). Nas linhas de inovação os juros partem de 6% a.a. A abordagem é feita pelo gerente do BRDE na Serra Gaúcha, André Gotler, e o agendamento realizado pelo CIC/BG, mediante solicitação da empre-sa. Para ter direito a estes recursos as empresas devem estar em dia com suas obrigações tributárias e sociais, e também junto aos órgãos ambien-tais, além de apresentar seu projeto ao BRDE, o qual é especializado nes-tas linhas de financiamento e auxilia os empresários no seu desenvolvi-mento.

O BRDE é um banco especializa-do em repasses de recursos de longo prazo, oriundo do BNDES e da FINEP, para investimentos na região Sul do Brasil, para empresas de qualquer porte e setor.

Villa Michelon conquista Certificadode Excelência 2015 do TripAdvisor

Diretoria ExpoBento 2015

“Coragem, amor, alegria,doação, amizade e gratidão”

Dia das Mães no Sagrado

Fotos: Divulgação

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Entidades 53 de junho de 2015 | Jornal Integração da Serra

A 19ª edição do Salão Design, maior prêmio de design de produto da América Latina, já tem seus con-templados: foram 15 premiações em dinheiro nas modalidades Estudante, Profissional e Indústria; um prêmio Madeiras Alternativas; um prêmio Professor Orientador e duas menções honrosas.

A etapa final foi realizada na últi-ma semana de maio, em Bento Gon-çalves, quando os jurados avaliaram todos os finalistas.

A comissão julgadora foi com-posta por cinco profissionais da ar-quitetura e design, e o grupo teve a experiência a seu favor. Quatro jura-dos já haviam participado de edições anteriores: as arquitetas Ilse Lang e Isabela Vecci e os designers Ivens Fon-toura e Leonardo Lattavo. A estreia da edição ficou por conta da designer Gláucia Binda, que representou a in-dústria. Considerando quesitos como originalidade, fidelidade do produto em relação ao projeto apresentado, forma e função, ergonomia, acaba-mento, segurança e sustentabilidade, os jurados apontaram premiados de três nacionalidades: Brasil, Argentina e Uruguai.

De forma geral, a comissão jul-gadora percebeu um interesse maior dos concorrentes no uso da ma-

Ana Carolina Azevedo/Sindmóveis

Prêmio Salão Design 2015 tem seus vencedores

deira em seu acabamento natural, com muitos projetos explorando a diversidade de espécies brasileiras. Segundo a ecóloga do Serviço Flo-restal Brasileiro, Vera Rauber Coradin, nunca houve tantos concorrentes ao Prêmio Madeiras Alternativas quanto neste ano. “Pelo menos 14 projetos estavam aptos a levar o prêmio. É re-almente uma conquista do ponto de vista ambiental”, pontua.

Em uma decisão incomum, o produto contemplado com o prêmio Madeiras Alternativas foi também o profissional vencedor na categoria Móveis para Cozinha, Área de Servi-ço e Banheiro. Na categoria Sala de Estar e Jantar, o júri decidiu premiar dois projetos. O jurado Leonardo Lat-tavo comenta que muitos finalistas apresentaram soluções tecnológicas, como compartimentos para acomo-

dar fios. Já a jurada Isabela Vecci ob-servou muitas engenhosidades para facilitar a vida do usuário tanto na montagem como regulagem dos mó-veis. O designer e museógrafo Ivens Fontoura, líder em participação como jurado do prêmio Salão Design, com 11 edições, ressalta o refinamento das técnicas e acabamentos apresen-tados. “O designer é esse profissio-nal que organiza a vida das pessoas, produzindo conforto e utilidade com economia de material”, define Ivens Fontoura.

O prêmio Salão Design é promo-vido desde 1988 pelo Sindmóveis Bento Gonçalves, como forma de agregar criatividade e inovação tec-nológica ao setor moveleiro por meio do design. De forma inédita, neste ano a mostra dos premiados e outros finalistas será em São Paulo, de 12 a 16 de agosto, durante o DW! São Pau-lo Design Weekend. Os prêmios serão assim distribuídos: R$ 5 mil para cada estudante premiado; R$ 10 mil para cada profissional e dupla premiação na modalidade Indústria, com R$ 10 mil para o designer responsável e di-vulgação do produto na mídia nacio-nal para a indústria fabricante.

Para conhecer os premiados, acesse http://www.salaodesign.com.br/blog/.

Equipe organizadora e jurados do Salão Design

Ao todo, foram 17 prêmios e duas menções honrosas para projetos do Brasil, Argentina e Uruguai

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Social / Moda6 Jornal Integração da Serra | 3 de junho de 2015

ModaRecortes da

RodrigoDe [email protected]

Social

Repr

oduç

ão

Customizando a arteA cada edição penso em assuntos que possam fazer a

diferença. Algumas questões me incomodam, como por exemplo, essa ideia de que tudo é descartável, e que para estar na “moda” é preciso gastar, consumir e ostentar. Há cerca de dois meses, conheci uma artista plástica brilhante, que vai contra essa força do consumo exacerbado e, desde 2002, tem sua própria marca de roupa, a Trapo. Estou me referindo a Liana Keller, porto-alegrense, inquieta, curiosa, que mergulha no universo da arte, customizando peças de roupas e pintando quadros.

Reaproveitar está em voga. Liana costura essa ideia. Vestidos, bolsas, camisetas, saias, blusas, cada peça ganha vida por meio das mãos dedicadas da artista. O seu trabalho é mergulhado em cores, transmitindo vida e originalidade. Moda é isso, é criar com autenticidade. Talvez seja preciso conhecer um pouco mais o mundo e suas diferenças para chegar num conceito humanístico e menos exploratório.

E então, está cansado de usar a mesma roupa ou de parecer igual a todo mundo? Saiba que não é necessário gastar muito ou passar horas fazendo compras para ter um novo guarda-roupa. Moda é arte, é reinventar.

Natalina e Francisco Vaccaro receberam familiares e amigos na Associação Atlética Banco do Brasil, de Garibaldi, no dia 10 de maio,

para comemorar 30 anos de casamento

Carina Mersoni Arquivo Pessoal

Hairstyle Gilbert´s agora atendendo na Andreia Boutique, na Avenida Planalto

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JaneteNodari

[email protected]

3 de junho de 2015 | Jornal Integração da Serra 7

Social

Amanda Vanassi Fotografia

ExpoBento 2015Padre Ezequiel trará a beleza

de suas canções para o palco de shows da ExpoBento 2015, no dia 06 de junho, a partir das 20h, através de um show beneficente. Pontos de venda de ingressos: CIC/BG, ExpoBento, Rotary In-ternacional e entidades benefi-centes.

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

Modelos da edição comemorativa de 10 anos do “ Eles na Passarela” em solidariedade à Abraçaí, no último dia 19, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves

Union DistilleryTem convite! Para conhecer a Unidade de Bento Gonçalves da

Union Distillery, no próximo dia 18, às 17 horas. Logo após a visita técnica à empresa, localizada na BR 470, Km 219,75, entrada do Vale dos Vinhedos, haverá coquetel. Obrigada pelo convite.

