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Universidade Federal do PiauíCentro de TecnologiaCurso de Engenharia Elétrica
DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS
Prof. Marcos [email protected]/zurita
Teresina - 2012
Transistores de Efeito de Campo - Parte I - JFETs
2Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Sumário
1. Introdução 2. O Transistor JFET 3. Características do JFET 4. Regiões de Operação 5. Curva de Transferência 6. Polarização do JFET Bibliografia
4Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Introdução
Transistores de Efeito de Campo (FET) FET – Field Effect Transistor São dispositivos cuja corrente entre dois pinos
pode ser controlada através da tensão em um terceiro pino.
Os mais populares membrosda família de transistores FETsão os MOSFETs.
Outro tipo de FET é o JFET,que, por sua simplicidade,será abordado inicialmente.
FET
I
Terminal decontrole
V
5Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Introdução
Transistores FET em diferentes encapsulamentos
7Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
O Transistor JFET
JFET: Transistor de Efeito de Campo de Junção (do inglês, Junction Field Effect Transistor);
Formado pela associação entre SCs tipo p e n, sendo um deles fortemente dopado.
Basicamente composto por: um canal SC responsável pela
condução de corrente entre doisterminais (Fonte e Dreno);
um mecanismo de controle docanal, operado por um terceiroterminal (Porta).
Há dois tipos de JFETs: JFET canal n; • JFET canal p.
np+
Fonte / Source(S)
Dreno / Drain(D)
Porta / Gate(G)
Canal n
p+
Região de depleção
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O Transistor JFET
Estrutura básica do JFET canal n e canal p
p+ e n+: regiões p e n fortemente dopadas (≥1018/cm3). Como o gate é muito mais fortemente dopado que o
canal, a região de depleção estende-se quase que totalmente no lado do canal (vide Eq. 2.12).
np+
Fonte / Source(S)
Dreno / Drain(D)
Porta / Gate(G)
Canal n
p+
Região de depleção
pn+
Fonte / Source(S)
Dreno / Drain(D)
Porta / Gate(G)
Canal p
n+
Região de depleção
9Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
O Transistor JFET
Embora o dispositivo seja simétrico é conveniente haver uma distinção entre os terminais conectados ao canal:
Terminal Fonte (S – Source): de onde partem os elétrons num JFET canal n (“fonte” de elétrons).
Terminal Dreno (D – Drain): destino doselétrons num JFET canal n. Comumenteconectado ao dissipador térmico emdispositivos que o possuem;
Simbologia:
Conectado ao Dreno (D)
JFET canal n
G
S
D
G
S
DJFET canal p
G
D
S
G
D
S
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Características do JFET
Admita um JFET canal n, polarizado por uma fonte de tensão vDS (entre D e S) e outra vGS (entre G e S).
Análise para vGS = 0V e vDS ≥ 0V Como vGS = 0V, a junção
entre o gate e o canal ficareversamente polarizadapara qualquer valor positivode vDS.
Ao aplicar vDS > 0V, umacorrente de elétrons fluirádo terminal fonte para odreno, através do canal,limitada por sua resistência.
np+
S
Gp+
Região de depleção
D
VGS
VDS
12Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
Se a tensão vDS for suficientemente pequena, a região de depleção pode ser desprezada e a largura do canal assumida como a distância entre as regiões de gate (2a).
Nessas condições, a resistência do canal pode ser obtida a partir da Eq. 1.23 como sendo:
Logo, a corrente através docanal (iDS) será dada por:
ou seja:
r O = LA
= 1
LA
= 1q n N D
L2 a⋅W
I DS=vDS /r0L
W
2a
xz
yI DS=2a WL qn N D
vDS (Eq. 6.1)
13Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
Enquanto vDS permanecer suficientemente baixo, a corrente através do canal aumentará linearmente, conforme previsto pela lei de Ohm através da Eq. 6.1.
Entretanto, à medida que vDS se aproxima de um dado valor (VP), o tamanho da região de depleção torna-se cada vez mais significativa.
