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Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO Tema: AMBIENTE ANTRÓPICO, SINANTROPIA E SAÚDE HUMANA

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Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO

Tema:

AMBIENTE ANTRÓPICO, SINANTROPIA E SAÚDE HUMANA

• 1. Sinantropia

• Sinantrópico significa “junto com o homem” e sinantropia o

termo usado para qualificar as populações animais cuja seleção

natural favoreceu a existência junto às sociedades humanas. É o

ambiente antrópico, profundamente modificado pelas atividades

humanas o cenário deste processo evolutivo, onde os fenótipos

selecionados são parte do cenário, são novas espécies que não

sobrevivem mais no ambiente silvestre. O ambiente antrópico

fornece abrigo e alimento a estas populações animais que

adaptaram-se através da seleção natural (Robinson, 1996).

• A sinantropia é um campo de estudo onde predomina o

enfoque do conflito, das doenças e da saúde humana de forma

geral.

• 2. Ambiente antrópico e sinantropia

• O ambiente antrópico favorece as populações sinantrópicas

especialmente quando apresenta-se degradado e insalubre.

• Observa-se, nesta situação, a manutenção de várias doenças,

numa situação comumente referida como ausência de

saneamento (Ministério da Saúde, 2004).

• As situações de insalubridade e a sinantropia decorrente

ocorrem tanto nas áreas urbanas quanto no ambiente rural,

podendo-se observar processos de adaptação em vários graus e

em várias populações animais (Ruas Neto, 2002; Forattini, 1992).

• 2. Ambiente antrópico e sinantropia

• Segundo Robinson (1996), adaptado:

• Eubiocenose: ecossistemas naturais.

• Agrobiocenose: ambiente antrópico com alteração agrícola;

• Antropobiocenose: áreas domiciliares humanas, ambiente

urbano ou urbe.

• Ambiente doméstico: área residencial interna;

• Peridomicílio: o entorno da área domiciliar.

• A dependência antrópica aumenta em direção à

antropobiocenose.

• 3. Sinantropia e doenças humanas

Ambiente

Agente Hospedeiro

• O ambiente onde ocorrem as doenças é o ambiente antrópico. Neste ambiente, agentes e hospedeiros influenciam-se mutuamente, resultanto na infecção do hospedeiro.

Ambiente

Agente Hospedeiro

• O ambiente antrópico é influenciado pelo modo de vida das sociedades, suas produções econômicas e suas culturas. As doenças coletivas resultam de ausência de ações coletivas pela saúde.

• 3. Sinantropia e doenças humanas

Fig 5: Quadro de artrópodos e doenças

• 4. Animais sinantrópicos e doenças humanas

• Precisamos distinguir primeiro entre a classificação biológica e

o papel epidemiológico dos animais sinantrópicos daquele dos

agentes infecciosos, vírus, bactérias, protistas ou fungos.

• Outra distinção é entre sinantrópicos e parasitos.

• Parasitos são inicialmente definidos pela sua relação ecológica

espoliatória com o hospedeiro. Parasitos humanos,

especialmente os restritos, podem ser considerados sinantrópicos

também devido à sua adaptação ao ambiente corporal humano

ou são ecologicamente sinantrópicos pela adaptação ao ambiente

antrópico.

• Parasitos são ectoparasitos ou endoparasitos dependendo da

sua localização corporal interna ou externa. Compreendem os

agentes infeciosos clássicos e mais helmintos, alguns anelídeos e

artrópodos diversos.

• 4. Animais sinantrópicos e doenças humanas

• Animais sinantrópicos: invertebrados.

• Os invertebrados são principalmente moluscos e artrópodos.

• Os artrópodos podem ser classificados na sua relação com a

saúde humana (epidemiologia) em várias categorias:

• Peçonhentos;

• Hematófagos causadores de alergias (mosquitos, carrapatos,

etc.);

• Vetores mecânicos ou biológicos (mosquitos, barbeiros, etc.);

• Disseminadores não hematófagos (moscas e baratas);

• Ectoparasitos escavadores, localizados ou causadores de

miíases simples ou múltiplas (Sarcoptes scabiei, Tunga

penetrans, Dermatobia hominis e Cochlyomyia hominivorax).

