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DISCIPLINAS PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL Por Evaristo Filho SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO SETEB Global http://seminarioevangelico.com.br [email protected]

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DISCIPLINAS

PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Por Evaristo Filho

SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO

SETEB Global http://seminarioevangelico.com.br

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© 1999-2011. Seminário Teológico Evangélico Bíblico. Direitos Reservados. [email protected]

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Apresentação da Disciplina

Informações Gerais

Pré-Tarefas Antes do estudo principal da disciplina, há uma série de questões e/ou exercícios e/ou tarefas que foram elaboradas para prepará-lo, tanto mental quanto espiritualmente, para o conteúdo central da disciplina. Você deverá completar estas pré-tarefas antes de iniciar o estudo principal e realizar as tarefas que exigirão mais de você. Siga todas as instruções e guarde todo o material escrito que você produzir. Mais tarde ele será examinado por seu tutor/professor.

Questões Para Revisão

Ao concluir o estudo principal, complete as questões para revisão. O propósito delas é ajudá-lo a focalizar nos principais pontos do estudo e prepará-lo para o projeto final. Você pode usar suas notas pessoais, sua Bíblia ou o conteúdo do estudo principal. Quando as respostas exigem que você use o estudo principal, procure respondê-las, primeiramente, sem consultar o manual. Se você não conseguir, ache as respostas no texto e estude estas partes mais uma vez antes de prosseguir.

Projeto Final

Ao final da disciplina existe um projeto final que foi elaborado para ajudá-lo a viver e ministrar este tema. As idéias e conceitos que você aprendeu são muito importantes para nós. Deste modo, o projeto final é importante para sabermos o que você aprendeu e como você está aplicando ou aplicará este material no seu ministério.

Procedimentos da Disciplina

O procedimento para a disciplina é o seguinte:

Unidade I: Passo 1 Faça as pré-tarefas Passo 2 Estude o conteúdo do estudo principal.

Complete todos os espaços em branco para completar.

Unidade II: Passo 1 Leia todas as questões para revisão antes de começar a respondê-las. Passo 2 Complete as questões para revisão.

Unidade III: Passo 1 Leia o projeto final. Passo 2 Realize o projeto final.

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Recursos Opcionais

Todos os nossos manuais são autodidáticos, dispensando a obrigatoriedade de obter qualquer outro recurso externo além de um exemplar da Bíblia. No entanto, para o seu próprio enriquecimento educacional, nós sugerimos o uso dos seguintes recursos opcionais para esta disciplina:

Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida)

Bíblia On-line 3.0 – Módulo Avançado (Sociedade Bíblica do Brasil)

Dicionário Vine (CPAD)

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Disciplinas Para O Crescimento Espiritual

INTRODUZINDO A DISCIPLINA

Tudo o que tem saúde cresce e se desenvolve. Toda planta saudável cresce, dá frutos e se reproduz. O cristão é como uma árvore:

“Essas pessoas são como árvores que crescem na beira de um riacho; elas dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham. Assim também tudo o que essas pessoas fazem dá certo” (Salmos 1.3).

E se ele mesmo cultivar a sua vida e da maneira correta, como uma árvore deve ser cultivada, ele crescerá, dará frutos e se reproduzirá no seu devido tempo. Agora que você recebeu uma nova vida em Cristo e começou uma tremenda jornada de fé. Você precisa crescer na sua fé e no conhecimento de Jesus Cristo. É certo que o conhecimento, por si só, não é suficiente. Jesus não nos salvou apenas para conhecermos, porém, muito mais para fazermos. Jesus nos salvou para que pratiquemos os seus ensinamentos e, assim, progressivamente, nos tornemos mais parecidos com Ele. Nossa preocupação, portanto, é com a prática dos ensinamentos de Jesus e não meramente com o conhecimento deles. Precisamos conhecer para praticar e não somente para conhecer. Outra coisa importante a ser lembrada é que a prática é adquirida com a experiência, e a experiência com o exercitar-se. Não somente queremos praticar os ensinamentos de Jesus, mas também queremos nos exercitar praticando-os constantemente. Como diz o velho ditado, “a prática leva a perfeição”. E este é precisamente o nosso alvo, como Jesus mesmo o estabeleceu para nós:

“Portanto, sejam perfeitos em amor, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu” (Mateus 5.48).

Portanto, você é convidado a não somente conhecer estes importantes assuntos, porém muito mais ainda, você é desafiado a praticá-los constantemente, pelo resto de sua vida. Nós trabalharemos com seis disciplinas básicas do crescimento espiritual:

A Adoração

O Estudo da Bíblia

A Oração

O Jejum

A Comunhão

O Serviço Cristão

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OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Ao concluir esta disciplina você será capaz de:

Adorar a Deus em espírito e em verdade.

Estudar a Bíblia com maior proveito.

Orar com entendimento.

Jejuar com os propósitos corretos.

Relacionar-se melhor no corpo de Cristo.

Servir a Deus na unção do Espírito Santo.

Nota

Todos os textos bíblicos foram baseados na BLH – Bíblia na Linguagem de Hoje, salvo quando indicado o contrário. Preste atenção nas seguintes siglas que você encontrará nestes estudos: AT – Significa “Antigo Testamento”. NT – Significa “Novo Testamento”. BLH – Bíblia na Linguagem de Hoje. NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Uma versão da Bíblia. RA – Revista e Atualizada de Almeida, 2a Edição. Uma versão da Bíblia.

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Unidade I

PRÉ-TAREFAS Leia 1 Coríntios 9.24-27:

“(24) Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. (25) Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. (26) Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. (27) Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado”.

Agora responda:

De acordo com o versículo 24, qual deve ser o nosso objetivo na “corrida cristã”?

Segundo este mesmo versículo, o que você pensa que determina a conquista do “prêmio” para o cristão?

Em contraste com os atletas que competem nos jogos olímpicos, por exemplo, por que devemos nos submeter a um treinamento rigoroso? (versículo 25).

Qual é a ênfase do versículo 26? Circule a resposta correta: (1) Viver com propósito e atingir os objetivos da vida cristã; (2) Se esforçar para obter a salvação.

O que você pensa que Paulo estava querendo dizer com “esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo” no versículo 27?

Sem disciplina na vida cristã, qual é o risco que todos nós corremos? (versículo 27).

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Unidade I

ESTUDO PRINCIPAL

I – A DISCIPLINA DA ADORAÇÃO Nós fomos criados para louvar a Deus. Todas as pessoas devem louvar a Deus, sejam velhos ou crianças, mulheres ou homens. Porém, somente aqueles que conhecem o poder e o caráter de Deus pessoalmente é que podem adorá-lo verdadeiramente. Somente aqueles que conhecem a redenção1 em Cristo é que poderão adorá-lo em espírito e em verdade. Vamos aprender, então, como louvá-lo e adorá-lo por todos os dias de nossa vida.

A – O SACERDÓCIO DO CRENTE A Bíblia ensina que todos nós que somos salvos em Cristo Jesus somos sacerdotes:

“Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciarem os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).

“E fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém!” (Apocalipse 1.6).

No Antigo Testamento, a tribo de Levi do povo de Israel foi escolhida para servir a Deus como a tribo sacerdotal. Somente os nascidos nesta tribo é que podiam se tornar sacerdotes. Mas, agora, no Novo Testamento, todo o povo do Senhor é um povo sacerdotal. Qual era o serviço de um sacerdote? O serviço do sacerdote é descrito em 2 Crônicas 29.11:

“Filhos meus, não sejais negligentes, pois o SENHOR vos escolheu para estardes diante dele para o servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso” (RA).

De acordo com este texto, o serviço do sacerdote era:

Estar diante de Deus para servi-lo oferecendo sacrifícios

Ser ministro (servo) de Deus

Queimar incenso2 Assim como os sacerdotes do AT, nós devemos estar diante de Deus para servi-lo com sacrifícios que Deus aceita:

1Redenção é libertar pagando

um preço; comprar e retirar do mercado. É um dos muitos termos usados para descrever a obra de Deus em Cristo para nos salvar da condenação do pecado e do poder do diabo.

2Incenso era um pó preparado

especialmente para queimar continuamente no Templo judaico, no AT. Ele era para uso restrito no Templo e para a adoração de Deus. No NT não se requer mais este tipo de objeto na adoração dos cristãos. Assim, o incenso permanece como um símbolo da fragrância da perfeição de Cristo e da adoração / oração dos cristãos.

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“Vocês, também, como pedras vivas, deixem que Deus os use na construção de um templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. E isso para que, por meio de Jesus Cristo, ofereçam sacrifícios que Deus aceite” (1 Pedro 2.5).

Os sacrifícios que Deus aceita dos cristãos não são mais sacrifícios de animas, mas sim sacrifícios espirituais, a saber: 1. O Sacrifício vivo da nossa vida a Deus, que é a nossa dedicação ou entrega para servir ao Senhor com tudo o que somos e temos:

“Portanto, meus irmãos e minhas irmãs, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus” (Romanos 12.1).

2. O Sacrifício da contribuição financeira: Paulo, um seguidor de Jesus e plantador de igrejas do primeiro século, falou nestes termos acerca de uma ajuda financeira que ele recebeu da Igreja dos Filipenses:

“... são como um perfume suave oferecido a Deus, um sacrifício que ele aceita e que lhe agrada” (Filipenses 4.18).

3. O Sacrifício da prática do bem e da mútua cooperação:

“Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz” (Hebreus 13.16).

4. O Sacrifício de louvor:

“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.15).

A Bíblia nos instrui para sempre oferecermos sacrifícios de louvor a Deus (Hebreus 13.15). Embora os sacrifícios espirituais não se limitem ao louvor, nosso propósito neste estudo é aprender um pouco sobre o louvor e adoração a Deus.

B – O QUE É ADORAÇÃO John Wimber, o fundador do movimento “A Vinha”, dizia que adoração “é o ato de livremente dar amor a Deus” e que esta “ação dá forma a todas as atividades na vida do Cristão”. Esta é umas das razões porque escolhemos começar estes estudos com a disciplina da adoração. Como já foi dito acima, adoração tem a ver com dar amor a Deus. Marcos 12.30 é um texto bíblico que, apesar de não trazer a palavra adoração, nos mostra claramente o seu conceito:

“Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças”.

Adorar a Deus é amá-lo:

De todo o coração – com o exato centro de nossa vida.

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De toda a alma - com toda a nossa emoção e vontade.

De todo o entendimento - com entendimento, reconhecimento de Sua grandeza, poder, fidelidade e etc.

Com todas as forças - oferecendo o corpo como um instrumento para o uso de Deus.

