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DIRIGVEL do BRASIL Belo Horizonte / Minas Gerais BRASIL www.dirigivelBRASIL.com.br 55 31 3293-3160 [email protected]

Por que dirigveis rgidos no Brasil?!

Lincoln Fernandez Freire Engenheiro mecnico, formado na UFMG em 1974 CPOR 1971 Confea / CREA Nacional 140342542-6

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Gerente de projetos e coordenador tcnico, rea siderrgica Ps-graduao: Gesto de projetos IETEC, 2011 Curso avanado Project 2007 Piloto e fabricante de bales de ar quente desde 1986

Contexto histrico Os dirigveis encantaram o mundo com inmeras travessias da Europa s Amricas de 1890 a 1940, mas por motivos ainda questionveis, este veculo foi abandonado pela humanidade.

Graf Zeppelin (Imagens de dirigveis em operao em 1930)


A primeira associao que fazemos com dirigveis, com o Hindemburg pegando fogo. Isto muito se deve s campanhas publicitrias ps-guerra. Ressaltamos que ele usava um gs explosivo, hidrognio, pois os USA, na poca nico fabricante mundial, no disponibilizava o gs hlio (gs inerte, no explosivo) para ser utilizado pelos alemes em seus dirigveis.Durante a Primeira Guerra Mundial os dirigveis foram utilizados pelos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, mas a Alemanha os utilizou em maior quantidade e eficcia, causando muito baixas aos aliados, e notoriamente com uma melhor performance que os demais. Era muito forte a associao dos dirigveis com o nazismo, razo de inmeras e as fortes campanhas publicitrias contra os dirigveis, repudiando assim o nazismo, mas ao mesmo tempo abalando a imagem desta aeronave to segura. Hoje, cem anos aps esta crise, nos cabe avaliar a correta aplicabilidade desta aeronave para o transporte de grandes cargas, observando a segurana comprovada pelos dados estatsticos do Graf Zeppelin, LZ 127 usado em transporte de passageiros no ps-guerra, segundo Revista ICARE revue de laviation franaise, nr. 135 pag. 57:

Primeiro vo em 18/9/1928 Desmontado em 18/6/1937 Nestes 9 anos, realizou 590 viagens, percorrendo 1.700.000 quilmetros, sem nenhum incidente grave, entre elas:

Uma volta ao mundo, voando 34.200 km em 300 horas e 20 minutos. 126 viagens ao Rio de Janeiro. Inmeras viagens Europa / USA / Europa.

Contexto atual Temos na atualidade vrias iniciativas com dirigveis no rgidos e semi-rgidos, os BLIMPS, utilizados em transporte de passageiros, turistas, atividades militares, vigilncia, meteorologia, telecomunicaes, em estudos cientficos, esporte e para publicidade. Segundo estudos contemporneos, a aviao mundial se encontra em fase de exausto em grande parte devido sua grande complexidade e altos custos do sistema aeronutico, associado elevao do custo do petrleo. Estes estudos buscam aeronaves de maior capacidade de carga, com menores custos, menos poluentes e que no requeiram grandes reas para sua operao. O dirigvel rgido atende a estes pr-requisitos com grande autonomia de vo e estabilidade, por isso este gigante ressurge tambm para preencher uma lacuna, TRANSPORTE DE GRANDES CARGAS e Dirigvel estratosfrico. Quanto ao impacto ambiental, devido sua eficincia energtica, o dirigvel emite 5 vezes menos CO2 que o avio correspondente, alm do baixo impacto ambiental das instalaes envolvidas devido pequena infra-estrutura necessria. Existe no mundo, Alemanha, Canad, Frana, Inglaterra, Rssia, USA, vrios fabricantes, associaes e grupos de estudo, os quais esto relacionados no final deste trabalho, que tratam da modernizao dos dirigveis.