4. Animais sinantrópicos e doenças humanas

• Artrópodos peçonhentos são:

• (a) Peçonhentos inoculadores de veneno, ex. aracnídeos,

vespídeos e apídeos

• (b) Peçonhentos por contato com tegumento, pelos ou

cerdas que veiculam substâncias venenosas.

• (ba) Causadores de lepidopterismo: ex. Hylesia spp.

• (bb) Causadores de erucismo. ex. Lonomia obliqua

• (bc) Causadores de pederismo. ex: . Paederus spp.

• Podem ou não ser sinantrópicos. A maioria é oportunista

quanto à ocupação de um ambiente antrópico.

Fig. 2: Larva de Lonomia obliqua, causador de erucismo

Fig. 3:

Estrutura do

ferrão de

apídeos: (Fe):

ferrão; (Rs):

reservatório.

Fig. 4: Periplaneta americana,

inseto disseminador.

Fig. 1: Paederus columbianus; causador de

pederismo

• Escorpiões: artrópodos peçonhentos

• Escorpiões: artrópodos peçonhentos

• Aranhas: artrópodos peçonhentos • Armadeira: Phoneutria sp.

• Aranha marrom:

Loxosceles sp.

• Viúva negra: Latrodectus

sp.

• Aranha de jardim ou

tarântula: Lycosa sp.

LAGARTAS

As lagartas venenosas

são a fase larval das

borboletas ou

mariposas. Possuem

pelos ou espículos

simples ou

arborecentes por onde

secretam veneno (que

são substâncias

alergenas) que causa

coceira, provoca

queimaduras e dor.

• Ectoparasitos e vetores

Sarcoptes scabiei e escabiose

Barbeiros: Triatoma

infestans e Panstrongylus

megistus

Tunga penetrans e tungíase

•Figs. 1-5 : Tunga penetrans e tungíase.

Ambiente antrópico e animais sinantrópicos

Várias espécies sinantrópicas

Musca domestica: inseto sinantrópico clássico

Muscídeos diversos reproduzem em ambiente degradado

Lixões: ambiente insalubre propício a animais sinantrópicos

Periplaneta americana: outro inseto

sinantrópico clássico

• Exemplos de doenças infecciosas associadas à falta de saneamento

D o e n ç a A g e n te c a u s a d o r F o rm a d e c o n tá g io

A m e b ía se o u d ise n te ria a m e b ia n a

P ro to zo á rio E n ta m o e b a h is to ly tica In g e s tã o d e á g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r c is to s

A sca rid ía se o u lo m b rig a

N e m a tó id e A sca ris lu m b rico id e s In g e s tã o d e a g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r o vo s

A n c ilo s to m o se O vo d e N e ca to r a m e rica n u s e d o A n cy lo s to m a d u o d e n a le

A la rva p e n e tra n a p e le (p é s d e sca lço s ) o u o vo s p e la s m ã o s su ja s e m co n ta to co m a b o ca

C ó le ra B a c té ria V ib rio ch o le ra e In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a

D ise n te ria b a c ila r B a c té ria S h ig e lla sp In g e s tã o d e á g u a , le ite e a lim e n to s co n ta m in a d o s

E sq u is to sso m o se A sq u e lm in to S ch is to sso m a m a n so n i In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a , a tra vé s d a p e le

F e b re a m a re la V íru s F la v iv iru ssp P ica d a d o m o sq u ito A e d e s a e g yp ti

F e b re p a ra tifó id e B a c té ria s S a lm o n e lla p a ra typ h i, S . sch o ttm u e lle r i e S . h irsh je d i

In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s , e m o sca s ta m b é m p o d e m tra n sm itir

F e b re tifó id e B a c té ria S a lm o n e lla typ h i In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s

H e p a tite A V íru s d a H e p a tite A In g e s tã o d e a lim e n to s co n ta m in a d o s , co n ta to fe ca l -o ra l

M a lá ria P ro to zo á rio P la sm o d iu m ssp P ica d a d a fê m e a d o m o sq u ito A n o p h e le s sp

P e s te b u b ô n ica B a c té ria Y e rs in ia p e s tis P ica d a d e p u lg a s

