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1 Disciplina: Agricultura Geral Departamento: Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia Docente: Orivaldo Arf

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    Disciplina: Agricultura Geral

    Departamento: Fitotecnia, Tecnologia de Alimentose Sócio-Economia

    Docente: Orivaldo Arf

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    Programa de Ensino

    1 – Preparo do solo;

    2 – Conservação do solo;

    3 – Plantio e semeadura;

    4 – Fixação simbiótica do nitrogênio;

    5 – Práticas culturais;

    6 – Colheita;

    7 – Secagem;

    8 – Beneficiamento;

    9 – Armazenamento;

    10 – Adubação verde e rotação de

    culturas.

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    Conteúdo

    - Amplo;

    - Primeiro contato com a área profissionalizante;

    - Pode despertar interesse para outras áreas específicas:

    -- Iniciação científica

    ou

    -- Trabalho de graduação

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    Critério de Avaliação

    MF =P1 + P2 + T

    3Onde:

    P1 = Primeira prova teórica

    P2 = Segunda prova teórica

    T = Trabalho – atividade prática

    Será considerado aprovado o (a) aluno (a) que obtiver média igual ou

    superior a 5,0.

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    Foto: Culturas em campo de outras turmas.

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    Foto: Acompanhamento do desenvolvimento das culturas.

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    Foto: Acompanhamento do desenvolvimento das culturas.

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    Introdução

    Crescimento da população mundial

    Necessidade de produzir mais alimentos.

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    Tabela - População mundial e área agricultável per capta

    Ano Habitantes (milhões) ha per capta

    1900 1.500 -

    1960 3.005 1,076

    2000 6.300 0,513

    2030 10.930 0,296

    Fonte: Dimarzio (1999)

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    - 60% do consumo mundial de alimentos é proveniente do ARROZ,

    MILHO, TRIGO e BATATA;

    - Produtividade média deverá passar dos atuais 2.500 para

    4.500 kg/ha nos próximos 30 anos.

    - Quais as possibilidades possíveis de aumento na oferta de alimentos ?

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    Aumento na produção de alimentos:

    - Aumento na área cultivada

    - Aumento na produtividade.

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    1 – Preparo do Solo1.1 – Preparo inicial do solo

    É o tipo de preparo que envolve a retirada da vegetação

    de uma determinada área com o objetivo de incorporá-la

    ao processo produtivo.

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    Exemplos de áreas novas:

    Fotos: Vegetação de cerradoSelvíria – MS.

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    1.1.1 – Obtenção de autorização junto aos órgãoscompetentes.

    - Definição dos locais de reserva;

    - Definição da área de reserva;

    - Averbação da área de reserva junto aos órgãoscompetentes.

    - Hoje se exige o CAR (Cadastro Ambiental Rural)

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    Legislação Ambiental

    Código Florestal: Lei no 4771 de 15/09/65 e alterada pela Lei no 7803 de 18/07/89.

    Artigo 1o Estabelece que as florestas existentes no

    território nacional e as demais formas de vegetação

    são bens de interesse comuns a todos os habitantes

    do país.

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    Artigo 2º _ Área de preservação permanente:

    a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso de água desde seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:

    - de 30m para cursos d’água com menos de 10m;

    - de 50m para cursos d’água de 10 a 50m;

    - de 100m para cursos d’água de 50 a 200m;

    - de 200m para cursos d’água de 200 a 600m;

    - de 500m para cursos d’água maiores que 600m;

    - de 100m em usinas hidrelétricas.

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    b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios naturaisou artificiais;

    c) nas nascentes, mesmo intermitentes em raio de 50m;

    d) no topo de morros, montanhas e serras;

    e) tanques de piscicultura a faixa é de 15m

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    Quando consultar os Órgãos Competentes ?

    Antes de adquirir qualquer área e nos seguintes casos:

    - Supressão de vegetação natural;

    - Intervenção em área de preservação permanente;

    - Desinterdição de áreas embargadas pela Polícia Ambiental.

