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14
A relação entre o desenvolvimento do otólito e o crescimento do peixe como auxílio na distinção de populações de Pescada ( Plagioscion squamosissimus) Resumo Os otólitos de "Pescada branca" (Piagioscion sq ua- mosissimus) de 4 diferentes lagos e rios (lago do Ja- naucá, lago do Jari, rio Negro e rio Branco) foram In- vestigados, considerando as relações de suas dimen- sões de otólitos e o comprimento do peixe. Estas re- lações dos vários lugares mostram-se significativamen- te diferentes, donde se pode deduzir que diferentes po. pulações habitam as áreas estudadas. INTRODUÇÃO Otólitos são estruturas ósseas no órgão auditivo de peixes, e, de acordo com interpre- tações anteriores, servem para orientação es- pacial. Cada peixe tem três pares destes stato/itos : O Asteriscus, o Lapillus e o Sagit- ta. Por causa do seu tamanho, o Sagit- ta, em peixes marinhos, são freqüentemente usados em pesquisas. Entre os peixes de água doce o Sagitta, às vezes, é o menor dos otólitos, enquanto o Asteriscus ou o Lapillus podem crescer enormemente. Na pescada branca (Piagioscion squamosissimus) o Sa- gitta, por causa do seu tamanho, é o mais conveniente para exames. Muitos problemas em biologia de peixes podem ser resolvidos com o estudo dos otó- litos. A determinação da idade por contagem estacionais ou outras estruturas periódicas dos otólitos, é a base das dinâmicas de popu- lação. Os otólitos são importantes como um auxílio sistemático na distinção de gêneros, espécies e mesmo de raças (Adams, 1940; Schmidt, 1968). Por exames do conteúdo es- tomacal de peixes, pássaros e mamíferos que são piscívoros, as espécies e o tamanho dos peixes digeridos podem ser deduzidos com base nos otólitos. A reconstrução de hábitos Heino Worthmann ( ") alimentares de peixes marinhos por Vauck & Grafe (1961) e Martini (1964) foi executada com base em otólitos. A idéia que o desen- volvimento dos otólitos é correlacionado com o desenvolvimento do peixe não é nova. Hic- kling (1933) encontrou estreita relação entre o comprimento de otólitos e o comprimento do peixe. Trout (1954) correlacionou o peso do otõlito com o comprimento e a idade do bacalhau do mar Barents, e Mina (1967) en- controu uma relação entre o peso do otólito e o comprimento do bacalhau do mar Barents e do mar Branco. Templeman & Squires (1956) descobriram que em um grupo com o mesmo comprimento, os peixes mais velhos tinham otólitos maiores e mais pesados. Em outras palavras : peixe com desenvolvimento mais lento tem os maiores otólitos. Como a pescada, após informações pré- vias, parece ser não migratória, existe a pos- sibilidade de determinarem-se diferentes po- pulações pelas relações das dimensões e pe- so dos otólitos com o comprimento do peixe. O objetivo deste estudo foi descobrir se real- mente existem diferentes populações em dife- rentes rios da Amazônia. Além disso, os cál- culos seguintes podem servir como ajuda na investigação do conteúdo estomacal em pei- xes comendo animais. MATERIAL E MÉTODOS Os exemplares de Plagioscion squamosis- simus (Pescada) foram capturados com ma- lhadeiras de diferentes tamanhos de malhas e pequenos arrastões em 4 diferentes lagos e rios conectados com eles, que os alimenta, pelo menos, uma vez por ano. Os lugares de coleta foram : (•J - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazõnia, Ma naus . ACTA AMAZONICA 9(3): 573-586. 1979 - 573

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A relação entre o desenvolvimento do otólito e o crescimento do peixe como auxílio na distinção de populações de Pescada ( Plagioscion squamosissimus)

Resumo

Os otólitos de "Pescada branca" (Piagioscion squa­mosissimus) de 4 diferentes lagos e rios (lago do Ja­naucá, lago do Jari, rio Negro e rio Branco) foram In­vestigados, considerando as relações de suas dimen­sões de otólitos e o comprimento do peixe. Estas re­lações dos vários lugares mostram-se significativamen­te diferentes, donde se pode deduzir que diferentes po. pulações habitam as áreas estudadas.