Família Tedesco em recente sessão de fotos

Letícia Pompermayer e Joel Monteiro casaram-se no dia 7 de

março, na Igreja Santo Antão, recepcionando seus convidados

no Restaurante Nona Ludia, Caminhos de Pedra

Família Chiaramonte Zandoná em sessão externa de fotos

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Igreja / Festas Religiosas8 Jornal Integração da Serra | 3 de junho de 2015

A comunidade São Luís, do bairro Jardim Gló-ria, realiza a 28ª edição da Festa de São Luís, no próximo dia 21 de junho. A programação inicia com procissão, às 10h20, seguida de missa, às 10h45min. Logo após, será servido almoço, no salão da comunidade, com o seguinte cardápio: sopa de capeleti, lesso, cheio, galeto, churrasco de gado, salada de maionese, pão, vinhos e re-

O altar e o sacrário da Igreja Santa Catarina, localizada no bairro Licor-sul, foram repaginados. Além disso, a igreja ganhou piso em basalto natu-ral e polido, além de um novo sistema de iluminação e som.

As obras, iniciadas em janeiro deste ano, serão concluídas neste mês de junho. Segundo o coordena-dor da equipe administrativa 2015-2016, Savio Raffainer, o investimento nas melhorias foi de cerca de R$ 300 mil.

A capacidade da igreja é para cer-ca de mil pessoas. “Quando os fiéis entrarem na igreja vão se sentir mais acolhidos. O objetivo é ter um am-biente de reflexão, e é por isso que decidimos fazer a reforma”, salienta Raffainer. Ele acrescenta que a refor-ma é apenas o primeiro passo para voos mais altos. “Queremos de curto a médio prazo tornar a igreja numa paróquia. Temos uma equipe qualifi-cada, e podemos dar esse passo im-portante para a comunidade bento--gonçalvense”.

FESTA EM HONRA A

São LuísBairro Jardim Glória

“São Luís, ensina-nos a servir”.

APOIO:

frigerante.Os casais festeiros, Rejane R. Grzybowski e

Marcos Grzybowski, Silvane C. Dallé e Vicente Dallé e Sandra Borgli e Fabiano Gobatto e os fes-teiros jovens, Marcos Antônio Casagrande, Thais de Morais Lanes, Bruno Rubbo e Angélica Araldi convidam toda a comunidade a participar da festa dedicada ao santo padroeiro dos jovens.

Igreja Santa Catarina, do Licorsul, é repaginada

A ideia da construção da igreja Santa Catarina nasceu em 1979 numa reunião de bairro. O integrante da co-missão de obras, José Foresti, lembra que no início a ideia era construir uma capela. “Na época sugerimos a cons-

trução de uma igreja, porém fomos criticados pela decisão porque gas-taríamos muito dinheiro, e queriam uma capela”. Segundo Foresti, com determinação e diálogo foi possível tornar o sonho em realidade. “Grande

parte da mão de obra foi pelo sistema mutirão, trabalhando em sábados e domingos gratuitamente, além de fa-zermos rifas. Inauguramos em 1982, após dois anos de trabalho”, lembra ele.

Novo altar da Igreja Santa Catarina José Foresti e Savio Raffainer

Rodrigo De Marco

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Namorados 93 de junho de 2015 | Jornal Integração da Serra

Histórias de paixão, amor e companheirismoDia dos Namorados

“Não há barreiras quando duas pessoas se amam fervorosamente”. A afirmação, do jornalista Vinicius Maciel, 33, traduz a relação dele com a pedagoga, Jassana Mella Alba, 32 anos, que ele conheceu em outubro do ano passado, pelo Facebook. Maciel recorda do primeiro encontro. “Foi no último dia 8 de março. Estávamos os dois nervosos. Logo, nas primeiras palavras, já tive a certeza que havia encontrado a pessoa certa. Na semana seguinte, a pedi em namoro”. Quatrocentos quilômetros os separavam. Tendo a certeza de que havia encontrado a pessoa da sua vida, em abril deste ano, deixou o emprego e mudou-se para Bento Gonçalves. A paixão do casal é tema do site criado por eles, há cerca de cinco meses, para registro de mo-mentos especiais e divulgação de afinida-des, entre elas o gosto pela música clássica.

O casal também apresenta outra pecu-liaridade: escreve cartas de amor. “Escreve-mos cartas e bilhetes todos os dias e, mesmo morando juntos, vamos ao correio entregá--las. O legal é abrir a caixa de correspondên-cia e ter aquela velha sensação de estar rece-bendo algo especial. Teve um dia que escrevi três cartas e sete bilhetes. O sentimento está em cada linha”.

As conversas aos finais de tarde e o chimarrão desenham o amor e companheirismo de Beatriz Cossa Mezzacasa, 56, e Xisto Mezzacasa, 59 anos. Em julho deste ano, eles comple-tam 29 anos de casados. Beatriz, que morava em Nova Prata do Iguaçu, no Paraná, em 1983, em visita a sua cidade natal, Bento Gonçalves, conheceu Mezzacasa numa festa. Foi, no entanto, apenas, no ano seguinte, que voltariam a se encon-trar. Beatriz voltou em definitivo para Bento, em 1984.

A casualidade os uniu. “Estava fazendo um dos meus percursos diários, quando o vi parado num determinado local. Naquele instante começamos a conversar e em pou-cos dias iniciamos o namoro”, conta. Após dois anos de na-moro, casaram-se. Jovens, queriam aproveitar a vida. Ele tinha uma moto, e era em cima de duas rodas que viajavam aproveitando as aventuras em conjunto. “Além das viagens de moto, íamos bastante para danceterias, cinema, além de festas na colônia, de que também gostávamos bastante”, lembra Beatriz.

O nascimento da primeira filha, Alexandra, em 1989, mu-dou o estilo de vida do casal. “Não tínhamos carro, trabalhá-vamos o dia inteiro. Esses pequenos obstáculos foram supe-rados com muita determinação. A força dos dois foi essencial para constituirmos nossa família”, afirma ela. Victor, o segun-do filho, nasceu em 1991. Bea lembra que as dificuldades financeiras não foram empecilho para a felicidade dos qua-tro. “Viajávamos quando conseguíamos. Se não tivéssemos condições suficientes para sair da cidade, íamos com nossos filhos numa pracinha”. Recentemente o casal conheceu o Rio de Janeiro, numa viagem com a filha. “Conhecer juntos as belezas do Rio, nessa união de 29 anos, foi especial”.

&JassanaVinni

Arquivo Pessoal

Sair de mãos dadas e cultivar o amor com beijos e recadinhos. Esse é o segre-do da convivência de 25 anos do casal Maira, 45 e Paulo Toneser, 48 anos. Além de paciência, companheirismo, respeito, carinho e perdão, segundo Maira, para os pequenos deslizes. “Saber que perfeição não existe. Estar sempre juntos nos bons e nos maus momentos. Dar apoio, fazer com que a outra pessoa saiba que vamos estar aí em tempos de calmaria ou de mar revolto,” lembra o casal.

Eles, que casaram em 1994, estão vi-venciando a revolução tecnológica, cada um com sua página no Facebook. “A indi-vidualidade também precisa ser valoriza-da e respeitada. Conversamos bastante, se um dos dois postar algo que deixa o outro chateado, falamos claramente”.

Eles acrescentam que, hoje, as pesso-as são muito imediatistas. ”O nosso amor é cultivado no dia a dia. Quando surgem os problemas pensamos nos momentos bons, no quanto a gente se gosta. Isso faz com que continuemos juntos para o que der e vier.” Maira e Paulo têm dois filhos, Paulo Jr, de 20 anos e Lucas, 14.

