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Distribuiçªo gratuita SOCIEDADE SE UNE POR UM MUNDO MELHOR www.diocesedesantos.com.br Janeiro- 2002 - N” 5 - Ano 1 O Fórum Social Mundial reœne, em Porto Alegre, pessoas dispostas a mudar a ordem social desumana imposta pelas políticas do capitalismo neoliberal De 31 de janeiro a 5 de fevereiro, a cidade de Porto Alegre será transfor- mada na Capital Mundial da Esperan- ça, quando mais de 100 mil pessoas, de todos os cantos do Planeta, estão sendo esperadas para a segunda edi- ção do Fórum Social Mundial. O Fórum Social quer ser uma alter- nativa ao Fórum Econômico Mundial, que reúne, na mesma data, em Davos, na Suíça, os países ricos, articuladores das políticas econômicas neoliberais que estão levando milhares de seres huma- nos a um estado crônico de indigência. Exemplo dramático disso é a recen- te crise em que se viu envolvida a Ar- gentina, pouco antes do Natal. Seguin- do fielmente a cartilha do Fundo Mone- tário Internacional (FMI), a Argentina não tem mais como pagar juros e servi- ços de sua dívida externa, que chega a U$ 132 bilhões. A alternativa, segundo os patrocinadores das dívidas externas que colocam na mesma situação cente- nas de países, é cortar gastos sociais, au- mentar impostos, com uma taxa de cres- cimento que nunca passa de 2%. É contra esse estado de submissão que o Fórum vai discutir a questão das dívidas externas dos países do Terceiro Mundo, propondo uma auditoria inter- nacional para que sejam revistas, reco- locadas em sua ótica real e até extintas, como única forma de permitir o desen- volvimento dos países periféricos. Segundo os organizadores do Fó- rum, 80 bilhões de dólares por ano, durante dez anos, seriam suficientes para erradicar a pobreza no mundo. En- quanto isso, o pagamento da dívida ex- terna dos países do Terceiro Mundo está na ordem de 250 bilhões anuais. Lançado texto-base da Campanha da Fraternidade P`G.2 É preciso ler no cotidiano os sinais de Deus Veja tambØm Curso para lideranças das Pastorais Sociais P`G. 7 Leigos discutiram sobre o papel da Aliança de Deus na vida do Povo e como a política dever ser vista como a expressão da macrocari- dade no contexto social. Papa pede aos cristªos mais empenho pela paz P`G. 3 Em sua mensagem pelo Dia Mundial da Paz, o Papa João Paulo II apela para que os cristãos não neguem a ninguém o direito à paz. João Paulo II: “Não há paz sem justiça” P`G. 7 O Bispo Diocesano, D. Ja- cyr Francisco Braido, apre- sentou o texto-base da Cam- panha da Fraternidade, falan- do sobre os maiores desafios que este projeto traz para a Igreja. Dentre eles, o de lutar ao lado dos povos indígenas pela demarcação de suas terras e pela implementação do Esta- tuto dos Povos Indígenas que garanta as condições neces- sárias para sua sobrevivência. UniSantos leva Auto de Natal à comunidade P`G. 11 150 artistas, dançarinos e músicos que integram o Projeto Cultural da Uni- Santos se uniram num es- petáculo para relembrar o nascimento de Jesus. Reproduçªo/dez. 2001 Paz no mundo D. Jacyr: “Precisamos aprender com eles o valor da terra” Pobreza e desemprego ameaçam a Baixada Santista P`G. 4 A falta de um projeto integrado de desenvolvimento para a Baixada San- tista tem provocado um crescente des- mantelamento dos potenciais de inves- timento na Região. O resultado é o desemprego, a perda da massa salarial e o aumento da violência e da criminalidade. Sem emprego formal, a população busca alternativas na improvisação Delegados criam ConferŒncia Nacional do Laicato P`G. 2 Com a presença de mais de 900 delegados de todo o Bra- sil, os leigos reunidos na Con- ferência de Fortaleza criaram a Conferncia Nacional do Lai- cato do Brasil (CNLB). O novo organismo vai dinamizar a ação pastoral dos leigos, es- pecialmente em relação às re- alidades sociais nas quais es- tão inseridos. Celebração de abertura da Conferência de Fortaleza M. Helena Lambert Reproduçªo Confira os horÆrios das missas e dicas para as fØrias no Encarte Especial O jornal Presença Diocesana oferece a seus leitores um brinde para guardar o ano inteiro. CNBB lança cartilha para as eleiçıes de 2002 P`G. 10 O objetivo é oferecer subsídios e orientações para os cristãos exercerem com responsabilidade o exercício democrático da escolha dos representantes do País. A pressão dos argentinos fez com que o governo decretasse a moratória da dívida externa Fotos Lu CorrŒa

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Page 1: Distribuiçªo gratuita SOCIEDADE SE UNE POR UM MUNDO … · os sinais de Deus Veja tambØm Curso para lideranças das Pastorais Sociais P`G. 7 ... um brinde para guardar o ano inteiro

Distribuição gratuita

SOCIEDADE SE UNE POR UM MUNDO MELHOR www.diocesedesantos.com.br Janeiro- 2002 - Nº 5 - Ano 1

O Fórum Social Mundial reúne, em Porto Alegre, pessoasdispostas a mudar a ordem social desumana impostapelas políticas do capitalismo neoliberal

De 31 de janeiro a 5 de fevereiro, acidade de Porto Alegre será transfor-mada na Capital Mundial da Esperan-ça, quando mais de 100 mil pessoas,de todos os cantos do Planeta, estãosendo esperadas para a segunda edi-ção do Fórum Social Mundial.

O Fórum Social quer ser uma alter-nativa ao Fórum Econômico Mundial,que reúne, na mesma data, em Davos,na Suíça, os países ricos, articuladoresdas políticas econômicas neoliberais queestão levando milhares de seres huma-nos a um estado crônico de indigência.

Exemplo dramático disso é a recen-te crise em que se viu envolvida a Ar-gentina, pouco antes do Natal. Seguin-do fielmente a cartilha do Fundo Mone-tário Internacional (FMI), a Argentinanão tem mais como pagar juros e servi-ços de sua dívida externa, que chega aU$ 132 bilhões. A alternativa, segundo

os patrocinadores das dívidas externasque colocam na mesma situação cente-nas de países, é cortar gastos sociais, au-mentar impostos, com uma taxa de cres-cimento que nunca passa de 2%.

É contra esse estado de submissãoque o Fórum vai discutir a questão dasdívidas externas dos países do TerceiroMundo, propondo uma auditoria inter-nacional para que sejam revistas, reco-locadas em sua ótica real e até extintas,como única forma de permitir o desen-volvimento dos países periféricos.

Segundo os organizadores do Fó-rum, 80 bilhões de dólares por ano,durante dez anos, seriam suficientespara erradicar a pobreza no mundo. En-quanto isso, o pagamento da dívida ex-terna dos países do Terceiro Mundo estána ordem de 250 bilhões anuais.

Lançado texto-base da Campanha da Fraternidade

PÁG.2

É preciso ler no cotidianoos sinais de Deus

Veja também

Curso paralideranças dasPastorais Sociais

PÁG. 7

Leigos discutiram sobreo papel da Aliança de Deusna vida do Povo e como apolítica dever ser vista comoa expressão da macrocari-dade no contexto social.

Papa pede aoscristãos maisempenho pela paz

PÁG. 3

Em sua mensagem peloDia Mundial da Paz, o PapaJoão Paulo II apela para queos cristãos não neguem aninguém o direito à paz.

João Paulo II: “Não há pazsem justiça”

PÁG. 7

O Bispo Diocesano, D. Ja-cyr Francisco Braido, apre-sentou o texto-base da Cam-panha da Fraternidade, falan-do sobre os maiores desafiosque este projeto traz para aIgreja.

Dentre eles, o de lutar aolado dos povos indígenas pelademarcação de suas terras epela implementação do Esta-tuto dos Povos Indígenas quegaranta as condições neces-sárias para sua sobrevivência.

UniSantos leva�Auto de Natal� àcomunidade

PÁG. 11

150 artistas, dançarinose músicos que integram oProjeto Cultural da Uni-Santos se uniram num es-petáculo para relembrar onascimento de Jesus.

Reprodução/dez. 2001

Paz no mundo

D. Jacyr: “Precisamos aprender com eles o valor da terra”

Pobreza e desemprego ameaçam a Baixada Santista

PÁG. 4

A falta de umprojeto integrado dedesenvolvimentopara a Baixada San-tista tem provocadoum crescente des-mantelamento dospotenciais de inves-timento na Região.

O resultado é odesemprego, a perdada massa salarial e oaumento da violênciae da criminalidade.

Sem emprego formal, a população busca alternativas na improvisação

Delegados criam Conferência Nacional do Laicato

PÁG. 2

Com a presença de mais de900 delegados de todo o Bra-sil, os leigos reunidos na Con-ferência de Fortaleza criarama Conferncia Nacional do Lai-cato do Brasil (CNLB). Onovo organismo vai dinamizara ação pastoral dos leigos, es-pecialmente em relação às re-alidades sociais nas quais es-tão inseridos.

Celebração de abertura da Conferência de Fortaleza

M. Helena Lambert

Reprodução

Confira oshorários das missas

e dicas paraas férias no

Encarte EspecialO jornal

Presença Diocesanaoferece a seus leitoresum brinde para guardar

o ano inteiro.

CNBB lançacartilha para aseleições de 2002

PÁG. 10

O objetivo é oferecersubsídios e orientações paraos cristãos exercerem comresponsabilidade o exercíciodemocrático da escolha dosrepresentantes do País.

A pressão dos argentinos fez com que o governo decretasse a moratória da dívida externa

Fotos Lu Corrêa

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EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE Presença DiocesanaPresença Diocesana é oinformativo oficial daDiocese de Santos, lançadoem setembro de 2001Bispo diocesanoD. Jacyr Francisco Braido, CSDiretorPe. Antonio Baldan CasalConselho EditorialPe. Antonio Baldan Casal,Pe. Antonio Alberto Finotti,Pe. Claudenil Moraes daSilva, Pe. Eniroque Ballerini,

Pe. Joseph Thomas,Ivanilce Oliveira,Odílio Rodrigues Filho.RevisorMonsenhor João JoaquimVicente LeiteJornalista responsávelGuadalupe Corrêa MotaDRT 30.847/SPProjeto Gráfico eEditoração: Francisco SurianServiços de Notícias: CNBB,CNBBSUL1, Adital,AnotE, CatolicaNet,Notícias Eclesias,BuscacatolicaTiragem: 40 mil exemplares

Impressão: Gráfica Diário doGrande ABC.Distribuição: PresençaDiocesana é distribuídogratuitamente em todas asparóquias e comunidades daDiocese de Santos, nosseguintes municípios: Santos,São Vicente, Cubatão, Guaru-já, Praia Grande, Mongaguá,Itanhaém, Bertioga e Peruíbe.

Os artigos assinados são deresponsabilidade exclusiva deseus autores e não refletem,necessariamente, a orientaçãoeditorial deste Jornal.

Presença DiocesanaTel/Fax: (13)3221-2964

Cúria Diocesana(13)3224-3000

Fax: (13)3224-3822Centro de Pastoral

Pe. Lúcio Floro(13) 3224-3170

Seminário S. José(13) 3258-6868

Endereço para correspondência:Presença Diocesana

Av. Cons.Rodrigues Alves, 25411015-300 - Santos-SP.

O Jornal reserva-se o direito de nãopublicar cartas que estejam comnomes ou endereços incompletos.

[email protected]

Panorama2 - Presença Diocesana Janeiro/2002

MundoBrasil

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL BUSCA ALTERNATIVASPARA OS DESAJUSTES DA ECONOMIA GLOBALIZADA

LEIGOS CRIAM CONFERÊNCIA

Delegação do Regional Sul 1 na Conferência

Lu Corrêa

As políticas econômicas dos países ricos submetem milhões ao subemprego e à indigência

ERRAMOS

aOs grupos de Novenade Natal são das Paróqui-as S. João Batista e NossaSenhora da Assunção, eabrangem todos os morrosda Cidade (Ed. 04, p.10).aAs coordenadoras da“Obra do Berço do Meni-no Jesus”, da Capela N.S.dos Navegantes, Mercê-des Contursi e ReginaAguiar, esclarecem que adistribuição de cestas éfeita por outra pastoral dacomunidade. (Ed. 04,p.10).

De 31 de janeiro a 5 defevereiro, a cidade dePorto Alegre, no Rio

Grande do Sul, será sede domaior encontro internacional deentidades da sociedade civil, embusca de alternativas para omodelo de economia capitalistaglobalizada.

O Fórum Social Mundial(FSM) “é um espaço aberto deencontro para o aprofundamen-to da reflexão, o debate demo-crático de idéias, a formulaçãode propostas, a troca livre deexperiências e a articulaçãopara ações eficazes, de entida-des e movimentos da socieda-de civil que se opõem ao neoli-beralismo e ao domínio domundo pelo capital e por qual-quer forma de imperialismo, eestão empenhadas na constru-ção de uma sociedade planetá-ria” (Carta de Princípios, 1).

Segundo os organizadores,são esperadas mais de 100 milpessoas, que participarão dasconferências, seminários, ofici-nas, fóruns especiais, além dosatos políticos e de extensa pro-gramação cultural.

Nova etapaFrancisco Withaker, do Co-

mitê Organizador Nacional, ex-plica que “o Fórum Social Mun-dial não tem caráter deliberati-vo e não se gastará tempo, por-tanto, para discutir as vírgulas deum documento final. Ele será oinício de um processo de refle-xão conjunta, em nível mundi-al, para a busca de alternativasao modelo que está aí nos do-minando, o início de uma novaetapa na luta contra a submis-são do ser humano aos interes-ses do capital”.

Durante o encontro, as dis-cussões e a formulação das pro-postas serão organizadas em tor-no de quatro eixos: 1) A Produ-ção de Riquezas e a Reprodu-ção Social; 2) O Acesso às Ri-quezas e a Sustentabilidade; 3)A Afirmação da Sociedade Ci-vil e dos Espaços Públicos; 4)O Poder Político e a Ética naNova Sociedade.

A Comissão Brasileira de

Justiça e Paz (CBJP), organis-mo da CNBB, um dos gruposque integra o Comitê Nacional,está promovendo a oficina “ Ali-mento, Dom de Deus, Direito deTodos”, dentro do eixo 2.

Além da CBJP, fazem partedo Comitê Nacional: Associa-ção Brasileira de OrganizaçõesN ã o - G o v e r n a m e n t a i s(ABONG); Ação pela Tributa-ção das Transações Financeirasem Apoio aos Cidadãos(ATTAC); Associação Brasilei-ra de Empresários pela Cidada-nia (CIVES); Central Única dosTrabalhadores (CUT); InstitutoBrasileiro de Análises Sociais eEconômicas (IBASE); Rede deJustiça Social e Direitos Huma-nos; Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra (MST).

Fim da pobrezaO fim da política de endivi-

damento dos países do TerceiroMundo é uma das principaisbandeiras dos organizadores doFórum Social Mundial. E nãoprecisa de muitos argumentospara entender essa posição.

O Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimen-to (PNUD) e a UNICEF esti-mam que “um gasto anual de 80bilhões de dólares em um perí-odo de dez anos permitiria ga-

rantir a todo ser humano o aces-so à educação básica, aos cui-dados básicos em saúde, a umaalimentação adequada, à águapotável e às infra-estruturas sa-nitárias, assim como, para asmulheres, o acesso aos cuidadosginecológicos e obstetrícios.”

Enquanto isso, “80 bilhõesé, em 2001, quase três vezesmenos o que o Terceiro Mundopaga por sua dívida externa pú-blica; é, aproximadamente, umquarto do orçamento militar dosEstados Unidos; 9% das despe-sas militares mundiais; 8% dasdespesas publicitárias no mun-do; metade da fortuna das 4 pes-soas mais ricas do planeta”.Como então esperar que a lógi-ca capitalista satisfaça essas ne-cessidades essenciais, se as 1,3bilhão de pessoas que não dis-põem de água potável não dis-põem também de poder aquisi-tivo suficiente para que os mer-cados se interessem por elas?,indagam os organizadores.

HistóricoO Fórum Social Mundial

nasceu em 2000, da iniciativa deum grupo de brasileiros, preo-cupados com a crescente domi-nação do mundo pelo capital,dentro dos parâmetros do neoli-beralismo, articulada pelos paí-

ses ricos do Hemisfério Norte,que se reúnem anualmente emDavos, na Suíça, no Fórum Eco-nômico Mundial.

