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Dissertação ESTENOSE CAROTÍDEA: PREVALÊNCIA E RISCO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E MORTE EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA Marcelo Pereira da Rosa

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Dissertação

ESTENOSE CAROTÍDEA: PREVALÊNCIA E RISCO DE

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E MORTE EM

PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE

REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

Marcelo Pereira da Rosa

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INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

Programa de Pós-Graduação em Medicina:

Área de Concentração: Cardiologia e

Ciências da Saúde

ESTENOSE CAROTÍDEA: PREVALÊNCIA E RISCO DE

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E MORTE EM

PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE

REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

Autor: Marcelo Pereira da Rosa

Orientadora: Profª. Drª. Vera Lúcia Portal

Dissertação submetida como requisito para obtenção do

grau de Mestre ao Programa de Pós-Graduação em

Ciências da Saúde, Área de Concentração: Cardiologia,

da Fundação Universitária de Cardiologia / Instituto de

Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre

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Bibliotecária Responsável: Marlene Tavares Sodré da Silva CRB 10/1850

R788e Rosa, Marcelo Pereira da.

Estenose carotídea: prevalência e risco de acidente vascular cerebral e morte em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica / Marcelo Pereira da Rosa; orientação [por] Vera Lúcia Portal – Porto Alegre: Instituto de Cardiologia, 2008.

152 f. ; tab.

Dissertação (Mestrado) - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. 1.Artérias carótidas.2.Estenose das carótidas.3.Doenças das artérias carótidas.4.Coronariopatia.5.Arteriosclerose coronária.6.Estenose coronária.7.Ponte de artéria coronária. I.Vera Lúcia Portal.II.Título.

CDU: 616.133-089.168

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Dedicatória

Aos meus amores, Gislaine e Maria Eduarda,

distintas razões do meu viver. “Nega e Duda, com

exceção do meu horário de trabalho, estamos quase

sempre juntos; falando, cantando, sorrindo, brincando,

caindo e levantando”.

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Agradecimentos

À minha professora (e orientadora) Dra. Vera Lúcia Portal, minha

gratidão e minha admiração pelo exemplo de caráter e profissionalismo.

Somente com sua confiança, dedicação, paciência e zelo demonstrados, este

trabalho pôde ser realizado e concluído.

A todos os pacientes que colaboraram prontamente e possibilitaram a

realização do estudo.

Aos funcionários do Programa de Pós-Graduação, estarei sempre

muito obrigado pela atenção e dedicação prestadas durante a realização

deste estudo.

A todos os demais colaboradores: médicos radiologistas, médicos

residentes, acadêmicos de Medicina, enfermeiros, técnicos de enfermagem,

recepcionistas, imprescindíveis na execução da pesquisa, no registro

adequado das informações e no atendimento apropriado aos pacientes.

Aos professores Sérgio Kakuta Kato e Vânia Hirakata pela orientação

e colaboração nos cálculos estatísticos deste trabalho.

À Dra. Valkiria Simone Alberti Fleck que me estimulou, foi grande

fortaleza e principal incentivadora, ajudando-me a trilhar o caminho inexorável

para galgar este título.

Agradeço infinitamente a Deus pelo privilégio e pela honra de ter sido

colocado nos braços de meus pais que me ensinaram tantas belas lições e

pelo incessante esforço que fizeram para tornar realidade o sonho desta

profissão em minha vida, mesmo diante das mais adversas situações.

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À minha esposa Gislaine Vergínia Baroni que demonstrou toda a sua

paciência, compreensão, amor e apoio. Obrigado por existir em minha vida e

por jamais medir esforços e palavras de carinho, conforto e incentivo durante

todo o meu curso.

Agradeço à Vida que me deu muito mais que uma filha; deu-me um

anjo: Maria Eduarda.

Aos meus amigos, agradeço a atenção e a dedicação dispensadas

durante todo esse tempo.

Em especial à “irmã de coração”, Dione Maria Detanico Busetti,

eminente professora de Letras, pelo convívio, ensinamentos, alegrias e

revisão de minhas escritas.

Aos amigos Nicolau Amaro Guedes e Maria Helena Guedes por terem

sempre contribuído para o meu crescimento e formação profissional.

Enfim, a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para

a realização deste trabalho.

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Sumário

BASE TEÓRICA....................................... ................................................................ 1

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................2

2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................5

2.1 DOENÇA ATEROSCLERÓTICA......................................................................................7

2.2 DOENÇA ARTERIAL EXTRACRANIANA........................................................................9

2.3 ECOGRAFIA E DOPPLER VASCULAR .........................................................................12

2.4 DOENÇA CAROTÍDEA E DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ...............................15

2.5 REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA .......................................................................19

2.6 REVASCULARIZAÇÃO CAROTÍDEA ...........................................................................20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................28

ARTIGO EM LÍNGUA PORTUGUESA..............................................................66

ESTENOSE CAROTÍDEA AUMENTA A MORTALIDADE EM

PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO

MIOCÁRDICA

Resumo.......................................................................................................................68

Introdução..................................................................................................................70

Pacientes e Métodos ................................................................................................72

Resultados .................................................................................................................77

Discussão ...................................................................................................................80

Conclusão ..................................................................................................................84

Referências Bibliográficas......................................................................................85

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ARTIGO EM LÍNGUA INGLESA........................................................................97

CAROTID STENOSIS INCREASES THE MORTALITY IN PATIENTS

WHO UNDERWENT CORONARY ARTERY BYPASS GRAFTING

Abstract ......................................................................................................................99

Introduction ............................................................................................................101

Patients and Methods............................................................................................103

Results ......................................................................................................................109

Comment..................................................................................................................112

References................................................................................................................116

APÊNDICES............................................................................................................128

1. Questionário........................................................................................................129

2. Documento de consentimento informado livre e esclarecido...................143

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BASE TEÓRICA

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1 INTRODUÇÃO

O acidente vascular cerebral (AVC) é a complicação não-cardíaca mais

relevante após cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) e a doença

significativa da artéria carótida aumenta em quatro vezes o risco perioperatório

1. O AVC constitui a segunda maior causa de mortalidade global entre as

doenças vasculares, tendo sido responsável por 9,7% destas em 2004 no

mundo (um total de quatro a cinco milhões), sendo superado somente pelas

síndromes isquêmicas cardíacas 2. O AVC é também a maior causa de

morbidade e limitação funcional, resultando em necessidade de substanciais

recursos econômicos. Estima-se, entretanto, que mais de 15% dos infartos

cerebrais são oriundos de placas ateroscleróticas provenientes da bifurcação

carotídea 1.

Sabe-se que a taxa de mortalidade específica por doenças isquêmicas

do coração, no período de 2005, foi de 59,65% (16.091) na região Sul, sendo

que o total no Brasil foi de 46,12% (84.945); já a taxa de mortalidade específica

por doenças cerebrovasculares foi de 58,92% (15.893) na região Sul e o total

de 48,87% (90.006) em todo o país, no mesmo período. Isso perfaz 32,2% de

mortalidade geral por doenças do aparelho circulatório daquele ano. O

conhecimento dos casos evitáveis existentes é importante porque,

potencialmente, poder-se-ia evitar as complicações da doença carotídea,

sobretudo em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) com indicação

de CRM 3.

A triagem vascular diagnóstica é uma maneira efetiva de detectar

precocemente uma doença significativa, tendo um efeito importante no

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resultado final de determinados procedimentos médicos 4. A população

assintomática, de risco para aterosclerose subclínica, deve ser recomendada a

identificar e tratar fatores de risco modificáveis na fase inicial 5-7, pois existem

tratamentos seguros e efetivos para a maioria dos fatores de risco 8. A CRM,

por sua vez, é o principal recurso terapêutico para grande número de pacientes

com DAC, apresentando custo-efetividade favorável 9,10, estando associada

com uma maior taxa ajustada de sobrevida em longo prazo do que

procedimentos endovasculares em pacientes com duas ou mais artérias

coronárias comprometidas 11,12.

Atualmente, a suspeita de doença cerebrovascular extracraniana em

assintomáticos, notadamente em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS),

ocorre durante o exame físico, através da ausculta de sopro carotídeo. No

entanto, este tem valor limitado para o diagnóstico, apesar de ser um bom

marcador para aterosclerose generalizada. A especificidade do sopro é boa

para doença carotídea em geral, mas é muito baixa para estenoses

significativas. O sopro pode ser forte em estenoses não hemodinamicamente

significativas e, até mesmo, desaparecer em estenoses críticas, pela marcada

redução do fluxo sanguíneo 13.

O diagnóstico de estenose carotídea (EC) pode ser efetivado de forma

não invasiva 14 através de ultrassonografia com Doppler, que é bastante

adequada para detecção de EC ≥50%. Não está definido na literatura se é

custo-efetivo investigar, de rotina, as carótidas de todos os pacientes

candidatos à CRM, principalmente no contexto do SUS, através de ultrassom

carotídeo e qual a prevalência da doença carotídea significativa em nosso

meio.

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Por outro lado, embora o tratamento da doença carotídea, através da

endarterectomia, seja comprovadamente efetivo e seguro na prevenção de

eventos isquêmicos cerebrais, quando associado a agentes antiplaquetários e

manejo dos fatores de risco para aterosclerose 15-18, não é prática estabelecida

a realização da mesma antes ou concomitante à CRM, sempre que indicada.

Tendo em vista que ainda existem dúvidas na literatura a respeito do

tema, pretendemos avaliar a prevalência de EC significativa em pacientes que

serão submetidos à CRM, usando ultrassom carotídeo e explorando os

possíveis preditores de risco de AVC e morte, no período pós-operatório,

durante a internação hospitalar.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O AVC é a complicação não-cardíaca mais relevante após CRM, com

uma incidência absoluta de 2%, taxa que não se modificou nas últimas três

décadas. A doença significativa da artéria carótida aumenta em quatro vezes o

risco perioperatório 1. O AVC é uma forma clínica de apresentação da

aterosclerose 19,20, sendo que 15 a 20% dos ateromas, dependendo da

população estudada, são encontrados no bulbo carotídeo e na artéria carótida

interna (ACI) 21,22.

Cerca de 85% dos AVC são isquêmicos 23,24, sendo também um

importante fator a considerar nas prevenções primária e secundária. A

aterosclerose carotídea é responsável por 20 a 30% de todos os AVC 25,

devendo ser tratada clinicamente e, concomitantemente, através de

revascularização, se necessário 26-30. Esta conclusão tem nível A de evidência

31.

O AVC constitui a segunda maior causa de mortalidade global entre as

doenças vasculares, tendo sido responsável por 9,7% destas em 2004, sendo

superado pelas síndromes isquêmicas cardíacas 2. Estimativas recentes da

Organização Mundial da Saúde revelam tendência a aumento da participação

das doenças cerebrovasculares, que provavelmente alcançarão 12,1% da

mortalidade mundial até 2030. No Brasil, é a principal causa, com 48,87% de

taxa de mortalidade específica por doenças cerebrovasculares em 2005 3. Já

no fim do século passado, estimava-se que ocorriam cerca de 250.000 AVC

por ano 32. É uma doença muitas vezes incapacitante pelas sequelas graves

que pode produzir, de considerável impacto socioeconômico, familiar e, por

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conseguinte, na qualidade de vida 33-35. Das vítimas, um terço evolui de forma

satisfatória, um terço morre 36 e o restante sobrevive com lesões irreversíveis,

necessitando reabilitação física e alocação de recursos 37.

Um programa educacional e de triagem vascular é uma maneira efetiva

de detectar precocemente uma doença significativa, tendo um efeito invulgar

no resultado final de determinados procedimentos médicos 4. A população

assintomática, de risco para aterosclerose subclínica, deve ser recomendada a

identificar e tratar fatores de risco modificáveis na fase inicial 5-7, pois existem

tratamentos seguros e efetivos para a maioria dos fatores de risco 8.

A CRM, por sua vez, é o principal recurso terapêutico para grande

número de pacientes com DAC, inclusive com diabetes mellitus (DM) 38 e

também a operação mais comumente realizada no campo da cirurgia cardíaca,

apresentando custo-efetividade favorável 9,10, apesar das comorbidades que

têm implicação direta na prevenção secundária e na reabilitação pós-operatória

39. A CRM, apesar de ser mais onerosa em termos econômicos 40,41, é

associada com uma maior taxa ajustada de sobrevida em longo prazo do que

procedimentos endovasculares em pacientes com duas ou mais artérias

coronárias comprometidas 11,12, mesmo levando em consideração que os

stents farmacológicos, atualmente disponíveis, tornaram-se um marco histórico

por diminuir significativamente a reestenose e a necessidade de novas

revascularizações 42.

A identificação dos preditores de AVC é importante para o conhecimento

da patogênese desta doença, tanto quanto para o desenvolvimento de

estratégias preventivas 43-45.

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Salienta-se a importância do emprego de terapia clínica otimizada,

consistindo de mudança no estilo de vida, controle da pressão arterial, uso de

drogas antiplaquetárias 46,47, manejo da dislipidemia 48, da DM 49 e supressão

do tabagismo 50-52. Embora a aterosclerose carotídea seja provavelmente a

principal causa de AVC, a prevalência de estenose clinicamente significativa

(≥50%) permanece desconhecida em nosso meio, notadamente em indivíduos

com indicação de CRM.

2.1 DOENÇA ATEROSCLERÓTICA

A doença ateromatosa é a maior causa de morbidade e mortalidade no

mundo ocidental. A aterosclerose é uma doença que inicia na infância e pode

se manifestar simultaneamente em todo o leito arterial 53, incluindo coronárias e

carótidas, principalmente 54, mas também aorta, malha vascular intracerebral e

periférica 55-57. Dependendo dos locais onde a placa aterosclerótica se

desenvolver, o prognóstico do indivíduo poderá ser diferente. Particularmente,

quando a manifestação desta doença ocorre nas artérias carótidas, os riscos

de isquemia cerebral transitória, AVC isquêmico e morte aumentam. A

associação de DAC e doença carotídea é frequente, sendo que a preocupação

sobre este fato cresceu muito pela nossa observação empírica da incidência de

AVC em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, tanto de revascularização

quanto das valvopatias, fato também notado por outros autores 1.

O manejo dos fatores de risco através de dieta e exercícios físicos tem

sido complementado por intervenções farmacológicas e cirúrgicas, com

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especial atenção para as manifestações agudas.

O entendimento da ciência sobre os eventos que dizem respeito à

instabilidade da placa aterosclerótica aumentou nas últimas duas décadas, com

reconhecimento da importância potencial na sua modificação para prevenção

de doenças cardiovasculares. Numerosas associações têm sido feitas quanto à

evolução e desestabilização dos ateromas, criando alvos para a farmacoterapia

que tem obtido bons progressos na diminuição de biomarcadores 58,59 na

regressão e prevenção da doença em modelos animais 60 e em seres humanos

61.

O conceito de placa vulnerável foi inicialmente descrito em 1990 e agora

é largamente aceito 62. Enquanto a placa cresce devido à proliferação de

células musculares lisas, ocorre estreitamento do lúmen vascular, o que limita o

fluxo sanguíneo. A identificação das placas vulneráveis de carótida, por

exemplo, poderá modificar as indicações vigentes de intervenção, atualmente

baseadas apenas no percentual de estenose 63-66. Além disso, o ateroma

carotídeo pode ser um marcador para síndrome coronariana em pacientes de

alto risco 67,68. O desfecho final depende da placa se tornar instável, com

ruptura da camada superficial e exposição do núcleo trombogênico no leito

arterial 69. A constatação de níveis elevados de proteína C-reativa

ultrassensível também pode indicar instabilidade da placa carotídea 70,71.

Evidências indiretas sugerem que a diminuição dos níveis de lipídios, o

uso de beta-bloqueadores adrenérgicos e inibidores da enzima conversora da

angiotensina podem influenciar favoravelmente na estabilização da placa

aterosclerótica, porém a mensuração dos biomarcadores é incapaz de detectar

efeitos súbitos. Antioxidantes, agentes anti-infecciosos e antiproteolíticos têm

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pouca ação em termos de real benefício clínico 69.

2.2 DOENÇA ARTERIAL EXTRACRANIANA

Devido à alta prevalência nos países desenvolvidos, a doença obstrutiva

cerebrovascular representa uma atual prioridade em saúde pública 72. Num

estudo em sete cidades latino-americanas, a prevalência de EC variou de 4,5 a

14% na população geral 73. A aterosclerose carotídea teve prevalência de 52%

em um estudo nacional e foi associada à idade, obesidade, AVC, DAC (9,5%) e

ao tabagismo 74.

