disciplinas de iniciaÇÃo da faculdade de letras … · narrativas, explicativas e argumentativas....

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1 DISCIPLINAS DE INICIAÇÃO DA FACULDADE DE LETRAS 2018/2019 Programas

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DISCIPLINAS DE INICIAÇÃO DA FACULDADE DE LETRAS

2018/2019

Programas

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SUMÁRIO

Argumentação e Pensamento Crítico ................................................ 3

Comunicar em Ciência: Estrutura e Apresentação de Trabalhos Científicos ........................................................................................ 5

Iniciação às Artes ............................................................................. 7

Linguagem e Comunicação ............................................................... 8

Media e Sociedade .......................................................................... 10

Multiculturalidade e Diálogo Intercultural ...................................... 12

Origens do Pensamento Ocidental .................................................. 13

Populações e Territórios ................................................................. 20

Tempo, Espaço e Memória: Iniciação ao Pensamento Histórico ...... 22

Terra: Planeta em Transformação .................................................. 26

Textos Fundamentais da Literatura Ocidental ................................ 28

Turismo no Mundo .......................................................................... 33

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Argumentação e Pensamento Crítico Docente Responsável: Henrique Carlos Jales Ribeiro Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver: Visa-se apetrechar os alunos com as competências técnicas e filosóficas necessárias ao estudo da argumentação, particularmente quando esta é aplicada em contexto aos grandes problemas que mobilizam e concentram, hoje em dia, quer a atenção da sociedade portuguesa quer a do mundo contemporâneo de maneira geral (a legitimidade da eutanásia, as questões relacionadas com a distinção dos géneros, com a sexualidade humana, etc.). Os alunos devem ser capazes de: a) analisar e avaliar adequadamente argumentos provenientes de vários campos do conhecimento e da ação humana, e representar esses argumentos diagramaticamente; b) contra-argumentar ou conceber estratégias para o efeito, se for o caso disso, de forma pertinente; c) aplicar genericamente estas competências a alguns dos problemas que foram acima mencionados. Programa: 1. Definições: o que é a argumentação; o que é o pensamento crítico. 1.1 Aplicações sociais, culturais e políticas introdutórias. 2. Lógica formal e argumentação: 2.1 Os esquemas da lógica; 2.2 Validade e veracidade. 3. Os esquemas da argumentação: 3.1 Representação diagramática de argumentos. 3.2 Aplicações sociais, culturais e políticas. 4. Dedução e indução na argumentação. 5. O estudo das falácias: 5.1 Definições e classificações; 5.2 Exemplificações. 5.3 Aplicações sociais, culturais e políticas Métodos de Ensino 1) Explicações teóricas e aplicadas por parte do professor (40%); 2) Leitura, comentário e discussão de textos e de vídeos com os alunos durante as aulas (30%); 3) Exposições orais e escritas por parte dos alunos, seguidas de debate (30%); 4) Trabalhos de casa.

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Método de Avaliação Regime de avaliação periódica, de acordo com o regulamento de avaliação de conhecimentos. NOTA: As modalidades a adoptar, em concreto, dependem do número de alunos inscritos (por turma). Bibliografia: Bibliografia obrigatória (manuais disponíveis na loja das fotocópias da FLUC): -Copi, I., & Cohen, C. (1994). Introduction to Logic. 9th ed. New York: Macmillan Publishing Company (existe tradução em língua espanhola). -Walton, D. (2012), Lógica Informal: Manual de Argumentação Crítica. 2ª ed. Sâo Paulo (Brasil): WMF Martins Fontes. Outras obras: -Cederblom, J., & D. Paulsen (2006). Critical Reasoning: Understanding and Criticizing Arguments and Theories. 6th. ed. Belmont (CA): ThomsonWadsworth. -Eemeren, F. H. van et al. (1996). Fundamentals of Argumentation Theory: A Handbook of Historical Backgrounds and Contemporary Developments. New Jersey: Lawrence Erlbaum. -Ribeiro, H. J. (ed.) (2009). Retórica e Argumentação no Início do Século XXI. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. -Ribeiro, H. J. (2016). Retórica, Argumentação e Filosofia. Coimbra: MinervaCoimbra. -Walton, D. (1987). Informal Fallacies. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company. -Walton, D., C. Reed & F. Macagno (2008). Argumentation Schemes. Cambridge: Cambridge University Press.

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Comunicar em Ciência: Estrutura e Apresentação de Trabalhos Científicos

Docentes: António Fernando Tavares Lopes e Maria da Graça Melo Simões Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver: Esta uc visa fornecer aos/às alunos/as bases teóricas e conceptuais que lhes permitam pesquisar, selecionar, estruturar e apresentar os trabalhos académicos que lhes são pedidos ao longo da sua formação, no 1º ciclo. Assim, a aprendizagem do conjunto de competências que lhe são facultadas desenrola-se naturalmente a partir de estruturas que já conhece ou que lhe são familiares – a pesquisa, redação e apresentação de trabalhos académicos – com estruturas formais que abordam com rigor o que significa escrever em ciência. No final da unidade curricular o estudante deve ser capaz de: pesquisar e identificar as fontes de informação mais apropriadas ao tema a tratar; compreender e aplicar a estrutura de apresentação de trabalhos científicos; compreender a importância da bibliografia e a necessidade da citação correta e precisa; compreender e aplicar os estilos de citação mais comuns nas áreas de Ciências Sociais e Humanidades; manejar alguns gestores de referências bibliográficas. Programa: 1. A investigação, escrita e apresentação de um trabalho académico: princípios gerais 2. Pesquisa: tipos e utilização de fontes de informação 3. A estrutura de um trabalho científico: o modelo IMRAD 4. A importância da documentação bibliográfica 5. A citação: os estilos de citação mais utilizados nas Ciências Sociais e Humanidades 6. A partilha e gestão de referências bibliográficas: gestores de referências bibliográficas Métodos de Ensino: O trabalho desta uc, de caráter teórico-prático, articula os seguintes métodos e técnicas: aulas expositivas com utilização de toda a tipologia de recursos disponibilizada no Inforestudante; aulas práticas: realização de tarefas individuais ou em grupo, incluindo tutoriais; visitas de estudo a bibliotecas da UC; apresentação e discussão do trabalho proposto; orientação tutorial em modalidade presencial e não presencial. Método de Avaliação: Avaliação periódica (percentagem mínima de 75% de presenças), distribuída pelos seguintes elementos:

• Assiduidade e participação:20% • Trabalhos individuais: 20% • Trabalho de síntese: 60%

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Bibliografia: Nota prévia: bibliografia adicional é recomendada de acordo com os temas a tratar. Azevedo, C. A. M. (1998). Metodologia científica : contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. (4ª ed.). Porto : C. Azevedo. Bailey, S. (2010). Academic Writing: A Handbook for International Students. (3rd ed.). London: Routledge. Coffin, C. (2003). Teaching Academic Writing: A Toolkit for Higher Education. (1st ed.). London: Routledge. Hamp-Lyons, L. (2006). Study Writing: A course in writing skills for academic purposes. (2nd ed.). Cambridge: Cambridge University Press. Hofmann, A. H. (2010). Scientific Writing and Communication: Papers, Proposals, and Presentations. Oxford: Oxford University Press. Leki, I. (2000). Academic Writing: Exploring processes and strategies. (2nd ed.). Cambridge: Cambridge University Press. Madeira, A. C. (2007). Comunicar em Ciência: como redigir e apresentar trabalhos científicos. Lisboa: Escolar Editora.

