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OUTUBRO 2016 * Número 10 * Mensal www.zenfamily.org Viagens Nacionais e Internacionais * Retiros * Eventos * Entrevistas * Artigos Desenvolvimento Pessoal DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Entrevista a Cláudio Esteves “...eu gosto da minha área profissional mas estava a sentir-me muito cansado e tinha esta paixão pela Natureza, pela Terra ... comecei-me a aperceber que esta aldeia estava a morrer e isso mexia imenso comigo, custava-me, resolvi assim, em plena crise, avançar.” Zen Shiatsu A Cura através do Corpo: o factor oxitocina Alimentação Consciente e Natural Reforçar o sistema imunitário Zen Mandalas Trabalhe o seu equilibrio interior com mandalas Mentes Inspiradoras Ama ao próximo como a ti mesmo Oratória Criativa Mais presença e menos redes sociais A Deliciosa Arte de Ser 4 dicas para viver a sua vida em modo “slow”

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OUTUBRO 2016 * Número 10 * Mensalwww.zenfamily.org

Viagens Nacionais e Internacionais * Retiros * Eventos * Entrevistas * Artigos Desenvolvimento Pessoal

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Entrevista a Cláudio Esteves“...eu gosto da minha área profissional mas estava a sentir-me muito cansadoe tinha esta paixão pela Natureza, pela Terra ... comecei-me a aperceber que esta aldeia estava a morrer e isso mexia imenso comigo, custava-me, resolvi assim, em plena crise, avançar.”

Zen ShiatsuA Cura através do Corpo:

o factor oxitocina

Alimentação Consciente e NaturalReforçar o sistema imunitário

Zen Mandalas Trabalhe o seu equilibrio interior com mandalas

Mentes InspiradorasAma ao próximo como a ti mesmo

Oratória CriativaMais presença e

menos redes sociais

A Deliciosa Arte de Ser4 dicas para viver a sua vida em modo “slow”

www.zenfamily.orgNº 10 | Outubro 2016 | Revista Mensal On-Line GRATUITA

Estar activo em tranquilidade e tranquilo em

actividadeEsta a máxima da Zen Family!

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Director Geral: Luis Baiã[email protected]

Direcção Editorial: Sónia [email protected]

Arte e Imagem:Zen Family

Imagem Capa:Luis Branco

Alimentação e Saúde: Chef Daniela Ricardo

Chefe de Redacção: Sónia Ribeiro

Redacção: Daniela Ricardo e Luis Baião

Colaboradores:Equipa e Leitores Zen Family

Produtora: A Promotora de Felicidade e Zen Family

Sugestões de leitores e Feddback:[email protected]

Distribuição:Todos aqueles que querem partilhar e dar a conhecer a magia!

Tiragem: Ilimitada

EDITORIAL

Chegamos ao número 10, dez meses de partilhas, de aprendizagens, de surpresas, de certezas, de missão.Outubro é o mês da última viagem

internacional deste ano, foram imen-sas as que fizemos e todas elas com resultados fantásticos, com novos

amigos, com novas descobertas, com novas paisagens, novas gentes, novas

emoções, novas memórias.

Novas ideias começam a surgir, novas partilhas, novos planos a aplicar no novo ano que rapidamente se apro-xima, os últimos dois meses servirão para isso, planear novas estratégias, solidificar antigas, as que funcionam, inspirar, sempre inspirar à mudança, ao bem-estar, ao equilibrio, à con-

cretização de sonhos. Estas as nossas principais missões para com quem

nos acompanha

Gostamos de vos ter desse lado.

Somos todos um!

Sónia Ribeiro

ÍNDICE7 Partilhas de um viajante!

8 Viagens da Comida Saudável

10 Menina dos Olhos da Alma

12 Banhos de Optimismo

13 A Promotora de Felicidade

14 Histórias, Mitos e Contos

16 Zen Mandalas

18 Casa dos Sonhos

19 Olhar de Viajante

20 Pense Mais

22 Óleos Essenciais

24 Zen Massagem

26 Contributo dos Viajantes

28 As receitas da Dani

32 Zen Shiatsu

35 Sempre a Fluir

36 Despertutor - Consciência de Vida

40 Mentes Inspiradoras

42 Meu Intervalo

45 Pensamentos de Uma Mãe Zen

46 Zen Indigo

50 Oratória Criativa

52 Alimentação Consciente e Natural

56 O Caminho é o Amor

57 Alqimia

58 Zen Numerologia

59 Contributo dos viajantes

60 A Deliciosa Arte de Ser

62 Só uma Dica!

64 Zen Consciência e Sustentabilidade

66 Vamos Tomar um Chá

70 Em Amor, somos todos Um!

71 Feliz Vida Nova

72 Apareceu a Margarida

74 Zen Feng Shui

76 Entrevista

80 Biodanza

82 Inteligência Emocional

84 Em busca do invisível

86 Cuide-se bem

88 O desenvolvimento Pessoal e Eu

90 Comunicação Mais Eficaz

92 Zen Fotografia Com Alma

96 Agenda Zen

Em Outubro levamos

o último grupo de viajantes de 2016

à Magia do DESERTO DOS SONHOS

MARROCOS

as dunas de Erg Chabi

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Partilhas de um viajante!

Cuida primeiro de ti, para depois olhares para alguém. Isso não é egoísmo, é pura SABEDORIA!

Todos somos o que decidirmos ser.Eu sou alguém que não precisa de provar nada a ninguém. Já faz algum tempo que não perco tempo a tentar agradar, a dar explicações para ouvidos surdos,

a mover montanhas por quem nem sequer me respeita. Não foco a minha energia onde ela não é acolhida e se dispersa.

Quem quer ver, realmente, o meu ser vê: abertura, integridade, coragem, gra-tidão, amor, partilha, compaixão, alegria, magia, sensibilidade e acima de tudo dignidade. Não sou de palavras somente bonitas, comporto-me em ressonância

com as que profiro.E o bom disto tudo, é que todos podemos ser isto tudo. Assim o decidamos e de uma vez por todas, acabemos com o deixar que nos tratem mal nesta maravilho-sa vida. Quando isto acontece logo se liberta o melhor de ti. E começas a cuidar

de ti com dignidade. Esse é um direito básico da vida.Vamos viver?!

Sempre a fluir!

Luis BaiãoProgenitor Zen Family

Viajante e Explorador da [email protected]

luisbaiaozenfamily

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Viagens da Comida Saudável Aos olhos dos viajantes...Marrocos

Setembro, mês de viagens a Marrocos e desta vez acompanhados pela autora do livro:“Viagens da Comida Saudável”

Daniela Ricardo, acompanhou este mês, Luis baião, em duas viagens e claro que o livro os acompanhou a eles e a todos os viajantes que tiveram direito a um exemplar.

Diz Daniela ilustrando a foto abaixo:

Na Intensidade do Deserto dos Sonhos - o Imenso Sahara - construímos amizades que perduram.Amizades essas que são assentes apenas no que somos, apenas no que nos damos. O Deserto tudo põe a nu, pelo que o que mostramos é a nossa verdadeira natureza.

Brindemos a esta amizade que fez crescer um sonho - o livro “Viagens da Comida Saudável”.

abiofamily.pt

Lição do deserto

Fernanda Teixeira (Brasil)

Eu acordo muito cedo ainda, vem a manhã, a tarde, os clientes, as questões

Uma agradável calma resolveu me acompanhar, como uma boa companheira

diárias a resolver, algumas coisas se resolvem outras não; logo a noite chega.

Viajante Zen Family

Merzouga, Deserto dos Sonhos, Marrocos 2016

E, ela, essa calma que resolveu ficar comigo cisma em permanecer me acom

-panhando. Talvez eu tenha comido muita areia ou tomado muito vinho e estou

na onda, até agora. kkkkkk

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Menina dos Olhos da Alma

bons e saudáveis momentos, na partilha a dois, a partir de dois “Eu” em equilíbrio, capaz de viver uma rica harmonia, sob o som da verdade e do amor.

Um amor consciente vive e ganha força como o germinar de uma semente, que se alimentado, vai ganhando expressão de vida até demonstrar com sua beleza a vitalidade da alma, expressa em cada momento a dois, e quando não alimentan-do, possui uma tendência de atrofiar até a morte, porque uma planta não nutrida, torna-se incapaz de sobreviver por muito tempo, é querer o contrá-rio da expressão da vida, que precisa de todos os sais e nutrientes ideais para manter sua vitalida-de. Mas sendo a semente alimentada para toda a vida, ou sufocada pela força da própria vida, o que importa é a memória que fica, os momentos vividos, os aprendizados gerados, porque não há riqueza maior do que viver a vida em consciência, sabendo o que cada momento representou para a solidificação da nossa alma, polindo-a e nutrindo-a com os aprendizados para a sua evolução.

Reliane de CarvalhoColaboradora [email protected] menina.dos.olhos.da.alma

AMOR CONSCIENTEUm amor consciente não precisa estar perto para viver a sua força, possui a capacidade de ultra-passar a matéria, atravessa o oceano, possui a capacidade de fluir através do etéreo, atraves-sa o espaço sideral. Não está a procura de um “Ser” perfeito, de um par ideal, ama o imperfeito, admira o imperfeito e suas qualidades que mais trabalhadas foram, aceitando o outro como ele é, e desejando estando longe ou perto que seja capaz de evoluir no que ainda precisa para o seu bem estar, e organização interna.

Um amor consciente sabe que relacionar-se e conviver nem sempre é possível, para que o amor seja vivido ambos os envolvidos precisam estar no mesmo estágio de consciência, ou em estágios próximos, a comungar da mesma von-tade, a olhar o outro com os olhos da alma e o enxergar da mesma forma que o outro lhe en-xerga.

Um amor consciente nasce quando menos es-peramos, e ganha expressão nas provas a dois, na singularidade dos momentos, na força dos acontecimentos, na sinergia física, no exalar das expressões da alma, na memória da alma que aflora ao consciente.

Um amor consciente entende que agir de for-ma menos correta com o outro(a) pelo calor da emoções, nem sempre é para mal ao outro fazer, muitas vezes é reflexo da inabilidade que o ou-tro(a) tem de sentir algumas emoções, configu-rando-as em ações impulsivas, com capacidade de ferir, mesmo que isso seja a última coisa que queria a si fazer.

Um amor consciente sabe que na busca interna de cada um, para a organização da casa interna, há sempre uma série de desafios, e que é um caminho uno, não a dois, e que somente uma pessoa com a casa interna organizada pode que-rer e saber dividir a alegria de uma vida a dois, resolvida, com outra casa igualmente bem traba-lhada, e que duas casas igualmente organizadas, com tudo no seu devido lugar, acabam por ga-nhar força expressiva, tendo majoritariamente

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Banhos de Optimismo A Promotora de Felicidade

E depois dos dias quentes de verão, das es-planadas, da praia, do lazer, chega a estação que convida á reflexão, é altura de dizer: Olá Outono.Na cidade depois das férias, os adultos re-gressam ao trabalho e as crianças á escola.Quem vive no campo colhe os últimos frutos e trabalha nas vindimas.É mais um Outono, a bater-nos á porta.Recordo-me de até há uns anos atrás, só gostar de uma estação do ano, o verão.Encantada pelo sol e por tudo o que esta es-tação me proporcionava, esquecia-me de re-parar em tudo o que as outras me ofereciam.Atualmente, consigo saborear tudo o que cada estação me dá, aprendi que todas as es-tações têm um encanto próprio.O outono traz-nos folhas douradas e céus de cores incríveis.Os castanhos, vermelhos e amarelos en-chem-nos os dias de inspiração.É altura de cores e tonalidades quentes que nos servem conforto.Sentem-se os primeiros frios, sopram os pri-meiros ventos e caiem as primeiras chuvas.O clima convida a chás quentes e mantas por perto, é altura de aconchego.O Outono traz consigo momentos de renova-

ção e recomeço.É neste momento que nos preparamos para um Inverno longo, e logo de seguida o renas-cer da primavera.No Outono, devemos livrar-nos das nossas folhas mais velhas e purificar a nossa alma.É altura de renovação de sonhos e objeti-vos e de deixar para trás tudo aquilo que nos magoa. Lembre-se que quando as árvores se desfazem das folhas e flores que já não lhe satisfazem. É tempo de renovar a vida.Assim como as árvores permitem que o ven-to leve o que não tem brilho, nós precisamos deixar que o vento de Outono leve a tristeza e o que é menos bom, para que assim na nossa árvore da vida novas folhas e frutos re-nasçam.Tenha um Feliz Outono.

Nídia Massano Repórter/Locutora [email protected]

Sentir-se bem com a desgraça dos outros!!!Desculpem-me a expressão mas, PORRA para quem o SENTE, e não me venham com histórias de: “É o melhor que sabem fazer e blablabla... - BULSHIT digo eu, e isto para ser educada!!!

A humanidade tem destas coisas, sentimentos mesquinhos, sentimentos que ferem voluntaria-mente os outros, que incomodam, que fazem mossa.

TUDO NA VIDA tem retorno, o que fazemos, o que semeamos, o que enviamos ao Universo tem volta, por isso, estejamos atentos ao que andamos a fazer. ESPELHAMOS o que somos e

o que fazemos, por isso, mais cedo ou mais tarde teremos o reverso da medalha.

Queremos AMOR na vida: há que viver em Amor, semear, espalhar.Queremos SUCESSO na vida: há que trabalhar, há que partilhar, há que agradecer, há que ser

congruente e humano.

Muitos dos que se queixam, só têm na vida o que merecem, só têm na vida o que plantam. Se és tóxic@, esperas receber em troca, o quê afinal?

Já diz o velho ditado: “Não rias do vizinho que o teu mal vem a caminho”

Sónia RibeiroA Promotora de Felicidade

[email protected]

apromotoradefelicidade

Outono

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Histórias, Mitos e Contos

Este é um livro intemporal, talvez muitos já o tenham lido, até mais do que uma vez, pois é um livro que se lê muitas vezes e cada leitura faz-nos viajar de uma forma diferente.

Encontrei uma sinopse que de forma simples nos fala um pouco do que podemos encontar neste livro “ O sonho de voar, de ultrapassar os limites do espaço onde nasceu, de ver no-vos lugares e novas gentes está presente na essência do ser humano. Mas saber ver em cada coisa, em cada pessoa, aquilo que a defi-ne como especial, como única no mundo, pode ser aprendido lenda esta obra simples mas fas-cinante de Saint-Exupéry”.

“Uma história intemporal destinada a todas as

crianças: as que ainda o são, as que já o foram um dia e as que nunca deixarão de o ser” in O Principezinho Antoine de Saint-Exupéry

Há muitas partes desta história que me tocam, como a muitos, vou partilhar uma parte para mim especial, porque ela me faz refletir sobre “Quem Eu Sou no olhar do outro”.

“Já sabia que, para além dos grandes planetas como a Terra, Júpiter, Marte, Vénus, a que fo-ram dados nomes, há centenas de outros, por vezes tão pequenos, que é muito dificil vê-los com o telescópio. Quando um astrónomo des-cobre algum, batiza-o com um número. Cha-ma-lhe por exemplo: “asteroide 325”.

Tenho boas razões para acreditar que o plane-ta de onde vinha o principezinho era o astroide B 612. Este astroide foi visto ao telescópio uma única vez, por um astrónomo turco.

Nessa altura, o astrónomo apresentara a sua grande descoberta num Congresso Interna-cional de Astronomia. Mas ninguém acreditara nele por causa da maneira como estava vesti-do. As pessoas crescidas são assim.

Felizmente para a reputação do astroide B 612, um ditador turco obrigou o seu povo, sob ameaça de morte, a vestir-se como os euro-peus. E, quando o astrónomo repetiu a sua de-monstração em 1920, vestido de forma muito elegante, toda a gente concordou com ele.

Se vos contei estes promenores acerca do as-teroide B 612 e vos revelei o número, foi por causa das pessoas crescidas. As pessoas cres-cidas gostam de números. Quando se lhes fala de um novo amigo, nunca perguntam o essen-cial. Nunca dizem: “Como é a voz dele? Quais os seus jogos preferidos? Será que coleciona borboletas?” Em vez disso, perguntam: “Quan-tos anos tem? Quantos irmãos tem? Quanto pesa? Quanto ganha o pai dele?” Só assim jul-gam conhecê-lo. Se disserem às pessoas cres-cidas: “Vi uma casa muito bonita de tijolos cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombas no telhado...”, elas não conseguem imaginar a casa. É preciso dizer-lhes: “Vi uma casa de

quinhentos mil euros”, E, então, exclamam: “Mas que linda casa!”.Por isso, se lhes disserem: “A prova de que um principezinho existiu é que era encanta-dor, é que se ria muito e queria uma ovelha. E querer uma ovelha é a prova de que se exis-te”, vão encolher os ombros e dizer que são criancices! Mas se lhes disserem: “O planeta de onde vinha é o asteroide B 612”, elas ficam logo convencidas e deixam de aborrecer-vos com muitas perguntas. Elas são assim. Não se lhes deve levar a mal. As crianças devem ser muito benevolentes com as pessoas cres-cidas.Mas claro, nós que entendemos a vida, não ligamos nada a números! Gostaria de ter co-meçado esta história como se fosse um conto de fadas. Gostaria de ter dito:“Era uma vez um principezinho que morava num planeta pouco maior do que ele e que precisava de um amigo....” Para aqueles que entendem a vida, isto teria parecido muito mais autêntico.” in O Principezinho Antoine de Saint-Exupéry

Esta é uma história para mim verdadeira-mente apaixonante, e eu embora adulta, há dias que também sinto “o mundo dos cres-cidos é muito complicado, tudo seria mais simples com menos números” (ironicamente a minha vida profissional foi muito dedicada aos números).

Eu Sou.....nós sabemos que para que al-guém possa saber quem nós somos, quando nos apresentamos, nem sempre falamos de quem realmente somos. Talvez falemos da cidade onde nascemos, da idade que temos, do “estado civil”, se temos filhos, onde mo-ramos, o que estudámos, a que nos dedica-mos como atividade profissional.....mas isso não diz quem realmente somos. Quando nos apresentamos, o que dizemos de nós são na maior parte das vezes, uma serie de informa-ções de circunstâncias externas, mas real-mente isso não é quem realmente somos.

A frase que diz “As pessoas crescidas gostam de números. Quando se lhes fala de um novo amigo, nunca perguntam o essencial.” é tão verdadeira, embora a parte boa é que pode-mos nós contribuir para a mudar.

As pessoas arrumam-se em caixinhas pe-las informações que dão sobre si mesmas. A nossa sociedade é muito estereotipada e cada um de nós pode quebrar este paradig-ma.

Quando me perguntam quem Sou Eu...

Eu Sou ...Eu Sou um ponto de Consciência do UniversoEu sou um Ser HumanoEu Sou uma MulherEu Sou perfeitamente imperfeitaEu Sou uma Peregrina pelo Planeta Terra

O resto do que disser de mim, é o que eu faço, o que eu gosto e o que eu sinto. Saber quem eu sou, não é algo que se perceba, sabendo a cidade onde vivo, o que estudei ou a que me dedico na minha atividade pro-fissional, é algo que contudo se pode sentir num olhar atento e profundo, ou num abraço carinhoso, ou num sorriso sincero.

“Vou confiar-te o meu segredo. É muito sim-ples: só se vê bem com o coração. O essen-cial é invisível aos olhos.” in O Principezinho Antoine de Saint-Exupéry

Para quem já leu esta história, quem sabe hoje lhe apeteça reler de novo, para quem nunca a leu, quem sabe hoje sinta que lhe apetece o fazer.

Bem Hajam

Susana NereuPeregrina no Planeta TerraCoach e Empresá[email protected]

“O Principezinho” Eu Sou

Zen Mandalas

Vivemos muitas vezes o nosso dia-a-dia sob grande aceleração e um stress constante, pelo que cada vez mais importa providenciar momentos de calma e relax, reequilibrando as emoções e a nossa energia. Uns fazem-no frequentando aulas de yoga ou Tai Chi, outros meditando, outros ainda recorrendo a massagens de relaxação.

Os métodos e processos são variados, sendo realmente importante caminhar no sentido de uma melhor qualidade de vida.Atentos a esta problemática, cientistas da Universidade de Drexel efectuaram diversos

estudos e chegaram à conclusão que 45 mi-nutos de qualquer actividade criativa por dia, reduz o stress, independentemente da activi-dade escolhida, da experiência artística e do talento de cada um.O estudo envolveu pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos e os resultados comprovaram que 75% dos participantes evidenciavam níveis de cortisol baixos, o que significa níveis de stress baixos. Vieram pois confirmar, aquilo que há muito sabemos: que a arte cura e é uma excelente terapia.

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Seja ela qual for, a arte é por si só uma actividade regeneradora. E, a tal ponto é reconhecido o seu papel na recuperação e ma-nutenção da nossa saúde física e mental, que a medicina, a psicolo-gia e as terapias alternativas a vêm utilizando com resultados evidentes.

Já estou a ouvi-lo dizer “Não tenho jeito nenhum, não sou nada cria-tivo, …”. Errado! Não tem de ser propriamente um artista de renome. Tem sim, de abrandar o seu ritmo, escutar-se e dar hipótese de soltar a sua imaginação e criatividade.

Todos somos criativos, em maior ou menor grau, mas o que realmente importa é permitir-se SER, relaxan-do e desligando-se da rotina, reen-contrando o seu equilíbrio interior.Nesse contexto, desenhar e colorir Mandalas, é sem dúvida, uma ex-celente terapia. Elas actuam sobre os nossos hemisférios cerebrais, estabelecendo uma ligação com o nosso subconsciente, possibilitando um trabalho interno muito profun-do e harmonizando a nossa energia. São pois, uma excelente ferramenta de auto-expressão e auto-ajuda.Então, já coloriu Mandalas hoje?