A palavra carótida é originária do grego (Karotides ou Karos) e significa

estupor ou sono profundo. O termo foi aplicado às artérias do pescoço segundo

Rufus em Efesus (100 anos antes de Cristo) porque a compressão da artéria

carótida pode provocar inconsciência 75.

Em 1930, Egas Moniz introduziu a angiografia cerebral em seres

humanos vivos, seguido por detalhados exames em cadáveres da porção

cervical da artéria carótida. Em 1950, Miller Fisher observou que a artéria

carótida extracraniana era mais importante do que a artéria cerebral média na

gênese do AVC isquêmico 76.

O cérebro corresponde apenas a 2% do peso total do corpo humano,

recebe 12 a 15% do débito cardíaco, o que reflete a sua grande atividade

metabólica. O fluxo sanguíneo cerebral é, em média, de 50 ml/100g/minuto; já

o volume de sangue é de 3 a 4 ml por 100g de tecido cerebral. Lesão cerebral

pode ocorrer quando o fluxo for menor do que 30 ml/100g/minuto. Ocorre perda

da consciência como resultado da isquemia cortical quando esse diminui

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abaixo de 20 ml/100g/minuto, contudo a atividade elétrica cerebral só cessa

quando o fluxo cerebral diminui abaixo de 15 ml/100g/minuto 77.

Porém, a insuficiência metabólica e a morte celular só ocorrem quando o

fluxo cerebral aproxima-se de seis ml/100g/minuto. Nos indivíduos sadios, o

fluxo cerebral permanece constante para a pressão arterial média entre 50 e

150 mmHg, em razão da alteração da resistência vascular 78.

A resistência vascular cerebral diminui com a diminuição e aumenta com

a elevação da pressão até 150 mmHg; quando a pressão arterial eleva-se

acima de 150 mmHg, a resistência vascular cerebral diminui, procurando

compensar a elevação da pressão, daí o risco de ruptura de vasos e acidente

vascular hemorrágico 79.

Esta autorregulação é alterada em algumas situações clínicas como na

hipertensão arterial, na aterosclerose e também nas áreas isquêmicas

cerebrais. O consumo de oxigênio pelo cérebro está diretamente relacionado à

atividade metabólica. Variações do volume sanguíneo dependem das variações

do metabolismo 80.

Os anestésicos, exceção à quetamina, diminuem o consumo de oxigênio

pelo cérebro. Parece que os anestésicos intravenosos barbitúricos conferem

proteção cerebral durante os períodos de isquemia focal. A redução do

consumo de oxigênio cerebral, a ausência de hipercapnia e a utilização da

hipotermia determinam proteção da função cerebral. Mas a hipotermia

(proporcional ao grau de queda da temperatura) reduz o consumo de oxigênio

cerebral e também o fluxo sanguíneo 80.

Os dois mecanismos que levam à isquemia cerebral são trombose e

embolia. A trombose, mais frequentemente, tem origem aterosclerótica e

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relaciona-se com a progressão das estenoses arteriais em nível da bifurcação

carotídea, mas pode dever-se à lesão de pequenas artérias intracerebrais ou,

mais raramente, às vasculites de várias etiologias. A extensão da trombose

secundária e a eficiência da circulação colateral irão determinar a gravidade e

extensão da isquemia. A magnitude dos quadros isquêmicos, portanto,

dependerá de mecanismos compensatórios, relacionada ao estado

hemodinâmico geral do paciente e dos ramos colaterais, a partir do polígono de

Willis 21.

Os fenômenos embólicos são, por outro lado, a causa mais comum dos

episódios isquêmicos cerebrais, usualmente seguindo a ruptura de uma placa

vulnerável. Os êmbolos têm duas origens principais: lesão arterial proximal e

câmaras cardíacas. A causa mais prevalente é a embolia cerebral proveniente

do arco aórtico 81.

Os fenômenos tromboembólicos provenientes da bifurcação carotídea se

caracterizam por deficiência hemisférica focal, manifestando-se por amaurose

ipsilateral, hemiparesia ou hemiplegia contralateral, de predomínio braquial, ou

por dificuldade de expressão, como afasia, disfasia ou disartria, quando é

acometido o hemisfério cerebral dominante. Embora raros, sintomas como

tontura, vertigem, alterações posturais ou síncope podem ocorrer e geralmente

sugerem comprometimento concomitante do território vértebro-basilar. Nos

extremos do amplo espectro clínico da doença cérebro-vascular, pode-se ter

desde queixas como parestesia leve e recidivante da mão até um quadro de

hemiplegia súbita e irreversível 21.

Os cuidados maiores devem ser direcionados para os pacientes com

estenoses carotídeas de alto grau. Quando colocados em circulação

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extracorpórea, podem sofrer uma queda de pressão ou de fluxo distais tão

acentuados a ponto de gerar um evento isquêmico por resposta vasodilatadora

decorrente da baixa perfusão, devido à baixa capacidade de compensação

cerebrovascular 82.

Se o paciente com DAC apresenta um sopro carotídeo, apesar de ser

um achado com baixa sensibilidade, há entre 30 e 50% de possibilidade de que

a estenose seja superior a 50% ao exame de ultrassom 83.

2.3 ECOGRAFIA E DOPPLER VASCULAR

A utilização do ultrassom nos diagnósticos em Medicina data de 1954 84.

Dessa fase até os dias atuais, muito progresso foi observado, consequência do

alto desenvolvimento tecnológico ocorrido. Entretanto, o conceito básico ainda

é o mesmo, ou seja, utiliza-se a reflexão de sons de alta frequência (ultrassom)

para a formação das imagens dos órgãos a serem estudados 85.

A grande vantagem da utilização do ultrassom, ao contrário do que

ocorre com os sons audíveis, é que ele pode ser concentrado num feixe,

podendo então ser direcionado para o órgão a ser examinado, mesmo que este

seja de pequenas dimensões 84.

O efeito Doppler descoberto pelo físico-matemático Christian Johann

Andreas Doppler que, em 1842, apresentou seu ensaio "Sobre as Cores da Luz

Emitidas pelas Estrelas Duplas e de Alguns Outros Astros do Firmamento".

Nele estavam os fundamentos do que hoje é conhecido como o efeito que leva

o seu nome. Trata-se da característica de ondas emitidas ou refletidas por um

objeto em movimento com relação ao observador 85.

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A ultrassonografia permite também, através do efeito Doppler, conhecer

o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. Por não utilizar radiação

ionizante, como na radiografia e na tomografia computadorizada, é inócuo. O

método ultrassonográfico baseia-se no fenômeno de interação de som e

tecidos, ou seja, a partir da transmissão de onda sonora pelo meio,

observamos as propriedades mecânicas dos tecidos. Assim, além de

determinarmos as características do fluxo em um determinado ponto (Doppler

pulsado), podemos também analisar o fluxo de um determinado segmento do

vaso 86.

O mapeamento de fluxo em cores (eco-color-Doppler) traz uma série de

vantagens e de facilidades nos estudos em que se busca uma boa análise dos

fluxos 87. Permite a visibilidade direta da imagem e do fluxo de forma

simultânea, enquanto que, no eco-Doppler, só é possível a obtenção do fluxo

em um ponto da estrutura estudada; a identificação dos jatos e regiões de

turbulências facilita a imediata avaliação da velocidade de fluxo nessas regiões,

diminuindo a possibilidade de erros que podem ocorrer no mapeamento "cego"

do eco-Doppler. Há facilidade na medida do ângulo do fluxo pela direta

identificação de sua direção; há melhor contraste entre a parede e a luz do

vaso, inclusive facilitando a avaliação das características da superfície da placa

e da luz residual nos casos de obstrução. Por fim, há maior rapidez na

aquisição dos dados 88.

O exame consiste na combinação do modo B (escala de cinza) e análise

espectral Doppler, também usando Doppler em cores, de forma estandartizada,

para melhorar sua precisão. A onda deve ser obtida com um ângulo de

insonação igual ou menor do que 60º, devido às propriedades físicas do

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14

Doppler, para aumentar a acurácia. O ultrassom modo B permite a visualização

do vaso e irregularidades de sua parede em graus de cinza, enquanto o efeito

Doppler pode ser usado para obter informação sobre o fluxo sanguíneo,

hemorragia e ulceração, que representa um gráfico quantitativo das

velocidades e direções das hemácias presentes no segmento escolhido. Já o

power-Doppler permite maior acurácia 89.

Sua função na detecção e caracterização morfológica das placas

ateroscleróticas, na quantificação indireta das estenoses pela análise do fluxo

arterial no local do estreitamento e no diagnóstico das oclusões arteriais está

definida 90, fornecendo imagens em tempo real, nítidas e dinâmicas, em cortes

longitudinais e transversais, usando transdutores adequados 91,92.

As alterações anatômicas provocadas na parede arterial pela

aterosclerose, desde as iniciais, com a perda da linha acústica, até as mais

tardias, e com a obstrução do vaso, podem ser adequadamente avaliadas pelo

Doppler. É considerado o melhor método para avaliação da placa de

aterosclerose quanto a sua classificação, desde as placas hipoecogênicas

(“moles”), que contêm lipídios e sangue e com maior potencial para

embolização, até as placas hiperecogênicas e calcificadas (“duras”), com

menor potencial para embolia por apresentarem tecidos fibrosos e calcificados.

Pode ser também um marcador geral da severidade da aterosclerose em

pequenos vasos intracranianos 93.

O ultrassom carotídeo é, provavelmente, a ferramenta de triagem mais

efetiva e amplamente aceita, para o exame da doença carotídea, podendo ser

efetuado de forma rápida 14, sobretudo nas estenoses maiores do que 60% 91,

mesmo comparado com angiografia 92. Além disso, em muitos centros, a

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15

qualidade é tal que pode ser o único método de imagem pré-operatório 93,94, o

que não é consenso 95. Também a habilidade para medir a espessura da túnica

íntima-média da ACI, critério defendido por muitos autores para diagnóstico de

síndrome metabólica 96, tem mostrado melhor valor prognóstico do que a

espessura da artéria carótida comum (ACC) 97, fato descrito em pacientes com

indicação de angioplastia transluminal percutânea coronária 98, e em estudos

terapêuticos 99-102.

O ultrassom deve obedecer à sistematização que contemple a avaliação

da ACC, interna, externa no modo B, no modo colorido e no modo Doppler.

Também o grau de estenose baseado no critério Doppler e no modo B, em

faixas 103.

A ultrassonografia, potencialmente, estende o procedimento diagnóstico

para uma população muito maior com doença assintomática 104,105.

2.4 DOENÇA CAROTÍDEA E DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

A patologia da doença carotídea e da DAC demonstra diferenças, tanto

que a ulceração da placa aterosclerótica com embolização do núcleo necrótico

é relativamente comum na carótida, mas infrequente na circulação coronariana

106.

A CRM, em pacientes com estenose significativa de ACI, é associada

com AVC em 2 a 3% 1, aumentando para 7% na CRM combinada às cirurgias

das valvopatias 106

. O AVC pode ser evitado em 40 a 50% dos casos, sendo

uma das mais temíveis complicações perioperatórias, com uma mortalidade de

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16

até 38% 23.

A triagem para estenose carotídea (EC), sobretudo em assintomáticos,

combinada com revascularização cerebral profilática ou não 107-111 reduz a taxa

de AVC tanto no intra quanto no pós-operatório de CRM 112. Em pacientes

cardiológicos hospitalizados, a presença de placa carotídea acessada por

ultrassom tornou-se um marcador independente de morte 113, mesmo naqueles

sem história de isquemia cerebral 114.

Em vários locais, a prevalência desta taxa variou de 6 a 15% em

candidatos à CRM 115-121, podendo chegar a 40% se forem incluídos os

assintomáticos 122. No Brasil, num estudo com amostra de 50 pacientes, esta

taxa foi de 32% 123. A triagem também pode ajudar no diagnóstico e

seguimento dos casos em que há indicação de tratamento conservador, por ser

um marcador de risco per se 105, e uma oportunidade para observar a saúde

vascular em geral 124,125.

A presença de significante EC pode mudar a conduta cirúrgica 126,

reduzir a morbidade por AVC 127 com riscos e custos aceitáveis, sendo estes

semelhantes tanto nas cirurgias concomitantes 128-136, mesmo em idosos 137, na

revascularização carotídea com CRM subsequente nos pacientes com EC

assintomática 108,120,138,139. Até o presente, as informações ainda são

insuficientes para declarar que a endarterectomia da carótida antes ou

simultaneamente com CRM é superior em pacientes com DAC para evitar AVC

pós-operatório 112,140-142. A doença ateromatosa do arco aórtico é o principal

indício de complicações operatórias coronarianas e neurológicas no

seguimento em longo prazo 143,144.

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17

Já a colocação de stent na carótida em pacientes assintomáticos,

previamente à CRM, levou a 9,1% de mortes/AVC, o que foi comparável à

endarterectomia pré ou sincrônica à CRM 145.

O diagnóstico e o tratamento da EC podem ser feitos de forma rápida

como descrito por Lavenson e colaboradores, em 1998 146, no pré-operatório

de CRM. Para prevenção do AVC, a identificação e a quantificação da EC são

de primeira importância e de custo-efetivo em centros de excelência médica 147.

Alguns autores recomendam o estudo da doença carotídea em todos os

pacientes candidatos à CRM 24,148-151. Outros, somente em casos de alto risco

152,153: AVC ou ataque isquêmico transitório prévios, doença arterial obstrutiva

periférica (DAOP) 154, idade superior a 60 anos 109,155,156, sopro cervical ao

exame físico 121, hipertensão arterial sistêmica (HAS) 157-159, estenose do tronco

da artéria coronária esquerda, história de tabagismo, DM 160 e aterosclerose do

arco aórtico 161. Também há autores 162 que selecionam casos somente na

síndrome coronariana aguda.

A anamnese deve enfatizar a doença cerebrovascular e arguir sobre

amaurose fugaz, ataque isquêmico transitório e AVC prévios 163.

A palpação e a ausculta das artérias cervicais são de extrema

importância 164. Diminuição ou ausência de pulsos carotídeos e presença de

frêmitos podem ser evidência de alteração na circulação cerebral. A ausculta

tem como finalidade a procura de área de turbilhão que ocorre quando há

estenose superior a 50%. Além disso, já é bem conhecido que sopro cervical é

um marcador de DAC 164. A ausculta de sopro carotídeo em pacientes de risco

para doença cardíaca pode ajudar a selecionar aqueles que se beneficiariam

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18

com uma estratégia mais agressiva em relação a eventos cardiovasculares

165,166.

As carótidas devem ser examinadas em toda a sua extensão e na

projeção da bifurcação, posteriormente ao ângulo da mandíbula.

A angiografia é o método tradicional e padrão-ouro para avaliação

cérebro-vascular em pessoas com sintomas, mas devido ao custo elevado 167,

risco de AVC e outras complicações 168,169, o uso exclusivo de exames não

invasivos tem sido defendido 103,170-172.

A ultrassonografia é o método complementar primário não invasivo

empregado no diagnóstico da doença aterosclerótica carotídea 173, com

sensibilidade de 98% (IC 95%, 97-100%) e especificidade próxima a 88% (IC

95%,76-100%) 174, semelhantes à angiografia 175-177, notadamente nas

estenoses >70% 178,179. Pode-se aumentar a sensibilidade, associando imagem

por ressonância magnética 180,181.

Também deve relatar a presença de doença não aterosclerótica.

Apresenta custo-efetividade, provendo as informações essenciais para delinear

a anatomia intraluminal, além de ter boa reprodutibilidade, não exigir

preparação, poder ser realizada à beira do leito 182-184, embora seja

profissional-dependente 185. Como os demais métodos não invasivos, pode

superestimar a acurácia da imagem 185, mas subestimar o grau de estenose em

idosos pela diminuição da velocidade de fluxo sanguíneo na ACI 186.

Apesar disso, sabemos que a maioria dos pacientes no nosso meio não

tem acesso ao diagnóstico da EC previamente à CRM, notadamente aqueles

oriundos do SUS.

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2.5 REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

As tentativas de revascularização do miocárdio iniciaram com Alexis

Carrel em 1910, tentando uma anastomose indireta entre aorta descendente e

coronária esquerda de cães. Antes da década de cinquenta, surgiram

tentativas de provocar circulação colateral, através de indução de pericardite e

da cirurgia de Vineberg – implante pediculado da artéria mamária interna, sem

resultados positivos 38.

O desenvolvimento da cinecoronariografia por F. Mason Sones Jr 188, na

década de 1960, tornou possível a identificação das lesões ateroscleróticas

obstrutivas nas artérias coronárias e o planejamento de intervenções cirúrgicas.