INTRODUÇÃO

Otólitos são estruturas ósseas no órgão auditivo de peixes, e, de acordo com interpre­tações anteriores, servem para orientação es­pacial. Cada peixe tem três pares destes stato/itos : O Asteriscus, o Lapillus e o Sagit­ta. Por causa do seu tamanho, o Sagit­ta, em peixes marinhos, são freqüentemente usados em pesquisas. Entre os peixes de água doce o Sagitta, às vezes, é o menor dos otólitos, enquanto o Asteriscus ou o Lapillus podem crescer enormemente. Na pescada branca (Piagioscion squamosissimus) o Sa­gitta, por causa do seu tamanho, é o mais conveniente para exames.

Muitos prob lemas em biologia de peixes podem ser resolvidos com o estudo dos otó­litos. A determinação da idade por contagem estacionais ou outras estruturas periódicas dos otólitos, é a base das dinâmicas de popu­lação. Os otólitos são importantes como um auxílio sistemático na distinção de gêneros, espécies e mesmo de raças (Adams, 1940; Schmidt, 1968). Por exames do conteúdo es­tomacal de peixes, pássaros e mamíferos que são piscívoros, as espécies e o tamanho dos peixes digeridos podem ser deduzidos com base nos otólitos. A reconstrução de hábitos

Heino Worthmann (")

alimentares de peixes marinhos por Vauck & Grafe (1961) e Martini (1964) foi executada com base em otólitos. A idéia que o desen­volvimento dos otólitos é correlacionado com o desenvolvimento do peixe não é nova. Hic­kling (1933) encontrou estreita relação entre o comprimento de otólitos e o comprimento do peixe. Trout (1954) correlacionou o peso do otõlito com o comprimento e a idade do bacalhau do mar Barents, e Mina (1967) en­controu uma relação entre o peso do otólito e o comprimento do bacalhau do mar Barents e do mar Branco. Templeman & Squires (1956) descobriram que em um grupo com o mesmo comprimento, os peixes mais velhos tinham otólitos maiores e mais pesados. Em outras palavras : peixe com desenvolvimento mais lento tem os maiores otólitos.

Como a pescada, após informações pré­vias, parece ser não migratória, existe a pos­sibilidade de determinarem-se diferentes po­pulações pelas relações das dimensões e pe­so dos otólitos com o comprimento do peixe. O objetivo deste estudo foi descobrir se real­mente existem diferentes populações em dife­rentes rios da Amazônia. Além disso, os cál­culos seguintes podem servir como ajuda na investigação do conteúdo estomacal em pei­xes comendo animais.

MATERIAL E MÉTODOS

Os exemplares de Plagioscion squamosis­simus (Pescada) foram capturados com ma­lhadeiras de diferentes tamanhos de malhas e pequenos arrastões em 4 diferentes lagos e r ios conectados com eles, que os alimenta, pe lo menos, uma vez por ano. Os lugares de coleta foram :

(•J - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazõnia, Ma naus .

ACTA AMAZONICA 9(3): 573-586. 1979 - 573

- lago de Janauacá, um lago de água bran­ca, conectado por um canal com o rio Soli· mões;

- lago do Jari, alimentado na estação úmida com águas do rio Purus;

- arquipélago Anavilhanas, um grupo de ilhas no rio Negro; e em diferentes lugares do rio Branco.

Os seguintes números de "Pescada bran­ca", das várias procedências, foram examina­das:

Lago de Janauacá lago do Jari rio Negro rio Branco

224 213 185 200

Os comprimentos total e "standard" de todos os peixes foram medidos e a relação

50

8

6

4

2

40

8

6

3 0

8

6

20

8

6

4

2

lO

8

6

4

2

8 2468 2468 24 10 20 30

entre eles foi plotada para o recálculo de um deles no outro (Fig. 1). Os otól i tos dos pei· >.es foram retirados, estocados à temperatu r a ambiente e depois medidos e pesados . O peso foi determinado em uma balança analí­tica Mettler com intervalos de 1 mg, e o com­primento com um paquímetro com intervalos de 0,1 mm . A medida da espessura foi difi­cultada porque muitos otólitos tinham gran­des protuberâncias nodosas externas. A raiz cúbica do peso do otólito foi tomada como uma expressão da espessura .

Para todas as dimensões dos otólitos em relação ao comprimento padrão do peixe, a re­gressão iinear foi calculada. assim como os intervalos de confiança da ordem de 95%. Como mencionado por Ricker, (1973) a linha de regressão para o retro-cálculo do compri-

cst= 0,9026 c, - 1,3639

C1 : I, I 050 C51 + I, 5885

6 8 2 4 6 8 4 0 50 60 C1 (em)

Flg. 1 - Relação de comprimento total e comprimento standard de Pescada branca

574 - Wortbmann

rnento do peixe a partir da dimensão do otó­lito não é conveniente para calcular os dados do otólito a partir do comprimento do peixe, portanto, a linha de regressão inversa foi tam· bém calculada . Com a finalidade de perma­necer no mesmo sistema, o comprimento do peixe foi sempre tomado como uma variável independente. Os coeficientes de regressão das curvas dos diferentes locais e dimensões foram comparados. A hipótese b= bo foi tes­tada contra a alternativa b > bo (Kreyszig, 1970).

