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Dissertação de Mestrado Mestrado Integrado em Medicina AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM DIVERSAS MODALIDADES Carla Sofia Moreira Ribeiro ORIENTADOR: Carlos Manuel Vieira Magalhães Porto 2012

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Page 1: Dissertação de Mestrado Mestrado Integrado em Medicina · Palavras chave: Saúde; Qualidade de sono; Atividade física; Hábitos . Abstract The search for the highest athletic level

Dissertação de Mestrado

Mestrado Integrado em Medicina

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM DIVERSAS MODALIDADES

Carla Sofia Moreira Ribeiro ORIENTADOR:

Carlos Manuel Vieira Magalhães

Porto

2012

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM DIVERSAS MODALIDADES

AUTORA:

Nome Completo: Carla Sofia Moreira Ribeiro

Número de aluna: 041001155

Endereço: [email protected]

ORIENTADOR:

Nome Completo: Carlos Manuel Vieira Magalhães

Grau académico: Licenciatura em Medicina

Título profissional: Assistente Hospitalar de Cirurgia Geral

Especialista em Medicina Desportiva

Porto

2012

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Índice

1. Agradecimentos ………………………………………………………………. I

2. Resumo ………………………………………………………………………... II

3. Abstract ……………………………………………………………………….. III

4. Introdução……………………………………………………………………... 1

5. Metodologia

5.1 - Amostra…..……………………………………………………………

5.2 - Procedimento…………………………………………………………..

5.3 - Análise Estatística……………………………………………………...

3

3

4

6. Resultados……………………………………………………………………… 6

7. Discussão………………………………………………………………………. 13

8. Referências Bibliográficas……………………………………………………. 18

9. Anexos

9.1 - Consentimento Informado……………………………………………..

9.2 - Questionário Sociodemográfico……………………………………….

9.3 - Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh……………………………

9.4 - Escala de Ansiedade, Depressão e Stress – 21 itens…………………...

9.5 - Tabelas…………………………………………………………………

9.6 - Declarações das Instituições…………………………………………...

22

24

28

32

34

42

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Agradecimentos

Neste espaço pretendo referir todos aqueles que me apoiaram e colaboraram na

realização deste estudo. A todos eles gostaria de transmitir o meu reconhecimento e

gratidão.

Ao Doutor Carlos Magalhães, orientador deste estudo, que teve a paciência e a

maçada de me acompanhar ao longo do mesmo, o meu mais comovido e sincero

agradecimento pela ocasião que me proporcionou.

Aos meus pais, pelo amor, apoio, compreensão e carinho que me presentearam

durante toda a minha vida pessoal e académica.

Ao meu irmão, pela ajuda, apoio e incentivo dado nos momentos em que mais

precisei.

Ao meu amigo João Santos, pelo companheirismo, paciência e apoio revelados,

fundamentais na realização deste estudo.

Aos atletas do Futebol Clube do Porto e da Federação Portuguesa de Voleibol

pertencentes à amostra, queria deixar um agradecimento muito especial.

A todos que de alguma forma contribuíram para que este trabalho fosse uma

realidade.

À instituição, Instituto Ciências Biomédicas de Abela Salazar – Universidade do

Porto.

…a todos o meu eterno obrigado!

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Resumo

A busca pelo mais alto nível atlético afeta diretamente a condição de saúde física

e psicológica de inúmeros atletas, interferindo muitas vezes na sua qualidade de sono.

Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de sono nos

atletas, das modalidades futebol, basquetebol, andebol e voleibol, do género masculino,

com idades entre os 14-15 anos e após os 18 anos, totalizando uma amostra de 230

atletas. Para levar a cabo este estudo, aplicou-se o Questionário Sociodemográfico, o

Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh e a Escala de Ansiedade, Depressão e

Stress. Através dos resultados recolhidos, pode-se constatar e concluir que a maior parte

dos atletas apresentaram uma boa qualidade de sono (59,6%), sendo que entre estes, a

modalidade futebol (43,8%) apresentou uma melhor qualidade do mesmo.

Relativamente ao estudo das variáveis que se relacionam com a qualidade de sono,

pode-se constatar que a má qualidade de sono tem diferenças significativas com a

modalidade (p=0,001), estágio antes da competição (p=0,047), atividade de lazer

noturna (p=0,001), consumo de bebidas alcoólicas (p=0,002), tabagismo (p=0,007),

ingestão medicamentosa (p=0,000) e alterações visuais (p=0,002); também se

correlaciona positivamente com a Depressão (r=1; p=0,005) e Stress (r=0,154;

p=0,020). Portanto, a qualidade de sono pode ser influenciada por diversos fatores, tais

como: ingestão medicamentosa, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, atividade de

lazer noturna, entre outros. Quando aumentam os níveis de depressão, ansiedade e

stress, a má qualidade do sono também aumenta. Perante estes resultados, pode-se

concluir que a má qualidade de sono pode ter implicações físicas e emocionais sobre o

atleta. No que diz respeito à promoção da qualidade de sono, o presente estudo

constatou que se devem dinamizar e difundir programas de sensibilização e ações de

formação da importância do sono promovendo hábitos adequados da higiene do mesmo

e prevenindo os hábitos inadequados.

Palavras chave: Saúde; Qualidade de sono; Atividade física; Hábitos

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Abstract

The search for the highest athletic level affects directly the condition of physical

and psychological health of many athletes, interfering many times with their sleep

quality. In this sense, the present study was aimed to analyze and evaluate the quality of

sleep in football, basketball, handball and volleyball male athletes, aged 14-15 years old

and after 18 years old, in a total sample of 230 athletes. To carry out this study, a socio-

demographic questionnaire, the Index of Pittsburgh Sleep Quality and Depression Scale

Anxiety and Stress, was applied. Through the results obtained, it can be seen and

concluded that most athletes had good sleep quality (59,6%), and among them the

football athletes (43,8%) were the ones that slept better. Regarding the study of

variables that relate to the quality of sleep, it can be seen that poor sleep quality is

directly influenced by the modality, stage before the competition (p=0,047), nights out

(p=0,001), alcohol consumption (p=0,002), smoking (p=0,007), drug intake (p=0,000)

and visual changes (p=0,002). It also correlates positively with depression (r=1;

p=0,005) and stress (r=0,154; p=0,020). Therefore, the quality of sleep can be

influenced by several factors, such as drug intake, alcohol consumption, smoking,

nights out, among others. The higher the levels of depression, anxiety and stress the

poorer the quality of sleep. Given these results, it can be concluded that poor sleep

quality has significant physical and emotional implications on the athlete. As far as the

promotion of quality of sleep is concerned, this study has shown that awareness

programs and training initiatives promoting the importance of sleep hygiene habits

should be stimulated and widespread, preventing inappropriate habits.

Key-words: Health; Sleep quality; physical activity; Habits

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Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina – Ava liação da Qualidade de Sono em Praticantes de Atividade Física em Diversas Modalidades

2012

1 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Introdução

A qualidade do sono é um importante indicador de saúde. A abordagem do

mesmo, atualmente, tem adquirido um notável interesse por parte dos profissionais de

saúde, já que está diretamente relacionado com o estado de saúde e consequentemente

com a qualidade de vida.