Mais tarde surgiram as intervenções propostas por Gruntzig 187, usando

cateteres.

O doutor Dudley Johnson foi um dos pioneiros das operações de ponte

de safena e que, para muitos, é o iniciador do método. Sabiston em 1962,

DeBakey em 1964 e René Favaloro em 1967 foram os pioneiros a usar a veia

safena como ponte para tratar as obstruções coronarianas 189.

A primeira CRM no Brasil foi efetuada por E. J. Zerbini e Adib Jatene em

1965; no Rio Grande do Sul, foi realizada no Instituto de Cardiologia em 17 de

agosto de 1970 pelo professor Ivo Nesralla 190. Atualmente, o uso de circulação

extracorpórea parece não afetar nas sequelas após a CRM, como declínio

neuropsicológico ou cognitivo 191, morte, AVC, IAM 192.

No nosso meio, atualmente os pacientes submetidos à CRM são mais

idosos e em piores condições clínicas do que os operados há dez anos 193.

Este fato também justifica a triagem de doença aterosclerótica em outros

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20

pontos, uma vez que a taxa de AVC e distúrbio cognitivo aumenta conforme o

grau de isquemia cerebral perioperatória 194.

Apesar do avanço técnico, tanto cirúrgico – uso seletivo da circulação

extracorpórea, cuidado com aorta ateromatosa 195,196– como anestésico –

manejo intensivo da hemodinâmica cerebral com hemodiluição –, nestes

quarenta anos de evolução da intervenção no coração, as lesões neurológicas

seguem preocupando as equipes assistentes 23,197, e todas as estratégias

atuais devem ser usadas para buscar reduzir danos perioperatórios 198-201. A

mortalidade para pacientes que desenvolvem complicações neurológicas após

CRM gira entre 16 e 33% 201.

2.6 REVASCULARIZAÇÃO CAROTÍDEA

A endarterectomia de carótida é a operação mais frequentemente

realizada para prevenir AVC, sendo custo-efetiva mesmo em pessoas

assintomáticas 202, podendo ser realizada em paciente acordado, notadamente

quando há alto risco para anestesia geral 203-206. Para casos selecionados,

pode-se interpor enxerto com excelente evolução pós-operatória, sendo uma

técnica segura e efetiva 207. Essa cirurgia também é eficaz na prevenção de

novos AVC 208,209, independentemente de gênero 210, mesmo com obstrução

contralateral 211. Idealmente, a cirurgia deve ser realizada em duas semanas

após os últimos sintomas 212. Complicações pós-operatórias são incomuns,

mas associadas com alto risco de AVC e morte 213,214.

A revascularização carotídea para tratamento de isquemia cerebral (uma

transposição da carótida interna para externa) foi realizada pela primeira vez na

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21

Argentina, em 1951 215. Já a primeira endarterectomia carotídea efetivada com

sucesso ocorreu em 1953 e foi realizada por Michael Ellis DeBakey 216.

Estudos prospectivos de alta qualidade, sobre o papel da

endarterectomia de carótida, realizados na década de oitenta, demonstraram

claramente que a cirurgia associada à melhor terapia médica, comparada

somente à melhor terapia médica, reduziu significativamente o risco de infarto

cerebral em pacientes sintomáticos, com placas de ateromas na bifurcação e

que provocavam estenoses entre 70% e 99% 27,214.

No estudo NASCET (North American Symptomatic Carotid

Endarterectomy Trial), foram incluídos pacientes de 50 centros médicos com

estenose entre 70 e 99%, evidenciada por arteriografia. Todos apresentavam

sinais neurológicos hemisféricos ou oculares, comprovados e não

incapacitantes, surgidos nos últimos 120 dias prévios à randomização e com

duração superior a 24 horas. Submetidos à endarterectomia indicada somente

pelo percentual de estenose, tiveram redução de risco absoluto para desfechos

combinados de morte ou AVC, acima de 15% em cinco anos, mesmo com um

risco perioperatório de AVC e morte de 6%, produzindo um número necessário

para tratar (NNT) de 6,3 (IC 95%, 5-9) para evitar AVC ipsilateral; qualquer

AVC ou morte (NNT de 6 – IC 95%,5-10). O benefício foi menor para pacientes

com estenose entre 50 e 69% (NNT de 24 para AVC ipsilateral e de 14 para

qualquer AVC ou morte). A cirurgia não ofereceu benefícios para estenoses

entre 30 e 49% e foi contraindicada para estenoses menores do que 30%,

sempre comparados com tratamento clínico isolado 15.

O tratamento cirúrgico foi mais benéfico do que o manejo conservador

isolado: o risco cumulativo de qualquer AVC ipsilateral até dois anos foi de 26%

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no grupo médico e 9% no grupo cirúrgico, com redução de risco absoluto de

17% 212. O benefício da endarterectomia ainda foi aparente em um seguimento

de oito anos 104. Todas estas conclusões têm nível de evidência A 217.

Outro estudo, o ECST (European Carotid Surgery Trial) 16, em 3.024

pacientes sintomáticos com estenose >60%, a frequência de AVC maior ou

morte, em três anos, foi de 26,5% no grupo controle e 14,9% no grupo

cirúrgico: uma diferença absoluta de 11,6%.

A atualização dos consensos realizada em 2004 218 incluiu, além do

NASCET 15 e ECST 16, o Veterans Affairs Trial 219, para uma análise

uniformizada dos resultados, e o método NASCET, para estimar as estenoses,

foi utilizado para normalizar os resultados e, assim, permitir a utilização de

todos os pacientes dos três estudos na análise estatística.

Isso reforçou a tese de que pacientes sintomáticos necessitam

investigação urgente, porque os benefícios dependem do tempo entre o início

dos sintomas e a cirurgia. O risco é reduzido à metade se a cirurgia não for

postergada por mais de duas semanas e a 25% se não for adiada por mais de

quatro semanas 220,221.

Já a decisão para revascularização carotídea em pacientes

neurologicamente assintomáticos é feita com base no maior diâmetro de

estenose da lesão. Infelizmente o diâmetro da estenose não é um

discriminador robusto de quais lesões desenvolverão ou não sintomas, e a

maioria das lesões severas permanecem assintomáticas. Talvez, no futuro,

seja possível realizar um diagnóstico específico para cada paciente, montando

um algoritmo que contemple métodos de imagem com preditores acurados de

risco hemodinâmico para uma intervenção terapêutica individualizada 222.

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A endarterectomia para pacientes com EC assintomática reduziu o risco

de AVC ipsilateral e de qualquer AVC, aproximadamente em 30%, por mais de

três anos, apesar da taxa de 3% de AVC ou morte perioperatória. Entretanto, a

redução do risco absoluto foi pequena 223.

Por exemplo, o estudo ACAS (Asymptomatic Carotid Atherosclerosis

Study), envolveu 1.662 pacientes sem sinais neurológicos como AVC ou

isquemia transitória, com estenose maior do que 60%, submetidos ao

tratamento cirúrgico e seguidos em média por 2,7 anos. Os resultados

mostraram uma redução de risco absoluto de mais ou menos 5,5% em cinco

anos e um NNT de 20, considerando um risco combinado perioperatório de 2 a

3%. O risco agregado em cinco anos de AVC ipsilateral, qualquer AVC

perioperatório ou morte foi estimado ser de 5,1% no grupo cirúrgico e 11% no

clínico, uma redução de risco relativo de 53% (IC 95%, 22-72%). Entretanto,

para a cirurgia ser benéfica, a taxa de morte ou outras complicações maiores

perioperatórias teriam de ser menor do que 3%, e a expectativa de vida no

mínimo cinco anos. Aparentemente, as mulheres e os pacientes diabéticos

tiveram um benefício menor e, por isso, uma análise em dez anos seria

necessária 17.

Noutra amostragem, em 3.120 pacientes assintomáticos – estudo ACST

(Asymptomatic Carotid Surgery Trial) 18–, o risco de AVC ou morte em trinta

dias, após a endarterectomia foi 3,1% (IC 95%, 2,3-4,1). O risco de AVC em

cinco anos caiu de 12 para 6% naqueles com menos de 75 anos e que tinham

estenose ≥70%. O NNT foi de dezoito pacientes para evitar um AVC em cinco

anos. Os dados do ACAS coincidiram em muitos pontos com os do ACST. O

risco perioperatório foi muito baixo em ambos e houve piores resultados em

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mulheres, provavelmente por maior incidência de complicações da

endarterectomia e da angiografia 224.

A doença cerebrovascular permanece sob monitorização intensa e

novas técnicas, como o manejo endovascular e o tratamento farmacológico da

aterosclerose, estão em pleno desenvolvimento. A busca por reduções na

morbi-mortalidade e nos custos deve incluir a parcela que diz respeito à

investigação. Dessa forma, o esforço pela utilização criteriosa dos métodos

diagnósticos e a consequente diminuição dos gastos e das complicações

decorrentes contribuem para um tratamento mais satisfatório 103. Ressalte-se

que os custos da cirurgia em idosos aumentam significativamente 224,225.

O uso de stent em artéria carótida aumentou recentemente, estando em

fase de investigação 226, embora poucos estudos randomizados têm

comparado estas alternativas, cujos resultados não foram inferiores à

endarterectomia em pacientes de alto risco 227-233. Os critérios de inclusão de

pacientes e os dispositivos utilizados são muito variáveis nos trabalhos

apresentados, o que dificulta a análise criteriosa.

Alguns autores obtiveram resultados satisfatórios com esta técnica,

usando filtros de proteção cerebral 234. Em relação ao tempo de internação, a

técnica endovascular foi superior à convencional (p<0,002) 235.

O primeiro estudo norte-americano 236 stent ou endarterectomia em

pacientes sintomáticos com estenose de carótida entre 60 e 99% apresentou

12,1% de AVC ipsilateral para o grupo do stent e 3,6% para cirurgia (p=0,02).

No estudo SAPPHIRE (Stenting & Angioplasty with Protection in Patients

at High Risk for Endarterectomy) 237, em que foram randomizados 71% de

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participantes assintomáticos e tiveram um ano de seguimento médio, a taxa de

efeitos combinados (morte, AVC e IAM) foi de 12% para angioplastia e 20%

para endarterectomia (p=0,05). É interessante ressaltar, no entanto, que a

incidência de AVC em um ano (9,9% no grupo cirúrgico) foi muito maior do que

no ACAS 17 e ACST 18 (1 e 2%, respectivamente). Esta pesquisa evidenciou

que a angioplastia com stent, usando proteção distal para embolia, demonstrou

não-inferioridade à endarterectomia quanto às complicações cardiovasculares,

apesar de ter sido suspenso pela dificuldade de captação de pacientes.

Um trabalho multicêntrico, com 504 pacientes seguidos por três anos,

encontrou taxas de AVC e morte próximas do dobro daquelas encontradas no

NASCET 15 e ECST 16, com reestenose de 14% no grupo endovascular e 4%

no cirúrgico (p<0,001). Quando avaliadas as lesões de nervos 238 e hematomas

das vias de acesso, houve uma diferença significativa em favor do grupo

endovascular (p<0,0001), no estudo CAVATAS 239 (Carotid and Vertebral Artery

Transluminal Angioplasty Study ).

O CaRESS (Carotid Revascularization Using Endarterectomy or Stenting

Systems) é um estudo clínico multicêntrico, prospectivo e não-randomizado,

desenhado para determinar equivalência na taxa de AVC e morte entre a

angioplastia com stent e endarterectomia. O objetivo primário foi avaliar a

incidência de AVC e óbito em 30 dias. Foram realizadas 254 endarterectomias

e 143 angioplastias com stent, em pacientes sintomáticos (32%) e

assintomáticos (68%). As taxas de AVC e morte em 30 dias foram de 3,6% no

grupo cirúrgico e 2,1% no endovascular. Quando foram analisadas as taxas de

AVC, morte e IAM, também não se observou diferença estatística entre as duas

técnicas, 4,4% na endarterectomia e 2,1% na angioplastia. Isto também foi

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válido para os desfechos secundários: estenose residual, reestenose ou

mudança na qualidade de vida 240.

No estudo CREST (Carotid Revascularization Endarterectomy versus

Stenting Trial) 241, com pacientes sintomáticos, a diferença de AVC e morte não

foi significativa entre homens e mulheres após angioplastia de carótida.

Nenhum benefício foi observado em pacientes assintomáticos. Em

octogenários, o risco de AVC ou morte no grupo endovascular foi de 12,1% em

trinta dias 242.

Esta terapia menos invasiva tem encontrado alta popularidade e

entusiastas 243 com resultados ainda inconsistentes em relação à

endarterectomia 244-247. Alguns autores defendem a endarterectomia

exclusivamente para o tratamento da EC 248. Além disso, há a necessidade de

novos estudos para verificar se a mesma é benéfica em pacientes

assintomáticos e com baixo risco cirúrgico 249-255.

As recomendações clássicas para angioplastia e implante de stent

incluem radioterapia cervical prévia, reestenose crítica após endarterectomia,

estenoses altas, fibrodisplasia, lesões próximas ao arco aórtico e casos muito

selecionados de pacientes de alto risco. Em serviços com grande experiência e

bons resultados, ou envolvidos em estudos com alocação aleatória dos

participantes, o procedimento é justificado em pacientes sintomáticos. Essa

técnica encontra resistência para indicação em pacientes assintomáticos ou em

octogenários 256-258. Uma meta-análise, incluindo cinco estudos randomizados

que compararam as duas técnicas em pacientes de risco moderado ou baixo,

chegou a uma conclusão bem definida: não é recomendável a utilização da

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angioplastia como substituição à cirurgia em larga escala 259.

É certo que nenhum dos estudos que compararam a angioplastia mais

stent com a endarterectomia carotídea atingiu grau de excelência recomendado

para o tratamento de indivíduos sintomáticos ou assintomáticos, devido às altas

taxas de complicações 237,260-265. Dois estudos publicados recentemente não

conseguiram demonstrar não-inferioridade e foram suspensos 266,267.

Tendo em vista as dúvidas que ainda existem na literatura a respeito do

tema, este estudo pretende avaliar a prevalência de estenose carotídea

significativa em pacientes que serão submetidos à cirurgia de revascularização

miocárdica. Secundariamente, pretende identificar os fatores associados que

possam ser preditores de risco de acidente vascular cerebral e morte no

período pós-operatório, durante a internação hospitalar.

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ARTIGO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Estenose carotídea aumenta a mortalidade em pacient es submetidos à cirurgia de revascularização miocárdic a

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Artigo original – Ann Thorac Surg 2009 [a ser submetido]

Estenose carotídea aumenta a mortalidade em pacientes submetidos à

cirurgia de revascularização miocárdica1

Triagem de estenose carotídea

Marcelo Pereira da Rosa MD ², Ricardo Schwendler ³, Rodrigo de Campos Lopes ³,

Vera Lúcia Portal MD, PhD 4

Endereço para correspondência:

Instituto de Cardiologia do RS/ FUC. Unidade de Pesquisa

Marcelo Pereira da Rosa

Av. Princesa Isabel, 370 Santana, Porto Alegre, RS, Brasil

Cep 90620-001 – Fone/Fax: 55-51-32303757

e-mail: [email protected] / [email protected]

Palavras-chaves: artérias carótidas, aterosclerose, doença arterial

coronariana, cirurgia de revascularização miocárdica.

___________________________________________________

¹ Trabalho realizado no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ Fundação Universitária de Cardiologia.

² Médico Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular. ³ Acadêmicos de Medicina. 4 Médica Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da

Saúde: Cardiologia, da Fundação Universitária de Cardiologia. Doutora em Medicina.

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Resumo

Introdução : A identificação de pacientes com estenose carotídea

significativa (ECS) tem se mostrado de extrema importância, principalmente

no contexto da cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Os objetivos

deste estudo são identificar a prevalência de ECS, o grau de estenose e

possíveis preditores de risco em indivíduos submetidos à CRM.

Métodos : Estudo de Coorte que incluiu 457 pacientes consecutivos e

de ambos os gêneros, candidatos à CRM em um centro de referência em

cardiologia no sul do Brasil. Os pacientes incluídos realizaram

ultrassonografia com Doppler em cores de artérias carótidas, no pré-

operatório e foram seguidos durante todo o período de pós-operatório intra-

hospitalar, entre maio de 2007 e abril de 2008. As complicações do pós-

operatório foram todas registradas incluindo as neurológicas e óbito. A

estenose carotídea foi considerada clinicamente significativa quando ≥50%.

Um p<0,05 foi considerado significativo. Regressão logística foi realizada

para definir preditores independentes de mortalidade. Houve uma perda de

sete pacientes no decorrer do estudo.