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    Necessidade de Licenciamento:

    - Supressão de vegetação nativa (mesmo de árvores isoladas)

    Qual a reposição exigida para a eliminação de árvores isoladas ?

    Reposição árvores vivas árvores mortas

    até 20 árvores 10:1 5:1

    de 21 a 50 15:1 8:1

    de 51 a 100 20:1 15:1

    acima de 100 25:1 20:1

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    Licenciamento (continuação)

    - Intervenção em Áreas de Preservação Permanente;

    - Tanques, açudes e barramentos de rios ou outra fonte de água;

    - Licenciamento de obras, empreendimentos, e

    atividades para fins de agricultura, irrigação e

    bebedouro de animais.

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    O Código Florestal define que toda propriedade deve ter

    reserva legal. Ex: propriedade de 100 alqueires deve ter

    20 alqueires de reserva.“Em algumas regiões não se

    consegue transferir a documentação da propriedade

    se não existir averbado em cartório a reserva legal.”

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    O agricultor normalmente acha que a Área de Preservação Permanente

    ou a Área de Reserva Legal se constitui “área perdida”. Na verdade se

    todas as propriedades tivessem as áreas de reserva com vegetação,

    possivelmente teríamos menor assoreamento dos leitos dos rios e

    das barragens e mais chuva (ou regularidade) e talvez um clima mais

    ameno.

    Finalizando:

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    1.1.2 – Tipos de vegetação

    - Vegetação espontânea;

    - Vegetação formada por culturas perenes:

    -- Citros;

    -- Seringueira;

    -- Café;

    -- Outras.

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    1.1.3 – Tipos de derrubada

    Manual

    - Roçada da vegetação menor;

    - Derrubada das árvores;

    - Aproveitamento da madeira;

    - Enleiramento e destruição dos restos.

    Equipamentos usados: machado, traçadores, motosserras, enchadão, etc.

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    Mecanizado

    a) Cabo de aço ou corrente

    - Usado em pequenas áreas, onde as árvores são

    derrubadas, com auxílio de correntes ou cabos de aço

    tracionados por tratores ou mesmo animais.

    - Oferece melhores resultados em áreas com árvores isoladas.

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    b) Uso de Correntões

    - Um dos métodos mais baratos para derrubada em larga escala.

    - Consiste na retirada da vegetação pela utilização de

    um correntão acoplado a dois tratores de grande

    porte (pneu ou esteira).

    - Os melhores resultados são obtidos nas seguintes condições:

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    - Árvores de até 30 cm de diâmetro e densidade < 2.500/ha;

    - As árvores maiores devem ser deixadas na área e

    derrubadas com outros métodos;

    - Solos bem drenados, superfície regular, sem buracos,

    formigueiros ou cupinzeiros que permitam o livre trânsito e

    manobras das máquinas;

    - Área de tamanho suficiente que justifique o transporte do

    correntão e dos tratores.

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    Tipos de correntões:

    1 - Quanto ao peso- leve – 50 - 80 kg/m

    - médio – 80 - 100 kg/m

    - pesado – 100 - 120 kg/m

    2 - Quanto ao comprimento

    - normal – 90 - 120m

    - longo – 120 - 150m

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    3 - Potência exigida

    3.1 - Normal

    - leve: 120 - 150 cv

    - médio: 150 - 180 cv

    - pesado: + de 180 cv (200 - 220 cv)

    3.2 - Longo

    - leve – 150 - 180 cv

    - pesado - > 300 cv

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    Lastros: são utilizados para reforçar a ação arrastantedo correntão.

    Podem ser:

    - concreto maciço

    - aço (oco) → cheios de areia ou água

    - 1 a 3 lastros no correntão

    - 3 a 7 toneladas

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    Em cada extremidade e a intervalos de 30 m o correntão

    deve ter “olho giratório”, evitando assim sua torção.

    A distância entre os dois tratores deve ser de até 1/3 do

    comprimento do correntão.

    A derrubada é realizada em 2 passadas:

    - A primeira derruba a vegetação;

    - A segunda, denominada de “arrepio”, arranca a vegetação.