A primeira vez em que a palavra adoração (adorar) aparece na Bíblia diz respeito ao sacrifício de Abraão3. Há um princípio de interpretação da Bíblia que diz que o significado bíblico de uma palavra pode estar embutido na “primeira menção” de tal palavra nas Escrituras. A primeira vez que a palavra “adorar” aparece na Bíblia é em relação ao sacrifício do filho de Abraão, Isaque. Deus pediu para Abrão sacrificar seu único filho para provar a obediência de Abraão e no final um cordeiro foi sacrificado no lugar de Isaque. Usando, portanto, o princípio da primeira menção, nós entendemos que adoração é sacrifício, mas não no sentido de algo difícil ou penoso e sim no aspecto de ser uma entrega total – ter uma vida totalmente dedicada a Deus por um livre ato de amor.

C – COMO ADORAR A DEUS A Bíblia ensina que todos os servos (aqueles que fazem a vontade) do Senhor devem adorar a Deus:

“Venham e louvem ao Deus Eterno, todos os seus servos, todos os que de noite servem no seu Templo!” (Salmos 134.1).

Assim, a primeira coisa que precisamos entender é que a adoração começa com submissão ao senhorio de Cristo. Quem não está submisso ao Senhor não pode adorar a Deus. O próprio Senhor Jesus nos ensina como adorar ao Pai em João 4.21-24:

“Jesus disse: - Mulher, creia no que eu digo: Chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos4, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus. Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade”.

Jesus ensinou que Deus deve ser adorado em espírito e em verdade. O que isto significa?

Em espírito – O espírito é nossa parte invisível do ser humano; é a parte do nosso ser que nos coloca em contato com Deus e com o mundo espiritual, assim como o nosso corpo nos coloca em contato com o mundo dos sentidos, o mundo físico. Adorar em espírito nos fala de uma entrega íntima, repleta de

3Abraão é conhecido

como o “Pai da fé”. Na verdade, seu nome significa “pai de uma multidão”, porque ele recebeu uma promessa de Deus de que seria o pai de uma grande nação. Esta nação que surgiu a partir de Abraão é a nação de Israel.

4Samaritanos eram os

habitantes do país de Samaria, que reivindicavam ser verdadeiros Israelitas, mas que possuem um sistema de adoração misto, adorando a Jeová, o Deus de Israel, e também outros deuses. Eles eram inimigos dos Israelitas e criam que o único lugar de adoração aprovado por Deus era o Monte Gerizim em Samaria, enquanto que os judeus reivindicavam que era em Jerusalém. A mulher com quem Jesus conversou em João 4 era uma samaritana.

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sentimentos e desejos espirituais. Adorar em espírito é adorar com algo mais do que com a nossa mente e emoções. É adorar a Deus em intimidade, pela fé, por meio de Jesus, na força e inspiração do Espírito Santo de Deus.

Em verdade – Verdade é a real essência de uma coisa; é integridade e sinceridade de caráter. Adorar em verdade é adorar de acordo com o que Deus já revelou, ou seja, de acordo com a Palavra de Deus. Nossa forma de adorar não pode refletir as tradições religiosas, mas tão somente a revelação de Deus por meio da Bíblia. É Deus quem nos ensina, por meio da Bíblia, como adorá-lo.

Neste texto bíblico de João, o Senhor Jesus também nos ensina outro princípio importante sobre a adoração. Ele ensina que precisamos conhecer a quem adoramos. Precisamos conhecer a Deus para adorá-lo em espírito e em verdade:

“Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus” (João 4.22).

Por que muitas vezes nossa adoração é pobre, fraca, sem vigor, desinteressada? Porque não conhecemos ou não estamos crescendo em nosso conhecimento pessoal de Deus. E este conhecimento é mais do que receber informações sobre Deus; é um conhecimento pessoal, baseado em relacionamento e experiência.

D – LOUVOR Louvor é elogio, é exaltar ou engrandecer o nome e os feitos de alguém falando bem dele. Louvar a Deus é elogiar a Deus por quem Ele é e pelo que Ele tem feito. Dentre os muitos ensinamentos bíblicos acerca do louvor, nós queremos destacar apenas alguns. Devemos louvar a Deus por que:

Ele é digno: “Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos” (Salmos 18.3, RA).

O louvor honra a Deus: “Aquele que me traz ofertas de gratidão está me honrando, e eu salvarei todos os que andam nos meus caminhos" (Salmos 50.23).

É bom e dá alegria: “Ó Deus Eterno, como é bom dar-te graças! Como é bom cantar hinos em tua honra, ó Altíssimo! Como é bom anunciar de manhã o teu amor e de noite, a tua fidelidade, com a música de uma harpa de dez cordas e ao som da lira! Ó Deus Eterno, os teus feitos poderosos me tornam feliz! Eu canto de alegria pelas coisas que fazes” (Salmos 92.1-4).

Deus está no meio dos louvores do Seu povo: “Tu, porém, és santo e, sentado no teu trono, recebes os louvores do povo de Israel” (Salmos 22.3). O louvor traz a presença manifesta de Deus para o meio da igreja.

Todos os povos devem louvar a Deus: “Louvem ao Deus Eterno, todas as nações! Que todos os povos o louvem!” (Salmos 117.1). “Todos os seres vivos, louvem o Eterno! Louvem ao Deus Eterno” (Salmos 150.6). A ordem para louvar a Deus não é somente para a igreja, mas para todas as nações, povos e línguas da terra.

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E – COMO LOUVAR AO SENHOR Geralmente, na prática, não se separa louvor de adoração. No entanto, nós cremos que é possível traçar claramente a diferença entre as duas coisas. Enquanto a adoração é mais essencial e diz respeito aos sentimentos espirituais, entrega e consagração do coração, por exemplo, o louvor diz respeito à forma como nós expressamos nossa adoração a Deus. É claro que o louvor envolve sentimentos e expressões do coração, mas ele reflete mais a expressão visível de como demonstramos a nossa adoração a Deus. O Antigo Testamento ordena e descreve diversas maneiras ou formas de louvar ao Senhor, dentre as quais destacamos o louvor:

Com Júbilo e celebração: “Vinde, cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação” (Salmos 95.1, RA).

Com Palmas: “Batam palmas de alegria, todos os povos! Cantem louvores a Deus em voz alta” (Salmos 47.1).

Levantando as mãos: “Levantem as mãos em oração no Templo e louvem o Eterno” (Salmos 134.2).

Com instrumentos de louvor: “Louvem a Deus com trombetas. Louvem com harpas e liras. Louvem o Eterno com pandeiros e danças. Louvem com harpas e flautas. Louvem a Deus com pratos musicais. Louvem bem alto com pratos sonoros. Todos os seres vivos, louvem o Eterno! Louvem ao Deus Eterno” (Salmos 150.3-6).

Ajoelhados: “Venham, fiquemos de joelhos e adoremos o Eterno. Vamos nos ajoelhar diante do nosso Criador” (Salmos 95.6).

Com danças: “Louvem o Eterno com pandeiros e danças. Louvem com harpas e flautas” (Salmos 150.4).

Quando lemos o Novo Testamento, nós percebemos que a ênfase da adoração recai sobre a sua essência, que é a glorificação de Deus, mais do que em sua forma. No entanto, diversos textos nos mostram que os cristãos devem louvar a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais (Efésios 5.19-20; Colossenses 3.16), ainda que não limitem a adoração a isto. O culto espiritual inclui não somente cânticos, mas também as orações, o ensino bíblico, as ofertas e até própria Ceia do Senhor. Por quê? Porque todas estas coisas apresentam os dois elementos essenciais da adoração e do louvor – a glorificação de Deus e a nossa rendição a Ele. Sem estes elementos, a adoração é em vão.

F – ONDE ADORAR E LOUVAR A DEUS Não existe um lugar ou horário exclusivo para adorarmos ao Senhor. Nós podemos adorar e louvar a Deus no leito, em casa: “Exultem de glória os santos, no seu leito cantem de júbilo” (Salmos 149.5), bem como na igreja: “Então contarei à minha gente o que tens feito; na reunião do povo eu te louvarei...” (Salmos 22.22) e “Então eu te agradecerei em público; eu te louvarei no meio da multidão” (Salmos 35.18). Nós podemos e devemos louvar a Deus em todo lugar e perante todos os homens:

“Ele me ensinou a cantar uma nova canção, um hino de louvor ao nosso Deus. Quando virem isso, muitos temerão ao Deus Eterno e nele porão a sua confiança” (Salmos 40.3).

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“Mais ou menos à meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus, e os outros presos escutavam. De repente, o chão tremeu tanto, que abalou os alicerces da cadeia. Naquele instante todas as portas se abriram, e as correntes que prendiam os presos se arrebentaram. Aí o carcereiro acordou. Quando viu que os portões da cadeia estavam abertos, pensou que os prisioneiros tinham fugido. Então puxou a espada e ia se matar, mas Paulo gritou bem alto: -Não faça isso! Todos nós estamos aqui! Aí o carcereiro pediu que lhe trouxessem uma luz, entrou depressa na cela e se ajoelhou, tremendo, aos pés de Paulo e Silas. Depois levou os dois para fora e perguntou: - Senhores, o que devo fazer para ser salvo? Eles responderam: - Creia no Senhor Jesus e você será salvo - você e as pessoas da sua casa. Então eles anunciaram a palavra do Senhor ao carcereiro e a todas as pessoas da casa dele. Naquela mesma hora da noite, o carcereiro começou a cuidar deles, lavando os ferimentos da surra que haviam levado. Logo depois ele e todas as pessoas da sua casa foram batizados. Em seguida ele levou Paulo e Silas para a sua casa e lhes deu comida. O carcereiro e as pessoas da sua casa ficaram cheios de alegria porque agora criam em Deus” (Atos 16.25-34).

II – A DISCIPLINA DO ESTUDO DA BÍBLIA

A Palavra de Deus, a Bíblia, é a nossa única regra de fé e prática; a autoridade final em todas as questões, especialmente em matéria de fé e prática cristã. Isto significa que nós devemos crer em e obedecer a Palavra de Deus acima das opiniões, tradições e doutrinas dos homens, não importando quão piedosos eles possam ser ou aparentar. De fato, tudo o que Deus quis que nós conhecêssemos sobre Si mesmo e acerca das coisas que dizem respeito ao Seu Reino e vontade para o homem está revelado na Sua Palavra, a Bíblia. Como seguidores de Jesus Cristo, nós devemos ter o desejo e compromisso de estudarmos a Palavra de Deus, para que sejamos alimentados espiritualmente e, assim, possamos crescer na nossa fé e conhecimento prático da vontade de Deus para nós. Nesta seção de nosso estudo, a nossa principal preocupação é ensiná-lo como meditar na Palavra de Deus e, assim, ser saturado da verdade de Deus para expressá-la na vida prática. Porém, é preciso conhecer o Livro que você será seu guia antes de começar a usá-lo eficientemente. Assim, nós primeiramente exploraremos algumas questões básicas sobre as Escrituras e, então, mostraremos como se apropriar da Palavra de Deus.