O sono é um estado que oferece ao indivíduo uma sensação de bem estar,

descanso físico e mental, possibilitando-lhe executar em boas condições físicas e

mentais as tarefas do dia seguinte1. É caraterizado por uma estrutura fisiológica própria,

que executa um papel primordial sobre a recuperação de energia do organismo e sua

restauração, promovendo o desenvolvimento físico e mental.

Apesar de todo ser humano ter a necessidade de dormir algumas horas a cada 24

horas, não é a quantidade mas sim a qualidade do sono obtido nestas horas, associada à

necessidade individual, que determinam a normalidade desta função2.

A qualidade de vida pode ser definida como: o estado total de bem-estar, avaliado

através das experiências individuais de forma subjetiva e objetiva, do funcionamento

psicofisiológico, da saúde, e da satisfação relacionados com as dimensões de

importância das suas respetivas vidas3.

Existe uma relação direta entre atividade física, e estilo de vida saudável, o que

vem reforçar a importância da atividade física na busca por uma maior qualidade de

vida4.

Uma perceção da má de qualidade de sono está associada a baixa capacidade

física e inúmeros sintomas psicossomáticos. Dificuldades para dormir, e uma má

qualidade de sono, podem também ser sinais de fatores de stress, e um estilo de vida

inadequado5.

Apesar de não haver dados científicos que mensurem qual é exatamente a

influência da atividade física na qualidade do sono dos atletas, há consenso de que,

dependendo de como for feita, ela traz noites mais bem dormidas. Prova disso é que a

melhoria da qualidade do sono está colocada na lista dos benefícios trazidos pela

atividade física, sendo o exercício reconhecido como uma “intervenção não-

farmacológica para a melhora do padrão do sono”6.

O principal benefício do sono para a prática desportiva é a recuperação muscular

que ocorre quando dormimos. Durante o sono, o nosso corpo promove os ganhos de

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2012

2 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

condicionamento que nos deixam mais fortes; se esse descanso for insuficiente,

podemos ter queda de performance ou entrar em síndrome de overtraining.

Existe consenso que na área da Medicina Desportiva os processos de reabilitação

e recuperação do atleta, em que necessariamente se inclui o padrão e a qualidade de

sono, têm um papel fundamental e tão ou mais importante como todos os restantes

processos associados a uma prática desportiva saudável.

Considerando a literatura revista, que nos mostra a relevância de uma qualidade

de sono para a saúde física e mental, esta investigação será então dedicada a um estudo

mais aprofundado desta temática, tendo como objetivo principal avaliar a qualidade do

sono nos atletas, seguido da análise de objetivos específicos que consistem em verificar

que variáveis sociodemográficas (género, idade, etc.), aspetos externos (ingestão

alcoólica, atividade lazer noturna, ingestão medicamentosa, ingestão de cafeína e

derivados, etc.), físicas (cefaleias, doenças respiratórias ou alérgicas), emocionais e

afetivas (ansiedade, depressão e stress) se relacionam com a qualidade de sono em

Atletas de Alta Competição de 14-15 anos e mais de 18 anos de diversas modalidades

(Basquetebol, Futebol, Voleibol e Andebol).

Em resumo, através das conclusões das diversas investigações constata-se a

importância de um sono adequado durante todo o ciclo vital, para que os atletas se

possam desenvolver a nível biológico, psicológico e social de forma saudável.

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2012

3 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Metodologia

Amostra

A amostra é composta por um número (N) de 230 atletas do Futebol Clube do

Porto das modalidades Futebol, Basquetebol e Andebol, e da Federação Portuguesa de

Voleibol. Desse total, 88 praticam Futebol, 46 Basquetebol, 48 Andebol e 48 Voleibol,

apenas do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14-15 anos e maiores de

18 anos, que aceitaram a participação neste estudo, com preenchimento dos

questionários via internet.

No que diz respeito aos critérios de inclusão, na amostra constam apenas atletas

de nacionalidade Portuguesa, do Futebol Clube do Porto e da Federação Portuguesa de

Voleibol, nas modalidades de Basquetebol, Futebol, Voleibol e Andebol, com idades

compreendidas entre os 14-15 anos e maiores de 18 anos.

Definiram-se como critérios de exclusão o género feminino e recusa por parte do

atleta em participar no estudo.

Procedimento

Com o intuito de concretizar os objetivos deste trabalho, decidiu-se levar a cabo

um estudo não exploratório, de natureza correlacional, usando o método diferencial.

Para o efeito, utilizaram-se três instrumentos para medir os parâmetros selecionados: 1)

aplicação de um Questionário Sociodemográfico; 2) o Índice de Qualidade de Sono de

Pittsburh (IQSP); e, por fim, 3) foi utilizada a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress

(EADS-21).

O consentimento informado assegura a confidencialidade e anonimato dos

participantes (Anexo1).

As variáveis que constituem o Questionário Sociodemográfico são: de

caraterização sociodemográfica (idade, género, habilitações escolares, situação

profissional), prática de exercício físico, modalidade (tempo de prática desportiva,

frequência semanal de treinos e número de horas de treino), estágio antes da

competição, atividade lazer noturna, ingestão de bebidas alcoólicas e café ou derivados,

doenças respiratórias ou alérgicas, cefaleias, alterações visuais e ingestão

medicamentosa (Anexo 2).

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2012

4 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

O IQSP é considerado o mais aplicável para avaliar a qualidade do sono. Trata-se

de um questionário breve, acessível e que identifica as pessoas que dormem bem e mal7.

Este questionário avalia os componentes caraterísticos da qualidade de sono, tais

como: a eficiência habitual do sono, a duração do sono, a latência do sono, perturbações

do sono, uso de medicação para dormir, disfunção diurna, e aspetos qualitativos, como a

qualidade do sono, isto é, a profundidade do sono e a capacidade de reparação do

mesmo8. Relativamente à cotação, esta varia de 0 a 21 pontos, sendo que na

interpretação de pontuações maiores do que cinco se designa uma má qualidade de

sono8 (Anexo 3).

A EADS-21 tem como objetivo avaliar a depressão, ansiedade e stress, com

intuito de perceber se estas mesmas variáveis têm influência na qualidade do sono no

atleta. Esta escala inclui duas versões, uma longa, de 42 itens, e uma mais reduzida, de

21 itens, a qual será utilizada neste estudo. Os sujeitos avaliam a extensão em que

experimentaram cada sintoma durante a última semana, numa escala de 4 pontos de

gravidade ou frequência9.

Os resultados de cada escala são determinados pela soma dos resultados dos sete

itens. A escala fornece três notas, uma por subescala, em que o mínimo é “0” e o

máximo “21”. Cada frase apresenta quatro respostas à escolha, sendo cotada de 0 a 3

pontos. O valor de cut-off utilizados para as subescalas foi de 11 (Anexo 4).

Análise Estatística

As variáveis avaliadas nos questionários em questão foram: rotina diária, horário

para dormir e para se levantar; consumo de bebidas alcoólicas; ingestão de café ou

derivados; ingestão de medicamentos; tabagismo; cefaleias; alterações visuais; nível e

tipo de exercício físico; satisfação pessoal e subjetiva de sono; ansiedade, depressão e

stress.

