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DGE ESPIA Veículo da USE - União das Sociedades , �D a - A a / Espíritas do Estado de São Paulo � S S �W• ANO IV - N 2 22 - MAIO/JUNHO DE 1994 CONGSSO Pensamento e , , açao vao dinamizar / . esp1r1tas paulistas Comissão inicia p re p arativos p ara o 9 º Congresso Estadual 9 2 CONGRESSO ESTADUAL DE ESPIRITISMO USE· 95 O ESPIRITISMO NO PENSAMENTO E NA AÇÃO Cena da novela "A Viagem", em nova montagem na Globo. "agem" es 4e volta Novela de grande sucesso nos anos setenta mostra a vida no mundo espiritual. Página 11. L B l A . AI N D A N E S TA BD I Ç A O º 1 Pêmocfàcía e'Movimento Editoal. Página 2.. Vale a pena descaractez a r a obra espta? P4gina3. 11 •Trabalbo .em. equipe .. e açãtJ individual Página4 11 H á centros_ pátá todo gosto Págiua6. 1 •Por que nosso centro não · cre. sce? Página7. 1 •Campanha-ſtViver em Fa1ia n ·_ Págas 8 e 9.

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Page 1: DIRIGENTE ESPÍRIIA.Cena da novela "A Viagem", em nova montagem na Globo. "Viagem" está 4e volta Novela de grande sucesso nos anos setenta mostra a vida no mundo espiritual. Página

DIRIGENTE ESPÍRIIA. Veículo da USE - União das Sociedades , �Dlmifia.D A\ -Aa/ Espíritas do Estado de São Paulo � 1/!N Se't S �'âlW• ANO IV - N2 22 - MAIO/JUNHO DE 1994

CONGRESSO

Pensamento e ,..., ,...,

açao vao dinamizar

/ .

esp1r1tas paulistas

Comissão inicia preparativos para o 9º Congresso Estadual

92 CONGRESSO ESTADUAL

DE ESPIRITISMO

USE· 95

O ESPIRITISMO NO PENSAMENTO E NA AÇÃO

Cena da novela "A Viagem", em nova montagem na Globo.

"Viagem" está 4e volta Novela de grande sucesso nos anos setenta

mostra a vida no mundo espiritual. Página 11.

L Bl A . AI N D A N E S TA BD I Ç A O

º1!:Pêmocfàcía e'Movimento Editorial. Página 2� ..

• Vale a pena descaracterizara obra espírita?P4gina3.

11•Trabalbo .em. equipe .. e açãtJ individual

Página4

11•Há centros_ pátá todo gosto Págiua6.

1•Por que nosso centro não · cre.sce?

Página7.

1•Campanha.- ftViver em Fann1ian ·_ Páginas 8 e 9.

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OPINIÃO

Democracia e Movimento

Há dois tipos notóri­os de instituições espí­ritas, onde seus dirigen­tes são partidários do sistema democrático: em primeiro lugar, aquelas em que se pra­tica verdadeiramente a democracia e, em se­gun

1

do, as que da demo­cracia só têm a teoria. Entre estas, porém, não se pode dizer de apon­tar a existência de algu­mas onde as noções bá­sicas de democracia se­quer passam perto.

Uma das conseqüên­cias imediatas da apli­cação do sistema demo­crático é a renovação de valores e lideranças. As instituições onde o po­der permanece concen­trado por longo tempo nas mãos de uns pou­cos, quando não de um só, tendem a ficar extre­mamente conservado­ras e a. negar perempto­riamente a renovação. Isto as conduz ao enve­lhecimento precoce e a uma visão doutrinária também contrára a um dos seus mais importan­tes aspectos: o da reno­vação da sociedade.

Renovar é também sobreviver. Ao contrá-

rio do que pensam al­guns, a democracia não é causa de desorganiza­ção dos quadros, mas a oportuniddade que se apresenta para um nú­mero maior de pessoas de exercitarem o poder e, portanto, aplicarem suas idéias na condução da instituição. Quando esta oportunidade é ne­gada, as conseqüências passam pelo enruga­mento da instituição e o mau trato doutrinário.