&MairaPaulo

Arquivo Pessoal

&BeaXisto

Arquivo Pessoal

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alizar tarefas comuns” co-memora. O equipamento, recarregável a bateria, atinge uma velocida-de máxima de 20 quilôme-tros por hora. “Agora ficou até divertido andar na rua, e além de que as pessoas res-peitam mais. Acredito que o preconceito que existia há cerca de 30

anos diminuiu bastante”, observa ela.Rosângela lembra as dificuldades

superadas após o acidente automo-bilístico que lhe deixou paraplégica. “Nos primeiros anos após o acidente foi difícil justamente porque minha autonomia foi sacrificada. Passei a depender principalmente de minha mãe (Vera Lucia Poletto Azevedo) para fazer quase tudo”. Foi o esporte, no entanto, que motivou a funcio-nária pública a seguir seus sonhos, resgatando sua felicidade. Em 1996, Rosângela começou a jogar tênis de

Saúde10 Jornal Integração da Serra | 3 de junho de 2015

Quem tem filhos sabe como é agradável contemplar a serenidade que eles transmitem quando estão confortavelmente dormindo – a cena é cativante. A qualidade do sono está diretamente ligada à saúde da criança – motivo pelo qual os pais precisam ficar atentos para sua manutenção. Com esse cuidado, diversas doenças e condições clíni-cas podem ser reveladas e, então, corretamente diagnosticadas para tratamento.

Uma das situações que exige atenção é o fato de os pequenos dormirem com a boca aberta. Estudos recentes demonstraram que as crianças em idade pré-escolar e nível primário que dormem frequen-temente com a boca aberta, e roncam à noite, apresentam menor nível de inteligência (equivalente ao QI) na adolescência quando compara-das com crianças que dormiram com respiração nasal e sem roncar.

As crianças com este tipo de respiração noturna podem apresentar apneias obstrutivas (pausas respiratórias durante o sono, normalmen-te seguidas por ronco ou susto), agravando as consequências a curto e longo prazo. Déficits de crescimento são observados nessas crianças, ao chegarem na adolescência. Outros distúrbios do sono como terror noturno, pesadelos e sonambulismo também devem alertar os pais a procurar atendimento especializado.

A respiração bucal crônica noturna também pode gerar palato ogival, modificando a arcada dentária da criança e, consequentemen-te, causando distúrbios do sono, de mastigação e formação da face. É importante o diagnóstico precoce e tratamento pois a sutura palatina (céu da boca) se consolida aos 12 anos. Depois é necessária cirurgia ou tratamento ortodôntico para reverter a anormalidade.

As principais causas de respiração bucal na criança são a hipertro-fia de adenoides, aumento de amígdalas, hipertrofia de cornetos, des-vio de septo e alergias. As principais manifestações clínicas na criança são a boca entreaberta, inclinação da cabeça para a frente, irritabilida-de diurna, babar no travesseiro, entre outras. Ao contrário do adulto, que apresenta hipersonolência diurna e cansaço pós noites mal dor-midas, a criança apresenta-se agitada, com dificuldades de concentra-ção e aprendizado sendo, muitas vezes, erroneamente diagnosticadas como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

A funcionária pública municipal Rosângela Azevedo Dalcin, 51 anos, que é cadeirante há cerca de 30 anos, até pouco tempo, precisou de ajuda de uma segunda pessoa para reali-zar atividades rotineiras do dia a dia, como ir ao trabalho ou ao banco. Essa realidade começou a mudar em de-zembro do ano passado, com a che-gada ao Brasil de um aparelho que adaptado à cadeira de rodas, prome-te ser, literalmente, uma mão na roda. É o chamado Firefly, com um custo médio de R$ 8.200,00. A tecnologia é composta por uma dianteira que acoplada a cadeira de rodas deixa o conjunto semelhante a uma moto.

Rosângela adquiriu o aparelho de uma empresa de Goiânia. “Essa “motoneta” despertou minha inde-pendência. Hoje faço tudo sozinha, e é muito confortável. Não preciso depender de outras pessoas para re-

Dr. Alexandre Pressi buscou atualização de conhecimentos no XIII Congresso Paulista de Medicina do Sono

Os cuidados com o sono infantilAtualização para oferecer tratamento eficienteEspecializada em medicina do sono,

a Pulmoclin investe na atualização per-manente de sua equipe, colocando os profissionais em constante atualização sobre o tema de modo a oferecer, a seus pacientes, acesso aos mais atuais diagnósticos e tratamentos. Exemplo desse compromisso foi a participação de Alexandre e Maira Pressi, médico e enfermeira responsáveis pela clínica, no XIII Congresso Paulista de Medicina do

Sono, nos dias 22 e 23 de maio, em São Paulo.

Na oportunidade, puderam conhe-cer as novidades ligadas à investigação e trato dos principais distúrbios do sono. “O Congresso permitiu revisar informa-ções importantes para quem cuida da saúde das pessoas e precisa, portanto, estar sempre alinhado com os mais atu-ais estudos desenvolvidos em sua área. O conhecimento é poderoso aliado no

compromisso de oferecer trata-mentos eficientes aos pacientes que procuram nossa clínica”, avalia Pressi.

Em Bento Gonçalves, a Pul-moclin é referência no segmen-to. As análises e tratamentos são ministrados pelo Dr. Alexandre Pressi, especialista em Sono pelo Conselho Federal de Me-dicina, após cursar mais de 800 horas em busca dessa formação diferenciada. O agendamento de consultas pode ser feito pelo fone (54) 3454-1652 ou direta-mente na clínica, que fica na Rua 13 de Maio, 581 - Salas 114, 115, em Bento Gonçalves. A clínica atende pacientes particulares e também conveniados com Tac-chimed, Unimed e diversos sin-dicatos.

Div

ulga

ção

Nova tecnologia proporciona mais independência para cadeirantesmesa, e em pouco tempo estava par-ticipando de campeonatos. Durante dez anos ficou entre as melhores jo-gadoras do país, ganhando mais de cem medalhas. Em 1998, participou do primeiro Para Pan, ocorrido na Ci-dade do México. Em 2007, competiu nos jogos Para Pan no Rio de Janeiro. Neste ano, participou da Copa Brasil Sul-Sudeste em Piracicaba, São Paulo, ficando em terceiro lugar.

Rosângela agora espera conse-guir um técnico, treinador ou até mesmo um batedor de bola, já que seu técnico, Luciano dos Santos Pos-samai está em Brasília treinando com seleção brasileira de Tênis de Mesa. Alguns problemas de saúde também prejudicaram o andamento dos trei-nos dela. “Eu adoraria voltar a treinar, para ser novamente competitiva, mas além da falta de um técnico, tenho que ter cuidado redobrado com mi-nha saúde, comenta”.

Com 51 anos, ela se diz jovem e disposta a conquistar ainda muitos títulos no esporte e na vida. “Jamais me deixei abater pelas dificuldades. O fato de ter ficado paraplégica não impossibilitou de me formar, de ter uma vida quase que normal e nem de ser feliz. Eu até mesmo virei uma atleta (risos). Conquistei uma série de coisas e sou grata por tudo”, afirma.