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Iniciação às Artes Docentes: Sérgio Dias Branco e Ana Rita Roque Rodrigues Semestre: 1.º Semestre Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver: O programa desta unidade curricular será dividido em dois módulos. O primeiro perspetivará a arte numa dimensão interpretativa ao longo dos tempos, abordando-a, por um lado, em alguns dos seus momentos mais marcantes, mas equacionando a sua problemática na própria contemporaneidade e nos desafios que ela lança, a começar pelas interrogações do que se pode hoje entender efetivamente por arte. O segundo módulo prolongará a reflexão iniciada no primeiro procurando desenvolver formas de pensar sobre a produção artística contemporânea, nomeadamente nas áreas do cinema, do teatro e da performance, e da música Programa: 1. Arte e representação 2. A Arte pela Arte ou como instrumento ao serviço de uma causa 3. Arte e “estilos artísticos” 4. As novas tecnologias audiovisuais 5. Performance no palco e no ecrã 6. Articulações e contaminações entre as artes performativas e as artes visuais Métodos de Ensino Exposição teórica feita por docentes. Análise de exemplos e de conteúdo bibliográfico. Debate na aula. Método de Avaliação: Avaliação final: realização de exame escrito presencial, que engloba toda a matéria lecionada. Bibliografia: DIDI-HUBERMAN, Georges. Confronting Images: Questioning the Ends of a Certain History of Art. University Park, PA: Pennsylvania State University, 2005. GOMBRICH, E. H. Ideales e ídolos: ensayos sobre los valores en la historia y el arte. Madrid: Debate, 2004. OREY, Carmo d’ (org.), O que é a arte?: A perspectiva analítica. Lisboa: Dinalivro, 2007. BALL, Steven, David CURTIS, A. L. REES, e Duncan WHITE. Expanded Cinema: Art, Performance, Film. Londres: Tate, 2011. BENNETT, Bruce, Marc FURSTENAU, e Adrian MACKENZIE (eds.). Cinema and Technology: Cultures, Theories, Practices. Houndmills: Palgrave Macmillan, 2008. KLEVAN, Andrew. Film Performance: From Achievement to Appreciation. Londres: Wallflower Press, 2005.

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Linguagem e Comunicação

Docentes: Maria Joana de Almeida Vieira dos Santos, Maria Clara Bicudo de Azeredo Keating e Rute Isabel Fernandes Soares Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver: No final do semestre, os/as estudantes deverão ser capazes de: (i) analisar e explicar episódios comunicativos distintos, de acordo com os parâmetros aprendidos nas aulas; (ii) comunicar de acordo com as regras do discurso académico (oral e escrito), dentro da área ou áreas do seu respetivo curso. Programa: 1. Introdução à comunicação - Como comunicam os seres humanos? 1.1. Definição e modelos 1.2. Introdução aos diferentes tipos de comunicação - interpessoal – em grupo restrito – pública – organizacional – de massas - verbal – não verbal – para-verbal 1.3. Análise de situações de comunicação verbal e não verbal - tipologia de sinais - expressões faciais - proxémica - cinésica e háptica - papéis e fachadas. 2. Discurso Académico em Português - Como comunica o homo academicus? 2.1. Áreas disciplinares e géneros académicos 2.2. Plano composicional: como se faz uma estrutura de texto. 2.3. Plano enunciativo e pragmático: como se constrói uma voz autoral. 2.4. Plano ético: como se evita o plágio através do tratamento de fontes e da referenciação bibliográfica. 2.5. Plano semântico: com se faz uma revisão da literatura. 2.6. Plano estilístico-fraseológico: como se usam pacotes lexicais e expressões de modalização. 2.7. Plano retórico: como se constroem e encadeiam sequências descritivas, narrativas, explicativas e argumentativas. 2.8. Plano material, metatextual e peritextual: como se concatenam textos e paratextos. 3. Linguagem, pensamento e cultura - entre a fala, o cérebro e a comunidade 3.1. Linguagem verbal e funcionamento do cérebro. 3.2. Teoria do inatismo. 3.3. Hipótese de Sapir-Whorf. Métodos de Ensino

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Análise, discussão e sistematização de situações, exemplos e propostas. Trabalhos de investigação e de síntese apresentados ou entregues na aula, no inforestudante ou em fórum, individuais ou em grupo. Apresentação feita pela docente ou por alunos. As metodologias de ensino e de aprendizagem recorrem ao "flipped-learning", enfatizando a aprendizagem autónoma, a progressão do/as estudantes e o trabalho colaborativo. As duas primeiras são especialmente encorajadas em leituras, análises e apresentações dos temas do programa. A terceira é especificamente trabalhada na organização de apresentações orais em aula, que também se destinam a pôr em prática estratégias de argumentação formal. Todas as metodologias de trabalho estão subordinadas ao desenvolvimento da competência comunicativa do/as estudantes em contexto académico. Método de Avaliação Será aplicado o sistema de avaliação periódica: 40 % da nota - 1.º teste de avaliação (19 de novembro). 40 % da nota - 2.º teste de avaliação (19 de dezembro). Este último teste pode ser substituído por um trabalho de pesquisa individual e original, a realizar sob orientação da docente (entrega até ao dia 20 de dezembro de 2018). Ver mais informações em "Submissão de trabalhos". 20% da nota - Participação nas aulas / em fórum, trabalhos práticos e exposições (nota global, a atribuir no final do semestre). É exigido um mínimo de assistência a 17 aulas. De acordo com o Regulamento Pedagógico da Universidade de Coimbra (disponível para consulta em "Material de Apoio"), não haverá exame em época normal. Estudantes que desistam do sistema de avaliação periódica ou reprovem poderão fazer o exame de recurso (data a marcar pela Divisão Académica). Bibliografia: Adler, R. & Rodman, G. (2006). Understanding Human Communication. Oxford: Oxford University Press. Bailey, S. (2003). Academic Writing. A Handbook for International Students. London: Routledge. Beck, A., Bennett & Wall, P. (2004). Communication Studies: The Essential Resource. London: Routledge. Hakansson, G. & Westander, J. (2013). Communication in Humans and Other Animals. Amsterdam: John Benjamins. Hyland, K. (2009). Academic Discourse. London: Continuum. Madeira, A.C. & Abreu, M.M. (2004). Comunicar em Ciência – como redigir e apresentar trabalhos científicos. Lisboa: Escolar Editora. Santos, J. (2011). Linguagem e Comunicação. Coimbra: Almedina/CELGA. Sousa, M.J. & Baptista, C.S. (2011). Como fazer investigação, dissertações, teses e relatórios segundo Bolonha. Lisboa: Pactor. Swales, J.; Feak, C. B. (2009). Telling a Research Story: Writing a Literature Review. Ann Arbor, MI: University of Michigan Press. Thomas, L. et al. (2004). Language, Society and Power - an introduction. London: Routledge.

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Media e Sociedade

Docente responsável: João Manuel Santos Miranda Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver: A unidade curricular Media e Sociedade oferecida pela Secção de Comunicação do Departamento FCI propõe-se fornecer aos/às estudantes da FLUC bases teóricas e conceptuais capazes de fundamentar a reflexão sobre os Media nas sociedades contemporâneas. Nesta perspetiva esta unidade curricular de iniciação pretende romper com o pensamento de senso comum sobre os meios de comunicação e os usos dos dispositivos online. A disciplina desenvolverá ferramentas com vista à estruturação de um pensamento autónomo e crítico sobre o funcionamento dos Media nas sociedades e as suas interdependências à escala nacional, regional e global. Tendo em vista a formação do estudante da FLUC, pretende-se recorrer a estudos de casos e a exemplos, nacionais e internacionais, na área dos Estudos dos Media, do Jornalismo e da Comunicação. As especificidades dos Media em Portugal, na Europa e no espaço Lusófono serão também consideradas, abrindo competências para a compreensão de fenómenos globais e regionais. Programa: I. A Sociedade de Informação e de Comunicação Perspetivas históricas e culturais Os Media (e novos Media) no centro das alterações sociais e culturais Da “missão da informação” ao “negócio da comunicação” e ao “algoritmo” II. Os meios de Comunicação Imprensa, rádio, televisão e internet: natureza, especificidades e públicos Da produção à recepção e de novo à produção Do interesse público ao interesse do público: emissores todo poderosos e interactividade Novos públicos/novos produtores: os desafios das redes sociais III. Os Media e a Sociedade Globalizada: O espaço Lusófono como exemplo Sistemas políticos e sistemas mediáticos Circulação de capitais e de conteúdos mediáticos Consumo e estilos de vida Métodos de Ensino Exposição da matéria por meio de Power Point. Recurso a videos e filmes na internet. Interação com os alunos de forma a que participem nas discussões de aula. Leitura obrigatória de textos. Método de Avaliação Acompanhamento das aulas. Exame final.