Resultados : A média de idade (±desvio padrão) foi de 62,2±9,4 anos

sendo que 65,6% eram do gênero masculino. A prevalência de ECS foi de

18,7%. A EC foi ausente em 3,6%, inferior a 50% em 77,8%, entre 50 e 69%

em 11,6% e entre 70 e 99% em 6,9%. A artéria estava ocluída em 0,2% da

amostra. Após regressão logística, EC ≥50% permaneceu como preditor

independente de mortalidade (p=0,005).

Conclusões : ECS mostrou ter uma prevalência elevada na amostra

estudada e foi um preditor independente de mortalidade.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AVC Acidente Vascular Cerebral

CRM Cirurgia de Revascularização Miocárdica

DAC Doença Arterial Coronariana

EC Estenose Carotídea

ECS Estenose Carotídea Significativa

TCE Tronco de Coronária Esquerda

DCV Doença Cardiovascular

HAS Hipertensão Arterial Sistêmica

DM Diabetes Mellitus

IMC Índice de Massa Corporal

DAOP Doença Arterial Obstrutiva Periférica

DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

PVS Pico de Velocidade Sistólica

ACI Artéria Carótida Interna

ACC Artéria Carótida Comum

VDF Velocidade Diastólica Final

CEC Circulação Extracorpórea

DP Desvio Padrão

RC Razão de Chances

IC Intervalo de Confiança

IRC Insuficiência Renal Crônica

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Introdução

A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) é um dos principais

recursos terapêuticos utilizados para o manejo de pacientes com doença

arterial coronariana (DAC) (1) apesar das complicações que podem ocorrer

no pós-operatório da mesma. Estas terão implicação direta na prevenção

secundária e na reabilitação cardiovascular (2).

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das mais relevantes

complicações pós-operatórias não-cardíacas por ter uma incidência absoluta

de 2%, ocorrer precocemente, estar associado a outras comorbidades e

poder trazer sequelas desastrosas para a vida do indivíduo (3).

A doença significativa da artéria carótida aumenta em quatro vezes o

risco perioperatório de AVC (4). A identificação de estenose carotídea

significativa (ECS) no pré-operatório de CRM pode mudar a conduta cirúrgica

e reduzir a morbidade por AVC (5) e mortalidade, com riscos e custos

aceitáveis (6-9). Até o presente, as informações ainda são insuficientes para

declarar que a endarterectomia carotídea antes ou simultaneamente com

CRM é superior em pacientes com DAC para evitar AVC pós-operatório (10-

12).

O ultrassom carotídeo tem sido considerado uma ferramenta de

triagem efetiva e amplamente aceita para o exame da doença carotídea,

podendo ser efetuado de forma rápida e segura (13). No entanto, este

método diagnóstico ainda não foi liberado para investigação de rotina, da

doença carotídea de pacientes que serão submetidos à CRM, atendidos pelo

Sistema Único de Saúde.

Tendo em vista a carência de dados sobre o tema, o presente estudo

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pretende avaliar a prevalência de ECS em pacientes que serão submetidos à

CRM utilizando ultrassom carotídeo com Doppler em cores.

Secundariamente, identificar os fatores associados que possam ser

preditores de risco de AVC e morte, no período pós-operatório, durante a

internação hospitalar.

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Pacientes e Métodos

Estudo de Coorte contemporânea em que 457 pacientes consecutivos

que internaram no Instituto de Cardiologia do RGS para submeterem-se à

CRM foram convidados a participar de uma triagem de estenose carotídea

(EC) no pré-operatório. Os desfechos primários foram AVC e morte.

Todos os pacientes assinaram o termo de Consentimento Informado

Livre e Esclarecido e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Instituição. A coleta de dados iniciou em maio de 2007 e

terminou em abril de 2008.

Cálculo do Tamanho da Amostra

Considerando-se um erro beta de 20% e uma frequência esperada de

7,9% de EC, seriam necessários 450 indivíduos para se obter diferença

estatística (p<0,05) em relação aos preditores independentes de AVC.

Pacientes

Os critérios específicos para a indicação de cirurgia foram: doença no

tronco da artéria coronária principal esquerda (TCE), estenose maior do que

70% na artéria descendente anterior, uma combinação de estenose de

descendente anterior e circunflexa, combinação de estenoses de coronárias

esquerda e direita ou doença coronariana difusa, angina incapacitante apesar

de máxima terapia médica, isquemia ou infarto progressivo e não

responsividade ao tratamento clínico otimizado (1).

Foram excluídos pacientes que não concordaram em participar do

estudo ou aqueles com indicação de cirurgia concomitante (CRM e

endarterectomia carotídea).

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73

Procedimentos do Estudo

Na internação, os pacientes responderam a um questionário para

identificação detalhada da história médica atual e pregressa, fatores de risco

(pessoais e familiares – história positiva para doença aterosclerótica

cardiovascular (DCV) acometendo familiar de primeiro grau (pai, mãe, tios,

avós, irmãos) antes dos 50 anos para mulheres e 60 para homens), HAS

(pressão sanguínea ≥140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivo), dislipidemia

(colesterol total >200 mg/dl e/ou trigliceridemia >150 mg/dl ou uso de

hipolipemiantes), DM (controlado por dieta; uso de antidiabético oral, insulina;

nível de glicose em jejum ≥126 mg/dl), obesidade (IMC ≥30 Kg/m², produto do

peso em quilogramas pela altura corporal em metros elevados ao quadrado),

DAOP (claudicação intermitente ou dor de repouso e índice pressórico

tornozelo braço ≤0,9), tabagismo (consumo diário ou ocasional de cigarros,

charutos ou cachimbos de tabaco, e classificado como: nunca fez uso, parou

de usar um mês antes da hospitalização, uso ativo (atualmente),

aterosclerose do arco aórtico (calcificação do arco aórtico com comprimento

>1 centímetro pela radiografia de tórax biplanar) (14), DPOC (exame clínico e

Raio X de tórax) e medicamentos em uso.

Todos os pacientes realizaram ultrassonografia com Doppler em cores

das artérias carótidas.

Ultrassonografia com Doppler em cores

Os exames foram realizados por três médicos, com especialização em

ultrassonografia vascular, cegos para qualquer dado da história clínica ou do

exame físico do paciente e que adotaram critérios iguais para o diagnóstico

de EC, em aparelho de ultrassom (GE Logiq 500; General Electric Medical

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74

Systems, Milwaukee, WI).

Distúrbios de Fluxos Correlacionados ao Grau de EC

A identificação e quantificação da estenose foram realizadas pelos

parâmetros: estenose linear, área de estenose e pico de velocidade sistólica

(PVS).

O principal indicador utilizado para a pesquisa de estenose foi a

medida da velocidade de fluxo associada à identificação de placas

ateroscleróticas no bulbo e na emergência da artéria carótida interna (ACI).

Os critérios para doença carotídea foram os seguintes: ausente (PVS da ACI

<125 cm/s e ausência de placa ou de estenose visíveis), leve, entre zero e

49% de estenose (frequência de pico <4 MHz =125 cm/s e placa ou estenose

visíveis); moderado, entre 50 e 69% (frequência de pico >4 MHz e placa

visível), severo, entre 70 e 99% (PVS da ACI >230 cm/s e placa ou estenose

visíveis) e oclusão, 100% (ausência de sinal ao Doppler colorido, espectral,

power ou imagem em escala de cinza) (15).

Foram usados dois parâmetros adicionais para aferição da estenose

(relação da PVS da ACI pela PVS da artéria carótida comum (ACC);

velocidade diastólica final -VDF- da ACI) (16) (Tabela 1), se: a PVS da ACI

não fosse representativa em relação à extensão da doença por fatores

técnicos ou clínicos; b) houvesse estenose de alto grau no lado oposto; c)

houvesse discrepância entre o aspecto visual e a VDF da ACI; d) houvesse

velocidade de fluxo da ACC aumentada; e) houvesse estado cardíaco

hiperdinâmico e f) houvesse baixo débito cardíaco.

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75

Cirurgia de Revascularização Miocárdica

Os pacientes foram pré-medicados com benzodiazepínicos,

analgésicos opioides e atropina. A anestesia geral, após monitorização, foi

conduzida com isoflurano, analgésicos opioides e bloqueadores neuro-

musculares e intubação traqueal. Esternotomia mediana e heparinização

sistêmica foram realizadas e a ponte preparada (usualmente a artéria

mamária interna esquerda e a veia safena magna). O pericárdio foi aberto, a

aorta ascendente e o átrio direito canulados e a circulação extracorpórea

(CEC) normotérmica iniciada. A aorta foi pinçada transversalmente, infundida

solução cardioplégica e realizadas as anastomoses com parada cardíaca.

Após a retirada da pinça aórtica, o coração iniciava a funcionar

espontaneamente ou era realizada cardioversão elétrica. A ventilação, então,

era reiniciada e o paciente era retirado gradativamente da CEC. O tórax era

fechado após colocação de fios de marcapasso e drenos, sendo o paciente

transferido para a unidade de cuidados pós-operatórios.

Seguimento

O diagnóstico de AVC foi realizado pelo exame clínico (neurologista ou

médico intensivista) e tomografia computadorizada. O AVC foi definido como

a ocorrência de déficit neurológico focal ou global (disartria, disfasia,

hemiparesia, hemiparestesia, cegueira monocular) por mais do que 24 horas

e causado por dano da estrutura cerebral.

Para infarto perioperatório foi considerado o critério da presença de

onda Q nova (17). Além deste critério, a elevação de cinco vezes do valor de

referência da creatina quinase forma MB (18) e um valor maior que 1,58

ng/ml de troponina (19).

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Considerou-se sangramento pós-cirúrgico importante quando um

volume sanguíneo presente nos drenos torácicos >10 ml/Kg/h em uma hora,

5 ml/Kg/h em três horas consecutivas ou 100 ml/h em quatro horas.

Análise Estatística

As variáveis contínuas foram expressas em média ± desvio padrão

(DP) e comparadas por teste t de Student bicaudado. O teste de U de Mann-

Whitney bicaudado foi usado para variáveis com distribuição não-normal. As

variáveis qualitativas foram expressas em números e porcentagem. A

mediana foi usada para variáveis com distribuição não-normal.

Os testes de qui-quadrado ou exato de Fisher foram usados para

comparar as variáveis categóricas na análise univariada: pacientes sem ECS

e DAC versus pacientes com coexistente EC e DAC.

A razão de chances (RC) e o seu intervalo de confiança (IC) de 95%

foram calculados para cada fator de risco com valor p correspondente,

determinando limites de correlação com um erro de 5%.

As diferenças basais entre os grupos, em relação às variáveis

demográficas, foram determinadas por análise multivariável para avaliar quais

fatores de risco, independentes, estavam associados com EC e DAC.

As variáveis selecionadas pela análise univariável com p≤0,20 foram

submetidas à análise multivariável usando técnica de regressão logística para

determinar preditores independentes de morte.

Um p<0,05 foi considerado significativo.

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77

Resultados

Dos 457 pacientes incluídos no estudo, sete foram perdidos: cinco

devido à cirurgia de urgência realizada nos fins de semana e feriados, e dois

que se recusaram a participar. Foram analisados 450 pacientes.

A média de idade (±DP) dos pacientes foi de 62,2±9,4 (variando de 38

a 85 anos); destes, 65,6% (295) eram homens e 94,2% (424) de etnia branca.

As características clínicas e as comorbidades basais da amostra, separadas

pela presença de ECS, estão listadas na Tabela 2.

Todas as cirurgias foram realizadas com CEC e 85,3% (384) de forma

eletiva. Houve procedimentos concomitantes em 12,2% (55): cirurgia valvar,

aneurismectomia, atriosseptoplastia, correção de comunicação

interventricular. As complicações transoperatórias estiveram presentes em

2,7% (12) dos casos: sangramento importante (perda de 1.500 a 2.000 ml),

arritmia ventricular, parada cardíaca pré-CEC, parada cardíaca pós CEC,

bloqueio átrio-ventricular total e morte.

As principais complicações pós-operatórias foram: choque

cardiogênico em 1,1% (5), uso de vasopressor por mais de 48 horas em 4,9%

(22), ventilação mecânica por mais de 48 horas em 5,1% (23), sepse em

1,8% (8), infecção respiratória em 3,6% (16), infecção urinária em 0,4% (2) e

HAS não controlada em 0,7% (3).

A prevalência de EC ≥50% foi de 18,7% (84) no total de pacientes

estudados. Destes, 11,6% (52) dos pacientes tinham EC entre 50 e 69% e

6,9% (32), EC ≥70%.

Os antecedentes pessoais e familiares estavam assim distribuídos:

história familiar de DCV em 82,2% (370), estenose de TCE em 34% (153),

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obesidade em 32,7% (147), DM em 29,8% (134), DAOP em 23,8% (107),

DPOC em 12,4% (56) e IRC em 6,4% (29). Embora tenham sido observadas

diferenças entre muitas variáveis em relação ao grau de EC, tais não se

mostraram estatisticamente significativas, exceção ao achado de exame

físico: sopro carotídeo (p<0,001).

De acordo com o grau de EC (Tabela 3), 77,8% (350) dos pacientes

apresentaram estenose <50%, 11,6% (52) estenose entre 50-69%, 6,9% (31),

estenose entre 70-99% e 0,2% (um), oclusão de ACI. O exame foi normal em

3,6% (16) da amostra. Em relação ao gênero, 66,7% (56) dos pacientes com

estenose ≥50% eram homens.

O sopro carotídeo foi detectado em 34,5% (29) dos doentes com ECS

e em 11,2% (41) daqueles com EC inferior a 50%. Em relação à presença de

sopro carotídeo, a sensibilidade foi de 34,5%, especificidade de 88,8%, valor

preditivo positivo de 41,4% e negativo de 85,5%, razão de verossimilhança

positiva de 3,1% e negativa de 0,73% para EC significativa. A RC para

doentes com sopro carotídeo foi 4,24 vezes (IC 95%=2,36-8,40; p<0,0001)

maior para EC significativa.

Houve 12% (54) de mortalidade geral, sendo 35 homens e, destes,

22,6% (p=0,001) dos pacientes com EC ≥50%. A mediana de dias da

hospitalização no pós-operatório foi igual a onze (2-80). Nos pacientes com

EC≥70%, a mediana de dias de internação foi de doze, enquanto nos demais

foi de 10,5, mas não significativo. A mediana do tempo de cirurgia foi de 4

horas e 15 minutos (1:45-8:15).

Na análise univariável, a razão de chances para a ocorrência de

desfechos neurológicos e mortalidade em relação ao grau de EC ≥50%, foi de

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1,5 (IC 95%=0,5-4,4) para agitação psicomotora; 2,82 (IC 95%=0,4-17,3) para

AVC e 3,43 (IC 95%=1,6-7,1) para morte (Tabela 4). Quando o grau de EC foi

≥70%, a RC foi de 2,7 (IC 95%=0,3-24) para AVC e 1,7 (IC 95%=0,6-4,5)

para morte.

Foram identificados como preditores para a ocorrência de AVC na

análise univariável, DM (p=0,11; IC 95%=1,004-1,03); idade > 65 anos

(p=0,03; IC 95%=0,9-67,5) e DPOC (p=0,02; IC 95%=1,4-38,8) (Tabela 5).

Na Tabela 6 estão descritos os preditores de mortalidade na análise

univariável: EC≥50% (RC=2,8; p=0,005, IC 95%=1,3-6); obesidade (RC=0,4;

p=0,02; IC 95%=0,1-0,8); IRC (RC=2,2; p=0,09; IC 95%=0,8-6,1) e lesão de

TCE (RC=0,5; p=0,07; IC 95%: 0,2-1).

Após análise multivariável, apenas a EC ≥50% (RC=2,4; p=0,005; IC

95%=1,3-6) permaneceu como preditor independente de mortalidade. Já a

obesidade (RC=0,4; p=0,02; IC 95%=0,1-0,8) mostrou ter um efeito protetor

(Tabela 7).

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Discussão

A ECS apresentou uma prevalência elevada (18,7%) e foi preditor

independente de mortalidade em 450 pacientes com DAC submetidos à

CRM, em um centro cardiológico terciário do sul do Brasil. A prevalência

encontrada em nosso estudo foi alta quando comparada a outros estudos

envolvendo pacientes com DAC, em que a taxa foi de 6 a 15% (5,20,21).