P o lio m ie lite V íru s E n te ro v iru s C o n ta to fe ca l-o ra l, fa lta d e h ig ie n e

S a lm o n e lo se B a c té ria S a lm o n e lla sp A n im a is d o m é s tico s o u s ilve s tre s in fe c ta d o s

T e n ía se o u so litá r ia

P la te lm in to T a e n ia so liu m e T a e n ia sa g in a ta

In g e s tã o d e ca rn e d e p o rco e g a d o in fe c ta d o s

Doenças causadas pela falta de Saneamento

D o e n ç a A g e n te c a u s a d o r F o rm a d e c o n tá g io

A m e b ía se o u d ise n te ria a m e b ia n a

P ro to zo á rio E n ta m o e b a h is to ly tica In g e s tã o d e á g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r c is to s

A sca rid ía se o u lo m b rig a

N e m a tó id e A sca ris lu m b rico id e s In g e s tã o d e a g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r o vo s

A n c ilo s to m o se O vo d e N e ca to r a m e rica n u s e d o A n cy lo s to m a d u o d e n a le

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C ó le ra B a c té ria V ib rio ch o le ra e In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a

D ise n te ria b a c ila r B a c té ria S h ig e lla sp In g e s tã o d e á g u a , le ite e a lim e n to s co n ta m in a d o s

E sq u is to sso m o se A sq u e lm in to S ch is to sso m a m a n so n i In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a , a tra vé s d a p e le

F e b re a m a re la V íru s F la v iv iru ssp P ica d a d o m o sq u ito A e d e s a e g yp ti

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S a lm o n e lo se B a c té ria S a lm o n e lla sp A n im a is d o m é s tico s o u s ilve s tre s in fe c ta d o s

T e n ía se o u so litá r ia

P la te lm in to T a e n ia so liu m e T a e n ia sa g in a ta

In g e s tã o d e ca rn e d e p o rco e g a d o in fe c ta d o s

• Falta de saneamento e doenças de veiculação hídrica. Exemplo 1: Ascaridíase

• Causa principal: presença de

ovos na água de consumo;

penetração oral;

• Causas predisponentes:

manutenção do ciclo fecal- oro -

aquático.

• Ação saneante de maior impacto:

educação sanitária, instalação e

uso de banheiros; monitoramento

participativo.

• Ação complementar: tratamento

medicamentoso da verminose.

• Exemplo 2: Esquistossomose. • Causa principal: presença de cercárias na

água; penetração cutânea;

• Causas predisponentes: manutenção do ciclo

fecal-aquático.

• Ações saneantes de maior impacto: educação

sanitária, instalação e uso de banheiros;

monitoramento participativo.

• Ação de baixo impacto: controle dos

planorbídeos.

• 4. Animais sinantrópicos e doenças humanas

• Animais sinantrópicos: vertebrados.

• Canídeos e felinos: cães e gatos são gregários em graus

diferentes e podem apresentar populações divididas em

grupos semi-silvestres no ambiente antrópico. Isto é

conhecido como sinantropia facultativa, onde há uma

reversão da domesticação. Várias populações de morcegos

podem constituir-se também em sinatropia facultativa,

ocupando periodicamente prédios e telhados (ex. Tadarida

brasiliensis).

• Serpentes peçonhentas não são sinantrópicas, embora

possuam valência ecológica ampla para habitar o ambiente

antrópico, sobretudo rural e causar acidentes ofídicos.

• 4. Animais sinantrópicos e doenças humanas

• Animais sinantrópicos: vertebrados.

• Aves: a importância de algumas espécies como as pombas

domésticas (columbídeos) na dispersão de agentes

patógenos pelas fezes é bastante conhecida. As doenças

são as micóticas profundas como a criptococose e a

histoplasmose. Além disto dermatites cutâneas são comuns

devido a ácaros de penas e ninhos.

• Roedores: A sinantropia de vertebrados é clássica no caso

dos roedores murídeos ratos-de-telhado, ratazanas e

camundongos Rattus rattus, R. norvergicus e Mus musculus.

Estas populações não vivem fora do ambiente antrópico, não

necessariamente urbano e é possível identificar-se espéicies

silvestres próximas entre murídeos silvestres.