A largura da região de depleção dependerá da ddp entre o gate (0V, neste caso) e o canal, que, conforme a teoria de semicondutores (Eq. 2.45), é dada por:
onde, W deplecao= 2
q N AN D
N A N D V 0−V juncao (Eq. 6.2)
V juncao=vGS−V canal x , y (Eq. 6.3)
14Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
Entretanto, essa ddp (Eq. 6.3) não é constante ao longo do canal, visto que vDS está distribuída entre o terminal fonte e o dreno.
Isto provocará uma distorção daregião de depleção, cuja larguracrescerá ao longo do canal com-forme a distância até o dreno(onde a ddp é maior) diminui.
Naturalmente, esse aumentoda região de depleção reduziráa área do canal (2aW), aumen-tando a sua resistência.
15Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
A partir vDS = VP a região de depleção aumenta a ponto de “estrangular” o canal e corrente através dele praticamente não cresce mais com o aumento de vDS.
Corrente Máxima de Dreno (IDSS) - ou corrente vDS de saturação: é a corrente iDS do JFET obtida quando vGS = 0V e vDS = VP.
A corrente iDS de saturação (IDSS) de um JFET pode ser calculada a partir da Eq. 6.1, fazendo vDS = VP, ou seja:
(Eq. 6.4)I DSS=2 a WL q N D
n V P
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Características do JFET
Tensão de Pinch-off (VP) – ou tensão de estrangula-mento: mínima tesão entre o dreno e o fonte capaz de provocar o estrangulamento do canal de um JFET.
Para vDS > VP a corrente através do canal virtualmente não cresce mais, pois fluxo de portadores atinge seu valor máximo (satura) em vDS = VP.
Para valores de vDS suficientemente elevados acima de VP, ocorre um aumento abrupto na corrente iDS.
Tensão de Ruptura (VDSmax ou BVDSS) – tensão vDS a partir da qual ocorre a ruptura do canal do JFET.
Na ruptura, iDS é limitada unicamente pelo circuito externo ao JFET, podendo ocasionar sua queima.
17Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
Curva iD-vDS do JFET para vGS = 0
IDSS
VP VDSmax0
Resistência do canal n
Aumento da resistência devidoao estreitamento do canal
Nível de saturação
pinch-offRuptura
18Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
Análise para vGS < 0V e vDS > 0V Ao se aplicar uma tensão negativa em vGS, a região de
depleção crescerá de maneira semelhante a análise anterior (com vGS = 0V), porém,para valores menores de vDS.
De fato, mesmo se vDS fossefixado em um valor positivo,seria possível modular alargura do canal unicamenteatravés de vGS.
Dessa forma, quanto maisnegativo for vGS, mais estreito será o canal e menor será sua capacidade de condução de corrente.
p+
S
D
VGS = 0V
G
n
p+ G
VGS = -4V
VGS = -1VVGS = -2V
VDS = 10V
19Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Características do JFET
Consequentemente, a saturação será atingida para valores tanto menores de vDS quanto mais negativa for a tensão de gate.
Se vGS tornar-se negativo o bastante o canal será completamente estrangulado, levando o valor da corrente de saturação a zero para qualquer valor de vDS.
Tensão de Corte (VGS(desligado) ou VGS(off)): é o valor de vGS para o qual o canal torna-se completamente estrangulado. Corresponde, em módulo, a VP.
Na condição de corte (|vGS| = VP), o JFET comporta-se de forma semelhante a uma chave aberta (ou desligada).
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Características do JFET
Curvas ID-VDS do JFET para VGS ≥ 0
IDSS
VP0
VGS = 0 V
-VGS1
-VGS2-VGS3
-VGS4-VGS5
-VGS = VP
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Regiões de Operação
Conforme os valores de vDS e vGS, é possível estabele-cer em que região de operação o JFET se encontra:
I - Região Ôhmica: -VP < vGS ≤ 0 e vDS ≤ VP - vGS
II - Região de Saturação: -VP ≤ vGS ≤ 0 e vDS ≥ VP - vGS
III - Região de Corte: vGS ≤ -VP
IV - Região de Ruptura: vDS > VDSmax
VGS = 0 V
-VGS1
-VGS2
-VGS3
-VGS4
-VGS5
Linha de estrangulamento(Lugar geométrico dos valores de pinch-off)
I II
III
IV
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Regiões de Operação
Características vDS-iDS de um JFET canal n Região Ôhmica (-VP < vGS ≤ 0 e vDS ≤ VP - vGS)
Também conhecida como “Região de Triodo”. A corrente de dreno nesta região pode ser expressa em
função da corrente de saturação (IDSS) como sendo:
Uma aproximação alternativa e mais simplificada pode ser definida com base na Eq. 6.1, como:
(Eq. 6.5)iD= I DSS[21−vGS
V P vDS
−V P − vDS
V P 2]
(Eq. 6.6)iD= I DS1− vGS
V P
24Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Regiões de Operação
Na região de triodo o JFET comporta-se como um resistor controlado por tensão, cuja resistência é tanto maior quanto maior for vGS.