Rodrigo De Marco

Rosângela com sua “Motoneta”, que lhe proporciona mais autonomia

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Dia do Vinho3 de junho de 2015 | Jornal Integração da Serra 11

20% de incremento na geração de negócios é a expectativa com que trabalham os 249 empreendimentos envolvidos na programação do Dia do Vinho 2015, de 22 de maio a 7 de junho. O número de participantes dessa sexta edição configura o maior engajamento do trade de enogastro-nomia e turismo na promoção, que este ano passou a ter maior duração e também abrangência nacional. No total, 249 empreendimentos de mu-nicípios das regiões Uva e Vinho e Campanha estão envolvidos na pro-gramação, promovida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Secreta-ria da Agricultura, Pecuária e Agrone-gócio do Rio Grande do Sul e Sindi-cato dos Hotéis Restaurantes Bares e Similares – Região Uva e Vinho.

“O grande trunfo do Dia do Vi-nho é a integração. Seja entre três mercados intimamente ligados, que avançam muito quando trabalham juntos, seja entre as várias regiões participantes, que agora começam a se expandir pelo Brasil. À medida em que se amplia esta rede de empresas, municípios, entidades e territórios engajados no evento, cresce também a diversidade de opções para o públi-co apreciar derivados da uva, gastro-nomia e hotelaria”, comenta o presi-dente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Moacir Mazzarollo.

Entre os destaques da programa-ção deste ano, a motivar a estimativa de intensa circulação de visitantes, curiosos e apreciadores, está o proje-to Mesa Ao Vivo. Uma espécie de rea-lity show culinário realizado na Expo-Bento 2015, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, de 4 a 6 de junho,

Dia do Vinho 2015 Evento gera expectativa de acréscimo de 20% em negócios

com alguns dos mais celebrados che-fs do país – Emmanuel Bassoleil, Ivan Achcar, Yann Corderon, Kátia Barbosa e Ana Luiza Trajano.

Outro destaque é o município de Monte Belo do Sul, que exibe seus frutos durante o Dia do Vinho 2015, com programação concentrada no fim de semana de 6 (sábado) e 7 (do-mingo) de junho. Maior produtor de uvas per capita da América Latina, o município de Monte Belo do Sul, que é precisamente uma elevação vizinha ao noroeste do Vale dos Vinhedos, promove a terceira edição da Mostra do Vinho, Agroindústrias e Artesana-to, na Praça Padre José Ferlin, bem em frente à igreja Matriz.

Com pouco mais de 2,6 mil habi-tantes, segundo o Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), Monte Belo do Sul ocupa cerca de 40% dos seus 69.598km2 com o culti-vo de vinhedos. A maioria, destinada à elaboração de vinhos finos, sucos e espumantes. Desde 2003, os pro-dutores da região estão organizados na Associação de Vitivinicultores de Monte Belo do Sul (Aprobelo), que já conquistou Indicação de Procedência (IP) para controlar a origem de seus rótulos.

“A identidade cultural da gente

da região está em nosso território e agora ainda mais fortalecida com a Indicação de Procedência. A qualida-de dos vinhos e espumantes, a tradi-ção das agroindústrias e o artesana-to que vem sendo transmitido por várias gerações atraem visitantes de todos os lugares do Brasil. Todo ano a mostra é um sucesso”, comenta o chefe de divisão da Secretaria de Tu-rismo de Monte Belo do Sul, Luciano Benvenutti.

“São apenas dois exemplos de

programação que está ficando mais rica a cada ano. Temos restaurantes oferecendo taças, garrafas e até vinho à vontade. Temos vinícolas oferecen-do jantares harmonizados e cursos de degustação. E hotéis e pousadas ofe-recendo as duas coisas e muito mais. Temos trilhas ecológicas e passeios para se fazer a pé, de bicicleta, em veículo 4 por 4 ou carretão”, enumera o presidente do Sindicato dos Hotéis Restaurantes Bares e Similares Região Uva e Vinho (SHRBS), João Leidens.

Divulgação

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Agricultura12 Jornal Integração da Serra | 3 de junho de 2015

Aldacir H.Pancotto

Técnico EMATER/RS-ASCARSanta Tereza

Funçãodas ervas

combinação dos fatores ambientais com a ação do homem deter-mina quais as plantas (a flora) e quais os animais (a fauna) que vão

existir numa área. Assim, estas espécies vegetais ou animais são indi-cadoras das condições daqueles ambientes.

Para que serve um indicador?Como a própria palavra já diz, um indicador está mostrando algu-

ma coisa. Podemos aprender a ler na natureza o que ela está querendo nos mostrar. E ela dá várias pistas para a gente. É só querer enxergar. Algumas das pistas são as doenças e as pragas.

Na prática, um solo dominado por gramíneas como a milhã (ram-peguina), por exemplo, encontra-se numa fase que apresenta estrutu-ra física deficiente, ou seja, não é um solo solto. À medida que as plan-tas e, especialmente, suas raízes se decompõem, há uma incorporação significativa de matéria orgânica no solo, melhoradora da estrutura.

Um outro exemplo, já clássico, é o da nabiça (rabanete), que é uma erva indicadora de falta de disponibilidade de boro e manganês no solo. Ela tem uma maior capacidade de extrair estes minerais do solo, quando comparada à maioria das outras plantas. Sendo assim, seu papel na sucessão vegetal é o de tornar estes elementos disponíveis quando encerra seu ciclo, para que as outras que virão possam seguir seu curso até chegar à vegetação melhor.

A guanxuma, conhecida como erva dura, indicadora de solo com-pactado, possui uma raiz pivotante agressiva, capaz de fazer exata-mente o trabalho de descompactação.

Assim, as ervas, ao mesmo tempo em que indicam um problema, são a solução natural para superar determinada situação.

Dentre as muitas evidências práticas que fundamentam este conceito, uma é particularmente interessante. Quando um agricultor abandona um solo para pousio, o comum é que este esteja degradado, em maior ou menor grau. Nestas circunstâncias, podemos encontrar uma vegetação dominante de, por exemplo, milhã e guanxuma. Pas-sados três ou quatro anos deste abandono não será mais possível ver estas duas espécies sobre o solo. Pode nos dar a impressão de que se acabaram as sementes. Porém, quando o agricultor, depois de 10 ou 15 anos, voltar a cultivar este solo, usando práticas como fogo e ero-são, em dois ou três anos, a guanxuma e o milhã voltam a predominar.

Em outras palavras, uma determinada espécie não depende da quantidade de sementes que têm no solo para aparecer com maior ou menor intensidade. São os fatores do solo e do clima que determina-rão qual espécie irá predominar naquele momento. O solo possui um banco de sementes e são as condições de umidade, vento, luminosida-de, disponibilidade de nutrientes, entre outras, que irão proporcionar o surgimento desta ou daquela espécie.

Portanto, as plantas podem e devem ser vistas como um recurso natural barato e amplamente disponível para os agricultores. Tanto aquelas que são semeadas pelos agricultores quanto as que nascem espontaneamente. É necessário entendermos o papel que a vegeta-ção “espontânea” desempenha em nosso solo, para que deixemos de enxergar um inço ou erva daninha e passemos a considerar como um recurso à nossa disposição. E que, com um manejo adequado, se torna bastante útil.