RESULTADOS

RELAÇÃO ENTRE COMPRIMENTO DOS PEIXES

E COMPRIMENTO DOS OTÓLITOS

O conceito de que por disposição de anéis estacionais os otólitos também mostram au­mento, levou a muitos autores a idéia de ve­rificarem a relação entre o otólito e as propor­ções dos peixes. A dificuldade foi, que as dimensões dos otólitos variaram grandemente dentro de um grupo de comprimento dos pei-

TABELA 1 - Relações entre as dimensões dos otóli tos e comprimento dos peixes de diferentes locais

Relação compr. peixef compr. otólito

Intervalo

Função ele r confiança

Jan·auacá y = 0,465~ X + 2,7353 + 0.0651 0.98

y = 0,4845 X t 2,2481

lago Jarí y = 0,4293 X + 3.3302 + 0,0114 0,98

y = 0,4459 X + 2,8722

Anavilhanas y = 0,3532 X + 5.6946 + 0,0788 0,94

y = 0,3976 X + 4,4452

Rio Branco y = 0.3757 X + 5.0561 + 0,0629 0.26

y = 0,4077 X + 4,0293

Relação compr. peixe/ altura otólito

Intervalo

Função de r confiança

Janauacá y = 0,0316 X + 0,1001 + 0,006 0,97

y = 0,0338 X + 0,0432

lago Jarí y = 0,0311 X t 0,1086 + 0,0012 0,96

y = 0,03 "7 X -t 0,0358

Anavilhanas y = 0,0195 X ;- 0,4355 + 0,0056 0.91

y = 0,0236 X + 0,3144

Rio Branco y = 0,023l:S X -1- 0,2929 + 0,0010 0.96

Y = 0,0260 X + 0,2231

A relação entre ...

n

224

213

185

200

n

224

213

185

200

Relação compr. peixe/ largura otólíto

Função

y 0,251 X+ 2,4055

y = 0,2689 X + 1.9433

y = 0,2305 X -1. 2.6355

y = 0,2450 X + 2,2365

y 0,1745 X + 4,0511

y - 0,2149 X + 2.8895

Y = 0.1825 X+ 3,9558

y = 0,2156 X + 2,8908

Relação compr .

Função

y = 1.4479 10·4x2,638S

y = 8,5447 1 0-5x2,8019

y = 1.0000 10-4x2,7462

y = 4,6380 1 O-Sx2,9798

y = 3.1721 10-3x1,7102

y = 8,8460 1C-4x2.0915

y = 7,7000 10-4x2,1162

y = 4,1000 10-4x2,2962

Intervalo de

confiança n

+ o,o495 o.q1 224

+ 0,008 o 37 213

+ 0.0533 0,90 185

+ 0.0444 0,92 200

peixe/ peso otólito

Intervalo de r n

confiança

+ 0,0183 0,97 224

+ 0,1006 0,96 213

+ 0,0175 ::1.90 184

+ 0,0112 0.96 200

- 575

xes quando a idade do peixe era um fator im­portante (Rauck, 1965; Lamp, 1965). Todos os autores, contudo, descobriram que as dimen­sões do otólito aumentam linearmente em re­lação ao crescimento do peixe .

Em todas as investigações com Plagios­cion squamosissimus foi verificado que a va­riação do comprimento do otólito dentro de um grupo de comprimento de peixes foi pe­quena, assim como os dados foram bem cor­relacionados (Tab. 1).

As funções para o cálculo do comprimen­to do peixe foram computadas como :

lago de Janauacá lago do Jari Anavilhanas rio Branco

y = 0 . 4656 X + 2 . 7353 y = 0 . 4293 X + 3. 3302 y = 0.3542 X + 5.6946 y = 0.3757 X + 5.0561

y = comprimento do otólito x = comprimento do peixe

Para o recálculo do comprimento do pei­xe, a partir do comprimento do otólito, as se­guintes funções foram encontradas :

25

4

3

2

E E

20 o - 9 o - 8 o o 7 "O

o 6 -c ., 15 E

~ o. E o o

lago de Janauacá y= 0.4845 X + 2.2481 lago do Jari y= 0.4459 X + 2.8722 Anavilhanas Y= 0.3976 X + 4.4452 rio Branco Y = 0 .4077 X + 4.0293

Com o intuito de perma,necer no mesmo sistema de coordenadas y novamente signifi­ca comprimento do otólito e x comprimento do peixe (Tab. 1, Fig . 2-5).

