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DISTRIBUIÇÃO DE LODO NA AGRICULTURA ( REUSO NA AGRICULTURA) Jéssica Machado, Marcieli Manfio e Tuany Barbosa

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Page 1: DISTRIBUIÇÃO DE LODO NA AGRICULTURA ( REUSO NA AGRICULTURA) Jéssica Machado, Marcieli Manfio e Tuany Barbosa

DISTRIBUIÇÃO DE LODO NA

AGRICULTURA ( REUSO NA AGRICULTURA)

Jéssica Machado, Marcieli Manfio e Tuany Barbosa

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Reciclagem agrícola do lodo

Baixo custo e impacto ambiental positivo. Ambientalmente é a solução mais correta. Insumo agrícola, sazonalidade das

demandas, custos envolvidos no seu beneficiamento, transporte, plano gerencial para a atividade e monitoramento ambiental = aspectos relevantes.

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Estrutura do Plano de Reciclagem Agrícola

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Processo de Reciclagem

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Aspectos legais

No Brasil não existe uma Norma aplicável especificamente a questão de uso de lodo de esgoto como fertilizante na agricultura.

Alguns estados do país vem desenvolvendo critérios normativos da atividade.

Foram definidos parâmetros: qualidade do lodo (teor de metais pesados, presença de organismos patogênicos e estabilidade do material), as culturas que podem ser produzidas nas áreas fertilizadas com lodo, as restrições ambientais e a aptidão dos solos para reciclagem do lodo. (Paraná)

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Resolução Conama 375 de 29/08/2006“Define critérios e procedimentos para o uso

agrícola de lodos de esgotos gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos

derivados, e dá outras providências.”

MAPA - Instrução Normativa 23 de 31/08/2005Fertilizante Orgânico Composto Classe “D”:

fertilizanteorgânico que, em sua produção, utiliza qualquer

quantidade de matéria-prima oriunda do tratamento de

despejos sanitários, resultando em produto deutilização segura na agricultura.

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Aplicação

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Avaliação da qualidade do lodo:A utilização agrícola do lodo deve ser vinculada aos resultados das análises dos parâmetros de qualidade do produto. Parâmetros agronômicos: matéria seca, matéria orgânica, C, N, P, K, Ca, Mg, S, relação C/N, e pH.Critérios sanitário: caracterizar o lodo em relação risco de contaminação do meio ambiente por patógenos e microrganismos prejudiciais à saúde humana: ovos viáveis de helmintos e coliformes fecais.Níveis de metais pesados: Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn.Estabilidade: A questão da freqüência de insetos nos locais de aplicação e estocagem do lodo no campo está associada às más condições de estabilização do produto, e pode ser avaliado pelo teor de cinzas do lodo.

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Estudo da área de utilização

Localização geográfica e estrutura viária : Avaliação da interferência de outras ETEs;

Características climáticas: decomposição, liberação de odores, secagem natural

Hidrologia: Risco de contaminação de mananciais de abastecimento;

Características dos solos predominantes : Avaliação da capacidade de uso da área

Contexto agrícola: Área total para aplicação do lodo, principais culturas compatíveis com o uso de lodo, épocas de preparo e plantio (picos de demanda do resíduo e de equipamentos - carregamento, distribuição e incorporação), perfil dos produtores (aceitação e absorção de novas tecnologias) e grau de tecnificação dos produtores (disponibilidade de equipamentos para trabalho com o lodo).

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ORGANIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

A organização da distribuição aos agricultores utiliza as informações obtidas na fase de Planejamento Preliminar, para a definição das estratégias que serão adotadas para a implementação do programa de reciclagem. É nesta fase que devemos providenciar o licenciamento ambiental para operação da atividade junto ao órgão ambiental. A identificação de parceiros que atuam mais próximos do produtor rural trará grandes benefícios ao programa, não apenas por ter relação mais efetiva junto ao agricultor mas por dar maior credibilidade ao programa para a população em geral. A divulgação do programa também se beneficiará com este sistema de trabalho.

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OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

A última fase envolve os preparativos: para implementação da atividade; compreende a definição de parâmetros de controle da qualidade do lodo;de avaliação do potencial das propriedades;de recomendação agronômica;de monitoramento da atividade.

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Para a atividade de reciclar o lodo de esgoto na agricultura os seguintes impactos ambientais podem ser identificados:

IMPACTOS NEGATIVOS

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IMPACTOS POSITIVOS

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ESTUDO DE CASO: Disposição de lodo de esgoto como fonte de nutrientes na agricultura: A experiência da SANEPAR Na região metropolitana de Curitiba de 2000 a 2008,

foram destinadas 105 mil toneladas de lodo de esgoto (25% ST) a 120 áreas para o cultivo de feijão, milho, soja, adubo verde, trigo, aveia, cobertura de inverno, grameiras (implantação), pós colheita

No ano de 2007 a produção estimada de lodo de esgoto, com base em sólidos totais (ST) das 227 estações de tratamento de esgoto (ETEs) da Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) foi de 15.680 t / ano (ST), destacando que a região metropolitana de Curitiba produz 5.076 t / ano (ST), correspondente a 32,4% do total do estado (SANEPAR, 2007).

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Para aplicação do esgoto realiza-se um rigoroso controle garantindo a qualidade ao lodo destinado aos agricultores, quanto aos odores, metais pesados e microrganismos patogênicos; Passando por estabilização alcalina para inativação das larvas de helmintos.

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Tendo como exemplo o lodo de esgoto disposto na agricultura no ano de 2007, tabela 1, verifica-se que cada tonelada pode reciclar em média 18,1 kg de nitrogênio, 2,8 kg de fósforo e 1,8 kg de potássio. Esses valores foram correspondentes à 58,0 t de nitrogênio, 9,0 t de fósforo 5,8 t de potássio para o total de 3.205,08 t de ST de lodo de esgoto.

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Resultados:

Muitos dos nutrientes presentes em resíduos orgânicos possuem liberação mais lenta do que os fertilizantes minerais, o que disponibiliza ao longo do tempo, favorecendo o melhor aproveitamento dos nutrientes.

A matéria orgânica exerceu influências nas propriedades físicas do solo, melhorando sua estrutura, aeração e permeabilidade.

Contribuiu com armazenamento e de infiltração da água no solo.

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Desta forma o lodo de esgoto da região Metropolitana de Curitiba passou a ter condições de contribuir para os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, expressando o seu potencial tanto de agregação quanto a degrabilidade e participando da reciclagem dos nutrientes neles contidos.

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Considerações finais

Muito deve ser realizado. No momento apenas uma fração está sendo reciclada. Os nutrientes podem permanecer armazenados nos resíduos, podendo tornar-se passivos ambientais, ou quando as condições forem adequadas, retornarem ao solo.

Naturalmente que a logística, a qualidade do lodo de esgoto, sua aplicação com segurança sanitária, ambiental e agronômica e a rastreabilidade do material são questões de gestão que, juntamente com a participação dos agricultores, tem influência no desenvolvimento do processo. Dessa forma, estes aspectos devem ser considerados para o contínuo aprimoramento da gestão do uso agrícola de lodo de esgoto.