Anabela Subtil Autora do livro “Trabalhando os

Chakras com Mandalas”

/Anabela-Subtil-autora

TRABALHE O SEU EQUILÍBRIO INTERIOR COM MANDALAS

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Setembro, e que bem que se termina o Verão na Casa dos Sonhos.Este mês tivemos um único retiro pois sendo um mês de viagens internacionais, não sobrava espaço para fazer mais. Convidamos Rute Caldeira e com ela tivemos também mais um grupo fantástico de viajantes sedentos da Paz e Equilivrio que só a casa dos Sonhos proporciona.Falamos de Alimentação Saudável, de meditação, de Mudança, de Equilibro e tudo fluiu, como sempre.“ Para ontem, hoje e amanhã, coração limpo, alma leve e sorriso no rosto, no mínimo. Assim, está acontecer mais um genial retiro de realização de sonhos na Casa dos Sonhos. Adoro criar viagens, adoro criar retiros, adoro criar passeios e muito mais ... mas no fundo o que adoro mesmo são pessoas a libertar a sua essência e nada como os eventos para tudo isso acontecer.Atrevam-se a viver e Apenas SER.Sempre a fluir! casadossonhosdemacaoLuis Baião”

Casa dos Sonhos Olhar de Viajante-Raid Fotográfico

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Setembro, foi também mês de estreia de um novo evento Zen Family: “Olhar de Viajante - Raid fotográfico com alma”.Um evento GRATUITO de celebração por estarmos tão gratos por tudo o que temos concretiza-do, dado e recebido.Este evento ESGOTOU em horas, e no dia, local e hora marcada, lá estavam 30 viajantes seden-tos de conhecer e ver o Porto com outros olhos e outra alma. Foi um sucesso, sempre com os miminhos da aBiofamily presente no belo almoço que oferecemos a todos. Zenfamilyproject

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Pense Mais Recordando...Butão

Toda vez que entrava no Fórum me deparava com um cartaz contendo os seguintes dizeres: “não há bons ventos para quem não sabe onde vai”. Odiava aquele cartaz, aquela frase e toda a ideia contida na foto daquele maldito barquinho à vela, navegando num dia ensolarado. Justo eu, que não tinha a menor noção do que queria. Não sei nem ao certo qual é minha cor preferida. Tantas coisas me agradam. Poderia ter sido atriz, cozinheira, babá, comerciante, vendedora, enfim, minha vida é um mar de “po-deria ser”.Mas minhas escolhas sempre seguiram tal qual um barquinho à deriva, perdido no infinito do oceano, incapaz de elucidar um único motivo sobre a direção tomada. Era final de uma Olim-píada e fui liberada mais cedo para ver o jogo.Depois de muita reflexão, voltei ao Fórum, ainda aberto e mais vazio que um cemitério, cumpri-mentei o segurança, fui até o andar do cartaz, retirei um papel e uma caneta da bolsa e produ-zi um novo cartaz com a seguinte frase: “Todos os ventos são bons, para quem não sabe aonde vai”. #prontofalei

Carla FontanaColaboradora Brasileira

Advogada e Fundadora Revista Pense Mais

[email protected]

revistapensemais

Todos os ventos são bons...

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Óleos Essenciais

Óleos Essenciais na Cozinha

Quanto mais experiência temos com óleos essenciais mais descobrimos a sua enorme diver-sidade de aplicações seja a nível de terapias, purificação de ambientes, controlo de infeções, prevenção e combate de doenças, alergias, entre muitas outras. Em edições anteriores da Revista Zen Family falamos na aplicabilidade de óleos essenciais a nível terapêutico (Aromatouch) e nas crianças como prevenção e combate das doenças e parasitas no regresso às aulas.

Nesta edição decidimos destacar a utilização de óleos essenciais na cozinha, tendo em conta que um dos sentidos mais estimulamos no nosso dia-a-dia é o do palato. Todos nós temos fome, ou necessidade de comer. Diariamente temos de nos alimentar para manter a nossa orquestra corporal a funcionar em condições, e sabemos que a base para uma vida saudável é uma alimentação saudável.Ao adicionar óleos essenciais nos cozinhados torna-se mais fácil incorporar os seus benefí-cios e propriedades durante todo o dia, exponenciando assim o nosso equilíbrio interno.

Existem muitas variáveis na utilização de óleos essenciais na cozinha, como por exemplo:

Intensidade - Se utilizarmos ervas frescas invés de secas sabemos que o sabor e a quan-tidade utilizada é diferente. A mesma regra se aplica na utilização de óleos essenciais para cozinhar. Os óleos essenciais são concentrados em aroma e sabor. E basta estar atento para perceber que algumas marcas de óleos essenciais são mais potentes do que outras - e isto tem a ver com a origem, pureza, potência e processos de extração.Dosagem - Os óleos essenciais poderão dar um sabor muito subtil ou muito intenso nos nossos cozinhados, depende da quantidade que utilizarmos. Quando comemos queremos ter o prazer de degustar e identificar o máximo de sabores que for possível, por isso temos de utilizar com cautela os óleos essenciais - MENOS É MELHOR. Devemos sempre usar o senso e o máximo discernimento começando com uma pequena quantidade, e depois vamos adicionando à medida que é necessário. Se colocarmos muita quantidade o sabor do óleo irá dominar e podemos contaminar o cozinhado.

Densidade - Os óleos essenciais têm densidades diferentes, uns são mais finos e outros mais espessos. O tipo de abertura da garrafa também vai determinar o tamanho da gota. Utilizar um conta-gotas ou uma seringa poderá ajudar a controlar a quantidade que se quer utilizar. Outra opção é escorrer para um utensílio em primeiro lugar, e retirar do utensílio a quantidade que se precisa para o prato ou bebida. Utilizar um palito também pode ser uma alternativa, mas temos de ter em conta que utilizamos sempre um palito limpo para não contaminar as garrafas dos óleos essenciais.

Começa as tuas experiências.Inventa, Sente, Saboreia. Abre o teu palato a novas aventuras na cozinha.Desfruta!

Contamos contigo na próxima edição para mais partilhas sobre estes fantásticos Óleos Es-senciais.Caso tenhas dúvidas poderás sempre remeter as questões para o email.

João Sales & Aricia SilvaProjecto DoTERRA

[email protected]

Fruta Desidratada com Óleos Essenciais- Corta maçãs em meias luas e coloca a demolhar em água com uma pitada de Sal Marinho Integral.- Adiciona a essa água 2 gotas de óleo essencial de limão da doTERRA e 3 gotas de óleo essencial de Hotelã-Pimenta da doTERRA.- Após 5 minutos escorre bem e coloca no desidratador a 65ºC durante 10 horas.- Depois deixa arrefecer e coloca num frasco hermético para preservar.

Podes usar diversas frutas tais como maçã, pêra, manga, pêssego, papaia, banana.Óptimo como snack ou para preparar farinhaspara adicionares a molhos,bolos ou batidos :)

Cacau quente com Óleos Essenciais

- Coloca num tacho um litro de bebida de arroz ou de amêndoa.- Adiciona 50gr de cacau magro em pó e 100gr de amido de milho bio e envolve tudo muito bem.- Coloca em lume brando sempre mexendo até ferver. Depois de le-vantar fervura apagar o lume e adicionar adoçante, caso pretendido, sugiro pó de tâmaras, stévia ou açúcar bio de côco.- Por fim adiciona uma gota de óleo essencial da doTERRA de Lima e por opção pode se adicionar também óleo essencial de Gengibre e ou de Cravinho apenas da doTERRA!

tem sido cada vez mais usada como trata-mento complementar para curar disfunções do corpo e da mente.- De relaxamento: uma das mais popula-res e mais procuradas nos spas, esta mas-sagem é, tal como o próprio nome indica, um convite ao relaxamento total. Com vários benefícios ao nível da saúde, esta massagem é recomendada a principiantes e/ou pessoas mais sensíveis à dor, nomeadamente porque não é tão intensa ou profunda como outras massagens. - Massagem terapêutica: completamente voltada para a saúde e a eliminação da dor, a massagem terapêutica tem como alvos principais as tensões e “nós” musculares dos quais muitas pessoas sofrem de forma crónica. Esta é uma massagem de pressão intensa e extremamente profunda, podendo mesmo ser dolorosa para algumas pessoas; no entanto, proporciona um alívio inigualável para quem sofre de dores corporais.- Massagem de aromaterapia: aliar o prazer de uma massagem ao prazer da aromaterapia tem-se revelado um enorme sucesso no mundo dos spas. A uma massa-gem composta por movimentos altamente relaxantes, junta-se um óleo essencial que vai de encontro às necessidades da pessoa nesse momento – aliviar o cansaço, sentir mais energia, libertar-se da ansiedade…- Massagem pré-natal: um mimo especial para as mulheres grávidas, a massagem pré-natal está especialmente indicada para as fu-turas mamãs que se encontram no segundo ou terceiro trimestre e cujo peso da gravidez já faz sentir os seus efeitos. Trabalhando especialmente costas e pernas cansadas, esta massagem promove uma sensação de relaxamento total.- Shiatsu: de origem chinesa, tem a propos-ta de equilibrar os pontos dos meridianos, que são os canais de energia que percorrem o corpo. Além de trazer bem-estar, ajuda no combate a insónia e ansiedade, melhora a circulação sanguínea e alivia a dor causa-da por contractura e má postura. O shiatsu também é indicado para os casos de cólicas menstruais, intestino preso, dor de cabeça e

enxaqueca. “A pressão do dedo do terapeuta atua no fluxo da energia, promovendo seu equilíbrio. Dessa maneira, faz fluir o que está bloqueado e seda o que está em excesso. A melhora dessa energia capacita o organismo a criar uma resistência natural, corrigindo os desequilíbrios internos, prevenindo patolo-gias e tratando doenças crónicas e agudas”.- Massagem sueca: considerada a mais clássica de todas as massagens, até porque serviu de base a vários outros tipos de mas-sagem, a massagem sueca é um bom ponto de partido para quem vai experimentar uma massagem pela primeira vez. O recurso a óleos essenciais suaviza os seis movimentos de pressão, deslizantes e até vibratórios que caracterizam esta massagem, que apresenta inúmeros benefícios físicos e emocionais.- Ayurvédica: estimula os músculos e circulação, liberando as toxinas presas neles e nos tecidos. “O terapeuta utiliza as mãos, cotovelos e pés para fazer o toque. O resul-tado é o realinhamento postural, alívio de tensões, inclusive crónicas, fortalecimento do sistema imunológico e redução do stress e depressão”.- Desportiva: Indicada para quem pratica algum tipo de desporto. O foco são os gru-pos musculares mais solicitados na realização da actividade física em questão. Os benefí-cios incluem o relaxamento da musculatura e melhora da circulação do sangue e oxige-nação das células. Com isso, o atleta é capaz de recuperar os seus grupos musculares mais rapidamente, bem como o vigor físico.- Massagem modeladora: para aquelas pessoas que querem eliminar os pneuzi-nhos e redefinir as curvas podem apostar na massagem.Na técnica modeladora, não há relaxamento: os movimentos são rápidos e intensos, com amassamento e deslizamen-to das mãos sobre a pele com a ajuda de cremes para desmanchar a gordura, redistri-bui-la e acabar com a aparência de casca de laranja ocasionada pela celulite.

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A Massagem é uma das mais antigas e sim-ples formas de terapia. Existem provas da utilização de técnicas de massagem que remontam a 5000 anos atrás. O Oriente é a região onde a massagem acompanhou a civilização desde sempre: da China ao Irão encontram-se vestígios de de-senhos e murais que ilustram diversas práti-cas e técnicas ligadas à massagem.A Ocidente, as medicinas grega e romana também deixaram relatos terapêuticos bas-tante precisos sobre a aplicação de técnicas de massagem sendo a recomendação de Hi-pócrates – “O Pai da Medicina” – a que maior relevância tem para o desenvolvimento desta forma de terapêutica. Hipócrates refere em vários tratados a necessidade de “esfregar para ajudar o corpo”.Ao longo dos séculos existem momentos im-portantes que determinam o apuramento de técnicas de massagem com fins terapêuticos: entre 129dC e 199dC, Galeno escreveu uma dezena e meia de tratados onde são descri-tas técnicas e manobras de massagem e os gregos sempre associaram a massagem à prática desportiva (não fossem eles os cria-dores dos Jogos Olímpicos.

No entanto, durante a Idade Média, a prática da massagem foi conotada com a sexualida-de e a sua utilização terapêutica como práti-ca clinica proibida pela Igreja. Só no sec. XVI veríamos o cirurgião francês Ambroise Paré a ressuscita-la e recomendar o seu uso de forma veemente como parte integrante do tratamento e prevenção de doenças. Foi o sueco Per Henrick Ling o grande per-cursor da massagem a Ocidente: ele com-pilou uma série de exercícios e movimentos no que viria a ser designado por Ginástica Médica que ganhou defensores e adeptos em todo o mundo ocidental.Hoje em dia quando falamos de massagem temos ao nosso dispor um mundo inquanti-ficável de técnicas e práticas que nos permi-tem experienciar sensações e procurar solu-ções terapêuticas personalizadas.

Tipos/Técnicas de Massagem mais co-muns:Existem massagens voltadas para os mais di-versos fins: relaxamento, redução de volume, alívio de dores, correcção postural, melhora das funções do organismo e muitos outros. Por isso, a prática continua da massagem

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- Desintoxicante Drenante e Drenagem Linfática: tem como objectivo desintoxicar e drenar o organismo, reduzindo inchaços e equilibrando as funções metabólicas. Os efeitos também incluem redução da flacidez e relaxamento muscular. “O procedimento combina técnicas da massagem drenante manual com a massagem terapêutica oriental e manobras da massagem relaxante”. Utili-zam-se sempre óleos essenciais drenantes e activadores da circulação linfática.- Abhyanga: esta técnica faz uso do óleo em grande quantidade com o objectivo de nutrir os tecidos e eliminar as toxinas. É feita com óleo morno escolhido de acordo com o Dosha do paciente, que é a caracterização de seu perfil biológico. “São realizados mo-vimentos e leves alongamentos visando a eliminação de toxinas”.- Massagem profunda do tecido: para aquelas pessoas que possuem dor muscular crónica podem recorrer à massagem como forma de tratamento para suavizar os sinto-mas. Esta técnica atua na reorganização dos tecidos nas camadas profundas dos músculos por meio de movimentos que exercem pres-são sobre as áreas lesionadas. Esta massa-gem também é recomendada para mulheres com problemas de postura e luxações.- Do-In: massagem japonesa que utiliza os

meridianos da acupuntura para equilibrar as energias do corpo. Equilibra e desbloqueia o fluxo de Ki, a energia vital segundo a medi-cina chinesa tradicional. A técnica é muito usada para fazer auto massagens, em que a pessoa pode apertar pontos no corpo para aliviar problemas. É considerada muito rela-xante.- Bowen: massagem feita com muita leveza e suavidade para estimular a divisão nervosa autônoma chamada parassimpática. O siste-ma parassimpático estimula o bom funciona-mento do intestino e baixa a pressão san-guínea. O sistema parassimpático também estimula os órgãos sexuais. Bowen é um tipo de massagem relaxante. Foi desenvolvido por Tom Bowen, na Austrália. A massagem tenta estimular o sistema de autocura que é inata no cliente.- Tui-Na: massagem chinesa, significa pegar, segurar, amassar. Muitas vezes usada em conjunto com a moxabustão, ventosa e tai chi chuan. Equilibra a energia do corpo, usando os meridianos. Muito comum nas artes marciais.- Tântrica: massagem sensual para aumen-tar o estímulo sexual. Ativa o sistema paras-simpático que acalma a pessoa e melhora a vida sexual. Muitas vezes feita com o marido e a mulher ao mesmo tempo.

Usar Óleos Essenciais na MassagemO segredo: diluir os Óleos Essenciais em óleos vegetais é a forma mais fácil de aplicação terapêutica. No entanto é importante que a técnica de massagem aplicada seja adequada à patologia que pretendemos tratar mas também que escolham os Óleos Essenciais em função do efeito que se pretende. Assim, se pretendemos um Relaxamento devemos usar uma Lavan-da, uma Camomila ou uma Palmarosa; se o que se pretende é activar a circulação devemos usar Óleos essenciais vasoconstritores como o Cedro ou a Menta. Se por outro lado pretende-mos trazer calor ao corpo e tratar dores musculo esqueléticas devemos escolher um Gengibre, uma Gualtéria ou uma Pimenta Negra.Proporção: para 1 aplicação – 30 ml de O.V. para 3 a 5 gotas de O.E.; para 100ml de O.V. usar até 18 gotas de O.E.

8 FORMULAS COM ÓLEOS ESSENCIAIS A USAR NA MASSAGEM:RELAXAMENTO: Lavanda maillete + Gerânio + PalmarosaARTICULAR: Gualtéria + Pimenta Negra + Alecrim Cânfora + Gengibre + TerebentinaDESCONTRATURAÇÃO: Cloreto de Magnésio + Terebentina + Gualtéria + MangeronaENERGIZANTE: Vetiver + Sândalo + JasmimVARIZES/VASOCONSTRITOR: Alecrim Cânfora + Menta arvensis + CedroESTIMULANTE: Alecrim cineol + Tomilho Branco + EucaliptoADELGAÇANTE: Laranja Amarga + Patchouli + RavensaraPRÉ-NATAL: Lavanda angustifólia + Verbena + PalmarosaCATALIZADORA DA LIBIDO: Ylang Ylang + Rosa + Ravensara

Sandra Maria MarquesProjecto Zafu & Zafu

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A Natureza tem coisas fantásticas. Ainda há uns dias os dióspiros da nossa árvore estavam quase invisíveis e eis que agora se vêem bem laranjinhas.

É claro que não resisti. Ao ver tamanha “fortuna”, decidi logo aplicá-la! Este foi o resultado do meu “investimento”! É fabuloso comer de acordo com o ritmo da natureza. Todos os dias há surpresas, novas cores e novos sabores!

Ingredientes:• 1 chávena de farinha de alfarroba• 1 e 1/2 chávenas de farinha de espelta• 1/2 chávena de geleia de arroz• 1 colher de sobremesa de fermento em pó biológico• 1 pitada de sal• 3 colheres de sopa de óleo de grainha de uva (ou de milho)• 4 Dióspiros maduros

Preparação:Misture todos os produtos sólidos num recipiente. Noutro recipiente, misture todos os produtos líquidos. Adicione aos líquidos a mistura sólida, mexendo bem.Coloque tudo numa tarteira e leve a cozer ao forno, a 180º, durante 15 min.Retire do forno e cubra com a polpa dos dióspiros.Deixe arrefecer e sirva como sobremesa ou a acompanhar o seu chá favorito.Humm! Delicioso!

Atreve-te a ser diferente!Alimenta-te de uma forma consciente!

Daniela RicardoChef Cozinha NaturalAutora do livro“Viagens da Comida Saudável”[email protected] biofamily.pt

As receitas da Dani

TARTE DE DIÓSPIRO E ALFARROBA VEGETAIS COZIDOS À MODA DAS FURNASSempre tive curiosidade em experimentar o célebre cozido das Furnas, cozinhado debaixo de terra, mas nunca soube como o poderia fazer sem ingerir carne - o que não faço, por opção. Tive a sorte de conhecer a D. Helena, no hotel onde ficámos, e juntas conseguimos criar um cozido e uma feijoada à minha medida. Com ela aprendi que posso cozinhar o que quiser nas furnas, desde que a panela permaneça fechada.Como a fonte de calor é a terra, os cozinhados demoram a ficar prontos. É necessário come-çar a prepará-los cedo, já que têm de ficar pelo menos seis horas a cozer no «buraquinho». Este método de cozedura de forma lenta e com pouco líquido, que os Orientais chamam de nishime, é excelente para usar no Outono. Claro que em casa será na panela e com o fogo do fogão.

Ingredientes:• 4 batatas doces • 4 cenouras• 1 repolho cortado em pedaços grandes• 1 couve-coração cortada em quartos• 2 nabos cortados ao meio• 2 inhames (opcional)• 2 cebolas cortadas ao meio• sal • 1 fio de azeite

Preparação:Lave e corte os vegetais. Colo-que-os na panela por esta ordem: cebolas, nabos, repolho, couve coração, batata-doce, inhame, ce-nouras. Tempere com sal. Coloque a panela dentro de uma saca de pano e deixe cozer num dos bura-cos destinados para este fim. Nas Furnas, claro.Dica: para ficar com um sabor mais tradicional acrescente uma chouriça de soja, sem a película envolvente e enrolada numa folha de couve, assim como um pedaço de tofu

fumado, igualmente envolto numa folha de couve.Para fazer em casa sem ir às furnas, temos que acrescentar um pouco de líquido - cerca de 200 ml de água - e deixar cozer tapado, em lume lento cerca de 2 horas. Só vai faltar o cheiro do enxofre.

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Aos olhos da Zen Family...Mação

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A cura através do corpo: o factor oxitocina

Zen Shiatsu

No seu livro “The Oxytocin Factor” (publicado em 2003), a cientista Kerstin Uvnäs Moberg relata como durante a gravidez e amamen-tação das suas quatro crianças se deu conta que experimentava um estado físico e mental, oposto ao familiar stress do dia-a-dia e da vida profissional. O seu comportamento e modo de pensar funcionavam de modo completamente diferente ao ‘desafio’, ‘competição’ ou ‘perfor-

mance’. Isto levou-a a pesquisar tudo o que encontrou sobre o tema e a reconhecer o pa-pel chave da hormona oxitocina a que cha-mou a “hormona da calma, amor e cura”.

Experimentamos os efeitos da oxitocina atra-vés das nossas vidas. Quando nascemos a oxitocina ajudou as contrações do útero e a formação do canal pelo qual chegámos ao mundo. Esta mesma substância tornou pos-sível que fossemos amamentados pelo leite

materno e ajudou a criar o vínculo emocional mãe-bebé. Durante a infância desfrutamos das carícias, mimos e carinhos dos nossos pais porque estimulavam a produção de oxitocina no nosso corpo. Na vida adulta experimenta-mos o efeito da oxitocina quando apreciamos uma boa refeição, recebemos uma massagem ou num interlúdio romântico. A oxitocina está presente nestas situações e em muitas outras.

A oxitocina foi descoberta em 1906 como uma substância que acelera o processo do parto e que também promove a lactação. Hoje sabe-mos que esta substância tem um papel chave no “mecanismo de calma e conexão” (o siste-ma de relaxamento oposto à “reação de fuga ou luta”, activado em situações de perigo ou stress) e que está presente quando sentimos bem-estar e ligada a todas as formas de ex-pressão de amor.