Um teste dos coeficientes de regressão provou que as curvas de todas as áreas foram significativamente diferentes (Tab. 2).

RELAÇÃO ENTRE LARGURA DOS OTÓLITOS

E COMPRIMENTO DOS PEIXES

Os dados de largura dos otólitos e com­primento dos peixes foram também bem cor­relacionados (Tab. 1). Encontraram, como tunções para o cálculo da largura, a partir do comprimento do peixe os seguintes valores :

lago de Janauacá y = 0.2510 X + 2.4055 lago do Jari y = 0.2305 X + 2.6355 Anavilhanas y = 0.1745 X + 4.0511 rio Branco Y= 0.1825 X + 3.9558

Y : 0,4656 X - 2,7353

Y : 0,4845 X • 2,2481

20 I 2 3 4 25 6 7 8 9 30 I 2 3 4 35 6 7 8 9 4Q I 2 3 4 45 6 7 8 9 SQ

comprimento do peixe (em)

Fig . 2 - Relação entre comprimento dos peixes e comprimento dos otólitos de Pescada branca do lago Janauacá (rio Solimões)

576- Worthmann

25

4

3

2

E E

20 o

9 .. õ 8 ~ .. ~

o .... o 7 ..., 2 6

c 15 G>

E ... 4 o. E 5 o

Y = 0,4293 X + 3, 3302

o 2 _.. ~~ Y = 0,4459X + 2,8722

lO

20 J 2 3 4 25 6 7 8 9 30 J

2 4 35 6 7 8 9 40 I 2 4 45 6 7 8 9 50

eompn mento do peixe (em)

Fig . 3 - Relação entre comprimento dos peixes e comprimento dos otólitos da Pescada branca do lago do Jari (rio Purus)

25

4

3

E 2

E

o 20 .. 9

o .. o 8 o ..., 7

2 15 c G> 15 E -... 4 o. E

3 o Y : 0,3542 X + 5,6946

(.)

2 Y = 0,3976 X + 4,4452

lO

~.-~~.-.--r-.-.·~,_,~,r-r-.-.-~.-.l_,,_,,-.-.-,l-.--r-.-~•J_,,--.-.-.-~r--

20 2 3 ~ 25 6 8 9 30 2 3 4 35 6 7 8 9 40 2 3 4 45 6 T 8 9 50

eompri mento do peixe (em)

Fig. 4 - Relação entre comprimento dos peixes e comprimento dos otólitos de Pesct.da branca das Anavllhanas

A relação entre ... - 577

25 4

"3

E 2

E

o 20 ... õ 9 ... o 8 o ..., 7

o ... 6 c; .,

15 E ;:: 4 a. E o "3 Y .: 0,3757 X + 5,0561 o

2 Y : 0,4077 X + 4,0293

lO

20 I 2 4 25 6 7 8 9 30 I 2 3 4 I

35 6 7 8 9 40 I 2 4 45 6 7 8 9

50

comprimento do pe1xe (em)

Fig. 5 - Relação entre comprimento dos peixes e comprimento dos otólitos de Pescada branca do rio Branco

TABELA 2

Comparação entre Compr. Peixe - Comp. Otólito Comparação entre Compr. Peixe Largura Otólito

(/) o •;;: "' <..>

'"' c: c: <..> "' "' "' <U -, = .... ::J co "' o ·:.;: c: Ol "' o "' "' c: a: -, ....J <(

V) o •;::: <O <..>

'"' c: c: <..> <O "' "' <O

...., = .... ::J co "' o ·:.;: c: Ol <O o "' "' c: ...., ....J <( a:

Janauacá - + + + Janauacá + + + Lago Jari - + + Lago Jarí + + Anavi lhanas - + Anavílhana!;

Rio Branco - Rio Branco

Comparação entre Comp;·. Peixe - Al~urd Otólito Comparação entre Compr. Peixe - Peso Otólito

Ul o ';::: "' <..>

'<I> c: c: <..> "' "' "' "'

...., ..c: .... ::J ·:.;: co "' o c: Ol <O .~ <O <O c: ...., ....J <( a:

Ul o <O <..>

'"' .... c: c: <..> <;1 "' <O <O ...., ..c: .... ::J ·:.;: co <O o c: Ol "' .~ "' <O c: -, ....J <( a:

Janauacá - - + + Janauacá -- + + + Lago Jarí - -+ + Lago Jarí - + + Anavilhanas - + Anavilhanas - + Rio Branco - Rio Branco .. ------------------------------------·----578- Wortbmann

Verificou-se novamente, que os otólitos da região do rio Negro/ rio Branco são maiores em comprimento de peixes acima de 25-30 do que os da região do Solimões/Purus. Os otó­litos da região do Solimões/Purus, no entan­to, mostraram um aumento mais rápido.

Para o cálculo do comprimento do peixe a partir da largura do otólito as funções foram :

lago de Janauacá lago do Jari Anavilhanas rio Branco

15

14

E 13 E o I 2 -o li

õ o lO .., o ... ::> OI ... .5!

5

y = 0 . 2689 X + 1 . 9433 y = 0 . 2450 X + 2 . 2365 y = 0.2149 X + 2.8895 y = 0.2156 X + 2.8908

(Fig . 6-9) O teste de significação mostrou que den­

tro de uma faixa de segurança de 95% a re­lação do Janauacá, rio Branco e Anavilhanas foi express ivamente diferente. Os coeficien­tes de regressão da Anavilhanas e rio Branco não diferem significativamente (Tab . 2) .

RELAÇÃO ENTRE A ESPESSURA DOS OTÓLITOS

E O COMPRIMENTO DOS PEIXES

Como já exposto, a medida da espessura dos otólitos, como a terceira dimensão, veri­ficou-se ser difícil, desde que alguns otólitos

Y =O, 2510 X + ~.4055

Y = 0,2689 X + I ,943 3

20 I 2 ~ 4 25

S 7 I 9 30

I 2 ~ 4 35

t\ 7 I I 4 0 I

compr imento do peixe ( em I

z , 4 I 45

• 7 • I I 9

5 0

Flg . 6 - Relação entrtl comprimento dos peixes e largura dos otólitos de Pescada branca do lago de Janauacá (rio Sollmões)

E E

o -o ... o o .., o ... :::> OI '-2

15

4

3

2

lO

9

8

;

6

5

~

2 ;) 4 20

I ~ 7 ~ ~ 310 25

i i 3 4

35

compn mento Go pei x e (r. m)

---------------------------------------

Y = 0,2305 X • 2 ,5355

Y = 0,2450 X • 2 .2365

~ ~ I 45

i i 6 7 é ~ I

5C'

Fig . 7 - Relação entre comprimento dos peixes e largura dos otólitos de Pescada branca do lago do Jari (rio Purus)

A relação entre . . . 579

15

E 14

E ' 3

o 12 +-

o 11 +-o o lO ..,

9 o '-~ 8 O>

y ' 0,1745 X - 4,0'51 I '-

? ---o y

6 : 0,2149 X- 2,88'15

5

20 I 2 3 4 25 E' 7 8 9 30 I 3 4 35 6 7 8 9 40

I 3 4 45 6 7 8 9 50

compnmento d o pe1xe (em )

Flg. 8 - Relação entre comprimento dos peixes e largura dos otólitos de Pescada branco das Anavilhanas

15

Ê 4

.s 3

"' 2 2 = o +-o lO "' o 9 .., o 8 '-~ O> 7 .... .!:

6

s

---

20 I 2

j I I i i i i I 3 4 35 6 ' 8 9 40

----------

Y : 0,1825 X - ,,~58

Y : 0.2156 X - 2,8908

compr1mento do peixe (em)

Fig. 9 - Relação entre comprimento dos peixes e largura dos otólítos de Pescada branca do rio Branco

têm grandes protuberâncias nodosas exterio­res . Apesar disso, a espessura deve ter tam­bém um crescimento similar ao do compri­mento e largura . Rauck (1965) usou como expressão para o crescimento da espessura o peso do otólito. Portanto, na raiz cúbica do peso contra o comprimento dos peixes, ele encontrou uma relação linear. Somente é pos­sível tomar a raiz cúbica se o crescimento ocorre isom~tricamente. Para descobrir-se isso, a relação comprimento-peso dos otólitos foram plotadas. Os coeficientes de regres-