Posteriormente, para análise estatística dos dados, foi utilizado o tratamento

estatístico descritivo, utilizando-se as médias e os desvios padrões para a caraterização

da amostra; análise estatística ANOVA e Coeficiente de Correlação r de Pearson. Toda

esta análise estatística foi realizada utilizando o Programa SPSS 20.0 for Windows

(Statistical Program for Social Sciences).

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Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina – Ava liação da Qualidade de Sono em Praticantes de Atividade Física em Diversas Modalidades

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5 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Para a realização deste estudo, os atletas foram informados mediante termo livre

de consentimento e esclarecimento sobre as intenções do estudo e dos seus objetivos,

além da liberdade que permitia excluírem-se da mesma a qualquer momento, sendo,

ainda, os resultados obtidos mantidos em anonimato.

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Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina – Ava liação da Qualidade de Sono em Praticantes de Atividade Física em Diversas Modalidades

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6 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Resultados

A amostra do estudo é composta por 230 atletas, todos do género masculino. No

que diz respeito à idade, a amostra apresenta uma média de 21,58 anos (DP = 5,613),

registando-se o facto da maioria dos inquiridos se situar entre os 18 e os 24 anos (50%).

No presente estudo, as habilitações académicas revelam que 17 dos atletas

encontravam-se no Ensino Básico/9º ano (7,4%), 133 frequentavam ou frequentaram o

Ensino Secundário (57,8%) e os restantes 80, o Ensino Superior (34,8%). Desta amostra

de atletas, 140 eram estudantes (60,9%) e 90 encontravam-se empregados (39,1%), não

havendo desempregados.

Na distribuição por modalidades, observamos o seguinte registo: 88 atletas

(38,3%) incluíam-se na modalidade de Futebol, 46 no Basquetebol (20%), 48 no

Andebol (20,9%) e, por último, 48 no Voleibol (20,9%). Relativamente ao tempo de

prática desportiva, frequência semanal de treinos e tempo de treinos, todos afirmaram

praticar desporto há mais de 3 meses, mais de 3 vezes por semana e mais de uma hora

de treino.

Relativamente ao número de horas dormidas por noite, a amostra mostra uma

média de 7horas e 38minutos dormidos por noite (DP=1:07), verifica-se que 94 dos

atletas com boa qualidade de sono (68,6%) dormem mais que 8 horas por noite,

enquanto 41 dos atletas (44,1%) com má qualidade de sono dormem entre 7 a 8 horas.

Dos atletas que dormem mais de 8 horas, 51 jogam Futebol (58%) e dos atletas que

dormem 7 a 8 horas, 20 jogam Voleibol (41,7%).

No que toca a estágio antes da competição, 125 atletas afirmam fazer estágio

(54,3%), sendo que a modalidade com mais atletas é o Futebol (50,4%) e com menos

atletas o Basquetebol (8,8%). Destes 125 atletas que afirmam fazer estágio, 86 atletas

referem que aumenta a qualidade do sono (37,4%), 20 dizem não alterar (8,7%) e 19

referem diminuir (8,3%).

Dos 230 atletas inquiridos, 80 afirmam que uma lesão prévia tenha afetado a sua

qualidade do sono (34,8%), enquanto os restantes 150 dizem não ter afetado (65,2%).

Dos que referem ter afetado a qualidade de sono, 23 atletas jogam Futebol (28,8%), 22

Basquetebol (27,5%), 14 Andebol (17,5%) e 21 no Voleibol (26,2%).

Quanto à atividade de lazer noturna, 98 atletas afirmam efetuar essa atividade

(42,6%) e 132 dizem não realizar esse tipo de atividade (57,4%), sendo que dos que

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7 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

afirmam essa atividade, a maioria joga Futebol (32,7%). Dos 230 atletas, 89 consomem

bebidas alcoólicas (38,7%) e 141 (61,3%) referem não consumir esse tipo de bebidas.

Dos que responderam afirmativamente, a modalidade com mais atletas é o Andebol,

com 26 atletas (29,2%).

No que concerne ao consumo de café ou derivados, 147 atletas afirmam o

consumo do mesmo (63,9%) e 83 não consomem (36,1%). Dos 147 atletas que afirmam

o consumo de café ou derivados, a modalidade com mais consumidores é o Futebol com

57 atletas (38,8%)

Relativamente ao consumo de tabaco, 193 atletas negam esse consumo (83,9%),

enquanto 37 afirmam o consumo do mesmo (16,1%). Sendo que os fumadores

prevalecem na modalidade Andebol com 14 atletas (37,8%).

Em relação às cefaleias, 196 atletas negam ter dores de cabeça (85,2%) e 34

afirmam a presença das mesmas (14,8%). Os que respondem afirmativamente a este

fator, a maioria encontra-se na modalidade Andebol com 11 atletas (32,4%).

Relativamente às alterações visuais, são poucos os atletas que afirmam estas

alterações (24 atletas - 10,4%), enquanto a maioria dos atletas não têm qualquer tipo de

alterações visuais (206 atletas - 89,6%). Com este tipo de alterações verifica-se que se

distribui homogeneamente pelas diversas modalidades (entre 5 a 7 atletas por

modalidade).

Quanto à ingestão medicamentosa, 191 atletas negam o consumo de

medicamentos para dormir (83%), enquanto 39 atletas afirmam esse consumo (17%),

dos quais 12 atletas jogam Futebol (30,8%), sendo a modalidade com mais ingestão.

No que concerne à existência de doenças respiratórias ou alérgicas entre a amostra

verifica-se que a grande maioria (193 atletas – 83,9%) não tem este tipo de doenças. No

entanto, 35 atletas (16,1%) revelam ter vários tipos de doenças respiratórias ou

alérgicas. Este tipo de doenças é mais frequente na modalidade Futebol com 14 atletas

(37,8%). As doenças mais frequentes são as alergias (13 atletas - 5,7%), rinite alérgica

(8 atletas - 3,5%); sinusite (8 atletas - 3,5%); e asma (8 atletas 3,5%).

Em relação ao Índice de Qualidade de Sono, pode-se constatar que mais de

metade da amostra apresenta boa qualidade de sono (137 atletas – 59,6% da amostra

total), enquanto 93 atletas (40,4%) revelam má qualidade de sono. Dos 137 inquiridos

que afirmam ter boa qualidade de sono, prevalecem em maior número na modalidade

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8 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Futebol com 60 atletas (43,8%). Enquanto, dos 93 atletas que afirmam ter má qualidade

do sono, as modalidades em que prevalecem, são 23 atletas no Andebol e Voleibol

(47,9%).

Por fim, no que toca a estados afetivos e emocionais, verificou-se que a maioria

dos atletas não se encontram deprimidos (210 atletas – 91,3%). Dos 20 atletas

deprimidos (8,7%), a maioria joga Voleibol (8 atletas – 40%). Ainda com menos

frequência, se encontram ansiosos e stressados, havendo apenas 1 ansioso (0,4%), o

qual pertence à modalidade de Basquetebol; e existem apenas 9 atletas stressados

(3,9%), prevalecendo na modalidade Voleibol com 4 atletas (44,4%). (Anexo-Tabela I,

II e III)

Para se proceder ao passo seguinte da análise estatística, recorreu-se a uma análise

de variância, onde se selecionaram valores mínimos, máximos, a média e a prova

estatística ANOVA, que permite verificar se existem diferenças estatisticamente

significativas (p ≤ 0,05) nas médias entre as variáveis em estudo, como também se

utilizou a prova estatística paramétrica Coeficiente de Correlação r de Pearson, para

assim determinar matrizes de correlações entre variáveis, com o intuito de conhecer se

existem variáveis que se relacionam com o índice de qualidade de sono, bem como o

tipo de relação existente.