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Bibliografia: CARDOSO, G. (2002) Internet. Lisboa; Quimera. CARDOSO, G. (2013) A Sociedade dos Ecrãs. Lisboa: Tinta da China. CARDOSO, G. e CASTELLS, M. (Org.) (2005) A Sociedade em Rede: do conhecimento à acção política. (online) COSTA, J.; LOUÇÃ, F.; TEIXEIRA LOPES, J. (2014) Os donos angolanos de Portugal. Lisboa, Bertrand. ESTEVES, J.P., (Org. ) (2002) Comunicação e Sociedade. Lisboa: Livros Horizonte. ESQUENAZE, J.P. (2006) Sociologia dos públicos. Porto: Porto Editora. FERIN CUNHA, I. (2002) Comunicação e Culturas do quotidiano. Lisboa: Quimera. FERIN CUNHA, I. (2012) Análise dos Media. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. GIDDENS, A. (2000) O Mundo na era da globalização. Lisboa: Presença. MARTINS, L. (2006) Mercados Televisivos Europeus: Causas e efeitos das novas formas de organização empresarial. Porto: Porto Editora. MATTELART, A. (1996) A invenção da Comunicação. Lisboa: Piaget. MATTELART, A. (1997) A comunicação-mundo. Lisboa: Piaget. MESQUITA, M. (2003) O Quarto Equívoco. Coimbra: MinervaCoimbra.

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Multiculturalidade e Diálogo Intercultural Docente responsável: Catarina Isabel Caldeira Martins Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver: A unidade curricular tem objetivos em duas vertentes distintas. Numa vertente teórica, visa proporcionar aos alunos ferramentas que os ajudem a equacionar a natureza das dinâmicas culturais que atravessam a nossa sociedade, estabelecendo a sua génese numa perspectiva histórica e caracterizando a sua vivência actual, e, simultaneamente, ajudar a reconceptualizar o conceito de cultura a partir dessa caracterização, sem esquecer a problemática dos valores epistemológicos, éticos, políticos e estéticos envolvidos na multiculturalidade. Numa vertente prática, visa contribuir para a sensibilização a boas práticas de diálogo intercultural numa Faculdade profundamente marcada pela inetrculturalidade. Situando-se, simultaneamente, numa perspectiva histórica, política, sociológica, antropológica, estética e filosófica, é suficientemente transversal para preencher os objetivos de uma unidade curricular da área de inciação aberta a todos os cursos de 1º ciclo. Programa: 1. Contextualização da multiculturalidade atual e fenómenos que a potencializam 2. Do conceito substantivo e essencialista de cultura à noção de dinâmicas culturais 3. Dinâmicas culturais e processos identitários inerentes ao diálogo intercultural 4. Desafios políticos da multiculturalidade 5. Multiculturalidade, Interculturalidade e Direitos Humanos 6. Operadores e dispositivos do diálogo intercultural e sua concretização no domínio das ideias, das artes e da religião 7. Igualdade e diferença, tolerância e intolerância nas dinâmicas multiculturais Métodos de Ensino O ensino e a aprendizagem nesta cadeira terão como ponto de partida aulas teóricas expositivas sobre os principais tópicos a analisar e aulas práticas de debate e questionamento a partir de textos previamente indicados para o efeito ou a partir de problemas concretos de conflitos culturais na sociedade contemporânea. Método de Avaliação Avaliação periódica, com assiduidade mínima de 70%. Componentes da avaliação: Dois testes (50% cada teste)

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Bibliografia: ABU-LUGHOD, “As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação? Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus Outros”, Estudos Feministas, Florianópolis, 20(2): 256, maio-agosto/2012, 451: 470. ANDRÉ, J. M. Multiculturalidade, identidades e mestiçagem: o diálogo intercultural nas ideias, na política, nas artes e na religião. Coimbra: Palimage, 2012. BARKER, Chris, Cultural Studies. Theory and Practice. Los Angeles / London: Sage, 2008. BENNET, Tony, Lawrence Grossberg and Meaghan Morris (orgs.), New Keywords. A Revised Vocabulary of Culture and Society. Malden: Blackwell, 2005. DU GAY, Paul, Jessica Evans and Peter Redman (org.), Identity: A reader, Los Angeles / London: Sage, 2000. HALL, Stuart et al. (orgs.), Modernity and Its Futures. London: Polity Press / The Open University, 1992. (Introdução: “Identity in Question”). (Tradução brasileira: “A identidade cultural da pós-modernidade”, DP&A editora) MAALOUF, Amin. As identidades assassinas. Trad. de Susana Serras Pereira. Lisboa: Difel, 2002. MENDES, José Manuel Oliveira. “O desafio das identidades”. In: SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.), Globalização: Fatalidade ou utopia? Porto: Edições Afrontamento, 2001, pp. 489-523. MOHANTY, Chandra, “Under Western Eyes: Feminist Scholarship and Colonial Discourses”. Feminist Review, No. 30. Autumn 1988, 61-88. OLIVÉ, Léon. Multiculturalismo y Pluralismo. México: Paidos, 1999. SANTOS, Boaventura de Sousa. "Para uma concepção intercultural dos direitos humanos". In: Idem, A gramática do tempo. Para uma nova cultura política. Porto: Edições Afrontamento, 2006, pp. 400-435. SEMPRINI, Andrea. Le multiculturalisme. Paris: PUF, 1997

Origens do Pensamento Ocidental

Docentes: Delfim Ferreira Leão, Paula Cristina Barata Dias, Luísa de Nazaré da Silva Ferreira e Paulo Sérgio Margarido Ferreira Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver O programa pretende estimular a reflexão sobre o legado cultural greco-latino e judaico-cristão presente na estrutura do mundo europeu e ocidental. Não sendo uma disciplina especializada mas propedêutica, ela destina-se a preparar o aluno para a entrada no ensino universitário, fornecendo-lhe instrumentos precisos de juízo crítico para avançar nos estudos superiores de forma consciente. O aluno

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reconhece as matrizes culturais europeias, interpreta as produções culturais de referência do Ocidente, e cria as condições para o diálogo com as diferentes culturas que o rodeiam no mundo globalizado. O aluno compreende o presente à luz do seu passado e adquire um juízo crítico mais informado para a projeção do futuro. No espaço de pluralidade e diversidade a que pertencemos, a uc OPO não só contribui para a superação da visão fragmentária do saber, como prepara o aluno de Humanidades para vir a ser futuro agente de cultura, dotado de ferramentas para o diálogo com o outro. Programa da Turma 1 (docente Paula Barata Dias) 1. Grécia: a ciência, a cidade e a liberdade (ou o primado da Lei) 1.1 Homero, educador da Grécia e da Europa. 1.2 A escrita da razão: a prosa científica e historiográfica. 1.3 Divindades e heróis na Grécia antiga. 1.4 A polis e a democracia. 2. Roma, fonte do direito e do humanismo ocidental 2.1 O estado romano multiétnico e a invenção de um direito universal 2.2 Valores tradicionais romanos e helenização: o binómio arma/toga e a cultura animi de Cícero 2.3 Religião cívica em Roma: da Roma pagã à Roma cristã 3. Tradição bíblica e cristianismo, 3.1 Intersecções com o património greco-latino. Ruptura e continuidade 3.2 A Bíblia judaico-cristã. Programa da Turma 2 (docentes Luísa de Nazaré Ferreira e Paulo Sérgio Ferreira) 1. Grécia: a ciência, a cidade e a liberdade (ou o primado da Lei) 1.1. Homero, educador da Grécia e da Europa. 1.2. Divindades e heróis na Grécia antiga. 1.3. A pólis e a democracia. 2. Roma, fonte do direito e do humanismo ocidental 2.1. Vocação integradora de Roma: O estado romano multiétnico e a invenção de um direito universal. 2.2. Identidade e alteridade: valores tradicionais romanos, helenização e romanização. 2.3. Dos ideais republicanos à criação do principado. Globalização e identidade. Estado, a cultura e a religião. Programa da Turma 3 (docente Delfim Leão) 1. A dinâmica da alteridade 1.1. Fronteiras geográficas, políticas e culturais - espaço físico como elemento de identidade política e cultural