A USE-SP tem sido, ao longo dos tempos, um exmeplo de sistema democrático. A alguns pode parecer que esse sistema gerou em dados instantes prejuízos ins­titucionais, mas a verda­de está precisamente no aspecto contrário: foi o sistema que permitiu e permite que não haja predominância indefi­nida de grupos e, por­tanto, que se renove permanentemente.

A cada dois anos, como ocorre no presen­te instante, os estatutos conduzem às eleições em todos os níveis, abrindo a possibilidade de troca dos poderes. No caso da diretoria

""'

executiva, a permanên­cia é permitida apenas por dois mandatos con­secutivos, findos os quais os componentes cedem, obrigatoriamen­te, o posto a outro� com­panheiros. Com isto, a instituição está respi­rando sempre os ares salutares das novas idéi­as.

Esta é, não temos dú­vida, a situação que me­lhor se adapta à consci­ência profunda de reno­vação embutida na dou­trina de Kardec. Ele mesmo deu profundas demonstrações disto, fazendo-se substituir na Sociedade Parisiense ou projetando sua pre­sença no futuro da con­dução doutrinário-ad­ministrativa.

Se o poder é um ópio e os homens desejam o poder, que ele esteja nos meios espíritas subme­tido ao processo demo­crático pleno, para que, não permanecendo in­definidadmente nas mãos de poucos, peniri­ta a muitos contribuir para o desenvolvimen­to da instituição com suas idéias.

"DIAIGE;Nl'Ji:' FJl:NQVA E,QUIPE . . No início de abril, 8 Diretoria Executiva Õã U'SEêó.tnpôs a nova equipe para estejomal,explicitada np E�ente, que deyefflpr<>s�eguirapós a posse danovapiretori,a� ..O presidente Peni enâlteceu o frahãlho oosqued� a equipe, citan�oque estejon)al .·foiummarco naimprensa espírita e seu·valo[ poderá seravaliãâo, inclusive no rec�nte. Uvro ''Centros e Dirigentes ispffitas". ·· ... ·

2 - Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994

EXPEDIENTE

Veículo oficial de Unificação tJa.:USE • . llnilw das Socieda­des Espíritas doB�tfl® de São Paulo, destinado especial­mente aos dirigentes de cén• tros e instituições espúiias.

Editor

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Secretária

Dehna Crotti

Redação

• Carlos Teixeíra RamosIvan Re.tté FranzolimJosé Rodtiguês i-l'efo

. LuiZ .Alberto ZanardiWilson Garcia

Assi1iaturas

Anual: 4,6 URV Mantenedcr: acima

de9URV Número avulso:

CR$ 350,00

Produção Gráfica

GP- fone: (OU) 858-8367 C.G.C. nº

55.573.885/0001-00

Editorafão Eletrônica

. .Adriano .de Araujo Garcia

Este número

5.000 exemplares

11.S.E. U'iOodassoàedades esprbdoesttJdodesõopok, :���-"'l'�fit<lo<��!Q'1Cll do��i;lto�

RuaPr. Gabriel Piza, 433 CEP �03�0011 São Paulo-SP

. FOD{t(Qll) i9ô-8l08

A USE não se respoltSâbili.za por conceitos emitidos nas matérias assinadas. As cola­borações enviadas e não pu­blicadas não serão devolvi­das. Resen,amo-,ws o direil.o de pulilicarsomente o qu, es� #ver de acordu com a JinhJI ediWrial do veículo.

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SERV IÇO ASSISTENCIAL

Vale a pena descaracterizar a Obra Espírita?

Os problemas criado§ pelo governo têm levado alguns centros espíritas a atitudes precipitadas. E preciso prudência para não tomar o caminho errado.

Hoje em dia, vivemos momentos de grandes questionamentos relativa­mente às subvenções go­vernamentais.

Um desses questiona­mentos se refere às exi­gências desmedidas dos órgãos públicos para a concessão de subsídios às obras assistenciais.

Vale a pena, antes de mais nada, tecer conside­rações sobre a visão que nos cabe ter do homem enquanto ser espiritual. O ser humano não é apenas biológico, psíquico, soci­al, mas acima de tudo eterno, pois sua destina­ção é divina.

Não resta a menor dú­vida de que as necessida­des imediatas devem, tan­to quanto possível, serem atendidas. Isto todos sa­bemos, principalmente nós - espíritas-, pois, es­tamos interessados no tra­balho de auxílio ao pró­ximo.