Estes grupos de estudos sugerem a utilizao do gs hlio para sustentao, dirigveis semi-rgidos de mdio porte (publicidade, pesquisa), hbridos e dirigveis rgidos de grande porte e autonomia de vo, projetos estes com sua atividade reduzida, devido atual crise financeira mundial, dentre outros:

Cargolifter Alemanha Hybrid AeroSpace Inc Canad Walrus USA American Blimp Corporation USA Skyhook USA Aeroscraft - USA Cargo Airships Limited Inglaterra Zeppelin NT Alemanha WDL Airship - Alemanha

Airfloat Transport Limited UK Skycats Inglaterra Aerall - Frana Pgase Frana Euro Airship Frana Dirisoft - Frana First - Frana Rosaerosystems - Rssia Termoplanc ALA - Rssia

Dirigvel do BRASIL

Em 1986, na fundao da ABB Associao Brasileira de Balonismo, o ento DAC nos solicitou projeto de um dirigvel para escoar a produo agrcola de Mato Grosso, devido ausncia de estradas adequadas. Desde ento, temos mantido acessa esta chama, na qual nos aquecemos, avaliando os melhores recursos de engenharia para uma possvel aplicao em dirigveis rgidos. Nosso site www.dirigivelBRASIL.com.br, em construo, pretende estabelecer uma sinergia nacional, disponibilizando documentos tcnicos de dirigveis rgidos antigos, fotos, trabalhos e artigos publicados por grupos de estudos, relao destes grupos de estudos, fabricantes mundiais, patentes, alm de fruns de discusso sobre utilizao, fabricao e operao de dirigveis. Como no dispomos no Brasil, de conhecimento consolidado no assunto, temos realizado um trabalho de Desenvolvimento e Pesquisa, resgatando dados tcnicos e operacionais dos antigos dirigveis. Apresentamos a EAP do projeto como um todo, para o qual buscamos parceiros, simpatizantes e patrocinadores. Em fase de concluso do anteprojeto do Prottipo Conceito Dirigvel Biplace, clculo estrutural preliminar para assegurarmos uma base slida desta etapa, alm de desenvolver o Sistema de Controle de temperatura do gs de sustentao, pedido de PI no INPI nr. PCT/BR 2012/000128. Pretendemos apresentar este projeto biplace na 4e Convention Dirisoft Recherche Paris, Setembro/2012 estabelecendo contato com os demais fabricantes, visitando algumas instalaes e aeronaves. Sendo de suma importncia visitar alguns fornecedores de tubos de fibra de carbono, elastmero dos reservatrios de gs hlio, clulas fotovoltaicas, produtores / consumidores de gs hlio e instrumentao para ULM. Devido efervescncia do assunto na Frana, foi publicado um livro em 2011, relatando as atividades dos grandes dirigveis, bem como do DIXMUDE, relacionado no final deste trabalho.


Nossos projetos em desenvolvimento

1. Dirigvel conceito, (Fase 1), produto ideal para patrulhamento de fronteiras, estradas e inspeo de linhas de transmisso, este modelo ter a autonomia de 14 horas de vo, a 70 km/h, 50% de sua potncia nominal.

Estrutura tubular em fibra de carbono. Volume: 2.600 m3. Dimetro mximo de 9,75 metros, comprimento de 43 a 46 metros

dependendo da configurao da cabine de comando. Dois motores para propulso, gasolina ou combustvel verde, 110 CV Clulas fotovoltaicas para o sistema de controle de temperatura do gs

de sustentao e acionamento do motor eltrico na cauda. Pouso / Decolagem: STOL ( Short Take-Off and Landing = Pouso e

decolagem curta) Velocidade mxima: 95 km/h Velocidade de cruzeiro: 80 km/h Velocidade mnima: velocidade do vento com mnimo consumo de

combustvel e mximo poder de observao e patrulhamento.


Dirigvel conceito Biplace

Primeiro dirigvel rgido no mundo, com estrutura tubular em fibra de carbono

2. Dirigvel 25 t, (Fase 2), TURISMO VIP, ideal para vos panormicos em regies tursticas, sobrevos na cidade do Rio de Janeiro, litoral fluminense, Braslia, Estrada Real, Foz do Iguau, Pantanal, Amaznia, Rio So Francisco, ou para transporte de grandes cargas indivisveis.

Estrutura em trelia de alumnio ou tubular em fibra de carbono. Volume: 66.000 m3 em 12 clulas de gs hlio. Dimetro mximo = 28 metros. Comprimento = 150 metros. Carga til = 20 toneladas, 100 a 200 passageiros. Velocidade de cruzeiro = 80 km/h Acionamento principal = 4 motores de 400 CV Motor de cauda = 125 CV Pouso / Decolagem: STOL ( Short Take-Off and Landing = Pouso e

decolagem curta)


Dirigvel 25 t

3. Dirigvel Cargueiro, (Fase 3), capacidade de 200 a 500 toneladas Estrutura em trelia de alumnio ou em fibra de carbono. Pouso / Decolagem: VTOL (Vertical Take-Off and Landing = Pouso e

decolagem vertical) Sistema de Posicionamento: 4 motores superiores com direcionamento

computadorizado.