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1.2. O retrato do Outro - o não-grego: tradição dos Sete Sábios - o não-romano: lendas fundacionais 2. Dinâmicas de inclusão e exclusão na antiga Grécia e em Roma - direito de cidadania. - áreas de influência: o masculino e o feminino. - ética social e familiar. 3. Identidade e universalidade 3.1. Paradigmas educativos na Época Arcaica e Clássica - o modelo de Esparta e de Atenas 3.2. A koine étnica e cultural da Época Helenística - o cosmopolitismo da Biblioteca de Alexandria - a tradição da “Bíblia dos Setenta” 3.3. O Cristianismo emergente - Paulo de Tarso: grego e romano, judeu e cristão 3.4. A Pax Romana - o século de Augusto - Crise dos paradigmas tradicionais: o Satyricon de Petrónio Métodos de Ensino: Aulas teóricas expositivas alternam com aulas predominantemente práticas, que requerem a participação ativa de cada aluno, na análise, comentário e discussão das fontes literárias e visuais. Pontualmente, através das recensões de livros ou de artigos, o debate será alargado aos produtos culturais e/ou situações da atualidade que evidenciam a continuidade/ rutura com os modelos identificados. Método de Avaliação Cada turma praticará um regime de avaliação diferente, de modo a que o aluno escolha a turma também em função do seu mapa individual de avaliações. Turma 1 (Docente Paula Barata Dias): Avaliação Final, de acordo com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos do 1º e 2º ciclos da FLUC (https://www.uc.pt/fluc/regulamentos_normas/docspdf/regulamento_avaliacao_conhecimentos_alterado_16.pdf) Turma 2 (Docentes Luísa de Nazaré Ferreira e Paulo Sérgio Ferreira) e Turma 3 (Docente Delfim Leão) Em conformidade com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos do 1º e 2º ciclos da FLUC (https://www.uc.pt/fluc/regulamentos_normas/docspdf/regulamento_avaliacao_conhecimentos_alterado_16.pdf), a disciplina adota o regime de avaliação periódica e as seguintes modalidades de avaliação (art. 5, ponto. 1):

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– dois testes escritos; – participação nas aulas; – participação em palestras ou outras atividades certificadas pelo docente responsável pela unidade curricular. A avaliação periódica requer a presença a um mínimo de 75% das aulas asseguradas. Bibliografia: Bibliografia das Turmas 1 e 2 Brandão, J. L. & Oliveira, F. (2015), História de Roma Antiga. I. Das origens à morte de César. Coimbra: Imprensa da Universidade. Disponível em: https://digitalis.uc.pt/pt-pt/livro/história_de_roma_antiga_volume_i_das_origens_à_morte_de_césar [acesso 15/07/2016]. - Citroni, M. et al. (2006), Literatura de Roma Antiga. Trad. M. Miranda e I. Hipólito.Lisboa: FCG. - Ferreira, J. R. (1990), A Democracia na Grécia Antiga. Coimbra: Minerva. - Ferreira, J. R. (1996), Civilizações Clássicas I. Grécia. Lisboa: Universidade Aberta. - Guillén, J. (1997-2002, 5ª ed.), Vrbs Roma: vida y costumbres de los Romanos. 4 vols. Salamanca: Sígueme. - Lourenço, F. (2003), Homero. Odisseia. Lisboa: Cotovia. - Lourenço, F. (2005), Homero. Ilíada. Lisboa: Cotovia. - Moura, V. G. (2013), A Identidade Cultural Europeia. Lisboa: FFMS. - Nemo, Ph. (2005), O que é o Ocidente. Lisboa: Edições 70. - Rocha Pereira, M. H. (2012, 11ª), Estudos de História da Cultura Clássica. Vol. I: Cultura Grega. Lisboa: FCG. - Rocha Pereira, M. H. (2010, 6ª), Estudos de História da Cultura Clássica. Vol. II: Cultura Romana. Lisboa: FCG. - Rocha Pereira, M. H. (2013, 5ª), Hélade. Antologia da Cultura Grega. Lisboa: Guimarães Editores. - Rocha Pereira, M. H. (2010, 6ª), Romana. Antologia da Cultura. Latina. Lisboa: Guimarães Editores. - Reale, Giovanni (2003), Radici culturali e spirituali dell’Europa. Raf. Cortina Editore. - Pelletier, Anne-Marie (1973), Lectures Bibliques. Ed. NATHAN/Cerf. - Stefani, Piero (2004), Le radici bibliche della cultura occidentale, Mondadori. - Stefani, Piero (2014), L’Esodo della parola. La Bibbia nella cultura dell’Occidente. Bologna: EDB. Bibliografia da Turma 3, organizada por áreas temáticas: 1. A dinâmica da alteridade 1.1. Grécia: tradição dos Sete Sábios

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Busine, Aude: Les Sept Sages de la Grèce antique. Transmission et utilisation d’un patrimoine légendaire, d’Hérodote à Plutarque (Paris, 2002). Leão, Delfim F.: “A tradição dos Sete Sábios: o sapiens enquanto paradigma de uma identidade”, in D. F. Leão, J. Ribeiro Ferreira e M. do Céu Fialho, Paideia e cidadania na Grécia antiga (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2010), 47-110. Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-8281-23-4_2) Leão, Delfim F.:, Plutarco. O banquete dos Sete Sábios. Introdução, tradução do grego e notas (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2008). Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-721-066-2) Leão, Delfim F.:, “O Livro I de Diógenes Laércio: a tradição dos Sete Sábios e a caracterização da figura do sophos”, in Delfim Leão, Gabriele Cornelli & Miriam C. Peixoto (coords.), Dos homens e suas ideias. Estudos sobre as Vidas de Diógenes Laércio (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2013), 1-19. Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-721-042-6_2) Murray, Oswyn: “Sympotic history”, in Sympotika. A symposium on the Symposion, ed. O. Murray (Oxford, 1994), 3-13. 1.2. Roma: lendas fundacionais Cornell, T.J.: The Beginnings of Rome (London, 1995). (Cap. “3. The origins of Rome”, 48-80). Grimal, Pierre: La civilisation romaine (1984), trad. port. A civilização romana (Lisboa, Edições 70, 1993). (Cap. “1. Lendas e realidades dos primeiros tempos”, 11-31). Leão, Delfim F. & Fialho, Maria do Céu: Plutarco.Vidas Paralela: Teseu e Rómulo (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2008). Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-721-065-5) Leão, Delfim F. & Brandão, José Luís: “As origens da urbe e o período da monarquia”, in J. L. Brandão & F. Oliveira (coords.), História de Roma Antiga. Vol. I. Das origens à morte de César (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2015), 27-50. Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0954-6_2) Rocha Pereira, M. H.: Estudos de história da Cultura Clássica. II Cultura Romana (Lisboa, 20135). (esp. 15-38, caps. “As origens de Roma” E “Lendas primitivas romanas”) Rodrigues, Nuno Simões: Mitos e lendas. Roma Antiga (Lisboa, Livroselivros, 2005). (esp. caps. “Antes da fundação de Roma”, 25-55; “A fundação de Roma”, 57-130). 2. Dinâmicas de inclusão e exclusão na antiga Grécia e em Roma 2.1. Grécia Leão, Delfim F.: “Cidadania e exclusão: mecanismos de gradação identitária”, in Maria do Céu Fialho, Maria de Fátima Sousa e Silva & Maria Helena da Rocha Pereira (coords.), O desenvolvimento da ideia de Europa. Vol. I De Homero ao fim da Época Clássica (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2005), 43-75. Todd, S.C.: The shape of Athenian law (Oxford, 1995).