Um outro aspecto importante demonstrado por nosso estudo foi que,

embora a sensibilidade para o diagnóstico de sopro carotídeo tenha sido

baixa (34%), pacientes com este achado apresentaram um risco 4,24 vezes

maior de ter ECS, reforçando a importância do exame físico. A busca pelo

sopro carotídeo é o dado de exame físico mais acessível na prática clínica,

embora apresente uma importante limitação: segundo dados de importante

estudo (22), o sopro carotídeo apresentou sensibilidade de 63% e

especificidade de 61%. Os autores concluíram que não devemos

hipervalorizá-lo pela baixa especificidade, e que, pela baixa sensibilidade,

estará ausente em até um terço dos pacientes com EC importante.

Com relação aos fatores de risco para doença carotídea, em pacientes

com coronariopatia grave, não encontramos diferença estatisticamente

significativa quanto ao gênero, idade, antecedentes de tabagismo,

dislipidemia, HAS, antecedentes familiares de IAM e/ou AVC.

O manejo da doença cerebrovascular demonstrou claramente que a

cirurgia de carótida, associada à melhor terapêutica clínica, comparada

somente com a otimização do tratamento conservador, reduziu

significativamente o risco de infarto cerebral em pacientes sintomáticos com

placas de ateromas na bifurcação carotídea e estenose entre 70 e 99% (23).

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O exemplo dos estudos multicêntricos mais valorizados no nosso meio

mostra que os pacientes tiveram redução de risco absoluto para desfechos

combinados de morte ou AVC acima de 15% em cinco anos, mesmo com um

risco perioperatório de 6%, produzindo um NNT de 6,3 (IC 95%=5-9) (22,24).

Por outro lado, os pacientes sem sinais neurológicos como AVC ou isquemia

transitória, submetidos ao tratamento cirúrgico obtiveram uma redução de

risco absoluto próximo de 5,5% em cinco anos (25,26).

Já a CRM, em pacientes com estenose severa de ACI, é associada

com AVC em 2 a 3% aumentando para 7% na CRM combinada às cirurgias

das valvopatias (4). A CRM sem CEC não reduziu a mortalidade por IAM ou

AVC em um ano (27), mas as intervenções cerebrovasculares profiláticas e

cuidados com aorta ateromatosa podem reduzir a incidência de AVC (28).

Os cuidados maiores com a aorta ateromatosa e o manejo intensivo da

hemodinâmica cerebral, através de hemodiluição, em pacientes com

indicação de CRM, devem ser direcionados para aqueles com estenose de

alto grau em artéria carótida. Isto ocorre porque, se estes pacientes forem

colocados em circulação extracorpórea, poderão sofrer uma queda de

pressão ou de fluxo distais tão acentuados que podem gerar um evento

isquêmico devido à baixa perfusão. É válido ressaltar que a EC é uma causa

plenamente reversível de AVC.

Então, uma vez compreendida e valorizada a doença carotídea, resta

futuramente estabelecer de forma clara e prática quais são os grupos de

pacientes com risco elevado de AVC. Assim sendo, concentrar-se-ia o

rastreamento sobre a população de maior risco, se fosse economicamente

inviável o rastreamento na população geral.

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82

A triagem, por sua vez, também pode ajudar no diagnóstico e

seguimento dos casos em que há indicação de tratamento conservador,

porque a EC é um marcador de risco per se, sobretudo morte de origem

vascular. A presença de ECS pode mudar a conduta cirúrgica com riscos e

custos aceitáveis, sendo estes semelhantes tanto nas cirurgias

concomitantes quanto na revascularização carotídea com CRM subsequente,

mesmo em pacientes assintomáticos.

Nós acreditamos que seja válida a investigação de estenose carotídea

por ultrassom em todos os pacientes candidatos à CRM e em acordo com

Fukuda et al. (5). Havendo a presença de ECS, programar a CRM

concomitante ao tratamento da doença carotídea ou posteriormente. Outros

autores acreditam que o ultrassom deve ser realizado somente em casos de

alto risco: idade superior a 65 anos, sopro cervical ao exame físico, AVC ou

ataque isquêmico transitório prévio, DAOP (30), HAS, estenose do tronco da

artéria coronária esquerda, história de tabagismo, DM e aterosclerose do arco

aórtico.

O ultrassom carotídeo foi o exame escolhido em nosso estudo por se

tratar de método complementar não-invasivo, empregado universalmente na

triagem da doença aterosclerótica carotídea. Apresenta sensibilidade e

especificidade semelhantes à angiografia (30). Esta última segue sendo o

método tradicional e padrão-ouro para avaliação cerebrovascular em pessoas

com sintomas, mas devido ao alto custo, risco de AVC e outras complicações

(31,32), o uso exclusivo de exames não-invasivos tem sido defendido.

A doença cerebrovascular permanece sob monitorização intensa, e

novas técnicas, como o manejo endovascular e o tratamento farmacológico

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da aterosclerose, estão em pleno desenvolvimento. A maioria dos AVC após

CRM ocorre precocemente e está associado com aumento da morbidade e

mortalidade hospitalar, além de redução da sobrevida em longo prazo (3). A

busca por reduções na morbi-mortalidade e nos custos deve incluir a parcela

que diz respeito à investigação. Dessa forma, o esforço pela utilização

criteriosa dos métodos diagnósticos e a consequente diminuição dos gastos e

das complicações decorrentes contribuiriam para um tratamento mais

satisfatório.

A não-realização de testes neuropsicológicos, capazes de detectar

mínimas alterações do estado mental, cognitivas ou comportamentais foi uma

limitação do nosso estudo, além de basear-se numa amostra da população

atendida em um único centro médico, o que pode limitar a generalização dos

resultados.

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Conclusão

A prevalência de EC foi elevada no nosso estudo, sugerindo tratar-se

de população de alto risco e que pode se beneficiar do diagnóstico prévio da

doença. Também, a ECS foi um preditor independente de morte no período

pós-operatório de pacientes submetidos à CRM.

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Tabela 1- Critérios de Consenso para Diagnóstico de Estenose Carotídea

pelo Ultrassom em Escala de Cinza e Doppler

Parâmetros primários Parâmetros adicionais Graus de estenose

(%) VPS ACI (cm/s) Placa (%)* VPS ACI/ACC VDF ACI (cm/s)

Normal <125 Nada <2 <40

<50 <125 <50 <2 <40

50-69 125-230 ≥50 2-4 40-100

≥70 >230 ≥50 >4 >100

Suboclusão ↑,↓ou não detectável

Visível Variável Variável

Oclusão Não detectável Visível, sem

lúmen Não aplicável Não aplicável

*Placa (Redução do diâmetro) verificada com ultrassom em escala de cinza e Doppler

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Tabela 2- Características Clínicas e Comorbidades Basais em relação ao

Grau de Estenose Carotídea

Características Gerais Estenose de carótida

≥50%

(n=84)

<50%

(n=366) p

Idade (anos±DP) 62,5±8,2 62,2±9,6 0,79

Gênero masculino 66,7 65,3 0,81

Etnia branca 96,4 93,7 0,23

Sopro carotídeo 34,5 11,2 <0,001

Fatores de risco: n (%)

Hipertensão Arterial Sistêmica 78,6 85,2 0,13

Diabetes 28,6 30,1 0,78

Tabagismo atual 17,9 17,5 0,93

Tabagismo passado 82,1 82,5 0,93

Obesidade (IMC ≥30 Kg/m²) 20,2 35,5 0,007

IMC (Kg/m²±DP) 27,2±3,2 28,2±4,3 0,04

Circ. Abdominal (cm±DP) 91±10,5 95±12,3 0,007

História familiar de DCV 86,9 81,1 0,21

Sedentarismo 82,1 81,1 0,83

Dislipidemia 28,6 25,7 0,58

Comorbidades

Doença Arterial Obstrutiva Periférica 23,8 23,8 0,99

Lesão de TCE 29,8 35,0 0,36

IRC (creatinina ≥1,5 mg/dl) 6,0 6,6 0,84

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 10,7 12,8 0,59

DCV= doença cardiovascular; DP= desvio padrão; IMC= índice de massa corporal; IRC= insuficiência renal crônica; TCE= tronco de artéria coronária esquerda

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92

Tabela 3- Estratificação do Grau de Estenose Carotídea

Estenose (%) n %

Ausente 16 3,6

0-49 350 77,8

50-69 52 11,6

70-99 31 6,9

Oclusão 1 0,2

Total 450 100

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93

Tabela 4- Ocorrência de Desfechos Neurológicos e Mortalidade em Relação

ao Grau de Estenose Carotídea

Desfecho clínico Grau de Estenose

≥50 % <50 % RC p IC 95%

Agitação psicomotora 5 6,2 14 4,0 1,5 0,37 0,5-4,4

AIT 2 2,5 0 - - 0,03 -

Alteração cognitiva 5 9,4 5 2,3 4,9 0,01 2,9-5,2

AVC 2 2,5 4 1,1 2,1 0,31 0,3-12

Morte 19 22,6 35 9,6 2,7 0,001 1,4-5,1

AIT = ataque isquêmico transitório; AVC = acidente vascular cerebral; IC= intervalo de confiança; RC = Razão de Chances

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94

Tabela 5- Preditores de AVC em pacientes com indicação de CRM – Análise

Univariável

Características RC IC 95% p

Estenose TCE 0,3 0,04-3,30 0,66

DAOP 0,6 0,07-5,50 0,68

Tabagismo atual 0,4 0,07-2,30 0,31

Sopro carotídeo - 1,00-1,03 0,28

Sedentarismo - 0,96-0,99 0,23

Diabete Melito - 1,00-1,03 0,11

Hist Fam DCV - 0,96-0,99 0,24

Dislipidemia 0,5 0,06-4,50 0,55

Obesidade 0,3 0,04-3,30 0,37

HAS 0,3 0,06-2,10 0,25

>65 anos 7,8 0,90-67,5 0,03

IRC - 1,00-1,02 0,52

EC ≥50% 2,1 0,39-12,09 0,36

DPOC 7,6 1,40-38,8 0,02

AVC= acidente vascular cerebral; CRM= cirurgia de revascularização miocárdica; DAOP= doença arterial obstrutiva periférica; DPOC= doença pulmonar obstrutiva crônica; EC= estenose carotídea; HAS= hipertensão arterial sistêmica; IRC= insuficiência renal crônica; TCE= tronco da artéria coronária esquerda

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95

Tabela 6- Preditores de mortalidade em pacientes com indicação de CRM –

Análise Univariável

Características RC IC 95% p

Estenose TCE 0,5 0,2-1,0 0,05

DAOP 1 0,5-1,9 0,95

Tabagismo atual 0,8 0,3-1,6 0,56

Sopro carotídeo 1 0,5-2,3 0,81

Sedentarismo 1,6 0,7-3,7 0,25

Diabete Melito 0,8 0,4-1,6 0,73

Hist Fam DCV 1,2 0,5-2,8 0,54

Dislipidemia 0,7 0,3-1,5 0,47

Obesidade 0,3 0,1-0,7 0,008

HAS 0,9 0,4-2,0 0,88

>65 anos 0,8 0,4-1,5 0,66

IRC 2 0,7-5,2 0,13

EC ≥50% 2,7 1,4-5,1 0,001

DPOC 1.2 0.5-2,8 0,57

CRM= cirurgia de revascularização miocárdica; DAOP= doença arterial obstrutiva periférica; DCV= doença cardiovascular; EC= estenose carotídea; HAS= hipertensão arterial sistêmica; IC = intervalo de confiança; IRC= insuficiência renal crônica; RC = Razão de Chances; TCE= tronco da artéria coronária esquerda

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96

Tabela 7- Preditores independentes de mortalidade em pacientes com

indicação de CRM

Variável RC IC 95% p

Estenose carotídea ≥50% 2,8 1,3-6 0,005

Lesão de TCE 0,5 0,2-1 0,07

Obesidade 0,4 0,1-0,8 0,02

Insuficiência renal crônica 2,2 0,8-6,1 0,09

CRM= cirurgia de revascularização miocárdica; IC= intervalo de confiança; RC= Razão de Chances;TCE= tronco da artéria coronária esquerda. Variáveis controladas: Idade, DM, HAS, sedentarismo, obesidade, história familiar de DCV, DAOP e tabagismo

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ARTIGO EM LÍNGUA INGLESA

Carotid stenosis increases the mortality in patient s who underwent coronary artery bypass grafting

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98

Original article – Ann Thorac Surg 2009

Carotid stenosis increases the mortality in patient s who underwent

coronary artery bypass grafting 1

Screening for carotid artery stenosis

Marcelo Pereira da Rosa MD ², Ricardo Schwendler ³, Rodrigo de Campos Lopes ³,

Vera Lúcia Portal MD, PhD 4

Address reprint requests to

Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC. Unidade de Pesquisa

Vera Lúcia Portal

Av. Princesa Isabel, 370 Santana, Porto Alegre, RS, Brazil

Cep 90620-001 – Tel./Fax: 55-51-32303757

e-mail: [email protected] / [email protected]

Keywords : carotid arteries, atherosclerosis, coronary artery pathology,

coronary artery bypass grafts, stroke, ultrasound

_________________________________________________

¹ The present study was carried out at Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul /

Fundação Universitária de Cardiologia.

² Vascular surgeon.

³ Medical students. 4 Professor, Graduate Program in Health Sciences: Cardiology, Fundação Universitária de

Cardiologia.

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99

Abstract

Background. The identification of patients with clinically significant carotid

stenosis (SCS) is extremally important, especially in the context of coronary

artery bypass grafting (CABG). The objective of the present study was to

identify the prevalence and degree of carotid stenosis (CS) in patients

submitted to CABG, as well as potential predictors of mortality.

Methods. Cohort study including 457 consecutive patients of both genders

scheduled for CABG between May 2007 and April 2008 in a cardiology

reference center in southern Brazil. Patients were submitted to color-Doppler

ultrasound examination of the carotid arteries prior to surgery and were

followed during the whole postoperative in-hospital period. Postoperative

complications were recorded, including neurological complications and death.

CS was considered as clinically significant when ≥50%. Significance was set

at p <0.05. Logistic regression was used to identify independent predictors of

mortality

Results. Mean age (± standard deviation) was 62.2±9.4 years; 65.6% of the

patients were male. The prevalence of SCS was 18.7%. CS was absent in

3.6% of the patients, below 50% in 77.8%, between 50 and 69% in 11.6%,

and between 70 and 99% in 6.9% of the patients. The carotid artery was

occluded in 0.2% of the sample. After logistic regression analysis, CS ≥50%

remained as an independent predictor of mortality (p=0.005).

Conclusions. SCS showed a high prevalence in the sample assessed and

was an independent predictor of mortality.

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100

TABLE OF ABBREVIATIONS AND ACRONYMS

CABG Coronary artery bypass grafting

CAD Coronary artery disease

CS Carotid stenosis

SCS Significant carotid stenosis

CVD Cardiovascular disease

BMI Body mass index

PVD Peripheral vascular disease

COPD Chronic obstructive pulmonary disease

PSV Peak systolic velocity

ICA Internal carotid artery

CCA Common carotid artery

EDV End diastolic velocity

CPB Cardiopulmonary bypass

OR Odds ratio

SD Standard deviation

CI Confidence interval

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101

Introduction

Coronary artery bypass grafting (CABG) is one of the main treatment

modalities in the management of patients with coronary artery disease (CAD)

(1). Several potential postoperative complications are associated with the

procedure, with outcomes that have a direct implication on secondary

prevention and cardiovascular rehabilitation (2).

Stroke is perhaps the most relevant noncardiac postoperative

complication associated with CABG, due to its high incidence (2%), early

occurrence, association with other comorbidities and potential severe

sequelae (3).

Carotid artery disease increases four times the risk of perioperative

stroke (4) in patients submitted to CABG. The identification of clinically

significant carotid stenosis (SCS) prior to surgery allows to modify the

operative strategy and thus reduce stroke-related morbidity (5) and mortality

with acceptable risks and costs (6-9). Up to the present moment, information

available on the association between CS and stroke are insufficient to claim

that carotid endarterectomy either preceding or carried out in conjunction with

CABG is efficient in the prevention of postoperative stroke in CAD patients

(10-12). On the other hand, carotid ultrasound has been referred to as an

effective, safe, and widely accepted screening tool for the diagnosis of carotid

artery disease (13), but it has not been approved by the Brazilian National

Unified System (Sistema Único de Saúde) for use in the routine examination

of patients scheduled for CABG.

Taking into consideration the scarcity of studies on the topic in our

setting, the objective of the present study was to assess the prevalence of

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102

SCS, using carotid color-Doppler ultrasound, in patients scheduled for CABG.

Potential predictors of in-hospital stroke and death are also assessed and

discussed.