Em 2015, por determinação de lei federal, a quantidade mínima obri-gatória de suco de fruta nos nécta-res de uva e laranja passou de 30% para 40%, chegando a 50%, em 2016. Além disso, a lei estabelece que todas as bebidas com suco de frutas na sua composição devem declarar no rótu-lo o percentual adicionado.

Segundo o diretor técnico do Ins-tituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN), Leocir Bottega, essa mudança na le-gislação representa uma conquista para o setor vitivinícola brasileiro, pelo impacto positivo na cadeia pro-dutiva, ocasionado pela acréscimo da demanda de variedades de uvas híbridas e americanas. Ele ressalta que a medida também qualifica o produto pela padronização à legisla-ção internacional expressa no Codex Alimentarius (Código Alimentar), do-cumento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricul-tura, no qual o Brasil é signatário do código e autor do capítulo sobre néc-tares. “A mudança contempla ainda o consumidor, pelo acréscimo da fruta na composição do néctar”, salienta.

Bottega acentua que o IBRAVIN também está focado na promoção do suco de uva elaborado somente com a fruta, sem adição de açúcar. Ele explica que o mercado do suco

Produtores de vinho artesanal de quatro estados lançaram a Coopera-tiva Brasileira de Vinhos Artesanais (Naturvin), no último dia 15 de maio. Com sede em Canela, a entidade nas-ce com 20 associados, entre viticulto-res e vinhateiros do Rio Grande do Sul (16), São Paulo (2), Santa Catarina (1) e Rio de Janeiro (1). A produção anual de cada um varia de 500 a 2 mil gar-rafas. Juntos, produzem menos de 10 mil garrafas por ano.

“Nosso objetivo é unir esforços e projetos para pleitear demandas que se fizéssemos sozinhos talvez se tor-nariam inviáveis. Facilita na questão dos trâmites”, afirma Marina Santos, presidente da Naturvin e enóloga em Pinto Bandeira. A cooperativa tem foco na elaboração de vinhos, espu-mantes, sucos e derivados da uva e do vinho, elaborados de forma arte-sanal, com o mínimo de intervenção nos processos. Viticultores e vinicul-tores fazem parte do quadro de as-sociados da Naturvin, e a cooperativa estará cadastrando mais produtores em breve. Os candidatos devem uti-lizar os métodos de produção de uva integrada, orgânica, biodinâmica ou agroecológica. Para ingressar na co-

Suco de uva

Aumento do consumo incrementa mercado de híbridas e americanas

de uva integral, ou reconstituído, vem crescendo de forma exponen-cial, por uma série de motivos, entre eles a relação do produto com saúde. “Estudos científicos aliam o consumo da bebida à perda de peso, à redução da gordura abdominal e do coleste-rol, à prevenção do câncer e melhora da memória, entre outros benefícios à saúde”, lembra.

Conforme estatísticas do IBRA-VIN, o consumo de suco de uva inte-gral elaborado no Brasil cresceu 13% em 2014, em relação ao ano anterior. A expectativa da entidade para este ano é que a comercialização do pro-duto supere a marca de 100 milhões de litros.

Leocir Bottega

Divulgação

Produtores de vinhoartesanal criam cooperativa

operativa é preciso ser indicado por um associado.

A participação do produtor na cooperativa será informada no rótulo ou contrarrótulo dos produtos. “No caso dos vinhos, houve um salto de qualidade muito grande nos últimos anos, inclusive com a participação em eventos internacionais. Unidos, pretendemos continuar esse cresci-mento”, vislumbra Marina.

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Federação das Coopera-tivas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho) são apoiadores da Natur-vin.

Para o diretor executivo da Feco-vinho, Helio Marchioro, a fundação da cooperativa com as característi-cas da Naturvin é um avanço para a consolidação de um modelo de pro-dução sustentável, sob os aspectos econômico, social e ambiental. “Por isso o apoio de entidades representa-tivas do setor. Essa decisão fortalece outras iniciativas de apoio às viníco-las de pequeno porte”, avalia.

Informações sobre como ser um cooperado da Naturvin podem ser obtidas diretamente com Marina Santos, pelo telefone (54) 8115.3900.

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Caderno de Cultura e Arte Nº 23 | Maio/Junho 2015

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Arquitetura: modernoalia-se ao antigo naSaldanha Marinho

Programe-se com a agenda culturaldo mês de junho

140 anos da Imigração ItalianaConto resgata a história de uma família de imigrantes italianos, antes do embarque para o Brasil. Páginas 6 e 7

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Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

BuracosEu devia ter uns dez anos. Um velho livro de astro-

nomia trouxe a revelação: vagavam pelo espaço os tais buracos negros, redemoinhos escuros que a tudo traga-vam, até mesmo a luz. Eles eram capazes de engolir o Sistema Solar inteiro para dentro de sua tumba cósmica e escura. Aí incluída, é claro, nossa Terra. Uma fração de segundo e “click”, tudo sumiria. Não preciso dizer que aquela descoberta alimentou meus pesadelos infantis por um bom tempo.

Falando em buracos negros, li que um grupo de astrônomos da Universidade de Pequim descobriu um gigantesco. Parece que é doze bilhões de vezes maior que o Sol, um buraco para ninguém botar defeito. E me-ter medo. E outra: os cientistas acreditam que em nos-sa galáxia, a Via Láctea, perambulam dezenas, talvez centenas de buracos negros, todos famintos por maté-ria. No centro da nossa galáxia, aliás, hiberna um agora adormecido. Espero que ele não acorde tão cedo!

Mas não vamos criar alarde por nada: o buraco ne-gro mais próximo da Terra está a 8.000 anos-luz daqui. Ou seja, é melhor nos preocuparmos com outros bura-cos. Como os das estradas e ruas, por exemplo. Esses sim estão bem pertinho e incomodam bastante. Alguns até estão engolindo carros inteiros, como vi no jornal por esses dias. O camarada foi estacionar uma Van e, “glup”, virou refeição de cratera. Sorte que o inciden-te não teve maiores consequências para o motorista e passageiros.

Buraco por buraco, prefiro aquele de “Alice no País

das Maravilhas”, livro que completa, aliás, 150 anos no próximo mês.

A toca do Coelho Branco, por onde caiu Alice, nos abre o mundo da fantasia, da imaginação, das pergun-tas e respostas que nos fazem pensar. O buraco mági-co inventado por Lewis Carroll, depois de tanto tempo, segue a nos provocar. Um buraco sábio, com toda a certeza.

Às vezes, é preciso cair em um buraco para pensar melhor, como aconteceu com Alice. Noutras, pensar muito é que nos leva para o buraco. Como ocorreu com Heráclito, o filósofo grego. Aquele do ditado de que não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. Pois é, conta a lenda que o sábio andava pelas ruas de Éfeso sempre olhando para o céu, buscando respostas para o sentido da existência. Não deu outra: um belo dia caiu em um buraco e ficou lá preso. Coitado, virou chacota na cida-de. Ficou conhecido como o “filósofo do buraco”.

Isso me lembrou de outra história célebre, a Caver-na de Platão, que não deixa de ser um buraco. Talvez a alegoria filosófica para a existência mais perfeita já es-crita. O mito da caverna nos mostra a ilusão do conhe-cimento humano, e como julgamos saber muito mais do que na realidade sabemos. De como nossas ilusões e paradigmas embaçam o raciocínio. A parábola de Platão ensina que, para enxergar mais longe, é preciso abandonar a caverna de ignorância que habitamos. E que julgamos ser a única que existe.