Pontuação Total do IQSP em função da Modalidade

Após a análise estatística ANOVA, constatam-se os seguintes resultados: a média

da pontuação total do ISQP no Andebol é a mais alta (4,90), seguida do Basquetebol

(4,70), do Voleibol (4,29), e por último, do Futebol (3,57). Estas médias que indicam

diferenças entre as modalidades são significativas (p=0,01). (Anexo-Tabela IV)

Pontuação Total do IQSP em função da Idade

Relativamente à variável idade, verifica-se que após os 18 anos de idade, as

médias da pontuação total do IQSP começam a aumentar obtendo-se uma má qualidade

de sono para as idades seguintes. Pode-se também verificar que existe um ligeiro

aumento da má qualidade de sono entre os atletas com 24-25 anos. Pela análise

estatística ANOVA, apesar de se constatarem diferenças entre as médias de pontuação

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9 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

total do IQSP entre as diferentes idades, estas não são significativas (p=0,191). (Anexo-

Tabela V)

Pontuação Total do IQSP em função do Estágio Antes da Competição

Quanto ao estágio antes da competição, o grupo que faz estágio tem uma média de

pontuação total do IQSP de 3,97, já o grupo que não faz estágio tem uma média de 4,52.

Utilizando a prova estatística ANOVA, verifica-se diferença significativa entre o grupo

que não faz estágio, tendo uma média de pontuação total do IQSP de pior qualidade de

sono, em relação ao grupo que faz estágio (p=0,047). (Anexo-Tabela VI)

Pontuação Total do IQSP em função de Lesão Prévia

No que concerne a lesão prévia, pela mesma análise estatística, os resultados

obtidos mostram médias muito semelhantes entre a pontuação total do IQSP e os grupos

da variável lesão prévia, portanto, não existem diferenças significativas (p=0,831),

sendo que os que referem que afetou a qualidade de sono têm uma média de pontuação

total do IQSP de 4,26, e os que afirmam não ter afetado, têm uma média de 4,20.

(Anexo-Tabela VII)

Pontuação Total do IQSP em função da Atividade de Lazer Noturna

Quanto à atividade de lazer noturna, a análise estatística ANOVA mostra que o

grupo que efetua atividade de lazer noturna tem uma média de 4,74 da pontuação total

do IQSP, enquanto o grupo que não efetua esta atividade tem uma média de 3,83. Existe

diferença significativa entre o grupo que efetua atividade de lazer noturna, tendo uma

média de pontuação total do IQSP de pior qualidade de sono, em relação ao grupo que

não efetua este tipo de atividade (p=0,001). (Anexo-Tabela VIII)

Pontuação Total do IQSP em função do Consumo de Bebidas Alcoólicas

Relativamente ao consumo de bebidas alcoólicas, verifica-se que o grupo

consumidor de bebidas alcoólicas tem uma média de 4,75, enquanto o grupo que não

consome essas bebidas tem uma média de 3,89. Através da mesma estatística, verifica-

se que existe diferença significativa entre o grupo que consome bebidas alcoólicas,

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10 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

tendo uma média de pontuação total do IQSP de pior qualidade de sono, em relação ao

grupo que não consome (p=0,002). (Anexo-Tabela IX)

Pontuação Total do IQSP em função do Consumo de Café ou Derivados

Através da análise estatística ANOVA, verifica-se que o grupo não consumidor de

café ou derivados tem uma média de pontuação total do IQSP de 3,99, já o grupo que

consome tem uma média de 4,35. Apesar do grupo que consome café ou derivados ter

uma média de pontuação total do IQSP de pior qualidade de sono em relação ao grupo

que não consome, esta diferença entre as médias não é significativa (p=0,208). (Anexo-

Tabela X)

Pontuação Total do IQSP em função do Tabagismo

Em relação ao tabagismo, o grupo de atletas fumadores tem uma média de 5,08, já

o grupo de não fumadores tem uma média de 4,06. Com a mesma prova estatística

verifica-se que existe diferença significativa entre o grupo de fumadores, tendo uma

média de pontuação total do IQSP de pior qualidade de sono, em relação ao grupo de

não fumadores (p=0,007). (Anexo-Tabela XI)

Pontuação Total do IQSP em função das Cefaleias

Quanto às cefaleias, dado que as médias da pontuação total do IQSP entre os dois

grupos da variável cefaleias são semelhantes, sendo que o grupo que afirma ter a sua

qualidade de sono prejudicada devido a cefaleias tem uma média de pontuação total do

IQSP de 4,62 e os que afirmam não ter cefaleias têm uma média 4,15, através da análise

estatística ANOVA verifica-se que não existe diferenças significativas entre as médias

(p=0,238). (Anexo-Tabela XII)

Pontuação Total do IQSP em função da Ingestão Medicamentosa

No que concerne à ingestão medicamentosa, através da mesma análise estatística

verifica-se que o grupo de atletas que ingerem medicamentos tem uma média de 5,31,

enquanto o grupo que não ingere medicamentos tem uma média de 4,00. Existe

diferença significativa entre o grupo que ingere medicamentos, tendo uma média de

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pontuação total do IQSP de pior qualidade de sono, em relação ao grupo que não ingere

(p=0,000). (Anexo-Tabela XIII)

Pontuação Total do IQSP em função das Doenças Respiratórias ou Alérgicas

Relativamente às doenças respiratórias ou alérgicas, pela mesma análise

estatística, os resultados obtidos mostram que o grupo que não tem estas doenças tem

uma média de pontuação total do IQSP de 4,21 e o grupo que tem este tipo de doenças

tem uma média de 4,30. Dado que as médias são semelhantes, esta diferença entre as

médias não é significativa (p=0,813). (Anexo-Tabela XIV)

Foi também realizado o cálculo do coeficiente de correlação r de Pearson, que nos

mostra, uma correlação entre a variável doenças respiratórias ou alérgicas e a variável

pontuação total IQSP, positiva e não significativa (r=1; p=0,727). Sendo esta relação

positiva, revela-nos que quando as doenças respiratórias ou alérgicas aumentam, a

pontuação total de IQSP também aumenta, indicando-nos que a qualidade de sono

diminui. (Anexo-Tabela XV)

Pontuação Total do IQSP em função das Alterações Visuais

Quanto às alterações visuais, através da análise estatística ANOVA, verifica-se que

o grupo de atletas com alterações visuais tem uma média de 5,50, enquanto o grupo que

não tem alterações tem uma média de 4,07. Existe diferença significativa entre o grupo

com alterações visuais, tendo uma média de pontuação total do IQSP de pior qualidade

de sono, em relação ao grupo em que essas alterações não estão presentes (p=0,002).