Nota: No estudo anterior você deve ter notado que todos os textos (ou citações) da Bíblia foram

inseridos no corpo do texto para que você pudesse aproveitar melhor o estudo. Além do mais, é possível

que você ainda não saiba encontrar as passagens bíblicas citadas no estudo ou talvez nem compreenda

ainda como funciona este negócio de achar textos na Bíblia. Neste estudo, porém, você aprenderá a ler

e encontrar as referências bíblicas e, assim, os textos bíblicos serão suprimidos deste estudo e nós

apenas indicaremos onde encontrá-os na sua Bíblia. Portanto, sempre que você encontrar uma

referência bíblica, pare seu estudo, procure a referência em sua Bíblia e então leia o que diz o texto

bíblico. Depois, continue sua leitura e estudo. Em certas ocasiões, nós transcreveremos os textos

bíblicos para este estudo, quando necessitarmos completar uma frase ou usar outra versão da Bíblia.

A – A BÍBLIA É UM LIVRO INSPIRADO POR DEUS

A Bíblia é um livro inspirado por Deus – “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Timóteo 3.16, RA). A palavra “inspirada" significa soprada por Deus. Foi o próprio Deus quem soprou ou transmitiu Seus pensamentos aos escritores sagrados. Ela foi escrita através de homens santos guiados pelo Espírito Santo (2 Pedro 1.20-21). Deus

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guiou cerca de 40 homens para escreverem Suas palavras. Ele usou o idioma e as palavras conhecidas do vocabulário dos próprios escritores, mas foi Ele quem guiou o uso e emprego de cada pensamento e palavra.

B – VERSÕES DA BÍBLIA A Bíblia foi escrita originalmente em três idiomas. A maioria do Antigo Testamento foi escrita em hebraico, exceto algumas partes dos livros de Daniel e Neemias que foram escritas em aramaico. O Novo Testamento foi escrito em grego. Nenhum dos manuscritos originais da Bíblia ainda existe. Alguns bons manuscritos que existem são cópias do original. As versões são traduções destas cópias dos manuscritos originais. Desde o início os homens viram a necessidade de traduzir a Bíblia para que todos pudessem a ler em seu próprio idioma. Nenhuma tradução é exata porque nenhum idioma é precisamente igual a outro. Algumas palavras usadas na Bíblia nem sequer existem em os diferentes idiomas atuais. Por exemplo, numa tribo do Equador, América do Sul (Índios Aucas), quando os missionários os avistaram pela primeira vez, estes índios não sabiam como ler ou escrever. Não havia nenhuma palavra em seu idioma para “escrever” ou “livro”. Os índios Aucas tinham um costume de talhar marcas de identificação em suas propriedades. Desde que não havia nenhuma palavra em seu idioma para Escrituras, Escritura ou Livro, quando a Bíblia foi traduzida para eles, ela foi chamada de “O Talhar de Deus”. Isto a identificava como algo que pertencia a Deus. Este é simplesmente um exemplo das dificuldades de traduzir a Bíblia em vários idiomas.

C – TRADUÇÕES E PARÁFRASES

Há muitas versões diferentes da Bíblia. A palavra “versão” significa uma Bíblia escrita num idioma diferente daqueles em que a Palavra de Deus foi originalmente escrita. Há dois tipos principais de versões da Bíblia: Traduções e Paráfrases. Uma tradução é um esforço para expressar o que as palavras gregas, hebraicas e aramaicas realmente dizem. Ela dá, tanto quanto é possível, uma tradução literal palavra por palavra. Palavras extras são inseridas apenas quando é necessário para que o leitor entenda o significado. Uma paráfrase não tenta traduzir palavra por palavra. Ela traduz pensamento por pensamento. Uma paráfrase é uma nova maneira de escrever o dizer o significado de uma passagem. As paráfrases de versões são mais fáceis de ler e entender porque elas são escritas em moderno vocabulário e gramática, porém elas não traduções exatas da palavra de Deus. Se você pode comprar apenas uma versão da Bíblia, nós recomendamos a NTLH - Nova Tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje, que apesar de muitos considerarem uma paráfrase, os editores afirmam que ela é uma tradução real usando vocabulário e gramática atual. Se você pode adquirir mais de uma Bíblia, nós recomendamos que além da já citada NTLH, você adquira também a NVI – Nova Versão Internacional. Outras traduções e paráfrases existentes em português são: Bíblia Revista e Atualizada 2a Edição, Versão Fiel, Versão Contemporânea, Revista e Corrigida, Bíblia Viva.

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D – DIVISÕES DA BÍBLIA A Bíblia é uma biblioteca de 66 livros unidos num só tema: o plano de Deus em Cristo. Apesar de formada por muitos livros, a Bíblia é um só livro, pois foi dada por Deus ao Seu povo, para que nós pudéssemos conhecer a Sua vontade. No entanto, a Bíblia pode ser dividida em duas seções principais:

O Antigo Testamento – com 39 livros – de Gênesis a Malaquias

O Novo Testamento – com 27 livros – de Mateus a Apocalipse

Cada uma destas seções pode ser subdividida: O ANTIGO TESTAMENTO:

O Pentateuco ou Livros da Lei: (5 livros). Os nomes dos livros desta divisão são:

o Gênesis o Êxodo o Levítico o Números o Deuteronômio

Os Livros Históricos: (12 livros). Os nomes dos livros desta divisão são: o Josué o Juízes o Rute o 1 Samuel o 2 Samuel o 1 Reis o 2 Reis o 1 Crônicas o 2 Crônicas o Esdras o Neemias o Éster

Os Livros Poéticos: (5 livros). Os nomes dos livros desta divisão são: o Jó o Salmos o Provérbios o Eclesiastes o Cântico dos Cânticos

Os Profetas Maiores: (5 livros). Os nomes dos livros desta divisão são: o Isaías o Jeremias o Lamentações de Jeremias o Ezequiel o Daniel

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Os Profetas Menores: (12 livros). Os nomes dos livros desta divisão são:

o Oséias o Joel o Amós o Obadias o Jonas o Miquéias o Naum o Habacuque o Sofonias o Ageu o Zacarias o Malaquias

O NOVO TESTAMENTO:

Evangelhos: (4 livros). Os nomes dos livros desta divisão são:

o Mateus o Marcos o Lucas o João

Livro Histórico: Atos dos Apóstolos: (1 livro).

Epístolas Paulinas: (14 Livros). Os nomes dos livros desta divisão são:

o Romanos (carta escrita para uma igreja) o 1 Coríntios (carta escrita para uma igreja) o 2 Coríntios (carta escrita para uma igreja) o Gálatas (carta escrita para várias igrejas) o Efésios (carta escrita para uma igreja) o Filipenses (carta escrita para uma igreja) o Colossenses (carta escrita para uma igreja, mas que deveria ser lida

por outras) o 1 Tessalonicenses (carta escrita para uma igreja) o 2 Tessalonicenses (carta escrita para uma igreja) o 1 Timóteo (carta escrita para um líder de igreja) o 2 Timóteo (carta escrita para um líder de igreja) o Tito (carta escrita para um líder de igreja) o Filemom (carta escrita para um irmão e amigo na fé) o Hebreus (carta escrita para as igrejas. Alguns não consideram Paulo o

autor desta epístola, mas um de seus companheiros na obra de edificação espiritual da igreja).

Epístolas Gerais: (7 livros). Os nomes dos livros desta divisão são: o Tiago o 1 Pedro o 2 Pedro o 1 João o 2 João o 3 João o Judas

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Livro Profético: Apocalipse: (1 livro)

E – CAPÍTULOS E VERSÍCULOS Quando a Bíblia foi escrita originalmente, ela não foi escrita com as divisões de capítulos e versículos. Estes foram acrescentados depois, para ajudar-nos a achar mais facilmente os textos bíblicos que desejarmos ler. Assim, foi criado um sistema de referências para encontrarmos facilmente as passagens ou textos das Escrituras. Por exemplo: João 8.32. O que isto significa? João é o nome do quarto livro ou evangelho do Novo Testamento. O 8 representa o capítulo dentro deste livro, e o 32 representa o versículo dentro do capítulo. João 8. 32 Nós lemos esta referência bíblica da seguinte maneira: “João oito trinta e dois”. Assim, quando você quiser ler ou pedir para outra pessoa ler esta passagem bíblica, você saberá como encontrá-a: basta você procurar na Bíblia o nome do livro, depois o capítulo, e depois o versículo. Veja outros exemplos de como ler e encontrar as referências bíblicas. Exemplo 1:

1 Coríntios 13.1-8. Primeiro vem o livro; depois, o capítulo; depois, os versículos que devem ser lidos. Quando há mais de um versículo numa seqüência, nós lemos, por exemplo, “versículos de 1 a 8 (1-8)”. Assim, a referência em foco deve ser lida da seguinte maneira: “Primeiro Coríntios treze de um a oito”. Algumas pessoas leriam assim também: “Primeira carta (ou epístola) aos Coríntios, capítulo treze, versículos de um a oito”. A forma anterior, porém, é a mais comum.

Exemplo 2:

1 Coríntios 13.1-8, 13. Lemos: “Primeiro Coríntios treze de um a oito e treze”, ou seja, a primeira carta escrita aos Coríntios, capítulo treze, versículos de um a oito e mais o versículo treze.

Exemplo 3:

Efésios 2.20 a 4.31. Lemos: “Efésios dois vinte a quatro trinta e um”.

F – ABREVIAÇÕES

Você encontra muitas abreviações dos livros da Bíblia, tais como Mt, Mc, 1 Jo., 1 Tm, etc. Vá até o índice de sua Bíblia e você encontrará, juntamente com o nome de cada livro da Bíblia, a sua abreviação correspondente. Além de decorar os livros da Bíblia, também é importante decorar estas abreviações, pois facilitará bastante a sua leitura de livros e estudos que usam esta maneira de escrever os nomes dos livros bíblicos.

LIVRO CAPÍTULO

VERSÍCULO

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G – SETE TÍTULOS DA PALAVRA DE DEUS Em Salmos 19.7-9 e 119.105 (RA), nós encontramos sete títulos da Palavra de Deus, a saber:

Lei - princípio ou ensinamento – se refere a toda a revelação escrita de Deus; tudo o que está escrito na Bíblia, de um modo geral, é a lei de Deus. No entanto, em algumas passagens bíblicas, a palavra “lei” se refere aos primeiros cinco livros da Bíblia ou à Antiga Aliança que Deus fez com o povo de Israel (o Antigo Testamento).

Testemunhos – são as revelações declaradas por Deus acerca de Si mesmo;

Preceitos - obrigações morais para o homem cumprir;

Mandamentos - ordens de um rei;

Temor do Senhor (Estatutos) - decretos reais;

Ordenanças ou Juízos - regras divinas de administração;

Palavra – a revelação geral da vontade de Deus. Outros títulos usados para a Palavra de Deus são:

Bíblia, Santa Bíblia, Bíblia Sagrada

Escrituras, Santas Escrituras, Escrituras Sagradas

A Palavra

A Palavra de Deus

A Espada do Espírito H – SÍMBOLOS DA BÍBLIA

A Bíblia usa figuras de linguagem ou símbolos para revelar a sua natureza. Estes símbolos clarificam para nós, humanos limitados, a importância da Palavra de Deus. A Bíblia é como:

Pão - Alimenta e fortalece nosso espírito e nossa alma - Mateus 4.41;

Leite - Nutre o homem interior - 1 Pedro 2.2;

Lâmpada - Ilumina o nosso caminho - Salmos 119.105;

Espada de dois lados – para discernir o que é de Deus e o que não é - Hebreus 4.12.