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Valditara, Linda M. Napolitano: “La cittadinanza dell’Atene democratica del V secolo”, in G.M. Favaretto (ed.), Cittadinanza (Trieste, 2001), 15-68. 2.2. Roma Càssola, Filippo: “La cittadinanza nel mondo romano”, in G.M. Favaretto (ed.), Cittadinanza (Edizioni Università di Trieste, 2001), 69-81. Centeno, Rui M. S.: “5. A vida quotidiana”, in Rui M. S. Centeno (coord.), Civilizações Clássicas II. Roma (Universidade Aberta, Lisboa, 1997), 75-104. Oliveira, Francisco: “Consequências da expansão romana”, in J. L. Brandão & F. Oliveira (coords.), História de Roma Antiga. Vol. I. Das origens à morte de César (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2015), 233-311. Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0954-6_7) 3. Identidade e universalidade 3.1. Paradigmas educativos na Época Arcaica e Clássica Beck, Frederick A.: Greek education. 450-350 B.C. (London, Cheiron Press, 1964). Ferreira, José Ribeiro: “Educação em Esparta e em Atenas: dois métodos e dois paradigmas”, in D. F. Leão, J. Ribeiro Ferreira e M. do Céu Fialho, Paideia e cidadania na Grécia antiga (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2010), 12-45. Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-8281-23-4_1) Pinheiro, Joaquim: Plutarco.Obras Morais: da educação das crianças (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2008). Disponível em acesso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-721-064-8) 3.2. A koine étnica e cultural da Época Helenística Leão, Delfim F.: A globalização no mundo antigo. Do polites ao kosmopolites (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2012), caps “Enquadramento geral: do politesaokosmopolites”, 15-32, e “Alexandria: identidade e cosmopolitismo”, 111-128. Disponível em acesso livre (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0267-7) Ferreira, José Ribeiro: A Grécia antiga (Lisboa, 20042). Caps. “A guerra e a paz na pólis grega”, 151-178; “O período helenístico: uma época de refinamento, fusão e difusão cultural”, 179-206. Rocha Pereira, Maria Helena: Estudos de História da Cultura Clássica. I. Cultura grega (201211) “A paideia helenística”, 536-556. 3.3. O Cristianismo emergente: Paulo de Tarso de Vos, Craig S.: “Finding a charge that fits: the accusation against Paul and Silas at Philippi (Acts 16.19-21)”, Journal for the Study of the New Testament 74 (1999) 51-63. Leão, Delfim F.: A globalização no mundo antigo. Do polites ao kosmopolites (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2012), cap. “Paulo de Tarso e a justiça dos homens: helenismo e impiedade religiosa nos Atos dos Apóstolos”, 129-142. Disponível em acesso livre (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0267-7) Ramos, José Augusto, Pimentel, Cristina, Fialho, Maria do Céu & Rodrigues, Nuno Simões (coords.): Paulo de Tarso: grego e romano, judeu e cristão (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2012). Disponível em aceso aberto (http://dx.doi.org/10.14195/978-989-721-006-8)

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3.4. A Pax Romana Galinsky, Karl: Augustan Culture. An Interpretive Introduction (Princeton, 1996). Rocha Pereira, M.H.: Estudos de História da Cultura Clássica II. Cultura Romana (Lisboa, 20135), Caps. “Século De Augusto” E “Os Círculos Literários: Mecenas”, 223-245) Roldán Hervás, José Manuel (Ed.): Historia de Roma (Salamanca, 20002), Cap. “XV. Augusto”, 261-283. Santo, Arnaldo M. Do Espírito: “6. Um panorama da literatura latina”, Rui M. S. Centeno (coord.), Civilizações Clássicas II. Roma (Lisboa, Universidade Aberta, 1997) esp. 244-252. 3.5. Crise dos paradigmas tradicionais: o Satyriconde Petrónio Dimundo, Rosalba: “Le novelle petroniane: forma di riscrittura dei modelli”, in Oliveira, Francisco de, Fedeli, Paolo & Leão, Delfim (coords.): Romance antigo – origens de um género literário (Coimbra e Bari, Instituto de Estudos Clássicos e Dipartimento di Scienze della’Antichità, 2005), 131-143. Fedeli, Paolo: “Il labirinto nel Satyricon”, in Oliveira, Francisco de, Fedeli, Paolo & Leão, Delfim (coords.): Romance antigo – origens de um género literário (Coimbra e Bari, Instituto de Estudos Clássicos e Dipartimento di Scienze della’Antichità, 2005), 119-129. Ferreira, Paulo Sérgio M.: Os elementos paródicos no Satyricon de Petrónio e o seu significado (Lisboa, Colibri, 2000). Leão, Delfim F.: “O Satyricon de Petrónio e a crise dos paradigmas tradicionais”, in A. Couto (coord.), Actas do Congresso Antiguidade Clássica: que fazer com este património? (Lisboa, Centro de Estudos Clássicos, 2004) 223-232. Leão, Delfim F.: Petrónio: Satyricon, tradução do latim e introdução (Lisboa, Cotovia, 20062). Medeiros, Walter de: “O Bom Cantor e as suas falácias - a história da Matrona de Éfeso”, in As línguas clássicas. Investigação e ensino (Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos, 1993), 289-304. Medeiros, Walter de: “Retórica do naufrágio e da morte no romance de Petrónio”, in A retórica greco-latina e a sua perenidade (Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos, 2000), 519-526.

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Populações e Territórios Docentes: Paulo Nuno Maia de Sousa Nossa e Miguel Padeiro Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver 1. Refletir criticamente sobre os diferentes ritmos de crescimento populacional observados em diferentes escalas; 2. Utilizar criticamente linguagem e conceitos aplicados à investigação no domínio da geografia da população; 3. Perceber a articulação entre a evolução das dinâmicas demográficas, as dinâmicas sociais e políticas; 4. Revelar competências organizativas e de investigação relacionadas com a temática da população; 5. Analisar criticamente as diversas teorias/modelos de evolução populacional Programa: 1. Fontes para o estudo da população: breve contextualização. 2. Evolução e distribuição da população mundial: 2.1. Princípios e teorias da população; 2.2. Principais contrastes regionais e fatores explicativos; 2.3. A Transição Demográfica e a sua evolução conceptual. 3. Dinâmicas populacionais: 3.1. Evolução da fecundidade e natalidade à escala regional; 3.2. Evolução da morbilidade e mortalidade à escala regional. 4. Mobilidade da população: 4.1. Tipologias: caracterização e identificação das principais causas e consequências; 4.2. Os movimentos migratórios à escala global e regional. 5. População e desenvolvimento: 5.1. Conceito de desenvolvimento e a sua conexão com as dinâmicas populacionais contemporâneas. Métodos de Ensino Aula expositiva, fomentando a discussão e problematização por parte do aluno, através da apresentação de fragmentos de textos/notícias, documentários, TED talks relacionadas com a temática abordada. A aula prática envolve o estímulo para a formulação de pesquisa orientada sobre a temática da população e da sua mobilidade inter/intra regional, bem como a demonstração e elaboração de um conjunto de exercícios práticos relacionados com

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a construção e leitura de indicadores sociodemográficos apresentados em contexto teórico. Realização de 2 conferências por especialistas convidados. Método de Avaliação Frequência (60%) Trabalho de investigação + Exame prático (40%) Bibliografia: Bailey, A. (2005). Making Population Geography. Abingdon: Routledge. Bandeira, M. L. (2003). Demografia, objecto, teorias e métodos. Lisboa: Escolar Editora. Bernadette, H.; Vicino, T. (2014). Global Migration: The basics. Abingdon: Routledge. Lundberg, S. (2011). Family economics and the second demographic transition. Insights. Melbourne Business & Economics, 9, 11-15. Matias, G.S. (2014). Migrações e Cidadania. Lisboa: FFMS. Nazareth, J. M. (2004). Demografia a ciência da população. Lisboa: Editorial Presença. Newbold, K.B. (2010). Population Geography: Tools and Issues. Plymouth, UK: Rowman Littlefield Publishers. PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano (free PDF) Rodrigues, V. (2009). Desenvolvimento Sustentável. Uma introdução crítica. Lisboa: Princípia. Rosa, M. J. V. (2012). O envelhecimento da sociedade portuguesa. Lisboa: FFMS.