(Anexo-Tabela XVI)

Pontuação Total do IQSP em função da Depressão

Relativamente à depressão, utilizando o cálculo do coeficiente de correlação r de

Pearson, verifica-se que a correlação entre a pontuação total do IQSP e a depressão é

positiva e significativa (r=1; p=0,005). Desta forma, pode-se observar que quando a

pontuação total da escala de depressão aumenta, a pontuação total do IQSP também

aumenta, correspondendo a uma má qualidade de sono. (Anexo-Tabela XVII)

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Pontuação Total do IQSP em função da Ansiedade

No que diz respeito à ansiedade, não se pode tirar conclusões, uma vez que o

grupo de ansiosos é constituído apenas por um atleta, sendo necessários mais

questionários para ser possível verificar se existe relação entre a pontuação total do

IQSP e a ansiedade. (Anexo-Tabela XVIII)

Pontuação Total do IQSP em função do Stress

No que toca ao stress, através do cálculo do coeficiente de correlação r de

Pearson, verifica-se que a correlação entre a pontuação total do IQSP e o stress é baixa,

positiva e significativa (r=0,154; p=0,02). Então, pode-se constatar que à medida que a

pontuação total na escala de stress aumenta, a pontuação total do IQSP também

aumenta, diminuindo a qualidade de sono. (Anexo-Tabela XIX)

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13 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Discussão

Na presente discussão considera-se relevante referenciar alguns aspetos

metodológicos empregados neste estudo que dizem respeito à validade e credibilidade

da investigação realizada.

Perante o objetivo geral deste estudo, que procurava verificar a qualidade de sono

nos atletas, verifica-se, segundo a análise descritiva, que a amostra em geral obteve em

média (4,22) uma pontuação de IQSP inferior a 5 pontos, o que revela uma boa

qualidade de sono. Na descrição geral, observa-se 59,6% de atletas com boa qualidade

de sono, enquanto 40,4% dos atletas revelam uma má qualidade de sono.

Estes achados vão ao encontro do que diversos autores concluíram nos seus

estudos, ou seja, que o exercício físico praticado regularmente promove benefícios,

entre os quais a melhoria da qualidade de sono e eficiência do mesmo10,11. Contudo,

esperava-se haver menos atletas com má qualidade do sono.

Verifica-se que os atletas entre os 14-15 anos e maiores de 18 anos têm diferentes

índices de qualidade do sono, sendo que a partir dos 18 anos de idade revelam-se

pontuações totais do IQSP superiores a 5 pontos (má qualidade de sono). Estes

resultados, apesar de não significativos (p=0,191), podem confirmar parcialmente que a

percentagem de atletas que dormem mal se incrementa à medida que aumenta a faixa

etária.

Alguns autores concluíram que conforme a idade do jovem atleta adolescente

aumenta, cresce também a sua autonomia, a sua necessidade de espaço próprio e

privacidade, que normalmente se centra no seu quarto e, atualmente os Pais encaram

essa necessidade de privacidade colocando todos os artigos tecnológicos (computadores

com acesso à internet, televisão, etc.) ao dispor do seu filho no próprio quarto, o que

propicia padrões e hábitos de sono inadequados e má qualidade de sono12.

Verifica-se que existe diferenças significativas (p=0,047) relativamente aos atletas

que fazem estágio antes da competição, os quais têm melhor qualidade de sono, em

relação aos que não fazem estágio.

Relativamente a lesão prévia ter afetado a qualidade de sono, não se obteve

diferenças significativas (p=0,831) entre as médias, dado que resultaram médias

semelhantes de pontuação total do IQSP entre os dois grupos da variável.

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Verifica-se que existem diferenças significativas (p=0,001) entre os atletas que

efetuam atividade de lazer noturna e os que não efetuam essa mesma atividade.

Relativamente ao consumo de bebidas alcoólicas, existe diferenças significativas

(p=0,002) entre os atletas que consomem esse tipo de bebidas e os atletas que não

consomem.

No que toca ao tabagismo, existe, também, diferenças significativas (p=0,007)

entre os atletas fumadores e os não fumadores.

Relativamente à ingestão medicamentosa, verifica-se diferenças significativas

(p=0,000) entre os atletas que ingerem medicamentos e os que não ingerem.

Segundo alguns autores, a idade, tabaco, consumo de bebidas, ingestão

medicamentosa e atividade de lazer noturna são fatores relevantes para a alteração dos

hábitos de sono e, consequentemente, para a sua qualidade na vida de um indivíduo. Os

dados aqui obtidos mostraram-se relevantes para as discussões e interferência direta nos

demais resultados13-15.

Não encontramos diferenças significativas (p=0,208) em relação à pontuação total

do IQSP e o consumo de café ou derivados. Estes achados vão contra ao que diversos

autores concluíram nos seus estudos, ou seja, que as perturbações do sono podem estar

associadas com a ingestão de café ou derivados16.

Também não foram encontradas diferenças significativas (p=0,238) em relação à

pontuação total do IQSP e as cefaleias. Apesar de não haver diferenças significativas,

vários relatos da literatura sugerem uma correlação entre as perturbações do sono e a

cefaleia, em consequência de um substrato fisiopatológico comum. Sabe-se que o sono

se relaciona com a ocorrência de algumas síndromes de cefaleia, enquanto a cefaleia

pode provocar vários graus de interferência no sono. As cefaleias podem ocorrer

durante ou após o sono e, ao mesmo tempo, o excesso, a privação, má qualidade ou

duração inadequada do sono podem provocar cefaleia17,18.

Relativamente às doenças respiratórias ou alérgicas, os resultados obtidos

mostram que os atletas com este tipo de doenças têm pior qualidade de sono, no entanto

não se poderá assumir esta constatação, pois ambos os grupos têm médias muito

semelhantes e, portanto, a diferença entre as médias não é significativa (p=0,813), o que

pode dever-se ao facto de a maioria da amostra não ter esse tipo de doenças (83,9%).

Através do coeficiente de correlação r de Pearson, verifica-se que a correlação apesar

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15 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

de não significativa, é positiva, o que nos permite constatar que quando as doenças

respiratórias ou alérgicas aumentam a pontuação total do IQSP também aumenta,

diminuindo a qualidade de sono, e vice-versa.

Alguns autores afirmam que uma má qualidade de sono pode propiciar a

diminuição do sistema imunitário, e consequentemente as doenças aumentam10.

Através da correlação r de Pearson, constata-se que existe uma correlação

positiva e significativa (p=0,005) entre as variáveis pontuação total de IQSP e

pontuação total da escala de depressão. Sendo assim, estes resultados permite-nos

concluir que quando os atletas têm uma pontuação total de depressão elevada, a

pontuação total do IQSP (má qualidade de sono) também aumenta. Estes resultados, vão

ao encontro do estudo, o qual afirma que 80% dos pacientes com depressão se

queixavam de mudanças nos padrões do sono19.

Relativamente à variável ansiedade, não foi possível verificar se os atletas com

pior qualidade de sono tinham uma pontuação mais elevada na escala de ansiedade, uma

vez que o grupo de atletas ansiosos era constituído apenas por 1 atleta.

Por último, através da correlação r de Pearson, constata-se que existe uma

correlação positiva e significativa (p=0,020) entre as variáveis pontuação total de IQSP

e a pontuação total da escala de stress. Isto permite-nos concluir que quando os atletas

têm uma pontuação total da escala de stress, a pontuação total do IQSP aumenta (má

qualidade de sono).

Há estudos que concluem que um dos principais efeitos do stress no organismo é a

redução da quantidade e qualidade de sono20 e por outro lado, quando não se dorme

adequadamente há um aumento da produção do cortisol, concluindo que uma má

qualidade de sono pode aumentar o nível de stress21.