Consulte-se o quadro de hierarquia das neces­sidades do homem, se­gundo o psicólogo ame­ricano Abraham Maslow, e verificar-se-á que as ne­cessidades hierárquicas superiores (posição soci­al, segurança, etc) vêm após aquelas de ordem fí­sica ou primária (alimen­tação, sono, etc.). Con­clui-se, pois, no nosso caso, de servidores espí­ritas, que de nada adianta falar de Jesus e de apri-

Elaine Curti Ramazzini São Paulo, Capital

moramento interior àque­le cujo estômago arde de fome.

O que se tem verifica­do em nossos meios, no entanto, é uma profunda preocupação dos traba­lhadores da área assisten­cial em atender ao caren­te sócio-economicamente considerado apenas quan­to às suas necessidades materiais, relegando a plano secundário, muita·s vezes, o aspecto educati­vo-promocional desse atendimento.

Uma postura arcaica, porque paternalista, tem levado muitos a priorizar o dar, dar, dar ... infinita­mente, mas não tem aju­dado a criatura a tomar­se independente e aptapara que ela caminhe comseus próprios pés.

O objetivo de um tra­balho promocional deve ser aquele que, de início, auxilie, na medida do pos­sível, o semelhante em todas as suas necessida­des para que, com o pas­sar do tempo, ele encon­tre em si mesmo condi­ções de autoapoiar-se no futuro.

Não poucos dirigentes de obras assistenciais es­píritas têm procurado va­ler-se de órgãos governa­mentais para deles rece­ber subvenções, as mais das vezes inexpressivas e insuficientes às suas reais demandas. No entanto,

para isso submetem-se a absurdas exigências, t�s como: abolir as denorru­nações "espírita" e "Espi­ritismo" de suas entida­des; alterar o estatuto so­cial - o que enseja as mais absurdas ingerências nas instituições, descaracteri­zando a filosofia e o "mo­dus operandi" que as fun­damenta.

Será que esses bondo­sos, porém desavisados irmãos, entendem real­mente o que é um serviço assistencial em moldes espiritistas? Será que o sentido real, genuíno, da palavra promocional não lhes sugere um novo com­portamento em relação ao que vem ocorrendo?

Convém reflitamos melhor sobre essas ques­tões e sobre todo o assun­to exposto, pois todos te­mos compromisso1s pe­rante Deus, nossa cónsci­ência e àquele irmão em estado tran�itório de pe­núria material que nos foi colocado à frente para que receba ?.e nós o auxí­lio às nece,s�idades primá­rias, sem a menor dúvida, porém reflitamos na sua natureza esJ?iritual.

Convém lembremos também as enormes res­ponsabilidades qu� nos cabem na difusão e autên­tica vivência da Doutrina Espírita, �e é que efetiva­mente a elegemos como ideal de vida.

NÃC>ÃS SUBVENÇÕES SGCIAIS . . . . . 1

. . Sob esse título. em artigo publipado na Folha · de São Paulo, 28/3/94, Aldaíza Sposa� comenta apromulgação cJa tei Orgânica da Assistência So�cial. Entre outras, afirma que tal Lei determina aextinção em 60 dias da LBA, CBIA ou dos órgãosfederais, fundações e poderes paralelos que, "aolongo dos ano.s. não conseguiram unidade em.suasações". A articúlism'defén:de. a proposta que "'ex­tingue as subvenções sociais e os 6rgãos govema,,,mentais voltados para essa função, introduzindoem seu lugar uma política de parceria entre o Esta­do e a sociedade civil". O objetivo seria rompercom o paternalismo e os fisiologismos. "Ao invésde subvenções� .contra.tos de Serviços sem fins lu-..crativos entre organizações hão governamentais eo órgão governamental1 garantindo o caráter pú-blico da ação".

· · · · · · ·

Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994 - 3

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Trabalho em Equipe e ação individual

Equipes bem formadas valori:am as atividades sem diminuir a importância das pessoas como indivíduos.

Em qualquer Sociedade, as atividades quando planejadas e realizadas em equipe, apresen­tam sempre melhores e mais duradouros resultados.

Desde a constituição do Centro Espírita, se faz necessá­ria a participação de várias pes­soas, para se viabilizar a assem­bléia de fundação e a formação da primeira diretoria.