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Tempo, Espaço e Memória: Iniciação ao Pensamento Histórico Docentes: Maria Margarida Sobral da Silva Neto, Rui Manuel Bebiano do Nascimento, Isabel Maria Henriques Ferreira da Mota e Ana Isabel Sacramento Sampaio Ribeiro Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver Trata-se de uma unidade curricular de iniciação, dirigida a todos os estudantes da FLUC, que visa fornecer as linhas orientadoras do pensamento histórico nas suas múltiplas vertentes e diversas dimensões.

1. Transmitir conceitos essenciais sobre Tempo, Espaço e Memória. 2. Fornecer quadros fundamentais sobre a perceção e a representação das

temporalidades. 3. Definir escalas da espacialidade: do local ao global. 4. Compreender as conflitualidades e as complementaridades entre História e

Memória. 5. Conhecer as materialidades e as imaterialidades do conhecimento histórico. 6. Sensibilizar para o conhecimento das raízes históricas das grandes questões

do presente. 7. Compreender criticamente o cruzamento dos discursos histórico e mediático. 8. Perceber a articulação da História com outros saberes e práticas (Filosofia,

Literatura, Arqueologia, Artes, etc.) 9. Reconhecer o valor social e o interesse público da História.

Programa Turma A - Docente Prof. Doutora Margarida Sobral Neto Introdução: Definição de conceitos: Memória, Fonte Histórica, História. 1. O lugar e no papel da História no campo das Humanidades e das Ciências Sociais. 1.1. Um objeto; uma diversidade de perspetivas de abordagem. 1.2. A História como visão global do passado. 1.3 A História como espessura temporal do presente. 2. Noções básicas de epistemologia histórica 2.1. O ofício e o papel do historiador. 2.2. Discursos sobre o conhecimento histórico. 3. Usos e abusos da História 3.1. Os usos políticos e ideológicos 3.2. Para a construção de uma consciência informada e crítica sobre o passado e o presente.

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3.3. Processos de construção do conhecimento histórico. 4. Para uma História Global 4.1.Periodizações e conceções do tempo histórico. 4.2. O olhar ocidental. Outros olhares. 4.3. Etapas da evolução da humanidade. Turma B - Docente Prof. Doutor Rui Bebiano Introdução: Os conceitos de “tempo”, “espaço” e “memória” em articulação com o conhecimento histórico e a compreensão da História como processo. O conhecimento histórico como instrumento de cidadania e fator de múltiplas identidades. 1. Durações, cronologias e escalas 1.1. Da curta à longa duração. Ritmos de mudança e sentidos do tempo (circularidades, progressos e retrocessos). A aceleração da História e a sua particular importância no processo de compreensão do mundo contemporâneo. 1.2. Cronologias e periodizações do tempo histórico. Os modelos clássicos e a sua compreensão crítica. 1.3. Escalas de análise: o local, o regional, o nacional, o transnacional e o global. Abordagem crítica destes conceitos. 2. Quadros de desenvolvimento da Humanidade 2.1. Da “história antes da história” à atualidade. O conceito de presente e de contemporâneo. 2.2. Dimensões: política, culturas, sociabilidades e economias. 2.3. História e multiculturalidades. 3. Dimensões e representações do passado 3.1. Especificidade dos conceitos de “história” e de “memória”. 3.2. A construção do conhecimento histórico: processos, alcance e limites. 3.3. “Memória histórica”: conceito e valor. Os diferentes tipos de memória na sua relação com os processos de construção da História. 3.4. História, propaganda e media. O valor do cinema, da televisão e da internet. 4. História, ciências sociais e humanidades 4.1. O valor e a identidade das ciências sociais e das humanidades. 4.2. Conceitos e práticas de inter e de transdisciplinaridade. 4.3. História, filosofia, literatura e artes: identidade e colaboração. 4.4. Espessura temporal e análise de algumas das grandes questões do presente (conflitos, nacionalismos, poderes, religiões e resistências). Turma C – Docentes: Prof. Doutora Isabel Mota e Prof. Doutora Ana Isabel Ribeiro a) A História

1. A definição de uma ciência. Das perceções senso comum ao lugar da História no contexto humanidades e ciências sociais

2. As noções operatórias essenciais – fonte, conhecimento histórico, realidade histórica, historiografia, memória histórica;

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3. A historiografia e a sua evolução no século XX - campos de estudos, metodologias, visões do passado e da relação como presente

b) O tempo 1.Os ritmos e as durações; 2. As periodizações e as cronologias – o peso do olhar ocidental c) O espaço

1. As escalas na abordagem na análise histórica. 2. A paisagem como construção histórica. 3. A relações da História/Geografia

d) A Memória 1. Memórias e identidades. 2. Usos públicos da História 3. O papel da História a abordagem do presente.

e) A Historiografia actual: 1. Campos de estudo. 2. Historiografias recentes 3. Relações entre História, ciências humanas e artes.

Métodos de Ensino Aulas teórico-práticas. Métodos de Avaliação Turmas A e C Avaliação periódica 2 testes (50% +50%) ou 2 testes (40%+40%) 1 trabalho (20%) Turma B 2 testes (50% +50%) Bibliografia: Turma A Catroga, Fernando (2001). Memória, História e Historiografia. Coimbra: Quarteto. Ferro, Marc (s.d.). As Falsificações da História. Lisboa: Publicações Europa-América. Godinho, Vitorino (2013). A crise da História e as suas novas directrizes. Lisboa: INCM. Guldi, Jo; Armitage, David (2014). The History Manifesto. Cambridge: Cambridge University Press. Disponível em: http://historymanifesto.cambridge.org Hernández Sandoica, Elena (2004). Tendências historiográficas actuales. Escribir Historia Hoy, Madrid: Akal. Mudrovcic, Maria Inés (2005). Historia, Narración y Memoria. Los debates actuales en la filosofia de la história. Madrid: Akal.

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Neto, Margarida Sobral (2016). Problemática do Saber Histórico. 2ª edição, Coimbra: Palimage. Traverso, Enzo (2012). O passado, modos de usar. Lisboa: Edições Unipop. Turma B Aróstegui, Julio, e Saborido, Jorge (2005), El Tiempo Presente. Un mundo globalmente desordenado, Buenos Aires: Editorial Universitaria. Bourdé, Guy; e Martin, Hervé (1983), Lés écoles historiques. Paris: Seuil. Catroga, Fernando (2001), Memória, História e Historiografia, Coimbra: Quarteto. Curto, Diogo Ramada (2013), Para que serve a história? Lisboa: Tinta-da-China. Ferro, Marc, As Falsificações da História. Lisboa: Publicações Europa-América, s.d. Guldi, Jo; e Armitage, David (2014), The History Manifesto, Cambridge: Cambridge University Press. Disponível em: http://historymanifesto.cambridge.org Hernández Sandoica, Elena (2004), Tendências historiográficas actuales. Escribir Historia Hoy, Madrid: Akal. Mudrovcic, Maria Inés (2005), Historia, Narración y Memoria. Los debates actuales en la filosofia de la história, Madrid: Akal. Neto, Margarida Sobral (2013), Problemática do Saber Histórico, Coimbra: Palimage. Traverso, Enzo (2012), O passado, modos de usar, Lisboa: Edições Unipop. Turma C Bourdé, Guy (1990) As Escolas Históricas. Mem Martins: Publicações Europa-América. Burke, Peter (2008) O que é História Cultural? Rio de Janeiro: Zahar. Catroga, Fernando (2001). Memória, História e Historiografia. Coimbra: Quarteto. Ferro, Marc (s.d.). As Falsificações da História. Lisboa: Publicações Europa- América. Godinho, Vitorino (2013). A crise da História e as suas novas directrizes. Lisboa: INCM. Guldi, Jo; Armitage, David (2014). The History Manifesto. Cambridge: Cambridge University Press. Disponível em: http://historymanifesto.cambridge.org Le Goff, Jacques, Chartier, Roger e Revel, Jacques et alii (1990). A Nova História. Coimbra. Almedina Neto, Margarida Sobral (2013). Problemática do Saber Histórico. Coimbra: Palimage.