A idéia era realizar um en-contro de nível internacional,congregando as entidades que jávinham realizando protesto emtodo o mundo, porém voltadopara a formulação de propostasque visem efetivamente reduzira desigualdade e a pobreza domundo, causadas pela desenfre-ada concentração de renda epelas políticas de endividamen-to público.

A proposta ganhou a adesãodo jornal francês Le Monde Di-plomatique e o apoio internaci-onal durante um encontro cha-mado Copenhague+5, em Gene-bra, em junho de 2000, onde re-presentantes de 80 países doscinco continentes discutiam te-mas como a dívida externa econtrole militar das grandes po-tências. Nesse encontro foi ins-tituído o Comitê Internacional,ganhando, em pouco tempo aadesão de mais de 70 institui-ções internacionais.

Nos dias 25 a 30 de janeirode 2001, Porto Alegre recebeu osdelegados para a edição da I Fó-rum Social Mundial.

Visite o site www.forum-socialmundial.org.br.

Curso da Pastoral da Sobriedade forma novos agentesSul 1

Cerca de 150 representan-tes de várias dioceses doSub-Regional Sul 1 par-

ticiparam do 1º Curso de For-mação da Região para Capaci-tação do Agente da Pastoral daSobriedade e de Implantação deGrupos de Auto-Ajuda.

O encontro, organizado pelaPastoral da Sobriedade da Dio-cese de Santos, aconteceu nosdias 30 de novembro, 1 e 2 dedezembro, no CEFAS, em San-tos. O curso foi ministrado peloPe. João Roberto Ceconello, co-ordenador nacional de forma-ção, e Dr. Higino Bodziak Filho,coordenador nacional da áreacientífica.

Áreas de atuaçãoDurante os três dias, os agen-

tes conheceram a estrutura e adinâmica da Pastoral da Sobrie-dade e reproduziram 6 dos “Do-ze Passos”, que são o eixo dotrabalho nos grupos de auto-aju-da para dependentes químicos eseus familiares.

“Os grupos de auto-ajudasão apenas uma das áreas de atu-ação da Pastoral da Sobriedade.

Eles estão inseridos na Preven-ção e na Intervenção. Além dis-so, trabalhamos também na Re-cuperação, na Reinserção e naAtuação Política, deixando bemclaro que se trata de uma Pasto-ral, portanto, direcionada paraum trabalho de evangelização ede integração com as demaispastorais na comunidade”, ex-plica Pe. João.

Segundo Higino Bodziak,“para ser um agente da Pastoral

da Sobriedade, é preciso, antesde mais nada, ser sóbrio e ter umprofundo senso ético, pois pre-cisa guardar sigilo das exposi-ções que são feitas nos grupos esaber ser dócil ao Espírito San-to, pois, sendo uma ação pasto-ral, sabemos que é a ação deDeus que deve agir”, explica.

Em relação ao acompanha-mento dos dependentes e de seusfamiliares, Dr. Higino explicaque o agente deve ter sensibili-

dade para identificar o nível decomprometimento em cadacaso. “Geralmente, em 90% doscasos, os grupos de auto-ajudaconseguem atingir seu objetivo,que é o de resgatar o dependen-te e seus familiares, dando-lhesa possibilidade de uma vidanova, longe das drogas. Nos de-mais casos, o agente encaminhao dependente para o acompa-nhamento de um especialista, ouaté mesmo para uma comunida-de terapêutica”.

Em relação à área de Atua-ção Política, Pe. João recomen-da a participação dos agentes,principalmente nos ConselhosMunicipais Anti-Drogas(COMAD), juntamente com ou-tras instituições da sociedadecivil. O Conselho é o responsá-vel pela aplicação de verba fe-deral destinada à prevenção,uma das áreas onde menos seatua. “Infelizmente, poucos mu-nicípios têm o COMAD e essaverba não está sendo usada”.

Outras informações sobre aPastoral da Sobriedade em San-tos, falar com Antonio Sérgio.Telefone (13) 9143-6626.

Pe. João (esq.) e Dr. Higino: sobriedade é para todos

Chico Surian

De 23 a 25 de novem-bro próximo passa-do, leigos de todo o

Brasil estiveram reunidos emFortaleza-CE para a Iª Con-ferência dos Cristãos Leigosdo Brasil.

Éramos mais de 900 lei-gos, além dos representantesdo laicato do Paraguai e Uru-guai. Integraram a delegaçãodo Regional Sul 1 - que era amaior delegação depois deFortaleza - pela Diocese deSantos, Ademar e MariaEmília Cosme, Antonia Mar-mo, Jurema Mariani e MariaHelena Lambert. Acompa-nharam toda a Conferência,participando das sessões detrabalho, pela CNBB, D.Mauro Montagnoli, Bispo deIlhéus e responsável pelo se-tor Leigos da CNBB; D. Alo-ísio Lorscheider, Bispo de A-parecida do Norte; D. JoséAparecido Tosi, Arcebispode Fortaleza; e vários sacer-dotes de diferentes delega-ções, numa demonstração deefetiva comunhão.

Foi votado a denomina-ção do novo organismo. En-tre as cinco propostas apre-sentadas saiu vitoriosa Con-ferência Nacional do Laica-to do Brasil, com a siglaCNLB.

Foram três dias de inten-so trabalho, mas muito pro-veitoso. Trabalhamos emcima de um documento queprocurou refletir sobre: Quemsomos? Para onde queremosir? E como chegar lá? A par-tir dessas reflexões devería-mos construir um texto-docu-mento que seria norteador dotrabalho do novo organismoque estávamos criando.

Chegamos ao final dostrabalho com um documentocomposto de 3 partes: 1 -Identidade e Missão dos Lei-gos; 2 - Autonomia e Comu-nhão; 3 - Organização dosLeigos. Essas perguntas reme-tem à reflexão, não só da iden-tidade do leigo, mas também

da sua organização, enquan-to espaço de articulação, diá-logo e comunhão, na busca deuma nova forma de agir nomundo. Conscientes de ser-mos igreja, POVO deDEUS, inseridos na realida-de do século, somos convi-dados a assumir, com cora-gem e sem medo, a nossaidentidade.

Destacamos alguns as-pectos básicos que devemestar presentes na etapa quese inicia, para a consolidaçãodo organismo do laicato bra-sileiro: 1 - Agir convencidosda missão que lhes corres-ponde como batizados. 2 -Dar testemunho concreto, in-serindo-se nas estruturas soci-ais, saindo do discurso para aação, sem medo de pronunci-ar-se nas grandes lutas sociais.3 - Comprometer-se dentro efora do organismo com oexercício permanente dademocracia, do respeito, dadescentralização do poder,para assumir coerentemente opapel de protagonistas comosujeitos da evangelização. 4 -Promover a formação inte-gral em todos os níveis, afir-mando sua identidade cató-lica e pertença à Igreja.

Partiu-se da constataçãoque o futuro de nosso orga-nismo não pode apontar parauma realidade de ilusão, forado contexto sócio-econômi-co, político, cultural e ecle-sial, mas deve fortalecer asraízes já plantadas, pelo Con-selho Nacional de Leigos,aos longos dos 25 anos de ex-periências, como fundamen-to de sua vocação e missão.

Acreditamos que este do-cumento ajude efetivamente aconstruir um organismo for-te, maduro e autônomo, capazde oferecer respostas aosgrandes desafios do tempopresente.

Maria Helena LambertComissão Diocesana deLeigos - Diocese de Santos

Criado Centro Frederico OzanamCerca de 150 participan-

tes, de 22 cidades do Estadode S. Paulo e Minas Gerais,participaram do ato de fun-dação do Centro FredericoOzanam, no dia 16 de dezem-bro, em São Paulo.

Idealizado pelo professorPlínio de Arruda Sampaio,pelo secretário executivo daComissão Brasileira de Jus-tiça e Paz (CJBP) FranciscoWithaker e pelo advogadoHélio Bicudo, o centro pre-tende ser um espaço de for-mação e difusão do pensa-mento social cristão, em diá-logo com outras confissões.

Segundo Plínio Sampaio,o “Centro pretende dar sub-sídios, através de cursos, se-minários, intercâmbios paracristãos engajados nas pasto-rais sociais, partidos políti-

cos, grupos de acompanha-mento de Câmaras, sindica-tos e outras instâncias de atu-ação, tendo como referenci-al as propostas e os valoresdo humanismo cristão”.

Como inspirador da pro-posta está o beato FredericoOzanam, um dos fundadoresdas Conferências Vicentinas.“Mas ele foi muito mais”,lembra Plínio. “Ele foi umcristão de uma lucidez extra-ordinária que soube apontarum caminho para a Igreja,quando ela se encontravanuma encruzilhada históri-ca”, referindo-se à intensaatuação de Ozanam, comoleigo, na atividade política esocial durante os anos de1789 a 1848, na França, pe-ríodo de grandes revoluçõese conflitos sociais.

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Palavra do Bispo

ANO NOVO DE PAZ

Com a palavraCartasEditorialEm foco

Janeiro/2002 Presença Diocesana - 3

AVALIAR, PROJETAR E INVESTIRQual seu compromisso,como cristão, paratornar 2002 maisjusto e solidário?

D. Jacyr Francisco Braido,CSBispo Diocesano de Santos

Endereço para correspondência:Presença Diocesana

Av. Cons.Rodrigues Alves, 25411015-300 - Santos-SP.

O Jornal reserva-se o direito de nãopublicar cartas que estejam com

nomes ou endereços incompletos.presencadiocesana@

diocesedesantos.com.brTel/Fax: (13)3221-2964

Fotos Chico Surian

Mensagem do Papa

NÃO HÁ PAZ SEM JUSTIÇA

Papa João Paulo II

Fazer com que a populaçãotenha mais acesso nos locais deatendimento público. No meucaso específico, como assessortécnico da FUNAI, fazer o má-ximo para que as políticas públi-cas que já existem em favor dosindígenas sejam aplicadas. Isso,sem dúvida, traria mais qualida-de de vida para centenas de in-dígenas que estão vivendo emprecárias condições. E isso émais do que dar uma cesta bási-ca ou uma roupa, ou um remé-dio. Você sabia que em nossaDiocese têm comunidades indí-genas que estão lutando por suasTerras? Se a gente assumisse,como Igreja, o compromisso delutar ao lado deles, as conquis-tas chegariam mais rápido.Márcio José AlvimParóquia S. João Batista - Peruíbe

Mensagem de Ano Novo

O anjo então lhes disse: Não tenhaismedo!

Eis que eu vos anuncio uma grandealegria, que será para todo o povo:Hoje na cidade de Davi nasceu para vóso Salvador, que é o Cristo Senhor!

E de repente juntou-se ao anjo umamultidão do exército celeste a louvar aDeus, dizendo:

Glória a Deus nas alturas e na terrapaz aos homens e mulheres por ele ama-dos!

Glória a Deus nas alturas e na terraamor sem fronteiras que abraça a todose não exclui ninguém!

Glória a Deus nas alturas e na terranão apenas cessar-fogo, mas reconcilia-ção entre as nações!...

Glória a Deus nas alturas e na terracomunhão entre os povos e partilha dopão de cada dia!

Glória a Deus nas alturas e a terrasem violência, sem ódio, sem guerra!...

O amor enxuga lágrimas, cura feri-das e gera vida nova.

O amor vence o ódio, acaba com pre-conceitos e elimina discriminações.

O amor promove a justiça e age commisericórdia.

O amor é o caminho que leva à paz.O amor é Deus mesmo!

FELIZ NATAL E ABENÇOADO 2002!é o que lhes deseja a Paróquia São José -

Setor Sabará - São Paulo - SP

Pe. Roberto Luiz PreczevskiPe. Simão Bento - Maurício Cruz Filho

Ao término de um ano e ini-ciando outro, florescemidéias, projetos e renascem

desejos e sentimentos. É tempo derever os fatos ocorridos dentro efora, perto e longe de nós. É nestecontexto que lemos a realidade glo-balizada e observamos sinais demorte e de vida.

Apesar de entrarmos para o se-gundo ano do terceiro milênio daEra Cristã, continuam as desigual-dades, injustiças, milhões investi-dos em armas e guerras, sistemasexcludentes, a terra dada por Deusconcentrada nas mãos de poucos,os cinturões de miséria, desempre-go, as corrupções, preconceitos, osapegos, as contradições gritantes etantos outros males que afligem ocoração da humanidade. Que mata.

Mas, se muitos são os sinais de

morte, maiores são os sinais devida, que tornam presente a paz. Énisto que consiste a esperança:acreditar. Apostar. Investir.

Acreditar que é possível as tre-vas cederem lugar à luz, o ódio aoamor, a discórdia à união, a dúvidaà fé, o erro à verdade, o desesperoà esperança. Sustentados na espe-rança que cada um de nós pode edeve ser instrumento da paz.

A paz se conquista, constrói-se pela fé, pela justiça, pela soli-dariedade, generosidade, pela do-ação, pela partilha do pão, da rou-pa ao irmão com fome e desnuda-do, pela busca e vivência da ver-dade. Paz é fruto do encontro comDeus, com o outro e consigo mes-mo. Somente juntos, unidos emespírito e verdade e sustentadospela presença do Senhor construi-

remos um mundo de Paz.Iniciando este novo ano, sus-

tentados na esperança de que serámelhor, sentimo-nos impulsiona-dos a rever, a romper, a retomar, acaminhar, a trabalhar com todonosso ser, dia e noite, na conquis-ta da paz, pois esta só é possívelquando se torna um profundo de-sejo de todos. E todos trabalhar-mos para que a paz deixe de sersonho e torne-se realidade dentroou fora, perto ou longe de nos.

Acreditar e fazer acontecer ésaber vibrar com o sorriso das cri-anças, a união das pessoas, a feli-cidade dos casais, o conforto paraos idosos e enfermos. Sentir a fe-licidade, a alegria de fazer o bem.É sentir que a paz em todos os co-rações, em todos os lugares é pos-sível existir.

Este ano de 2002, o Dia Mun-dial da Paz será cele-brado tendo como pano de

fundo os dramáticos acontecimen-tos do passado dia 11 de Setem-bro, quando dois aviões derruba-ram as torres do World Trade Cen-ter, em Nova York, matando milha-res de pessoas. O fato desenca-deou uma reação militar dos Es-tados Unidos contra o povo doAfeganistão, acusado de protegero provável responsável pelos aten-tados, o terrorista Osama BinLaden. Veja trechos da mensagemdo Papa para esta data.

O fenômeno do terrorismo É precisamente a paz baseada

na justiça e no perdão que, hoje, éatacada pelo terrorismo internaci-onal. Nestes últimos anos, especi-almente após o fim da guerra fria,o terrorismo transformou-se numarede sofisticada de conluios políti-cos, técnicos e econômicos, queultrapassa as fronteiras nacionais ese estende até abranger o mundointeiro.

A identificação dos culpadosdeve ser devidamente provada, por-que a responsabilidade penal ésempre pessoal, não podendo porisso ser estendida às nações, àsetnias, às religiões a que pertencemos terroristas.

Por vezes, o terrorismo é filhode um fundamentalismo fanático,que nasce da convicção de poderimpor a todos a aceitação da suaprópria visão da verdade. Mas averdade, uma vez alcançada — eisto verifica-se sempre de forma li-mitada e imperfeita — jamais podeser imposta. O respeito pela cons-ciência alheia, na qual se reflete amesma imagem de Deus (Gn 1, 26-27), permite apenas propor a ver-dade ao outro, a quem compete de-

pois acolhê-la responsavelmente.Pretender impor aos outros com vi-olência aquela que se presume sera verdade, significa violar a digni-dade do ser humano e, em últimainstância, ultrajar a Deus, de quemele é imagem. Por isso, o fanatis-mo fundamentalista é um compor-tamento radicalmente contrário a féem Deus. Seguindo a doutrina e oexemplo de Jesus, os cristãos es-tão convencidos de que usar de mi-sericórdia significa viver plenamen-te a verdade da nossa vida: pode-mos e devemos ser misericordiosos,porque usou de misericórdia paraconosco um Deus que é Amor mi-sericordioso (1Jo 4, 7-12).

A necessidade do perdão Mas o que significa concreta-

mente perdoar? E perdoar por quê?Na verdade, o perdão é primariamen-te uma decisão pessoal, uma opçãodo coração que vai de encontro aoinstinto espontâneo de devolver omal com o mal. Tal opção tem o seutermo de comparação no amor deDeus, que nos acolhe apesar donosso pecado, e o seu modelo su-premo no perdão de Cristo que doalto da cruz rezou: «Perdoa-lhes, óPai, porque não sabem o que fa-zem» (Lc 23, 34).