Uma aproximação da resistência entre os terminais de dreno e fonte na região de triodo é dada por:
Onde ro é a resistência do canal para vGS = 0, que, conforme visto anteriormente pode ser expresso por:
(Eq. 6.7)r d=r o
1−vGS /V P 2
r o=[2 aWL q n N D
]−1
(Eq. 6.8)
25Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Regiões de Operação
Região de Saturação (-VP ≤ vGS ≤ 0 e vDS ≥ VP - vGS) Também conhecida como “Região de Amplificação”. A corrente de dreno nesta região pode ser expressa em
função da corrente de saturação (IDSS) através da equação de Shockley:
Onde λ é o parâmetro de inclinação da curva da corrente de dreno na região de saturação, sendo definida como o inverso da Tensão Early (VA).
Uma simplificação da Eq. 6.9 pode ser obtida desprezan-do-se o termo (1+λvDS), o que corresponde a assumir que o crescimento de ID após a saturação é desprezível.
(Eq. 6.9)iD= I DSS1−vGS
V P 2
1 vDS
26Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Regiões de Operação
Tensão de Early (VA): graficamente, corresponde ao ponto de interseção com o eixo VDS das projeções das curvas das correntes de dreno na região de saturação.
-VA = -1/λ
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Polarização do JFET
Alternativamente, a resistência ro definida anteriormente pode ser calculada na região de saturação através da tensão de Early:
É possível deduzir, a partir da simplificação da Eq. 6.9, a equação da tensão de gate em função da corrente de dreno:
(Eq. 6.10)r o=∣V A∣iD
(Eq. 6.11)vGS=V P1− iD
I DSS
28Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Regiões de Operação
Região de Corte (vGS ≤ -VP) Nesta região o JFET comporta-se como uma chave
aberta para qualquer valor de vDS, logo:
Região de Ruptura (vDS > VDSmax): Esta não é propriamente uma região de operação
desejável, pois pode causar a queima do componente. Nesta região a corrente de dreno é limitada unicamente
pelo circuito externo ao transistor, logo não é possível estabelecer uma equação geral para ela.
(Eq. 6.12)iD=0
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Curva de Transferência
Curva de transferência: relaciona diretamente a corren-te de dreno (iDS) à tensão de controle do JFET (vGS).
Pode ser obtida a partir da eq. de Shockley (Eq. 6.9) ou das curvas iD-vDS.
31Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Curva de Transferência
A curva de transferência evidencia dois importantes parâmetros do JFET:
IDSS: interseção da curva com o eixo vertical (ID). VP: interseção da curva com o eixo horizontal (vGS).
Além disso, ela também permite a determinação do ponto de operação do JFET em um circuito, pelo do método gráfico.
Esboço da Curva de Transferência Pode ser feito com o auxílio da tabela abaixo obtida a partir
da Eq. 6.9:ID vGS
IDSS 0
IDSS/2 0,3 VP
IDSS/4 0,5 VP
0 VP
32Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Curva de Transferência
Ex: Esboce a curva de transferência para JFET de canal n, com IDSS = 12mA e VP = -6V.
Sol: P/ ID = IDSS → vGS = 0 ID = 12mA → vGS = 0V P/ ID = IDSS/2 → vGS = 0,3VP
ID = 6mA → vGS = -1,8V P/ ID = IDSS/4 → vGS = 0,5VP
ID = 3mA → vGS = -3V P/ ID = 0 → vGS = VP
ID = 0mA → vGS = -6V32
33Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Curva de Transferência
Ex: Esboce a curva de transferência para JFET de canal p, com IDSS = 4mA e VP = 3V.