A diretoria de um Centro deve ser uma equipe. Para que funcione razoavelmente, é pre­ciso que cada um cumpra a sua tarefa e e sem se intrometer na tarefa do outro diretor, deve exis­tir uma ação conjunta e integra­da.

Sem dúvida, ao presidente compete presidir as reuniões da diretoria, representá-la social e juridicamente, contratar funcio­nários quando necessários, e outras funções referentes a uma boa administração. Todavia, não é função do presidente, neces­sariamente, dirigir as sessões doutrinárias da instituição. Afi­nal, ele não é o "dono" do Cen­tro ou da verdade. É alguém co­locado nesta posição para admi-

Cancelada resolução discriminatória

Resolução 15, de 07/04/94 do CNAS, D.O.U de 19/04/94 - revo­ga a resolução 13 do antigo CNSS. Fundamenta-se no parecer do Ad­vogado Geral da União que aponta a inconstitucionalidade da Resolu­ção revogada. Como foi divulgado, o presidente da FEB entregou dia08/11/93 à Presidência da Repúbli­ca um parecer neste sentido que foiencaminhado ao Advogado Geralda União. Com isto, estão suspen­sas as exigências para as obras as­sistenciais de natureza religiosa eserão alterados prazos para recadas­tramento.

Lei Orgânica da Assistência Social

Lei □º 8742, de 07/12/93, D.O.U. de 08/12/93 - Dispõe so-

Joaquim Soares São Pa , Capital

nistrar as opiniões, principal­mente as divergentes, convergin­do-as para o objetivo maior da sociedade, devendo portanto. estudar, praticar e divulgar a Doutrina Espírita da melhor for­ma possível. O presidente deve motivar os companheiros, não só para atividades do Centro, mas especialmente para que treinem o trabalho em equipe. Assim.deverá saber delegar poderes eformar grupos de trabalhos.

Os Centros Espíritas deve­rão manter departamentos que. por sua vez, serão outras equi­pes para o trabalho. Porém, to­dos os Centros têm condições de formar departamentos? Até os pequenos Centros?

Consideremos, por exemplo. o departamento de orientaçãodoutrinária que, nos Centros.talvez fiquem melhor como de­partamento de atividades doutri­nárias. Os Centros ainda quepequenqs, em geral, realizamreuniões com explanação evan­gélica e passes e, pelo menos..uma reunião mediúnica privati-

bre a organização. da assistência social. Trata das definições, objeu­vos, princípios e da descentraliza­ção política-administrativa para os Estados, DF e os Municípios e coo­clama a sociedade civil a participar da formulação da política e controk das ações em todos os níveis. O aJL 9 estabelece que as entidades as­sistenciais dependem, para funci­onar, de prévia inscrição no respec­tivo Conselho Municipal de Assis­tência Social, cabendo a este a fis­calização das entidades civis. Esta Lei determina que a inscrição jun­to a este Conselho é pré-requisito para o pedido de registro e do cer­tificado de fins filantrópicos junto ao CNAS. Prevê a constituição do CNAS, dos Conselhos Estaduais e Municipais de Assistência Social de caráter permanente e composi­ção paritária entre governo e soci­edade civil. A L.O.A.S. atende aos artigos 203 e 204 da Constituição.

Na Capital, a USE compare-

va. Somente aí, poderemos ter suas equipes de trabalho. Ainda que muitas pessoas participem das duas reuniões, é préciso que os responsáveis troquem idéias com os participantes. Na reunião pública, o dirigente deve man­ter relacionamento fraterno e amigo com a equipe de passis­tas e outros colaboradores, fa­zendo com que todos participem das decisões, especialmente quando se pretende fazer qual­quer alteração no esquema dos trabalhos, convites a exposito­res, etc. Na reunião mediúnica, da mesma forma, o dirigente deve ter os médiuns como mem­bros de uma equipe e que preci­sam participar das decisões, fa­z.endo com que opinem sobre os rumos doutrinários do Centro. Este seria um esboço do que se­ria o departamento de atividades doutrinárias, participativo, evi­tando-se possíveis desvios dou­ni.nários.