Como ato humano, o perdão éantes de mais uma iniciativa indivi-dual do sujeito na sua relação comos seus semelhantes. Porém, a pes-soa tem uma dimensão social essen-cial, que lhe permite estabelecer umarede de relações com a qual se ex-prime a si mesma. As famílias, osgrupos, os Estados, a mesma Comu-nidade internacional, necessitamabrir-se ao perdão para restaurar oslaços interrompidos, superar situa-ções estéreis de mútua condenação,vencer a tentação de excluir os ou-tros, negando-lhes a possibilidade

de apelo. A capacidade de perdãoestá na base de cada projecto de umasociedade futura mais justa e soli-dária.

Neste grande esforço, os líderesreligiosos têm uma responsabilida-de específica. As confissões cristãse as grandes religiões da humanida-de devem colaborar entre si para eli-minar as causas sociais e culturaisdo terrorismo, ensinando a grande-za e a dignidade da pessoa e incen-tivando uma maior consciência daunidade do gênero humano.

Neste Dia da Paz, suba mais in-tensa no coração de todo o crente aprece por cada uma das vítimas doterrorismo, pelas suas famílias atin-gidas tragicamente, e por todos ospovos que o terrorismo e a guerracontinuam a ferir e a transtornar.Nem sejam excluídos do raio de luzda nossa oração aqueles que ofen-dem gravemente Deus e o homem,através desses atos desumanos: seja-lhes concedido entrar em si própri-os e tomar consciência do mal quefazem, abandonando qualquer pro-pósito de violência e procurandoo perdão. Possa a família huma-na, nestes tempos tormentosos,encontrar paz verdadeira e du-radoura, aquela paz que só podenascer do encontro da justiçacom a misericórdia!

Veja o texto completo da men-sagem do papa João Paulo II sobrea Paz no site www.vatican.va.

Incentivo à formação

Ao diretor do jornal Presença Dio-cesana,

É com muita alegria que escrevo eenalteço este importante órgão jornalís-tico de nossa Diocese, que é um orgulhopara toda nossa comunidade católica.Além de ser um órgão informativo temem seus artigos um caráter de incentivoa nossa formação católica com artigosmuito bem elaborados.

Foi um presente de Natal para todanossa comunidade termos este jornal,que veio em boa hora, pois estamos, maisdo que nunca, necessitando de uma im-prensa com os princípios do Evangelhode Jesus diante de tantos desencontrosde informações e interpretações contrá-rias aos princípios da moral cristã e dafidelidade religiosa ao verdadeiro sen-tido da vida, que é Jesus Cristo.Cláudio MagalhãesParóquia N. S. do Rosário de Pompéia

Riqueza

Inicialmente desejo que as bênçãosde Deus e da Mãe do céu estejam comtodos vocês!

Ganhei de um amigo um exemplardeste grande veículo de comunicação daIgreja na Diocese de Santos. Li todos osartigos e gostei muito pela riqueza desubsídios e de conteúdo. Por isso tomo aliberdade de escrever aos amigos com afinalidade de solicitar a possibilidadadede poder recebê-lo regularmente.

Aqui na Paróquia S. FranciscoXavier, de Registro-SP, faço parte dasequipes de comunicação e liturgia naCatedral. Ficarei grato pela atenção eprovidências.

Benedito Aparecido de PontesRegistro-SP

Lição de história

Prezados senhores,com satisfação pude ler o Jornal nº

4/2001 e gostei demais. Até aprendi oque é ‘capela’. Nunca é tarde para seaprender... Mas, gostaria de aproveitarpara elogiar sinceramente os padres daIgreja Nossa Senhora de Fátima, no Gua-rujá (Anderson, Antenor e Ugo), poiseles nos dão uma verdadeira aula de his-tória antiga, explicando detalhadamentesobre um passado que não vivemos. Soude S. Paulo e passei férias no Guarujá.Eles estão de parabéns.

Cacá Pereira - Perdizes - SP

Acho que o compromisso co-meça na família, sendo boa mãe,esposa. Na comunidade, atuan-do como membro ativo, levandoaos outros o Cristo presente en-tre nós. E, na sociedade, agindopara minimizar o sofrimento donosso povo, que anda abandona-do, exigindo dos políticos quecumprem melhor seu papel. En-quanto não lutarmos para elegerpolíticos cristãos, que sejam res-ponsáveis pelo bem comum, mui-ta gente vai continuar sofrendo.

Antonia Maria BarbosaParóquia N. S. Aparecida - SV

Quero viver o evangelho e seragente de transformação ondeatuo, em casa, no trabalho, nacomunidade. E um grande desa-fio que tenho é viver isso, sobre-tudo, na minha atuação política,agindo com transparência e pres-tando contas à comunidade, sen-do uma alternativa ao que há deerrado no mundo da política.Acho que se a gente vivese maiso Evangelho dentro da própriaIgreja, a gente viveria na políti-ca automaticamente.

José Ernesto Lessa - ParóquiaSão João Batista - Peruíbe

Iniciamos 2001, o primeiro doséculo XXI e do II milênio, comum sorriso grandioso de paz. A

expectativa de paz era muito gran-de. Por que a paz? Porque tínha-mos atravessado o século XX comduas guerras mundiais, as primei-ras nesse nível e nesse porte - a glo-balização da guerra! Sim, estavainiciando a globalização em mui-tos setores. E ela foi começar tam-bém no horror da guerra: explodi-ram bombas atômicas; fabricaram-se armas químicas e biológicas; ar-quitetou-se um sistema de mísseis.

O ano começou com a esperan-ça de que a humanidade esqueces-se o velho e o ultrapassado hábitoda guerra. Infelizmente, não foi issoo que aconteceu. Várias guerras eguerrilhas espalhadas pelo planetacontinuaram. A indústria bélicacontinuou crescendo. Mas o piorestava por vir. No dia 11 de setem-bro, o terrorismo sacode as cons-ciências das pessoas que sonhavamcom tempos melhores. E, logo aseguir, começa-se a falar em retali-ação, em guerra. A velha guerra estáde volta...

A força do mal volta a triunfar.E a pergunta é: ele dominará o mun-do para sempre? É ele a única for-ça a dominar a história? “A Igrejadeseja dar testemunho”, escreve oPapa, em sua Mensagem para o DiaMundial da Paz, “da sua esperan-

ça, baseada na convicção de que omal não tem a última palavra nasvicissitudes humanas. A história dasalvação, delineada na Sagrada Es-critura, projeta uma grande luz so-bre a história do mundo ao mostrarcomo sobre ele vela sempre a soli-citude misericordiosa e providentede Deus, que conhece os caminhospara sensibilizar mesmo os cora-ções mais endurecidos e alcançarbons frutos mesmo de uma terraárida e infecunda”.

Estas palavras nos reanimam.Há um Deus que domina os tem-pos e para Ele nada é impossível.Ele nos aponta a possibilidade dapaz na conjunção da justiça, doperdão e do amor. A verdadeira pazé fruto da justiça. Ela é virtudemoral e a garantia legal do plenorespeito de direitos e deveres e daeqüitativa distribuição de benefíci-os e encargos. É o caminho “nor-mal” da humanidade.

Entretanto, a justiça humana éimperfeita. Muitas falhas geramconflitos e feridas nas pessoas e nosrelacionamentos. Surge então a ne-cessidade da reconciliação e doperdão.

Mas o que significa perdoar? Aquem perdoar? O perdão é difícilpara a pessoa humana. É uma deci-são pessoal que não devolve o malcom o mal, mas com o bem. O per-dão tem uma raiz divina. Há um

mandamento de Jesus que pede queamemos os inimigos. E na Cruz,Ele reza: “Pai, perdoa-lhes, porquenão sabem o que fazem” (Lc 23,34).O perdão é paradoxal: implicanuma aparente perda a curto pra-zo, mas garante, a longo prazo, umlucro real. Ele não é uma fraqueza.Ele supõe uma força espiritual euma coragem moral a toda prova.Em vez de humilhar a pessoa, operdão leva-o a um humanismomais pleno e mais rico, capaz derefletir em si um raio de esplendordo Criador.

Comecemos 2002 com o sonhoda paz, não com um sonho ingê-nuo de que a paz vem por si mes-ma; mas com a esperança no Deusda paz, Aquele que a vencer a mor-te, reaparece vitorioso do sepulcrocom a saudação: “A Paz do Senhoresteja sempre convosco!”

Feliz Ano Novo! Empenhemo-nos em construir a paz!

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Sociedade Janeiro/2002

DesenvolvimentoPerspectivas 2002

4 - Presença Diocesana

BAIXADA SANTISTA DEVE SEPREPARAR PARA GRAVES DESAFIOSSem um planejamento regional, falta de emprego vai trazer instabilidade social e mais miséria

Pensar o desenvolvimen-to das 9 cidades da Bai-xada Santista para que

cerca de 1,5 milhão de habitan-tes tenham acesso às condiçõesbásicas de saúde, moradia, edu-cação, transporte, lazer e cul-tura é um desafio que “está 20anos atrasado”, segundo o pro-fessor e cientista político, Al-cindo Gonçalves, coordenadordo Núcleo de Estudos e Pes-quisas Sócioeconômicas daBaixada Santista (NESE).

Buscando as causas desteatraso na história sócio-políti-ca da Região, o professoraponta principalmente três fa-tores: a decadência dos negó-cios cafeeiros, a deterioraçãodo Porto e as mudanças no pro-cesso industrial que atingiramdrasticamente o Pólo Industri-al e Petroquímico de Cubatão.“Isso sem falar, claro, na apa-tia que se abateu sobre as lide-ranças políticas e empresariaislocais que se acostumaram comas decisões, sobretudo federais,a que sempre fomos submeti-dos”, avalia.

Veja a seguir, trechos daentrevista que o professorconcedeu ao jornal PresençaDiocesana, em que avalia osproblemas mais graves queafetam a Região e aponta al-ternativas para um cresci-mento mais “humano e jus-to” para todos.

Como a BS chega nestesegundo ano do século 21?

Temos de pensar que a BSpassou por um profundo pro-cesso de transformação sócio-econômico, ao longo de suahistória. Só para termos umaidéia, em 1872, Santos tinha9.151 habitantes. Em 1913,estava com 88.967. É como sehoje passássemos dos atuais420 mil para 4 milhões daquia 40 anos. E esse crescimen-to foi provocado, sobretudo,pela expansão dos negóciosdo café, que também envol-veu o Porto. Somamos a isso,o desenvolvimento industri-al de Cubatão e um cresci-mento, ainda tímido, do tu-rismo. Ao lado disso, tam-bém temos o desenvolvimen-to de novos municípios - Ber-tioga, Peruíbe, Praia Grande- com todas as demandas so-ciais que daí surgem.

O que aconteceu? A par-tir da década de 50, a regiãocomeça a sofrer com a quedados negócios do café, fazen-do desaparecer toda a econo-mia movimentada com os ar-mazéns gerais; o Porto aindanão conseguiu se adequar àLei de Modernização dos, im-

plantada nos anos 90; e a ati-vidade industrial já perdeumais de 16 mil postos de tra-balho.

E a conseqüência socialdesse quadro é imediata?

Com certeza. Chegamosno início de um novo séculocom uma economia bastanteesvaziada, com um índice dedesemprego muito alto - vari-ando entre 15 a 20% -, com apopulação jovem sendo espe-cialmente atingida, sem quetenhamos criado alternativaspara aproveitar os potenciaisda região.

E quais seriam?

Eu vejo quatro frentes:Porto, Turismo, Educação eTerceira Idade. Vamos come-çar pelo Porto. Estamos pas-sando por um processo de re-gionalização da administraçãodo Porto, para tentar fazer comque ele se converta numa fon-te de desenvolvimento para aRegião, porque até agora elefoi um elemento estranho. Masisso passa por uma decisão po-lítica, para que as prioridadesde investimento na área levemem contra as cidades envolvi-das. Por outro lado, já temosexperiências bem sucedidasneste campo, em que foi cria-da toda uma rede de serviços,

negócios, arte e cultura em tor-no do porto. Então é possível.

Turismo: Acho que ainauguração de um centro deconvenções na Região vaiatrair bastante, sobretudo, oturismo de negócios, durante365 dias por anos. Mas é pre-ciso criar uma rede de servi-ços, porque ninguém vemaqui só para participar de umafeira e vai embora. Isso atrai-ria construções de novos ho-téis, restaurantes, táxis e todauma rede de qualificação deprofisisonais para trabalha-rem nessa área.

Educação: Esse é um ou-tro potencial que não está sen-do bem pensado. Temos maisde 10 universidades na Re-gião, com cerca de 30 mil va-gas, que estão trabalhando iso-ladas, e que poderiam se con-verter num pólo de produçãode conhecimento e de alta tec-nologia, o que atrairia, sem dú-vida, o interesse de centenasde empresas. E isso movimen-ta a economia, gera mais em-pregos. Mas não basta só pen-sar em oferecer vagas, até por-que as universidades particu-lares estão com dificuldadesem preenchê-las. A sociedadedo futuro é a sociedade do co-nhecimento, da informação etemos de pensar no conheci-

O Jornal Presença Diocesna ouviu os prefeitos dequatro cidades da Baixada Santista, que comemoram ani-versário de fundação ou emancipação política neste mêsde janeiro. São elas: Guarujá (15); Praia Grande (19);São Vicente(22); e Santos (26). Os prefeitos falaramsobre as perspectivas para suas cidades em 2002.

Fotos Chico Surian/Lu Corrêa

O desenvolvimento da Baixada Santista deve levar em conta a população que vive sem nenhuma infra-estrutura

Acho que os principaisdesafios que enfrentare-mos em Guarujá, no anode 2002, são os que dizemrespeito à ação social: ur-banização de favelas, saú-de pública, enfim todosaqueles que visam a valo-rização do homem...

Tenho certeza que em2002 vamos virar Guaru-já de cabeça para baixo, nosentido da execução deobras. Vamos urbanizarruas em todo o municípioe já combinei com o vice-presidente da SABESPpara inspecionarmos asobras de esgoto que a es-tatal está fazendo em vá-rios pontos da cidade, emVicente de Carvalho, na

favela João Guarda, naEnseada, até no loteamen-to Granville. O Governodo Estado vai nos entregar65% da rede coletora desaneamento do município.Nós precisamos de 100%para nos sentirmos com asaúde em dia. Só em ver-bas do Projeto HabitarBrasil (Governo Federal)e do DADE (estadual) ini-ciamos o ano com recei-tas garantidas para a exe-cução de obras, no valorde R$ 12 milhões. Esteserá, acredito, um ano degrandes realizações emobras públicas.

VVVVValorizar o homemalorizar o homemalorizar o homemalorizar o homemalorizar o homem

Maurici MarianoPrefeito de Guarujá

Colocar a casa em orColocar a casa em orColocar a casa em orColocar a casa em orColocar a casa em ordemdemdemdemdem“Tenho colocado a

casa em ordem. Demosinício a uma série de obras(54 em andamento). Porisso, as perspectivas sópodem ser muito boas. Naárea da Educação estão emandamento seis obras eoito ampliações em diver-sos bairros. Na Saúde, va-mos construir um Pronto-Socorro em Cidade Ociane outro para a região quevai do Jd. Samambaia àVila Caiçara. O carente epopuloso núcleo do Caiei-ras ganhará uma Unidadede Saúde da Família. Sa-bemos da dificuldade nes-sa área, mas já passamoso pior período, de sanea-mento de contas, e come-çamos a reformulação to-tal da rede física e do qua-dro funcional. Na Segu-rança, estaremos com aGuarda Civil operando to-talmente reformulada,treinada em nível univer-sitário e para agir integra-

da às polícias Civil e mili-tar e ainda com o sistemade monitoramento com câ-meras de vídeo. Vamoscontinuar com a urbaniza-ção da orla. Na Habitação,concluiremos a segundaetapa do Conjunto Anhan-guera, do Conjunto Vitó-ria, e daremos início àsobras do Balneário Jóia,com 330 unidades habita-cionais; 700 na Vila Mi-rim II, em parceria com aCDHU e às 400 casas coma Força Sindical.

Outra obra importanteé a duplicação do Acesso291 da rodovia Pe. Mano-el da Nóbrega. Vamos im-plantar ainda o Centro deApoio ao Jovem, aumen-tar o número de cursosprofissionalizantes e cons-truir o Abrigo do Homemde Rua”.