De acordo com a literatura revista e o estudo implementado, a má qualidade do

sono nos atletas pode ter consequências ao nível da saúde física (a má qualidade do

sono pode enfraquecer o sistema imunitário, podendo surgir ou aumentar a ocorrência

de doenças respiratórias ou alérgicas) e mental (a má qualidade do sono pode contribuir

para o aumento da depressão, ansiedade e stress nos atletas).

Há também evidências de que a má qualidade de sono está associada com

problemas em relacionamentos sociais e perturbações do sono. O tabagismo, a ingestão

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16 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

de bebidas alcoólicas, o uso de medicamentos, a atividade lazer noturna, também, vem

sendo associadas a um sono de má qualidade.

Contudo, a generalização dos resultados obtidos na presente investigação pode

estar condicionada, uma vez que a amostra não é representativa da população em geral.

Há determinadas categorias sociodemográficas que interferem com os referidos

resultados, pois carecem de equivalência entre os grupos, impedindo a generalização.

Exemplo disso é que a totalidade dos atletas da amostra deste estudo é constituída pelo

género masculino, isto porque, parte do estudo foi realizado no Futebol Clube do Porto,

o qual não possui modalidades do género feminino.

A evolução deste estudo partiu da pesquisa, leitura e análise de literatura científica

(artigos, revistas e livros) relativa ao Sono, sendo que este material científico, na sua

grande maioria, era internacional contrastando com a reduzida investigação científica

portuguesa realizada nesta área da saúde física.

Devido ao limite de palavras, não me foi possível fazer um estudo comparativo

entre as modalidades, pelo que tenho como objetivo futuro, realizar uma comparação

entre as mesmas.

Sendo um tema não muito investigado, a presente investigação contribuiu para

uma melhor compreensão teórica acerca da importância de uma boa qualidade de sono

nos atletas, permitindo analisar como se encontra a qualidade do mesmo nos atletas

portugueses de alta competição, como também quais as variáveis da saúde física e

mental e os fatores externos que se relacionam.

Os achados resultantes deste estudo, justificam a importância dos profissionais de

saúde começarem a desenvolver questões do sono no nosso país. Devem-se dinamizar e

difundir programas de sensibilização e ações de formação da importância do sono,

consequências da má qualidade do mesmo, promovendo hábitos adequados da higiene

de sono e prevenindo os hábitos inadequados que levam a perturbações do sono.

De acordo com diversa literatura científica relativa à higiene do sono, e com

algumas das conclusões deste trabalho, para que esta seja bem conseguida, devem ser

seguidas algumas das seguintes medidas: deitar-se apenas quando sentir sono, uma vez

que quando se força o adormecer aumentamos a ansiedade e como consequência isso

atrasará o adormecimento, pois o sono e a ansiedade interagem mutuamente; deve-se

tentar levantar à mesma hora todos os dias, independentemente das horas dormidas ou

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se é fim de semana, para que o organismo adquira o seu próprio ritmo de sono; não se

deve ver televisão no quarto, pois age como um estimulante impedindo o curso normal

do sono; o quarto deve estar silencioso, escuro e com um ambiente tranquilo, limpo e

fresco; devem ser evitadas bebidas alcoólicas durante a tarde e à noite; deve-se evitar

fumar antes de deitar, pois a nicotina funciona como um estimulante; antes de deitar,

deve-se evitar pensar em preocupações do dia a dia, pois gera ansiedade e stress22,23.

Para concluir, apesar deste trabalho ter sido realizado com algumas dificuldades e

desafios, a determinação e a vontade de perceber mais acerca do tema, levou a que não

desistisse e me motivasse a superar todos os obstáculos, permitindo apontar caminhos

para identificar necessidades de intervenção no âmbito do sono ao nível formativo e

preventivo para os atletas de alta competição.

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18 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

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ANEXOS

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ANEXO 1: Consentimento informado

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Avaliação da Qualidade do Sono em Praticantes de Atividade Física de Diferentes Modalidades

A qualidade do sono é um importante indicador de saúde. A abordagem do

mesmo, atualmente, tem adquirido um notável interesse por parte dos profissionais de

saúde, já que está diretamente relacionado com a saúde e consequentemente com a

qualidade de vida.

Sabe-se, atualmente, que a qualidade do sono pode ser influenciada por diversos

fatores, tais como: o uso de medicamentos, ingestão alcoólica, alterações psicológicas e

sociais, ambiente e a prática de atividade física.

Sendo um tema não muito investigado, o sono e repouso são funções

restauradoras necessárias para a qualidade de vida, o que justifica a necessidade dos

profissionais de saúde atualizarem os seus conhecimentos e fatores que interferem no

mesmo.

No âmbito de uma investigação sobre a qualidade do sono em atletas de diferentes

modalidades, tais como, Futebol, Basquetebol, Andebol e Voleibol, nos escalões de

formação (14-15 anos) e escalões sénior (maiores de 18 anos), desenvolvida no contexto

de Dissertação para obtenção do grau de Mestrado Integrado em Medicina do Instituto

de Ciências Biomédicas de Abel Salazar, venho por este meio pedir a sua

colaboração. Para tal, peço que preencha os três questionários que lhe são fornecidos

na barra lateral desta página.

Inicialmente, deverá preencher um Questionário Sociodemográfico que

permitirá uma caracterização pessoal (idade, género, etc.). O Questionário que se

segue, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, pretende avaliar os hábitos e a

qualidade de sono. E por fim, o Questionário, Escala de Ansiedade, Depressão e

Stress, pretende avaliar os estados afetivos de depressão, ansiedade e stress.

O preenchimento destes Questionários demoram cerca de 5 a 7 minutos, são

anónimos e confidenciais, sendo utilizados apenas para o presente estudo.

Este estudo mereceu o Parecer favorável da Comissão de Ética do ICBAS-UP.

Agradeço desde já a sua atenção para este pedido.

Carla Ribeiro

6º Ano Profissionalizante

ICBAS-UP

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ANEXO 2: Questionário Sociodemográfico

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Questionário Sociodemográfico

Género:

( ) Feminino

( ) Masculino

Idade: __________

Nacionalidade: _______________

Habilitações Escolares:

( ) Ensino Básico

( ) Ensino Secundário

( ) Ensino Superior

Estado Civil:

( ) Solteiro

( ) Casado

( ) União de Facto

( ) Divorciado

( ) Viúvo

Situação Profissional:

( ) Estudante

( ) Empregado

( ) Desempregado

Exercício Físico:

( ) Sim

( ) Não

Modalidade:

( ) Futebol

( ) Basquetebol

( ) Andebol

( ) Voleibol

Tempo de prática desportiva:

( ) Há menos de 3 meses

( ) Há 3 meses

( ) Há mais de 3 meses

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26 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Frequência semanal de treinos:

( ) Menos de 3 vezes por semana

( ) 3 vezes por semana

( ) Mais de 3 vezes por semana

Número de horas de treino:

( ) Menos de 1 hora

( ) Mais de 1 hora

Estágio antes da competição:

( ) Sim

( ) Não

Se sim, aumenta ou diminui a qualidade do sono? _______________

Lesão prévia, afetou o sono?