Fogo - Queima (elimina) o que é impuro e inútil em nossas vidas - Jeremias 23.29a;

Marreta ou Martelo - Quebra os corações endurecidos - Jeremias 23.29b.

I – CINCO MANEIRAS BÁSICAS DE SE APROPRIAR DA PALAVRA DE DEUS

Uma parte indispensável do crescimento cristão é gastar tempo ouvindo, lendo, meditando/estudando, decorando e praticando a Palavra de Deus. Estas são algumas maneiras práticas de nos apropriarmos do conteúdo e das bênçãos da Palavra de Deus.

1 Esta passagem bíblica

faz uma comparação implícita da Bíblia com o pão. “Nem só de pão... mas de toda palavra...”.

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Ouvindo: A Bíblia diz que a “fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Romanos 10.17, NVI). Quando escutamos a Palavra de Deus, isto gera fé em nosso coração. A Bíblia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6). Então, para agradarmos ao nosso Pai e crescermos na fé, precisamos continuamente escutar a Palavra de Deus. Nós podemos ouvir a Palavra de várias maneiras: nas pregações e estudos nas reuniões da igreja, através de fitas de vídeo ou áudio, etc. No entanto, mais do que simplesmente ouvir com os nossos ouvidos, nós precisamos “atender” aos ensinamentos da Palavra, encarando-os com seriedade e procurando praticá-os no dia-a-dia. Lendo: Se você possui uma Bíblia (e deve procurar possuir a sua própria Bíblia), você pode e deve ler a Bíblia todos os dias. Você aprendeu anteriormente que a Bíblia é como pão que alimenta nosso espírito, nosso homem interior. Falando naturalmente, se você deixa de se alimentar, você começa a enfraquecer. E, se deixar de se alimentar por muito tempo, você acabará morrendo. O mesmo é verdade quanto ao alimento espiritual. Se você não lê a Bíblia todos os dias, você se tornará espiritualmente fraco. E se passar muito tempo sem ler a Palavra de Deus, você poderá morrer espiritualmente, ou seja, perder a sua comunhão ou amizade prática com Deus. Meditando/Estudando: Por que precisamos gastar tempo meditando (pensando, ruminando, refletindo) sobre a Palavra de Deus? Porque a Palavra de Deus:

Transmite alegria e felicidade - Jeremias 15.16;

Alimenta o crente - Mateus 4.4; 1 Pedro 2.2; Hebreus 5.12-14;

Torna as nossas vidas frutíferas (Salmos 1.1-3) e prósperas (Josué 1.8-9, RA);

Santifica-nos - João 17.17, RA;

Dá-nos poder para orar - João 15.7; Efésios 6.17,18;

Gera Fé - Romanos 10.17; Hebreus 11.6;

Produz o novo nascimento2 - Tiago 1.18;

Traz saúde física - Salmos 107.17-20; Provérbios 4.20-22;

Ilumina a mente - Salmos 119.130; Hebreus 4.12;

Ajuda-nos a ter vitória sobre o pecado e a tentação - Salmos 119.11;

Ajuda-nos a vencer Satanás - Efésios 6.10-12, 17; Lucas 4.1-13; 1 João 2.14 RA;

Traz purificação - Ef 5.25-27; Jo 15.3 RA;

Como um espelho, traz-nos revelação espiritual sobre a nossa condição - Tiago 1.23-25.

Como este assunto de meditar/estudar a Palavra de Deus toma um pouco mais de tempo, nós vamos deixar ele de lado, por enquanto, e depois retornaremos a ele.

2 Novo nascimento ou regeneração “é

o ato realizado só por Deus, no qual Ele renova o coração humano, fazendo-o reviver depois de estar morto. Na regeneração, Deus age no âmago, no ponto mais fundamental da pessoa humana. Isso significa que não há preparação nem disposição precedente da parte do pecador que solicite ou contribua para a nova vida que lhe é dada por Deus... Jesus diz que, a menos que se nasça de novo, não se pode ver o reino do céu. Sem a graça de Deus, os pecadores não podem encontrar a porta, muito menos entrar por ela... Regeneração é o dom da graça de Deus; é a obra imediata, sobrenatural do Espírito Santo, realizada em nós. Seu efeito é fazer com que nós, da morte espiritual, passemos à vida espiritual. Muda a disposição de nossa alma, inclinando nosso coração para Deus. O fruto da regeneração é a fé. A regeneração antecede a fé” (Bíblia de Estudo de Genebra, pg. 1233)

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Decorando: Pegue a sua Bíblia e leia as seguintes referências bíblicas (lembre-se que a esta altura você já deve saber fazer isto): Deuteronômio 6.6-7; Salmos 119.9, 11. Nestes versículos você leu sobre a importância de guardar a Palavra de Deus no coração3 e uma das maneiras mais comum de se fazer isto é decorar versículos da Bíblia. Veja alguns benefícios de decorar versículos bíblicos:

Capacita-nos a meditar na Palavra de Deus em qualquer lugar, a qualquer hora e em qualquer circunstância (Salmos 63.6-8).

É uma forma da Palavra de Cristo habitar ricamente dentro de nós –(Colossenses 3.16-17).

O Espírito Santo ajudará você a usar os versículos que você decorou quando a situação exigir, como com Jesus quando Ele foi tentado pelo diabo (Mateus 4.1-11).

O Espírito Santo continuamente lhe guiará a Deus e às verdades das Bíblia (João 16.13).

Você começará a ver conexões entre diversas passagens e eventos bíblicos.

Dará a você a capacidade de receber mais da Palavra de Deus. Como decorar versículos da Bíblia? Bem, uma maneira prática para se fazer isto é escrevendo em um dos lados de um pequeno pedaço de papel (geralmente do tamanho de um cartão de visita) o texto do versículo e do outro a referência. Veja o exemplo abaixo: Outro método que ajuda a decorar um versículo bíblico é dividi-lo em partes. Porque nosso versículo de exemplo é pequeno, você poderá dividi-lo em duas partes, mas versículos maiores poderão ser divididos em partes maiores. 1. E conhecereis a verdade, 2. E a verdade vos libertará. 3. João 8.32. Usando o cartão para decorar o versículo, você poderá ler a referência (João 8.32) e recitar o texto (E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará) decorado. Depois, você inverte: lê o texto e diz a referência decorada.

E conhecereis a verdade, e a verdade

vos libertará.

João 8.32

3 O coração é usado na Bíblia

como um símbolo da vida intelectual, volitiva e emocional do homem. Assim, guardar a Palavra no coração significa que a Bíblia deve ter um lugar central em nossas vidas, guiando nossas decisões, controlando nossas emoções e transmitindo o verdadeiro conhecimento ao nosso intelecto.

Lado 1

Lado 2

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Praticando: É muito importante ouvir, ler, meditar/estudar e decorar a Palavra de Deus. Você não deve negligenciar nenhuma destas coisas. No entanto, todas estas coisas têm um só propósito: que você se torne um praticante da Palavra de Deus. Até que você realmente coloque em prática o que você está aprendendo da Bíblia, você não pode dizer que está realmente se apropriando da Palavra. A Bíblia diz: “Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática. Porque aquele que ouve a mensagem e não a põe em prática é como uma pessoa que olha no espelho e vê como é. Dá uma boa olhada, depois vai embora e logo esquece a sua aparência. O evangelho é a lei perfeita que dá liberdade às pessoas. Se alguém examina bem essa lei e não a esquece, mas a põe em prática, Deus vai abençoar tudo o que essa pessoa fizer” (Tiago 1.22-25).

J – MEDITANDO/ESTUDANDO A PALAVRA DE DEUS Meditar ou estudar a Palavra de Deus é uma das maneiras mais profundas e efetivas de se apropriar da Palavra de Deus. Ouvir, ler e decorar a Palavra de Deus são partes importantes do seu crescimento no conhecimento da Palavra. No entanto, se você deseja ganhar mais de sua leitura da Palavra de Deus (e você precisa disto para crescer mais e mais), você deverá gastar um bom tempo em meditação e estudo da Palavra de Deus. Nós queremos dar algumas boas dicas que lhe ajudarão a estudar a Bíblia de um modo bastante produtivo: Três Passos de Estudo: Para estudar a Palavra de Deus, você deve observar que há três passos a seguir. Primeiro você deve observar a passagem que é o objeto de seu estudo. Depois, você deve interpretar a passagem e, por fim, você deve aplicá-la e praticá-la. Para que o seu estudo da Palavra seja proveitoso, faça o seguinte:

1. Determine um horário para o seu estudo diário da Palavra de Deus. Você precisará, pelo menos, de meia hora de estudo. Então, escolha o melhor horário para você.

2. Consiga um caderno, bloco de anotações ou folhas de papel avulsas para você

fazer suas anotações. O estudo sério da Bíblia exige que você faça anotações. Vamos usar Atos 6.1-7 como exemplo do nosso estudo da Bíblia. Comece seu estudo da Bíblia com OBSERVAÇÃO. Peque uma folha e escreva esta palavra no alto dela. Comece a anotar tudo o que você encontrar fazendo as seguintes perguntas: 1. O que o texto está dizendo? O que aconteceu? Resposta: O texto de Atos 6.1-7 fala de uma queixa por parte das viúvas dos judeus de fala grega e de como foi resolvido o problema. 2. Quem é mencionado no texto? Resposta: Os discípulos, os judeus de fala grega, as suas viúvas, os Doze Apóstolos, sete homens escolhidos (Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia), sacerdotes. 3. Quando aconteceu? Resposta: “Naqueles dias”, depois dos apóstolos serem perseguidos (Atos 5).