580-

são das curvas de comprimento-peso foram calculados como :

lago de Janauacá lago do Jari Anavi lhanas rio Branco

3.0775 3.0113 2.5831 2.8226

Os valores dos lagos de Janauacá e do Jari não diferem significativamente de três, o que indica que o crescimento dos otólítos é isométrico . Os coeficientes das funções das ilhas Anavilhanas e do rio Branco foram signi-

Worthmann

ficativamente di ferente de 3 em uma faixa de confiança de 95%. Com o intuito de compa­rar as quatro curvas do crescimento da espes­sura, em todos os casos, foi suposto o cresci· menta isométrico e conseqüentemente a raiz cúbica do peso do otólito foi plotada contra o comprimen1o dos peixes. Para o cálculo da espessura do efeito a partir do comprimento do peixe as seguintes relações foram encon­tradas :

lago de Janauacá lago do Jari Anavi lhanas rio Branco

y = 0,0316 X + 0,1001 Y= 0,0311 X+ 0,1086 y = 0,0195 X + 0,4355 y = 0,0238 X + 0,2929

(Tab. 1, Fig. 10-13) y = espessura. x = comprimento do peixe.

Todos os coeficientes de regressão dife­rem significativamente de zero.

As funções do lago de Janauacá e as do lago Jari não foram significativamente diferen­tes, todas as outras foram significativamente diferentes (Tab. 2).

1,5

~~ o E o (.)

o ... 1.0

o ... o o 'O

o .... ::J .... o

0,5

0.4

o.~

0,2

0,1

Para o retro-cálculo do comprimento do peixe a partir da espessura do otólito, os ~;e­

yuintes valores servem como funções

lago de Janauacá Y= 0,0338 X + 0,04:J2 lago do Jari Y = 0,0337 X + 0,0358 Anavilhanas )'= 0,0236 X + 0,3144 rio Branco y = 0,0260 X + 0,2231

RELAÇÃO ENTRE O PESO DOS OTÓLITOS

Y.. O COMPRIMENTO DOS PF.IXES

A relação entre o comprimento dos peixes e a espessura dos otólitos demonstrou que o peso dos otólitos e o comprimento dos peixes devem ser igualmente relacionados . Estes dados dariam melhores resultados porque o erro individual, que poderia acontecer medin­do com o paquímetro está eliminado .

Como mostrado por Arntz (1972) as cur­vas do peso do otólito são relacionadas às do comprimento do peixe. Elas não são lineares, mas, crescem espontaneamente. Templeman

Y : 0,0~16 X : 0,1001

Y : 0.0~'56 X . 0,0432

2 3 4 25 6 7 8 . I 9 30

. , • 1 -r--r-,. 1

2 3 4 35 6 7 o 9 40 , , , I , , , , 1 2 :1 4 45 C. 7 B 9 SO

20

compr1mento do pe1x e ( cml

Fig. 10 - Relação entre comprimento dos peixes e altura do otólito - como ~ peso - de Pescoda branca do lago de Janauacá (rio Solimões)

A relação entre . - 581

1,7

1,6

1,5

1, 4

~~ 1,5

1,2

1,1

----::_;;..:-___ ~ ------.::.----

--~ ----~ ---

o +- 1,0 () ... 0,9 o o 0,1 'O

o L

0,7

:J o,s -o 0,5

0,4 Y : 0,0511 X + O, 108&

0,5

0,2 Y : '),0557 X + 0,05158

O, I

f 20 I • I

4 25 8 • Jo I 4 35 • 2 7 • 2 1 1 • 2

comp rim~nto do p~ i xe (em)

Fig. 11 - Relação entre comprimento dos peixe>: e altura dos otólltos - como f! peso - de Pescada branca do lago do Jari (rio Purus)

1,5

1, 4 ------

~ 1,5

1,2·

"' o 1,1 E o 1,0 o o 0,9 ... õ 0,1 ---<-o 0,7 o 'O

0,6 ~ :J 0,5 ... Y = 0,0195 X + O, 4355 -o 0,4

0,5 Y = 0,0237 X + O, 3 I 44

0,2

0,1

20 I 2 3 4 25 6 7 I 9 30 I 2 4 35 6 8 9 40 I 2 4 45 6 1 I 9 50

comprt m~nto do pe ixe (em)

3---Fig. 12 - Refãção entre comprimento do peixe e altura do otólito - como v peso - de Pescada branca das Anavilhanas

582 - Wortlunann

I,

1,5

~~ I,

I,

o ( () o ., 1.0 2

o, o (•

o

"' o

"' o '· 0,5 y:: 0,0238X + 0,2929 E o Y = 0,0260X + 0,2231

0,2

0,1

20 I 2 ~ 4 25 6 7 0 9 30 2 ~ 4 '3S 6 7 8 9 40 I 2 ~ 4 45 6 7 8 9 SQ

com primento do pe1xe (em)

Fig. 13 - Relação entre comprimento dos peixes e altura dos otõlitos - como v peso - de Pescada branca do rio Branco

8. Squires (1956) mostram caráter sigmoidal , dada a forte disposição de material nos otóli· tos de peixes com crescimento lento.