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103

Patients and Methods

This concurrent cohort study included 457 consecutive patients

admitted to the cardiology reference center Instituto de Cardiologia do Rio

Grande do Sul between May 2007 and April 2008 and scheduled for CABG.

Patients were invited to undergo preoperative screening tests for carotid

stenosis (CS). The primary outcomes assessed were stroke and death.

All patients included in the study signed an informed consent form. The

study protocol was approved by the Research Ethics Committee of the

institution.

Sample Size calculation

Assuming a beta error of 20% and an expected frequency of 7.9% CS,

450 individuals were needed to achieve statistical significance (p <0.05) for

independent predictors of stroke.

Patients

Specific criteria for the indication of surgery were: CAD affecting the left

main trunk, stenosis >70% in the anterior descending artery, combined

anterior descending and circumflex artery stenosis, combined left and right

coronary artery stenosis or diffuse CAD, incapacitating chest pain despite

maximal medical therapy, ischemia or progressive cardiac infarction, and no

response to optimal clinical treatment (1).

Patients who refused to participate or those with indication for

concomitant surgery (CABG and carotid endarterectomy) were excluded from

the study.

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104

Study procedures

On admission, patients were asked to answer a questionnaire designed

to obtain detailed current and previous medical information: presence of

personal and family risk factors, i.e., history of cardiovascular disease (CVD)

in first-degree relatives (father, mother, uncles, grandparents, siblings), before

50 years of age for women and 60 years for men; presence of hypertension

(blood pressure ≥140/90 mmHg or use of anti-hypertensive agents);

dyslipidemia (total cholesterol >200 mg/dL and/or triglyceridemia >150 mg/dL

or use of antilipidemic drugs); diabetes (controlled with diet; use of antidiabetic

agents or insulin; fasting glucose ≥126 mg/dL); obesity, i.e., body mass index

(BMI) ≥30 kg/m² (weight in kg divided by height in m squared); peripheral

vascular disease (PVD) (intermittent claudication or pain at rest and ankle-

brachial pressure index ≤0.9); tobacco-smoking, including daily and

occasional use of cigarettes, cigars or pipes, classified as never-smoker,

previous smoker (quit smoking one month prior to hospital admission), and

active (current) smoker; atherosclerotic disease of the aortic arch (biplanar

chest radiography showing calcification of the aortic arch >1 cm) (14); chronic

obstructive pulmonary disease (COPD) (clinical examination and chest X ray);

and medications in use.

Color-Doppler ultrasound

All patients included in the study were submitted to color-Doppler

ultrasound examination of the carotid arteries. Examinations were carried out

using GE Logiq 500 (General Electric Medical Systems, Milwaukee, USA) by

three physicians specialized with training in vascular radiography, who were

blind to any information on the patients’ clinical history and physical

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105

examination data. The same criteria for ultrasound diagnosis of CS were

employed in all examinations, i.e., CS was considered as clinically significant

when ≥50%.

Flow abnormalities correlated with degree of CS

The identification and quantification of stenosis were based on the

following parameters: linear stenosis, area stenosis, and peak systolic velocity

(PSV).

The main indicator used in the assessment of stenosis was PSV

associated with the presence of atherosclerotic plaques in the carotid bulb

and cervical internal carotid artery (ICA). The following criteria were

considered for carotid artery disease: absent (ICA PSV <125 cm/s and no

visible plaque or stenosis); mild, 0-49% stenosis (peak frequency <4

MHz=125 cm/s and visible plaque or stenosis); moderate, 50-69% (peak

frequency >4 MHz and visible plaque); severe, 70-99% (ICA PSV >230 cm/s

and visible plaque or stenosis); occlusion, 100% (no blood flow signal on

color, spectral, power Doppler or on grayscale image) (15).

Two additional parameters were used in the assessment of stenosis,

namely ICA PSV/common carotid artery (CCA) PSV ratio, and ICA end

diastolic velocity (EDV) (16) (Table 1), in any of the following conditions: a)

ICA PSV not representative of disease severity based on technical or clinical

data; b) high-grade stenosis in the contralateral carotid artery; c) discrepancy

between visual and ICA EDV findings; d) increased CCA flow velocity; e)

hyperdynamic cardiac state; and f) low cardiac output.

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106

On-pump CABG

Patients were premedicated with benzodiazepines, opioid analgesics,

and atropine. After routine monitoring, general anesthesia was induced with

isoflurane, opioid analgesics, neuromuscular blockers, and tracheal

intubation. Median sternotomy and systemic heparinization were performed,

followed by bypass preparation (usually with the left internal mammary artery

and the great saphenous vein). The pericardium was opened and bypass

grafting was carried out using ascending aortic and right atrial cannulation;

normothermic cardiopulmonary bypass (CPB) was then initiated. The aorta

was cross-clamped, cardioplegic solution was infused, and anastomoses were

performed with a non-beating heart. After aortic declamping, the heart started

to beat spontaneously or as a result of electrical cardioversion. Mechanical

ventilation was reinitiated, and the patient was gradually weaned from CPB.

The chest was closed after placement of pacemaker leads and chest tubes,

and the patient was transferred to a postoperative care unit.

Follow-up

Stroke diagnosis was based on clinical symptoms (assessed by

neurologist or intensive care unit physician) and computed tomography data.

Stroke was defined as the occurrence of focal or global neurological deficit

(dysarthria, dysphasia, hemiparesis, hemiparesthesia, monocular blindness)

for over 24 hours caused by damage to brain structure.

Other clinical outcomes analyzed were: death; cardiogenic shock; intra-

and postoperative myocardial infarction – diagnosis confirmed by presence of

two of the following factors: new Q waves on two or more electrocardiogram

leads (17), CK-MB higher than 4 times the upper normal limit (18), or new

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107

segmental cardiomyopathy with akinesis on echocardiogram (19) –; prolonged

mechanical ventilation (>48h); prolonged use of vasopressor drugs (>48h);

sepsis; general infections (respiratory and urinary infection, endocarditis,

surgical wound infection, and mediastinitis); respiratory infection (diagnosis

based on chest X ray, leukocyte count, and compatible clinical findings);

congestive heart failure; need for percutaneous transluminal coronary

angioplasty; reoperation; conduction disorders requiring a temporary

pacemaker; major bleeding (blood flow at the chest tubes over 10 mL/kg/h in

one hour, 5 mL/kg/h in three consecutive hours, or 100 mL/h in four hours);

pericarditis; fibrillation or atrial flutter.

Statistical analysis

Continuous variables were expressed as means ± standard deviation

(SD) and compared using the two-tailed Student t test. Two-tailed Mann-

Whitney U test was used for variables with a non-normal distribution.

Qualitative variables were expressed as numbers and percentages. The

median was used for variables with a non-normal distribution.

The chi-square and Fisher’s exact tests were used to compare

categorical variables in the univariate analysis (patients without SCS and CAD

vs. patients with simultaneous CS and CAD).

Odds ratio (OR) and 95% confidence intervals (CI) were calculated for

each risk factor assessed, with the corresponding p value. Correlation limits

were determined taking into consideration a 5% error.

Any variable that achieved a p value of 0.20 or less in the univariate

analysis was entered for analysis by multivariate logistic regression to

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108

determine independent predictors of mortality.

Significance was set at p <0.05.

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109

Results

Of the 457 patients included in the study, seven were lost: five patients

required urgent CABG, performed during weekends and holidays, and two

refused to participate. As a result, a total of 450 patients were analyzed.

Mean age (±SD) in the sample was 62.2±9.4 (range: 38 to 85 years);

65.6% (295) of the patients were male gender, and 94.2% (424) were

caucasians. Baseline clinical characteristics and comorbidities are listed in

Table 2.

All surgical procedures were carried out with BCP, and 85.3% (384) of

the surgeries were elective. Simultaneous procedures were carried out in

12.2% (55): heart valve surgery, aneurysmectomy, atrioseptoplasty, and

correction of interventricular communication. Intraoperative complications

were present in 2.7% (12) of the cases: major bleeding, ventricular

arrhythmia, pre-BCP cardiac arrest, post-BCP cardiac arrest, total

atrioventricular block, and death.

The main postoperative complications observed in the present sample

were: cardiogenic shock in 1.1% (5), use of vasopressor drugs for more than

48 hours in 4.9% (22), mechanical ventilation for more than 48 hours in 5.1%

(23), sepsis in 1.8% (8), respiratory infection in 3.6% (16), urinary infection in

0.4% (2), and uncontrolled hypertension in 0.7% (3).

Prevalence of SCS was 18.7% (84) in the total sample of patients

assessed. Of these, 11,6% (52) presented CS between 50 and 69%, and

6,9% (32) presented CS ≥70%.

Personal and family history were distributed as follows: CVD in 82.2%

(370), left main coronary trunk stenosis in 34% (153), obesity in 32.7% (147),

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110

diabetes in 29.8% (134), PVD in 23.8% (107), COPD in 12.4% (56), and renal

insufficiency in 6.4% (29). In spite of the differences observed in several

variables with regard to degree of CS, none reached statistical significance,

except for the clinical finding of carotid bruit (p<0.001).

With regard to degree of CS (Table 3), 77.8% (350) of the patients

presented stenosis <50%, 11.6% (52) presented stenosis between 50 and

69%, 6.9% (31) between 70 and 99%, and 0.2% (1) presented ICA occlusion.

Ultrasound examinations were normal in 3.6% (16) of the sample. Of the

patients with stenosis ≥50%, 66.7% (56) were male.

Carotid bruit was detected in 34.5% (29) of the patients with SCS and

in 11.2% (41) of those with CS <50%. The presence of carotid bruit presented

a sensitivity of 34.5%, specificity of 88.8%, positive predictive value of 41.4%,

negative predictive value of 85.5%, positive likelihood ratio of 3.1%, and

negative likelihood ratio of 0.73% for SCS. The OR for carotid bruit was 4.24

(95%CI 2.36-8.40) times higher in patients with SCS (p<0.0001).

We observed an overall mortality of 12% (54), affecting 35 men

(p=0.001) had CS ≥50%. Median hospital stay after surgery was 11 days (2-

80). Among patients with CS ≥70%, median hospital stay was 12 days,

whereas in the remainder of the patients it was 10.5 days (non-significant

difference). Median operating time was 4 hours and 15 minutes (1:45-8:15).

In the univariate analysis, the OR for the occurrence of neurological

outcomes and mortality in patients with CS ≥50% was as follows: 1.5 (95%CI

0.5-4.4) for psychomotor agitation; 2.82 (95%CI 0.4-17.3) for stroke, and 3.43

(95%CI 1.6-7.1) for death (Table 4). In the group with CS ≥70%, OR was 2.7

(95%CI 0.3-24) for stroke and 1.7 (95%CI 0.6-4.5) for death.

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111

The following predictors of stroke were identified in the univariate

analysis: diabetes (p=0.11; 95%CI 1.004-1.03); age >65 years (p=0.03;

95%CI 0.9-67.5); and COPD (p=0.02; 95%CI 1.4-38.8) (Table 5).

Table 6 presents the predictors of mortality identified in the univariate

analysis: CS ≥50% (OR=2.8; p=0.005, 95%CI 1.3-6); obesity (OR=0.4;

p=0.02; 95%CI 0.1-0.8); renal insufficiency (OR=2.2; p=0.09; 95%CI 0.8-6.1);

and left main coronary trunk lesion (OR=0.5; p=0.07; 95%CI 0.2-1).

In the multivariate analysis, only CS ≥50% (OR=2.4; p=0.005; 95%CI

1.3-6) remained as an independent predictor of mortality. Obesity (OR=0.4;

p=0.02; 95%CI 0.1-0.8) showed a protective effect against mortality (Table 7).

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112

Comment

Clinically significant CS showed a high prevalence in our sample

(18.7%) and was confirmed as an independent predictor of mortality. Our CS

prevalence was high if compared with other studies involving CAD patients,

which usually report rates between 6 and 15% (5,21,22).

Another important aspect in our study was that, although the diagnosis

of carotid bruit presented low sensitivity (34%), patients with this finding had a

4.24 times greater risk for SCS, which reinforces the importance of

preoperative clinical examination. Carotid bruit is the most accessible physical

finding in clinical practice, in spite of an important limitation: according to data

from the NASCET study (23), carotid bruit has a sensitivity of 63% and a

specificity of 61%. Those authors concluded that the clinical significance of

carotid bruit should not be overestimated due to its low specificity. Moreover,

because of the low sensitivity of the finding, it may be absent in up to one third

of the patients with SCS.

With relation to risk factors for carotid artery disease in patients with

severe CAD, no statistically significant difference was found for gender, age,

history of smoking, dyslipidemia, hypertension, and family history of CVD

and/or stroke.

Studies describing the management of cerebrovascular disease have

clearly shown that carotid artery surgery associated with optimal clinical

treatment significantly reduced the risk for stroke when compared with optimal

clinical treatment only in symptomatic patients presenting with atherosclerotic

plaques in the carotid bifurcation and stenosis between 70 and 99% (24).

Multicenter studies used as reference in our setting have shown an absolute

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113

reduction >15% in the risk for combined death and stroke in 5 years, even

with a perioperative risk of 6% and a number needed to treat of 6.3 (95%CI 5-

9) (23,25). On the other hand, patients without neurological symptoms such

as stroke or transient ischemic attacks submitted to surgical treatment

presented an absolute risk reduction of approximately 5.5% in five years

(26,27).

CABG, when performed in patients with severe ICA stenosis, is

associated with stroke in 2-3% of the patients; this incidence increases to 7%

when CABG is combined with valve surgery (4). CABG without CPB has not

shown any effect on mortality, infarction or stroke in one year (28), but

prophylactic cerebrovascular interventions and clinical treatment of

atheromatous aorta have been suggested to reduce the incidence of stroke

(29).

Intensive management of atheromatous aorta and cerebral

hemodynamics via hemodilution in patients eligible for CABG should be

focused on those with clinically SCS. Submitting these patients to CPB could

result in a significant reduction in distal blood pressure and flow, potentially

provoking an ischemic event as a vasodilation response to low perfusion. It is

important to emphasize that CS is a totally reversible cause of stroke.

Once carotid disease is adequately understood and its importance

established, it will still be necessary to clearly identify the groups of patients at

high risk for stroke. If screening for CS in the general population is not

economically feasible, it should be implemented at least in high-risk

populations.

Screening can also help in the diagnosis and follow-up of patients

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114

submitted to the conservative treatment, because CS is per se a risk

predictor, especially of vascular death. The detection of significant CS may

allow to change the surgical strategy with acceptable risks and costs, both in

concomitant procedures and in carotid revascularization followed by CABG,

even in asymptomatic patients.

We believe that ultrasound screening for CS is valid and should be

performed in all patients scheduled for CABG, as recommended by Fukuda et

al (5). According to the authors, whenever significant CS is diagnosed, CABG

should be planned in conjunction or after treatment for carotid disease. Other

authors believe that ultrasound should be restricted to high-risk patients,

namely those with age >65 years, cervical bruit on physical examination,

previous stroke or transient ischemic attack, PVD (30), hypertension, left main

coronary trunk stenosis, history of smoking, diabetes, and atherosclerotic

disease of the aortic arch.

Carotid ultrasound was chosen as the screening tool in our study

because it is a non-invasive complementary method widely used in screening

for carotid atherosclerotic disease, with sensitivity and specificity rates that are

similar to those obtained with magnetic resonance angiography (31). The

latter method remains as the traditional gold standard for cerebrovascular

assessment in symptomatic patients. However, the high cost of magnetic

resonance angiography and the associated risk of stroke and other

complications (32,33) has increasingly motivated the use of non-invasive

screening methods.

Cerebrovascular disease remains under close monitoring, and new

techniques such as endovascular management and pharmacological

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115

treatment of atherosclerosis are at an advanced stage of development. Most

cases of stroke following CABG procedures occur early and are associated

with an increased in-hospital morbidity and mortality and reduced long-term

survival (3). The search for reductions in CABG-related morbidity, mortality,

and costs should include adequate preoperative investigation. Focusing

efforts on the judicious use of the diagnostic methods available and the

consequent reduction in costs and complications would most probably result

in a more satisfactory treatment.

One limitation of the present study was the lack of neuropsychological

tests as part of preoperative screening, as these tests are able to detect

minimal abnormalities in mental status, cognitive function, and behavior.

Moreover, our sample consisted of patients treated at one healthcare facility

only, which may limit the extrapolation of results to the general population.

In conclusion, the prevalence of SCS was high in our sample,

suggesting that this was a high-risk population that could benefit from early

diagnosis. Our findings showed that SCS was an independent predictor of

mortality in the postoperative in-hospital period of patients submitted to

CABG.