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Terra: Planeta em Transformação Docentes: Adélia Jesus Nobre Nunes, Isabel Maria Rodrigues de Paiva e Luca Dimuccio Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver Apreensão de conceitos ligados à evolução da Terra ao longo do tempo e, em particular, às causas de diferenciação das paisagens à superfície do planeta e suas transformações, designadamente: 1 - Compreender as noções de espaço e de tempo, em Geografia Física, através da descrição da superfície da Terra e das dimensões do globo, bem como da dimensão temporal dos fenómenos geográficos e geológicos e suas relações; 2 - Entender as diferenciações de paisagem, em função da latitude; 3 - Refletir sobre a evolução do planeta, sob a ação da geodinâmica (interna e externa). Programa 1. As noções de espaço e de tempo em geografia física 1.1 A superfície da Terra e as dimensões do globo 1.2 Dimensão temporal dos fenómenos geográficos e geológicos: suas relações 2. Os continentes 2.1 Os continentes e a constituição física da Terra 2.2.Das translações continentais de Wegener à Tectónica de Placas 2.3 Grandes formas de relevo 2.4 Os processos erosivos e as grandes forma de modelado 3. As grandes divisões da superfície da Terra 3.1 Conceito de zonalidade e causas cósmicas da zonalidade; 3.2 Continentes e oceanos: implicações da sua distribuição relativa 3.3 A diferenciação em dois hemisférios 3.4 As zonas climáticas: ritmos estacionais e zonalidade 4. Os oceanos 4.1 Caraterísticas gerais 4.2 Movimentos das águas oceânicas 4.3 Distinção entre mares e oceanos Métodos de Ensino As aulas teóricas serão expositivas, tendo como base um suporte digital. As aulas práticas servirão de complemento às exposições teóricas, com recurso aos meios cartográficos (mapas) e tecnológicos disponíveis (vídeo) ou, então, para a

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realização de pequenos exercícios elementares sobre matérias tratadas nas aulas teóricas Método de Avaliação Informação não definida. Bibliografia DAVEAU, Suzanne (1976). O Ambiente Geográfico Natural. Lisboa: INCM. DEMANGEOT, J. (1998). Os meios naturais do globo. Trad. Portuguesa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 478 p. FERREIRA, Denise de Brum (2005). Geografia física dos oceanos. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, 240 p. LOURENÇO, Luciano (1988). Caderno de Trabalhos Práticos de Geografia Física, 1ª parte. Coimbra: FLUC, 266p. STRAHLER, A. N. (1974). Geografía Física. Barcelona: Ed. Omega, 874 p. STRAHLER, A. N. (1992). Geologia Física. Barcelona: Ed. Omega, 629 p.

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Textos Fundamentais da Literatura Ocidental Docentes: Maria de Fátima de Sousa e Silva, Cristina Maria Robalo Cordeiro, Maria Marta Teixeira Anacleto, Carlota Miranda Urbano, Maria de Fátima Gil e Paulo da Silva Pereira Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver A uc visa criar condições para um encontro transformador com os textos fundamentais da literatura ocidental, de Homero ao século XX. Os estudantes deverão ficar a conhecer um corpus de obras definidoras da literatura ocidental, bem como conceitos básicos como «clássico», «cânone» e «literatura ocidental»; deverão igualmente compreender algumas das razões pelas quais tais obras continuam a ser lidas, ponderando os critérios de legitimação em apreço (incluindo a eventual ausência de consenso em torno de algumas); por fim, os estudantes deverão ainda ser capazes de argumentar, posicionando-se em relação ao valor das obras e às interpretações que vêm suscitando. Programa: TURMA A – A épica grega e a sua tradição na literatura portuguesa 1º MÓDULO Docente: Maria de Fátima Silva Poemas Homéricos I. Introdução ao estudo dos Poemas Homéricos II. Ilíada I-VI 1. O código de valores dos heróis da Ilíada 2. As mulheres de Tróia: os grandes paradigmas femininos do poema 3. Tróia: o desenho de uma cidade do Oriente 4. Contextos de convívio político e social: a assembleia, a súplica, a hospitalidade 5. Modelos formais na épica homérica: fórmulas, epítetos, símiles. III. Odisseia XVIII-XXIV 1. Ulisses, o herói 'dos mil artifícios': um paradigma do Homem Mediterrânico 2. A arte do 'reconhecimento' 3. Penélope, apenas um modelo de fidelidade? 4. Modelos formais na épica homérica: fórmulas, epítetos, símiles. 2.º MÓDULO Docente: Paulo Pereira

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Camões e Fernão Mendes Pinto: Viagem, Escrita e Império I. A viagem e a cultura portuguesa do Século XVI: géneros, matrizes, intertextualidades II. Os Lusíadas, de Luís de Camões 1. A epopeia camoniana: argumento, estrutura e reflexão metapoética. 2. História, ficção e maravilhoso no poema. 3. O Velho do Restelo e a crítica da virtude heroica. 4. O Adamastor: leituras tradicionais do episódio e abordagem pós-colonial. 5. A Ilha dos Amores: heroísmo e utopia. III. A Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto 1. O problema da autenticidade textual e o hibridismo da obra. 2. Autobiografia, escrita e aventura. 3. As rotas do Império e a diáspora portuguesa no Oriente. 4. Ocidente/Oriente: cultura, ética e religião. TURMA B – Comédia, tragédia e mito 1º MÓDULO Docente: Marta Teixeira Anacleto Tema: O mito de D. João no teatro – um libertino moderno 1. Contextos: o mito de D. João; a comédia de Molière nos séculos XVII e XXI. 2. O D. João de Molière: revisões tragi-cómicas do mito. 3. A performance tragi-cómica contemporânea: o homem “revoltado” (de Ricardo Pais). 2.º MÓDULO Docente: Maria de Fátima Gil Tema: Fausto – ícone do Homem moderno 1. Contextos: o mito de Fausto; Johann Wolfgang von Goethe e a sua época. 2. Fausto I ou Fausto. Primeira Parte da Tragédia: análise do poema dramático. 3. Os Faustos depois de Fausto: diferentes leituras até à contemporaneidade. TURMA C 1º MÓDULO Docente: Carlota Miranda Urbano A Eneida de Virgílio 1. Virgílio: o poeta e a obra 2. A Eneida: conteúdo e estrutura. 3. Eneias, o herói, entre Tróia e Roma. 4. Dido e Eneias: entre a epopeia e a tragédia. 5. Eneias nos Infernos. 6. Eneias, um paradigma romano e uma mensagem política. 7. A Eneida, a longevidade de um paradigma épico.

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2º MÓDULO Docente: Cristina Robalo Cordeiro A literatura francesa é ainda hoje considerada por muitos como sendo centrada no Eu. Nos nossos tempos de encontros e de intercâmbios interculturais, à escala mundial, é importante mostrar o seu outro rosto: aquele que ela voltou para o outro. Propomo-nos assim, através da apresentação de sete textos exemplares, pertencentes a sete escritores maiores, do Renascimento aos nossos dias, mostrar a progressiva descoberta do Estrangeiro. Montaigne, Essais https://pt.scribd.com/doc/31393737/Montaigne-Dos-Canibais La Bruyère, Les Caractères, Des Femmes Montesquieu, Les Lettres Persanes Maupassant, Le Horla http://www.riesemberg.com/2006/10/o-horla-guy-de-maupassant.html Paul Valéry, La soirée avec Monsieur Teste. Albert Camus, L’Étranger Le Clézio, L’Africain Para todos os textos haverá uma versão em língua portuguesa. Método de Ensino As aulas centrar-se-ão na leitura e discussão das obras literárias eleitas pelo programa. Cada uma dessas obras será objeto de uma contextualização histórico-cultural inicial, seguindo-se a sua leitura. As questões teóricas e o aparelho terminológico a usar decorrerão mais da leitura e do debate do que de exposições prévias. Método de Avaliação Avaliação final. Bibliografia: TURMA A 1º MÓDULO BIBLIOGRAFIA SELECTA Cairns, D. L. (ed.) (2001), Oxford Readings in Homer's Iliad. Oxford: University Press. Finley, M. I. (1988), O mundo de Ulisses. Trad. portuguesa. Lisboa: Editorial Presença. Lourenço, F. (42004), Grécia revisitada. Ensaios sobre Cultura Grega. Lisboa: Cotovia. Lourenço, F. (2005), Homero. Ilíada. Lisboa: Cotovia. Lourenço, F. (2018), Homero. Odisseia. Lisboa: Quetzal. Oliveira, F. (ed.) (2003), Penélope e Ulisses. Coimbra: APEC, IEC, CECH.