• Serpentes peçonhentas: comportamento oportunista, não

sinantrópico: cascavel Crotalus durissus

VENENOSAS NÃO VENENOSAS

Cabeça chata,

triangular,

bem destacada.

Cabeça estreita,

alongada,

mal destacada.

Olhos pequenos, com pupila em

fenda vertical e fosseta loreal

entre os olhos e

as narinas (quadradinho preto).

Olhos grandes,

com pupila circular,

fosseta lacrimal ausente.

Escamas do corpo alongadas,

pontudas, imbricadas,

com carena mediana, dando ao tato

uma impressão

de aspereza.

Escamas achatadas,

sem carena,

dando ao tato uma

impressão de liso, escorregadio.

Cabeça com escamas

pequenas semelhantes

às do corpo.

Cabeça com placas

em vez de escamas.

Cauda curta,

afinada bruscamente.

Cauda longa,

afinada gradualmente.

Quando perseguida,

toma atitude de ataque,

enrodilhando-se.

Quando perseguida, foge.

Jararaca

• Serpentes peçonhentas: comportamento oportunista, não

sinantrópico: jararacas Bothrops spp.

• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose.

• Situação comum no RGS: valas abertas e mananciais costeiros poluídos com lixo e esgoto, com risco de transmissão de leptospirose.

• Falta de saneamento e doenças associadas aos depósitos irregulares

de lixo. Exemplo 1: Leptospirose.

• Causa principal: presença de leptospiras na água, liberadas por mamíferos

infectados, como os roedores; penetração cutânea; Causas predisponentes:

atividades humanas no ambiente contaminado; contato com a água parada;

• Ação saneante de maior impacto: eliminação de lixões; Ações

complementares: educação sanitária; saúde dos trabalhadore, equipamentos de

proteção individual.

• Teníase por T. solium e cisticercose

Ingestão de lixo com fezes e ovos

Ingestão de suínos contaminados e não inspecionados

• Causa principal da teníase: ingestão de suínos contaminados; transmissão oral.

Causas predisponentes: criação de suínos nos lixões.

• Causa principal da cisticercose: alimentos e água contaminados com fezes

humanas de pessoas com teníase; transmissão oral.

• Ações saneantes de maior

impacto: eliminação das

criações suínas e bovinas

anti-higiênicas; saneamento

básico nas comunidades;

diagnóstico e tratamento

dos pacientes infectados;

• Ações complementares:

educação sanitária;

eliminação dos lixões;

inspeção rigorosa da carne

consumida.

• Cisticercose presente na carcaça suína.

• Ação saneante: organização de aterro

• Situação comum no RGS: lixões expostos

• Situação comum no RGS: depósitos diversos de água da chuva, formando locais de proliferação do A. aegypti.

Riachos com poluição orgânica por esgoto, com proliferação de simulídeos.

• Exercício: sugestões para um pré-projeto: sinantropia e saneamento em Tapes

• Entende-se que no município de Tapes e adjacentes da

costa da Laguna dos Patos, atividades sociais como a

pesqueira favorecem a manutenção de situação sanitária

precária e as sinantropias. Decorrem a circulação de agentes

patógenos e a manutenção de doenças coletivas associadas,

justificando-se desta forma, o desenvolvimento deste plano

de trabalho.

• O plano direciona-se para um diagnóstico amplo da situação

sanitária com ênfase na sinantropia e para a proposição de

soluções mitigadoras dos problemas de saúde coletiva desta

coletividade.

• Pré-projeto: sinantropia e saneamento em Tapes

• Objetivo Geral

• O objetivo geral do projeto é identificar as situações de

sinantropia e a relação destas com fluxos de doenças

existentes na região de Tapes, como base para a

construção de alternativas sanitárias e atenção primária

ambiental.

• Pré-projeto: sinantropia e saneamento em Tapes

• Objetivos específicos

• i) Descrever as principais populações sinantrópicas

ocorrentes nas áreas de atividade pesqueira de Tapes;

• ii) Qualificar e quantificar o grau de sinantropia destas

populações;

• iii) Descrever as doenças coletivas presentes nas

comunidades residentes nas áreas de pesca e atividades

correlatas associadas às populações sinantrópicas;

• iv) Descrever a relação entre saneamento, populações

sinantrópicas e doenças coletivas;

• v) Ampliar o enfoque biológico com o social, construindo de

forma comunitária soluções mitigadoras dos problemas

levantados.