Para o cálculo do peso dos otólitos, a par tir do comprimento dos peixes, as seguintes funções foram investigadas :

lago de Janauacá y = lago do Jari y = Anavilhanas y = rio Branco y =

(Tab. 1, Fig . 14-17)

1 ,44 79 . 1 0-4 X 2. 6385 1,0000.10-4 X 2. 7462 3,1721 .10·3 X 1.7020 7,7000 .10·4 X 2.1162

Em peixes, cujo comprimento seja menos de 20-25 em, os otólitos das pescadas das ilhas Anavilhanas são muito mais pesados que os de outras áreas, porém mostram um cres­cimento consideravelmente mais lento.

Com o intuito de determinar o comprimen­to dos peixes, a partir do peso dos otólitos. as seguintes funções foram calculadas :

lago de Janauacá lago do Jari Anavilhanas rio Branco

A relação entre ...

y = 8.5447. 10-5x2.8019 y = 4. 6380 . 1 0·5 X 2. 9798 y = 8.8460. 10·5x2.0915 y = 4 . 1 000 . 1 0·4 X 2. 2962

Os coeficientes de regressão foram todos significativamente diferentes (Tab. 2).

4.5

4,0

3,5

3,0 u ... ... ...

~.o

" ..• ':. ..•

1,5 ... ... . 1,0 ,,

" ... ... .... ...

0.5

o.

20

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,/'~ ,

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,/· /

, ,

, ,

.'

... /·

--. Y: 1.44711 JÕ\ 2,5585

Y : &.5447JÕ5x 2 '

80 15

c:o mpruntfllo do P•••~ (cMI

Fig. 14 - Relação entre comprimento dos peixes e pe­so dos otólitos de Pescada branca do lago de Janaua­cá (rio Solimões)

-583

o

2 õ õ o ... ~ ~

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3,5

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-"' - • o .5

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,o v •• c

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•• 0 ,5

.. 2(! 25 30

-• ?."••z Y : 1.0000. 10 X

3 5 4 0 45 50

Fig . 15 - Relação entre comprimento dos peixes e pe­so dos otólitos de Pescada branca do lago do Jari (rio Purus)

3,0 ... 21!! \,• ... ... ... ...

I , S ... ..• .o

c ... ... ' ' ' '

-- y: 3,1721 'ió'.'·"·· o. r , , . , , ... , , , ,

0,5 , ,

20 2'5 35 40 45 50

compnmen1o do Pftt.t (em)

Fig. 16 - Relação entre comprimento dos peixes e peso dos otólltos de Pescada branca das Anavilhanas

DiscussÃo

''Pescada branca" ocorre em quase todos os grandes rios e lagos da Amazônia, tanto em águas pretas como em águas brancas, isto e, em habitats completamente diferentes.

584-

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4, 0

3.5

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~~~~~T,-TI~'I(~'~'''-''I(~'~'~'~'(~I~I~II~(TI~If~,.-1 20 l~ 30 35 40 45 50

Fig. 17 - Relação entre comprimento dos peixes e peso dos otólitos de Pescada branca do rio Branco

Comparando-se a relação das proporções dos otólitos com o comprimento dos peixes, das diversas áreas da captura, ela é significa­tivamente diferente em quase todas as dimen­sões dos otólitos. Nota-se particularmente, que os otólitos do rio Negro e do rio Branco, em peixes até um comprimento de 20-25 em, são maiores, mais largos, mais pesados que os dos rios Solimões e Purus .