( ) Sim

( ) Não

Atividade lazer noturna:

( ) Sim

( ) Não

Consumo de bebidas alcoólicas:

( ) Sim

( ) Não

Consumo de café ou derivados:

( ) Sim

( ) Não

Tabagismo:

( ) Sim

( ) Não

Cefaleias:

( ) Sim

( ) Não

Ingestão Medicamentosa:

( ) Sim

( ) Não

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Doenças Prévias:

( ) Sim

( ) Não

Doenças respiratórias ou alérgicas:

( ) Sim

( ) Não

Alterações visuais:

( ) Sim

( ) Não

Se respondeu sim, a algum item da questão anterior, especifique:

___________________

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ANEXO 3: Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh

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Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh

As questões a seguir, são referentes aos hábitos de sono apenas durante o mês

passado. As suas respostas devem indicar o mais corretamente possível o que aconteceu

na maioria dos dias e noites do mês passado. Por favor, responda a todas as questões.

1) Durante o mês passado, a que horas se deitou à noite na maioria das vezes?

HORÁRIO DE DEITAR: _________

2) Durante o mês passado, quanto tempo (minutos) demorou para adormecer, na

maioria das vezes?

QUANTOS MINUTOS DEMOROU ADORMECER: ________

3) Durante o mês passado, a que horas acordou de manhã, na maioria das vezes?

HORÁRIO DE ACORDAR: ________

4) Durante o mês passado, quantas horas de sono por noite dormiu?

HORAS DE SONO POR NOITE: ________

Para cada uma das questões seguinte escolha uma única resposta, que você ache

mais correta. Por favor, responda a todas as questões.

5) Durante o mês passado, quantas vezes teve problemas para dormir por causa

de:

a) Demorar mais de 30 minutos para adormecer:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

b) Acordar no meio da noite ou de manhã muito cedo:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

c) Levantar-se para ir à casa de banho:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

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( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

d) Ter dificuldade para respirar:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

e) Tossir ou roncar muito alto:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

f) Sentir muito frio:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

g) Sentir muito calor:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

h) Ter sonhos maus ou pesadelos:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

i) Sentir dores:

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

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j) Outra razão, por favor, descreva: __________________________________

Quantas vezes teve problemas para dormir por esta razão durante o mês passado?

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

6) Durante o mês passado, como classificaria a qualidade do seu sono?

( ) Muito boa

( ) Boa

( ) Má

( ) Muito má

7) Durante o mês passado, tomou alguma medicação para dormir, receitado pelo

médico, ou indicado por outra pessoa (farmacêutico, amigo, familiar) ou mesmo

por sua conta? Qual (is)? _________________________________

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

8) Durante o mês passado, se teve problemas para ficar acordado enquanto estava

a conduzir, a fazer as suas refeições ou a participar noutra atividade social,

quantas vezes isso aconteceu?

( ) Nenhuma vez

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma a duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana ou mais

9) Durante o mês passado, sentiu alguma indisposição ou falta de entusiasmo para

realizar as suas atividades diárias?

( ) Nenhuma indisposição nem falta de entusiasmo

( ) Indisposição e falta de entusiasmo pequenas

( ) Indisposição e falta de entusiasmo moderadas

( ) Muita indisposição e falta de entusiasmo

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ANEXO 4: Escala de Ansiedade, Depressão e Stress

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Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21)

Leia cada uma das afirmações e assinale a opção que melhor quantifica como se

sentiu durante o último mês em cada situação apresentada.

Nunca Algumas vezes

Muitas vezes

A maior partes do tempo

1) Tive dificuldade em me acalmar 2) Senti a boca seca 3) Não senti qualquer pensamento positivo 4) Senti dificuldades em respirar 5) Tive dificuldade em tomar a iniciativa 6) Tive tendência a reagir em demasia em determinadas situações

7) Senti tremores 8) Senti que estava a utilizar muita energia 9) Preocupei-me com situações em que poderia entrar em pânico e fazer figura ridícula

10) Senti que não tinha nada a esperar do futuro

11) Dei por mim a ficar agitado 12) Senti dificuldade em relaxar 13) Senti-me desanimado e melancólico 14) Estive intolerante em relação a qualquer coisa que me impedisse de terminar o que estava a fazer

15) Senti-me quase a entrar em pânico 16) Não fui capaz de ter entusiasmo para nada

17) Senti que não tinha valor enquanto pessoa

18) Senti que por vezes estava sensível 19) Senti alterações no meu coração, sem fazer exercício físico

20) Senti-me demasiado assustado sem ter tido nenhuma razão para isso

21) Senti que a vida não tinha sentido

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ANEXO 5: Tabelas

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Tabela I. Estatísticas Descritivas das Variáveis em Estudo nesta Amostra

N % Média D.P. Mínimo Máximo Idade 230 21,58 5,613 14 38

Habilitações académicas Ensino Básico/9º ano Ensino Secundário Ensino Superior

Total

17 133 80 230

7,4% 57,8% 34,8% 100%

1,27 0,590 0 2

Modalidade Futebol

Basquetebol Andebol Voleibol

Total

88 46 48 48 230

38,3% 20,0% 20,9% 20,9% 100%

1,24 1,172 0 3

Número de horas de sono >= 8 horas 7-8 horas 6-7 horas < 6 horas

Total

116 78 31 5

230

50,4% 33,9% 13,5% 2,2% 100%

7:38 1:07 4:00 11:00

Estágio antes da competição Sim Não

Aumenta Não altera Diminui

Total

125 105 86 20 19 230

54,3% 45,7% 37,4% 8,7% 8,3% 100%

0,46 0,746 0 1

Lesão afetou qualidade de sono Sim Não Total

80 150 230

34,8% 65,2% 100%

0,65 0,477 0 1

Atividade de lazer noturna Sim Não Total

98 132 230

42,6% 57,4% 100%

0,57 0,496 0 1

Consumo de bebidas alcoólicas Sim Não Total

89 141 230

38,7% 61,3% 100%

0,61 0,488 0 1

Consumo de café ou derivados Sim Não Total

147 83 230

63,9% 36,1% 100%

0,36 0,481 0 1

Tabagismo 0,84 0,368 0 1

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Sim Não Total

37 193 230

16,1% 83,9% 100%

Cefaleias Sim Não Total

34 196 230

14,8% 85,2% 100%

0,85 0,356 0 1

Ingestão medicamentosa Sim Não Total

39 191 230

17% 83% 100%

0,83 0,376 0 1

Doenças Respiratórias ou Alérgicas

Sim Não

Alergias Rinite alérgica

Sinusite Asma Total

37 193 13 8 8 8

230

16,1% 83,9% 5,7% 3,5% 3,5% 3,5% 100%

0,84 0,368 0 1

Alterações Visuais Sim Não Total

24 206 230

10,4% 89,6% 100%

0,90 0,306 0 1

Índice da Qualidade de Sono Boa qualidade de sono Má qualidade de sono

Total

137 93 230

59,6% 40,4% 100%

0 0,066 0 1

Depressão Sim Não Total

20 210 230

8,7% 91,3% 100%

0,09 0,282 0 1

Ansiedade Sim Não Total

1

229 230

0,4% 99,6% 100%

0 0,066 0 1

Stress Sim Não Total

9

221 230

3,9% 96,1% 100%

0,04 0,194 0 1

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Tabela II. Caraterização Descritiva de Horas de Sono com o IQSP

Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh Boa Qualidade de Sono Má Qualidade de Sono Total

Horas de sono >= 8 horas 94 - 68,6% 22 - 23,7% 116 7-8 horas 37 - 27% 41 - 44,1% 78 6-7 horas 5 - 3,6% 26 - 28% 31 < 6 horas 1 - 0,7% 4 - 4,3% 5

Total 137 - 100% 93 - 100% 230

Tabela III. Caraterização Descritiva de Horas de Sono com a Modalidade

Modalidade Futebol Basquetebol Andebol Voleibol Total

Horas de sono >= 8 horas 51 - 58% 23 - 50% 20 - 41,7% 22 - 45,8% 116 7-8 horas 24 - 27,3% 17 - 37% 17 - 35,4% 20 - 41,7% 78 6-7 horas 13 - 14,8% 4 - 8,7% 9 - 18,8% 5 - 10,4% 31 < 6 horas 0 - 0% 2 - 4,3% 2 - 4,2% 1 - 2,1% 5

Total 88 - 100% 46 - 100% 48 - 100% 48 - 100% 230

Tabela IV. Resultados da Análise da Variância entre a Modalidade e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função da Modalidade Modalidade N Média D.P. Significância

Futebol Basquetebol

Andebol Voleibol

Total

88 46 48 48 230

3,57 4,70 4,90 4,29 4,22

1,999 2,179 2,309 1,738 2,114

0,001

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Tabela V. Resultados da Análise da Variância entre a Idade e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função da Idade Idade N Média D.P. Significância

14 15 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 36 37 38

Total

16 34 29 22 12 12 12 17 11 8 11 8 12 3 2 2 7 9 1 1 1

230

3,50 3,94 4,41 4,91 3,92 4,00 3,67 4,59 5,64 5,63 4,73 3,75 3,75 3,00 1,50 3,50 3,43 3,67 6,00 6,00 6,00 4,22

1,673 1,808 2,413 2,114 1,505 2,954 3,055 1,372 2,618 2,066 1,902 1,669 1,960 2,000 0,707 2,121 2,070 1,414

- - -

2,114

0,191

Tabela VI. Resultados da Análise da Variância entre o Estágio Antes da Competição e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função do Estágio Antes da Competição Estágio Antes da Competição N Média D.P. Significância

Sim Não Total

125 105 230

3,97 4,52 4,22

2,075 2,131 2,114

0,047

Tabela VII. Resultados da Análise da Variância entre a Lesão Prévia e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função de Lesão Prévia Lesão Prévia N Média D.P. Significância

Sim Não Total

80 150 230

4,26 4,20 4,22

2,005 2,177 2,114

0,831

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Tabela VIII. Resultados da Análise da Variância entre a Atividade de Lazer Noturna e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função da Atividade de Lazer Noturna Atividade de Lazer Noturna N Média D.P. Significância

Sim Não Total

98 132 230

4,74 3,83 4,22

2,299 1,883 2,114

0,001

Tabela IX. Resultados da Análise da Variância entre o Consumo de Bebidas Alcoólicas e o

IQSP

Pontuação Total do IQSP em função do Consumo de Bebidas Alcoólicas Consumo de Bebidas Alcoólicas N Média D.P. Significância

Sim Não Total

89 141 230

4,75 3,89 4,22

2,268 1,946 2,114

0,002

Tabela X. Resultados da Análise da Variância entre o Consumo de Café ou Derivados e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função do Consumo de Café ou Derivados Consumo de Café ou Derivados N Média D.P. Significância

Sim Não Total

147 83 230

4,35 3,99 4,22

2,176 1,991 2,114

0,208

Tabela XI. Resultados da Análise da Variância entre o Tabagismo e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função do Tabagismo Tabagismo N Média D.P. Significância

Sim Não Total

37 193 230

5,08 4,06 4,22

2,929 1,885 2,114

0,007

Tabela XII. Resultados da Análise da Variância entre a Ingestão Medicamentosa e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função da Ingestão Medicamentosa Ingestão Medicamentosa N Média D.P. Significância

Sim Não Total

39 191 230

5,31 4,00 4,22

2,657 1,919 2,114

0,000

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Tabela XIII. Resultados da Análise da Variância entre as Cefaleias e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função das Cefaleias Cefaleias N Média D.P. Significância

Sim Não Total

34 196 230

4,62 4,15 4,22

2,270 2,085 2,114

0,238

Tabela XIV. Resultados da Análise da Variância entre as Doenças Respiratórias ou Alérgicas e

o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função das Doenças Respiratórias ou Alérgicas Doenças Respiratórias ou Alérgicas N Média D.P. Significância

Sim Não Total

37 193 230

4,30 4,21 4,22

2,222 2,099 2,114

0,813

Tabela XV. Resultados do Coeficiente de Correlação r de Pearson entre as Doenças

Respiratórias ou Alérgicas e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função das Doenças Respiratórias ou Alérgicas Variável N Correlação r de Pearson Significância

Doenças Respiratórias ou Alérgicas 230 1 0,813

Tabela XVI. Resultados da Análise da Variância entre as Alterações Visuais e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função das Alterações Visuais Alterações Visuais N Média D.P. Significância

Sim Não Total

24 206 230

5,50 4,07 4,22

2,670 1,995 2,114

0,002

Tabela XVII. Resultados do Coeficiente de Correlação r de Pearson entre a Depressão e o

IQSP

Pontuação Total do IQSP em função da Depressão Variável N Correlação r de Pearson Significância

Depressão 230 1 0,005

Tabela XVIII. Resultados do Coeficiente de Correlação r de Pearson entre a Ansiedade e o

IQSP

Pontuação Total do IQSP em função da Ansiedade Variável N Correlação r de Pearson Significância

Ansiedade 230 1 0,226

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41 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

Tabela XIX. Resultados do Coeficiente de Correlação r de Pearson entre o Stress e o IQSP

Pontuação Total do IQSP em função do Stress Variável N Correlação r de Pearson Significância Stress 230 0,154 0,020

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42 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

ANEXO 6: Declarações das Instituições

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43 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

DECLARAÇÃO

Para os devidos efeitos se declara que a aluna Carla Sofia Moreira Ribeiro do ICBAS/CHPORTO – Universidade do Porto, está autorizada a realizar uma Dissertação – Artigo de Investigação Médica, subordinado ao Tema : Avaliação da Qualidade do Sono em Praticantes de Atividade Física em Diversas Modalidades.

Porto, 15 de Dezembro de 2011 O Responsável Departamento Médico FCP Formação-Futebol | Modalidades

Carlos Magalhães

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44 Carla Sofia Moreira Ribeiro – 6º Ano MIM

DECLARAÇÃO

Para os devidos efeitos se declara que a aluna Carla Sofia Moreira Ribeiro do ICBAS/CHPORTO – Universidade do Porto, está autorizada a realizar uma Dissertação – Artigo de Investigação Médica, subordinado ao Tema : Avaliação da Qualidade do Sono em Praticantes de Atividade Física em Diversas Modalidades.

Porto, 15 de Dezembro de 2011 O Responsável Departamento Médico Seleção Sénior FPV

Carlos Magalhães

Federação

Portuguesa

de Voleibol