• A relação do ambiente antrópico alterado, observado na falta

de saneamento e as doenças humanas é clara.

• A importância do saneamento e sua associação à saúde

humana remonta às mais antigas culturas. Hipócrates, quase

500 anos A. C., já salientava a relação de doenças com “ares,

água e lugares”, marcados com a insalubridade da visão da

época.

• Água de consumo isenta de patógenos, soluções salubres

para o lixo doméstico e esgoto são direitos básicos em

qualquer sociedade. Da mesma forma, inclui-se habitações

adequadas e restauração ambiental dos ambientes antrópicos,

que busque um equilíbrio entre o construído e o natural.

• São desafios para os pesquisadores e pensadores em geral

das ciências naturais, em especial da Biologia como recorte

científico.

• Conclusões.

i) Ávila-Pires, F. D. de. Princípios de ecologia médica. Florianópolis, Editora da UFSC, 2000. ii) Breilh, J. Epidemiologia: economia, política e saúde. São Paulo: Ed. Universidade Estadual Paulista, Fundação para o Desenvolvimento da UNESP, HUCITEC, 1991. iii) Forattini, O. P. Ecologia, epidemiologia e sociedade. Artes Médicas, São Paulo, 1992. iv) Forattini, O. P.; Kakitania, I.; Santos, R. C. dos; Kobayashib, K. M.; Uenob, H. M. & Fernandez, Z. Comportamento de Aedes albopictus e de A. scapularis adultos (Diptera: Culicidae) no sudeste do Brasil. Revista de Saúde Pública, 34(5): 461-467, 2000. v) Machado, E. O.; Álvares, E. S. S.; De Maria, M. & Kalapothakis, E. Sobre a presença de três espécies de Loxosceles Heineken & Lowe (Araneae: Sicariidae) no município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 6(2):113-115, 2005. vi) Marcondes, C. B. Entomologia médica e veterinária. Editora Atheneu, São Paulo, 2001. vii) Ministério da Agricultura. Superintendência do Desenvolvimento da Pesca. Diagnóstico do setor pesqueiro. Documento, 2003. Disponível em: www.ibama.gov.br/ceperg/downloads/ viii) Ministério da Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. Fundação Nacional de Saúde, 2004.

• Bibliografia.

ix) Organización Panamericana de la Salud. Zoonosis y enfermedades transmisibles comunes al hombre y a los animales. 2ª ed. Publicación Científica 503, 1986. x) Organização Panamericana de Saúde. OPAS/INPPAZ. HACCP: Instrumento essencial para inocuidade de alimentos. Buenos Aires, Argentina: OPAS/INPPAZ, 2001. xi) Neves, D. P.; Melo, A. L. de; Genaro, O. & Linardi, P. M. Parasitologia humana. 9 ed. São Paulo, Editora Atheneu, 1995. xii) Robinson, W. H. Urban entomology. Insect and mite pests in the human environment. Chapman & Hall, Londres, 1996. xiii) Ruas Neto, A. L. & Corseuil, E. Hábitos, distribuição geográfica e potencialidade dos triatomíneos rupestres como vetores da doença de Chagas no Rio Grande do Sul, Brasil (Hemíptera: Reduviidae: Triatominae). Entomologia y Vectores, 9(2): 231-249, 2002. xiv) Service, M. W. Lecture notes on medical entomology. 1986. Oxford, Blackwell Scientific Publications, 1986. xv) Susin, J.; Alves, L. P. A. & Gomes, M. E. Diagnóstico rápido urbano participativo – DRUP. In: Brose, M. (org.). Metodologia participativa:uma introdução a 29 instrumentos, p.: 79-86. Tomo Editorial, Porto Alegre, 2001. xvi) Ulin, P. R.; Robinson, e. T. & Tolley, E. E. Qualitative methods in public health. A field guide for applied research. São Francisco, Jossey Bass. A Wiley Imprint., 2005.

• Bibliografia.