Esta hormona é produzida pelo hipotálamo, bem como em outras partes do corpo (úte-ro, testículos e ovários) e influencia a parte do sistema nervoso responsável pela resposta de relaxamento (ou “mecanismo de calma e conexão”) que induz a calma e o bem-estar. Os efeitos da sua presença são, entre outros, a redução da pressão arterial, dos níveis de hormonas de stress e da tensão muscular; aumenta a capacidade digestiva e acelera o processo de cura de feridas ao mesmo tempo que reduz a inflamação e a sensação de dor. Ao nível comportamental a oxitocina melhora a nossa capacidade de atenção, aprendiza-gem, torna-nos mais interessados no que nos rodeia e nas relações sociais; tornamo-nos mais curioso, receptivos e calmos. Este é o nosso mecanismo natural de auto-cura loca-lizado no cérebro emocional de que falámos nos dois artigos anteriores desta série.

São vários os modos em que podemos incre-mentar naturalmente os nossos níveis de oxi-tocina e activar o “mecanismo de calma e co-nexão”, reduzindo assim os efeitos do stress na nossa vida.

O toque agradável, bem como situações de intimidade (física e/ou emocional) são os me-canismos mais eficazes no estímulo da produ-ção de oxitocina no nosso corpo e de activa-ção do sistema de relaxamento. Assim não é de admirar que a massagem e outras terapias corporais que usam o toque estimulem forte-mente a produção de oxitocina. Vários estu-dos científicos sobre os efeitos da massagem mostraram que reduz a ansiedade, acalma e relaxa, reduz os níveis de hormonas do stress. Estes efeitos são potenciados depois de uma série de tratamentos. Por esta razão muitas doenças ligadas ao stress respondem positi-vamente à massagem como a fibromialgia, dores abdominais crónicas em crianças, defi-

cit de atenção e hiperatividade, entre outros. As terapias corporais são um mecanismo ex-tremamente efectivo de induzir naturalmente a libertação desta substância curativa permi-tindo-nos ter uma vida mais saudável e equi-librada.

Os relacionamentos humanos positivos de na-tureza romântica, familiares, entre amigos e na comunidades são bons para o nosso bem-estar e aumentam a o desfrute e sentido da vida. As relações humanas de proximidade estimulam o mecanismo de calma e conexão não apenas através do toque e contacto físi-co mas também através dos sentimentos de proximidade, conexão, calor-humano e amor. Lugares físicos e objectos que estão associa-dos na nossa memória com boas experiências tem também um efeito semelhante.

Por exemplo, quando fazemos algo em família ou em grupo de amigos, cria-se (normalmen-te) interação e proximidade e um ambiente que desperta os sentidos, surgem o toque fa-miliar, as gargalhadas e os cheiros convidati-vos. Estão criadas as condições para a acti-vação do “mecanismo de calma e conexão”. É fácil concluir que os padrões da nossa vida moderna com um maior individualismo e me-nos vida comunal reduzem estas experiências sensoriais. Por outro lado as experiências diá-rias que activam o nosso mecanismo de res-posta ao stress parecem ter aumentado. Si-tuações diárias que induzem uma resposta de stress de baixo nível ocorrem constantemente no nosso dia-a-dia – estima-se que em média temos cerca de 50 respostas destas durante um dia, causadas por situações tão variadas como engarrafamentos de trânsito, almoço em correria, atraso para apanhar o autocarro, reunião desagradável de trabalho, etc. Quan-do as respostas de stress são constantes e repetitivas ao longo de dias, semanas, meses

e anos, sem que haja um processo adequado de descanso e recuperação, acumula-se ten-são psico-física e emocional que com o tempo dá origem a sintomas quer físicos quer men-tais.

Outros mecanismos que estimulam a activa-ção do nosso sistema de equilíbrio e auto-cura são o exercício físico, o contacto com a natureza ou animais, a prática de yoga, a me-ditação, actividades sociais e de entre-ajuda e muitos outros. Em resumo, tudo o que nos traz plena satisfação e nos dá prazer e alegria.Na vida moderna passamos cada vez menos tempo em proximidade ou contacto quer fí-sico quer emocional com outros … escasseia o tempo ou a energia para nos darmos aten-ção, criar laços, passear de mão dada com a nossa criança, ou dedicar um dia inteiro à nossa relação intima. Menos contacto, menos toque, menos oxitocina, mais vulnerabilidade ao stress... Isto é particularmente relevante para as crianças de hoje, com mais proble-mas de hiperactividade, falta de concentração e agressividade.

Estamos em constante busca de equilíbrio fí-sico e mental, ainda que nem sempre disso estejamos conscientes. A oxitocina funciona como um antídoto contra os efeitos negati-vos da nossa vida acelerada e competitiva, o stress e a ansiedade. Temos um sistema inato de auto-cura que nos permite recarregar as nossas reservas de energia, descansar e curar, bem como re-co-nectar com o que nos torna humanos e des-frutar da vida. Podemos escolher actividades e interesses que promovem a libertação da oxitocina armazenada no nosso “gabinete médico interno”, activando este sistema. As escolhas dependerão da nossa cultura, tradi-ções, meio em que vivemos, circunstâncias da nossa vida, gostos pessoais e opções disponí-veis. O importante é estarmos conscientes da necessidade de equilibrar o stress com tran-quilidade e relaxamento e fazer escolhas que deem mais significado e prazer à nossa vida.

Cristina GondarTerapeuta Zen Shiatsu

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Zen Shiatsu Sempre a Fluir

Aqui vai um texto de uma das minhas personagens preferidas. Consegue fazer sátiras na forma como levamos a vida. Esta mais uma que não podia deixar de partilhar.“ Na minha próxima vida, quero vi-ver de trás para frente.Começar morto, para despachar logo o assunto.Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa.Ser expulso porque estou demasia-do saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jo-vem o suficiente para entrar na fa-culdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo.E depois, estar pronto para o secun-dário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí torno-me um bébé inocente até nascer.Por fim, passo nove meses flutuando num “spa” de luxo, com aquecimen-to central, serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois – “Voilà!” – desapareço num orgasmo.” - Wooddy AllenBoa tarde pessoas LINDASUm chupa chupa para aqueles que virem o erro na foto. Perspectiva está mal escrito ... LOL ...Sempre a fluir!

Luis Baião- in Inspiração -

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Despertutor - Consciência de Vida!

O Poder do Diálogo!

Vivemos num mundo interpretativo e de diálo-go, seja interno/privado, seja externo/público.– Sabemos ouvir e falar, mas nem todos sabe-mos dialogar. E há muito para evoluirmos!

A Arte do Diálogo tem que ver com o acto de pensarmos em conjunto, gerarmos um fluxo de significado. Significado partilhado é a cola que mantém juntas as pessoas.

Existem 4 dimensões da arte da Conversação.A nossa realidade diária é animada habitual-mente com dois fragmentos apenas da arte da conversação, apenas duas das dimensões. São eles o debate e a dialética, animados da energia da “Defesa”.Debates têm que ver com um fecho a qualquer possibilidade diferente daquela que dou como certa. Custe o que custar tenho que ter razão! O melhor lugar para observar estes actos de guerrilha conversacional é a arena política. Observe-se um debate ou entrevista de cariz político e veja-se o agente político a defender a sua agenda, política e ideologia, “manipulan-do”, criando abstracções, “confundindo” “res-pondendo” a perguntas que não foram feitas ou a replicar a questões com outras questões que nada têm que ver só porque “cumpre uma agenda pessoal/partidária” e quer ter razão.A Dialética já é um pouco distinta, porque tra-ta de apresentarmos os nossos pontos de vista com um espaço de abertura para mudarmos de opinião, de forma fundamentada.A sociedade que formamos vive maioritariamen-te da prática destes dois tipos de Conversação. São ambientes mais típicos de superficialidade, velocidade conceptual, tensão pessoalizada (eu ataco a pessoa x ou defendo-me da pessoa x) e sensação forte de desconstrução, abstracção, fragmentação e separação. Muitas certezas, argumentação de “memória” e muita violência conversacional. Está frequentemente presente, ainda que inconscientemente, uma falta de res-peito entre os participantes do diálogo, respeito pelo caminho percorrido e experiência adqui-rida, respeito pela tomada de perspectivação

distinta, respeito pelas crenças, respeito pelas afiliações, respeito pelo Humano que se apre-senta à nossa frente. Apesar de tudo o que exponho, há muito valor nas práticas de debate e dialéctica, se aplicadas em contexto adequado. Como exemplo refiro ambientes de análise de problemas e tomada de decisão ou contextos de crise em que o tem-po de resposta é uma variável de cariz “urgen-te” e estas dimensões conversacionais tomam importância crítica.Mas existem outras duas dimensões, e essas são-nos maioritariamente desconhecidas, ainda que desejavelmente atraentes.

São elas a Conversação Reflexiva e a Conversa-ção Generativa.

A primeira trata de habitarmos espaços de conversação onde todo o conteúdo é de cariz implicativo e experiencial. Nada de conceitos, juízos, teorias, modelos, ferramentas, etc. É de nós que se trata e das inúmeras experiências e lições que possamos ter tido ou estejamos a viver no momento que tenham ligação com o tema da conversação. É um puro reflexo de quem nós Realmente somos, naquele momen-to. Implica que reflictamos acerca da nossa ex-periência, que nos alinhemos em integridade à nossa essência e intenção de partilha e que quando o façamos nos foquemos naquilo que é essencial, abdicando do acessório e “floreados de embelezamento de histórias” e “justifica-ções/explicações”.

Um exemplo prático deste ambiente de Con-versação Reflexiva é manifestado em inúmeros Círculos de Diálogo que promovo em diferen-tes ambientes. Uma vivência recente deu-se no Festival Boom, onde sou co-responsável pelo projecto Boomers Council. Nesta última edição do Festival que terminou na Lua Cheia de 18 de Agosto, o tema geral era o Xamanismo, e para cada dia de Festival o Boomers Council tinha um tema específico proposto aos participantes. Um dos temas era o “Xamã Interior – para Connos-co, para com os Outros e para com o Mundo”.

Nesse diálogo, que funcionou num espaço aberto – podia-se entrar ou sair quando qui-séssemos – estiveram em média 20 pessoas e nos picos cerca de 40 pessoas. Haviam pes-soas da Austrália, Portugal, Inglaterra, Israel, Macedónia, Estados-Unidos, Alemanha, Holan-da, Irão, Luxemburgo, etc. Todos numa postu-ra profunda de implicação pessoal partilhando as suas histórias no que ao Xamã Interior dizia respeito. Um espaço imenso de enriquecimen-to humano na medida em que cada um cres-ce com a experiência do outro, e se ligam uns aos outros (incluindo quem facilita claro está). Houve várias pessoas a partilharem determina-das experiências suas pela primeira vez, houve emoção profunda, tanto no feminino quanto no masculino e houve a certeza de que o cami-nho humano passa mais e mais por diálogo e por partilha, na medida do quão nos permite crescer, sem juízo e prejuízo uns dos outros.

Outro exemplo e apenas para trazer à percep-ção dos leitores uma dimensão que normal-mente nos assusta: o silêncio. O silêncio é visto habitualmente no espaço de diálogo como “va-

zio”, “tensão/medo” ou “fuga” e se bem que isto também faz parte há mais possibilidades. Vamos vê-las a partir de uma experiência recente tam-bém havida no decorrer do Boomers Council: observemos estas incríveis variações em torno do Silêncio ao longo de um período de 2,5 horas: Numa fase inicial houve um “Silêncio Em-baraçoso/Curioso” porque se aguardava por indicações, contexto, e regras, sentindo o espaço e os participantes. As pessoas não co-nheciam o espaço, os facilitadores, os outros participantes, os objectivos e o que signifi-cava o tema. Espaço habitado por cortesia.Numa fase subsequente surgiu o “Silêncio Incó-modo e Tenso”, porque os participantes estavam a perceber risco, confiança, ultrapassar medos e como se davam os passos e com que nível. Pes-soas começaram a falar mas com receio, com alguma medida de “defesa” e cuidado. Mas esta fase foi muito curta, talvez 5% do tempo total.Depois surgiu o “Silêncio Reflexivo”, quando os participantes uma vez rendidos ao poder da partilha implicativa, entravam num espaço de reflexão pessoal para se poderem alinhar com a partilha que queriam fazer no grupo.

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Começam a surgir “pérolas”! e o processo de construir em cima do que já existe, adicionan-do. Numa fase final surgiu uma Qualidade de Si-lêncio muito rara em conversação, o “Silêncio Pleno e Curativo”, na medida em que as parti-lhas tinham tido um grau de intensidade e pro-fundidade de tal ordem, que levou as pessoas a ligarem num Todo de cura ou incentivos de mu-dança de processos seus a partir das vivências dos demais, e em simultâneo. Aquele silêncio que convoca sorrisos de cumplicidade entre “ir-mãos” que se reconhecem. É magnífico quando podemos viver em ambien-tes conversacionais com tamanha riqueza. E to-dos podemos fazê-lo!Este Boomers Council, embora tenha um nome específico relacionado com uma abordagem concreta de Diálogo (O Council), fundamenta-se em inúmeras práticas de diálogo com vista a melhor corresponder à intensidade e ritmo do ambiente do Festival e à incrível diversidade multicultural presente.

Criar e vivenciar estes espaços de diálogo re-

quer intenção, ambiente, campo, facilitação, respeito, escuta, expressão autêntica, suspen-são de julgamentos e muitos outros ingredien-tes. Atente a cada um deles e veja o como eles, na sua larga maioria, estão ausentes dos nos-sos espaços de partilha no domínio colectivo, entre amigos, familiares, organizações.Aqui há implicação, profundidade, ligação, ex-periência, emotividade, tensão despessoali-zada, vulnerabilidade, colaboração, empatia, compaixão, amorosidade, etc.Esta já é uma dimensão de conversação por de-mais “acima” das possibilidades ditas normais. É de uma riqueza imensa e tem uma particu-laridade muito interessante – a intensidade e profundidade do espaço de conversação não precisa que os seus participantes conheçam a história uns dos outros, e a bem ver que se co-nheçam uns aos outros.

Mas ainda há uma outra dimensão...aquela em que nos surpreendemos a nós próprios. Aquela em que Geramos novas possibilidades entre nós e os outros e para nós mesmos, e muitas vezes para os diferentes Mundos que habitamos.

Despertutor - Consciência de Vida!

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Neste espaço de criação pura alguns factores têm de estar presentes. Em primeiro lugar todos os intervenientes têm de estar “abertos” (como oposição a estar “à defesa”), todos têm que estar num espaço de ligação através da implicação pura e directa e capazes de ir ao “espaço que existe entre as memórias” – o espaço vazio onde o “novo” pode ser criado. E ao sê-lo vai seguramente surpreender-nos. Damos por nós a ser canais de algo que nos transcende. A mostrar-nos dimensões que nos desconhecíamos capazes de alcançar. A ter profundos insights e expressões de unidade com o Todo dos demais seres que habitam o espaço de Diálogo. E surge um sentimento muito novo – o de uma irmandade entre os participantes. É belo.

Todas estas dimensões são possíveis de ser aprendidas e praticadas em ambiente formati-vo experiencial. Tenho um workshop denomi-nado de “A Arte do Diálogo” onde tudo isto é caracterizado e experienciado ao mais íntimo detalhe. Até eu ter aprendido estes processos que ocorrem nos bastidores e no palco das conversações, também eu julgava que sabia ouvir e falar. Que percepção mais reduzida tinha eu! Ao longo do anos o Ouvir transfor-mou-se em Escutar e o Falar transformou-se em Expressar Autenticamente. E mais ingre-dientes e especiarias surgiram.

Por passarmos os dias, e às vezes as noites, em conversas ora exteriores com outros, ora interiores connosco mesmos, achamos-nos especialistas em diálogo e que nada há a aprender neste mundo. Conto que através des-te artigo fique uma ideia de que é um mundo incrível e vasto que merece ser explorado, so-bretudo no espaço colectivo, tanto mais quan-to é através de ambientes de diálogo reflexivo e generativo que nós podemos criar novos mundos, os mundos por que tanto ansiamos.

E se os leitores da revista Zen Family ins-tituíssem um Zen Diálogo, onde as

experiências das nossas “viagens de vida” pudessem ser partilhadas ao Vivo?

A Maior Coragem é Um ousar mostrar Ser aquilo que É

José SoutelinhoDespertutor

[email protected]

Lidar consigo é sem dúvida bem mais complica-do que lidar com os outros.Você é tão bacana, tão companheiro, tão aten-cioso, prestativo e colaborador. Sempre pre-sente e amoroso com a família, és um verda-deiro amigo dos seus amigos, impecável com os colegas de trabalho e incansável em atender as necessidades do seu amor.

És paciente em ouvir aqueles telefonemas infin-dáveis, dar conselhos, elogiar, oferecer colinho e minimizar as aflições e autoflagelações alheias. Não pensa duas vezes em atravessar a cidade de madrugada, se preciso for, para amparar al-guém. Tens sempre palavras de entusiasmo e positivismo, reforçando ao outro que tudo dará certo, que fizeste o melhor que podia e que não és tão mal assim. Afirmas com segurança que aconteça o que que acontecer estarás ao lado a amparar e auxiliar no que for preciso.

E quando chega sua vez, você faz o mesmo? Você se acolhe, se protege, se defende, se es-cuta, se perdoa, se incentiva, se aceita?

Fomos muito treinados a ser atentos aos outros, principalmente as mulheres. A satisfazer vonta-des e resolver as necessidades do próximo nos deixando sempre em segundo plano. Consegui-mos perceber os gostos e o que faz feliz aque-les que elegemos e nos moldamos rapidamen-te para agradá-los. Preparamos com carinho o prato preferido, mesmo que a cozinha não seja o local de eleição. Planeamos com detalhes um passeio agradável de fim de semana, mesmo quando temos trabalho a fazer, arrumamo-nos com gosto e capricho, mesmo quando nos falta tempo, gastamos mais dinheiro que podíamos numa prenda, só para ver o outro realizado e feliz.

É claro que relacionar-se é importante principal-mente porque nos permite ver quem realmente somos e o que somos capazes de fazer por al-guém. Porém a questão aqui é outra. Por mais que se diga o contrário, que se negue veemen-temente, nutrimos a expectativa de que o outro ou alguém, faça o mesmo por nós. Assim como um seguro, muitos esperam que os cuidados com os filhos gerem os mesmos cuidados na velhice, que os relacionamentos afetivos retri-buam na igual medida a atenção dispensada e supram todas as nossas necessidades físicas e emocionais. Que os colegas de trabalho tenham a mesma fidelidade e colaboração que temos com eles. Que os vizinhos tenham a mesma di-ligência aos nossos pedidos como temos com os deles.

Porém, a vida não é uma matemática e o outro não pode dar aquilo que não tem ou mesmo aquilo que não quer. Esse outro também, por motivos diversos, pode ir embora não tendo mais como atender e sanar nossas expectativas e necessidades. Seja como for, por um motivo ou outro, quando isso acontece sentimos muitas vezes profunda decepção, seguida de revolta e amargura. Preço alto pago pelo autoabandono e solidão que nos impusemos ao se abandonar.

A solidão não é a ausência de pessoas e sim a distância que estamos de nós mesmos. A maior parte do tempo não estamos em conexão co-nosco e sim com o outro e com o ambiente. Torna-se urgente voltar para si e assumir a responsabilidade pelas próprias necessidades. Investigar com seriedade e empenho o que es-tamos sentindo, pensando e querendo a cada momento. Criar um espaço existencial do “eu comigo” de extrema intimidade e cumplicidade.

Mentes Inspiradoras

Investir em autoconhecimento e dar-se importância é a única forma de sair da solidão, que é sem dúvida a maior doença da atualidade e que acontece mesmo quando estamos rodeados de pes-soas.

“Ama ao próximo como a ti mesmo”. Você tem-se amado na mesma intensidade que ama aos outros?

Porque não começar hoje?

Daniela Gargiulo Colaboradora Brasileira

Neurocoaching, PalestrantePost Doc Biologia [email protected]

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Ama ao próximo como a ti mesmo

Em matéria de coração arrebentado, doído e massacrado de tanto sofrer por amor, a mú-sica brasileira, principalmente a sertaneja, é fonte de inspiração e um convite para con-tinuar afundando e atolando nas garras da paixão! Ôh sofrência! Querem ver uma?

Quem já se apaixonou conhece o trajeto des-sa montanha russa. Um sobe e desce de gru-dar o estômago na garganta! Curvas excitan-tes e loopings aterrorizantes! Uma jornada de prazer e de dor. De alegria e de tristeza. Felicidade ao extremo, e tristeza de fundo de poço. Tudo isso acontecendo em escala de revezamento. Ora um sentimento, ora outro. Ora a euforia, ora a depressão.

De repente vamos perdendo o juízo e o que era apenas para ser uma aventura nos trans-forma em escravos, e não somos mais do-nos das nossas emoções. Simplesmente elas passam a comandar nossos sentidos e não conseguimos mais pular fora. Já passei por isso e lembro que quando estive nesse turbi-lhão, nada do que me diziam “me livrava das garras desse amor gostoso...” risos (letra sertaneja). Até porque, da mesma série “sofrência”, “qualquer pessoa apaixonada fica cega e surda..incapaz de aceitar conselhos como ajuda”....

Mas não estou aqui para dar conselhos como ajuda, apenas juntar-me a ti em uma reflexão sobre como lidar com a tristeza quando espe-rávamos sentir felicidade!

Há pessoas que não conseguem bancar esses opostos da vida. Geralmente quem tem medo de sofrer se atira na paixão com tendência a buscar somente o êxtase do prazer. Na busca inconsciente de ser feliz nega o sofrimento e a aflição.. E quanto mais enfeitiçado pelo desejo, menos capaz de tolerar a dor ao não conseguir mantê-lo. E muitos sofrem demais ao perceberem que são impotentes diante do intangível, e aqueles sentimentos de regozi-jo, felicidade e sorte que pareciam tão con-cretos, escorregam-se entre os dedos, dando logo lugar ao vazio e à tristeza. Essa é uma das mazelas da paixão.

A aceitação da coexistência dos opostos, ou seja, do prazer E da dor, da alegria E da tris-teza, da dualidade portanto, permite o ca-minho do meio, que vem a ser o equilíbrio. Negar qualquer um deles é causar divisão. Comumente é uma das maiores causas de sofrimento. A música da sofrência já dizia as-sim... ”A gente quando se apaixona não quer nem saber.. Só pensa que vai ser feliz e nunca vai sofrer”.