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4. Onde aconteceu? Resposta: Em Jerusalém. 5. Por que aconteceu? Resposta: Porque os apóstolos eram poucos para cuidar de tanta coisa. 6. Como a situação ocorreu ou como foi resolvida? Respostas: Sete homens foram escolhidos para cuidar da distribuição diária de alimento enquanto os apóstolos se dedicariam apenas ao estudo, pregação e ensino da Palavra e à oração. 7. Quais foram as causas e/ou razões? Resposta: A contenda se originou do esquecimento das viúvas dos judeus de fala grega na distribuição diária de alimento. 8. Quais foram as conseqüências e/ou resultados? Resposta: Houve contenda na igreja quando o problema surgiu e multiplicação quando o problema foi resolvido. 9. Quais os contrastes e/ou comparações encontrados no texto? Resposta: Contrastes: Judeus de fala grega e os que não eram de fala grega; viúvas esquecidas e não esquecidas; obreiros da Palavra e da oração e obreiros que servem às mesas (tarefas mais administrativas). 10. Quais são as palavras/frases-chave do texto? Resposta: Discípulos, viúvas, apóstolos, queixa, distribuição, negligenciar, a Palavra, bom testemunho, fé, cheios do Espírito, orar(am), imposição de mãos, espalhava, crescia, rapidamente. Continue com a INTERPRETAÇÃO. Use outra folha ou parte da folha para anotar os seus pensamentos. Pergunte e responda: 1. Qual foi a intenção do autor ao escrever? Resposta: Mostrar como um problema foi resolvido na igreja, qual era a verdadeira posição dos apóstolos, como surgiram os primeiros “diáconos”, como a solução de um problema trouxe crescimento à Igreja. 2. Qual é a idéia principal, princípio ou lição ensinada do texto? (As palavras-chave podem ajudá-lo nisto). Resposta: Quando cada um é suprido em suas necessidades e cada um serve a Deus na sua posição determinada por Ele, isto traz crescimento à igreja como um todo. Procure escrever com suas próprias palavras o que o texto está dizendo (paráfrase). Depois, faça um resumo escrito do que você aprendeu com o texto. Depois, faça a APLICAÇÃO do que você aprendeu. Use outra folha ou parte da folha para isto. Pergunte e responda (as respostas podem estar explícitas ou implícitas no texto): Há... 1. Alguma advertência? Resposta: Sim. Não permitir que alguém seja esquecido na igreja. Não tentar resolver os problemas com queixas, mas com soluções concretas.

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2. Alguma Promessa? Resposta: Não. 3. Algum exemplo a imitar? Resposta: Sim. O exemplo dos apóstolos em se dedicar à oração e a Palavra, o exemplo de Estevão, que era cheio de sabedoria, fé e do Espírito Santo, e o exemplo dos outros que foram escolhidos porque tinham boa reputação, sabedoria e eram cheios do Espírito Santo. 4. Pecados a confessar, evitar, deixar? Resposta: Murmuração, queixa. 5. Motivos para agradecer, adorar, louvar? Resposta: Pela provisão de Deus através da igreja, pela direção do Espírito para resolver problemas. 6. Algum ensinamento sobre Deus/Jesus/O Espírito Santo/Você? Resposta: O Espírito Santo enche as nossas vidas para servirmos melhor a Deus e uns aos outros. Eu preciso ser uma pessoa de boa reputação, cheio de fé e do Espírito Santo. Por fim, faça uma oração e comprometa-se a praticar o que você aprendeu.

III – A DISCIPLINA DA ORAÇÃO Assim como a Bíblia é o alimento do cristão, a oração é a respiração do cristão. Cristo sempre esperou que nós orássemos e até deixou claros incentivos para nós. Quando oramos nós estamos nos comunicando com Deus. Portanto, nós devemos sempre orar para que a nossa comunhão com Deus continue sempre renovada e íntima.

A – POR QUE ORAR Há muitas razões para nós orarmos, mas citaremos apenas três:

Porque é um dever ensinado por Cristo (Lucas 18.1).

Porque Cristo esperava que Seus discípulos orassem (Lucas 11.2, RA – Note que Ele diz “quando” e não “se” orardes).

Porque Jesus incentivou a oração (João 16.24).

B – JESUS: NOSSO MODELO DE VIDA DE ORAÇÃO Em tudo Jesus é o nosso modelo. Quanto à oração, Ele nos deixou exemplos bem claros de que Ele não somente orava, mas que também fazia da oração um estilo de vida. A sua primeira oração registrada na Bíblia foi por ocasião de Seu batismo (Lucas 3.21). Depois, vemos que a oração tornou-se um hábito constante na vida do Senhor Jesus, pois Ele orava constantemente em lugares desertos (Lucas 5.15,16) e de manhã bem cedo (Mc 1.35), entre os outros muitos exemplos bíblicos.

C – A QUESTÃO DA FÉ Nós sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6). Portanto, a fé é um elemento essencial da oração. Precisamos ter fé para recebermos algo do Senhor (Tiago 1.6-8). Quando orarmos, devemos crer que já recebemos (Marcos 11.24).

D – OBSTÁCULOS À ORAÇÃO Agora iremos listar 10 obstáculos que impedem a oração do crente:

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Pedir mal, com egoísmo (Tiago 4.3).

Orar com hipocrisia, para ser visto pelos homens (Mateus 6.5-8).

Orgulho (Salmos 138.6).

Pecados (Isaías 59.1-3).

Falta de perdão, relacionamentos quebrados (Mateus 5.23,24).

Amargura (Hebreus 12.15-17, RA).

Ídolos no coração (Ezequiel 14.3).

Falta de misericórdia (Provérbios 21.13).

Inconstância e falta de fé (Tiago 1.5-7).

Relacionamento conjugal quebrado (1 Pedro 3.7). Veja se há algum destes obstáculos em sua vida e trate de removê-los, se você deseja uma vida de oração eficaz e produtiva.

E – PONTOS IMPORTANTES SOBRE A ORAÇÃO

Perseverança: A Bíblia enfatiza com grande força a importância da perseverança (Lc 11.5-8). Devemos orar até recebermos a resposta de Deus, seja ela “sim”, “não” ou “espere”. O Espírito Santo: Nós também podemos contar com um amigo que nos ajuda na oração - o Espírito Santo (Romanos 8.26-27). Ele intercede por nós diante do Pai e transforma as orações de modo que possam ser ouvidos por Deus. Orar com um Alvo Definido: Em 1 Timóteo 2.1-2 nós lemos de maneira clara acerca de quem deve ser o alvo de nossas orações. Assim, com a ajuda do Espírito e tomando como ponto de partida 1 Timóteo 2.1-2, nós podemos orar com grande proveito.

F – ADVERTÊNCIAS

A oração não é brincadeira. Portanto, nós devemos ter cuidado com duas coisas básicas:

Devemos ter cuidado com a hipocrisia, com o orar para ser visto pelos homens - Mateus 6.5-6.

Devemos ter cuidado com as vãs repetições - Mateus 6.7-8.

G – POSTURAS NA ORAÇÃO A Bíblia não estabelece uma única postura para a oração. Ao contrário, ela descreve diversas posturas. Assim, não devemos estabelecer para nós mesmos e para os outros uma “única” postura correta. Há muitos que dizem: “Oração de verdade é de joelhos”, ou frases parecidas. Este tipo de declaração apenas traz condenação e jugo; não produz nenhum tipo de edificação, pois não está de acordo com a verdade. Não há nenhuma diferença espiritual entre orar de joelhos ou em pé. A importância da nossa postura deve está relacionada à atitude do nosso coração e ao ambiente espiritual no qual a oração é gerada. Então, seja qual for a postura assumida, o importante é que seja um produto do coração e não de regras e tradições religiosas. Nós vemos, na Bíblia, diversas posturas de oração, tais como:

Orar com o rosto no chão (sobre a face) - Nm 20.6; Dt 9.25; Mt 26.39.

Com a cabeça (o rosto) entre os joelhos - 1 Rs 18.42.

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Prostrado - Gn 24.26; Êx 4.31; 34.8.

Ajoelhado - 1 Rs 8.54; 2 Cr 6.13; Is 45.23; Dn 6.10.

De pé - 1 Rs 8.22, RA.

Com as mãos levantadas - Sl 28.2; 1 Tm 2.8.

H – ATITUDES APROPRIADAS NA ORAÇÃO Quando orarmos, devemos nos apresentar diante de Deus com certas atitudes que nos ajudarão a conseguir o favor de Deus. De acordo com a Palavra, devemos orar:

Como humildade - 2 Cr 7.14, RA; Lc 22.42. (A Oração humilde submete-se totalmente à vontade de Deus).

Com fé - Mt 21.22; Tg 1.6; Hb 10.22;

Em verdade - Sl 17.1; 145.18;

Com confiança - Sl 56.9; 86.7; 1 Jo 5.14; Hb 10.19-22;

Perdoando aos outros - Mt 6.12; Mc 11.25-26. I – UM MODELO PRÁTICO DE ORAÇÃO

Tomando como base a “Oração do Pai Nosso”, a oração modelo do Senhor Jesus Cristo, conforme registrada em Mateus 6.9-15 (NVI), nós podemos desenvolver uma sólida vida de oração. A conhecida “Oração do Pai Nosso” não foi dada para ser repetida, mas para ser aprendida. Jesus a deu como um modelo básico do conteúdo de uma oração. Jesus ensinou, através desta oração-modelo, que a oração tem pelo menos seis partes:

Invocação – v. 9. “Pai nosso”. A invocação é chamar pela presença de Deus para que Ele escute nossa oração. Nós podemos orar diretamente ao Pai e ao Filho. Não haja exemplos bíblicos de orações dirigidas diretamente à pessoa do Espírito Santo, mas também não há nenhuma proibição. Ao iniciarmos a oração com a invocação, nós chamamos pela presença de Deus ao mencionar um de Seus nomes e/ou títulos. Exemplos:

o “Pai”. o “Meu Deus”. o “Pai de amor”. o “Senhor”. o “Senhor Jesus”. o “Querido Espírito Santo”.

Louvor/Ações de Graças – v. 9. “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome”. Comece a sua oração agradecendo a Deus, elogiando-o (louvando) por quem Ele é e pelo que Ele tem feito. Também agradeça ao Pai pelas coisas que Ele tem feito em você, para você e através de você. Exemplos: o “Pai, eu te louvo porque tu és fiel e bom pra mim e para o Seu povo.

Eu te agradeço por Seu grande amor demonstrado lá na cruz”. o “Meu Deus, graças te dou pelo ar que eu respiro e pela salvação que

me destes por meio do teu Filho, Jesus”. o “Senhor, como é bom te amar! Como sou feliz e grato por tua

presença em minha vida”. o “Bendito Deus, como teu nome é precioso! Eu te exalto por tua

bondade. Louvo-te por causa das maravilhas que tens feito. Te louvo pela minha... (salvação, saúde, provisão, paz, emprego, família, etc.)”.

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Intercessão – v. 10. “Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Depois de louvar ao Senhor e agradecer pelas coisas que Ele tem feito por você, continue sua oração intercedendo, ou seja, orando em fazer de outras pessoas ou coisas. Jesus orou pela vinda do reino e pelo cumprimento da vontade de Deus na terra. No topo de nossa lista de intercessão devem estar estes pedidos: a vinda do reino (hoje) sobre a terra e a vontade de Deus. O que significa orar para que o reino venha e a vontade de Deus seja feita na terra como é no céu? Exemplos:

o Pedir pela salvação de parentes e amigos citando o nome deles. o Pedir pela proclamação do Evangelho (em palavras e obras). o Pedir pela ação de Deus salvando, libertando e transformando as

pessoas que evangelizamos. o Pedir pela multiplicação de discípulos e pela plantação de igrejas. o Pedir para Deus levantar obreiros - plantadores de igrejas, pastores e

líderes. o Pedir a Deus pelo crescimento numérico e espiritual da igreja.