Sol: P/ ID = IDSS → vGS = 0 ID = 4mA → vGS = 0V P/ ID = IDSS/2 → vGS = 0,3VP
ID = 2mA → vGS = 0,9V P/ ID = IDSS/4 → vGS = 0,5VP
ID = 1mA → vGS = 1,5V P/ ID = 0 → vGS = VP
ID = 0mA → vGS = 3V
35Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
O projeto e a análise de circuitos envolvendo JFETs parte da determinação dos parâmetros de operação do componente.
Tais parâmetros dependem do circuito a sua volta e da polarização por ele imposta.
Podemos definir 5 tipos básicos de polarização do JFET: Polarização Fixa; Autopolarização; Polarização por Divisor de Tensão; Polarização por Fonte de Corrente; Polarização por Duas Fontes.
Os três primeiros tipos (mais elementares) serão abordados neste capítulo.
36Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Algorítimo de Determinação da Polarização De maneira geral, a solução de qualquer uma das
configurações de polarização parte da determinação da equação da tensão de controle do JFET, isto é, vGS.
Conhecida a equação de vGS, o passo seguinte é a escolha de um dos dois métodos básicos de resolução:
Método matemático: consiste em aplicar a equação de vGS na equação de Shockley e soluciona-la. Para algumas configurações pode não haver resolução analítica.
Método gráfico: consiste em traçar a curva característica do circuito de polarização diretamente sobre a curva de transferência do JFET. O ponto de operação é então determinado pela interseção entre as curvas.
37Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Polarização Fixa Caracteriza-se pela presença de uma fonte DC fixa
dedicada a polarização do gate. É tipo mais simples de
polarização do JFET. Pode ser solucionada
tanto pelo método ma-temático quanto pelométodo gráfico (curvade transferência).
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38Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
−V GGRG iG−vGS=0
−V GG−vGS=0
Uma vez que os capacitores são 'circuitos abertos' em análise DC, podemos eliminá-los do circuito para deter-minar a polarização.
A determinação da eq.de vGS, pode ser feitaatravés da análise demalha:
mas iG = 0, logo:
ou seja:vGS=−V GG (Eq. 6.13)
39Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
A Eq. 6.13 sugere que, para a análise da polarização, o circuito dado equivale a um onde a fonte VGG é direta-mente conectada ao gate.
A solução matemática pode ser encontrada simplesmente aplicando a Eq. 6.13 à Eq. de Shockley, que, desprezando λ torna-se:
iD= I DSS1vG G
V P 2
(Eq. 6.14)
40Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
A solução gráfica parte da determinação da curva de transferência do JFET em questão, que pode ser esboçada através do método exposto na página 31.
Com a curva de transferênciatraçada basta traçar sobre elaa curva de vGS (Eq. 6.13), que,neste caso é simplesmenteuma reta vertical em vGS = -VGG.
A interseção entre as curvasdetermina o ponto de operaçãodo JFET, também chamado deponto quiescente (Q).
A partir do ponto Q encontra-se o valor de iDQ.
RetaVGS = -VGG
-VGG
Ponto QiDQ
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Polarização do JFET
Ex.: Determine iDQ, vGSQ e vD para o circuito abaixo.
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Polarização do JFET
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Autopolarização Elimina a necessidade de uma fonte dedicada à polari-
zação do gate. Polarização através da tensão
sobre o resistor RS. vGS torna-se uma função da
corrente de saída iD, e daresistência RS.
44Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Assim como na análise anterior, podemos eliminar os capacitores do circuito para determinar a polarização.
A determinação da eq.de vGS, pode ser feitaatravés da análise demalha:
mas iG=0 e iS =iD, logo:RG iG−vGS−RS i S=0
vGS=−RS iD (Eq. 6.15)
45Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Conforme a Eq. 6.15, a análise da polarização nesta configuração pode ser feita assumindo um circuito equivalente cujo gate é diretamente ligado ao terra.