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121

Table 1- Consensus criteria for the diagnosis of Carotid Stenosis using

grayscale and Doppler ultrasound

Primary parameters Additional parameters

Stenosis (%) ICA PSV(cm/s) Plaque(%)* ICA PSV/CCA PSV ratio

ICA EDF(cm/s)

Normal <125 None <2 <40

<50 <125 <50 <2 <40

50-69 125-230 ≥50 2-4 40-100

≥70 >230 ≥50 >4 >100

Subocclusion ↑,↓, or undetectable

Visible Variable Variable

Occlusion Undetectable Visible, no lumen Not applicable Not applicable

CCA= common carotid artery; EDV= end diastolic velocity; ICA= internal carotid artery; PSV= peak systolic velocity. * Plaque (diameter reduction) detected on grayscale and Doppler ultrasound.

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122

Table 2- Clinical characteristics and comorbidities present at baseline in

relation to degree of Carotid Stenosis

General characteristics Carotid Stenosis

≥50%

(n=84)

<50%

(n=366)

p

Age (years), mean±SD 62.5±8.2 62.2±9.6 0.79

Male gender 66.7 65.3 0.81

Caucasian 96.4 93.7 0.23

Carotid bruit 34.5 11.2 <0.001

Risk factors, n (%)

Hypertension 78.6 85.2 0.13

Diabetes 28.6 30.1 0.78

Smoker current 17.9 17.5 0.93

Former smoker 82.1 82.5 0.93

Obesity (BMI ≥30 kg/m²) 20.2 35.5 0.007

BMI (kg/m²±SD) 27.2±3.2 28.2±4.3 0.04

Waist circumference (cm±SD) 91±10.5 95±12.3 0.007

Family history of CVD 86.9 81.1 0.21

Sedentarism 82.1 81.1 0.83

Dyslipidemia 28.6 25.7 0.58

Comorbidities

Peripheral vascular disease 23.8 23.8 0.99

Left main coronary trunk lesion 29.8 35.0 0.36

Renal insufficiency (creat ≥1.5 mg/ dL

6.0 6.6 0.84

Chronic obstructive pulmonary disease

10.7 12.8 0.59

BMI= body mass index; CVD= cardiovascular disease; SD= standard

deviation.

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123

Table 3- Carotid stenosis degree stratification

Stenosis (%) n %

Absent 16 3.5

0-49 350 77.8

50-69 52 11.6

70-99 31 6.9

Occlusion 1 0.2

Total 450 100

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124

Table 4- Neurological outcomes and mortality according to carotid stenosis

degree

Clinical outcome Stenosis degree OR p 95%CI

≥50% <50%

n % n %

Psychomotor agitation 5 6.2 14 4 1.5 0.37 0.5-4.4

Transient ischemic attack 2 2.5 0 - - 0.03 -

Cognitive abnormalities 5 9.4 5 2.3 4.9 0.01 2.9-5.2

Stroke 2 2.5 4 1.1 2.1 0.31 0.3-12

Death 19 22.6 35 9.6 2.7 0.001 1.4-5.1

CI= confidence interval; OR= odds ratio.

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125

Table 5- Predictors of stroke in patients scheduled for CABG (univariate

analysis)

Characteristics OR 95%CI p

Left main coronary trunk stenosis 0.3 0.04-3.30 0.66

PVD 0.6 0.07-5.50 0.68

Smoker current 0.4 0.07-2.30 0.31

Carotid bruit - 1.00-1.03 0.28

Sedentarism - 0.96-0.99 0.23

Diabetes - 1.00-1.03 0.11

Family history of CVD - 0.96-0.99 0.24

Dyslipidemia 0.5 0.06-4.50 0.55

Obesity 0.3 0.04-3.30 0.37

Hypertension 0.3 0.06-2.10 0.25

>65 years 7.8 0.90-67.5 0.03

Renal insufficiency - 1.00-1.02 0.52

Carotid stenosis ≥50% 2.1 0.39-12.09 0.36

Chronic obstructive pulmonary disease

7.6 1.40-38.8 0.02

CABG= coronary artery bypass grafting; CI= confidence interval; CVD= cardiovascular disease; OR= odds ratio; PVD= peripheral vascular disease.

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126

Table 6- Predictors of mortality in patients scheduled for CABG (univariate

analysis)

Characteristics OR 95%CI p

Left main coronary trunk stenosis 0.5 0.2-1.0 0.05

PVD 1 0.5-1.9 0.95

Smoker current 0.8 0.3-1.6 0.56

Carotid bruit 1 0.5-2.3 0.81

Sedentarism 1.6 0.7-3.7 0.25

Diabetes 0.8 0.4-1.6 0.73

Family history of CVD 1.2 0.5-2.8 0.54

Dyslipidemia 0.7 0.3-1.5 0.47

Obesity 0.3 0.1-0.7 0.008

Hypertension 0.9 0.4-2.0 0.88

>65 years 0.8 0.4-1.5 0.66

Renal insufficiency 2 0.7-5.2 0.13

Carotid stenosis ≥50% 2.7 1.4-5.1 0.001

Chronic obstructive pulmonary disease

1.2 0.5-2,8 0.57

CABG= coronary artery bypass grafting; CI= confidence interval; CVD= cardiovascular disease; OR= odds ratio; PVD= peripheral vascular disease.

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Table 7- Independent predictors of mortality in patients scheduled for CABG

Variable OR 95%CI p

Carotid stenosis ≥50% 2.8 1.3-6 0.005

Left main coronary trunk lesion 0.5 0.2-1 0.07

Obesity 0.4 0.1-0.8 0.02

Renal insufficiency 2.2 0.8-6.1 0.09

CABG= coronary artery bypass grafting; CI: confidence interval; OR: odds ratio. Controlled variables: age, diabetes, hypertension, sedentarism, obesity, family history of CVD, PVD, and smoker.

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APÊNDICES

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129

1. Questionário

Dados de Identificação

DATA:

1.Nome:__________________________________________________

2.Idade: ___________ 3. Nº do Registro:_____________

4.Gênero: 4.1) ( ) Masculino 4.2) ( ) Feminino

5.Cor da pele (segundo o paciente): 5.1) ( ) Branca 5.2) ( ) Preta

5.3) ( ) Amarela 5.4) ( ) Mista

6.Profissão_______________________________________________

7.Escolaridade 7.1) ( ) 1º grau incompleto 7.2) ( ) 1º grau completo

7.3) ( ) 2º grau incompleto 7.4) ( ) 2º grau completo

7.5) ( ) 3º grau incompleto 7.6) ( ) 3º grau completo

8. Renda mensal familiar R$______________

9. Endereço completo:______________________________________

Código de endereçamento postal:____________

10.Telefone:_________Telefone ou endereço de familiar próximo:____

Apresentação Clínica

11. Dor torácica 11.1 ( ) Sim 11.2 ( ) Não

Se sim 11.1.1) ( ) Dor torácica típica 11.1.2) Dor torácica atípica

Se sim para 11.1.1) 11.1.1.1 ( ) Angina pectoris estável

11.1.1.2( ) Angina pectoris instável

11.1.1.3 ( ) IAM sem supradesnível do segmento ST

11.1.1.4 ( ) IAM com supradesnível do segmento ST

12. Dispnéia 12.1 ( ) Sim 12.2 ( ) Não

Se Sim 12.1.1) ( ) grandes esforços 12.1.2) ( ) médios esforços

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130

12.1.3) ( ) pequenos esforços 12.1.4) ( ) S/ relação c/ esforço

Se sim para 12.1.3) 12.1.3.1) ( ) Insuficiência Cardíaca Esquerda

12.1.3.2 ( ) Edema pulmonar

12.1.3.3 ( ) Insuficiência Cardíaca Congestiva

13. Palpitações 13.1 ( ) Sim 13.2 ( ) Não

Se Sim 13.1.1 ( ) Taquiarritmia Supra-ventricular

13.1.2) ( ) Taquiarritmia Ventricular 13.1.3 ( ) Outro

14. Tontura 14.1 ( ) Sim 14.2 ( ) Não

15. Síncope 15.1 ( ) Sim 15.2 ( ) Não

16. Zumbido 16.1 ( ) Sim 16.2 ( ) Não

17. Afasia 17.1 ( ) Sim 17.2 ( ) Não

18. Amaurose fugaz 18.1 ( ) Sim 18.2 ( ) Não

19. Adormecimento em volta da boca e na língua

19.1 ( ) Sim 19.2 ( ) Não

Fatores de Risco

20. Tabagismo 20.1 ( ) sim 20.2 ( ) não

Se sim: 20.1.1) Quantos cigarros/dia?___20.1.2. Há quanto tempo fuma?

Se não: 20.2.1( ) Nunca fumou 20.2.2) Há quanto tempo parou?____

21. História familiar 21.1 ( ) Sim 21 ( ) Não

22. HAS 22.1 ( ) Sim 22.2 ( ) Não

23) Obesidade 23.1 ( ) Sim 23.2 ( ) Não Peso_____Kg

Altura_____m Circunferência abdominal___cm IMC___Kg/m²

24) Diabetes Mellitus 24.1 ( ) Sim 24.2 ( ) Não

25) Dislipidemia 25.1 ( ) Sim 25.2 ( ) Não

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131

26)Consumo de álcool (vinho, cerveja, destilados)

26.1 ( ) Sim 26.2 ( ) Não Quantidade / semana:_______

27) Sedentarismo: menos de 30 minutos, menos de 4 vezes por semana

27.1 ( ) Sim 27.2 ( ) Não

28) Estresse 28.1 ( ) Sim 28.2 ( ) Não

Se sim: 28.1.1 Qual?_____________________________

29) Depressão 29.1 ( ) Sim 29.2 ( ) Não

Se sim: 29.1.1 Motivo?____________________

30) Sopro carotídeo 30.1( ) Sim 30.2 ( ) Não

Se sim 30.1.1 ( ) Direito 30.1.2 ( ) Esquerdo

31. Doenças associadas e procedimentos prévios

31.1) ( ) Angina pectoris instável 31.2) ( ) Insuficiência cardíaca

31.3) ( ) CRM 31.4) ( ) Angioplastia transluminal percutânea coronária

31.5) ( ) AVC Isquêmico 31.6) ( ) AVC hemorrágico

31.7) ( ) Ataque isquêmico transitório

31.8) ( ) Doença carotídea 31.9) ( ) DAOP

Procedimento prévio 31.9.1 ( ) Sim 31.9.2 ( ) Não

Se sim: Qual? Há quanto tempo?______________________________

31.10) ( ) Doenças da tireóide 31.11) ( ) Neoplasias

31.12) ( ) Insuficiência renal (Creatinina >1,5mg/dl)

31.13) ( ) Doenças do fígado (Transaminases > 3 vezes o normal)

31.14) ( ) Osteoartrose

31.15) ( ) Doenças do trato gastrointestinal

31.16) ( ) Doença pulmonar obstrutiva crônica 31.17) ( ) Gota

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31.18) ( ) Outras doenças reumáticas

31.19) ( ) Outra (s) Qual (is)? Especificar_______________________

31.20) Estenose de tronco de coronária esquerda

31.20.1 ( ) Sim 31.20.2 ( ) Não

Exames complementares realizados no pré-operatório

32. Eletrocardiograma de repouso

32.1 ( ) Normal 32.2 ( ) Zona inativa

32.3( ) Sobrecarga de ventrículo esquerdo 32.4 ( ) Ritmo sinusal

32.5 ( ) Arritmia com fibrilação atrial crônica

32.6 Descrever outro tipo alteração:___________________

33. Radiografia de Tórax

33.1( ) Normal 33.2 ( ) Cardiomegalia

33.3 ( ) Insuficiência cardíaca esquerda

33.4 ( ) Derrame pleural 33.5 ( ) Doença pulmonar obstrutiva crônica

33.6 ( ) aterosclerose do arco aórtico 33.7 ( ) Não fez

33.7 Descrever outras alterações:_____________________________

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34. Pós-operatório imediato e precoce (zero a 48 horas)

34.1 Sangramento aumentado 34.1.1 ( ) Sim 34.1.2 ( ) Não

34.2 Re-operação por sangramento 34.2.1 ( ) Sim 34.2.2 ( ) Não

34.3 Tamponamento cardíaco 34.3.1 ( ) Sim 34.3.2 ( ) Não

34.4 Choque hipovolêmico 34.4.1 ( ) Sim 34.4.2 ( ) Não

34.5 Transfusão sanguínea 34.5.1 ( ) Sim 34.5.2 ( ) Não

34.6 Choque cardiogênico 34.6.1 ( ) Sim 34.6.2 ( ) Não

34.7 Uso de vasopressores Tempo de uso?___dias

34.8 Ventilação Mecânica prolongada Tempo__________dias

34.9 Distúrbio hidro-eletrolítico 34.9.1 ( ) Sim 34.9.2 ( ) Não

34.10 Agitação psicomotora 34.10.1 ( ) Sim 34.10.2 ( ) Não

34.11 Ataque Isquêmico Transitório 34.11.1 ( ) Sim 34.11.2 ( ) Não

34.12 AVC isquêmico 34.12.1( ) Sim 34.12.2 ( ) Não

34.13 Sepse 34.13.1 ( ) Sim 34.13.2 ( ) Não

34.14 Infecção respiratória 34.14.1 ( ) Sim 34.14.2 ( ) Não

34.15 Infecção urinária 34.15.1 ( ) Sim 34.15.2.( ) Não

34.16 Infecção FO no tórax 34.16.1 ( ) Sim 34.16.2 ( ) Não

34.17 Infecção FO em membro inferior 34.17.1 ( ) Sim 34.17.2 ( ) Não

34.18 Mediastinite 34.18.1 ( ) Sim 34.18.2 ( ) Não

34.19 Endocardite 34.19.1 ( ) Sim 34.19.2 ( ) Não

34.20 IAM peri-operatório 34.20.1 ( ) Sim 34.20.2 ( ) Não

34.21 Fibrilação/Flutter Atrial 34.21.1 ( ) Sim 34.21.2 ( ) Não

34.22 Arritmia Ventricula 34.22.1 ( ) Sim 34.22.2 ( ) Não

34.23 Bloqueio átrio-ventricular 34.23.1 ( ) Sim 34.23.2 ( ) Não

34.24 Bradicardia sintomática 34.24.1 ( ) Sim 34.24.2 ( ) Não

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34.25 HAS não controlada 34.25.1 ( ) Sim 34.25.2 ( ) Não

34.26 Pericardite 34.26.1 ( ) Sim 34.26.2 ( ) Não

34.27 Derrame Pleural 34.27.1 ( ) Sim 34.27.2 ( ) Não

34.28 Toracocentese 34.28.1 ( ) Sim 34.28.2 ( ) Não

34.29 Pneumotórax 34.29.1 ( ) Sim 34.29.2 ( ) Não

34.30 Hemorragia digestiva 34.30.1 ( ) Sim 34.30.2 ( ) Não

34.31 Insuficiência renal aguda 34.31.1 ( ) Sim 34.31.2 ( ) Não

34.32 Agudização da IRC 34.32.1 ( ) Sim 34.32.2 ( ) Não

34.33 Necessidade de diálise 34.33.1 ( ) Sim 34.33.2 ( ) Não

34.34 DM descompensado 34.34.1 ( ) Sim 34.34.2 ( ) Não

34.35 Morte 34.35.1 ( ) Sim 34.35.2 ( ) Não

34.36 Confusão mental 34.36.1 ( ) Sim 34.36.2 ( ) Não

34.37 Alteração cognitiva 34.37.1 ( ) Sim 34.37.2 ( ) Não

34. Citar outra complicação:___________________________________

35. 35. Pós-operatório tardio (+ de três dias)

35.1 Sangramento aumentado 35.1.1 ( ) Sim 35.1.2 ( ) Não

35.2 Re-operação por sangramento 35.2.1 ( ) Sim 35.2.2 ( ) Não

35.3 Tamponamento cardíaco 35.3.1 ( ) Sim 35.3.2 ( ) Não

35.4 Choque hipovolêmico 35.4.1 ( ) Sim 35.4.2 ( ) Não

35.5 Transfusão sanguínea 35.5.1 ( ) Sim 35.5.2 ( ) Não

35.6 Choque cardiogênico 35.6.1 ( ) Sim 35.6.2 ( ) Não

35.7 Uso de vasopressores Tempo de uso?___________d

35.8 Ventilação Mecânica prolongada Tempo?________________d

35.9 Distúrbio hidro-eletrolítico 35.9.1 ( ) Sim 35.9.2 ( ) Não

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35.10 Agitação psicomotora 35.10.1 ( ) Sim 35.10.2 ( ) Não