Petição – v. 11, 13a. “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia... E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”. Alguém disse que petição é “intercessão por si mesmo”. É pedir a Deus por suas necessidades pessoais. O pão mencionado por Jesus é apenas um símbolo de suas necessidades; assim como a comida (o pão) é uma necessidade fundamental para nossas vidas, assim também as nossas orações devem focalizar naquilo que é provisão essencial para vivermos para Deus, para nossas famílias e para o nosso próximo. No entanto, as nossas necessidades não são apenas materiais, mas também emocionais, intelectuais, sociais e espirituais. Portanto, podemos pedir a Deus também por provisão nestas outras áreas. Exemplos: o Pedir emprego, trabalho ou funções remuneradas. o Pedir alimento quando você fez tudo para consegui-lo e ainda assim

foi insuficiente. o Pedir saúde emocional ou física. o Pedir crescimento espiritual. o Pedir força e coragem em meio às provas e tribulações. o Pedir sabedoria e compreensão. o Pedir compaixão pelos necessitados.

Confissão – v. 12a. “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”. Dívidas são deveres espirituais que não temos cumprido. Nós devemos confessar nossas dívidas, chamando-as pelo nome. A Bíblia ensina que “quem esconde seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Pv 28.13). Confessar com o compromisso de deixar faz uma grande diferença na vida do cristão. As duas coisas devem andar juntas. E não podemos esquecer do que a Bíblia ensina em 1 João 1.7 e 9: “Se andarmos na luz (em transparência, confessando os pecados)... o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (NVI). Nós devemos confessar nossos pecados a Deus para recebermos o Seu perdão, mas também devemos confessar nossos pecados uns aos outros: “confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados” (Tiago 5.16, NVI). Exemplos:

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o Pecados conhecidos (mentira, impureza, maledicência, prostituição, etc.).

o Não fazer o que Deus mandou. o Fazer o que Ele não andou. o Falta de perdão. o Falta de compaixão.

Adoração – v. 13b. “Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre”. Jesus começou cm louvor e concluiu com adoração. “Adoração é o ato de livremente dar amor a Deus” (John Wimber). Adoração envolve intimidade e entrega. Você ora adorando quando você diz palavras de amor e entrega a Deus. Exemplo: o “Pai, eu te amo mais que tudo. A minha vida entrego em tuas mãos”. o “Senhor Jesus, eu entrego tudo o que sou e o que tenho a ti, porque

tu és a minha vida e o meu tudo”. o “Tu és precioso para mim, Senhor, eu te adoro!” o “Estar em tua presença, Senhor, é a melhor coisa do mundo. Como eu

te quero!”

IV – A DISCIPLINA DO JEJUM A primeira vez que lemos sobre o jejum na Bíblia é no AT. Ali o jejum foi praticado por Moisés, quando ele subiu e permaneceu no monte por 40 dias na presença de Deus e recebeu os Dez Mandamentos. Diversas outras passagens no AT também confirmam a prática do jejum entre os judeus. Em quase todos os textos do AT sobre o jejum, a idéia que prevalece é a de humilhar-se na presença de Deus. Embora a palavra apareça apenas nove vezes no NT, o jejum foi uma disciplina de crescimento espiritual muito comum na Igreja Primitiva, bem como no decorrer de toda a história do Cristianismo. João Batista jejuou e ensinou aos seus discípulos a jejuar. Jesus Cristo assegurou aos Seus discípulos que, quando Ele fosse retirado fisicamente da cena terrestre, eles jejuariam. De fato, Jesus ensinou que o poder sobre certos os espíritos imundos apenas poderia ser exercido com oração e jejum (Mateus 17.21). O próprio Senhor Jesus foi guiado pelo Espírito ao deserto onde Ele jejuou por 40 dias e noites. Paulo e Barnabé foram enviados em sua primeira jornada para plantar igrejas após jejum e oração (Atos 13.2,3). O jejum é uma prática muito importante para fortalecer o nosso espírito e enfraquecer a nossa vontade própria. Porém, devemos saber como jejuar, de modo que o nosso jejum agrade a Deus, quem conhece os nossos motivos e as intenções do coração.

A – EXEMPLOS DE PERSONAGENS BÍBLICOS QUE PRATICARAM O JEJUM A história bíblica está repleta de personagens que se dedicaram ao jejum. Foram homens e mulheres de Deus que se humilharam diante do Senhor e O buscaram com jejuns e orações. Estes exemplos devem nos animar na prática do jejum, pois revelam-nos que uma parte do sucesso deles, em diversas situações da vida, foi alcançada por meio do jejum. Entre as personagens bíblicas, nós destacamos:

Moisés - Êxodo 24.17,18; Deuteronômio 9.9-25;

Elias - 1 Reis 19.8;

Daniel - Daniel 10.1-3;

Davi - 2 Samuel 12.16-21;

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Ester e os judeus - Ester 4.1-16;

O Senhor Jesus - Mateus 4.2; Lucas 4.2;

Paulo - Atos 9.9; 2 Co 11.27;

Os líderes da igreja em Antioquia - Atos 13.2.

B – MOTIVOS ERRADOS PARA JEJUAR Como tudo no qual o homem coloca a sua mão, o jejum também pode ser arruinado, se não prestarmos atenção nos motivos pelos quais oramos. Deus não receberá nosso jejum e, conseqüentemente, tal jejum não nos servirá de nada, se jejuarmos:

Para benefícios egoístas - 1 Reis 21.1-4;

Para nós mesmos e não para o Senhor - Zacarias 7.5, 11;

Para sermos visto pelos homens - Mateus 6.16-18;

Para alcançarmos aquilo que já foi realizado por Cristo - Cl 2.10.

C – A ESSÊNCIA DO JEJUM O jejum não é meramente deixar de ingerir alimentos. A essência do jejum está em afligir a alma (Salmos 35.13, RA), negando-lhe coisas que não alimentam o espírito. Não há nada de errado em comer e beber, mas quando abrimos mão disto nós enfraquecemos o corpo. Quando o corpo enfraquece, a alma – o centro de nossas emoções, intelecto e vontade – também enfraquece. Daí, o espírito, que é a parte mais interior do nosso ser e que tem comunhão com Deus, pode sobressair-se e assim permitir-nos mais poder, intimidade, comunhão e eficácia na oração. Deixar a alma sem aquilo que a satisfaz e que é meramente humano, para que tenhamos uma maior sensibilidade espiritual, é o que almejamos por meio do jejum (Salmos 69.10,11; Atos 13.1-2). O jejum não pode ser compulsório e nem pode estar vinculado a méritos supersticiosos. A essência do jejum é um espírito humilde diante de Deus e não meramente uma ocasional abstinência de alimentos. Por outro lado, o jejum não pode ser “espiritualizado” e visto apenas como algo que é para ser interiorizado sem a correspondente prática natural do mesmo. Jejuar é deixar de alimentar-se fisicamente, sim. Não espiritualize isto. Não pense que o jejum é um símbolo ou apenas uma alusão a uma verdade espiritual. O jejum é como o batismo e a ceia. Por si só, estas ordenanças não possuem qualquer efeito espiritual sobre nossas vidas. Mas, elas são ordenanças! A prática real, física, destas ordenanças foi estabelecida por Jesus Cristo e, portanto, não podem ser considerados apenas símbolos de verdades espirituais, muito embora também sejam. O jejum, portanto, é essencialmente negar-se a si mesmo, ser justo e para o com o próximo, mas também é deixar de comer e/ou beber por um determinado período. Como tudo o que é espiritual e que possui uma expressão física, tangível, não podemos apenas ficar com o significado do jejum; pelo contrário, devemos abraçar tanto o seu significado espiritual quanto a sua prática física, natural.

D – QUANDO JEJUAR O jejum não deve ser feito por tradição ou religiosamente. Ele deve ser uma prática comum e constante em nossas vidas, mas devemos saber por que jejuamos e quais são as ocasiões oportunas para o jejum. A Bíblia nos mostra diversas ocasiões quando pessoas jejuaram e buscaram a Deus.

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Nós devemos jejuar nestas ocasiões:

Em tempos de tentação, provas e conflitos espirituais - Lucas 4.1-2;

Para expulsar demônios - Mateus 17.20-21;

Quando a igreja for convocada - Joel 1.14; 2.15-16;

Para buscar direção do Senhor quanto à Sua obra e Reino - Atos 13.1-4;

Em tempos de crises (as mais diversas) - Esdras 8.21; Juízes 20.26; 1 Samuel 7.6;

Em tempos específicos de oração - Mateus 4.2; 14.23.

E – A FORMA DO JEJUM Não podemos estabelecer uma forma exclusiva para o jejum, porque a própria Palavra de Deus não a estabelece. O jejum típico é aquele que vai das 6 da manhã (nascer do sol) às 6 da tarde (pôr do sol) e inclui apenas água. Não se come nada sólido e nem sucos, iogurtes, frutas e etc., apenas água. O jejum total, que inclui não comer nem beber nada, nem água, foi praticado sobrenaturalmente por Moisés e pelo Senhor Jesus Cristo. Foi uma operação especial do Espírito Santo de Deus. Eles passaram 24 horas por dia, durante quarenta dias, sem comer nem beber nada. Ester e os judeus, quando Israel foi ameaçado de extermínio, jejuaram 3 dias sem comer nem beber nada. Nós cremos que este é o limite máximo para este tipo de jejum e recomendamos que haja acompanhamento médico. O jejum específico é aquele aonde se determina que uma coisa ou tipo de alimento seja excluído, por um período de tempo, de seu cotidiano. Por exemplo, não comer carne durante uma semana, não assistir televisão e etc. O mais importante aqui é a atitude do coração e o compromisso de não quebrar o que foi determinado.

F – JEJUM E JUSTIÇA

Antes de tudo, eu recomendo que você leia Isaías 58. Porém, lembre-se que os títulos em algumas de nossas Bíblias não são inspirados por Deus, mas foram acrescentados pelos tradutores e/ou editores para ajudar a dividir melhor os capítulos e seus temas. Às vezes isto atrapalha bastante, como é o caso aqui. O título “o jejum verdadeiro” não existe no original de Isaías 58. Nós podemos até inferir que o texto fala realmente sobre isto, mas precisamos ir um pouco mais além à nossa compreensão. Nós sabemos que os profetas eram porta-vozes de Deus para pregar contra as injustiças que o povo de Deus praticava, bem como os líderes civis e religiosos. Muitas vezes, quando os profetas criticavam alguma prática literal, ele não estava insinuando que a mesma deveria ser abolida ou extinta, como os sacrifícios, por exemplo. No capítulo 1, Isaías proclama que as ofertas ou sacrifícios oferecidos a Deus não possuíam nenhum valor para Deus. Por quê? Simplesmente porque não estavam sendo realizados com a intenção de Deus. O povo era exortado, portanto, não para deixar de lado os sacrifícios de animais, mas sim para que realizassem os sacrifícios com o propósito, a motivação e o alvo correto. O mesmo se aplica ao jejum aqui no capítulo 58. Isaías não está ensinando que o jejum natural, ou seja, a abstinência de alimentos não seja importante ou verdadeiro. O que ele advoga em nome de Deus é que a prática natural do jejum não tem valor algum se não for acompanhada da sua essência, que é humilhar-se na presença de Deus e praticar a justiça para com Deus e para com o próximo.