Alberto MourãoPrefeito de Praia Grande

RRRRRecuperar o orgulhoecuperar o orgulhoecuperar o orgulhoecuperar o orgulhoecuperar o orgulhoSão Vicente consolida-

rá, em 2002, seu potenci-al turístico com obras quegeram empregos e aque-cem a economia regional.

A Cidade ganha o Me-morial dos 500 Anos, naIlha Porchat, assinadopelo arquiteto Oscar Nie-mayer; a Plataforma dePesca e Lazer, entre a Bi-quinha e a Ponte Pênsil; oTeleférico, ligando o Mor-ro do Voturuá e o Centrode Exposições, no ParqueBitaru. São iniciativas quese somam às obras sociaise de infra-estrutura já rea-lizadas ou em andamento.

São Vicente serve hoje37 mil merendas/dia; am-plia a rede escolar, atende3.500 crianças em 50 cre-ches; pavimenta vias pú-blicas; reforça o atendi-mento à saúde; incentivaa cultura e valoriza a His-tória através de inúmerosprojetos; capacita novasgerações com cursos pro-fissionalizantes, enfim,investe para alcançar, em2002, níveis de desenvol-vimento e justiça social

até então inéditos na Pri-meira Cidade do Brasil.

São Vicente estará ser-vida de saneamento básicoe com parte das favelas ur-banizadas. O Centro já re-vitalizado ganhará umshopping que vai gerar1.500 empregos diretos.Novas parcerias se somarãoas mais de 200 já firmadas.Investidores serão atraídostambém pela duplicação daRodovia dos Imigrantes e aliberação do gabarito paranovas edificações.

Alcançaremos, em2002, novos resultados,frutos da mais importanteobra realizada desde 1997:o resgate do sentimento deamor à Cidade, a recupe-ração do orgulho dos vi-centinos. São Vicente éhoje reconhecida nacional-mente pela sua arrancadapara o desenvolvimento ea melhora dos índices so-ciais. Conquistamos a cre-dibilidade e, com ela, umfuturo cada vez melhor”.

Márcio FrançaPrefeito de São Vicente

Pólo de desenvolvimentoPólo de desenvolvimentoPólo de desenvolvimentoPólo de desenvolvimentoPólo de desenvolvimentoNeste 26 de janeiro de

2002, nós, santistas, cele-bramos com orgulho o456º aniversário de nossacidade. Uma cidade cheiade história e com um gran-de futuro pela frente. Umfuturo que já estamosconstruindo, ajudando a

Beto MansurPrefeito de Santos

transformar Santos noprincipal pólo de desen-volvimento da Região ereferência de qualidade devida para todo o País.

Parabéns, Santos!

mento que estamos produzin-do, porque só vai sobreviverquem tiver qualidade.

Por que você considera aTerceira Idade como poten-cial de investimento, se ela éconsiderada pouco consumi-dora e com baixo poderaquisitivo?

Basta olhar o número deidosos na Região para perce-ber que aí temos um grandepotencial. Só em Santos, osidosos são cerca de 15%. Te-mos também outros fatores:fizemos uma pesquisa noNESE para saber o porquêdesse número de idosos tãoelevados: não são, em geral,pessoas que vêm de fora paraviverem aqui depois da apo-sentadoria. São, na maioria,moradores locais, que ficaramaqui e que, nos períodos maiscríticos de desemprego são aúnica fonte de sustento da fa-mília, pois têm uma rendafixa, têm patrimônio, e quetêm uma necessidade de con-sumo e de serviços que nãoestá sendo atendida. Miami,nos EUA, é uma cidade deidosos, só que estruturadapara atender essa demanda.Por que não podemos fazerisso também?

Este ano eleitoral serámais favorável para um mai-or diálogo entre os diversossetores na busca de um pro-jeto comum ou, pelo contrá-rio, vai fragmentar aindamais os interesses?

Acho que os interesses daRegião devem ser levadoscomo plataforma para os can-didatos ao Governo e à As-sembléia Estadual, à Câmarae ao Senado Federal. Vai seruma boa oportunidade paraisso. Por outro lado, acho queo destino de nossa Região estáem nossas mãos. Ninguém vaifazer nada por nós. Nós temosde ser capazes de definir nos-sos objetivos, explorandonossas vocações e reabilitan-do uma grande massa de ex-cluídos, cada vez mais dis-tantes do emprego, com o de-sespero tomando conta dasfamílias, aumentando a vio-lência. E a resolução dessecaos passa por soluções eco-nômicas, obviamente. Mas épreciso pensar em devolvera esperança, a auto-estima àspessoas. Precisamos voltar aacreditar, a investir, a apos-tar que somos capazes demobilizar o melhor de nóspara pensar o melhor paranossa Região. É um desafioque vai exigir muito esforço,trabalho, dedicação. Mas é oque deve ser feito.

Reprodução

Bertioga 2.500 unidadesCubatão 8.242 unidadesGuarujá 15.000 unidadesItanhaém 8.500 unidadesMongaguá não disponívelPeruíbe não disponívelPraia Grande 15.000 unidadesSantos 12.000 unidadesSão Vicente 20.000 unidades

DDDDDéficit Habitacional da Baixada Santistaéficit Habitacional da Baixada Santistaéficit Habitacional da Baixada Santistaéficit Habitacional da Baixada Santistaéficit Habitacional da Baixada Santista

Alcindo: “De 97 para cá, a Baixada perdeu 16 mil empregos”

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Vida ParoquialJaneiro/2002 Presença Diocesana - 5Arquivo N. S. das Graças

Lu Corrêa

Casal recebe homenagemno Dia Nacional do Leigo

O casal Rosa e Ernesto recebe a homenagem de D. Jacyr

No último dia 25 denovembro, a ParóquiaN.S. das Graças, de PraiaGrande, iniciou oficial-mente as celebrações de25 anos de fundação daParóquia, a ser celebrada,em 2002.

Além da peregrinaçãoda Padroeira, que percor-reu as 14 capelas, entre osdias 11 e 25, a Paróquiahomenageou o casal deleigos Ernesto e RosaChizotti, da Pastoral daCaridade, pela passagemdo Dia do Leigo.

O casal recebeu umaplaca das mãos do Bispo

Diocesano, D. Jacyr Fran-cisco Braido, que lembroua importância do leigo naação evangelizadora daIgreja. Neste Ano Jubilar,a comunidade preparauma série de atividades.

Guia Religioso - Outropresente que a Paróquiaentregou à comunidade foio lançamento do Guia Tu-rístico Católico da PraiaGrande. No Guia constamendereços das Igrejas, ho-rários de missas e serviços,pontos turísticos, orações emensagens, além de ende-reços de todas as paróqui-as da Diocese.

Comunidade celebraordenação de Pe. Olmes

Comunidade agradeceu a presença de Pe. Olmes

As comunidades dasCapelas Nossa Senhorados Navegantes e SantaEdwiges (Paróquia Pesso-al do Apostolado do Mar- Orla Santos) celebraram,no dia 16 de dezembro,missa de ação de graçaspelos 27 anos de ordena-ção sacerdotal do párocoPe. Olmes Milani. Pe.Olmes é missionário deSão Carlos e há 16 anostrabalha na Diocese como Apostolado do Mar.

Durante a homilia, Pe.Olmes relembrou os pais,Catarina e Antonio (fale-cido), sacerdotes e amigosque fizeram parte de suacaminhada sacerdotal.Agradeceu também oapoio que vem recebendodas comunidades, “o quetem tornado possível o a-postolado do Mar durantetantos anos”, pedindo que“as duas comunidades sesintam sempre unidas,num mesmo barco”.

Confraternização dosfuncionários da Cúria

D. Jacyr falou aos funcionários sobre a participação na Igreja

Em clima de alegria edescontração, os funcioná-rios da Cúria Diocesana deSantos celebraram o en-cerramento das atividadesdo ano, com um almoço deconfraternização no dia 17de dezembro.

O encontro contou coma presença do Bispo Dio-cesano, D. Jacyr Francis-co Braido, do Bispo Emé-rito, D. David Picão. Esti-veram presentes ainda ospadres Antonio BaldanCasal (Vigário Geral),Antonio Alberto Finotti

(Coordenador Diocesanode Pastoral), CaetanoRizzi (Vigário judicial) ePe. Francisco Greco (as-sessor do Conselho Mis-sionário Diocesano), quedesenvolvem suas ativida-des na Cúria.

D. Jacyr falou aos fun-cionários sobre a impor-tância dos serviços inter-nos que “apesar de muitoprecisos são também umserviço à Igreja”.

A Cúria retomou suasatividades normais no dia2 de janeiro.

Os olhos atentos e encan-tados do menino que via a tiamontando presépios levaramlonge a paixão do artesão Ál-varo Pereira, 59 anos. Aque-la curiosidade de criança setransformou numa grande ha-bilidade para transformar pe-dras, paus, cabo de vassoura,fios e até “motor do limpa-dor de pára-brisa de cami-nhão” em cenários que aju-dam os fiéis a contextualizaro nascimento de Jesus e quepodem ser vistos, há mais de15 anos, na Paróquia SãoJoão Batista, no Morro daNova Cintra.

“Eu sempre fui fascinadopor presépios. Gostava de verminha tia, montando o enor-me presépio na casa dela.Depois, acabava virando atra-ção na vizinhança, pois eramuito bonito. Então, quandoeu tinha 7 anos, juntei as eco-nomias do cofrinho e compreiminhas primeiras peças paramontar o meu próprio presé-pio em casa, até que em 87, opároco Monsenhor Ary Fer-reira, pediu para eu levar opresépio para a Igreja, paraque a comunidade pudesseter acesso a ele”.

CuriosidadeAo lado das peças tradici-

onais - estrebaria, manjedou-ra, menino Jesus, Maria, José,os três reis e os animais -, Ál-varo foi acrescentando ele-mentos que começaram a ca-racterizar uma pequena cida-de: um moinho d’água, umpoço, pequenas casas, umaréplica da paróquia, uma fa-zendinha e a novidade de2001: uma cascata d’água,em dois níveis.

“Eu faço tudo na base dacuriosidade. Quando vejouma coisa que me atrai, pro-curo saber como é feita, leioalgum livro, converso com aspessoas e ponho a mão na

Artesão transforma habilidade em mensagem de Natal

massa”, conta, animado, en-sinando o segredo. Assim foicom a réplica da Igreja, feitaprimeiramente com isopor.“Depois passei a me interes-sar pelas pedras, aprendi acortá-las e montei a igreja.Tem até luz elétrica dentro.Na verdade, não é bem umaréplica, porque eu acrescen-tei mais uma torre, por contaprópria”.

TradiçãoOutra engenhoca que cha-

ma a atenção é uma passare-la por onde desfilam carnei-ros, cavalos, vacas e ovelhas,que se escondem numa espé-cie de caverna. A passarela émovida por um motor depára-brisa de caminhão, aoqual foi acrescentado um dis-positivo que controla umabreve parada dos animais nafrente da caverna. “Isso por-que o pessoal reclamou quenão dava para ver os bichi-nhos direito, pois eles passa-vam direto”.

Apesar do sucesso do pre-

sépio, Álvaro sente um pou-co de tristeza porque aindanão conseguiu conquistarnenhum ‘discípulo’ que quei-ra levar adiante essa arte.“Não sei se as pessoas nãotêm mais tempo, porque esseé um trabalho de paciência.Mas gostaria que isso não seperdesse e que os presépiosfossem levados até para ou-tros lugares públicos, porqueeles ajudam a compreendermelhor a mensagem do Na-

tal e a gente está precisandomuito de Deus em nossavida”.

O pároco Pe. EniroqueBallerini, um dos grandesincentivadores de Álvaro,também está promovendo en-tre as famílias um concursode presépios. “Não é parapensar em competição, maspara resgatarmos uma tradi-ção popular que é muito ricae que acaba se perdendo nacorreria do dia-a-dia”.

Lu Corrêa

Lu Corrêa

Álvaro não se cansa de procurar materiais para novas peças

Fotos Chico Surian

Patrimônio

MATRIZ DE S. VICENTE VAI VOLTANDO À VIDA

Um das mais antigasIgrejas do Brasil, aMatriz de São Vicen-

te começa a sair de sua ago-nia, após o incêndio ocorri-do na madrugada de 6 de se-tembro de 2000. Este ano, acomunidade tem um motivoa mais para celebrar a festade seu padroeiro, no próximodia 22.

Após intensa pressão demembros da sociedade civil eda Cúria Diocesana de Santos,e com a aprovação do projetode recuperação pelo Institutodo Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional (IPHAN), oGoverno Estadual liberouR$ 146 mil para as obrasemergenciais. Já o custo totalda restauração está orçado emR$ 2 milhões, que devem sercaptados juntos ao GovernoFederal e à iniciativa privada,através da Lei Rouanet de in-centivo à Cultura.

Os trabalhos de recupera-ção começaram em abril, eem dezembro de 2001 foramconcluídos a reforma e cober-tura do telhado, o que tornamais seguro os trabalhos derecuperação de parte da es-trutura interna do prédio.

Segundo o arquiteto res-ponsável pelo projeto de re-cuperação da Igreja, JaimeCalixto, “foi preciso refazertoda a planta do prédio, me-dindo parede por parede, por-que não havia registro daplanta original”.

Início da colonizaçãoO atual prédio da matriz,

com características coloniais,data de 1757. Porém os his-toriadores localizam a pri-meira construção em 1532, amando de Martim Afonso deSousa, tendo a frente o padreGonçalo Monteiro, primeirovigário da Vila. Essa igreja

foi destruída por um mare-moto, em 1542.

Outra Igreja teria sidoconstruída, então, no mesmolocal onde se encontra a atu-al matriz. Esse fato consta notestamento de Pedro Leme,registrado em São Vicenteem 1592, quando pede paraser enterrado na “Igreja deNosso Senhor, Matriz destaVila de São Vicente”.

Segundo Padre PauloHornneaux de Moura, páro-co da Matriz há 11 anos, aIgreja foi sofrendo uma sériede modificações, perdendoalgumas de suas característi-cas originais.

Parte desse tesouro foirecuperado em abril de 2001,quando funcionários que fa-ziam escavações na entradada Igreja descobriram a anti-

No próximo dia 22, dia do Padroeiro, a Igreja Matriz de São Vicente tem mais um motivo...

... de ação de graças para comemorar: a recuperação do telhado destruído pelo incêndio, em 2000

Fotos Jaime Calixto

ga escadaria, provavelmenteo acesso original. “Essa áreafrontal foi descaracterizadapela prefeitura na década de50. Se for comprovada a au-tenticidade, ela será preser-vada”, disse Pe. Paulo.

Durante o incêndio, a ima-gem do padroeiro, São Vicen-te foi destruída. As missasestão sendo celebradas no sa-lão ao lado da Igreja.

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Entrevista/ Pe. José Gilberto Beraldo

Nossos SantosEstudo bíblico

Espiritualidade6 - Presença Diocesana Janeiro/2002

Pe. Beraldo: “A Igreja deve ir ao coração da cultura”

Chico Surian

CONVERSÃODE SÃO PAULO

Qual é a dúvida?

Pe. Caetano RizziPároco da ParóquiaJesus Crucificado eVigário Judicial

Reflexão

Pe. Aparecido NeresPároco da Paróquia SantoAntônio - Praia Grande

Missão einculturação

Onde está opano de Verônica?

DIADIA

01 Lc 2, 16-2102 Jo 1,19-28 03 Jo 1,29-3404 Jo 1,35-42 05 Jo 1, 43-51

06 Is 60,1-6Ef 3,2-3.5-6Mt 2, 1-12

07 Mt 4,12-17.23-25 08 Mc 6,34-4409 Mc6,45-52 10 Lc 4,14-2211 Lc 5,12-16 12 Jo 3,22-30

13 Is 42,1-4.6-7 At 10,34-38Mt 3,13-17

14 Mc 1,14-20 15 Mc 1,21-2816 Mc 1,29-30 17 Mc 1,40-4518 Mc 2,1-12 19 Mc 2,13-17

20 Is 49,3.5-61Cor 1,1-13Jo 1,29-34

21 Mc 2,18-22 22 Mc 2,23-2823 Mc 3,1-6 24 Mc 3,7-1225 Mc 16,15-18 26 Lc 10,1-9

27 Is 8,23-9,31Cor 1,10-13.17Mt 4, 12-23

28 Mc 3,22-30 29 Mc 3,31-3530 Mc 4,1-20 31 Mc 4,21-25

Geral: Para que os cris-tãos anunciem Jesus Cris-to, único Salvador domundo, com profundamotivação.6 - Epifania do Senhor13 - Batismo de Jesus25 - Conversão de SãoPaulo

Fonte: Liturgia Diária, AnoXI, N. 121, Janeiro de 2002,Paulus Editora - SP

Palavra viva

ZLiturgia - Janeiro

“Em mim Cristo quis mostrartoda sua longanimidade, para

que eu sirva de exemploa todos aqueles que pela fé

nele alcançarão a vidaeterna” (2Cor 12,2)

APRENDER A OUVIR

Pe. Carlos de Miranda AlvesPároco da Paróquia NossaSenhora Aparecida-Santos eChanceler do Bispado

Entendendo aformação dos livros

Intenção do mêsIntenção do mêsIntenção do mêsIntenção do mêsIntenção do mês

A leitora Maria da Con-ceição Barbosa, de Vicentede Carvalho, pergunta:“Onde está o pano deVerônica? Em que parte daBíblia ele é citado?”