A solução matemática pode ser encontrada substituindo a Eq. 6.15 na equação de Shockley, resultando em:
A manipulação algébrica desta equa-ção resulta em:
iD= I DSS1RS iD
V P 2
(Eq. 6.16)
iD2 K1iDK 2=0 (Eq. 6.17)
46Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
onde os termos K1 e K2 são dados por:
Naturalmente, a resolução da Eq. 4.17 resulta em duas raízes possíveis para iD. A solução válida (iDQ) é sempre a raiz de menor magnitude.
Uma vez determinada a corrente de dreno quiescente (iDQ) basta inseri-la na Eq. 6.15 para determinar a tensão de gate quiescente (vGSQ).
K1=V P 2 I DSS RS−V P
I DSS RS2 (Eq. 6.18)
K 2=V P
RS 2
(Eq. 6.19)
47Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
A resolução pelo método gráfico, consiste simplesmente em traçar a curva de vGS sobre a curva de transferência do JFET, previamente esboçada.
A eq. de vGS neste caso é umareta (Eq. 6.15), cuja incli-nação é dada por RS.
Para traça-la basta adeterminação de 2pontos:
iD = 0 → vGS = 0 iD = iarbitrário
→ vGS = RS.iarbitrário
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RetaVGS = -RSiD
iDQ
vGSQ
Ponto Q
48Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Ex.: Determine iDQ, vGSQ e vD para o circuito abaixo.
49Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Sol.: Arbitrando iD = 8 mA e aplicando-se o valor de RS = 1 kΩ na Eq. 6.15 encontra-se vGS = -8 V e a reta de autopolarização pode então ser traçada:
Reta vGS = 1×103iD
50Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
A determinação do ponto quiescente pode então ser feita pela interseção da reta de autopolarização com a reta de carga do JFET:
vGSQ=−2,6ViDQ=2,6 mA
v D=V DD−RD iDQ
v D=20V−3,3×103⋅2,6×10−3
v D=11,42 V
51Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Polarização por Divisor de Tensão Caracteriza-se por fixar a polarização do gate sem a
necessidade de uma fonte dedicada e de forma mais independente dos parâmetros de saída do JFET.
Através dessa configuraçãoé possível ajustar o pontode operação do JFETsem variar a resistênciaRS, como ocorre naautopolarização.
52Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Eliminando os capacitores para a análise de polarização, pode-se determinar vG diretamente através do divisor de tensão formado por R1 e R2, ou seja:
Por outro lado, vGS édado por:
logo:
vG=V DD R2
R1R2 (Eq. 6.20)
vGS=vG−vS
vGS=vG−RS i D (Eq. 6.21)
53Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
O procedimento para determinar o ponto de operação deste tipo de circuito de polarização é muito semelhante ao da autopolarização, com a diferença que neste caso a reta de polarização (Eq. 6.21) não parte mais da origem dos eixos e sim do ponto iD = 0, vGS = vG.
Outro ponto notável dareta descrita pela Eq.6.21 pode ser obtidofazendo-se vGS = 0, oque resulta emiD = vG /RS.
54Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
A corrente de dreno pode ser reduzida ou aumentada conforme se aumenta ou diminui os valores de RS.
Aumentando osvalores de RS
55Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Ex.: Determine ID, VGSQ e VD para o circuito abaixo.
56Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFET
Sol.: Resolução pelo método gráfico.
57Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Polarização do JFETTipo de Polarização Configuração Principais Equações Solução Gráfica
Fixa
Autopolarização
Divisor de Tensão
vGS=RS iD
vGS=−V GG
vGS=vG−RS i D
vG=V DD R2
R1R2
58Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita
Bibliografia
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Behzad Razavi, “Fundamentos de Microeletrônica”, 1º Edição, LTC, 2010.
Robert L. Boylestad, Louis Nashelsky, “Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos”, 8º Edição, Prentice Hall, 2004.
David Comer, Donald Comer, “Fundamentos de Projeto de Circuitos Eletrônicos”, LTC, 2005.
Jimmie J. Cathey, “Dispositivos e Circuitos Eletrônicos”, 2ª Ed., Coleção Schaum, Bookman, 2003.