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Jejuar e não lutar pela justiça na sociedade é, de fato, uma tremenda hipocrisia. Jesus nos chamou para sermos como luzes no meio da escuridão deste mundo. Nós devemos jejuar naturalmente, ou seja, abster-nos de alimentos enquanto gastamos tempo na presença de Deus, mas ao mesmo tempo devemos estar preocupados em que os pobres e oprimidos sejam alcançados pela justiça de Deus, que não somente redime o pecador, mas também restaura a dignidade e provê oportunidades para uma condição melhor de vida.

V – A DISCIPLINA DA COMUNHÃO Salvação não é uma questão individual. Quando nos voltamos ao Senhor, nós passamos a fazer parte de uma nova família, a família de Deus, a Igreja. Além de usar a figura da família para descrever a vida em conjunto dos filhos de Deus, a Bíblia também usa a figura de um corpo. A Igreja é chamada de “o corpo de Cristo”, formado por muitos membros, ou seja, eu, você e todos os outros verdadeiros cristãos do mundo todo. De fato, a Bíblia ensina que todos nós, além de sermos salvos, também somos membros uns dos outros:

“Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros” (Romanos 12.4-5, RA).

Neste estudo, nós aprendemos sobre algumas maneiras práticas de viver como um corpo.

A – O SIGNIFICADO DE SERMOS "MEMBROS UNS DOS OUTROS" Leia Romanos 12.5. Aqui nós encontramos a expressão “somos membros uns dos outros” (RA). O que isto significa? Entre outras coisas...

Que todos os membros do corpo são necessários e que cada um complementa o outro - 1 Coríntios 12.14 a 24.

Que não devemos nos dividir - 1 Coríntios 12.25a.

Que devemos cooperar uns com os outros, com igual cuidado - 1 Coríntios 12.25b.

Que devemos compartilhar tanto as alegrias quanto às tristezas - 1 Coríntios 12.26.

Que devemos “afiar” uns aos outros – Provérbios 27.17.

Que não devemos deixar de nos congregar – Hebreus 10.25

B – COMPROMISSO COM O CORPO DE CRISTO Nossa união no corpo de Cristo – a Igreja – deve ser prática e efetiva, não uma teoria vazia de significado e relevância. Comunhão (participação em comum, parceria) implica, automaticamente, em compromisso. Nosso compromisso com o corpo de Cristo opera em três níveis:

Compromisso a nível local. Nosso compromisso com o corpo de Cristo, através da igreja local, deve ser pessoal e prático. Há pelo menos três maneiras gerais de mostrar compromisso com a igreja local:

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o Sendo Batizado - O batismo nas águas é o primeiro passo para mostrar compromisso com Cristo e com Seu corpo (Atos 2.41; 8.12; 10.47-48).

o Perseverando na vida da igreja, ou seja, nas atividades, no

aprendizado, nas orações, etc. (Atos 2.42).

o Contribuindo material e financeiramente (Atos 2.45; 4.32-35; 1 João 3.16-18) para que os serviços da Igreja sejam realizados e seus objetivos sejam alcançados.

Compromisso com a família de igrejas da qual fazemos parte. Nós fazemos parte de uma família de igrejas e, como tal, nós também somos responsáveis em cooperar com as demais igrejas desta família.

Compromisso a nível mundial. A Bíblia ensina que há um só corpo de Cristo. Portanto, não importa o nome que uma igreja (ou uma família de igrejas) tenha, nosso compromisso é com todos os filhos de Deus. Obviamente que somos criteriosos em nossa cooperação com outras igrejas, porque não queremos estar associados com qualquer grupo que possua algum sério problema em termos de doutrina ou prática. Mas, considerando que esteja tudo certo com uma igreja ou ministério qualquer e que o Senhor nos dirige a isto, nós estamos comprometidos em ajudar outros irmãos e grupos por meio de nossas orações, contribuições, visitas, ministério da Palavra, etc.

B – RELACIONAMENTO ENTRE OS IRMÃOS

Parte de ser membro uns dos outros é relacionar-se com os irmãos na igreja, pessoas que certamente são diferentes da gente e com os quais, certamente, podem surgir conflitos entre irmãos. No entanto, a Bíblia ordena e exorta que vivamos em união uns com os outros (Salmos 133.1). Jesus mesmo ordenou que nos amássemos uns aos outros (João 13.34-35). Este amor é estimulado e ensinado nas Escrituras do Novo Testamento como um relacionamento bíblico do tipo “uns aos outros”. Vejamos vários exemplos deste tipo de relacionamento entre os irmãos:

Amar uns aos outros (João 13.34-35).

Ter comunhão uns com os outros (1 João 1.7).

Perdoar uns aos outros (Ef 3.13; 4.32; Cl 3.13).

Dedicar-se e dar preferência uns aos outros (Romanos 12.10).

Aceitar um aos outros (Romanos 15.7).

Cuidar um dos outros (1 Coríntios 12.25).

Levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6.2).

Encorajar e edificar uns aos outros (1 Tessalonicenses 5.11).

Estimular uns aos outros para o amor e às boas obras (Hebreus 10.24).

Confessar os pecados uns aos outros (Tiago 5.16).

Orar uns pelos outros (Tiago 5.16).

Servir uns aos outros (1 Pedro 4.10).

Fazer o bem uns aos outros (1 Ts 5.15).

Lavar os pés uns dos outros (mostrar humilde serviço) (João 13.14).

Trabalhar e cooperar uns com os outros (1 Co 3.9; 2 Co 6.1).

Ensinar uns aos outros (Cl 3.16).

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VI – A DISCIPLINA DO SERVIÇO No estudo anterior, a Igreja é comparada a um corpo. Nós somos o corpo de Cristo e membros uns dos outros. Como um corpo verdadeiro, nós devemos crescer. Todo corpo natural que é saudável cresce e se desenvolve. Assim também deve ser com o “corpo espiritual”, a Igreja. Deus tem um plano de Deus para o crescimento do corpo de Cristo. Nós lemos sobre este plano em Efésios 4.11-16. Este texto bíblico nos ensina, em linhas gerais, qual é o plano de Deus para o crescimento de cada membro do corpo de Cristo – a Igreja – e, conseqüentemente, do corpo todo coletivamente.

A – CADA UM RECEBEU UM DOM Efésios 4.7 diz que “cada um de nós recebeu um dom especial, de acordo com o Cristo deu” (NTLH). Nem todos recebem os mesmos dons, mas todos recebem pelo menos um dom. O que é um dom ou dom espiritual? É uma capacitação especial que Deus nos dá para fazer coisas que não faríamos apenas com as nossas habilidades humanas.

B – DONS FUNDAMENTAIS Todos os discípulos recebem o privilégio de servir a Deus com os dons espirituais. Há diversos dons que o Espírito distribui segundo a Sua vontade. Alguns destes dons são listados em Efésios 4.11. Estes são conhecidos como os “dons fundamentais”, porque eles funcionam como um alicerce sobre o qual todos os demais dons e ministérios da igreja se desenvolvem. Os dons ou ministérios fundamentais são:

Apóstolo: A palavra significa “um enviado”. Os Doze Apóstolos foram especialmente escolhidos por Jesus e o ensinamento deles é o fundamento doutrinário da Igreja, juntamente com as cartas do apóstolo Paulo. Estes foram obreiros que ensinaram a Palavra de Deus por “revelação”, por isso seus ensinamentos tinham a mesma autoridade que as Escrituras inspiradas e, de fato, se tornaram as Escrituras do Novo Testamento. Não existem mais apóstolos desta categoria na Igreja hoje porque não há mais novas revelações desde que o conjunto dos livros inspirados – 66 livros - já está completo e este é a Bíblia. Num sentido mais limitado e prático, porém, um apóstolo seria qualquer obreiro enviado para pregar o Evangelho, plantar igrejas, consolidar estas igrejas, estabelecer líderes nestas igrejas e supervisionar o crescimento das mesmas.

Profeta: Os profetas também formaram um grupo especial de homens no AT e NT que falaram por revelação divina. Não há mais profetas no sentido de mensageiros de novas mensagens reveladas da parte de Deus, pois o conjunto dos livros inspirados – 66 livros - já está completo e este é a Bíblia. Porém, num sentido lato, um profeta é alguém capacitado a falar com a autoridade de Deus, como se Deus mesmo estivesse falando, com o intuito de edificar, consolar e animar o corpo de Cristo. O profeta proclama a Palavra de Deus para a Igreja – trazendo direção, correção, ânimo, etc. – e para o mundo – pregando contra as injustiças e apontando a verdade e a justiça de Deus.

Evangelista: Um evangelista é um pregador ungido por Deus para atrair facilmente os pré-cristãos para ouvirem a mensagem do

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Evangelho. Eles são dotados com um extraordinário poder espiritual de persuasão. Geralmente, as pregações e o ministério do evangelista são acompanhados por sinais e prodígios. Há diversos tipos de evangelista: de multidões, de jovens, de crianças, de rua, etc.

Pastor: Um pastor é um obreiro capacitado por Deus para cuidar pessoalmente das ovelhas (filhos, servos, amigos, discípulos) de Cristo que se reúnem numa dada igreja local. Ele possui um interesse apaixonado pelo bem-estar de outrem, sempre procurando orientar, proteger, ajudar, ensinar, guiar, consolar, etc.

Mestre: Um mestre é um obreiro divinamente capacitado para explicar as Escrituras, de modo que as pessoas compreendam com facilidade e sejam motivadas a praticar os ensinamentos que receberam. A capacidade do mestre está em explicar e não em conhecer as Escrituras, muito embora ele precise conhecer bem as Escrituras para poder ensiná-la.