Primeiramente, é neces-sário saber que nossa fé ca-tólica se fundamenta na Es-critura, na Tradição e noMagistério. Um explica ecompleta o outro. Muitas coi-sas que nós vivemos e conhe-cemos não se encontram naBíblia. Chegaram até nóspela Tradição da Igreja, pe-los costumes introduzidos napiedade popular, por moçõesinteriores de algumas pesso-as. E foram anexadas em nos-sa história. Uma delas éVerônica que, segundo a Tra-dição, no caminho doCalvário, entre as mulheresde Jerusalém que foram aoencontro de Jesus (LC23,27), teria pego um pano eenxugado o rosto sofrido echeio de sangue do Senhor.Neste pano teria ficado im-pressa a imagem de JesusCristo. Esta Tradição sempreé lembrada nas procissõescom a imagem do SenhorMorto, nas Sextas-FeirasSantas.

Além disso, muitas coisaschegaram até nós através dos

Livros Apócrifos, ou seja, li-vros que foram escritos nosprimeiros séculos e que ten-taram, de uma forma ou deoutra, contar a vida de Jesuse dos apóstolos, pretenden-do preencher, muitas vezes,com narrativas fantásticas eirreais, ávida de Jesus, deMaria, de José ou dos após-tolos. Apócrifo quer dizernão-autêntico, por isso nãoestá na Bíblia. Somente o queestá na Bíblia que nós usa-mos, é que a Igreja reconhe-ce como autenticamente ins-pirado. São os 73 livros (46do Antigo Testamento e 27do Novo Testamento) quecompõem a Bíblia Sagrada.

Portanto, o Pano deVerônica, bem como a pró-pria Verônica, fazem partedesta piedade popular, destatradição do povo, ou quemsabe, de alguns textos desteslivros apócrifos, isto é, não-autênticos.

Saber ouvir as angústias dasociedade contemporâneae se dispor a dar as res-

postas mais adequadas, que pro-movam o diálogo e penetrem na“alma da cultura” é um dosgrandes desafios que a Igreja vaienfrentar neste novo milênio.

O diagnóstico é apresenta-do pelo escritor e Assessor In-ternacional do Movimento deCursilho de Cristandade, Pe.José Gilberto Beraldo, especi-alista em evangelização e cul-tura contemporânea. Nesta en-trevista, Pe. Beraldo fala sobreas drásticas mudanças culturaisque questionam valores e modode ação da Igreja.

Qual o papel da Igrejaneste novo milênio?

As mudanças na sociedadeestão se dando de forma muitorápida e isso exige uma capaci-dade de adaptação, que é tantomais difícil quanto mais umainstituição se mantém na firme-za e na convicção de dogmas.Isto cria para a Igreja um gran-de desafio, que é o de ser umaresposta ao mundo globalizado,pois a globalização muda a men-talidade das pessoa, muda a cul-tura. Então, já não se trata, comodizia Paulo VI, na EvangelliNuntiandi, apenas de evangeli-zar pessoas, mas de ir ao cora-ção da cultura, modificada acada dia.

Qual o segredo dosucesso aparente dasnovas igrejas?

É como o povo vê e entendea igreja. Quando você vê, por

exemplo, mais misericórdia,acolhimento, isso modifica mui-to o conceito de igreja, que des-ce do seu pedestal e vai lá viverjunto com o povo. Acho queesse é um dos segredos das ‘no-vas igrejas’, dos novos movi-mentos religiosos que se mistu-ram com o povo. Perto da mi-nha casa tem uma igreja que abreàs seis da manhã e fica até meia-noite. E em todos os horáriostem sempre um pastor para aten-der, ajudar, convencer, testemu-nhar. Nós vivemos muito maisem função da doutrina do quedo anúncio. Temos grande difi-culdade em fazer a experiênciade Deus a partir de coisas sim-ples. O Dalai Lama diz: “Espi-ritualidade é tudo aquilo queproduz no ser humano uma mu-dança interior”. E a gente preci-sa mostrar para as pessoas queespiritualidade não é uma coisalá em cima, é algo do seu dia-a-dia. Mas parece que temos tidodificuldade para explicar isso.

Não é por que se tratamais de testemunho doque de explicação?

Exatamente. Aquilo que mo-difica você interiormente é aqui-lo que você impacta como teste-munho para poder modificar ou-trem. Eu tenho de ser esse teste-munho, que é um dos pilares daevangelização, além do anúncio,do diálogo e do serviço.

Você dizia que a Igrejatem de dar resposta. Paraquais perguntas?

O homem e a mulher de hojeestão se perguntando: quem sou

eu? Para onde vou? São pergun-tas tão novas e tão velhas! E es-sas perguntas estão sendo feitasporque as mudanças são tão ace-leradas que as pessoas perdemsuas identidades. E perdem aidentidade não só de cristãos,mas principalmente de seres hu-mano. Essas perguntas se tornammais agudas quando você per-cebe que já está se manipulan-do para fazer clonagem huma-na. Estamos tendo dificuldadespara dizer ‘Pai-nosso que estásnos céus’, porque você me per-gunta: “Mas quem é o pai? Quala figura do pai?” Se a Igreja nãoajuda a dar essa resposta, a pes-soa vai buscar soluções nemsempre adequadas à sua digni-dade, à sua liberdade.

Estamos perdendo osentido da vida?

Veja a questão da AIDS queestá matando milhares de pes-soas. Entretanto, a resposta fixada Igreja é: “Não pode usar ca-misinha”. Essa resposta valepara hoje? Não me parece umaresposta satisfatória para o queestá acontecendo. A Aids estámatando gente, pôxa! Às pen-

cas! Então, fica difícil.

A Igreja corre o risco dedeixar de ser referência?

Acho que sim... Um médicouma vez comentou: “Ouvi dizerque a Igreja não quer. E daí?”.Ou seja, essa idéia vai passandopara o cliente, para o outro. Issoé na área médica, na cultura,passa para todo mundo: “E daí?”

A mensagem de Jesus vaiencontrar uma outraforma de se expressar?

Me parece que a gente pre-cisa se convencer da mensagemde Jesus: “Vocês são um peque-no rebanho”. Não se trata tantode anunciar o evangelho a espa-ços geográficos cada vez maisamplos, mas de ir ao coração dacultura, ao centro de interesses,aos valores que contam. E o quevai acontecer? Vai diminuir onúmero de gente na Igreja.

O que deve permanecer?Devem permanecer as op-

ções evangélicas que estão nasBem-Aventuranças, no Pai-Nos-so e no testemunho de Jesus.

A celebração do dia 25tem por finalidade consideraras várias facetas do Apóstolopor excelência. Ele mesmoapresenta suas credenciais:viu o Senhor, Cristo Ressus-citado lhe apareceu, ele é tes-temunha da Ressureição deCristo. É como um dos Doze.Pertence a Jesus desde aque-la hora em que, no caminhode Damasco, vencido porCristo e prostrado em terraperguntou-lhe: “Senhor, quequeres que eu faça?” Paulo,então passou a pregar e pro-pagar a fé que desejava exter-minar. Em poucos segundosde contato direto, Jesus otransformou de um ferrenhoperseguidor no maior apósto-lo do seu Evangelho. Aí estáo dedo de Deus. O milagre.

O novo milênio começoucontando com descobertas eavanços muito significati-vos em vários setores da so-ciedade. Um desses setoresé a comunicação que, semdúvida nenhuma, deixa evi-dente que os tempos sãooutros. Mensagens sãotransmitidas e recebidasnuma velocidade extraordi-nária. As distâncias físicasjá não são obstáculos para acomunicação (antigamentequantas léguas eram percor-ridas a cavalo para se levaruma mensagem!). De repen-te, o mundo está no quintalde nossa casa, ou melhor, nocomputador de nossa casa!As notícias chegam em tem-po real, a mídia exibe seupoder...

Mas, o que tudo isso tema ver com a Bíblia? Ora,muitas pessoas ainda pen-sam que a Bíblia foi escritade maneira muito parecidacom os nossos telejornais dehoje: os fatos acontecendoe um repórter anotando tudocom bastante precisão. Jácomentamos que a Bíblia,ou ainda, os Escritos Sagra-dos que hoje estão ao nossoalcance, não caíram prontose acabados do céu, em doisvolumes devidamente enca-dernados e com umabelíssima capa de couro.

É bom sabermos que aBíblia foi sendo escrita em

diferentes épocas, mas an-tes de ser escrita, as pesso-as fizeram experiência devários fatos.

Desse modo, podería-mos dizer que há um esque-ma geral que demonstra oque estamos comentando:1º) As pessoas vivem osvários acontecimentos queenvolvem a nação, a vida dacomunidade, a vida pesso-al etc. 2º) Noutro momentoo que é vivido, passa a sercomentado geração apósgeração – temos a tradiçãooral. 3º) Ocorrem as anota-ções referentes a esta tradi-ção. É como se fossem vá-rios panfletos escritos demaneira rústica por pesso-as diferentes em momentosdiferentes. 4º) Alguém reú-ne esse material (os panfle-tos) e o organiza de umnovo modo. É claro quetudo isso não aconteceuimediatamente, mas levoubastante tempo até que ti-véssemos à nossa disposi-ção a Bíblia do jeito queestá.

Caríssimo irmão leitor,caríssima irmã leitora.Queremos refletir juntossobre esta temática tão im-portante para os cristãosno mundo de hoje, que é“missão e inculturação”.

Olhando para estetema, pensamos que umesteja deslocado do outro.Mas, para o bem da ver-dade, eles devem andarjuntos. Constatamos que amissão, desde os primór-dios do cristianismo, ca-minha de mãos dadas coma inculturação (At 15,11;10,34-35). É o anúncio daPalavra de Deus, respei-tando as diversas culturasde cada povo.

Tomar solSabemos que a Igreja

nasce de fora para dentro,isto é, missionária e per-seguida. Mais tarde hou-ve um certo acomodamen-to (sacramentalização), fi-cando dentro da “tenda”(Mt 17, 1-8). É mais gos-toso do que tomar “sol”, o“vento”, as intempéries dotempo e as rejeições (Lc9,57-32), que são algunsdesafios da missão.

Lembro no meu 1º anona paróquia: estávamosem missões populares commais de 150 missionários.A chuva caía forte, logoreclamei, mas fui corrigi-do pelo Pe. Ângelo, nosseus 82 anos de vida di-zendo: “Não se constrói oReino de Deus somentecom louvor, na alegria,mas também com a cruz”.

Jogar a redePor isso é que o nosso

querido Santo Padre, oPapa João Paulo II, “ogrande missionário doPai”, em obediência aoapelo de Jesus Cristo (Mt10,1-9; 28,19-20; Lc 10,1-10; Mc 16,15) convoca oscristãos para saírem das“tendas” para “as águasmais profundas”, anunci-ando a notícia do Evange-lho a todas as pessoas.

Fazendo um paralelocom Atos 8,31a, que diz:“Como posso entender, seninguém me explica?”, di-ria: como posso ouvir, senão tem quem anuncia?

Por isso, esta reflexãono início do 2ª ano do 3ªmilênio, quer ser um forteapelo para sairmos das“tendas” e caminhar com“sandálias nos pés”, “ca-jado na mão” e fé no co-ração, com pegadas firmescomo discípulo(a)s deCristo. Eis aí o grande de-safio dos novos tempos,do Novo Ano, que acaba-mos de adentrar.

Apesar do cansaço,vamos “jogar a rede” maisuma vez, fazer mais umesforço, atendendo, assimcomo os apóstolos, aosapelos de Jesus Cristo.

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DiocesanasJaneiro/2002 Presença Diocesana - 7

D. David Pimentelvisita Santos

Fraternidade

LANÇAMENTO DO TEXTO-BASE DA CF 2002Chico Surian

D. Jacyr convoca a Igreja a ser solidária com os povos indígenas na defesa de seus direitos

D. Jacyr autografa texto-base da CF. Campanha deve promover a superação dos preconceitos

O Bispo deSão João daBoa Vista, D.David Dias Pi-mentel, visitoua Cúria Dioce-sana, em finsde outubro doano passado,para conhecera estruturaçãodo Conselhode AssuntosEconômicos,que em brevedeverá ser ins-talado em suaDiocese. Oprojeto faz parte da or-ganização geral de di-versos conselhos para aDiocese, como resolu-ção do Sínodo Diocesa-no recém-terminado, de-pois de cinco anos de es-tudos, avaliação e plane-jamento. Estão sendoorganizados também osconselhos de Pastoral ede Presbíteros.

PresençaHá menos de um ano

na Diocese, D. Davidainda está conhecendo arealidade, visitando asparóquias para sabercomo funciona cada co-munidade e os princi-pais desafios.

“Em São João temosuma realidade muito pe-culiar. Não temos os ex-tremos sociais de pobre-za e de riqueza, o que éum muito bom. Demodo geral cada famíliatem o seu pedaço de ter-ra, são pequenos propri-etários. São pessoas deum espírito religiosomuito profundo e, porisso, cobram bastante apresença do padre nosdiversos grupos quecada comunidade tem”,explica.

AtendimentoRecentemente, a Di-

ocese passou por umareestruturação em suasregiões, de modo a darmais condições para oatendimento pastoral.Hoje, a Diocese está di-vidida em quatro regi-ões pastorais, com 12

paróquias cada uma.“Isso facilita o entrosa-mento e evita grandesdistâncias. Temos maisde 100 padres na Dio-cese, o que dá uma mé-dia de dois para cadaparóquia, para uma po-pulação de 600 mil ha-bitantes”.

A formação ganhaatenção especial com oSeminário de Filosofiae Teologia, com 46 can-didatos, que também re-cebe jovens de outrasregiões, além do Insti-tuto Missionário Dioce-sano, que prepara sacer-dotes diocesanos para otrabalho missionáriofora do país.

vencer o isolamentoPara este ano, D. Da-

vid pretende levar adi-ante as resoluções doSínodo, em consonân-cia com o projeto SerIgreja no Novo Milênio.“Acredito que o grandedesafio da Igreja nestemomento é criar umamentalidade de solida-riedade, um espírito defraternidade. Devemoschamar a atenção paraa realidade do egoísmo,denunciar a tecnologiaque ajuda as pessoas ase isolarem cada vezmais. E a melhor manei-ra de romper essa bar-reira é criar fraternida-de, relacionamentos eas pastorais podem aju-dar a criar essa novamentalidade”.

D. David Pimentel

Fazer da Campanha daFraternidade o mo-mento de recuperar um

equívoco histórico cometidocontra os povos indígenas eolhá-los para esses nosso ir-mãos e nos convertermospara a solidariedade, para ajustiça, para o respeito e paraa partilha.

Esse foi o desafio apre-sentado pelo Bispo Diocesa-no, D. Jacyr Francisco Brai-do, durante o lançamento doTexto-Base da Campanha daFraternidade (CF) 2002, nodia 7 de dezembro, na Paró-quia Sagrado Coração de Je-sus, em Santos.

Superar preconceitosD. Jacyr falou sobre o

grande empenho que toda acomunidade católica e a so-ciedade civil devem fazerpara superar os preconceitoscontra os Povos Indígenas,além da atuação concreta emfavor da implementação doEstatuto dos Povos Indígenase das demarcações de suasterras. Lembrou que na Dio-cese existem várias comuni-dades de Guaranis que aindavivem em condições precári-as e que precisam recuperarsuas terras para que possamviver com dignidade, preser-vando sua cultura e seu modode ser.