4. Dirigvel estratosfrico, para telecomunicaes.

5. Balo Cargueiro fixo, capacidade de 100 a 500 toneladas.


O desenvolvimento destes produtos poder ser em parceria com o CEA Centro de Estudos Aeronuticos da UFMG, em aerodinmica, propulso e clculo estrutural. Na fase atual buscamos estabelecer uma sinergia entre grupos / grandes empresas interessadas no transporte de grandes cargas e os diversos ministrios pertinentes: (MCTI) Ministrio da Cincia Tecnologia e Inovao, (MC) Ministrio das Comunicaes, (MD) Ministrio da Defesa, (MDIC) Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, (MT) Ministrio dos Transportes, (MME) Ministrio de Minas e Energia, (SAE) Secretaria de Assuntos Estratgicos, para que possamos compartilhar um estudo detalhado de viabilidade tcnica.

Concluses O sucesso no mercado exige cada vez mais tecnologias sustentveis e sistemas de maior performance, que se traduzem em maior produo e/ou menores custos. Invariavelmente teremos maiores instalaes e grandes equipamentos.

Temos sido freados h dcadas com a dificuldade e s vezes com a impossibilidade de transportar grandes cargas. Pensemos por alguns instantes (usurios e fabricantes) numa sociedade sem esta limitao de transporte!

Vrias naes tm realizado estudo de viabilidade para implantao dos dirigveis rgidos.

O Brasil dispe das melhores condies para o desenvolvimento dos dirigveis:

Ventos raramente superiores a 60 km/h. Ausncia de neve, tornados e furaces. Trfego areo pouco denso. Grandes reas prximas aos grandes centros urbanos, para

implantarmos uma rede de distribuio eficaz (fbrica > cliente final).

Dispomos atualmente, de um refinado e preciso servio de previso meteorolgica, gs hlio no inflamvel, motores de propulso super confiveis, lembrando que o dirigvel mantm sua sustentao mesmo com pane total dos motores, sendo que a informtica, hoje disponvel, permite um controle imediato e preciso das funes antes desempenhadas por tripulantes que levavam minutos para atingir o local da interveno e com a internet teremos informaes meteorolgicas em tempo real.

Os dirigveis rgidos, inflados com gs hlio, indiscutivelmente, sero as aeronaves mais seguras do Brasil e com a utilizao de clulas fotovoltaicas para alimentao do motor eltrico de cauda em baixas velocidades, energia verde no patrulhamento de fronteiras e inspeo de linhas de transmisso!


Bibliografia 1. 5th International Airship Convention and Exhibition

http://www.airshipstothearctic.com/docs/pr/isopolar_eapft.pdf 2. tude prospective relative au potentiel et la faisabilit de la production

de dirigeables Gros porteurs (DGP) em Ile-de France ERNST & YOUNG Junho 2008 http://www.iledefrance.fr/fileadmin/contrib_folder/pour_le_saviez_vous/Ernst___Young_Rapport_DGP_final_pour_diffusion.pdf

3. Airship with High Carrying Capacity 1O Swiss Transport Research Conference - 2001 www.strc.ch/conferences/2001/wieser.pdf

4. FIRST http://www.piarc.org/en/log-in.htm 5. Dirisoft Recherche http://www.dirisoft.fr 6. AERALL Association dEtudes & de Recherches Sur les Aeronefs

Alleges - http://www.aerall.fr/ 7. Airship Heritage Trust http://www.airshipsonline.com/index.html 8. care Revue de laviation franaise, nr. 135 e 137 9. Lpope des GRANDS DIRIGEABLES et du DIXMUDE Michel

Vaissier Edio 2011 10. Economics of Airships for Perishable Food Trade

http://www.airshipstothearctic.com 11. Dirigveis : Uma alternativa para o transporte de cargas especiais

2005 Telmo Roberto Machry 12. Les dirigeables dans les bonnes directions Ple Pgase 2008 13. Airship Technology Khoury and Gillett - 1999 14. Airship Design Charles P. Burgess - 1927

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