C – O PROPÓSITO DESTES DONS FUNDAMENTAIS Efésios 4.12 explica que o propósito destes dons fundamentais é preparar ou capacitar os membros do corpo de Cristo para a obra do ministério. Esta palavra, “capacitar”, foi traduzida da palavra grega “Katartismos”, que significa:

Ajustar

Mobiliar por completo

Dar todas as condições

Equipar (um exército)

Concertar (um osso quebrado ou uma rede partida) Capacitar, portanto, tem duas aplicações básicas:

Preparar algo para que seja útil

Equipar com o que for necessário para desempenhar uma tarefa A obra dos dons fundamentais, portanto, não é fazer as coisas na igreja, mas capacitar os demais membros do corpo de Cristo para que façam o que tem que ser feito. Os pastores e mestres de uma igreja, por exemplo, não foram colocados ali para fazer todas as coisas. Eles foram chamados por Deus para treinar você, para que você mesmo faça o que Deus chamou você para fazer. Assim, eles funcionam como um técnico de um time, cujo papel não é o de entrar em campo, mas sim o de treinar e preparar os jogadores para que esses possam jogar (e jogar bem!). E o que é a “obra do ministério”? É simplesmente o serviço cristão, a tarefa (ou tarefas) que Deus designou para cada discípulo realizar no e para a edificação do corpo de Cristo. Existem tarefas ou ministérios comuns que todos os discípulos devem desempenhar e há tarefas (ou ministérios) especiais que, para desempenhá-las bem, nós precisamos receber uma capacitação divina especial. Por exemplo, orar é uma tarefa (ou ministério) comum para todos os membros do corpo. No entanto, algumas pessoas recebem uma capacitação especial de Deus para orar mais intensamente ou interceder por outras pessoas e/ou coisas. Outro exemplo: todos devem louvar a Deus, mas nem todos possuem uma unção ou capacitação especial do Espírito Santo para ser um líder de adoração ou outro membro qualquer da equipe de adoração.

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O que importa, porém, é que “todos podem jogar”. Há espaço para todos servirem no reino de Deus e na igreja. A questão é: você está disposto a ser útil?

D – TRAZENDO ALGO No que diz respeito às tarefas comuns que todos os membros do corpo podem e devem desempenhar (orar, adorar, contribuir, evangelizar, discipular, etc.), é importante vincularmos estas coisas com a nossa participação nas reuniões da igreja, especialmente nas células ou grupos pequenos. A Bíblia ensina que todos devem participar, todos devem trazer algo à reunião. Nós lemos em Deuteronômio 16.16-17 que Deus requeria seriamente isto de cada homem Israelita. Cada um deles tinha que comparecer três vezes por ano à presença do Senhor em Jerusalém para comemorar umas festas que Deus tinha ordenado para eles. O texto diz: “Que ninguém vá sem levar alguma coisa para oferecer a Deus”. Nós não vivemos mais sob a lei da Antiga Aliança e, portanto, não temos nada a ver com as festas e nem com subir três vezes por ano a Jerusalém para adorar ao Senhor. No AT, as pessoas só podiam adorar a Deus na cidade de Jerusalém. Mas Jesus ensinou que não existe mais um lugar físico para adorar a Deus. Deus procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade, não importando o lugar, a hora e nem a quantidade de vezes (João 4.23-24). No entanto, resta o princípio ou a lição espiritual que podemos tirar deste texto da lei. O princípio é que não devemos nos achegar à presença de Deus, em nossas reuniões, de mãos vazias. Como podemos fazer isto? Como entrar na presença de Deus com as mãos cheias de ofertas ao Senhor? Leia 1 Coríntios 14.26. Paulo usa o mesmo princípio que havia na lei, mas as ofertas agora são diferentes. No AT, as pessoas ofereciam animais a Deus. Hoje nós oferecemos outras coisas, como por exemplo, os nossos dons, nossos talentos, nossas orações, nosso louvor e adoração, nossas ofertas de dinheiro e muitas outras coisas. O princípio claramente ensinado na Bíblia é que, quando nos reunimos com outros irmãos, nós devemos participar de alguma maneira. É difícil fazer isso em reuniões com um grupo grande. Por isso é tão importante a sua presença e participação nas reuniões das células ou grupos pequenos. Quando você vai à uma reunião, você deve se preparar. Você deve ir à uma reunião pensando “o que eu vou dar hoje ao Senhor e aos irmãos?” e não “o que eu vou receber?” Nós somos chamados por Deus para seguir nas mesmas pegadas de Jesus. Ele não viveu para Si mesmo, mas sim para os outros. E nós, como Seus seguidores, devemos viver pelo mesmo princípio. Assim, quando vamos a uma reunião, o nosso pensamento deve estar no que iremos dar e não (somente) no que iremos receber. Numa reunião, você dá algo a Deus e dá algo aos outros. A Deus você pode dar sua adoração, canções, palavras de amor, ofertas e etc. Aos irmãos você pode dar uma palavra de ânimo ou consolo, pode orar por eles, pode abençoá-los com algum tipo de ajuda prática, material ou financeira, entre outras coisas. Portanto, especialmente nas reuniões da célula, você deve participar orando, escolhendo cânticos, ofertando financeiramente e tudo mais que estiver em Seu coração – sempre com algo que agrade a Deus e edifique aos outros, é claro. Trazer algo para uma reunião é uma maneira de você estar ministrando a Deus e aos outros. Portanto, valorize a sua participação nas reuniões.

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E – COMPARTILHANDO AS SUAS EXPERIÊNCIAS Além de levar algo às reuniões, outra maneira de ajudar, seja nas reuniões ou não, é compartilhar as suas experiências com Deus em qualquer circunstância. 2 Coríntios 1.4 explica que as experiências que temos com Deus em meio à sofrimentos e aflições podem ser usadas por Deus para edificar outras pessoas. Mas, não somente este tipo de experiência, mas todo e qualquer tipo de experiência que possa, de alguma maneira, ajudar os outros a crescerem, seja espiritualmente, socialmente, intelectualmente ou emocionalmente.

F – COLOCANDO A FÉ EM AÇÃO Uma maneira muito objetiva de demonstrar a nossa fé em Deus é servir aos outros em suas necessidades. Quando nós suprimos aqueles que carecem de alguma coisa, de maneira prática, nós estamos fazendo nossa fé funcionar. Pois é preciso lembrar que a fé sem ações é morta – não serve pra nada. Medite agora, calmamente, em Tiago 2.15-17.

G - MINISTRANDO COMO JESUS Nós somos chamados para fazer a obra do ministério e, assim, edificar todo o corpo de Cristo, a Igreja. Isso inclui aprender e praticar o ministério do reino de Deus, ou seja, servir como Jesus serviu. Leia Lucas 4.18. Jesus foi ungido pelo Espírito para pregar o evangelho, curar os enfermos e libertar os cativos. Quando lendo o Evangelho, você encontra Jesus pregando, ensinando, discipulando, curando, libertando, alimentando, consolando, e etc. Ao fazer estas coisas, Jesus estava servindo às pessoas. Nós também somos chamados para servir aos outros como Jesus serviu. Para sermos práticos, há algumas coisas que você pode fazer exatamente agora, para começar a ministrar como Jesus. Você pode:

Contar aos outros sobre o que Deus fez em sua própria vida, como Ele salvou você e lhe deu uma nova vida em Cristo.

Você pode ensinar aos outros a obedecer aos ensinamentos de Jesus como você está fazendo, ou seja, você pode fazer discípulos.

Você pode orar pelas necessidades das pessoas.

Você pode ajudar aos pobres e necessitados de alguma maneira prática. Assim como o Espírito ungiu a Jesus, dando poder e autoridade para Ele fazer tudo o que fez, você também receberá poder para agir em nome de Jesus (Atos 1.8).

H – MINISTRANDO COM OS DONS ESPIRITUAIS

O Espírito de Deus distribui diversos dons para a edificação da Igreja (1 Co 12.7, 11). Você pode ser usado pelo Espírito Santo para ministrar (servir) aos outros através dos dons espirituais. Leia 1 Pedro 4.10. Use os dons que o Espírito Santo lhe concede para ajudar os outros a crescerem espiritualmente. Você deve desejar, buscar e orar para receber os dons espirituais (1 Co 12.31; 14.12, 13). Outros podem orar sobre você e assim liberar os dons do Espírito em você (Atos 19.6; Romanos 1.11; 1 Tm 4.14). Quando Deus começar a usá-lo para servir com dons espirituais, não permita que eles sejam apagados em sua vida por causa de pecado, descrença ou temor. Quando nós

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entristecemos ou apagamos o Espírito em nossas vidas, por meio destas e de outras coisas, nós deixamos de ministrar nos dons espirituais (1 Ts 5.19; Ef 4.20; 2 Tm 1.6-7).

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Unidade II

QUESTÕES PARA REVISÃO

Para responder às questões abaixo você pode usar suas notas pessoais, sua Bíblia ou o conteúdo do estudo principal. Se as respostas exigem que você use o estudo principal, procure respondê-las, primeiramente, sem consultar o manual. Se você não conseguir, ache as respostas no texto e estude estas partes mais uma vez antes de prosseguir. 1. O que é uma “disciplina espiritual”? 2. Quais são as seis disciplinas espirituais básicas? 3. O que significa adorar a Deus em espírito e em verdade? 4. Cite quatro (04) formas de louvar a Deus. 5. Cinco maneiras básicas de se apropriar da Palavra de Deus? 6. Quais são os três (03) passos básicos do estudo da Palavra de Deus? 7. Quais são os três (03) elementos importantes da oração mencionados nesta disciplina? 8. Quais são as seis (06) partes da “oração modelo”? 9. Qual é a essência do Jejum? 10. Quais são os tipos básicos de jejum citados neste manual? 11. Como podemos demonstrar nosso compromisso para com a nossa igreja local? 12. Cite pelo menos cinco (05) exemplos do tipo de relacionamento “uns aos outros” que deve caracterizar os cristãos. 13. O que é um dom (espiritual)? 14. Qual é a lição que aprendemos de Deuteronômio 16.16-17 em relação às reuniões da igreja?

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Unidade III

PROJETO FINAL

As informações que você recebeu durante a disciplina foram planejadas para providenciar um fundamento básico de compreensão sobre o tema estudado. Nós queremos que você interaja com o que você aprendeu, a partir de suas próprias experiências. Todo o material desta disciplina foi elaborado para ajudá-lo a viver e ministrar este tema. Portanto, as idéias e conceitos que você aprendeu são muito importantes para nós. Deste modo, o projeto final é importante para sabermos o que você aprendeu e como você está aplicando ou aplicará este material no seu ministério.

Projeto

Use essa disciplina como um livro-texto ou um guia para discipular um novo convertido. Se não há nenhum novo convertido em sua igreja esta é uma excelente oportunidade para você evangelizar uma nova pessoa e, em seguida, usar esta disciplina para discipulá-la.

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO O SETEB Global é uma iniciativa do nosso ministério para capacitar as igrejas locais a treinarem seus próprios membros, por um custo mínimo, mas com máximo impacto. O SETEB é um ministério comprometido a ensinar e treinar os filhos de Deus para a obra do ministério (Efésios 4.11), disponibilizando uma força tarefa capacitada para segar nos campos da colheita mundial. Por meio de nossa metodologia de treinamento queremos cooperar para que cada igreja local possa crescer e se multiplicar através do treinamento de líderes e obreiros que aprendem enquanto fazem, em um efetivo método de discipulado bíblico. Para maiores informações, entre em contato com:

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