“Não podemos invocar aDeus, Pai de todos os homensse nos recusamos a nos com-portar como irmãos para al-guns desses pobres. Muitasvezes os chamamos de pre-guiçosos, bárbaros, selva-gens. Aliás, precisamosaprender muito com os povosindígenas, principalmente em

relação ao uso da terra”, ad-vertiu.

Terra é vidaD. Jacyr lembrou que, para

a sociedade capitalista, a ter-ra é mercadoria, objeto de es-peculação, sinônimo de poder,“mas para as comunidades in-dígenas, a terra é o espaço vi-tal, onde cultivam seus mitos,seus ritos, onde se expressamcomo pessoa humana. Preci-samos conhecer suas culturas,seu modo de pensar e até par-tilhar dos valores evangélicosque são vividos, talvez escon-didos, no cotidiano de suas co-munidades”.

CompromissoA reflexão da Campanha

da Fraternidade também tema finalidade de “possibilitaro envolvimento das comuni-dades, Igrejas, paróquias, fa-

mílias na luta pela demarca-ção das terras indígenas... ecriar uma grande rede de ali-ados para exigir do GovernoFederal ações que favoreçama vida dos povos indígenas,protegendo o meio ambien-te, eliminando a miséria, adesnutrição e as doenças”(Texto-Base CF, 16).

Para o professor VicenteBonachella, que há dois anostrabalha como voluntário naaldeia Itaóca, em Mongaguá,o maior desafio da CF é de-senvolver nos cristãos “umsenso de responsabilidadecom a causa indígena paraque o trabalho começado esteano tenha continuidade. Porisso, acho que a Diocese de-veria criar a Pastoral Indige-nista para garantir um traba-lho mais sistemático”.

Bonachella faz um traba-lho com os alunos da Facul-

dade de Enfermagem da Uni-Santos, que visitam a aldeiaperiodicamente para dar as-sistência sanitária à comuni-dade.

Manuel Alencastro tam-bém desenvolve um trabalhovoluntário na aldeia deAguapeú, em Mongaguá,além de promover o inter-câmbio de crianças das esco-las de Praia Grande com acomunidade.

“Esse intercâmbio é amelhor maneira de conhecer-mos o jeito deles viverem. Sea gente estimular isso nas cri-anças, no futuro vai havermais respeito. Mas a gentedeve ter cuidado nesta Cam-panha, pois estamos mexen-do com 500 anos de sofri-mento. Devemos ouvi-loscom muita atenção, antes deachar que sabemos o que elesquerem”, alerta.

Bispo Diocesano:Bispo Diocesano:Bispo Diocesano:Bispo Diocesano:Bispo Diocesano:D. Jacyr Francisco Braido, CSHorário: 3ªs e 6ªs feirasdas 15 às 17h30Agendar horário

Vigário Geral:Vigário Geral:Vigário Geral:Vigário Geral:Vigário Geral:Pe. Antonio Baldan CasalHorario: 4ª feiradas 14 às 16h

Chanceler do Bispado:Chanceler do Bispado:Chanceler do Bispado:Chanceler do Bispado:Chanceler do Bispado:Pe. Carlos de Miranda AlvesssssHorário: 3ªs e 6ªsdas 14h às 16h

Vigário Judicial:Vigário Judicial:Vigário Judicial:Vigário Judicial:Vigário Judicial:Pe. Caetano RizziHorário: 3ªs e 6ªsdas 14h30 às 17h

D AtendimentoCúria Diocesana

CÚRIA DIOCESANAAv. Conselheiro Rodrigues Alves, 254

CEP � 11015-300 � Santos - SPTelefone: (13)3224-3000 - Fax: (13)3224-3822

[email protected]

Coordenador DiocesanoCoordenador DiocesanoCoordenador DiocesanoCoordenador DiocesanoCoordenador Diocesanode Pde Pde Pde Pde Pastoral:astoral:astoral:astoral:astoral:Pe. Antonio Alberto FinottiHorário: 3ªs e 6ªsdas 14h30 às 17h30

Horário de atendimentoHorário de atendimentoHorário de atendimentoHorário de atendimentoHorário de atendimentoda Cúria:da Cúria:da Cúria:da Cúria:da Cúria:Horário: de 2ª a 6ª feira,das 8h30 às 12 horas;e das 14 às 18 horas

Centro Diocesano de PCentro Diocesano de PCentro Diocesano de PCentro Diocesano de PCentro Diocesano de Pastoralastoralastoralastoralastoral P P P P Pe. Lúcio Floroe. Lúcio Floroe. Lúcio Floroe. Lúcio Floroe. Lúcio FloroHorário: De 2ª a 6ªdas 14 às 22 horasSábado: Das 8 às 12;e das 14 às 18hTelefone: (13) 3224-3170

1. Aguapeú Guarani Mongaguá Homologada 662. Itaoca Guarani Mongaguá A demarcar 1373. Bananal Guarani Peruíbe Registrada* 1434. Piaçaguera Guarani Itanhaém/Peruíbe Sem providências 705. Rio Branco Guarani Itanhaém Registrada 646. Rio Silveira Guarani S. Sebastião/Bertioga Registrada 243

Total de Guaranis na Diocese: 663. No estado de S. Paulo os Guaranisconstituem uma população de 3.889 habitantes.* O Registro é a etapa final do processo de demarcação da terra.

Situação das terras indígenas na Diocese

Fonte: Pastoral Indigenista SP - Litoral Sul 1

Aldeia Povo Município Sit. da Terra Hbts

Pastoral

Conselho de Pastoral inicia atividadeNo dia 8 de dezembro

próximo passado, o ConselhoDiocesano de Pastoral (CDP)deu início às suas atividades,após a instituição em outu-bro. Reunindo representantesde todos os movimentos, co-missões, organismos, servi-ços e regiões pastorais, o en-contro teve a participação doBispo Diocesano, D. JacyrFrancisco Braido, que tam-bém é o presidente do Con-selho.

D. Jacyr falou sobre o sig-nificado da representação noConselho, lembrando que“aqui está presente toda aDiocese, num esforço de in-tegração e dinamização detodas as pastorais. E esse es-tágio de participação é fruto

da caminhada do Sínodo Di-ocesano, quando fizemos umbom ensaio de trabalho emequipe, sem esquecer queaqui devem ser contempladasas necessidades pastoraismais urgentes”.

O Coordenador Diocesa-no de Pastoral, Pe. AntonioAlberto Finotti, falou que oCDP, a exemplo dos conse-lhos paroquiais, “vai precisarconstruir sua identidade, numprocesso contínuo de plane-jamento e avaliação”.

Uma das primeiras tarefasdo CDP será fazer o levanta-mento de todas as atividadespastorais na Diocese, em pre-paração para a AssembléiaDiocesana de Pastoral, a serrealizada em 16 de março.

Formação

Curso para líderes das Pastorais SociaisA Comissão Diocesana

Sócio-Política (CODISP) re-alizou nos dias 2 e 9 de de-zembro passado, no ColégioStella Maris, um curso paralideranças das pastorais so-ciais. No dia 2, o teólogoFrancisco Surian apresentouo tema A Aliança de Deus naVida do Povo, e no dia 9, FreiGuilherme Sônego falou so-bre a Política como Expres-são da Macrocaridade.

Sobre o tema da Aliança,Francisco Surian explicouque “A proposta da Aliançaé sempre uma iniciativa deDeus em favor de seu povo.Mas o benefício só aparecese o povo cumprir determi-nadas exigências, que sãosempre relacionadas a práti-

ca da partilha dos bens, donão-acúmulo e da justiça”.

Frei Guilherme apresen-tou várias passagens do NovoTestamento, em que Jesusfala e dá mostras da práticado bem-comum, “lembrandoque nossa missão enquantocristão deve ultrapassar o as-sistencialismo e provocartransformação social”.

Reuniões - As próximasreuniões da CODISP serãonas seguintes datas: 02/feve-reiro; 02/março; 06/abril; 04/maio; 08/junho; 03/agosto;14/setembro; 05/outubro; 09/novembro; 07/dezembro.

As reuniões acontecemsempre aos sábados, das 9hàs 12h, no Centro Diocesanode Pastoral.

Chico Surian Lu Corrêa

D. Jacyr: “Importante é a pedagogia do planejamento” Francisco: “A Aliança é sempre uma iniciativa de Deus”

Lu Corrêa

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Educação Janeiro/20028 - Presença Diocesana

Investimentos em infra-estrutura levam em conta o compromisso com os futuros cidadãos

Promovendo a vida

QualidadeFuturo

UNISANTOS RECEBE OS MELHORESCONCEITOS DO PROVÃO 2001

UniSantos:excelência no EnsinoSuperior da Região

Eraldo Silva

Conhecidos vencedores do concursoAmor e dedicação ajudam aAmor e dedicação ajudam aAmor e dedicação ajudam aAmor e dedicação ajudam aAmor e dedicação ajudam asalvar famíliassalvar famíliassalvar famíliassalvar famíliassalvar famílias

Fotos Ivani Vieira

Bruno e Clarissa: trabalhovoluntário desperta o

espírito de equipe

Mais uma vez, aUniversidadeCatólica de

Santos – UniSantos -confirma a excelência doensino superior santista,recebendo os melhoresconceitos do Exame Na-cional de Cursos, oProvão 2001.

Obtendo o conceitomáximo, A, o curso deLetras revela a qualidadedo ensino na Universida-de Católica.

Dos 12 cursos avalia-dos da UniSantos, 8 es-tão acima da média gerale da média da região, oque é mais do que signi-ficativo em um exameque avaliou 3.668 cursosem todo o Brasil. Outrodado interessante é quenenhum curso da institui-ção ficou abaixo da mé-dia geral.

Com o conceito muitobom, B, o curso de Eco-nomia mantém a qualida-de na avaliação, com amesma nota desde 1999.Biologia, Engenharia Ci-vil, Jornalismo, Matemá-tica e Pedagogia também fi-caram com o conceito muitobom, B. Administração, Direi-to, Engenharia Elétrica, Far-mácia e Psicologia ficaramcom o conceito C.

Realizado todos os anospelo Ministério da Educa-ção, o Provão é um dos ins-trumentos utilizados paramedir a qualidade dos cur-

sos de graduação.Ele visa completar as ava-

liações mais abrangentes dasinstituições e cursos de nívelsuperior que analisam os fa-tores determinantes da qua-lidade e a eficiência das ati-vidades de ensino, pesquisae extensão.

PioneiraPrimeira da região, a

Universidade Católica deSantos tem 15 anos deexistência. Formada pornove faculdades, a insti-tuição mantém 25 cursosde graduação, cursos deespecialização e pós-gra-duação stricto sensu, den-tro da sua linha de voca-ção marcante, ligada auma tradição humanística,sem esquecer setores vol-tados para a Ciência e asArtes.

A UniSantos continuacumprindo o seu projetode integrar a comunidadesantista, oferecendo opor-tunidades de profissiona-lização e de crescimentopessoal, através de proje-tos comunitários e realiza-ção de pesquisas.

Comprom issosRegendo-se pela

Constituição Apostólica ExCorde Eclesiae, por estatu-to da Mantenedora, a Soci-edade Visconde de São Le-opoldo, fundada em1951, e por estatuto e regi-mento próprios, cumpretrês compromissos básicos:ser universidade, ser cató-lica e ser a primeira univer-sidade da Cidade.

Prestes a completar umséculo de compromis-so educacional, em 5

de agosto de 2002, o LiceuSantista segue com seu ca-lendário de atividades come-morativas, iniciadas no anopassado.

Agora em janeiro será en-tregue o novo prédio da es-cola, situado na Avenida Ge-neral Francisco Glicério, nº642, no José Menino. Na oca-sião, haverá também o lança-mento da Agenda Nobre,para professores e convida-dos, com uma retrospectivada história liceísta.

A Associação de Ex-Alu-nos, um desejo antigo da di-reção do Liceu, já tem seuestatuto e aguarda a finaliza-ção de detalhes burocráticospara iniciar sua atuação. En-tre as atribuições, a realiza-ção de eventos de cunho so-cial e cultural, entre outros.

Desde o ano passado, vá-rios eventos da escola forampautados com base no cente-nário, como a gincana, quearrecadou objetos e docu-

Novas instalações marcamprimeiro centenário do Liceu Santista

mentos que relatam a histó-ria do Liceu Santista desdesua fundação até os dias atu-ais. Alunos de todas as sériesse envolveram na atividade.

Mantido pela SociedadeVisconde de São Leopoldo, oLiceu Santista inova, no ano deseu primeiro centenário, ofe-recendo a opção de berçário,para crianças a partir de 3 me-ses de idade.E ainda EducaçãoInfantil, Ensinos Fundamentale Médio e Educação Profissi-onal, com o Curso Técnico emInformática. Tudo isso num

ambiente especialmente proje-tado para oferecer conforto esegurança aos seus usuários.

O Liceu Santista reiteraseus princípios católicos, demodo a contribuir para o de-senvolvimento de uma socie-dade mais justa e igualitária.Por intermédio de seu Servi-ço de Formação Cristã, são in-centivados valores de cidada-nia desde tenra idade, com ointuito de plantar hoje a se-mente que amanhã dará fru-tos de solidariedade e respei-to ao próximo.

Jubileu de ouro

Como parte das come-morações dos 50 anos daParóquia Nossa Senhoradas Graças, em São Vicen-te, no dia 27 de novembropróximo passado, foi cele-brada missa em homena-gem à padroeira.

Na celebração foramconhecidos os vencedoresdo concurso da logomarcado Ano Jubilar, escolhidosentre 10 trabalhos, apre-sentados por moradores da

paróquia. A logomarca fi-nal vai ser um composiçãodos trabalhos de Luís Mar-celo Nunes e RoldenBaptista. Os dois vencedo-res receberam um exem-plar do Novo Testamentopela contribuição.

Durante o ano, a Co-missão do Jubileu estaráorganizando uma série deatividades, dentre as quaiso lançamento de um livrocom a história da paróquia.

Procissão em homenagem a N. S. das Graças, em SV

Casa S. Francisco

A tender famílias ca-rentes, dando-lhesoportunidade de for-

mação semiprofissionalizan-te, através de oficinas de tra-balho e lutar para a superaçãodas condições desumanas.

Este é um dos principaisobjetivos da Casa de Acolhi-da São Francisco de Assis,fundada em 5 de fevereiro de2000 e administrada por lei-gos voluntários da ParóquiaNossa Senhora das Graças,em São Vicente.

Atendendo 70 famílias,através do projeto Renascer,a Casa oferece, além de ali-mentos, várias atividades só-cio-educativas: orientaçãosobre planejamento familiar,reforço escolar para as crian-ças, atendimento médico edentário, orientação jurídicae cursos de artesanato. As pe-ças produzidas são vendidasnas oficinas de trabalho, be-neficiando diretamente as fa-mílias assistidas.

Promoção“O trabalho começou com

distribuição de alimentos,mas à medida que íamos to-mando contato com a reali-

dade das famílias, percebe-mos que precisávamos fazeralgo mais”, explica a presi-dente Eunice Pavarini.

Segundo Eunice, a cria-ção dos cursos profissionali-zantes e as oficinas de arte-sanato têm dado tão certo quevárias famílias estão se sus-tentando com o que aprende-ram, de modo que não preci-sam mais de assistência. “Égratificante ver que uma pes-soa que morava na rua hojepode ser um dos nossosmonitores ou já montou umpequeno negócio na própriacasa”, comemora.

VoluntáriosOutra frente de atuação

são os cursos profissionali-zantes para moradores dobairro, que pagam uma taxade R$ 10,00. São oferecidoscursos de Inglês, Espanhol,corte de cabelo, serigrafia,violão dentre outros.

Clarissa Monteiro, 16anos, e Bruno Hasper, 19

anos, são professores volun-tários do curso de violão.Eles fazem parte da Camera-ta Heitor Villa Lobos, da Pre-feitura Municipal de Santos,e todos os sábados pela ma-nhã estão na Casa. “Quere-mos passar o que aprende-mos para eles. E nossa inten-ção é, muito em breve, for-mar aqui também uma came-rata”, diz orgulhosa Clarissa.

Quem quiser colaborarcom a casa, o telefone é(13)3561-2311.