Meu Intervalo

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COMO É QUE EU POSSO ME LIVRAR DAS GARRAS DESSE AMOR GOSTOSO? É engraçado como o compositor da música que citei acima lida com a paixão, quando diz ser “cara de pau” pra sofrer tudo de novo. Ao que parece, o sentimento gostoso vale o risco do amor perigoso. É possível que ele tenha enten-dido empiricamente o jogo que está por trás disso.

Sim, a vida é um jogo e cada escolha represen-ta um risco. Estamos aqui de passagem para experimentar todos os cinco sentidos. E absolu-tamente tudo o que vivemos é invenção nossa.

Nós criamos nossa própria estória. Somos nós os diretores e protagonistas do filme de horror, comédia ou drama que queremos viver. Somos os prisioneiros do mundo que inventamos. Nos encarceramos porque assim optamos. Não há desculpas. Ninguém, absolutamente ninguém, é responsável pelo lugar, situação ou circuns-tância que estamos vivendo, a não ser nos mes-mos.

Uma das lições do Um Curso em Milagres (UCEM lição 57), traz citações poderosas que aqui se encaixam: “As minhas correntes estão sol-tas. Posso deixá-las cair meramente por desejar fazer isso. A porta da prisão está aberta. Posso sair simplesmente cami-nhando para fora. Nada me retém nesse mundo. So o meu desejo de ficar me man-tém prisioneiro”.

Por isso não há mal nenhum em se entregar a paixões. Tampouco se apaixonar é emoção para aprendiz. Ao contrário. Fechar os olhos e se entregar a uma emoção forte é escolha, mas é preciso ter discernimento de que envolve o risco da dor. E esse risco é teu. A projeção é tua. O sentimento é teu. A entrega de corpo e alma, sem pré-contratar com a vida a adesão a essas cláusulas, pode representar um risco bem grande ao desespero assim que o objeto desejado escapar. Por isso é necessária a visão panorâmica desse cenário.

Por outro lado sermos frios e relutarmos a ex-perimentar as sensações intensas do viver, ne-gar inclusive o acesso às borboletas na barriga

por puro medo de sofrer, também não parece uma boa solução. Isso é esperar morrer.

A maturidade ensina recuar. Eu sei. Mas ter a noção dos opostos, da inconstância dos senti-mentos, da impermanência das coisas, não ca-recia arrefecer as pessoas. Ao contrário, deve-ria fomentar ainda mais a paixão pela vida.

Estamos aqui neste mundo para experienciar-mos os cinco sentidos e curtir isso da melhor forma, sem ferir ninguém e sem nos ferirmos, certo? E se podemos sair das grades que cria-mos em nosso entorno a qualquer momento, então também podemos romper a coleira ima-ginária que sufoca nossa liberdade, se assim decidirmos! Isso não é um milagre? “Eu inven-tei a prisão na qual me vejo. Tudo o que eu preciso fazer é reconhecer isso e sou livre” (UCEM).

Há abundância incalculável e infinita fora e den-tro de nós, a ponto de podermos inventar qual-quer coisa para sermos felizes. Então, porque não aproveitamos o período de existência nesse planeta para sermos a pessoa mais sensacional, extraordinária e surpreen-dente que já conhecemos?!

Se enfim temos a percepção de que há um outro olhar que podemos ter diante dos fatos, diante do outro, diante dos relacionamentos, do amor e da dor, e que tudo, absolutamente tudo pas-sa, tanto o prazer quanto o sofrimento, então a partir deste momento não há mais correntes, porque escolho viver o que quiser, inclusive a louca paixão, e ao mesmo tempo estar liberto.

Portanto, e se eu quiser, posso sim continuar nas garras desse amor gostoso, e mais, ser “cara de pau” e fazer tudo de novo! Sofrer tudo de novo!

Márcia Nyland Colaboradora Brasileira

[email protected] Meu Intervalo http://m.me/nyland.marcia

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“E eu me entreguei pra você mas no fundo eu sabia Que era um amor perigoso e mesmo assim te queria E me apaixonei pelos seus olhos, gamei no seu sorriso O tempo foi passando, eu fui perdendo o juízo Nada pra dar certo, tudo pra dar errado Se hoje eu tô sozinho, eu fui o maior culpado Eu sei que eu me arrisquei nesse amor perigoso Mas quando é vagabundo, é muito mais gostoso Eu sou cara de pau e faço tudo de novo Sofro tudo de novo” (Matheus e Kauan – Amor Perigoso)

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O Ser HumanoHá seres humanos, que de humanidade só têm o nome.Muitos dizem-se humanistas e solidários. E na prática das acções, só provocam distúrbios e guerras.Veja-se o mundo como está! Se houvesse humanidade entre os seres humanos, haveriam tantas guerras, traições, disputas por coisas que são de todos?

Nós estamos nesta terra e neste universo, por empréstimo. será que não poderíamos ter sempre o ser dentro de nós que nos induzisse a fazer o bem? A não cobiçar as coisas alheias e a sermos mais solidários uns com os outros e com a Natureza que nos cerca?Infelizmente o ser humano tornou-se muito ganancioso e só pensa no ter, em seu próprio pro-veito, deixando milhões morrer à fome, destruindo todo o seu habitat natural, para seu próprio benefício!

Que bom seria, se houvesse mais solidariedade, entre todos os povos e em todos os quadrantes do Universo. Que fossem todos mais humanos, ajudando todos a crescer, em desenvolvimento, saúde e educação! Seríamos todos mais felizes e não haveriam tantos distúrbios e guerras, a nível mundial.Vamos formar uma corrente, para tornar um mundo melhor, para que todos possam viver em harmonia, paz e liberdade; Sem ser a prática da caridadezinha, pois o mundo é de todos e todos somos o mundo... Beijinhos para todos.

Vitália BaiãoGuardiã da Casa dos [email protected]

Aos olhos dos viajantes...Marrocos Pensamentos de uma Mãe Zen

Medo, resiliência, conf ança, serendipidade

autosuperação. Apreciar a paisagem e desfrutar da montanha

como objectivos. O destino logo se verá. a resposta está no

caminho. E foi assim, a levitar como uma tigresa voadora,

que alcancei o tão desejado Ninho!

Butão, Março 2016

Viajante Zen Family

Mariana Tavares

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A Prática Espiritual:

Antes de comecar a tua pratica: Acende uma vela e incenso, chama pelos teus Guias Espi-rituais que te guiem, te inspirem, te assistam e te protejam ao longo de todo o dia. Que te guiem com pensamentos e palavras sábias e decisões e ações sensatas, que tragam o teu Bem Superior.

1. 20 min. de auto-cura com Reiki. Se ainda não sabes, recomendo que aprendas os níveis de Reiki I e II o quanto antes (será um prazer para mim ensinar-te, se um dia vieres ao Sul da India, ou se eu for a Portugal e orga-nizar workshops). O Reiki ajuda a harmonizar a tua energia, as emoções, a mente, ajuda-te a enraizar e a ficar calmo e centrado para o dia. Também atua como proteção.

Zen Indigo

MISSAO: MUDANCA DE VIDA9 Praticas Para o Inspirar a Melhorar Sua Vida

Este é um artigo com sugestões detalhadas acerca da prática que deves fazer de manhã e que te pode ajudar a Mudar a Tua Vida.A tua realidade atual...pouco importa. O que vês é uma ilusão percebida erroneamente pelo teu ego. Os teus limites estão apenas na tua mente.Sei que isto é muito fácil de dizer mas pouco fácil de acreditar, mas...começa a integrar esta mensagem: Não há limites nem coisa alguma que não possas atingir.No entanto, é necessário um trabalho consciente ao nível do espírito. E é por isso que “bato tanto na tecla” da prática espiritual de manhã. Quando se chega a um ponto em que só queres que a tua vida funcione e ter os teus sonhos ao alcance da tua mão...então vale todo o esfor-ço, ou sacrifício, para o conseguir.Desde o meu “despertar espiritual” em 2007 até agora, tenho tido uma interessante caminha-da cheia de altos e baixos, descobertas, magia, pequenos e grandes milagres na minha vida. No decorrer desta caminhada, fui aprendendo práticas, uma após outra, fui usando e experi-mentando os seus efeitos. Esta aprendizagem ainda continua e continuará, pois nunca sabe-mos o suficiente. Continuo a acrescentar e transformar as minhas práticas e a experimentar milagres, a solucionar as minhas dificuldades terrenas em desafios que a vida me traz.Ao ver o resultado na vida que tenho hoje, sinto maior incentivo para aprofundar a minha prá-tica e ir ainda mais além. Acordo na maioria dos dias por volta das 3h da manhã e estou até às 7h comigo e com Deus.Vale MUITO a pena. E não é sacrifício nenhum, acordo (ou “eles” acordam-me) frequentemen-te antes do despertador tocar.Partilho aqui a minha prática com a intenção de que te possa inspirar a fazer uma mudança efetiva na tua vida, para melhor.Relembro apenas que é a partir da tua VERDADEIRA conexão com Deus, o Universo, os Anjos e os teus Guias Espirituais que TUDO se torna possível.

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No Segundo nível aprendes 3 símbolos que po-des usar não só durante a cura mas também para questões práticas na tua vida, incluindo proteção, harmonização de espaços, curar si-tuações no passado e atrair o que pretendes para o teu futuro.

2. 20 min. de meditação. Fecha os olhos, senta-te numa posição confortável e “vê” e “escuta” que mensagens Eles te enviam através de visões e palavras. É recomendável assim permanecer entre 15 a 30 minutos. Se ainda não o fazes, começa e fá-lo todos os dias, idealmente, algures entre as 5h e as 7h da manha. Meditação é uma das mais podero-sas ferramentas que podes ter ao teu alcance para Verdadeiramente Mudar a Tua Vida.

3. Das cartas dos Anjos de Doreen Virtue, Daily Guidance from the Angels, tira uma car-ta todos os dias. Enquanto baralhas as cartas, pergunta aos Anjos o que precisas saber hoje para o teu Bem Maior Superior. Deixa que uma carta caia das tuas mãos naturalmente. (elas são relativamente grandes). Acerta sempre na “mouche”! É um grande guia para te ajudar a decidir que rumo podes dar àquele dia ou aos seguintes, para te assegurar que estás no ca-minho certo ou te relembrar dos teus talentos e do que tens a fazer.

4. 10 min em oração rezando as preces do pequeno livro A Chama Violeta e também algumas outras preces do Medicine Buddha, Green Tara, Arcanjo Rafael, Arcanjo Uriel e a Iemanja. As preces da Chama Violeta são pro-tetoras, ligam-te à Energia Divina e são muito bonitas e poderosas.

5. 30 a 40 min de afirmações positivas e perguntas-chave, citadas em voz alta em frente a um espelho. Retirei este material de 4 livros diferentes e escrevi-o num bloco de notas que leio todas as manhãs. Os livros de onde retirei estas afirmações são: “Você Pode Curar A Sua Vida”, de LouiseHay, a pratica diaria das afirmacoes deste livro e uma preciosa ajuda

para valorizar a si proprio e potenciar a sua vida em varios niveis; “A Return to Love” de Marianne Wiliamson, um livro que é um dos mais bonitos que já li e é uma pequena e simples introdução ao Curso em Milagres; “Real Wealth” de Jonathan Robinson, que aborda a forma espiritual de atrair o trabalho e a abundância que desejamos; “Ask and It’s Given” de Abraham Hicks que explica deta-lhadamente como funciona a Lei da Atração e indica 22 práticas para usar e obter a vida com que sonhas. De alguns dos livros citados em Inglês, creio que também existem traduções em Português. E necessário ler com atenção e na íntegra cada livro para compreender e assimilar a sua mensagem e depois depende de ti pôr em prática os seus preciosos ensina-mentos.

6. 15 min de Escrita dos seguintes exercí-cios num caderno A4 com separadores: A) Dinheiro: Fazes uma tabela similar à do balanço bancário, com a data, a quantia (começas com 5 € e a cada dia depositas mais 5, ou seja, se hoje começas com 5€ amanhã pões 10€ e assim sucessivamente). Noutra co-luna colocas o descritivo onde gastas esse di-nheiro, ou se o poupas. Noutra coluna colocas

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quanto gastaste e noutra o balanço final. Este exercício não só te ajuda a tornar claro o que queres ter ou fazer na tua vida, como também te faz sentir bastante melhor em relação ao dinheiro. Quando a tua vibração em relacao ao dinheiro muda, consequentemente, a tua realidade muda.

B) Mensagens dos Sonhos: noutro sepa-rador escreves sonhos significativos que tenhas tido nessa noite. Se não houver nada, nada escreves. Este exercício ajuda-te a conectar com as mensagens contidas nos teus sonhos e a compreender situações futu-ras na tua vida. Eles podem ser premonições, avisos, mensagens de seres espirituais eté-reos ou terrenos e ligações da tua alma com a alma de uma outra pessoa. Presta atenção as mensagens desses sonhos e actua com sa-bedoria em por essas mensagens em pratica na tua vida.C) Gratidão: Noutro separador escreve uma frase com um motivo pelo qual es-tás grata, pode ser alguém na tua vida, um local, uma coisa, um acontecimento ou qual-quer outra coisa que te faça sentir feliz. Este exercício traz a vibração da gratidão ao teu coração que é uma das vibrações mais eleva-das que podemos atingir.

D) Projetos e Sonhos: Noutro separador, escreves algo que desejas que aconteça, algum objetivo que queiras atingir, um projeto, uma ideia ou um sonho que queiras realizar. Este exercício põe-te em contacto com o que realmente queres, ajuda-te a definir objetivos, traçar metas. E quando escreves no papel o

que queres que aconteça, tens mais de meio caminho andado para que realmente aconte-ça! O Universo só precisa de algum tempo, dependendo da dificuldade do objetivo, para alinhar todas as pessoas, acontecimentos e situações para que se torne possível. Pode de-morar dias, semanas, meses, um ano,ou até dois, mas não mais que isso. Obviamente, nós temos parte ativa neste processo e temos de FAZER algo, começar a AGIR, ainda que seja com pequenos passos, tanto ao nível espiri-tual como ao nível físico. E) Programar o dia: No último separador, fazes uma linha que divida a folha ao meio. No lado esquerdo escreves as coisasdo dia que só tu podes fazer, no lado direito escreves as tarefas que precisam ser feitas mas que outras pessoas, ou o Universo, podem fazer. Este exercício ajuda-te a organizar o dia men-talmente, assim como a retirar carga dos teus ombros que pode delegada a outras pessoas.

Zen Indigo

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7. Exercício Físico: 40 min. (ou mais) Yoga, (ou outra atividade física). Nos dias em que me levanto às 3h, 3h30m, faço isto por volta das 5h45m, quando começa a amanhe-cer. Se fizer a saudação ao Sol durante 30 m e terminar a transpirar, já é muito bom! Tudo o que ponha o sangue a correr nas tuas veias, te faça respirar fundo, te ajude a conectar com o teu corpo, te ajude a libertar endorfinas, as hormonas do bem-estar, é um excelente meio para te despertar a mente, criar otimismo e preparar para o dia.

8. Lê durante 20 a 30 min. um livro es-piritual, de auto-ajuda ou algo que estejas a aprender e a desenvolver no momento, en-quanto bebes um chá com mel, (nada de ca-feina ou acucar branco, este ultimo e puro veneno!)

9. Adopta uma atitude positiva ao longo do dia. Mantem-te positivo, calmo, enraizado, e se alguma coisa nao estiver a correr como queres, repite mentalmente esta afirmacao durante alguns minutos: “Como e que as coi-sas podem melhorar mais que isto?”

Ao fazer esta prática de manhã antes de co-meçar o dia, antes de te misturares com ener-gias de outras pessoas, vais alinhar-te com uma frequência muito específica, que e o teu proprio alinhamento com o Universo, o que ajudará a que o dia corra como Tu queres. Vais ser surpreendido(a) com pequenas coin-cidências e agradáveis surpresas que surgem ao longo do teu dia.

Quando fazes esta prática na integra, entre-gas a tua vontade, a Deus, e é muito pouco provável que atues a partir do ego. A partir daí, passas a ser um instrumento de Deus e Deus traz-te absolutamente TUDO o que pre-cisas para realizar o Teu Caminho de Vida. Não quer dizer que traga o que o teu ego quer, mas sem dúvida, traz-te tudo o que precisas para cumprir o Teu Destino nesta vida e para seres FELIZ.

Mais uma vez relembro, ninguém pode fazer esta prática por ti, requer uma vontade cons-ciente tão forte que diz a ti própria EU QUERO SER FELIZ E TER A VIDA COM QUE SONHO! E então começas. Tão simples quanto isto.

Um terno abraço,

Sónia IndigoCoach, Astrologa, Terapeuta

Fundadora da Indigo [email protected]

www.soniaindigo.com

SoniaIndigoAcademy.

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o olho no olho.

Pesquisas confirmam que hoje a geração Y e Z escrevem mais que as outras gerações (se escrevemos certo já é outra história), o que considero bem relevante e importante, devi-do ao uso da ferramenta. O que efetivamen-te me preocupa é que muitos desenvolveram um pavor, ainda maior, de falar em público.

Glossofobia é o nome desse medo deste medo de falar em público. Estudos mos-tram que três em cada quatro sofrem deste mal no mundo, que pode se manifestar de diferentes formas: ansiedade intensa, náu-seas, suor frio, boca seca, dentre outros. Em alguns casos, apenas imaginar uma situação de exposição pública já é suficiente para de-sencadear alguns desses sintomas.

E acho que o whatsapp não tem ajudado muito neste cenário de medo de exposição pública. Ainda é uma pesquisa empírica, puro “achismo” feita por mim, no meu projeto de coaching e treinamen-to com essa geração mais nova, que tem uma desenvoltura fan-tástica com a ferramenta, porém, imensa fobia para se comunicar fora dela. Isto pode ratificar que estarmos mais conectados ao virtual, e ainda mais distantes do presencial, da conversa ao vivo, do contato com grupos e principalmen-te, falar para plateias.

E acho que o whatsapp não tem ajudado muito neste cenário de medo de exposição pública. Ainda é uma pesquisa empírica, puro “achismo” feita por mim, no meu projeto de coaching e treinamento com essa geração mais nova, que tem uma desenvoltura fan-tástica com a ferramenta, porém, imensa fobia para se comunicar fora dela. Isto pode ratificar que estarmos mais conectados ao virtual, e ainda mais distantes do presencial, da conversa ao vivo, do contato com grupos e principalmente, falar para plateias.

Falar em público exige autogerência, contro-le, foco, conhecer bem o tema, treino, muito treino e, principalmente, troca com a platéia. E é justamente aí que mora o perigo: trocar pelo whatsapp tudo bem, a ferramenta não requer preparação; agora, defender o mes-mo argumento olhando para o público, exige muito mais de nós.

Precisamos incentivar uma exposição maior das novas gerações. As escolas não têm aju-dado muito neste processo, nem mesmo os pais, e estão desperdiçando boas oportunida-des de aproximação e troca com seus filhos. Temos que incentivar que busquem o prazer em falar, apresentar idéias, dividir projetos, vender conceitos, olhar no olho. As melhores oportunidades, não raro, acontecem para os que não temem a exposição, principalmente no mercado de trabalho.

Se não questionarmos o excesso, brevemente teremos entrevistas de emprego em que o candida-tos, ao invés de se apresentar para os executivos da empresa, num palco, em powerpoint, para provar que merecem a vaga, apertarão play para mostrar um vídeo de uma apresentação deles mesmos. Encarar uma plateia,

explanar uma idéia, sempre exigirá mais que enviar um emoticon.

Augusto UchoaColaborador Brasileiro

Projecto Oratória CriativaPalestrante, Consultor

[email protected]

oratoriacriativa

Oratória Criativa

Mais presença e menos redes sociais

Venho percebendo a febre do uso da fer-ramenta whatszapp a cada dia. No bar, na sala de espera do dentista, no ônibus, na sala de reunião. Não adianta o professor dar uma aula show, a matéria ser interessante, a reunião produtiva, a paisagem deslumbrante e o papo envolvente. A ferramenta de comu-nicação online veio para ficar e parece que sempre vencerá na hierarquia de prioridades. Basta o celular tremer ou o barulhinho de chegada de msg tocar, que vamos direto en-trar no chat. O virtual cada vez mais sobre-põe o físico, para nossa tristeza, como previu o filósofo Zygmunt Bauman.

O whatsapp corresponde ao 5 maior apli-cativo baixado no Brasil e o segundo maior em uso no mundo, perdemos apenas para a Índia.

A minha geração, a geração Z, todos na faixa dos 30 e tal, teve que aprender a lidar com a ferramenta, conhecer e se adaptar, as-sim como a todas às outras tecnologias que

surgiram com o advento da web. Quem não se lembra do discador da UOL após a meia noite? Nós simplesmente tivemos que aderir, enquanto a nova geração nem soube o que é viver sem wifi.

- Mas professor, como você marcava um ci-nema sem o whatszapp? E se alguém furas-se? Escuto com frequência estas perguntas em palestras e salas de aula. É como se o mundo sem a ferramenta fosse em preto e branco, não funcionasse, não fosse possível ter encontros.