É preciso, antes de tudo, sair do buraco.

No dia 13 de maio, a Câmara dos Deputa-dos aprovou a Medida Provisória 664, que cria uma alternativa ao tão falado fator previdenciá-rio (redutor da renda mensal inicial).

Ela estipula a regra 85/95. Isso significa ser necessário que a mulher tenha, no mínimo, 30 anos de contribuição e uma idade compatível para alcançar a soma 85 (exemplo: 55 anos de idade e 30 anos de tempo de contribuição), para ter direito a à aposentadoria integral, sem a utilização do redutor. O homem, por sua vez, terá que alcançar a soma 95, ou seja, ter no mínimo 35 anos de tempo de contribuição e uma idade ajustada para chegar nesta soma (exemplo: 60 anos de idade e 35 anos de tem-po de contribuição), para o mesmo direito.

Devemos lembrar que nos casos acima, a renda mensal inicial será calculada pela média dos salários de contribuição desde julho de

(54) 3055-7090www.fracalossiadvogados.adv.br

13 de Maio, 551, Sala 02, Centro, Bento Gonçalves

Aposentadoria. Novas regras por vir.1994, isto é, um redutor natural estipulado pela própria lei, pois se sabe que o salário em 1994 era muito diferente do que é atualmente, já que havia a influência do momento de firmação do plano real e da inflação.

Para as pessoas que pretenderem enca-minhar o pedido de aposentadoria antes de fechar a regra 85/95, poderão solicitar quando atingirem 30/35 anos de tempo de contribuição, mulher e homem respectivamente, mas haverá, nesses casos, a incidência do fator previ-denciário, reduzindo consideravelmente a renda mensal inicial, haja vista que a mé-dia será dos 80% maiores salários, sendo essa multiplicada pelo fator previdenciá-rio, que quanto mais novo o beneficiário for, maior será o redutor.

Se o solicitante do benefício requerer a apo-sentadoria por tempo de contribuição antes de

alcançar a regra 85/95 perderá, no mínimo, 20% da sua renda mensal inicial como beneficiário do INSS.

A regra ainda não está em vigor, pois a Medida Provisória 664 deverá ser aprovada no Senado Federal, para posteriormente ser san-cionada pela chefa do executivo nacional, mas é bom acompanharmos de perto, pois é mais uma mudança na vida de todos nós, brasileiros.

Advogado César Tomasi - OAB 83.242

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Programe-se

A redação leu

A MAIS BELA HISTÓRIADA FELICIDADE

Autor: André Comte-Sponville/Jean Delumeau/Arlette FargePáginas: 169Editora: DIFELAno: 2006

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Mosaico | 3 de junho de 2015 | 3

A MAIS BELA HISTÓRIA DA FELICIDADE

Não se engane com o título ao estilo autoajuda: A Mais Bela História da Felicidade é um livro denso, um verdadeiro tratado de filosofia. Mas ao mesmo tempo é uma obra de pro-sa fácil e cativante, ao estilo perguntas e respostas. O tema principal da narrativa, a felicidade, interessa certamente a to-dos. Não há homem que não se preocupe com ela. A oportu-nidade da obra é, portanto, marcante.

Indagações do cotidiano são exploradas com magistral clareza pelos autores, todos filósofos de excelente cepa. Pro-positalmente contraditórias, as observações contidas no tex-to são matéria-prima para muitas reflexões. Elas nos fazem pensar sobre o lugar da felicidade em nossas vidas, nossos equívocos em sua busca frenética, muitas vezes mal direcio-nada e ilusória.

Como o próprio título da obra nos provoca, pensar a fe-licidade autêntica é pensar a existência humana diante da desordem do mundo. Diante do caos que todos os dias nos chega pela janela de casa. Um livro indispensável. Para ler e reler.

A Escola Estadual Mestre Santa Bárbara, de Bento Gonçalves, foi a vencedora do pro-jeto Corrente do Sorriso, ganhando, no último dia 20 de maio, uma sala de música com ins-trumentos de cordas e sopro mais amplifica-dores e estantes para partituras. O prêmio foi pela postagem nas redes sociais, de mais de mil fotos com pessoas sorrindo.

Conforme a diretora do educandário, Margarida Mendes Protto, a escola foi uma das 25 do interior do Rio Grande do Sul indi-cadas pela Secretaria Estadual de Educação para participar do concurso, criado pelo mú-sico Ivo Mozart, de Porto Alegre. O músico foi até a escola fazer um show para divulgação do projeto, ressaltando a importância de va-lores e temas da atualidade. Após, os estu-dantes participaram de uma ação para pra-ticar os valores debatidos, fazendo alguém sorrir. O momento devia ser registrado por meio de fotografias publicadas nas redes so-ciais, utilizando as hashtags com o nome da escola e um valor (alegria, desapego, amor, entre outros). Margarida ressalta que profes-

Festa JuninaO quê - Festival FolclóricoRitmos e Danças JuninosQuando - 6 de junho, a partir das 10hOnde - Escola Sagrado

FilóO quê - Filó ItalianoQuando - 6 de junho, 20hOnde - Hotel Villa Michelon

Artes VisuaisO quê - Mostra Fotográfica 7 PecadosEduardo BeniniQuando - 8 a 30 de junhoLocal - SESC Bento Gonçalves Horário de visitação - das 8h às 21hEntrada Franca

Dia festivoO quê - Festa de Santo AntônioQuando - 13 de junho6h - Alvorada festiva7h - 8h30 - 10h - missas12h - Almoço Festivo15h - Missa Campal e Procissão18h - Missa

MúsicaO quê - Tributo à Edith Piaf - Tássia Minuzzo Quando - 18 de junho, 20hOnde - SESC Bento Gonçalves Ingressos - R$ 7,00 Comerciário - R$ 10,00 Empresários - R$ 15,00 UsuáriosEstudantes, Idosos e Classe Artística 50% do valor de Usuário

FestivalO quê - Festival do QuentãoQuando - 20 de junho, 20hOnde - Sociedade 15 da Graciema

Festa ReligiosaO quê - Festa de São LuísQuando - 21 de junho10h20 - Procissão10h45 - Missa12h - AlmoçoOnde - Comunidade São Luís, bairro Jardim Glória

RockO quê - II Festi’Nélvis- Festival de Rock, arte e muito choppQuando - 20 de junho, 15 hOnde - Clube SUSFA

JantarO quê - Jantar-baile ADVBGQuando - 10 de julho, 20hOnde - Salão da ABCTG - Bento GonçalvesIngressos - R$ 25,00Informações - (54) 3055.3330

A segunda edição do Festi´Nélvis ocorre no próximo dia 20 de junho, no SUSFA. O rock and roll vai rolar a partir das 15 horas de sábado até 5 horas de domingo. Oito bandas vão se apre-sentar no evento, além do DJ Zonatão nos vinis. Para acompanhar a maratona, comida vegana,

Segunda edição do Festi´Nélvisreúne oito bandas no Susfa

Tributos l Eric Clapton, com a banda Eric Clapton Cover RS, Bento Gonçalves;l Led Zeppelin, com a banda Presence Led Zeppelin, São Leopoldo;l Jimi Hendrix, com o Reverendo Tabordex, Bento Gonçalves; l Pink Floyd, com a banda Pink Floyd Cover RS, Nova Prata;l The Allman Brothers, com a Monty Python Band, Bento Gonçalves.