Investigações preliminares de crescimen­to, através de anéis diários nos otólitos, tem mostrado que as pescadas do rio Negro são de crescimento consideravelmente mais lento que os do rio Solimões. Templeman & Squi­res (1956) confirmaram que peixes com cres­cimento lento têm mais pesados otólitos que os com crescimento rápido, porque eles têm mais tempo para depositar o material de cons· trução dos otólitos. Isto, no entanto, geral­mente só pode ser válido para peixes de uma população em uma certa área. O peso do otó­lito é preponderantemente dependente do con­teúdo de carbono de cálcio, o qual atinge 60-70% e o depósito de material orgânico. O conteúdo de cálcio e material orgânico nova­mente é dependente da provisão alimentar e do meio nos quais o peixe vive. Chacon

Worthmann

(1972) em sua publicação sobre a composição alimentar da "Pescada cacunda" (P/agioscion surinamensis) mostrou que a quota de crustá· ceos era de 32,2%, a de insetos 39,7%, e de peixe 12,4%. Ele não especificou as percen· tagens de diferentes alimentos nos vários gru­pos de comprimento, mas admite-se que pes· cadas jovens são principalmente comedoras de bentos e crustáceos, enquanto que pesca­das maiores adaptam-se como piscívoras.

Como a população de peixes e crustáceos é muito maior em águas brancas que em águas pretas, as pescadas de águas brancas são fa­vorecidas por um melhor suprimento de ali· mentos e exibem um melhor crescimento.

Análises químicas revelam que o conteú­do em cálcio, material orgânico e água. de otó­litos de águas brancas e pretas, não são mui­to diferentes. E foram encontrados os se­guintes valores médios expressos em %.

.Á.gua branca Agua preta

C aO 54.0 54.5

Mat. Org . 2.10 1.89

Geisler & Schneider (1976) mostrou, em sua publicação sobre o conteúdo mineral de é.lguas e peixes amazônicos, que há uma rela­çi'io entre o conteúdo de cálcio da água e o peixe. Há 14 vezes mais cálcio nas águas brancas que em águas pretas e nas ossadas de Symphysodon de águas claras com baixo con­teúdo de cálcio ele encontrou 6,8% de Ca e em águas brancas 13,4% de C a. Nos otóli­tos, no entanto, o conteúdo de cálcio é igual, mas, como o crescimento de pescadas de águas pretas é muito mais lento que o de águas brancas, as distâncias entre as camadas são muito menores. Assim que, o conteúdo de cálcio nos otólitos de águas brancas e pre­tas é somente um fator de tempo para que pescadas de águas pretas possam armazenar o mesmo conteúdo de cálcio.

Pode-se concluir, portanto, que pescadas de águas pretas têm, por causa de seus mais lentos desenvolvimentos, até comprimentos de 20-25 em, otólitos maiores e mais pesados mas não agarrados de pescada de água bran­ca que pode estocar mais material para cons-

A relação entre ..

crução de otólitos por causa de oferta de ali· mentação.

Tabela 1 mostra que os dados das dimen­sões dos otólitos em relação ao comprimento do peixe foram bem correlacionados, e que um recálculo, a partir das proporções dos otólitos para determinar se o comprimento do peixe é possível. Com investigações do conteúdo es­tomacal, pode-se agora não somente determi­nar as espécies e número de peixes consumi­dos, mas também seu tamanho.

Comparações das relações das proporções dos otólitos e do comprimento do peixe das diferentes áreas mostraram significativas di­ferenças em quase todas as dimensões. So· mente a largura dos otólitos dos rios Negro e Branco e a espessura dos otólitos dos lagos de Janauacá e do Jari não foram significativa­mente diferentes. O desenvolvimento do otó­lito em relação ao crescimento do corpo pode Rervir, com Templeman & Squires (1956) de­clararam, para distinguir diferentes popula­ções. Pode-se deduzir, com base nos resul­tados desta pesquisa com pescadas, que dife­rentes populações, tendo diferentes velocida­des de crescimento, habitam as áreas estuda· das. Comparação das populações mostraram que os estoques dos rios Purus e Solimões. assim como os dos rios Negro e Branco, dife­rem menos que os dos rios Solimões e Negro. Os presentes dados fornecem suporte adicio­nal para a teoria, geralmente aceita, de que a pescada não é um peixe migratório. Mistu­ra de populações desta espécie deve ocorrer, todavia, por meio de deslocamento de peixes jovens e ''post larval" diferentes áreas rio abaixo, as quais podem explicar as menores significativas de diferenças entre as popula­ções dos rios Solimões e Purus, assim como as dos rios Negro e Branco.

SUMMARY

The otoliths of "Pescada branca • (Piagioscion squa. mosissimus) of four different lake:s and rivers, lago Ja.

nauacá. lago Jari, rio Negro and rio Branco, were investigated with regardato their relationshios of the otolith dimcnsions and the fish length . Thesc relation­ships of the various sites turned out to be sigr.lficantly differcnt, so that one can oresume that different popu­latlons live in the study arcos .

- 585

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(Aceito para publicação em 25/04/79)

Wortlunann