Não sou contra esta tecnologia, principal-mente quando usada como mais uma for-ma de comunicação, como outras que já usamos. Uma parcela das pessoas usa a ferramenta de forma controlada, inteligente, como mais uma plataforma, assim como o e-mail, o próprio telefone e todos os apps. Mas quero falar da outra parcela, que faz uso excessivo, que vem acreditando que pode-mos substituir o presencial, a fala, a oratória,

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Desde os primórdios da Humanidade até há pouco tempo, uma simples regra se verifi-cava: O Homem comia aquilo que a terra produzia. No Inverno comia couves e caldos quentes, no Verão, saladas e frutas refrescan-tes… Mas com a crescente globalização, tudo está disponível durante todo ano e tudo é consumido durante todo o ano. Tal facto não significa que deva ser consumido tudo duran-

te todo ano. Até pelo contrário. Então porque não usar a consciência para fazer escolhas alimentares mais saudáveis e conscientes?Devemos observar que as culturas que optam uma alimentação mais “globalizada”, estão a ficar mais débeis e com problemas graves de saúde. Em contrapartida, as culturas que mantêm padrões alimentares ancestrais e sazonais, mantém a sua saúde e vitalidade (como é o caso dos habitantes de Okinawa e dos Bereberes do Deserto Marroquino entre outros). Estes mantêm-se em harmonia com

ambiente que os rodeia, comendo do que a terra produz localmente e de acordo com as estações do ano (além de terem outros hábi-tos de vida saudáveis).A sociedade moderna tenta insistentemente descobrir o segredo da vitalidade e longevi-dade destas culturas, buscando propriedades específicas de alimentos milagrosos e espe-ra que introduzir (antioxidantes, vitaminas,

ómega 3, …) na sua alimentação faça toda a diferença. Acontece que no final, os benefí-cios são quase nulos e a saúde da população dita moderna continua em degradação. Se os nossos hábitos nos levam por caminhos menos saudáveis, é óbvio que a solução pas-sa por mudar o rumo! Acho que o caminho a seguir não deve ser complicado, nem tão pouco dominado apenas por peritos. A Filoso-fia Macrobiótica, a qual eu adopto e acredito, explica que o caminho da saúde é o da sim-ples integração com a Natureza.

Reforçar o sistema imunitário

Alimentação Consciente e Natural

Aquilo que parece à primeira vista uma teo-ria antiquada e pouco adaptada aos tempos modernos, tem provas dadas de ser a solução mais adequada aos nossos principais pro-blemas. São milhares de anos de resultados positivos comprovados em largas áreas do globo, por diferentes raças, em diferentes climas. Vejamos agora como pode ser feita a escolha dos alimentos e sua confecção no nosso clima, de forma a permitirmos ao nosso corpo e mente experimentarem uma saúde e vitalidade de excelência:Se nos alimentarmos de acordo com as esta-ções, vamos estar em harmonia com o meio que nos rodeia e com isso iremos ter uma maior capacidade de adaptação aos desa-fios que nos põem à prova, resultando numa maior resistência a doenças, por exemplo.Além de melhorarmos a nossa condição física, estaremos a contribuir para a melhoria da “condição física” do nosso planeta também. É muito mais ecológico alimentarmo-nos de produtos locais, ou produzidos o mais próxi-mo possível, do que importar alimentos do outro lado do planeta, por exemplo. No que respeita ao Outono, a estação que está agora a começar, podemos observar as transformações que nela ocorrem e concluir que esta é uma estação com uma energia descendente. Passamos de um período de clima quente, vibrante no qual a natureza nos dá os seus frutos, os animais passeiam-se por toda a parte, para um outro período em que a temperatura climatérica começa a descer, o sol já não emite um brilho tão ofuscante, os animais partem para climas mais quentes ou preparam-se para o recolhimento. As folhas das árvores passam de verde luminoso para tons terra – amarelos, vermelhos e castanhos – e acabam por cair.Ciclicamente falando e segundo a Medicina Tradicional Chinesa a Primavera tem carac-terísticas semelhantes à infância e adoles-cência, o Verão assemelha-se a uma altura da vida em que tudo é exuberante e cheio de energia, o período da idade adulta e o Outono é um período muito semelhante à

meia-idade.As nossas emoções também mudam… à medida que o tempo vai mudando de toda a sua exuberância para um período mais calmo e tristonho, também nós nos começamos a sentir assim. É importante mantermos aber-tura de espírito e não nos deixarmos levar por essas emoções que muitas vezes condu-zem à chamada depressão sazonal.

As emoções do Outono devem ser experien-ciadas com coragem, compaixão e humor. Existem várias possibilidades para lidar com estas emoções. Uma delas é Deprimir e ficar parado a comprazer-se na Depressão Sazo-nal. Outra hipótese é usar o Outono para criar possibilidades de manter contacto com algo que cria uma sensação de maior realização, fazer uso da sabedoria e da ma-turidade do Outono (meia-idade) a seu favor. Adaptar-se quer através da alimentação, quer através de mudanças estruturais da sua vida actual. Resistir a sentirmo-nos tristes só vai alimentar essa sensação e fazê-la crescer.

O Outono é a Estação das colheitas, tempo de recolher a todos os níveis. É tempo de colher o que semeamos nos últimos 6 meses: projectos, relacionamentos, saúde e dinhei-ro. É tempo de armazenar combustível, alimentos e agasalhos para o Inverno que se aproxima. Tudo na Natureza inicia uma contracção. É a época da queda das folhas e frutos, as sementes secam, a seiva das árvores dirige-se para as raízes, as gramí-neas perdem a sua cor verde forte e tornam-se leves e secas. Há abundância de frutos e sementes.É um tempo para abandonar projectos aca-bados e nos dedicarmos à família e projectos em casa como ler, escrever, contemplação, cozinhar. Desenvolve-se a organização e a coragem. É altura de nos dedicarmos a actividade física interna (Tai-chi, Yoga, Chi Kung, dança), que nos vai ajudar a respirar melhor e a relaxar. Devem evitar-se os ali-mentos amargos que enfraquecem os

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pulmões; a saúde dos pulmões reflecte-se na pele e no cabelo (que tende a cair no Outono). É no Outono que celebramos a abundância das colheitas, há abundância de uvas, maçãs, peras, dióspiros, castanhas, frutos secos, frutos vermelhos, abóboras. Esta é uma altura de introspecção, aprovei-tando as experiências do passado, através da natural nostalgia, para criar bases seguras no futuro. O único trabalho é o de recolher: ener-gia, pensamentos, acções. Sentimo-nos espon-taneamente pouco exuberantes e devemo-nos deixar levar por isso. Apetece-nos dormir mais, aquecer mais, mexer menos, comer mais, criar uma base de conforto físico e emocional que nos permita lidar com o frio próximo. A nos-sa casa de repente fica mais apelativa porque efectivamente o movimento é mais interno do que externo. A Natureza transforma-se continuamente. E nós, como parte integrante da Natureza, de-vemos acompanhá-la nessa transformação. Ficarmos parados à espera que passe ou tentar fazer as mesmas coisas que fazíamos no Verão só nos vão desgastar mais. Necessitamos então transformar o nosso meio interior, para que acompanhe a transformação do meio exterior trazida pela nova estação. Na verdade, o meio interior e o exterior deve ser um continuum de energia, bastando que para tal o nosso organis-mo esteja permeável à troca.Uma forma rápida e eficaz de acompanhar-mos as mudanças e de nos adaptarmos a elas é através da alimentação. O que comemos e como comemos, ajuda-nos a estar em equilí-brio com o meio em que estamos inseridos, é a forma mais directa e imediata de ajuste do nosso corpo, mente e espírito.As necessidades energéticas nesta estação são bem diferentes das que tínhamos no Verão, logo necessitamos de ajustar uma série de fac-tores que contribuem para a qualidade energé-tica do nosso alimento.No que respeita aos métodos culinários a utili-zar, são bem diferentes das da estação anterior, uma vez que necessitamos de pratos mais ricos e fortes. Assim, os métodos culinários mais usados são os presentes na tabela seguinte:

Os pratos de Outono são normalmente condi-mentados com um pouco mais de azeite e de sal do que os de Verão, e usa-se menos ali-mentos crus, preferindo-se por exemplo legu-mes escaldados, em detrimento dos legumes crus (saladas), pois irão aquecer-nos um pouco mais.

Os alimentos que escolhemos também têm importância. No que respeita aos cereais, deve-mos sempre alimentarmo-nos de toda a va-riedade de cereais integrais que estão à nossa disposição. No entanto nesta estação, devemos dar mais ênfase ao arroz e ao millet. Embora estes cereais devam ser consumidos durante todo o ano, esta é a estação primordial princi-palmente no que diz respeito ao arroz (uma vez que é o cereal de eleição para nutrir a energia do Pulmão e Intestino Grosso).

O arroz integral é o cereal mais utilizado na alimentação macrobiótica e vegetariana, tem um valor nutricional muito superior ao do arroz branco, particularmente no que diz respeito a vitaminas do grupo B e proteínas. É um exce-lente alimento para o desenvolvimento intelec-tual e espiritual, e de um ponto de vista físico beneficia sobretudo os pulmões e o intestino grosso, os dois órgãos em destaque nesta estação.

Alimentação Consciente e Natural

O millet é um cereal de grão pequeno e de tonalidade amarelada, conhecido também com milho painço. Este é o único cereal alcalino e é um dos cereais que pode ser consumido duran-te todo o ano pois ajuda a atenuar os efeitos da dieta acidificante que se leva hoje em dia, pelo excessivo consumo de açúcar, farinhas e proteína de origem animal. Este cereal favorece principalmente o estômago, o baço e o pân-creas. É excelente para utilizar em tratamentos como a diabetes, ajuda a aumentar a vitalidade física e a lidar com o clima frio.No que respeita à escolha de fruta e legumes, a tarefa fica bem mais fácil se optarmos por fruta da época e legumes da estação, de pre-ferência de produção nacional. Os alimentos preferenciais são os que possuem uma energia descendente, conforme sentimos a energia do Outono, tais como vegetais de raízes – ce-nouras, nabos – e vegetais que crescem mais próximo do solo como as abóboras, as cebolas

e as diversas qualidades de couves.Na natureza existem 5 sabores (doce, picante, salgado, ácido e amargo), que devem sempre estar equilibrados numa refeição ou num pra-to, para desenvolver um menu mais saboroso e harmonioso que crie satisfação e saúde. No entanto, cada estação tem um sabor predomi-nante a que se deve dar um pouco mais de ên-fase, no Outono é o picante (também ele com mais afinidade para nutrir o Pulmão e Intestino Grosso) que se obtém em alimentos como o gengibre, nabos, rabanetes.

Atreve-te a ser diferente!Alimenta-te de uma forma consciente e natural!

Daniela RicardoChef Alimentação [email protected]

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Evento Despertar de consciências

Nunca conseguirás agradar a todos, mas podes sempre agradar-te a ti.

Querer agradar a toda a gente é o pri-meiro passo para o desrespeito e o ca-minho mais rápido para a perdição. É, aliás, tão perigoso e letal que chega a ofuscar toda a luz que nos alimenta e dizimar todo e qualquer sentido de vida com o qual tenhamos nascido. Quem escolhe essa via nunca passará de um pássaro de asas partidas, frágil e deses-perado, que a qualquer momento pode ser pisado, caçado, esmagado ou morto por qualquer um. E o que não falta aí é gente que precisa cilindrar, torturar e macerar alguém para sentir algum bem-estar na sua vida.Não te podes permitir a isso.

Não podes querer ser o par de sapatos de toda a gente.Tens de ser as tuas pernas, o teu próprio coração e a orientação da tua cabeça.De que te adianta agradar a todos se isso pode ser desagradável para ti? As pessoas só vão gostar todas de ti depois de morreres ou se escolheres ficar calado para sempre, o que, e na minha opinião, é apenas outra forma de estar morto, portanto desapega-te dessa ideia utópica e perigosa de agradar a todos e começa tu a gostar de ti.Experimenta livrar-te dessa pressão. Experimenta ser quem és.No dia em que isso acontecer, perceberás finalmente que é quando te obedeces e agradas que tudo faz sentido, que voltas a respirar, que os teus sonhos fluem e que o teu exemplo passa a ser um canal de luz para todos aqueles que te rodeiam, ainda que o respeito por ti mesmo os desagrade ou possa incomodar.Ninguém é indiferente a uma pessoa que se respeita acima de tudo e todas as coisas. Todos querem ser como ela, uns assumem-no outros não, mas todos querem. Todos queremos ser felizes.E a felicidade é algo que apenas se encontra dentro de nós, nunca na satisfação dos outros. Se assim fosse, também a tristeza deles era a nossa, a raiva que carregam carregávamos nós e por aí adiante. Tu não és o outro. Tu és tu. Esta é a tua vida, como tal, agrada-te a ti, respeita-te e muda o que não está bem contigo. Só assim terás mais energia e amor do puro para dar a todos aqueles que te rodeiam.

AMA-TE

Gustavo SantosCoach, Escritor

www.gustavosantos.pt

OficialGustavoSantos

O Caminho é o Amor Alqimia

56VAMOS ALIOs alentejanos são conhecidos por ao usarem a expressão “É já ali”, isso significar vários qui-lómetros de percurso. Com um pai alentejano tive uma explicação em primeira mão do fe-nómeno. Em tempos de grande pobreza pelas terras de Baleizão, trabalhavam por vezes a troco de o suficiente para comer. E o comer seria incerto como o trabalho, mesmo tendo um. Surgia assim uma outra expressão que na minha cabeça bem po-deria ser taoista “o alentejano apenas tem o caminho para andar”. O já ali do alente-jano é igual ao de qualquer pessoa. A me-dida do ali varia pela distância do vizinho mais próximo. Num prédio é a porta do lado a uns escassos metros. No alenteja-no o vizinho do lado poderá ser o monte a seguir. Aquele lá ao fundo onde um ponto branco indica algo e a nossa imaginação preenche com uma casa.Também aqui pelo templo o já ali é o vizinho do lado, neste caso a aldeia do lado. Mais precisa-mente a aldeia lá em baixo. Assim hoje fomos buscar algumas coisas aos nossos vizinhos. 40kg de vegetais, 15 kg de miso picante e 20 litros de aguardente. O “já ali” foi uma viagem de 1h a descer a montanha, uma paragem de 15 minutos na aldeia e 2h para subir a montanha de volta a casa. Carregado com cerca de 20 ou 30kg de vegetais às costas vim lentamente, descansei 4 vezes, torci o polegar e descobri uma forma de o curar sem que este inchasse ou ficasse negro. Ao chegar com um cheiro a cavalo, senti uma forte compulsão para tomar um banho para bem dos outros. No entanto temos falta de água, pelo que bati o recorde pessoal do banho com menos água. Um alguidar tamanho 43, mesmo à medida dos meus pés e 4 litros de água. Um sabão azul, muita ginástica e uma toalha, fizeram-me sentir que poderia voltar para perto dos meus semelhantes, sem os perturbar.Pela manhã ao descer o caminho ingreme e enlameado do pico para o templo, mandei um va-lente bate-cú, felizmente não magoei muito mais que o meu orgulho. Entre estudos de chinês, mantras, escrituras e plantas pratiquei o baguá. Uma forma complexa de passos mágicos com aplicações marciais e de alinhamento do homem com o céu e a terra. Outra forma de dizer será a de uma forma para pacificar e conciliar mente, espírito e corpo. Seguiu-se aula de Da Gong. Uma técnica dolorosa e difícil que ajuda a proteger e regular o corpo, fortalecendo-o e expulsando energia chi estagnada. Hoje aprendemos mais nove movimentos e amanhã seremos avaliados sobre as 27 técnicas de Da Gong que aprendemos até agora.Depois de irmos buscar uns presentes dos nossos vizinhos tivemos uma aula de filosofia taoista, pensamentos de vida e outros mistérios do universo. Pela noite meditamos sentados ao som de músicas que usam o princípio curativo dos cinco tons.

Vasco DanielProjecto [email protected]

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Zen Numerologia Contributo dos Viajantes

SABE QUE INFLUÊNCIA TÊM OS APELIDOS EM SI?

Lembra-se, certamente, pois já aqui falámos sobre isso, que o seu nome exerce uma forte in-fluência na sua vida pela vibração que a ele está associada. A soma do valor atribuído às letras que o compõem, resulta num número que fornece pistas importantes acerca de si próprio mas também da influência dos apelidos de família.Nunca tinha pensado nisso? Pois é, embora se analise o nome completo aquando de um Es-tudo Numerológico, por ser mais importante, também se pode analisar a carga energética inerente aos apelidos que o constituem. Sendo o elo de ligação à família a que pertence, eles dão-lhe a conhecer a herança kármica familiar a eles associada e que, de algum modo, o vai igualmente afectar.Por ser constantemente repetido, o seu nome assume um padrão vibratório específico, sendo como que o seu mantra pessoal. O nome completo representa o carimbo energético com que marca a sua passagem pela vida. Já os apelidos, representam os padrões kármicos familiares. Fique a saber que não foi por acaso que nasceu numa determinada família e, como tal, o peso

do Karma de cada apelido (materno e paterno) que lhe é dado, irá interligar-se com o seu próprio karma individual. Nal-guns casos, o peso dessa carga energé-tica pode ser mais forte do que noutros, pois vem adicionar tendências, caracterís-ticas e, por vezes, mais dificuldade, sendo uma herança que já vem sendo traba-lhada, ao longo de gerações, pelos seus antepassados.Por isso, é muito importante que proceda

à análise aprofundada dos apelidos que recebeu e dos que dá aos seus descendentes. Essa análise pode ser feita através de um Estudo Numerológico, permitindo-lhe assim tomar cons-ciência das vibrações que os caracterizam e do quanto podem entrar em sintonia ou desarmo-nia com o seu nome, o seu Propósito de Vida e o seu Karma. Dado que esse estudo se baseia na conversão de cada letra num número, quando surgem três ou mais números repetidos, indiciam potenciais obstáculos e dificuldades referentes à vibração em causa. Através desse estudo individualizado da carga energética que cada apelido compor-ta, pode então compreender a sua herança familiar e de que forma a deve integrar.Ao aceder a esse conhecimento que a Numerologia lhe faculta, pode promover ainda mais o seu auto conhecimento e desenvolvimento pessoal, facilitando também a sua evolução em vidas futuras bem como a dos seus descendentes.É natural que possa acabar por utilizar mais um apelido do que outro, sendo que essa energia passa a integrar mais intensamente o seu dia-a-dia, colando-se gradualmente à sua aura tal como a do seu nome.Fique ainda a saber que quanto mais tempo se utiliza um apelido, tanto maior será a sua influência na sua vida. Atenção pois também, aos apelidos que se acrescenta ao nome por via do casamento. E pense bem antes de escolher os apelidos a dar aos seus filhos.

Anabela SubtilProjecto Our Numbers

[email protected]

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Um fim-de-semana pleno de paz, tranquilidade, equilíbrio, partilha, emoção, cheiros e sabores … Um sonho de casa, colorida e multicultural, a concretizar o sonho de “Apenas Ser”, a des-pertar vontades de mudança e desejos de concretização de sonhos, de decisões, de evolução.O pão acabado de sair do forno de lenha, as saborosas refeições confecionadas pela Daniela; a voz calma e doce da Sofia a conduzir momentos de Meditação; as palavras do Gustavo a acordar a consciência; a simpatia e carinho da Mãe Vitália; as histórias do Sr. António; o olhar atento do anfitrião Luís a guiar “as operações”; a meiguice da Sónia na organização de tudo; todos os colegas de viagem, um grupo cheio de pessoas lindas em busca de ser Feliz; e tan-tos, tantos momentos inesquecíveis. Tão inesquecíveis que me fazem ter vontade de regressar a esta família.Bastaram 3 dias para a sentir família do coração..

Isabel AntunesViajante Zen Family

Mação, Agosto 2016

Viver na sociedade em que vivemos, à velo-cidade que nos é imposta é um desafio, por vezes esmagador.Com o regresso às aulas e ao trabalho, cum-prir e repetir as nossas rotinas diárias cons-titui um desgaste que, ao longo dos meses se vai acumulando, trazendo-nos níveis de tensão e stress elevadíssimos e muito difíceis de libertar.Sair cedo de casa para o trabalho, deixar as crianças nas escolas, atravessar cidades cheias de trânsito, ter agendas ultra-preen-chidas, caixas de e-mail sempre a rebentar pelas costuras, reuniões, compromissos, prazos, chegar ao final do dia, recolher as crianças, dar banhos, fazer jantar, etc, etc, etc… Só ler já cansa, não é verdade?

Não raras as vezes, perante a velocidade louca a que temos de nos movimentar e a obrigatoriedade de estar em todo o lado, ao mesmo tempo e sempre em representação impecável de nós mesmos, damos por nós a repetir frases como: “não consigo”, “estou demasiad@ cansad@“, “vamos reagendar”, “não tenho força”…

As nossas glândulas supra-renais produzem a resposta para estas solicitações de pico: a adrenalina. Contudo, a adrenalina não está desenhada para ser segregada a toda a hora. Melhor, o nosso corpo não está apto a rece-bê-la a toda a hora. Não é para isso que ela serve.

Para piorar, o ritmo a que o nosso mundo

ocidental se move, o mundo apelidado de líquido pelo sociólogo Polaco Zygmunt Bau-man, com todas as suas inseguranças, in-certezas e volatilidades só nos remete para estados ainda mais ansiosos, mais instáveis e insatisfatórios. O que acontece, na maioria dos casos é que, para adormecer os nossos medos, acabamos por nos agarrar à internet, à televisão, ao consumo, para nos rodearmos de uma mundo, muitas vezes ilusório, de di-namismo e velocidade que pouco tem de real e de concreto, afogando-nos em adrenalina e ansiedade.

À conta desta crescente onda de velocidade, foi iniciado nos anos 80 um movimento já muito divulgado na nossa sociedade, mas se-guido de forma constante ainda por poucos. O movimento Slow!

Começou pela comida (por oposição ao conceito de “fast-food”) e foi-se alastrando a outras partes da nossa vida: slow-travel, slow school, havendo até slow cities!

Para viver desta forma é necessário desen-volver uma atitude crítica em relação à forma como estamos habituados a viver e isso, cima de tudo, requer disciplina. Sem disci-plina, a rotina avassaladora passa a tomar conta do nosso tempo e a nossa vida passa a ser vivida em re-acção e não em construção. Mas é possível, claro! Siga as dicas que lhe deixo e depois diga-me se não ente a dife-rença!

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A Deliciosa Arte de Ser

Slow Life, Happy Life - 4 dicas para viver a sua vida em modo “slow”

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1 -Planeia a sua semana antes que ela comece.O seu tempo e energia são preciosos. Por isso em vez de o perder a correr de compro-misso em compromisso, procure optimizar o seu tempo de forma rentável e prática. Se não tem uma agenda, compre uma. Dê preferência às agendas onde consegue ver a sua semana numa só página. (Se prefere agendas electrónicas, procure uma configu-ração que lhe permita vislumbrar todas as actividaddes semanais, igualmente). Comece por marcar o que tem de mais urgente, os prazos e as obrigações que sabe que TEM de cumprir. Depois, procure dar-se espaço depois de cada compromisso obrigatório (re-serve meia hora, ou mais, entre cada com-promisso só para recuperar, ou simplesmente para não fazer nada). Marque a sua hora de almoço e não prescinda dela. Marque, uma vez por semana tempo para uma actividade sua, lúdica, cultural, ou apenas uma massa-gem. Mas marque e cumpra.