São servidas diariamente 50 refeições para moradores de rua

A Casa dispõe de farmácia e apoio a dependentes químicos

Ilustrações eletrônicas

Fotos Lu Corrêa

Rolden Bapstista recebe um NT de Pe. Feliciano

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Janeiro/2002 Presença Diocesana - 9

SEMINÁRIOSÃO JOSÉ

Serra Clube

LEIGOS DEDICADOS À PASTORAL VOCACIONAL

Membros do Serra durante peregrinação ao Santuário de Monte Serrat, em Santos

Arquivo Serra Clube

O desafioda formação

Pe. Eusebio Pascual

Em todo projeto políti-co o tema “educação” ocu-pa um lugar preferencial.Cada época volta-se criti-camente para o modelo e-ducativo da anterior e temdificuldades em gerar opróprio. As grandes mu-danças da sociedade do ter-ceiro milênio provocamnovos desafios, especial-mente à educação, à forma-ção. O Seminário Diocesa-no é a resposta que a Igrejadiocesana da a uma neces-sidade - prioritária - comoa formação de seus sacer-dotes. Os critérios pedagó-gicos que se estabelecemdeterminam o modelo edu-cativo de cada seminário,o modelo de formação.Hoje basicamente pode-mos formulá-lo assim:

Processo permanenteA Formação é proces-

sual e permanente: con-templas as diversas etapasna caminhada de formaçãoe o processo evolutivo damaturidade do educando. Épersonalizada, personali-zante e inculturada: con-templa a originalidade decada um com seu perfil psi-cológico, com sua históriapessoal, familiar, social,cultural; centra-se na pes-soa, superando os riscos damassificação e permitindoampla abertura aos dotes einclinações pessoais.

AutoformaçãoÉ formação como auto-

formação transformadora:toda e qualquer formação

é uma autoformação; oscandidatos chegam ao se-minário para “formar-se” enão para “serem forma-dos”, pois o próprio can-didato ao sacerdócio deveser considerado protago-nista insubstituível de suaformação. O ambiente for-mativo deve criar os mei-os para facilitar ao semina-rista os processos de auto-conhecimento e autoacei-tação (pessoal e dos valo-res) e de autoconvicção(querer formar-se) para po-der fazer uma opção fun-damental livre.

IntegralidadeÉ formação integral: a

integralidade é ponto departida e de chegada doprocesso formativo e signi-fica desenvolvimento har-mônico tanto do projetoformativo quanto das facul-dades e dimensões da pes-soa. Na formação sacerdo-tal procura-se integrar as di-mensões da maturidade dapessoa do futuro pastor: hu-mano-afetiva, intelectual,espiritual, comunitária epastoral.(Na próxima edição, critéri-os e opções metodológicas)

Pe. Eusébio PascualReitor do SeminárioDiocesano São José

Grupo de cristãos trabalha para desenvolver nos jovens o amor pela missão da Igreja

A consciência da im-portância das voca-ções sacerdotais e re-

ligiosas para a missão daIgreja tem motivado centenasde leigos no mundo inteiro adedicarem suas vidas em proldessas vocações.

Congregados no Movi-mento Serra Clube, esses lei-gos agem inspirados na vidado beato franciscano Junípe-ro Serra, um dos maioresimpulsionadores da evange-lização no México e naCalifórnia, entre 1748 a1784.

Mão na massaNa Diocese de Santos, o

Serra Clube foi fundado em24 de setembro de 1964, peloBispo Diocesano D. IdílioJosé Soares. Dentre os traba-lhos mais expressivos doMovimento na Diocese estãoa mobilização para a libera-ção do terreno e construçãodo prédio do Seminário Dio-cesano São José e a doaçãodo terreno onde foi construí-do o Centro de Formaçãopara o Apostolado de Santos(CEFAS).

De lá para cá, a adesão aoMovimento cresceu e hoje épresença constante nos traba-lhos, apoio e acompanha-mento dos jovens seminaris-tas. “É como se fossem nos-sos filhos, por quem temos dezelar e pedir sempre a Deusque os conduza da melhormaneira nesse processo dediscernimento vocacional”,explica o presidente JoséCarlos dos Santos.

Ir aos jovensJosé Vítor da Silva - “o

único fundador vivo”, comoele mesmo gosta de realçar -ainda mantém o mesmo es-pírito dos tempos iniciais.“Acredito no trabalho quefazemos, pois sei que os jo-vens são bastante sensíveisaos apelos da Igreja. Mas agente tem de fazer a nossaparte e ir onde eles estão e le-var a mensagem”, ensina.

Esse trabalho é feito sis-tematicamente através dascelebrações que os padresEusébio Pascual e EduardoRedondo - responsáveis pelaformação no Seminário - re-alizam nas comunidades,acompanhados pelo Serra.Durante a celebração, osmembros apresentam a pro-posta do Movimento e fazemo convite vocacional aos jo-vens. Também nas celebra-ções, é apresentada a “Cam-panha do Carnê”, para quemquiser colaborar com a ma-nutenção do Seminário.

“É um trabalho que requermuita persistência, pois amensagem do Evangelho pre-cisa de tempo para ser com-preendida. Agora, mesmo de-pois que o jovem ingressa noseminário, ainda vai ser umtempo para ele descobrir seesta realmente é sua voca-ção”, explica José Carlos.

Os membros do Serra Clu-be também tem a preocupaçãocom sua própria espiritualida-

Campanha do CarnêParticipe da Campanha do Carnê,

em prol das obras e manutenção doSeminário Diocesano S. José, organizadapelo Movimento Serra Clube de Santos.

Informe-se em sua Paróquia.

Testemunho

Por que me fiz sacerdote?Nasci de uma família cris-

tã. Minha mãe era secretáriado Apostolado da Oração evivia sempre envolvida comas coisas da Paróquia.

De cinco irmãos, quatrofomos coroínhas, dois padres.Morávamos na Praça da Ma-triz, a cem metros do templo.Meus tios e primos músicostocavam nas festas da Igreja.Esse total envolvimento coma paróquia e com a vida daIgreja nem me deixavam es-paço para questionamentos.

Somente a partir dos 14anos, quando me senti solici-tado para outros objetivos quenão a vida da Igreja é que co-mecei a procurar razões paraminha decisão de ser padre,coisa que vinha da infância.

Não descobri nada denovo. Apenas aclarei as idéi-as: eu mantinha uma enorme

simpatia pelo meu pároco epor seu comportamento de ho-mem culto e piedoso, que gos-tava de ensinar. Estudei comele latim, português e francês.Com pouco mais de 17 anos,entrei no seminário Menor emTeresina, já na 2ª série.

Padre Joaquim XimenesCoutinho - Paróquia Senhordos Passos, em Santos.

Lu Corrêa

Compromisso

Gerações diferentes, mas o mesmo entusiasmo

José Vítor da Silva, umdos fundadores do Movi-mento Serra Clube de San-tos, lembra com entusiasmoos primeiros tempos do Mo-vimento, sobretudo dos en-contros de Juventude quepromovia com o Pe. MiltomLacerda e uma equipe deleigos. “Cresceu devagari-nho e chegamos a reunir

mais de 4 mil jovens da Dio-cese”, conta.

Sempre presente nos en-contros, José Vítor cuida dealimentar o interesse dosmais jovens pelas vocações,sempre lembrando que “esta-mos fazendo um trabalhopara a Igreja e ser padre nãoé uma profissão. É uma vo-cação que Deus dá. O jovem

tem de descobrir isso”.O atual presidente, José

Carlos dos Santos, com-partilha desse entusiasmoquando diz que “neste tra-balho não há dificuldades,pois é feito com amor.Além disso, hoje a Igrejaestá muito mais acessível,o que facilita o diálogocom os jovens”.

Fotos Chico Surian

de, através dos encontros deformação, em nível local, re-gional e até internacional.Além disso realizam a Roma-ria Nacional a Aparecida doNorte, sempre em novembro,para pedir a proteção e as bên-çãos de Maria para o trabalhovocacional.

DiretoriaPresidente: José Carlos

dos Santos

1º vice de programação:Joaquim Rodrigues Souza

2º vice de vocações: He-ráclides Miguel dos Santos

3º vice: Sidinei Valeiras4º vice: José Vitor dos

SantosSecretário: José MagnoTesoureiro: Névio DuranteAssistentes eclesiásticos:

Pe. Eusebio Pascual e Pe.Eduardo Redondo

Claudenil Moraes

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10 - Presença Diocesana Geral Janeiro/2002

Vivendo o Sínodo

A dimensãobíblico-catequética

Pe. Antônio Alberto FinottiCoordenador Diocesanode Pastoral

Política

CNBB LANÇA CARTILHA SOBRE ELEIÇÕES 2002

Lu Corrêa

A superação das desigualdades sociais deve ser a base de qualquer programa político

Alunos buscam estratégias para ampliar inserção na educação

Tendo em vista as elei-ções gerais em 2002,quando serão eleitos o

Presidente da República, go-vernadores, senadores, de-putados estaduais e federais,a CNBB está lançando o do-cumento “As Eleições 2002- Propostas para Reflexão”.

O Objetivo do texto é“oferecer critérios e orienta-ções que possam ajudar oscristãos a cumprir seu devereleitoral, com consciência eresponsabilidade. A políticaé forma sublime de exercer acaridade”.

Segundo o documento,“no ano de 2002, as elei-ções serão de grande im-portância para a definiçãode um futuro próximo,onde a sorte de todos osbrasileiros e brasileiras es-tará em jogo... Este docu-mento pretende ser um ins-trumento de trabalho, paraque nossas Dioceses, paró-quias, comunidades, movi-mentos e pastorais reflitamsobre a presença e a atua-ção dos católicos na políti-ca. Propomos que, a partirdele, sejam elaborados sub-sídios ou cartilhas, com fei-

ções locais, que orientemas eleições de 2002”.

Vale lembrar que a atua-ção da Igreja Católica foi de-cisiva para a aprovação doProjeto de Lei de IniciativaPopular que criou a Lei 9.840contra a Corrupção Eleitoral,em 2000 e que deverá termaior força nesta eleição.

RoteiroO Documento apresenta

os desafios da conjunturanacional e internacional -submetida ao modelo econô-mico neoliberal; os sinais deresistência da sociedade ci-vil; o Ensino Social da Igre-ja, que deve nortear a açãodos cristãos. Aponta aindapara os três maiores desafi-os da realidade brasileiraque os próximos governan-tes devem enfrentar: a erra-dicação da fome; respeitoaos direitos humanos; e de-senvolvimento sustentável,que garanta fonte de vida àsfuturas gerações.

Na última parte são apre-sentadas as orientações prá-ticas para o ano eleitoral e umcronograma de atividades atéas eleições. Políticos devem garantir condições de vida digna para todos

Educafro

Coordenadores avaliam aprovação dos alunos no vestibular

A comunidade da paró-quia Santa Margarida Ma-ria (Região Centro 1-San-tos) agora tem mais umaalternativa para manifestarsua devoção a Maria: é oTerço de Rua, realizado noprimeiro sábado de cadamês.

Em novembro, a comu-nidade se reuniu na Rua I-tanhaém (foto), no bairro

Chico de Paula, contandocom grande participaçãodos fiéis. A comunidadenão cessa de rezar pela paze por mais compreensão esolidariedade entre os ho-mens.

O Terço de Rua já foirealizado na praça do Con-junto dos Estivadores e noConjunto Athié JorgeCoury.

Oração do terço em via públicaFiéis demonstram seu amor a Maria publicamente

José Pascon Rocha

Os coordenadores regio-nais do projeto Educafro -Educação e Cidadania deAfrodescendentes e Caren-tes- estão avaliando os resul-tados da aprovação dos alu-nos que participam do proje-to nos nove núcleos da Bai-xada Santista.

Só no núcleo da comuni-dade de Santa Cruz da Praiados Navegantes, em Guarujá- o primeiro a ser criado naRegião, com o apoio da Pa-róquia N. S. do Carmo -, fo-ram 12 aprovados em univer-sidades particulares, dosquais 3 receberão bolsas deestudos no valor de 50%, daUniversidade Santa Ce-cília.Foram eles: Camila Oli-veira (Engenharia de Teleco-municações; Patrícia Ribeiro(Arquitetura); Glaudemir

Silva (Direito). A outra bol-sa desta universidade vai paraa aluna Maria José da Silva,do núcleo do Sindicato dosUrbanitários, em Santos.

Segundo Maria TerezaAlmeida, vice-coordenadora

de programas do Centro Co-munitário de Santa Cruz, “aimplantação do Educafro sóveio confirmar que educaçãoé a saída. Esse jovens nãopoderiam pagar um cursinhopré-vestibular e só com o que

recebem na escola pública émuito difícil concorrer”.

No dia 20 de dezembro, ocoordenador estadual, FreiDavid Raimundo, esteve reu-nido com os coordenadoresregionais. Segundo ele, o“um dos objetivos principaisdo Educafro é ampliar o nú-mero de alunos nas universi-dades públicas. Existe umprojeto na USP que permiteao aluno cursar até 70% dasmatérias em caráter especial,mas que poderão ser aprovei-tadas no currículo regular.Estamos tentando junto à pre-feitura de Santos para quedisponibilize uma Van, quepossa levar esses alunos atéSão Paulo para fazer as ma-térias à noite. Isso já seria umadiantamento no curso quepretendem fazer”.

Pastoral da Juventude

Encontro de formação encerra atividades de 2001De 7 a 9 de dezembro, 48

delegados da Pastoral da Ju-ventude da Diocese estive-ram reunidos para encontrode formação e preparação docalendário para o próximotriênio. Durante os três dias,os jovens apresentaram os re-latórios das atividades de2001, e estudaram o PlanoTrienal da PJ Nacional, deonde devem basear o calen-dário das atividades para ospróximos anos. O encontrocontou com a presença docoordenador estadual, Pe.Onivaldo Dina, e do assessordiocesano, Pe. Antonio Bal-dan Casal.

Pe. Baldan apresentou otema “Individualismo e Pla-no Trienal”, em que levou osjovens a se questionarem so-bre o papel de cada um e do

grupo para a elaboração deum projeto, que representaum compromisso com a co-munhão eclesial, ecumênicae social.

“Os jovens passam poruma etapa, em que são pro-fundamente individualistas,

mas precisam amadurecerpara que possam estabelecerrelacionamentos solidários,fundamental para o trabalhoem comunidade”, comentou.

Em 2002 os jovens darãocontinuidade aos programasda Escola Bíblica.

Pe. Baldan: “É preciso criar espírito de comunidade”

Aprender aser comunidade

“Os jo-vens de-vem olharpara as co-munidadesdos Apó-stolos e vercomo seenfrenta-vam os de-safios, apartir da fé”. Esse é o grande en-sinamento do Livro do Atos,apresentado pelo Pe. OnivaldoDina, no encontro com os jovens.Segundo ele, só a firmeza na fépode levar os jovens a optarempela missão da Igreja, já que a so-ciedade oferece milhares de op-ções. “Mas a Igreja deve dar maisatenção a eles, pois eles serão anossa voz no futuro”, alerta.

No ano de 1997, a Igre-ja foi convocada pelo PapaJoão Paulo II, a um projetodenominado “Rumo aoNovo Milênio”, que visavaa preparação dos cristãosem todo o mundo, para a en-trada histórica milenar dahumanidade.

Assim, nossa Diocese,dentro da caminhada Sino-dal, na sua 4ª sessão, atri-buiu à Comissão Diocesanade Educação da Fé (CODI-EF) a função de estruturaro trabalho da catequese emnível diocesano. Assim,nessa perspectiva, a equipeSinodal procurou desenvol-ver um trabalho diretamen-te ligado com os catequis-tas de toda a Diocese, a fimde atingir os objetivos pro-postos nas assembléias.

Dentre as fundamenta-ções teológicas desta di-mensão destacou-se a “ca-tequese como um processopermanente de educação dafé e de educação da vida, féque é uma comunhão entrepessoas, que tem dimensãopessoal, comunitária etransformadora, vida que seconfronta com o Evangelho,com as comunidades cris-tãs, respeitando as culturasdos povos e a sua história,mostrando fidelidade ao ho-mem concreto”.

Suas diretrizes para sechegar aos objetivos visa fun-damentalmente promover umprocesso de educação pesso-al e comunitária, progressivae contínua, orgânica e siste-

JIP forma mais uma turmaJovens se preparam para um melhor desempenho profisisonal

Lu Corrêa

89 jovens, entre 16 e18 anos, receberam o cer-tificado de conclusão docurso profissionalizanteda 50º turma do JockeyInstitucional Promocional(JIP). A cerimônia foi re-alizada no salão nobre daCâmara Municipal de SãoVicente, no dia 15 de de-zembro. Esta foi a últimaturma só de mulheres, jáque a partir deste ano, co-meçam os cursos mistos,dos alunos que foram se-lecionados ainda em mea-

dos de 2001.A JIP foi fundada em

1970 pela Ir. Maria Dolo-res Junqueira e pelo Pe.Júlio Liarena. O objetivoé dar formação profissio-nalizante e humana aos jo-vens e encaminhá-los aomercado de trabalho, nosmoldes do Patrulheirismo.