Atrações inéditas de música autoral: Supersonic Brew, Bento Gonçalves;Xispa Divina, com o seu rock rural, de Sobradinho.

chop e exposições artísticas. O guitarrista Fer-nando Cainelli, mais conhecido como Cainelle-to, um dos organizadores do evento, ressalta que a promoção vai reunir músicos qualificados da região e Estado em cover e autorais do “bom e velho rock and roll”.

Escola Mestre ganha sala demúsica da Corrente do Sorriso

sores, funcionários e alunos se mobilizaram em torno da proposta. “Quando uma boa ideia é apresentada, professores e alunos abraçam a causa, isso é gra-tificante,” comemora ela. A Escola Mestre tem 1030 alunos, do 6º ano ao Ensino Médio.

Divulgação

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O jornalista Diego Franzen, 34 anos, natural de Cruz Alta, lançou no último sábado, dia 30, no Ferrovia Live em Bento Gonçalves, o livro “Tempora Hostem” (Nova Letra, 146 pági-nas, R$, 25,00), seu primeiro romance, com recursos do Fun-do Municipal de Cultura. A narrativa, que mescla suspense e mistério, de acordo com Franzen, tem fortes influências de Dan Brown, um dos escritores em que se espelha.

A história, que se passa na fictícia cidade de São Teobal-do, começa com o assassinato de uma moça em um ritual satânico. Os policiais Ricardo Mello e Décio França, respon-sáveis pela investigação do crime, vão se deparar com vários segredos, envolvendo desde a sociedade secreta dos carbo-nários, de origem italiana, até mafiosos da ‘Ndranghetta. En-quanto isso, um místico estuda simbologia e práticas mágicas para evitar que a cidade mergulhe nas trevas.

Franzen vai lançar o livro no dia 13 de junho, na sua cidade natal. Ele escolheu para a sessão de a u t ó g r a -fos a casa onde nas-ceu Erico Verissimo, outro de seus ído-los literá-rios.

A publicitária Cláudia Couto e a relações públicas Juraci Spinelli estão à frente da mais nova opção para or-ganização de aniversários, casamen-tos, formaturas, eventos temáticos e comemorativos de Bento Gonçalves: a Evento à Beça.

Com anos de experiência em ativi-dades junto a eventos empresariais e particulares, ideias inovadoras e muita dedicação, a agência está preparada para atender clientes em diferentes momentos comemorativos, seja uma divertida festa infantil, uma balada de 15 anos, um casamento clássico ou superdescolado, entre outros even-tos.

Além de organizar eventos so-ciais para clientes, a Evento à Beça também promove festas temáticas. A próxima já tem data marcada. Será o “Arraiá do Seu João”, a festa junina que acontecerá no dia 27 de junho, às 20 horas, no Felice – Gastronomia e Eventos.

Ingressos e outras informações podem ser obtidas em www.evento-abeca.com.br ou www.feliceeventos.com.br.

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Janete Nodari

A mais nova opção em organização de eventos e festas chega a Bento

Juraci Spinelli e Cláudia Couto estão àfrente da agência Evento à Beça

Jornalista lançalivro policial

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Por Janete [email protected]

Algumas edificações do centro de Bento Gonçalves que sediam estabelecimentos comerciais e re-sidenciais se fundem entre o anti-go e o moderno. Esse é o caso do conjunto de quatro imóveis gemina-dos, situados à direita, na segunda quadra da Rua Saldanha Marinho, construído entre os anos de 1915 e 1945, que está sendo remodela-do, com a manutenção de parte do traçado original. Uma casa desse conjunto está sendo adaptada para sediar novos pontos de vendas na Saldanha Marinho, considerada o “filé” para o comércio de Bento Gonçalves. Na mesma quadra, uma edificação manteve as característi-cas da fachada. De acordo com o arquiteto Daniel Camera, responsá-vel pelas obras, ao todo serão mais 13 salas comerciais.

Segundo Camera, a tendência são projetos de integração histó-rica com construções modernas. Ele afirma que a preservação das características do imóvel, aliada à história e ao progresso, vai de-

TRAGA TODA A FAMÍLIA EVENHA CURTIR O NOSSO FESTIVAL!

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Arquitetura

Moderno se alia ao antigo em obras da Saldanha Marinhopender do estado da edificação. “Nessas obras também temos que pensar em acessibilidade, meio ambiente e prevenção contra incên-dios”, acrescenta. Ele ressalta que o Plano Diretor de Bento Gonçalves incentiva a preservação através do índice de aproveitamento do solo. O arquiteto acentua ainda que todos os projetos envolvendo edificações antigas passam pela avaliação do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (COMPAHC), instituído em 2005.

Cidade baixa e cidade altaBento Gonçalves possui duas

áreas urbanas principais de pre-servação ao patrimônio histórico e cultural. A cidade baixa (centro) e cidade alta. Existem outras áreas no Vale dos Vinhedos (urbanas e ru-rais), nos Caminhos de Pedra, na li-nha Paulina e em Faria Lemos, além de outras com diretrizes mais ge-rais, que citam o patrimônio histó-rico e a paisagem. De acordo com a presidente do COMPAHC, arqui-teta e urbanista Cristiane Bertoco, a base dessas áreas de preservação é o inventário do Patrimônio Cultural

Edificado do Rio Grande do Sul fei-to na década de 1990, pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).

Apenas sete edificações do núcleo urbano de Bento Gonçalves são tombadas: são os prédios que sediam o Museu do Imigrante, Ta-belionato Garcez (antiga Pharmácia Providência), Prefeitura Municipal, Banco Santander/Arquivo Histórico Municipal, Igreja Metodista, Tabelio-nato Damo (antiga Secretaria de Fi-nanças) e Santuário Santo Antônio. No núcleo rural somente a Casa Merlin, no distrito de São Pedro, é protegida pela lei municipal 1.111, de 21 de junho de 1982, atualizada neste ano. Já, inventariados, são 385, entre o núcleo urbano e o rural do município, porém muitos estão em ruínas ou já foram demolidos.

Existem critérios para as edifi-cações tombadas e inventariadas. Para edificações tombadas a pre-servação deve ser na totalidade, tanto da área externa como interna da casa. Para imóveis inventariados é feita uma avaliação. “Quem avalia

é o Conselho. É lógico que tem que fazer adaptações. Dar condições de uso à habitação”, ressalta Cris-tiane.

Ela enfatiza que, antes da exis-tência do Conselho, “o proprietá-rio fazia o que queria”. Ela informa que atualmente, o COMPAHC não está mais permitindo a preservação parcial em imóveis inventariados. “O Conselho está aqui para ajudar, sempre com uma visão evolutiva do patrimônio histórico e da comunida-de de nossa região”, acentua.

A arquiteta observa que colo-cação de tapumes e obras de de-molição ou reforma em edificações antigas representa um trauma para muitos moradores pela incógnita do que virá depois. “O Conselho é cuidadoso em seus pareceres. Procurando respeitar o responsável técnico, representando o interesse manifestado pela população,” resu-me a arquiteta.

Cristiane salienta que informa-ções sobre o patrimônio histórico e cultural do município podem ser obtidas no IPURB, nos dias de aten-dimento externo (terças e quintas--feiras) ou com horário marcado.