2 -Comece o dia com mentalizações positivasA nossa atmosfera mental devolve-nos o tipo de experiências que projectamos. Se come-çarmos o dia de forma inconsciente, muito provável será que caiamos nos mesmo erros de pensar em escassez, ansiedade, come-çando a sentir-nos cansados e demasiado esgotados antes ainda de o dia começar. Procure criar na sua mente o dia perfeito, e agradeça. Mesmo que ainda não tenha co-meçado, agradeça pela abundância e mani-festação na sua vida. Procure, também, não começar o dia agarrad@ aos social media ou ao email. Isso apenas vai acelerar não só o seu cansaço como o regresso de padrões

antigos de escassez.

3 - Inscreva-se numa aula de yoga.Se nunca fez, tem de começar! Claro que, como professora de Yoga, eu sou suspei-ta. Mas posso confirmar, e os meus alunos também, que fazer yoga muda a nossa vida. Para melhor! Mesmo que seja só uma vez por semana, começará a dar valor à sua respiração, à sua postura, à sua alimenta-ção, à sua atmosfera mental. Vai aprender a escutar o seu corpo, a perceber que mente e corpo estão interligados, e acima de tudo que somos capazes de controlar as nossas próprias vidas! Existem vários tipos de yoga, mas posso assegurar que todos eles levam a uma potenciação da nossa vida em termos de qualidade. Procure horários compatíveis com a sua agenda e experimente! Não se vai arrepender!

4 - Invista tempo a ser grato pela vida mara-vilhosa que tem.Pode parecer uma idiotice (é até bem possí-vel que durante os primeiros tempos sinta a resistência em fazê-lo e demorar a encontrar motivos para ser grato), contudo pare para pensar: tem comida com que se alimentar? Uma família? Uma actividade para se desen-volver? Um tecto para se proteger? Algum dinheiro para as suas despesas? Isso tudo é motivo para agradecer, mesmo que sinta que ainda está a viver aquém do seu enorme potencial. À medida que for mais e mais gra-to pelo que tem, mais portas abrirá ao que ainda está para vir!

Viver em modo slow pode parecer mais difícil do que na verdade é. E à medida que o tem-po for passando, vai ver que as suas próprias rotinas se vão instalando e novos hábitos, muito mais construtivos se desenvolvem! Basta começar! Viva slow, viva feliz!!

Maria Clara MarquesProf. de Yoga, Life Coach,

Terapeuta [email protected]

Só Uma Dica Aos olhos dos viajantes...Marrocos

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Deserto do Sahara

Foto e texto de:

Ana NobreViajante Zen FamilyMerzouga, Outubro 2016

A arte de amar e partilhar em pleno deserto dos Sonhos!Nunca desistas de dar amor, fazer o bem sem olhar a quem.Faz o que gostarias que fizessem contigo. Se o outro não o fizer, não é um problema teu. Tu só te deves preocupar em estar de consciência tranquila pela integridade do ser que és. Mostra sempre integridade nas tuas palavras alinhadas com os teus comportamentos.Boa noite pessoas LINDAS.Sempre a fluir!

Luis Baião- in Inspiração -

[email protected]

luisbaiaozenfamily

Que dizer: Experiência para a vida.

A imensidão e intensidade de emoções é qualquer coisa de

extraordinário. A superação através da subida ao topo da maior Duna

Merzouga o foco num objectivo para mim inatingível,

a luta com os nossos medos e obstáculos é inexplicável...

Como economista atuante há mais de 20 anos no mundo corporativista, sempre busquei ajudar empresas a se tornarem sustentáveis e com isso garantirem a longevidade. Depois de todos estes anos de experiência, cheguei a conclusão que tinha que falar sobre Educação Financeira para um público ainda inexperiente. Mas, que a longo prazo farão uma revolução na humanidade se aprenderem desde cedo quais os impactos causados no Meio Ambiente, sejam eles, negativos ou positivos em função de suas escolhas. Mergulhei no universo infantil para escrever para um público exigente, porém fiel. O das crianças e adolescentes. Publiquei em novem-bro de 2015 por meio da Editora CAB, uma coleção de livros sobre educação financeira voltada para alunos do ensino básico, dividida em doze volumes. A Coleção Consciente de Educação Financeira (Editora CAB) se utiliza de histórias que relatam situações do dia-a-dia da Júlia e sua família, para explicar conceitos como crédito, poupança, sustentabilidade e outros. Atrelada a coleção, desenvolvi uma Metodologia de ensino voltada para Educação Financeira nas escolas baseada nos pilares da sustentabilidade.

A Metodologia tem como objetivo capacitar e incentivar professores e pais a tratar o conhe-cimento de base sobre economia como parte da educação infantil e infanto-juvenil, além de aguçar a curiosidade das crianças sobre o tema, na maioria das vezes visto como chato, complicado e distante do mundo prático. Tam-

bém procuro reforçar o elo entre sustentabili-dade e economia em suas histórias. A coleção mostra como eles não só estão próximos entre si, mas nas nossas decisões cotidianas.

A economia é humanaOs livros, todos ilustrados, tiram a Economia do mundo apenas das exatas. Neles, as áreas de estudo se misturam para mostrar a face mais humana de um assunto considerado tão numérico. As perguntas de Júlia, típicas da curiosidade infantil, mostram como os núme-ros se misturam aos sonhos, vontades, frustra-ções, à noção de comunidade e à sobrevivên-cia do planeta Terra.Apesar de a educação financeira ser conside-rada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais como uma matéria transversal, isto é, que pode ser adotada em conjunto com outras dis-ciplinas, defendo que ela passe a fazer parte da grade curricular escolar. As ligações da Eco-nomia com outros assuntos são inúmeros, por isso seria um erro associá-la a uma só matéria.

DesafiosO grande desafio inicialmente, é levar para escolas de todo o Brasil a partir do ano letivo de 2017. O objetivo é fazer com que educado-res transmitam a educação financeira de forma lúdica fazendo-os entender que trata de uma disciplina relacionada ao comportamento de consumo das pessoas, e não somente do uso da matemática como meio de tomar decisões ou fazer contas.

Basta dar um dos livros para uma criança e ela já se encanta com os desenhos e facilmente entende o assunto. Precisamos lembrar que para construirmos uma base de educação para crianças – para qualquer assunto que seja -, é necessário incluí-la no mundo delas.

Josi Gomes BarrosColaboradora Brasileira Economista e [email protected]

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Educação Financeira nas Escolas

Zen Consciência e Sustentabilidade Recordando...India Sul

Soltar a cor dentro de nós...

India Sul, Fevereiro 2016

Hoje começamos com o “Poema do chá” do Pe-dro Alvim para nos estimular na escolha do tipo e variedade de chá.

Poema do Chá Em vez de me apaixonar

uma xícara de chá por favorela aquece a minha alma e elimina minha dor

agradeço a quem inventou essa bebidaaquece o meu corpo e cura minhas feridasSendo verde, preto, branco ou de frutas

silvestresinventado por um anjo não por um ser

terrestreSegurando em volta da caneca

pra esquentar as mãosCalor corre pelo braço e chega ao coração

Na frente da tvNa frente do pc

É um chá bem gostoso que eu quero beber

Quente ou friotoda vez que bebosinto um arrepio

Na falta de um abraçoum chá irei tomar

para com sono ficarpara mais confortávelpoder deitar e sonhar

Verde, branco, amarelo, oolong, preto, puros ou aromatizados?Todos os chás derivam da mesma planta – a Camellia sinensis – mas diferem consoante o processo de oxidação a que são sujeitos e que modifica a cor das suas folhas, o seu aroma, sa-bor e quantidade de polifenois presentes. O chá preto é o mais processado e, embora mantenha muitas qualidades benéficas para a saúde, tem menos poderes antioxidantes do que o chá verde, por exemplo. O chá branco, por sua vez, é o menos processado e contém mais antiox-idantes do que o chá verde, no entanto, tem um sabor muito subtil e é bastante mais caro do que os outros. O melhor é mesmo experi-mentá-los todos!

Tipos de CháChá Preto

É um chá completamente fermentado - passa pelo processo maior, que inclui secar, oxidar e queimar. A fermentação é o processo de oxi-dação que produz uma tonalidade vermelha es-cura e um cheiro doce das folhas. Alguns típi-cos chás pretos são o Darjeeling, Assam (Índia) Ceilão (Sri Lanka), keemun (China)... Cada um traz a mistura do âmbar colorido associado aos chás pretos e pode ser tomado com ou sem leite e açúcar.

Chá Oolong

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Vamos tomar um Chá!

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Chá “semi-fermentado” é principalmente produzido na China e em Taiwan. Para a fabricação dos oolongs, as folhas são se-cas diretamente sob a luz solar até a sua superficie se tornar levemente amarela e sacudidas em cestos de bambu para ligei-ramente machucar as beiras. Os Oolongs são sempre chás de folhas enroladas e nunca quebradas. Os menos fermentados dos chás oolongs, quase de aparência verde, são chamados de Pouchong.

Pu-erh

Único para a China, cresce e é colhido todo o ano, ao contrário dos outros chás que são sasonais. Embora o Pu-erh tenha muito do gosto de um chá preto, cai den-tro da sua própria categoria. A estes chás não é permitida uma completa secagem. Eles são “compostos”, permitindo o cresci-mento de ”bactérias amistosas”. O chá é então envelhecido em especiais salas sub-terrâneas ou cavernas. Estes chás envelh-ecidos são super valorizados e podem ser encontrados como os vinhos por época de colheita, alguns datam de 40 a 50 ou mesmo 100 anos.

Chá FumadoA lenda conta que um fabricante de chá verde, querendo cumprir uma encomen-da, pôs as folhas de chá a secar em bandejas por cima de um fogo de abetos, no exterior da fábrica, porque todos as

pistas “carris” de secagem estavam ocu-padas. A partir daí passou a produzir-se também o chá fumado.Podem fazer-se chás mais ou menos fumados, os mais conhecidos são os Lapsang Souchong, medianamente fuma-do, e o tarry Souchong, muito fumado.

Chá Branco

É produzido numa escala limitada na Chi-na e Índia. É o chá menos processado das muitas variedades. Os botões novos das flores são colhidos antes que eles abram e simplesmente são deixados a secar. Os botões encaracolados têm um aparência prateada e produzem uma cor de chá muito pálida e delicada..

Chá Verde

Escolher o Chá

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Vamos tomar um Chá! Recordando...Porto

É um chá não fermentado – As folhas recém-apanhadas são cozidas no vapor imediatamente para prevenir a oxidação, então vai para a secagem e a queima. Isto permite que as folhas secas fiquem verdes. O chá verde passa de um pálido verde para uma mistura verde dourada. Ele tem um sabor mais delicado do que os chás fermentados, tais como os Pretos e Oolongs.O Chá Amarelo é um chá cuja produção se processa de maneira similar à do chá verde, mas com uma secagem mais lenta. As folhas húmidas repousam em cestos cobertos até amarelecerem. Com um sabor e aroma diferentes do chá verde e do chá branco, pode sofrer uma ligeira fermentação, até 15%.

Chá aromatizado / chá perfumadoOs chás aromatizados são criados quando aromas ou outros ingredientes adicionais são misturados com as folhas no está-gio final antes de o chá ser empacotado (Europa).Na China, os chás perfumados são aque-les que absorvem, naturalmente, o per-fume da flor escolhida. Coloca-se uma camada de folhas de chá e uma camada de flores e logo que as folhas do chá ti-verem absorvido o perfume da flor, reti-ram-se.

Chá prensadoÉ outra especificidade chinesa. Em forma de bolacha ou tijolo, este modo de fabrico começou por ser utilizado para facilitar o transporte e a conservação do chá.

MISTURAS DE CHÁSComo com o tabaco e o café, fazem-se também misturas de chás. Uma mistura bem pensada de tipos de chás poderá assegurar uma experiência de sabor inigualável...

No próximo número, vamos saber “como fazer um bom chá” Até lá!

Manuela PaivaEspaço R/C Oriente

[email protected] rcoriente

Sair da rotina para não se f car amarrado a ela é a arte de f uir navida. Quando a rotina se instala esquece-se da sensação boa do arrepio, da surpresa, da descoberta, do acaso.viagens e ser louco o suf ciente para levar maisOs eventos, viagens e retiros que vou criando tem que ver com o não adormecer o nosso espírito de aventureiros.

Luis BaiãoLider viagens e eventos Zen Family“Olhar de Viajante-Raid Fotográf co

Porto, Setembro 2016

Em Amor, Somos Todos Um!

Precisamos entender que fazemos parte de um TODO, de uma única comunidade GLO-BAL, somos uma grande familia numa só casa, num só Universo e quanto mais nos soubermos relacionar positiva e harmoniosa-MENTE, mais felizes seremos.Atingir o equilibrio é objectivo global, conec-tar a razão com a emoção, a Felicidade com as emoções é primordial para chegar a esse equilibrio. Pessoas que sabem lidar com as suas emoções, como por exemplo, controlar a própria angústia, tristeza, inveja, raiva, aceitar e compreender os outros, não perder o foco são, sem dúvida pessoas felizes!

Porque só alguns o haveriam de conse-guir? Se alguns o conseguem todos o conseguem, como?Conhecendo-se melhor, tendo auto-estima, apostando no seu desenvolvimento pessoal, cuidando de si e consequentemente inspi-rando os outros a fazê-lo e principalmente TREINANDO e escolhendo a forma como nos queremos SENTIR habitualmente, treinando as emoções, criando hábitos. Alterações de humor, variações emocionais, óbvio que todos temos, é normal – dentro de um limite – que tal olhar para a vida como um copo meio cheio e não meio vazio, um princípio motivador!

A vida não é sempre cor de rosa nem é sem-pre cinzenta, a vida é um arco-iris com todas as cores e a nossa capacidade de mantê-la colorida, de equilibrar os momentos mais Felizes , mais luz em relação aos momentos mais TRISTES, mais sombra, mantermos o foco em sentirmo-nos bem é uma fundamen-tal para nos tornarmos seres Emocionalmen-

te Inteligentes.

Quais as emoções mais presentes nas vossas vidas?Alegria, Serenidade, Excitação, Gratidão ou por outro lado maioritariamente as emoções presentes são a Tristeza, Ansiedade, Medo, Raiva... As pessoas que se encontram em emoções mais sombra perdem motivação, distanciam-se de si e dos outros, não con-seguem encontrar alegria ou prazer no que fazem, no que são no que sentem, passam a viver de expectativas de realizações futuras ou na saudade de tempos prazerosos vivi-dos no passado, esquecem O momento mais importante O AGORA!Esta forma de estar na vida, mais suturna, é um escape a enfrentarem-se, é uma forma inglória de obterem atenção, é o melhor que sabem fazer, no entanto não é suficiente.

Para sermos seres com equilibrio emo-cional, há que conhecer as nossas fraquezas e os nossos super-poderes, todos os temos, todos somos MUITO BONS em algo e se tirarmos um tempo para realmente reflectir sobre o assun-to, todos saberemos qual o nosso super-poder.

É hora de nos dedicarmos a evoluir enquan-to seres Emocionais e assim contribuir para encontrar a Felicidade, que está sempre con-nosco embora por vezes escondida por baga-gem acumulada, por emoções, por experiên-cias, por medos. Criemos hábitos saudáveis e inteligentes emocionalmente, escolhamos as emoções a sentir e cultivemo-las todos os dias no nosso quotidiano!

Sónia RibeiroWellness Coach

[email protected]

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Enquanto muitos esvaziam seus copos, abrem mais uma garrafa, procuram a multi-dão, o som alto que corta o vazio...Eu procuro o vazio! Procuro o que importa.Meus olhos sempre miraram a solidão. Nada que vem de lá me assusta.De lá, onde me encontro, onde passo horas comigo mesmo, matutando o próximo voo, a próxima paisagem...Ou, simplesmente, mergulhado em recorda-ções que me fizeram ser criança em corpo de adulto. Porque nenhuma outra lembrança me serve. Quero a peraltice, ou a pureza, ou o silêncio, ou o sorriso gratuito, ou o esqueci-mento...Aqueles momentos que você não é importan-te. Aqueles instantes de embriaguez de ale-gria sóbria. De olhos puros a te contemplar... De pouca importância do tempo. De pouca importância das horas... Essas horas que sufocam. Da pouca importância das coisas que te esperam. Do mundo que te tem. Não. Chega. Não quero nada a minha espera. Eu quero a importância do esquecimento. Que-ro a importância do nada. Nudez de Alma. Nudez de intenções. Quero a Beleza de uma pessoa que não tem nada a me oferecer, exceto ela mesma.A solidão é uma flor do campo! Mas, só en-xerga quem tem um jardim dentro!O meu sempre me avisou: hei, sua sina é partir... Ainda que seja de dentro do seu quarto, na companhia de devaneios tolos,

das fantasias que arrancam sorrisos solitá-rios.Sua sina é voar... E chegar. Um par de asas sempre encontra um galho florido onde pou-sar...Enquanto isso, deixa de lado essa garrafa, o som alto que atrapalha o diálogo dos olhos, essa multidão lá fora... Não quero nada dis-so!Meu rock é vinil que chia, acorde que muda... e a gente escuta. Minha embriaguez são taças de partidas e chegadas... Portos sem fim!A multidão lá fora nem imagina a legião aqui dentro. Tudo eu. Uma contradição ambulante nesse vasto mundo de Deus... Afinal, o amor tem asas e é infinito... Cada hora de um jei-to. Tudo eu. Mas, cada hora de um jeito.E a solidão é essa flor do campo... Eterno pretexto para sentir coisas boas e voar...

Colaborador Brasileiro

Minha Embriaguez

Feliz Vida Nova

Apareceu a Margarida

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Canarinho BrancoEu me lembro de morar numa gaiola pequena com um casal de amigos.Eu me lembro de ter sempre comida e água.Eu me lembro de passar noites e dias dentro de um banheiro e de não sentir nada, nem tristeza, nem ale-gria, pois minha vida sempre tinha sido assim.Opa! Já ia esquecendo de me apresentar: sou Arthur, um canário branco com anel na perna direita. Hoje moro numa floresta linda, cheia de pinheiros. Meus novos amigos me ensinaram a voar e me deram esse nome que gostei muito.Vou contar minha vida pra vocês: Sou um canarinho belga, nasci numa gaiola e nunca tinha sequer batido minhas asinhas. Depois de meses, a gaiola ia diminuin-do e eu crescendo. Meus dias eram sem graça, eu só comia, bebia, dormia e nem cantar eu sabia. Um dia colocaram dois pardais para morar comigo, daí me-lhorou um pouco, pois pelo menos eu conversava com eles. Os pardaizinhos me contaram que existia uma floresta verde e imensa e que lá, todos os pássaros tinham ninhos nas árvores e voavam no céu azul. Eu achava tudo esquisito, pois sempre morei numa gaiola pequena, pendurada em um banheiro.Num domingo ensolarado um casal veio até onde eu morava, que era uma espécie de um tal aviário e um homem e careca me tirou da gaiola, me co-locou em outra ainda menor e me entregou para eles.Eu fiquei assustado porque o homem piava como eu e a mulher conversava comigo de uma ma-neira doce, acho que para me acalmar.Andaram comigo na gaiola um tempão, de repente colocaram minha gaiolinha no chão e abriram a porta. Eu fiquei chocado e a mão da mulherzinha entrou!!! Ela me agarrou delicadamente, me tirou e abriu os dedos!Eu estava livre!!! Então bati minhas asinhas com força e voei baixinho e com o passar das horas fui aprendendo a voar mais alto!O casal se abraçou, me deram adeus e partiram! Logo vieram outros pássaros me ajudar e o resto vocês já sabem...Se vou sobreviver na floresta, nem eu sei, mas estou livre, feliz e voo rápido e alto! E tenho muito orgulho de ser um canarinho.

Maureen MirandaColaboradora BrasileiraActriz, Autora, Artista Plástica [email protected]

/Maureen-Miranda-Obras-Originais-

Imagens: telas originais por Maureen Miranda

O objectivo prioritário do Feng Shui con-siste em encontrar um local que influencie positivamente a nossa saúde psíquica e física, assim como a nossa vida de um modo geral.À medida que fui aprendendo Feng Shui e colocando em prática nos meus projectos de arquitectura e interiores, senti que cada vez mais a arte milenar do Feng Shui é essen-cial para criar equilíbrio e harmonia nos espaços interiores. Hoje em dia projectar casas com alma é uma das minhas priori-dades.

Deixei de lado os ambien-tes monocromáticos e sem alegria e optei por ambien-tes em que a cor, as plantas naturais e flores, as velas, os acessórios decorativos e as imagens ou as telas “inspira-doras” fazem parte do pro-jecto. Ou seja comecei a por em prática os cinco elemen-

tos do Feng Shui na arquitectura de interiores.

Também é importante salientar que podemos incentivar determinadas energias, como a energia dos relacionamentos, da fama e reco-nhecimento ou finanças através do Feng Shui e que os cinco elementos são a base da análise.

A teoria dos cinco elementos é uma das ferra-mentas essenciais no Feng Shui. Cada um dos cinco elementos descreve uma característica

da energia chi que está ligada a um ponto cardeal ou a um sector. Os cinco elementos ou as cinco energias estão ligadas a formas, cores e materiais e podemos representá-los na sua casa e intensificar ou atenuar o seu efeito utilizando os vários elementos.

Existem cinco elementos no Feng Shui que são: Água, Árvore (ou madeira), Fogo, Terra e Metal.Água – a cor deste elemento é o azul-escuro ou preto e as formas são assimétricas e ondu-lantes. Os objectos associados a este elemento são fontes, aquários e espelhos e imagens ou pinturas com simbologia ligada à água: casca-tas, praia, rios, lagos ou de Inverno.

Árvore – a cor deste elemento é o verde e as formas são rectangulares verticais. Os objectos associados a este elemento são plantas e flo-res naturais e os padrões com riscas verticais. As imagens ou pinturas com simbologia ligada ao elemento árvore são florestas, paisagens verdejantes ou de Primavera.