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Rocha Pereira, M. H. (1984), "Fórmulas e epítetos da linguagem homérica", Alfa 28: 1-9. Rocha Pereira, M. H. (92003), Estudos de História da Cultura Clássica. I. Cultura Grega. Lisboa: Gulbenkian. Schein, S. L. (ed.) (1996), Reading the Odyssey. Selected Interpretive Essays. Princeton: University Press. West, M. (2001), The making of the Iliad. Oxford: University Press. 2.º MÓDULO Bibliografia 1. Textos a) Os Lusíadas, de Luís de Camões. Leitura, prefácio e notas de Álvaro Júlio da Costa Pimpão. Apresentação de Aníbal Pinto de Castro. Lisboa, I.C.L.P., 1989. b) Alves, Jorge Santos (ed.), Fernão Mendes Pinto and the Peregrinação. Studies, restored portuguese text, notes and indexes. Lisboa: Fundação Oriente/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010, 4 vols. [Nota: no início da lecionação do Módulo 2 será facultada aos estudantes uma pequena antologia com os textos de Camões e Fernão Mendes Pinto a analisar em sala de aula] 2. Estudos críticos ALMEIDA, Isabel (org.), Peregrinaçam 1614, Lisboa: Centro de Estudos Clássicos/Universidade de Lisboa, 2017. BERNARDES, José Augusto Cardoso, História Crítica da Literatura Portuguesa. Vol. II (Humanismo e Renascimento), Lisboa: Editorial Verbo, 1999. CASTRO, Aníbal Pinto de, “Introdução”, in Peregrinação de Fernão Mendes Pinto e Itinerário de António Tenreiro, Tratado das Cousas da China, Conquista do Reino do Pegu, Porto: Lello & Irmão, pp. V-LXX. GIL, Fernando e Helder Macedo, Viagens do olhar. Retrospecção, visão e profecia no Renascimento português, Porto: Campo das Letras, 1998. PINTO-CORREIA, João David, “Apresentação crítica”, in A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto. Lisboa: Comunicação, 1983, pp. 13-111. SEIXO, Maria Alzira e Zurbach, Christine (org.), O discurso literário da Peregrinação, Lisboa: Edições Cosmos, 1999. SEIXO, Maria Alzira, Poéticas da Viagem na Literatura, Lisboa: Edições Cosmos, 1998. SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e, Camões. Labirintos e fascínios, Lisboa: Cotovia, 1994. SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e (coord.), Dicionário de Luís de Camões, Lisboa: Caminho, 2011. TURMA B 1º MÓDULO Texto em tradução: Molière (2006), D. João ou O Banquete de Pedra. Lisboa: Campo das Letras (trad. Nuno Júdice).

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Vídeo: D. João. Encenação de Ricardo Pais, Teatro Nacional de S. João, 2006. Estudos: http://www.toutmoliere.net/ Dandrey, Patrick (2002), Molière ou l'esthétique du ridicule. Paris : Klincksieck. Frédérick, Tristan (2009), Don Juan, le révolté. Un mythe contemporain. Paris : Écriture. Júdice, Nuno (2006), «A palavra e o mito» in D. João ou O Banquete de Pedra. Lisboa: Campo das Letras, p.11-15. 2.º MÓDULO Texto em tradução: Goethe, Johann W. (22013), Fausto. Tradução, introdução e glossário de João Barrento. Lisboa: Relógio D’Água, 29-209. Estudos: Barrento, João et al. (1984), Fausto na Literatura Europeia. Lisboa: Apáginastantas. Barrento, João (22013), “Introdução”, in Johann W. Goethe, Fausto. Lisboa: Relógio D’Água, 7-27. Durrani, Osman (2004), Faust: Icon of Modern Culture. Mountfield: Helm. TURMA C 1º MÓDULO Textos: Thamos, M. (2011), As Armas e o Varão. Leitura e Tradução do Canto I da Eneida. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. -Pereira, M.H.R (20106) Romana. Antologia da Cultura Latina. Guimarães Editores. Estudos: Citroni, M. (2006) Literatura de Roma Antiga. Lisboa: Gulbenkian. Anderson, W. (20003) The Art of The Aeneid. Bristol Classical Paperbacks. Hardie, P. (1998) Virgil. Oxford University Press

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Turismo no Mundo Docentes: Alexandra Matos Pereira, Cláudia Moreira e Odete Paiva Semestre: 1.º Créditos ECTS: 6 Objetivos da unidade curricular e competências a desenvolver 1- Compreender o quadro conceptual do Turismo 2- Analisar a evolução do turismo à escala global, na sua interrelação com os demais sistemas 3- Compreender os impactos do Turismo no desenvolvimento, evidenciando a dicotomia entre países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento 4- Compreender a dinâmica regional do Turismo Mundial 5- Analisar criticamente as tendências futuras do turismo, identificando os factores de mudanças e os desafios que lhe estão subjacentes. 6- Identificar as principais organizações internacionais ligadas ao Turism e o papel conhecimento, desenvolvimento eregulação do Turismo. Programa: 1. Turismo: conceitos e definições 1.1. Procura turística 1.2. Oferta turística 1.3. Espaço geográfico 1.4. Operadores turísticos 2. A evolução das sociedades e a evolução do turismo: desde a génese ao séc. XXI 3. O Turismo e o Desenvolvimento Mundial 3.1. A dimensão e o crescimento do Turismo 3.2. A importância do Turismo na Economia 3.3. O Turismo nos países desenvolvidos e nos países em vias de desenvolvimento 4. O comportamento regional do Turismo Internacional 4.1. As grandes regiões turísticas: África, América, Ásia Oriental e Pacífico, Ásia Meridional, Europa e Oriente Médio 4.2. Os fluxos turísticos internacionais 5. Tendências futuras do Turismo Mundial 5.1. Os factores de mudança 5.2. Os desafios à escala mundial 6. As organizações de carácter global ligadas ao turismo: OMT e WTTC Métodos de Ensino: As aulas teóricas serão leccionadas com recurso aos métodos expositivo e interrogativo.

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Na operacionalização das aulas práticas privilegiar-se-á os métodos activos, com recurso a exercícios práticos, estudos de caso, análise e discussão de artigos científicos. Método de Avaliação Avaliação Periódica Frequência: 60% da nota final - Nota mínima = 7 valores Trabalho de grupo com apresentação: 40% nota final; componente escrita (30%) e apresentação oral (10%) Assiduidade: 50% das aulas ministradas Época de recurso Obrigatoriedade de entrega de trabalho no dia do exame (40%) Bibliografia Ignarra, L. R. (2003). Fundamentos do Turismo (2ª ed.). Pioneira Thomson Learning. São Paulo. Goeldner, C.R and Ritchie, J.R.B (2009).Tourism – Principles, Practices, Philosophies. John Wiley &Sons, Inc. NewJersey. Lickorish, L. e Jenkins, C. (2000). Introdução ao Turismo. Campus. Rio de Janeiro. Martínez, J. e Quintana M.V. (2002). Sociología Del Turismo. Universidad Nacional de Educación a Distancia. Madrid. Reid, D. G. (2003). Tourism, Globalization and Development – responsible Tourism Planning. Pluto Press. London. UNWTO (2001). Introdução ao Turismo. Madrid: UNWTO. UNWTO (2011). Tourism towards 2030 - Global overview. Madrid: UNWTO. UNWTO (2011). Tourism 2020 vision, Global forecasts and profiles of market segments. Madrid: UNWTO. UNWTO (2011). Tourism 2020 vision, Europe. Madrid: UNWTO. UNWTO (2014). Facts & Figures. UNWTO (2017). UNWTO tourism highlights - 2017 edition. Madrid: UNWTO.