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Literatura* José Raimundo Manosso

Jornalista (1946 - 2005)

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140 anos da Imigração Italiana

velha remava. O barco de fundo chato, sem fazer ruído, deslizava pelo Canale di Cannaregio, em Veneza. A velha não olhava para o barco, nem para a água, nem para os lados. Só, para a frente. Mergulhava o remo

na água e empurrava o barco em direção ao Canal Grande. Com força, mas sem pressa.

Angela conhecia bem aquele caminho. Não se preocupava que as águas estivessem particularmente escuras naquela manhã. Ela sabia que isso era re-sultado da tempestade forte da noite anterior. E remando ela chegou ao Canal Grande. As casas que se erguiam lado a lado do canal melhoravam de apa-rência. Se tornavam mais cuidadas, mais ricas. Angela, porém, só olhava para frente e remava. Mas, se os canais de Veneza já não impressionavam a velha Angela, eles ainda maravilhavam a menina que ia sentada na outra ponta do

Quel Massolinidi fiori

barco. As casas, agora passavam a apresentar pequenas sacadas. Outras mostravam portões de ferro que se abriam ao nível da água. Ou-tras, ainda, revelavam àquela hora da manhã, sombrios e silenciosos pátios internos, por onde a luz se filtrava cuidadosa.

A menina, às vezes, fazia uma pergunta. A velha respondia rapidamente, sem parar de remar. Atividade que interrompia apenas para lançar o mesmo grito, de tempos em tempos:

- Butiro del buono! Ôvi freschi! Butiro del buono...Os gritos ecoavam pelos pátios, pelas co-

zinhas, pelos quartos de dormir banhados na penumbra. A velha colocava o remo dentro

do barco e esperava. Este era o seu trabalho: vender manteiga e ovos frescos pelos canais de Veneza. Trabalho de muitos anos e que, depois dela, suas netas fariam também. Como Carolina, que se encontrava com ela no barco. Pelo menos era isso que a velha Angela ima-ginava. Isso não iria acontecer. Mas, naquele momento, ela não poderia saber disso.

Ao longe, ouviu-se uma resposta. Era pre-ciso muita experiência para saber que ela vie-ra de uma das casas do Rio Dei Santi Apostoli. Angela sabia que o grito partira da cozinheira da casa dos Bruni, Luccia. Essa era uma venda certa, alegrava-se Angela enquanto remava. Luccia não comprava ovos ou manteiga de mais ninguém. E mesmo que a manteiga não estivesse tão boa quanto de costume, que um

ou outro ovo estivesse quebrado, nunca re-clamava. Luccia sabia que a vida não era fácil para Angela Roccaro. Talvez, por isso se en-tendessem tão bem. O que não acontecia com Anna, a cozinheira dos Ferrastrami, de quem acabava de ouvir a voz. A casa dos Ferras-trami ficava mais adiante, no Rio dei Miracoli. Parecia que Anna gastava seu dinheiro. Não admitia ovo estragado, mesmo entre uma cen-tena deles, e a manteiga tinha de estar impe-cavelmente fresca, dentro do botijão de água fria. Angela não gostava dela. Uma cozinheira toda cheia de manias. Angela se alegrava com o pensamento de que ela não era tão boa co-zinheira como Luccia. Que por toda Veneza era conhecida como “Luccia delle mani d´oro”. Anna que esperasse um pouco mais.

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Pão de trigo escuro, polenta, água e vinhoA conversa entre Angela e Luccia varia-

va pouco. As amigas, as doenças, o tempo, o custo de vida, a religião e os filhos. Carolina Roccaro, nove anos, ficava ouvindo, sentada dentro do barco. Até que se chateava, puxava sua boneca de pano e passava a brincar com ela. Era ali dentro do barco que Angela e sua neta comiam, por volta do meio-dia. O barco ancorado a uma das casas nos canais secun-dários de Veneza. O almoço era quase sempre o mesmo: uma fortaia de queijo e ovos, pão de trigo escuro, água e vinho. Carne, nunca. Doces, menos ainda. Naquela Itália de final de século, o açúcar era considerado remédio para pessoas como os Roccaro e milhares de outras. No final da tarde, após as vendas do dia, Angela e a neta voltavam para casa, para Mestre. A viagem era longa. Deixavam o bar-co nos fundos da casa del “Signor Burtet” e caminhavam alguns quilômetros até chegar em casa, onde eram esperadas. Já era noite. A janta era quase uma repetição do almoço, mas com alimentos a mais. Além de queijos e ovos, também polenta e, de vez em quando, algum salame. Verduras. E sempre pão caseiro, feito com aquele trigo escuro, que não aparecia na casa das pessoas bem de vida. Após a janta, já noite escura, a casa iluminada pelo “fogolaro”. Carolina e as irmãs menores ouviam as histó-

*José Raimundo Manosso (1946 - 2005) nasceu em Bento Gonçalves e mudou-se

para Caxias do Sul ainda criança. Escreveu para diversos jornais e revistas, entre

elas, a Revista do Vinho. O conto aqui reproduzido é uma homenagem aos 140

anos da Imigração Italiana e foi adaptado de “O Continente”, Suplemento Cultural do

Estado do Rio Grande do Sul.

rias contadas pela mãe Rosina ou pela nonna Angela. Histórias sobre o duque que tinha co-metido muitos pecados e que era muito mau. Tão mau era que, depois de sua morte, quan-do a família abriu o caixão para vê-lo pela úl-tima vez, antes de enterrá-lo, o duque havia desaparecido. Em seu lugar, só encontraram pedras. Claro que outros diziam, lembrava a nonna Angela, que o duque havia fugido com uma atriz e que não havia morrido coisa al-guma.

- Nonna, o que é uma atriz?- Una svergognata.Mas, havia também a história da bondosa

senhora Castaldi, que distribuía doces e pre-sentes na saída da missa da Basílica della Salu-te. Signora Castaldi sofria de muitas enfermi-dades e sempre vinha rezar na basílica.

Um nome era cada vez mais e mais repetido: BrasileMais tarde, as crianças já estavam deita-

das, se comentavam as últimas notícias do dia. Era conversa de gente grande. Carolina notou que um nome era cada vez mais e mais repetido: Brasile.

Pouco antes do Natal de 1888, a família in-teira foi até a Igreja de São Marco pedir prote-ção para a viagem que iriam fazer. Pela última vez, atravessavam os canais de Veneza. De-

pois, em Mestre, juntaram suas malas e baús e iniciaram a dura travessia da Itália. Agora, no dia 30 de dezembro de 1888, Carolina, a mãe, pai, irmãos, irmãs e a nonna Angela estavam todos amontoados no cais de Gênova. A fa-mília Roccaro também decidira partir para o Brasil. Carolina tinha 13 anos. Sua boneca de pano, agora estava nas mãos de sua irmã Eli-sa, de cinco anos.

No cais de Gênova também estava um ra-paz moreno, de olhar decidido, que viajava sozinho. Tinha 20 anos. Vinha de Vicenza. Era marceneiro e escultor em madeira. Passava a maior parte do tempo perto de seu baú de fer-ramentas. Seu nome era Beniamino Nodari. Cinco anos depois, Carolina estaria casando com aquele jovem decidido no Brasil. Mas, essa é uma outra história.

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