Fogo – a cor deste elemento é o encarnado e as formas são triangulares ou estrelas. Os ob-jectos associados a este elemento são as velas e lareiras e os padrões pontiagudos.

Zen Feng Shui

Os 5 Elementos do Feng Shui

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As imagens ou pinturas com simbologia liga-da ao elemento fogo são imagens com fogo, nascer ou por do sol, cores quentes e garridas ou de Verão.

Terra – a cor deste elemento é o amarelo, o laranja ou castanho e as formas são rectan-gulares horizontais ou quadradas. Os objectos associados a este elemento são objectos de cerâmica ou de barro, azulejos, os tecidos e os padrões de xadrez. As imagens ou pinturas com simbologia ligada ao elemento Terra são imagens campestres, de naturezas mortas ou de fim de Verão.

Metal – a cor deste elemento é o branco ou cinza e as formas são ovais ou circulares. Os objectos associados a este elemento são ob-jectos de metal, em inox, casquinha, ou es-tanho e os padrões com formas circulares. As imagens ou pinturas com simbologia ligada ao elemento Metal são imagens minimalistas ou de Outono.

As relações entre os cinco elementos são caracterizadas através de duas correntes de energia: o círculo produtivo e o ciclo de controlo. No ciclo produtivo cada elemento gera o elemento seguinte, assim a água alimenta a árvore, a árvore alimenta o fogo, o fogo ali-menta a terra e a terra alimenta o metal, por fim o metal alimenta a água e fecha o ciclo.No ciclo destrutivo ou de controlo o decurso da energia decorre de forma inversa ao ciclo produtivo.Também há o ciclo de desgaste – a árvore seca a água, o fogo queima a árvore, a terra abafa o fogo, a terra reduz o metal e o metal drena a água.

Um exemplo prático, suponha que tem um quarto de crianças situado a Sul, que poderá ser demasiado quente e activo. Pode equilibrar a energia do quarto usando o ele-mento terra, usando padrões de xadrez, pintar as paredes de amarelo claro; ou seja estamos a “acalmar o fogo” usando o elemen-to terra, ciclo de desgaste.

Outro exemplo são as cozinhas que englobam dois tipos de energia – fogo e água – que per-tencem a elementos incompatíveis, pelo que é necessário harmonizar o ambiente.Nas cozinhas situadas a sul podemos utili-zar elementos da energia árvore (plantas verdes) para harmonizar a água e o fogo e também colocar elementos terra, para dre-nar o excesso de fogo, usando acessórios em porcelana e optar por azulejos de cor amarela. Se a cozinha se situar a Sudoeste devemos usar elementos metal para harmonizar a energia terra com a água. Ou seja usamos o elemento intermédio (metal) para fazer a har-monização.

O ideal é na decoração dos vários espaços interiores, sejam salas, quartos ou escritórios usarmos os cinco elementos para criar harmonia. Sempre que possível substitua os materiais sintéticos por fibras naturais e utilize plantas naturais e cristais na decoração.

Paula MargaridoArquitecta e Consultora de Feng Shui

www.alinktobalance.com

Entrevista

Numa tarde soalheira de Verão, estando eu a passar umas belas férias em Mação, desafiei um amigo da Zen Family a contar-nos um pouco da sua história inspiradora. Um homem simples, pai, sempre ligado à causa social. Sendo Assistente Social, foi director técnico de instituições de apoio a idosos, passou pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pelo CAJIL-Centro de Apoio a Jovens e Idosos do Lumiar e pela IPSS ASAS, deixou a capital, deixou a confusão, o stress e voltou ás ori-gens, a Mação. Conheçam Cláudio Esteves, um homem que se diz ter chegado a meio do caminho a acreditar que tem que seguir o sonho e viver de acordo com os meus princípios e valores.

Como é que um homem da capital, deixa tudo e vem parar à aldeia do Caratão em Mação, mudando de vida radicalmente?Em criança eu vinha para aqui passar férias, os meus avós são daqui, e gostava imenso de andar aqui em liberdade e de fazer as coisas que havia aqui na aldeia, de andar nas hor-tas, de ordenhar as cabras com a minha avó e a partir de determinada altura saturei-me, deixou de me fazer sentido a vida que estava a ter em Lisboa. Muito cansaço, muito stress, muita responsabilidade...eu gosto da minha área profissional mas estava a sentir-me mui-to cansado e tinha esta paixão pela Natureza, pela Terra - a ligação à terra - e comecei-me a aperceber que esta aldeia estava a morrer, isso mexia imenso comigo, custava-me, resolvi assim, em plena crise, avançar. Primeiro pensei em mudar de trabalho, depois achei que ía ser mais do mesmo e depois, fiquei desemprega-do e pensei que era a altura certa; tenho que aproveitar agora, podia pensar na reforma e vir para cá nessa altura mas aí já não te-ria força animica para pegar em nada, neste património e não só. Um dia que eu chegue à reforma, os poucos habitantes que a aldeia tem, já não estarão cá, portanto eu tenho que aproveitar estas bibliotecas vivas enquanto cá estão. Daí, surgiu a ideia das cabras porque

havia um rebanho comunitário que eu ao fim do dia ía ajudar a fechar e a abrir. Esse reba-nho desapareceu, quando eu cheguei á aldeia havia 1 cabra!! Também tinha saudades dos queijos da minha avó e resolvi que tinha que pegar num projecto diferente.

Como chegas a este local?O meu pai nasceu aqui, a minha avó, os meus bisavós e isto estava completamente abando-nado, sem nenhum habitante e eu quis revita-lizar a aldeia. Obviamente que é um caminho árduo...eu não percebia nada de cabras, en-tretanto os amigos começaram a vir, come-çaram a gostar de estar aqui, chegavam aqui não tinham rede, esqueciam tudo, esqueciam os problemas, ligavam-se só a eles enquanto pessoas, ligavam-se á terra e deixavam tudo de fora. Começaram a vir mais vezes e come-çaram a dizer aos amigos.

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Como apareceu o projecto “Encontros com a Terra” ?Encontros com a Terra pretende dispersar o nevoeiro do Ser, da Terra e da Alma, de modo a harmonizar o Ter com o Estar. As cabras tem sido um investimento elevado, para as minhas possibilidades, o retorno não estava a vir e começou a surgir o interesse dos amigos de virem fazer actividades comigo, passando um dia com as cabras.Eu marco os dias, crio o evento e as pessoas inscrevem-se - tem esgotado sempre. Existem vários tipos de actividade: o “Dia com o pas-tor” e por exemplo “A apanha da Azeitona” em que as actividades são diferentes, neste caso, mais passadas à lareira.Só vem pessoas da cidade, às vezes duas ou três daqui do concelho mas normalmente é gente de fora. As pessoas valorizam, têm nocão que os ritmos são diferentes, que o trabalho físico é diferente, mas acabam por valorizar muito mais os produtos e por apren-derem e perceberem um pouco a diferença entre aquilo que comprarm no supermemrca-do e aquilo que é produzido aqui. O dia com o Pastor também tem sido muito engraçado no que diz respeito às crianças, tem sido muito divertido, eu até pensei, ini-cialmente, que a maior parte das pessoas não quisesse aprender a ordenhar mas querem e é giro vê-los no meio das cabras.

Eu não estava à espera que a interacção fosse tanta.

O projecto tem ainda a componente de venda de produtos, quais e como apare-ceu essa vertente?Quando o leite proveniente das cabras é pou-co e não dá para levar á queijaria para onde o vendo, faço queijos, faço também licores, vendo azeite, mel. Os licores surgiram por experiência e as pessoas foram gostando, por exemplo o licor do leite de cabra, através de receita que era de uma tia bisavó, foi a neta que me deu a receita, obviamente já ninguém fazia na familia, e tem sido bem sucedido. Os outros são experiências que vamos fazendo e vão resultando bem. Todos os produtos são feitos com os recursos existentes na aldeia.

Entrevista Aos olhos dos viajantes...Marrocos

Gostas de viajar? Qual a tua via-gem de sonho que está por fazer?Adoro, claro que acabou tudo quando voltei para aqui. Claro que faço tensões de vol-tar às viagens quando o projecto estiver mais sustentável.Adorava conhecer o Perú, gostava também de ir à India, de ir, sei lá...há tanta coisa para co-nhecer! Conheço sobretudo a Europa, as ilhas baleares, as canárias. Fiz voluntariado na Guiné. Continuo a dar apoio à fundação pela qual tive essa experiên-cia mas não pretendo voltar, foi muito forte. Fez-me ter a consciência do quão priveligiados

somos. As pessoas lá não têm nada, mesmo nada... As experiências foram muito marcantes principalmente no que diz respeito á saúde e à falta de meios, de tudo! Somos ingratos, não temos consciência do bem que temos por cá.

Um sonho por realizar?Ver esta aldeia a funcionar, vou fazer o que estiver ao meu alcance para isso acontecer.

Alguma vez te arrependeste de dar este passo?Há horas dificieis, quando chego cá e vejo um animal morto, quando as coisas não correm bem e ter que andar debeixo de chuva a tra-balhar, é muito diferente da vida que tinha...a minha familia não me apoiou, tinha um empre-go estável, foi uma mudança radical...agora já percebem, sabem que é o que eu sempre quis.

Já se conformaram, sa-bem que estou bem !

Começou com uma cabra, hoje tem uma centena e todas têm nome, Cláudio sabe o nome de cada uma e conhece-as como ninguém. No futuro pretende tornar este projeto sus-tentável respeitando o meio ambiente que o rodeia e preservando a cultura dos antepassa-dos que viveram na-quele vale no concelho

de Mação.

Para mim esta entrevista foi também algo muito importante, levou-me à minha infância que também foi passada no campo no meio de rebanhos de cabras e ovelhas, memórias eternas que vou guardar na alma.Obrigado Cláudio, bem hajas!

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Entrevista e texto de:Sónia RibeiroDirectora EditorialRevista Zen Family

Encontrei o azul que faltava no meu olhar.O tom verde acastanhado dos meus olhos, hoje levou um banho de azul céu, de azul Chefchaouen...

Silvia CostaViajantes Zen Family

Chefchouen

Marrocos, Outubro 2016

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Biodanza

Metaforicamente Biodanza –um sistema cria-do pelo antropólogo chileno Rolando Toro nos anos 70- é a “Dança da Vida”, e visa resgatar uma nova sensibilidade perante a vida, for-necendo recursos contra a “fragmentação” do homem contemporâneo. Pratica-se exclu-sivamente em grupo, e sua eficácia está na integração entre a música, o movimento e a vivência. Na prática, a Biodanza não é nem uma técnica, nem um estilo de dança, nem tão pouco uma terapia, mas sim um processo de Desenvolvimento Humano. É uma pedago-gia da arte de viver.

Nas palavras de Rolando Toro a Biodanza “res-ponde a questões de mudança social partindo da sede das emoções que é o corpo, e propon-do uma cultura da vida, de respeito e amoro-sidade em relação a si mesmo, aos outros e à natureza” (1982). A metodologia fundamen-tada no princípio biocêntrico, ou seja da vida como referência central na conduta individual e coletiva, é original e revolucionária tendo em conta a nossa actual sociedade patológica e anti-vida. Quem se coneta com esse princípio repensa todos os aspetos de sua vida, desde as ideologias e crenças, às atitudes, colocan-do-se contra a exploração, a injustiça, a discri-minação e a exclusão social e a favor de todos os movimentos que defendem a vida e a paz no planeta. Na Biodanza a “tua” transformação não é mera reformulação de valores, senão uma verdadeira transculturação, uma reapren-dizagem a nível afectivo, uma modificação

límbico-hipotalâmica.Por isso, entendemos a Biodança como um elemento muito poderoso, capaz de gerar sensibilidade, empatia, solidarieda-de, alegria, amor, …. aquilo que os cerca de 7.500 praticantes da “Dança da Vida” em Portugal relatam como um senti-mento de bem-estar que perdura no seu quotidiano, e que os traz semanalmente às aulas em grupo regular.

Sendo a Biodanza um sistema de integração (por vezes referido como expressão livre das emoções e sentimentos), aflora a parte ma-ravilhosa que existe em cada um de nós. E é a possibilidade de acessar essa parte iluminada, essa beleza sagrada que gera o brilho no olhar, o êxtase que as pessoas que vivenciam uma aula guardam na memória (não mental mas celular). É uma nova forma de encontro e sensibilidade com a vida, onde se comunica através de uma lingua-gem comum: a do olhar emocionado, do afeto e do abraço. É sentir que para além das aparências e da singularidade de cada um, somos essencial-mente iguais porque os nossos corações pulsam pelo mesmo desejo de amar e ser amado. É ser animados pela mesma esperança de construir um mundo melhor celebrando a alegria e o prazer de viver. Datam de 1982 as palavras que Rolando Toro escreveu “não basta libertar o homem da miséria social e económica, é necessário libertá-lo de sua miséria afetiva”.

Mas, para os mais cépticos, qual é de facto, o se-gredo da Biodanza?A maior parte das disciplinas corporais não se vin-culam à vivência nem às emoções, levando auma dissociação afetivo-motora. A Biodanza, pelo contrário, tem um repertório de exercícios ede danças cuja finalidade é ativar os movimentos humanos, onde para além da postura e da criação, são também tidos em conta a espontaneidade, o contacto, a carícia, a intencionalidade do movimen-to, entre outros aspetos. A música criteriosamente selecionada tem o condão de atuar sobre os nos-sos sentimentos, provocando movimentos no nosso corpo. Estes movimentos, que se manifestam atra-vés de impulsos naturais e instintivos, promovem o surgimento de sensações e sentimentos, muitos

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deles retraídos pela nossa educação e regras so-ciais. Ser natural | verdadeiro | orgânico na dança implica em oferecer ao corpo possibilidades de movimentos plenos de sentido, despojando-o dos clichés que trazem à memória padronizações de corpos e bailados, por isso não é necessário saber dançar para se praticar esta modalidade. A dança orgânica aumenta a nossa consciência corporal, melhorando a nossa postura e perceção de nós mesmos, reforça a nossa identidade e gera uma autoestima positiva. Dissolve ainda tensões mus-culares, permitindo maior flexibilidade, agilidade, equilíbrio e leveza nos movimentos, e, com isso, passamos a introduzir esse padrão físico à nossa existência, tornando-a mais criativa e prazerosa. Os exercícios são seleccionados para reforçar os aspectos saudáveis do indivíduo, e desenvolver as potencialidades genéticas através das 5 linhas de vivência (vitalidade, sexualidade, criatividade, afectividade e transcendência). A música atua so-bre o sistema nervoso neurovegetativo (simpático e parassimpático), sobre os neurotransmissores, sobre o sistema endócrino e imunológico, respira-tório e cardiovascular, influenciando assim todas as funções vitais básicas. Essas experiências vão, aos poucos, construindo uma base neurofisiológica que promove uma integração afetivo-motora capaz de trazer ao quotidiano do praticante, os elementos que ele vivencia em suas danças.

Utilizando estímulos positivos, como a música orgânica, o movimento sensível e as vivências integradoras, despertando a nossa sensibilidade adormecida, a Biodanza tem-se mostrado, um caminho muito eficaz para promover e restaurar o nosso bem-estar e equilíbrio orgânico, desde que praticado com regularidade. A Biodanza não é por si uma terapia de cura, mas pelo seu efeito geral potencializador de bem-estar, cria condições para que certos efeitos terapêuticos possam actuar contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Pelo simples facto de ser um sistema que promo-ve a alegria de viver, que gera harmonia, prazer e vínculos afectivos nutritivos, já contribui de forma significativa para uma melhoria do estado de saú-de. São vários os relatos de pessoas que sentem efeitos muito positivos na regulação do sono, da tensão arterial, do stress, o que ajuda a dar espaço ao corpo para se renovar e regenerar e, contribui em muito, para melhorar a saúde.

Sendo um processo, a Biodanza pratica-se através

de aulas semanais, sempre efetuadas num contex-to de grupo, sendo que cada sessão de Biodanza tem aproximadamente duas horas: 15 minutos de introdução teórica, que serve para elaborar o tema do mês (focado numa das 5 linhas de vivência) à luz dos princípios biocêntricos que norteiam a Bio-danza;15 minutos de perguntas e partilha verbal por parte dos praticantes, que serve para falar das sensações e emoções vividas pelos participantes em cada sessão, e 90 minutos de vivência para deixar o mundo das ideias e passar ao mundo vivi-do e dançado.

Há Grupos de Biodanza já espalhados pelos 5 con-tinentes, e em Portugal estamos a viver um cres-cendo progressivo -com Grupos Regulares espa-lhados já por todo o país, à medida que cada vez mais Facilitadores, saídos da Escolas de Biodanza (Porto, Lisboa e em breve no Algarve) vão acaban-do a sua formação de 3 anos-, fazendo com que o movimento ganhe uma certa massa crítica sem conhecer as adulterações da massificação.

Iniciador do movimento em Portugal, tornei-me Facilitador – Didata e Director da Escola de Bio-danza no Porto; dedico-me há mais de 14 anos de corpo e alma a esta paixão, que terei todo o gosto de partilhar contigo, se assim o entenderes, nas Aulas Abertas das 5ª Feiras, às 20:00, em Lisboa e, a partir de agora, terás também aqui um artigo mensal para saberes mais sobre a Biodanza.

Pelo desejo de um mundo melhor, por saber que outro mundo é possível, por ter a certeza que as contribuições que a Biodanza fez na minha vida podem atingir mais e mais pessoas. Porque su-peramos os momentos problemáticos dançando, colocando em movimento a vida, experimentando caminhos novos e transmutando…Abraço-vos, e siga a Dança

Nuno PintoDirector Executivo Escola Biodanza SRT de Portugalwww.biodanzanunopinto.pt BiodanzaNunoPinto

A ARTE DE BEM VIVER (BIO)DANÇANDO

Inteligência Emocional

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As nossas emoções nascem do sistema límbi-co, uma área mais primitiva do cérebro. O que nos ajuda a não reagirmos constantemente por impulso e a tornarmo-nos meramente animais, seres puramente emocionais, é a parte superior e executiva do cérebro, o córtex pré-frontal, que situa-se no neocórtex, considerado o cére-bro racional. Conseguir equilibrar a comunica-ção entre estes dois cérebros é o nosso grande desafio diário e que a inteligência emocional tenta ajudar.

Para as crianças e os jovens, este desafio torna-se ainda maior. Esta parte do cérebro racional e que nos vai ajudar a gerir a parte emocional, não fica completamente desenvol-vida até atingirmos os 25 anos de idade. Este é o motivo pelo qual as crianças e os jovens tomam decisões que os adultos rotulam muitas vezes como “irracionais”, “atitudes de crian-ça”, ou “estúpidas”. Essa parte do cérebro nas crianças ainda não está completamente desen-

volvida e muitas ligações importantes ainda se estão a formar, pelo que as decisões nem sempre são as melhores e as mais ponderadas. A prática da inteligência emocional nesta fase inicial mostra-se de grande importância pois irá ajudar a enraizar atitudes, comportamentos e hábitos de sucesso para a sua vida. E os resul-tados verificam-se logo na fase escolar.

E como é que a inteligência emocional pode ajudar as crianças e os jovens na escola? Por exemplo, um estudante quando ficar frustrado com algum trabalho ou se tiver alguma nota negativa num teste, em vez de desistir pode adotar estratégias para atingir melhores resul-tados. Um estudante quando sentir raiva, em vez de ter uma atitude agressiva, pode apren-der comportamentos mais saudáveis. Um estu-dante que estiver com um bloqueio com algu-ma matéria escolar, pode conseguir ultrapassar esse bloqueio e ter uma atitude mais assertiva. Um estudante que mostre mais desinteresse

pela escola, pode aprender a ganhar outro tipo de perspetiva, aumentando o seu interesse. Existe um mundo inteiro de comportamentos mais eficazes que podem ser adotados com um treino de competências emocionais nesta fase inicial da vida, que trará resultados para as fases posteriores da vida.

Embora o QI (Quoeciente de Inteligência) este-ja fortemente enraizado como a única medida que irá prever o nosso sucesso no futuro, a verdade é que as competências emocionais, ou o QE (Quoeciente Emocional), têm um peso muito grande nessa decisão. Aliás, inúmeros estudos feitos nas últimas décadas mostram que o QE tem até um peso maior que o QI, no que toca ao sucesso profissional e também realização pessoal.

Alguns estudos feitos com alunos do primeiro ano verificaram que os alunos com maior QE tinham uma melhor performance académica (Evenson, 2008; Song, Huang, Peng, Law, Wong, & Chen, 2010). Esta relação foi vista desde alunos em quadros de honra até atletas (Jaeger, 2004). Inclusive, entre alunos de uma instituição de grande prestígio, o optimismo (uma característica de inteligência emocional), previa melhor os resultados académicos dos alunos do primeiro ano do que o QI (Schulman, 1995).

Além de prever os resultados académicos, a inteligência emocional dota os alunos de ferra-mentas comportamentais para lidarem melhor com a adversidade e para persistirem diante as dificuldades e obstáculos, que resulta numa melhor performance e numa menor taxa de desistências e abandonos escolares.

Keefer, Parker e Wood (2012), recorrendo a uma amostra de 1015 estudantes universitári-os, descobriram que o motivo dos alunos que não se graduaram após 6 anos de darem entra-da no curso, deveu-se a uma baixa inteligência emocional nos domínios das relações interpes-soais e da gestão do stress. Parker e os seus colegas (Parker, Hogan, Eastabrook, Oke, & Wood, 2005), utilizando amostras combinadas descobriram que os estudantes que não aban-donaram o curso do primeiro para o segundo ano tinham uma inteligência emocional mais desenvolvida que aqueles que abandonaram o curso.

Em resumo, se as escolas apostarem em desenvolver a inteligência emocional dos seus alunos, verão resultados a nível académico e comportamental. As escolas ganham, os alunos ganham e a sociedade ganha.

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A Importância da Inteligência Emocional na Escola

Paulo MoreiraEspecialista em

Inteligência [email protected]

www.treinointeligenciaemocional.com treinointeligenciaemocional

Em busca do Invisível

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Fecho os olhos por uns instantes, respiro fun-do e mergulho nesse espaço vazio que existe dentro de mim. No início é difícil, como se eu tentasse chegar ao leito de um rio, mas a correnteza na superfície fosse tão forte que eu não a pudesse atravessar. Respiro novamente e atravesso aquela intensa correnteza de pensa-mentos, ganhando acesso a esse lugar sagrado que existe dentro de mim.