35.11 Ataque isquêmico transitório 35.11.1 ( ) Sim 35.11.2 ( ) Não

35.12 AVC isquêmico 35.12. 1( ) Sim 35.12.2 ( ) Não

35.13 Sepse 35.13.1 ( ) Sim 35.13.2 ( ) Não

35.14 Infecção respiratória 35.14.1 ( ) Sim 35.14.2 ( ) Não

35.15 Infecção urinária 35.15.1 ( ) Sim 35.15.2.( ) Não

35.16 Infecção FO no tórax 35.16.1 ( ) Sim 35.16.2 ( ) Não

35.17 Infecção FO em membro inferior 35.17.1 ( ) Sim 35.17.2 ( ) Não

34.18 Mediastinite 34.18.1 ( ) Sim 34.18.2 ( ) Não

35.19 Endocardite 35.19.1 ( ) Sim 35.19.2 ( ) Não

35.20 IAM peri-operatório 35.20.1 ( ) Sim 35.20.2 ( ) Não

35.21 Fibrilação/Flutter Atrial 35.21.1 ( ) Sim 35.21.2 ( ) Não

35.22 Arritmia Ventricular 35.22.1 ( ) Sim 35.22.2 ( ) Não

35.23 Bloqueio átrio-ventricular 35.23.1 ( ) Sim 35.23.2 ( ) Não

35.24 Bradicardia sintomática 35.24.1 ( ) Sim 35.24.2 ( ) Não

35.25 HAS não controlada 35.25.1 ( ) Sim 35.25.2 ( ) Não

35.26 Pericardite 35.26.1 ( ) Sim 35.26.2 ( ) Não

35.27 Derrame pleural 35.27.1 ( ) Sim 35.27.2 ( ) Não

35.28 Toracocentese 35.28.1 ( ) Sim 35.28.2 ( ) Não

35.29 Pneumotórax 35.29.1 ( ) Sim 35.29.2 ( ) Não

35.30 Hemorragia digestiva 35.30.1 ( ) Sim 35.30.2 ( ) Não

35.31 Insuficiência renal aguda 35.31.1 ( ) Sim 35.31.2 ( ) Não

35.32 Agudização da IRC 35.32.1 ( ) Sim 35.32.2 ( ) Não

35.33 Necessidade diálise 35.33.1 ( ) Sim 35.33.2 ( ) Não

35.34 DM descompensado 35.34.1 ( ) Sim 35.34.2 ( ) Não

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35.35 Outra complicação 35.35.1 ( ) Sim 35.35.2 ( ) Não

35.36 Morte 35.36.1 ( ) Sim 35.36.2 ( ) Não

34.36 Confusão mental 34.36.1 ( ) Sim 34.36.2 ( ) Não

34.37 Alteração cognitiva 34.37.1 ( ) Sim 34.37.2 ( ) Não

35.38 Citar outra complicação_________________________________

36. Medicamentos em uso antes da cirurgia

36.1) ( ) Beta-bloqueadores adrenérgicos

36.2) ( ) Inibidores da enzima conversora da angiotensina

36.3) ( ) Bloqueadores do receptor tipo I de angiotensina II

36.4) ( ) Antiagregantes de plaquetas

36.5) ( ) Antilipêmicos

36.6) ( ) Bloqueadores dos canais de cálcio

36.7) ( ) Nitratos

36.8) ( ) Diuréticos

36.9) ( ) Anti-hipertensivos de ação central

36.10) ( ) Digital

36.11) ( ) Hipoglicêmico oral

36.12) ( ) Insulina

36.13) ( ) Antiulcerosos

36.14) ( ) Antibióticos

36.15) ( ) Hormônios

36.16) ( ) Anti-inflamatórios

36.17) ( ) Antidepressivos

36.18) ( ) Benzodiazepínicos

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36.19) ( ) Anticoagulantes

36.20) ( ) Antiarrítmicos

36.21) outro (s) ( ) Qual (is)? Especificar_______________________

37. Medicamentos na alta

37.1) ( ) Beta-bloqueadores adrenérgicos

37.2) ( ) Inibidores da enzima conversora da angiotensina

37.3) ( ) Bloqueadores do receptor tipo I de angiotensina II

37.4) ( ) Antiagregantes de plaquetas

37.5) ( ) Antilipêmicos

37.6) ( ) Bloqueadores dos canais de cálcio

37.7) ( ) Nitratos

37.8) ( ) Diuréticos

37.9) ( ) Anti-hipertensivos de ação central

37.10) ( ) Digital

37.11) ( ) Hipoglicêmico oral

37.12) 37.12) ( ) Insulina

37.13) ( ) Antiulcerosos

37.14) ( )Antibióticos

37.15) ( ) Hormônios

37.16) ( ) Anti-inflamatórios

37.17)( ) Antidepressivos 37.18) ( ) Benzodiazepínicos

37.19 ( ) Anticoagulantes 37.20 ( ) Antiarrítmicos

37.21) outro (s) ( ) Qual (is)? Especificar_____________________

38. Data da cirurgia:________________

39. Data da ultrassonografia de doppler em cores:________________

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Grau de estenose: 39.1 ( ) 0-49% 39.2 ( ) 50-69%

39.3 ( ) 70-99% 39.4 ( ) oclusão

Outros achados:

39.5 ( ) kinking .6 ( ) acotovelamento 39.7 ( ) úlcera

39. 8 ( ) dissecção 39.9 displasia fibromuscular

39.10 ( ) normal

39.11( ) outras – ligadura/ oclusão traumática: qual? ___

40. Data da alta hospitalar ___________________

40) Teste Ergométrico

40.1 Pressão inicial_________

40.2 Pressão final__________

40.3 Frequência cardíaca máxima atingida (%)_________

40.4 Duplo produto___________

40.5 Tempo de esforço_____________

40.6 Padrão eletrocardiográfico 40.6.1 ( ) Normal 40.6.2 ( ) Alterado

pelo eletrocardiograma 40.6.3 ( ) Alterado pelo sintoma

40.7 Protocolo utilizado_____________ 40.8 ( ) Não fez

41) Ecocardiograma dopplerbidimensional cores

41.1 Fração de ejeção do ventrículo esquerdo___________%

41.2 ( ) Estenose aórtica 41.2.1 ( ) leve 41.2.2 ( ) moderada

41.2.3 ( ) severa

41.3 ( ) Insuficiência aórtica 41.3.1 ( ) leve 41.3.2 ( ) moderada

41.3.3 ( ) severa

41.4 ( ) Estenose mitral 41.4.1 ( ) leve 41.4.2 ( ) moderada

41.4.3 ( ) severa

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41.5 ( ) Insuficiência mitral 41.5.1 ( ) leve 41.5.2 ( ) moderada

41.5.3 ( ) severa

41.6 ( ) Insuficiência tricúspide 41.6.1( )leve

41.6.2 ( ) moderada 41.6.3 ( ) severa

41.7 ( ) Outra doença valvar 41.7.1( ) Sim 41.7.2 ( ) Não

Se sim para 41.7.1.1Qual?_____________________

41.8 ( ) Miocardiopatia isquêmica 41.8.1( ) Sim 41.8.2 ( ) Não

Se sim, comprometimento segmentar 41.8.1.1 ( ) leve

41.8.1.2 ( ) moderado

41.8.1.3 ( ) severo

41.9 ( ) Outra alteração 41.9.1( ) Sim 41.9.2 ( ) Não

41.9.1.1 Se sim, qual?_____

41.9.3 ( ) Não fez

42. Cintilografia de perfusão miocárdica

42.1 Fração de ejeção do ventrículo esquerdo ___________%

42.2 perfusão 42.2.1 ( )normal 42.2.2 ( ) hipoperfusão leve

42.2.3 ( ) hipoperfusão moderada 42.2.4 ( ) hipoperfusão severa

42.3 ( ) Outra alteração 42.3.1 ( ) Sim 42.3.2 ( ) Não

42.4 ( ) Não fez

43. Coronariografia

43.1 Fração de ejeção do ventrículo esquerdo__________%

43.2 ( ) Estenose 43.2.1 ( ) severa em 1 vaso

43.2.2 ( ) severa em 2 vasos

43.2.3 ( ) severa em 3 vasos

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43.3 Vaso comprometido

43.3.1( )Descendente anterior 43.3.2( )Circunflexa

43.3.3 ( ) Coronária direita 43.3.4( )Diagonal

43.3.5( ) Marginal da circunflexa

43.3.6 ( ) Descendente posterior 43.3.7( ) outra Qual?______

43.4 Doença mitral severa 43.4.1 ( ) Sim 43.4.2 ( ) Não

43.5 Doença aórtica severa 43.5.1 ( ) Sim 43.5.2 ( ) Não

43.6 Outra doença valvar 43.6.1 ( ) Sim 43.6.2 ( ) Não

Se sim: 43.6.1.1Qual? __________________________________

43.7 Doença congênita 43.7.1( ) Sim 43.7.2 ( ) Não

Se sim: 43.7.1.1Qual? ______________________________________

43.8 ( ) Não fez

44. Tipo de cirurgia

44.1 Cirurgia valvar 44.1.1 ( ) Sim 44.1.2 ( ) Não

Se sim 44.1.1.1 ( ) Plastia mitral 44.1.1.2 ( ) Plastia aórtica

44.1.1.3 ( ) Plastia mitral e aórtica 44.1.1.4 ( ) Outra plastia

44.1.1.5 ( ) Bioprótese aórtica 44.1.1.6 ( ) Bioprótese mitral

44.1.1.7 ( ) Bioprótese mitral e aórtica 44.1.1.8 ( ) Prótese metálica mitral

44.1.1.9 ( ) Prótese metálica aórtica 44.1.1.10 ( ) Prótese metálica

mitral e aórtica 44.1.1.11 ( ) Outro - Qual?

44.2 CRM 44.2.1 ( ) Sim 44.2.2 ( ) Não

Se Sim 44.2.1.1 ( ) Mamária 44.2.1.2 ( ) Radial

44.2.1.3 ( ) Safena

44.3. Vasos revascularizados

44.3.1 ( ) Descendente anterior 43.3.2 ( ) Coronária direita

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43.3.3 ( ) Diagonal

43.3.4 ( ) Marginal da circunflexa

43.3.5 ( ) Descendente posterior ( ) Outro vaso

44.4 Aneurismectomia 44.4.1 ( ) Sim 44.4.2 ( ) Não

44.5 Tempo de cirurgia:__________horas

44.6 Atriosseptoplastia 44.6.1 ( ) Sim 44.6.2 ( ) Não

44.7 Correção de comunicação interventricular 44.7.1 ( ) Sim

44.7.2 ( ) Não

44.8 Correção de anel subvalvar aórtico 44.8.1 ( )Sim

44.8.2 ( ) Não

44.9 Tratamento cirúrgico da fibrilação atrial 44.9.1 ( ) Sim

44.9.2 ( ) Não 44.9.3 ( ) Técnica________________________

44.10 Implante de células tronco 44.10.1 ( ) Sim 44.10.2 ( ) Não

44.11 Correção de dissecção aórtica 44.11.1( ) Tipo I 44.11.2 ( ) Tipo II

44.11.3 ( ) Tipo III

44.12 Cardiopatia Congênita 44.12.1 ( ) Sim 44.12.2 ( ) Não

Se sim, 44.12.3 Qual? ______________________________________

44.12.4 Técnica?___________________________________________

44.13 Outro tipo de cirurgia 44.13.1 ( ) Sim 44.13.2 ( ) Não

Se sim, 44.13.3 Qual?_______________________________________

45. Trans-operatório

45.3 Circulação extra-corpórea 45.3.1 ( ) Sim 45.3.2 ( ) Não

Se sim 45.3.1.1 ( )Tempo(minutos)___ 45.3.1.2 ( ) Fluxo_litros/minuto

45.4 Clampeamento da aorta 45.4.1 ( ) Sim 45.4.2 ( ) Não

Se sim, 45.4.1.1 Tempo (minutos) ____

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45.5 Hipotermia 45.5.1 ( ) sim 45.5.2 ( ) não

Se sim 45.5.1.1 ( ) quantos graus Celsius _______

45.6 Hemoderivados 45.6.1 ( ) Sim 45.6.2 ( ) Não

Se sim, 45.6.1.1 ( ) concentrado de glóbulos

45.6.1.2 ( ) plasma fresco 45.6.1.3 ( ) concentrado de plaquetas

45.7 Suporte hemodinâmico 45.7.1 ( ) Sim 45.7.2 ( ) Não

Se sim 45.7.1.1 ( ) Balão intra-aórtico 45.7.1.2 ( ) Biopump

45.7.1.3( ) Ventrículo esquerdo 45.7.1.4 ( ) Ventrículo direito

45.7.1.5 ( ) Biventricular 45.7.1.6 ( ) Marcapasso cardíaco artificial

45.8 Complicações no trans-operatório 45.8.1 ( ) Sim 45.8.2 ( ) Não

Se sim, 45.8.1.1 ( ) sangramento importante (necessidade de duas ou mais

unidades de concentrado de hemácias) 45.8.1.2 ( ) arritmia ventricular

45.8.1.3 ( ) Parada cardíaca pré circulação extra-corpórea

45.8.1.4 ( ) Parada cardíaca pós circulação extra-corpórea

45.8.1.5 ( ) Reação anafilática

45.8.1.6 ( ) morte 45.8.1.7 ( ) bloqueio átrio-ventricular total

45.8.1.8 ( ) outros – Quais?__________________________________

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2. Documento de Consentimento Informado Livre e Esc larecido

Nome:__________________________________________Idade:___

Nome da Pesquisa: Estenose carotídea: prevalência e risco de acident e

vascular cerebral e morte em pacientes submetidos à cirurgia de

revascularização miocárdica.

Protocolo: Unidade de Pesquisa (nº 3964/07), do INSTITUTO DE

CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL / FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE

CARDIOLOGIA - Programa de Pós-Graduação em Medicina: Área de Concentração:

Cardiologia e Ciências da Saúde:

Objetivos: avaliar o número de casos de estenose das artérias carótidas

(vasos sanguíneos que levam sangue para o cérebro) em pacientes que serão

submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (ponte de safena e/ou

mamária). Secundariamente, evidenciar as causas associadas que possam

aumentar o risco de acidente vascular cerebral (derrame cerebral) e morte, no

período pós-operatório, durante a internação hospitalar.

Fonte de financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio

Grande do Sul.

O(A) abaixo assinado(a) e identificado(a), sob a responsabilidade do médico

que assina este documento, declara ter recebido explicação clara e completa sobre

a pesquisa mencionada a que se submete de livre e espontânea vontade,

reconhecendo que:

1° - Foi explicado o objetivo e as justificativas d o estudo, bem como os

benefícios que poderão ser obtidos e que serão fornecidos os resultados do exame

realizado.

2° - Foram explicados os desconfortos e riscos espe rados. Foi explicado o

procedimento que será realizado (submeter-se ao exame de ultrassonografia de

doppler em cores do pescoço com objetivo de examinar as artérias carótidas).

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Entendi que ao participar do estudo responderei a um questionário adicional e serei

examinado(a) clinicamente.

3° - Foi dada garantia de receber resposta a qualqu er pergunta e/ou qualquer

dúvida acerca dos riscos e benefícios da pesquisa e do meu tratamento. Se tiver

novas perguntas posso contatar a médico Marcelo Pereira da Rosa (telefone

99681502).

4° - Foi dada a liberdade de retirar meu consentime nto a qualquer momento e

deixar de participar do estudo, sem que isso traga prejuízo à continuidade do meu

tratamento.

5° - Foi dada garantia de não ser identificado(a) e ser mantido o caráter

confidencial de informação em relação à minha privacidade.

6º - Foi garantido que não terei gastos adicionais em participar do estudo.

7° - Assino o presente documento, em duas vias de i gual teor, ficando uma

em minha posse. A minha assinatura neste Consentimento Informado Livre e

Esclarecido dará autorização ao patrocinador do estudo, ao Comitê de Ética do

hospital e à organização governamental de saúde a utilizarem os dados obtidos

quando se fizer necessário, incluindo a divulgação dos mesmos, sempre

preservando minha privacidade.

Porto Alegre,___de _______________de 200__.

Assinatura do(a) paciente:___________________________________

Médico responsável:________________________________________

Marcelo Pereira da Rosa - CREMERS 19430

Declaro que este formulário foi lido para o(a) paciente

_________________________, em ___/___/___ pelo médico Marcelo Pereira da

Rosa, enquanto eu estava presente.

Nome da testemunha:_______________________________________

Assinatura da testemunha:__________________________________

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