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    c) Uso de lâminas frontais

    O rendimento é menor em relação ao uso do correntãoe é mais utilizada:

    - Em áreas onde não compensa o transporte do correntãoe de 2 máquinas;

    - Como complemento derrubando árvores deixadas pelo

    método do correntão.

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    1.1.4 - Enleiramento

    Tipos:

    - Lâmina frontal

    - Ancinho enleirador – rendimento 30 a 40% superior.

    O enleiramento pode ser realizado, no caso do uso de

    lâminas, em conjunto com a operação de derrubada.

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    O enleiramento consiste em amontoar o material deixado

    após a derrubada em leiras contínuas, espaçadas umas das

    outras de 30 a 100 metros, dependendo:

    - Declividade do terreno;

    - Densidade do material derrubado;

    - Do tipo de equipamento utilizado.

    Geralmente possuem 5 a 10m de base e 2 a 3 m de altura.

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    Cuidados:

    - Sempre enleirar em nível, melhorando a conservação do solo;

    - Deve ter cuidado para não arrastar terra para a leira e não

    deixar muitos detritos que dificultem a limpeza final.

    - O ancinho enleirador é mais vantajoso que a lâmina.

    - O uso de lâminas devem restringir aos trabalhos em

    pequenas áreas onde o investimento em equipamento

    mais especializado não se justifica economicamente.

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    Rendimento de desmatamento com Correntão (ha/h).

    Tipo de trator de esteira

    Cerradi- nho

    Cerrado Cerra-

    dão

    Porte médio 150 -200 HP

    3,3 -5,0 2,5 - 3,3 1,2 - 2,0

    Porte pesado 300 HP

    - - 1,6 - 2,5

    Fonte: GALETI (1981). Dados expressos para conjunto de dois tratores.

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    Rendimento do Enleiramento (ha/h)

    Trator de esteira com ancinho Tipo de vegetação Porte médio Porte pesado

    Cerrado fino 0,65 - 0,84 - Cerrado 0,58 - 0,77 -

    Cerradão 0,40 - 0,50 0,53 - 0,70 Mata - 0,40 - 0,50

    Fonte: GALETI (1981)

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    Rendimento médio de Desmatamento e Enleiramento.Tempo horas / ha

    Operação Máquina/ implementos Campo sujo Cerrado Cerradão

    Desmat. 2 trat. esteira - 150 cv - 140 m

    - 14 t

    - 0,50 0,90

    Desmat. +

    Enleiram.

    Trat. esteira -88 cv com lâmina 4,50 6,40 -

    Desmat. +

    Enleiram.

    Trat. esteira -150 cv com lâmina - 4,50 6,70

    Enleiram. Trat. esteira -150 cv

    com lâmina

    - 1,70 2,10

    Enleiram. Trat. esteira -88 cv com lâmina 1,50 2,40 3,40

    Fonte: CARVALHO, R. P. L. (1980) - Dados da UNESP Campus de Ilha Solteira.

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    1.1.5 – Limpeza da área

    Tem como finalidade, remover pedaços de madeira e

    raízes que permanecem na área após o enleiramento,

    para início das operações de preparo do solo.

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    1.1.6 – Preparo do solo propriamente dito

    - Grade pesada

    - Arado de discos

    - Grade de dentes

    Antes do início do preparo Ter em mãos a análisede solo da área

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    O arado de aivecas não é recomendado para as operações

    de preparo inicial do solo em função da possibilidade de

    danos ao equipamento pela presença de raízes.

    Posteriormente, após a passagem do arado de disco ou da

    grade pesada, é interessante passar a grade de dentes ou

    desenraizador com o objetivo de eliminar as raízes cortadas

    durante o preparo inicial.

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    Foto - Desenraizador. Sorriso (MT), 2003

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    É conveniente que antes do início do preparo do solo,

    se tenha em mãos a análise química da área

    Caso necessário

    Calagem antes do início das operações.

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    Foto - Abertura de novas áreas. Sorriso (MT), 2003

  • 79Fonte: Kappes, (2009)