Além dos curso profis-sionalizantes, a JIP aten-de 50 crianças na creche eoferece reforço escolarpara crianças de 1ª a 4ªséries.

mática do cristão na fé, naesperança e na caridade. Nes-se processo, o cristão amadu-rece sua relação filial com oPai, pelo Filho, no EspíritoSanto. No exercício dos donse carismas, faz crescer a co-munidade eclesial na comu-nhão e participação. No com-promisso com a justiça e asolidariedade, empenha-se naconstrução de uma sociedadejusta e solidária.

Orientações SinodaisNo dia 17 de maio de

1998, realizou-se a 4ª Ses-são Sinodal sobre a dimen-são Bíblico-Catequética,com a escolha das seguin-tes prioridades para o tra-balho diocesano:

1. Desenvolver a cate-quese como processo perma-nente da educação da fé, jun-to às famílias, atendendo oser humano em todas as eta-pas e situações da vida. 2.Criar as condições (recursosfinanceiros, Escolas de Cate-quistas etc) para a formaçãodos catequistas.

3. Criar equipes de Coor-denação Catequética nas Re-giões Pastorais que trabalha-rão integradas com a Comis-são Diocesana de Educaçãoda Fé.

Formação

Lu Corrêa

Fotos Chico Surian

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Lazer e CulturaJaneiro/2002 Presença Diocesana - 1 1

Fotos Lu Corrêa

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

AAAAAGENDAGENDAGENDAGENDAGENDA

A melhor programaçãodo mês para a família

RádioCultura AM 930Fr. Paulo Back(Valongo)Diariamente, às6h da manhã

SementeSementeSementeSementeSemente de Esperançade Esperançade Esperançade Esperançade Esperança

RádioLitoral FM 91,9Pe. Javier MateoDiariamente:8h30, 11h40,13h, 16h e 20h

PPPPPresença Católicaresença Católicaresença Católicaresença Católicaresença Católica

Meditações de FMeditações de FMeditações de FMeditações de FMeditações de Frei Linorei Linorei Linorei Linorei Lino

4ª e 6ª feira,às 23h30TV COM/NETCanal 11

Programação 100% católica com arádio Boa Nova FM 106,1, daParóquia Nossa Senhora das Graças- Cidade Ocian - Praia Grande

Boa NovaBoa NovaBoa NovaBoa NovaBoa Nova

leituraleituraleituraleituraleitura

Fique ligado

História deN. S. do Rosáriode Pompéia

Instituto deTeologia abreinscrições

FormaçãoFormaçãoFormaçãoFormaçãoFormação

A origem da devoção aNossa Senhora do Rosário dePompéia, na Itália, a históriada imagem; a história da Igre-ja de Nossa Senhora do Ro-sário da Pompéia, em Santos,são apresentadas cheia dedetalhes e curiosidades nestaobra.

Organizada pelos padresFrancisco Greco e AntonioBaldan Casal, da Paróquia daPompéia, o livro traz tambémem suas 94 páginas, novena,orações e a explicação decada um dos mistérios doSanto Rosário.

Ele pode ser encontradona secretaria da Paróquia:(13) 3251-7191.

O Instituto DiocesanoBeato José de Anchietainicia no próximo dia 18matrículas para nova tur-ma do curso bíblico-cate-quético-pastoral, comduração de três anos.

Os interessados de-vem ter 18 anos comple-tos, estar desenvolvendoalguma prática pastoralna paróquia, comunidadeou na Diocese, conformerelatório do pároco; le-var apresentação do pá-roco por escrito.

Documentos:1. Xerox da Certidão

de Batismo;2. Xerox da Certidão

de Crisma;3. Xerox da Certidão

de Casamento Religioso;4. Xerox do compro-

vante do Ensino Médio(2º Grau).

5. Uma foto 3X4Inscrições: De 18 a

31 de janeiro de 2002.Taxa: A matrícula é

de R$ 25,00 e a mensali-dade de R$ 20,00.

Local: Cúria Dioce-sana - Centro Diocesanode Pastoral - Av. Cons.Rodrigues Alves, 254 -Macuco - Santos. Telefo-ne: (13) 3224-3000/3224-3170.

Horários: de Segun-da à Sexta-feira, das 14hàs 18h e das 19h às 22h.Sábado: das 8h às 12h edas 14h às 18h, com Ale-xandre.

Local do Curso: Uni-versidade Católica deSantos (UniSantos) - Av.Ana Costa, 95 - VilaMathias.

Horário das aulas:Terças e Quartas-feiras.

1ª aula - das 19h45 às20h30; 2ª aula - das20h30 às 21h15. Interva-lo - das 21h15 às 21h30.3ª aula - das 21h30 às22h15h.

Observação: a inscri-ção deverá ser feita pes-soalmente pelo(a) can-didato(a).

Importante: Só serãoaceitas as primeiras 50matrículas.

Quadrinhos Will

Beleza no encontro de corais dos PassosA Igreja Senhor dos Pas-

sos, em Santos, realizou no dia15 de dezembro, mais umaedição do seu já tradicional“Canta Natal”, reunindo vári-os grupos de Canto Coral daCidade. O programa é organi-zado pela Sociedade Ars Viva,em parceria com a Secretariade Cultura de Santos.

Esta edição contou com aparticipação dos corais CO-PAS (Coral da Igreja dos Pas-sos), Musikanto (Escola

Anália Franco), MadrigalArs Viva, Municipal Arte-canto e Municipal de Santos.

No repertório, um mistode músicas natalinas (Ó Noi-te Santa, Adolfhe Adam/França); folclóricas (Adora-ción al niño Jesus/folcloredo Peru); eruditas (Glória daXII misaa/Mozart); e popu-lares, nacionais e internacio-nais (Acalanto/Caymmi;Maria, Maria/Milton Nasci-mento), dentre outras.

Coral da Igreja dos Passos: emoção e harmonia

Tradição

PROJETO CULTURAL DA UNISANTOS REÚNE DANÇA,MÚSICA E ENCENAÇÃO EM AUTO DE NATAL

Uma experiência cultu-ral inédita da Univer-sidade Católica de

Santos (UniSantos) envolveumais de 150 músicos e artis-tas na produção de um Autode Natal. O trabalho foi apre-sentado no dia 20 de dezem-bro, na Igreja Nossa Senhorado Rosário de Pompéia, emSantos.

O projeto foi uma inicia-tiva da vice-reitoria acadêmi-ca, com a participação dosgrupos de canto coral, dançae teatro que integram o Pro-jeto Cultural da UniSantos.

A parte musical envolveuos corais Gregoriano e Líri-cus (sob a regência do maes-tro Beto Lopes), Madrigal eCoral da 3ª Idade (sob a re-gência da maestrina SandraDiogo). Na parte cênica, oGrupo Experimental de Tea-tro - Gextus e a Companhiade Dança Flamenca tiveramdireção de Nélson Albissu,idealizador do Auto.

Segundo o pró-reitor aca-dêmico, Antonio Fernandoda Conceição, “esse espetá-culo traduz o esforço da Uni-versidade em levar às comu-nidades a mensagem do Na-tal de uma forma plástica,unindo música, dança e tea-tro. E a integração dos váriosgrupos já foi uma vitória”.

Durante uma hora, canto-res, dançarinos e atores ence-naram as principais cenas queenvolvem o episódio do Nas-cimento de Jesus, desde aAnunciação até a visita dosReis Magos, em Belém.

No final do espetáculo, ospersonagens se reúnem aoredor da manjedoura, ondeJesus repousa, num canto delouvor a Deus pelo presenteque dá a humanidade.

“Acho que essa é a gran-de mensagem: Jesus está nomeio de nós e mais do quenunca precisamos dessa pre-sença que nos indique paz eesperança”, conclui o diretorNélson Albissu.

Miyoko/Photokyo

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GeralCáritasDestaque

12 - Presença Diocesana

Pe. Ramiro dos Anjos

Janeiro/2002

CAMPANHA DE BRINQUEDOSDEIXA O NATAL MAIS ALEGREForam distribuídos mais de 4 mil brinquedos em nove cidades

Chico Surian

Pe. Toninho celebra com acomunidade 20 anos de sacerdócio

Pe. Toninho agradeceu o carinho da comunidade

Arquivo Sag. Coração de Jesus

Alegria

Fotos Lu Corrêa

Brinquedos doados se transformam em gesto de amor

Encerrada no dia 10 dedezembro passado, aCampanha da Cáritas

Diocesana de Santos Façauma Criança Feliz, arreca-dou, em dois meses de cam-panha, mais de 4 mil brinque-dos para crianças até 12 anos.

A campanha contou coma colaboração de empresas,escolas e um grupo de volun-tários de toda a Baixada San-tista, o que tornou possíveltornar mais alegre o natal demilhares de crianças das novecidades da Diocese: Santos,SãoVicente, Cubatão, Berti-oga, Guarujá, Vicente de Car-valho, Mongaguá, Itanhaém ePeruíbe.

Os voluntários da CapelaSanta Edwiges fizeram minu-ciosos serviços de restaura-ção das bonecas, dos brin-quedos a pilha e de jogos paraque ficassem em perfeitascondições de uso.

“Um dos principais objeti-vos da Cáritas Diocesana foiatingido: despertar nos cris-tãos a consciência de que te-mos em nossa comunidadepessoas excluídas e que nãopodíamos deixar de assisti-las,principalmente na época doNatal”, explica Paulo Maúa,presidente da Cáritas.

Bola de futebolAs crianças que recebe-

ram os brinquedos, meninose meninas de 0 a 12 anos,estavam cadastradas nas se-guintes entidades e locais:Rio do Meio (Guarujá), Praiade Pouca Farinha (Guraujá),México 70 (São Vicente),Paróquia São Paulo Apósto-lo (Santos), Casa Caio (cri-anças portadoras de vírusHIV – Santos), Creche Es-cola Portuguesa (Santos),Dique Jardim Popemba, Vilados Pescadores (Casqueiro),

Creche Tia Gilda (SV), e asParóquias assistidas pela Pas-toral da Criança: Nª Sra A-parecida (SV), Nª Sra dasGraças (SV), Nª Sra da Con-ceição (Itanhaém), São JoãoBatista (Peruíbe) e São JoãoBatista (Bertioga), além dasaldeias indígenas de Aguapeúe Itaóca, no litoral Sul, ondeas crianças receberam pelaprimeira vez bolas de futebol.

Cristo ReiA tonelada de alimentos

arrecadada no evento de Cris-to Rei em novembro passa-do, foi doada para a ParóquiaN. S., em Mongaguá.

Ação de graçasLu Corrêa

Celebração reúne comunicadores

Missão da Igreja é essencialmente comunicação

No dia 11 de dezembropróximo passado, a ComissãoDiocesana de Comunicação(Codicom) reuniu agentes depastoral e profissionais dacomunicação para celebra-ção de ação de graças pelostrabalhos realizados duranteo ano.

A missa, celebrada na ca-pela do Colégio Coração deMaria, em Santos, foi presi-dida pelo Bispo Emérito, D.David Picão, e co-celebradapelos padres Eniroque Balle-rini, assessor da Codicom, epe. Javier Mateo, do progra-ma Presença Católica.

Estavam presentes agen-tes da pastoral da música, doteatro, editores de tv, asses-sores de imprensa, jornalistase publicitários.

D. David Picão, um dosmaiores incentivadores daPastoral da Comunicação emnível nacional, através daConferência Nacional dosBispos do Brasil (CNBB), fa-lou sobre a importância dacomunicação na Igreja, des-

tacando os documentos ondeeste assunto é abordado commaior ênfase. “A Igreja nas-ce de Jesus, o Verbo enviadopelo Pai, o maior comunica-dor. Por isso, a missão doapóstolo é essencialmente co-municação: anunciar o Verbode Deus Pai que se encarnou,se fez um de nós”, disse.

D. David falou ainda so-bre a atenção que o comuni-cador deve ter no exercíciode sua profissão: “É precisouma grande retidão de cons-ciência para seguir o caminhoda verdade, para evitar amanipulação da comunica-ção. E no ambiente de traba-lho ser um instrumento deamor e caridade que ajude atornar a verdade plena”.

Durante a celebração fo-ram lembrados as várias fren-tes de comunicação em que aDiocese atua: jornal Presen-ça Diocesana, Internet, pro-gramas de rádio e tv, além dosinúmeros informativos paro-quiais, bandas de música, gru-pos de teatro dentre outros.

O sorriso discreto e a vozmansa do padre Ramiro dosAnjos Marta, 74 anos, nãodeixam transparecer o imen-so tesouro de experiências,vividas durante 50 anos desacerdócio, celebrado no úl-timo dia 5 de janeiro.

Morando na Paróquia N.S. das Graças, em PraiaGrande desde 1995, o inícioda história vocacional de Pe.Ramiro nos leva à cidade deMacau, na China, em mea-dos de 1948. Filho de JoséAntonio e Tereza, nascido emBemposta, Portugal, de umafamília de nove irmãos, o ga-roto Ramiro entrou para oseminário aos 12 anos, já sa-bendo que sua missão seriarealizada em Macau. Cursoua Filosofia em Leiria, próxi-mo a Fátima e terminou aTeologia, na China. Lá se or-denou e trabalhou durante 32anos. “Meu principal trabalhofoi no Seminário. Fui prefeitogeral da disciplina e tambémprofessor. Naquela épocaeram mais de 130 jovens, en-tre chineses e portugueses, oque exigia da gente bastanteempenho”.

Nesse período, Pe. Rami-ro acompanhou, sobretudo, asmudanças trazidas com a re-volução socialista de 1949,com Mao Tse Tung. “Nãoera fácil a missão, pois a cul-tura chinesa é muito diferen-te da portuguesa, mas a co-munidade católica sabia vivera fé com muita simplicidade”,explica.

Do outro lado do mundoEm 79 voltou para Portu-

gal, mas ficou pouco tempo,pois os familiares já estavamno Brasil. Com a doença damãe, achou por bem ficarmais perto, vindo para SãoPaulo e Praia Grande, ondetambém tem irmão. “Acabeificando a convite de Pe. Él-cio Ramos (hoje em Cubatão),e assumi a comunidade dobairro Solemar, em 81. Nacomunidade ajudamos aconstruir a Igreja, a casa pa-roquial, o salão comunitário,além de vários trabalhos so-ciais junto aos carentes.” Tra-balho semelhante foi feito noSamambaia, onde tambémsempre atendeu.

“Acho que o mais impor-tante nesses 50 anos de vidasacerdotal foi ir aprendendo,aos poucos como ser sacer-dote. É um mistério da Igrejaque a gente tem de ir apro-fundando. Agora tenho umaidéia mais clara do mistérioque a gente celebra. É penaque a gente não pode voltarao começo com a experiên-cia que tem agora”, reflete.

Quanto ao futuro, Pe. Ra-miro continua disposto a tra-balhar nas pastorais sociais,ajudando no que pode e in-centivando os mais jovens.“Acho que agora meu papelé mais o de ajudar. Deixar queos sacerdotes mais jovenscumpram bem sua missão.Acho que ainda hoje vale apena ser sacerdote, porque afigura do missionário continuaatraindo os jovens. É um belojeito de ser feliz neste mun-do”, ensina.

Fé nos 50 anosde sacerdócio

Em clima de muitaalegria, a comunidade daParóquia Sagrado Cora-ção de Jesus (Orla-San-tos) celebrou os 20 anosde ordenação sacerdotalde Pe. Antonio AlbertoFinotti. A celebração deação de graças foi prece-dida por um tríduo voca-cional, nos dias 13, 14 e15 de dezembro, quandotambém foi lembrado oAno Vocacional, celebra-do em toda a Diocese.

A comunidade reuni-da em oração pediu aDeus pela saúde de seu

pároco e por todos ostrabalhos que desenvol-ve na diocese, como co-ordenador diocesano depastoral.

No dia 16, uma missasolene, coroou as come-morações e após a mis-sa, toda a comunidade,participou da festa, orga-nizada pelas Pastorais, noCentro Esportivo Monse-nhor Primo Vieira. A ale-gria, marca dos primeiroscristãos pôde ser sentidapela demonstração since-ra de parabéns da comu-nidade a Pe. Toninho.

A garotada se encarregou da animação geral