Vieram à minha mente tantos lugares que considero sagrados. A floresta que costumava me acolher quando eu era criança, a biblio-teca com os livros de meu avô, a pedra em Ubatuba que eu escalava quando estava triste ou querendo ficar sozinha, o quintal de minha casa, que me oferecia uma visão do céu e das estrelas. Hoje a floresta já não existe, a pedra foi tão invadida por turistas que já não se pode ficar sozinha por lá. A biblioteca de meu avô se desfez e já não moro na mesma casa que morava quando criança. No entanto, quando mergulho dentro de mim, está tudo lá. Isso é algo incrível, é maravilhoso e pode mudar tudo

na vida de todos nós.

Aquilo que tanto nos amedronta e que chama-mos de vazio é o lugar mais fértil que existe em todos nós. É o quarto que guarda nossos tesouros mais preciosos. É o berço da beleza, de nossos sonhos, da nossa luz. É lá, naquele lugar tão temido e evitado, que nos aguardam as sementes de uma vida nova, sempre possí-vel.

Pense em uma vida harmoniosa como sendo um lindo jardim. Todos desejamos caminhar por nossas próprias vidas com o mesmo en-cantamento com que caminharíamos pelo mais belo jardim. Mas jardim algum pode ser criado sem que antes tenhamos aquele espaço feito de terra limpa e fértil. Livre de pedras, ervas daninhas e impurezas. Um terreno fértil, e va-zio. É muito difícil criar um belo jardim em um espaço já ocupado pela mata.

Lembro-me agora de um pequeno e delicioso livro, escrito por Clarissa Pinkola Estés _ O jardineiro que tinha fé. Logo no início

Todo vazio é um jardim ansiando por nascer podemos ler a seguinte afirmação: “A semente nova tem fé. Ela se enraíza mais fundo nos lugares que estão mais vazios.”.Assim, todas as vezes em que sentir um vazio em sua vida, não o evite. Não saia correndo na direção do mundo externo na busca de preenchê-lo. Não opte pelas muletas que se tornam vícios e nunca serão capazes de real-mente nos proporcionar a sensação de comple-tude pela qual ansiamos. Quando sentir esse vazio, saiba que esse é um momento sagrado. Afaste-se do burburinho da vida cotidiana, acalme um pouco seus pensamentos, feche os olhos e sente-se lá, bem no meio daquele vazio. Aceite-o. Sinta-o. Ame-o. Repouse em seus braços. Derrame-se nesse terreno. Dissol-va-se sem medo. Permita-se relaxar, está tudo bem.

É assim que plantamos jardins dentro de nós. Esse não é um processo racional. Você não precisa se preocupar em saber ou controlar quais sementes serão plantadas nesse terreno. Apenas derrame-se e confie. A própria natureza fará com que as sementes certas brotem em seu jardim. Esse processo não precisa ser des-gastante. Quanto mais natural, melhor. Quanto menos interferência da sua mente, melhor. Sua única tarefa é ser corajoso o suficiente para adentrar nesse espaço e lá permanecer, em um estado de entrega e confiança, pelo tempo que for necessário.Não é tarefa fácil, eu sei. Não fomos ensinados a confiar. Aprendemos que temos que ter con-trole sobre tudo.

Nos esquecemos que todo vazio contém um jardim que anseia por nascer.

Um dia Van Gogh sentiu um vazio, e assim surgiu “Noite Estrelada”, essa linda obra que nos faz rodopiar nesse céu feito em espirais. Um dia Rachmaninoff sentiu um vazio, e com-pôs o maravilhoso Concerto no 2, Op 18, (*), de uma beleza abismal. Um dia Rodin sentiu um vazio e criou “O beijo” que tanto enternece nossos corações. (*) Concerto no 2 de Rachmaninoff : https://www.youtube.com/watch?v=_asI5WvGVQs

Ouçam. Todos nós precisamos de beleza, pre-cisamos de poesia, música, arte. Precisamos de natureza. Precisamos desses espelhos que nos ajudem a lembrar quem verdadeiramen-te somos nós. Mas nenhuma dessas obras de tanta sensibilidade poderia ter surgido se não existisse o vazio, um espaço de onde pudessem brotar.É no vazio também que se encontram soluções criativas para problemas aparentemente insolú-veis, direcionamento para nossos momentos de dúvidas, e acolhimento para os momentos em que sofremos.Assim, não temamos o vazio. Aceitemos o desafio de nutri-lo na quietude de nosso amor, até que as sementes de nossa verdadeira es-sência possam de lá brotar.

Patricia GebrimColaboradora BrasileiraPsicóloga e [email protected] patriciagebrim2

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Cuide-se Bem

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Estou maior do que era antesEstou melhor do que era ontemEu sou filho do mistério e do silêncioSomente o tempo vai me revelar quem sou.(Dani Black)

Cantando e dançando esta linda canção de Dani Black, na voz de Milton Nascimento, no deserto do SAARA no Marrocos, no meio das dunas, aquela areia de cor tão singular e espe-cial fazia uma magia acontecer. E, uma profun-da e gentil limpeza tocava a todos. Realmente, somente limpos podemos ser quem somos! Como fazer para nos limpar interiormente? Como podemos retirar toda poluição que acu-mulamos com maus pensamentos, resíduos de experiências dolorosas e mágoas retidas? Os terapeutas da acupuntura nos ensinam: que o corpo aloja em pontos específicos uma sujeira e que deve ser limpa com frequência. Segundo psicanalista brasileiro Rubem Alves somos como uma casa antiga, revestida com muitas camadas de pintura sobre nós, que nos escondem de nós mesmos. Apenas as retiran-do, poderemos descobrir quem somos e viver livres e mais leves. As camadas adquiridas ao viver, aos poucos vão se incorporando ao ser, se avolumando e, cada vez mais fundindo o ser, as camadas que não são suas. Até finalmente chamá-las de EU! Então, a frase passa ser dita assim: - eu sempre fui desanimada e cansada,

eu sou assim. Com a repetição dos mesmos estados emocionais, formarmos um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma ca-racterística da personalidade. As características emocionais, têm um efeito condicionante na forma como as pessoas olham as experiências cotidianas e reagem a elas.Como descreve o terapeuta e professor de yoga Ernani Fornari: Viver produz lixo! Assim como em uma cozinha para elaborar um prato produzimos um lixo orgânico e outro reciclável. É necessário jogá-los fora! Nossos pensamentos e memórias formam lixos mentais, que logo transforma-se em bloqueios e dificuldades emocionais, que nos impedem seguir o bom fluir da vida. Seja para a cons-trução de relacionamentos saudáveis, para vivermos uma vida com saúde, próspera, de abundancia material e emocional. Torna-se vital nos limparmos destes pesos e lixos que produ-zimos, apenas vivendo o nosso dia a dia. Convido-os a entrar numa jornada permanente rumo a nossa limpeza interior junto a nossas crenças e pensamentos que nos impede a se-guir metas e conquistas. Nossos pensamentos, muitas vezes estão imer-sos em memórias distorcidas, vivemos come-tendo erros mirando nos acertos, nossa mente nos julga e nos condena, gravando lições erradas de experiências vividas. Na vida não há erros, há desequilíbrios, é necessário escla-recer e ampliar que todos somos bons e maus, santos e diabos. Muitas das experiências da vida são expres-sões de memórias que se repetem, dos sonhos a depressão, o pensamento contaminado, a culpa, a pobreza, o ódio, o ressentimento e o sofrimento são “antigas aflições renovadas”. A mente tem uma escolha: pode iniciar uma incessante limpeza ou pode permitir que as memórias repitam incessantemente os proble-mas. As memórias nunca saem de férias e só se aposentaram se você as aposentar.Na minha concepção terapêutica, muitos ele-mentos podem impulsionar curas, limpezas e restaurações emocionais tais como: as diversas psicoterapias, as terapias orientais, as

Limpeza Interior no Deserto

massagens, banhos, vivências espirituais di-versas, viagens, esportes, artes, o contato com natureza, a prática da agricultura doméstica, música, mas, nenhum será mais profundo que o encontro com o Outro. O outro me espelha, me desafia, me irrita, me entristece; o outro sempre, nos mostrando quem somos, segue nos provocando intensamente uma profunda limpeza interior. Seguindo um dos ensinamen-tos da terapia genuinamente brasileira apresen-tada pelo Alinhamento energético1, dizemos:- AHOW! Saúdo todas as minhas relações. Por todas as minhas relações! Com elas aprendo e me limpo constantemente. Daquelas Dores que deixamos para trás Sem saber que aquele choro, valia ouro!Estamos existindo entre mistérios e silêncios

Bert Hellinger2 nos ensina que somente o adul-to é capaz de fazer o que é necessário. Apenas com a consciência adulta poderemos iniciar a Limpeza interior. Hellinger nos lembra que por vezes, a infelicidade esconde uma memória ancestral que deve ser limpa e restaurada, uma memória infantil. Evoluindo a cada lua, a cada solSe era certo ou se erreiSe sou súdito se sou reiSomente atento a voz do vento saberei

Nos mistérios e no silêncio do deser-to, ”viajando com alma” junto a equipe ZenFamily voltamos “melhor do que era antes” e com a alma limpa.

Fernanda TeixeiraColaboradora BrasileiraPsicóloga [email protected] cuidesebemwww.cuidesebem.com

Fontes:Fornari, Ernani. Alinhamento energético.1ª ed. São Paulo: Editora Gráfica, 2014Guedes, Olinda. Além do aparente. Um livro sobre constelaçãoes familiares. 1ª ed. Curitiba, 2015.Carlos, Dani. Diluvio: Música Maior(Part. Milton Nas-cimento). Luz Azul CD. Faixa 11, 2015

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O Desenvolvimento Pessoal e Eu

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Para ti, que acabaste de ler o título deste artigo, deves estar a pensar mais ou menos isto: sim, já me passou isto pela cabeça, mas.. agora já não posso, é tarde demais, sou dema-siado velho(a); tenho responsabilidades (em-prego/negócio, casamento, filhos); não tenho dinheiro para isso; o que é que os outros vão pensar?.. e mais um sem fim de justificações (serão mesmo??..).

Eu sei, também pensei isso tudo, acredita. Agora, vem aquela parte do: “isso é tudo muito giro, mas de certeza que a tua condição era diferente da minha e por isso, eu não consigo..” Acertei?

Deixa que te diga que, não só consegues como vais adorar a mudança!

Eu consegui, porque não tu também? Sou apenas uma mulher que um dia decidiu mudar qualquer coisa na sua vida. Porquê? Porque não estava bem, não me sentia feliz, faltava-me algo. Não sabia exatamente o quê, só sabia que tinha que fazer alguma coisa. Essa coisa, no meu caso, foi mudar de país.

Deixei Portugal e viajei até ao Brasil. Entre o dia da decisão e o primeiro dia em terras de Vera Cruz, passou apenas 1 mês e 18 dias! Foco, muita acção e muita vontade da tão de-sejada mudança.

Divorciada, com 43 anos e 2 filhos (16 e 19 anos), deixei para trás família, amigos, uma casa, um carro, um emprego.

Perguntavam-me algumas vezes: como é consegues deixar os teus filhos? Sabia que não estava a ser a mãe que eles conheciam e me-reciam, precisava de ser mais e melhor por eles e, acima de tudo, por mim.

Isso ajudou-me a seguir em frente, a manter a minha decisão, a minha escolha, por mais es-tranha e louca que fosse aos olhos dos outros.

Se todos os que me rodeavam apoiaram a minha decisão? Não. Via nos seus rostos um sorriso mascarado de um “tu nem sabes no que te vais meter, não sei se isto vai correr bem..”. Persisti.

Bom, não só mudei de país como mudei de profissão e claro, fiz novos amigos, colegas de trabalho e clientes.

Permaneci no Rio de Janeiro por quase 2 anos, onde estudei e trabalhei na área do desenvolvi-mento pessoal.

Já leram aquela frase que diz: “quando saímos da zona de conforto é onde a magia acontece” ? E assim foi, a magia aconteceu!

Descobri aquilo que me faltava, reencontrei a Ana Clara, aprendi muito, cresci mais ainda. Mudei-me a mim Se foi duro? Muito! (quase desisti ao fim de 2 meses) Se voltava a fazer o mesmo? Sem dúvida!Apesar da dor, do sofrimento, das lágrimas, da saudade, da incerteza, da dúvida, tudo, mesmo tudo valeu a pena. Quando falei no início do texto sobre “justifica-ções”, estas não passam de meras desculpas, é o medo a falar. E está tudo bem, desde que esse medo não te iniba por completo de procu-rares soluções, de ires atrás do que te faz bem, te impeça de procurar e viver a tua felicidade. Se não fores capaz sozinho(a), pede ajuda a quem te ouve, a quem te apoia e desafia. Estás no bom caminho, parabéns!

Por vezes, sentimos vontade de mudar algo na nossa vida, não sabemos bem o quê, como ou quando. Fica atento(a) aos sinais, segue a tua intuição e o teu coração. Confia em ti. Prome-tes?

Resumindo, a mudança é possível depois dos 40, dos 50, dos 60 ou simplesmente, quando fizer sentido para ti. Deixo-vos com a frase do músico e escritor, Chico Buarque:

“ As pessoas têm medo das mudanças. Eu te-nho medo que as coisas nunca mudem.”

Ana Clara CarvalhoLife Coach

[email protected] lifeelovecoaching

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MUDAR DE VIDA DEPOIS DOS 40Sim, claro que é possível!

Comunicação Mais Eficaz

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compreender e integrar que: Todas as coisas estão disponíveis para si, você é que pode não estar disponível para as coisas.3º PassoMuito provavelmente, irá deparar-se com al-guns receios e bloqueios. Poderão aparecer sob a forma de desculpas, pretextos e justificações para não avançar com o que quer ou mesmo medos e fobias, conscientes ou inconscientes. Algo o impede de agir. Neste ponto, é crucial aumentar o nível de comunicação consigo mes-mo. Ir mais fundo no conhecimento de si pró-prio (sozinho ou com a ajuda de um coach ou terapeuta). Exercícios de reflexão, autoanálise e honestidade radical acerca de si, são funda-mentais para permitir conhecer outra parte do seu Ser que estava oculta. Só quando ela surge é possível intervir e curar o Passado, para no Presente conseguir projetar um novo Futuro.4º PassoClarifique os seus valores. Identifique o que é mais importante para si na vida e como o pode viver através daquilo que quer. Confronte as suas metas e sonhos com os seus valores. Se encontrar pontos de conflito, incongruências, é por que acaba de descobrir um auto-sabotador. Sim, é como se uma parte de si (os seus Valo-res – o que é importante para si) fizessem sa-botagem de outra parte (as suas Metas – o que quer atingir). Quando estas duas coisas estão alinhadas encontrou o seu ponto de motivação e recupera o seu foco.5º passoEncontrará um obstáculo desconhecido para 99% da população mundial. Muito pouco ou nada se tem escrito sobre ele. É a sua tolerân-cia à felicidade. Quanto é que você acha que merece? Quando é que parece já ser demais? Que tipo de comunicação está a enviar ao seu inconsciente que lhe bloqueia o processo de conquista, de abundância, de bem estar na sua vida? Ao aumentar a sua tolerância ao mere-cimento vai criar a base sustentável que lhe permitirá receber tudo o que a vida tiver para lhe oferecer. Até lá, pode estar a boicotar o sucesso, a partir de um determinado nível.6º PassoComeçar a visualizar os resultados que quer atingir. Criar os seus próprios filmes mentais

sem limitações. Focar toda a sua energia nes-sas suas criações. Compreendendo que tudo o que existe no plano físico foi primeiro con-cebido sob a forma de um pensamento. Agora mesmo, se olhar à sua volta compreenderá que o seu computador, a sua secretaria, a sua ca-deira foram idealizados e concebidos na mente de alguém antes de passarem à fase de produ-ção. Ao longo deste processo de visualização e foco de energia naquilo que quer, cria-se den-tro de si uma tensão tão grande que se quer expressar (comunicar) no mundo físico. Se tiver o cuidado de moderar a sua comunicação com o exterior, sustentando a tensão, até se reunirem todas as condições para libertar essa energia criadora, encontrou a sua fórmula para o sucesso.7º PassoÉ uma questão tempo. Consiste em identificar a oportunidade certa e libertar toda essa ten-são num só momento. Como se libertasse uma flecha do jugo do arco. Muitos dirão que foi sorte, que tudo se conjugou a seu favor. Mas só você saberá que foi a clareza da comunica-ção e a gestão de cada etapa dentro de si que foi o que fez a diferença. Pessoas de sucesso raramente explicam isto porque é como se pre-tendessem explicar o inexplicável. Por fim, resta agradecer e celebrar. Ao agrade-cer está a reconhecer “o dedo” do Universo no processo de co-criação. Ao celebrar está a criar um procedimento de evidência do sucesso, que fica gravado no seu inconsciente e que fará aumentar a sua autoconfiança quando decidir empreender uma nova meta.

Cristina Gonçalves e Ricardo LaranjeiraFormadores -TerapeutasCoachesgeral@comunicacaomaiseficaz.comwww.comunicacaomaiseficaz.com comunicacaomaiseficaz

A capacidade de comunicar consigo próprio a um nível mais profundo irá conduzi-lo ao Su-cesso. Saiba como em 7 Passos que o podem orientar e trazer clareza a esse caminho.

O DesafioVivemos num mundo em que quase tudo acontece a uma velocidade alucinante. Esta velocidade traz consigo um paradoxo: há um significativo aumento de informação a circu-

lar e um decréscimo de comunicação, não só interpessoal mas essencialmente intrapessoal. Neste processo vertiginoso, a maior parte das pessoas estão desligadas. Desconectaram-se e perderam o foco. No meio de tantos sms, emails, internet, telemóvel, TV, sempre dispo-níveis para o exterior, ligadas 24 horas por dia, perderam o centro onde começa toda a comu-nicação: nelas próprias. Neste turbilhão não há espaço mental e emo-cional para se focarem nos seus sonhos e metas para uma vida preenchida de significado. Apenas parece haver tempo para dar respos-ta ao que é urgente deixando para trás o que é importante. Com o tempo, a comunicação interior, com elas próprias, cessa. A voz inte-

rior da imaginação, da criatividade, dos sonhos torna-se inaudível e descobrem que com ela se foi também a motivação. Bem como, o interes-se pela vida que se torna vazia, desprovida de propósito.

A Solução1º Passo Reconhecer que se encontra nesta espiral e de-cidir mudar. Que quer (re)assumir a responsa-

bilidade pelo rumo da sua vida. E provavelmen-te, ao contrário do que possa pensar, antes de entrar em ação, o que se lhe pede é que PARE. “Pare, escute e olhe” para o que está a aconte-cer à sua volta. Só assim poderá clarificar a sua mente. Porque é que faz o que faz, com que objectivo e o que é que, a partir de agora, es-colhe em vez disso? Só ao perceber claramente onde está, poderá decidir para onde quer ir.2º PassoVoltar a (re)conectar-se ao campo de infinitas possibilidades. Libertar em si a mente criativa, a imaginação e a capacidade de sonhar. Um espaço mental onde tudo é possível. Sem este nível de comunicação com a sua parte mais criativa e divina, dificilmente estabelecerá um rumo verdadeiramente motivador. Procure

Comunicar com o Sucesso - A diferença que faz a DIFERENÇA

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Zen Fotografia Com Alma

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Após a viagem a Marrocos algumas sincronias fizeram com que começasse um novo projeto, a par da minha profissão na altura (Gestor Desportivo - formação). Um projeto Fotográfico com o meu colega Rodrigo Gatinho (que na altura também vinha de Marrocos). Nasceu a Pigmenta.

A minha primeira viagem a Marrocos em 2001 proporcionou entre muitas emoções o despertar dos meus sentidos!Ao longo da viagem, os cheiros, as cores, os sons, as energias entram pela nossa “Alma”. Fui cap-tando através da minha máquina (e dos meus 40 Rolos - que levaram à alcunha de viagem “Roli-to”) os momentos e a alma dos locais.

A Mudança (Viagem a Marrocos 2011)

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Zen Fotografia Com Alma

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Desde 2006 sou Fotógrafo Profissional na área de eventos, ativação de marcas, desporto, retrato, Institucional, Musica, etc.Trabalho com empresas bem presentes no nosso quotidiano e também sou parceiro de várias agencias de comunicação.

Paixão, emoção e imaginação estendem os horizontes da fotografia, não a limitando a um simples disparar de botão.Essa Paixão irá estar retratada na próxima edição da revista onde apresentarei algumas das fotos da viagem que tive o privilégio de voltar a fazer com a Zen Family a marrocos e que terminou há menos de 24 horas.

José GuerraFotógrafo [email protected] pigmenta.fotografia

*Nascimento em 2001 da Pigmenta (pigmento+menta) após uma viagem a Marrocos “Despertar dos Sentidos”.A vida muda, quando acreditamos e lutamos pelos nossos sonhos

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Agenda Zen Family

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• Retiro “Dragon Dreaming” Luis Baião convida José Soutelinho para mais um retiro trans-formador desta vez em contexto formação- Mação: 28 a 30 de Outubro - ESGOTADO

Em Outubro é também tempo para recarregarmos energias e começar a preparar o Ano de 2017 com muitas viagens, actividades, surpresas, por isso a agenda é também mais restrita. É tempo de cocriar um novo ano intenso em experiências, vivências, partilhas...mas mais surpresas virãoatéfinaldoano

OUTUBRO 2016

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EM BREVE•Viagens Internacionais:• India Sul - “Sol, Silêncio, Ser” - 11 a 23 de Fevereiro de 2017 - ABERTAS INSCRIÇÕES

Brevemente serão lançadas datas e programas para as viagens NEPAL/BUTÃO e PERÚ

•Workshops, Palestras, Showcookings, RaidsFotográficos,Caminhadas...

POR TODO O PAÍS DETALHES EM BREVE

...E muito muito mais, estejam sempre atentos ao nosso site e páginas do Facebook

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Viagens com alma

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