No serviço assistencial, tam­bém sempre existe um número razoável de colaboradores. Seria a oportunidade para que opinem

ceu a reuniões do Fórum Munici­pal de Assistência Social,juntamen­te com os representantes do poder legislativo municipal e de diversas organizações civis. O Fórum obje­tiva a sensibilização da sociedade para a implantação da L.O.A.S .. In­formações com: Norma - f. 239-3894 ou Adelina - f. 259-8388-Ramais 1496 e 1466 - Câmara Municipal de São Paulo.

Estatuto da Criança e do Adolescente

na Capital

O Conselho Municipal da Cri­ança e do Adolescente foi criado pelo Decreto 31.319, de 17 /03/92, que estabelece critérios para o cre­denciamento de instituições nesse Conselho.

4 - DirigenJe Espírita - Maio/Junho de 1994

e ajudem a decidir o que for melhor.

Na evangelização da infân­cia, na mocidade, no livro, en­fim, nos diversos departamen­tos, sempre existe mais de um colaborador, portanto, mais de um para decidir. Ainda que uma mesma pessoa, e isto sempre acontece, participe de várias ati­vidades, em uma, ela poderá ser a responsável, aquela que pres­ta contas junto à diretoria, que coloca o assunto para os demais discutirem. Em outro grupo, ela participará como colaboradora, ajudando a discutir e decidir. À· medida que a diretoria da Soci­edade for delegando poderes, trazendo outras pessoas para ajudarem nas decisões, cresce­rá o número de colaboradores e as equipes crescerão, criando condições para a formação de vários departamentos. Os prin­cípios doutrinários e o bom sen­so sugerem o consenso e o estí­mulo aos crescimento e felicida­de pessoais e coletivas. Não se­ria uma boa sugestão como base do trabalho de equipe no Cen­tro?

Política Nacional do Idoso

Lei 8842, de 04/01/94, D.O.U. de 05/01/94 - Dispõe sobre a polí­tica □acional do idoso e cria o Con­selho Nacional do Idoso. Trata da finalidade, princípios e diretrizes. Prevê conselhos nacional, estadu­ais, do DF e municipais do idoso, com representação paritária de re­presentantes governamentais e obras civis.

Sugestão da USE

Está ocorrendo a operacionali­zação da Constituição de 1988 que prevê a participação da sociedade civil no "fazer"e na formulação de políticas e diretrizes para a ação social. As Sociedades Espíritas de­vem avaliar a importãncia de estar presente e participar desses Conse­lhos municipais.

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ACONTECE

Ex-presidente falará no 47º aniversário

da USE

O 47º aniversário da USE será marcado por uma saudação a ser proferida por Antonio Schilliró, ex­presidente da USE, logo no início da reunião do Con­selho de Administração da USE, programada para as 9 horas do dia 12 de junho (domingo), na sua sede. Na oportunidade, deverá estar sendo lançado o novo livro de Edições USE: "O idoso no Centro Espírita". Em se­guida, já na pauta da reu­nião, serão prestadas infor­mações sobre o andamen­to da Campanha "Vi ver em Fanu1ia" no Estado de São Paulo, informações sobre questões de obras assisten­ciais/exigências governa­mentais e ocorrerão defini­ções sobre funcionamento do Departamento de Mo­cidades da USE.

Divaldo é cidadão de Osasco

Divaldo Pereira Franco recebeu o título de "Cida­dão Osasquense", em ceri­mônia realizada no dia 18 de abril, no Ginásio de Es­portes "Prof. José Liberat­ti". A USE foi representa­da pelo seu vice-presiden­te Attílio Campanini.

Reunião regional da FEB

A Federação Espírita Catarinense, sediará, em Florianópolis, nos dias 14 e 15 de maio, a reunião da Comissão Regional Sul do Conselho Federativo Naci­onal da FEB. As Comis­sões Regionais são coorde­nadas por Nestor J.Masotti. Desta reunião, além da an­fitriã, participarão a USE­ÉRJ, USE-SP e FEERGS. Nesta reunião constarão

temas como a Campanha "Viver em Família" e a as­sistência social. O Conse­lho Federativo Nacional aprovou proposta da USE para seu tema de estudo para 1994: Serviço Assis­tencial Espírita - Funda­mentos Filosóficos e Dou­trinários.

Guarulhos discute cidadania

A USE Intermunicipal de Guarulhos promove o V II Encontro da Família Espírita, no dia 22 de maio, no Colégio Guilherme de Almeida, sito à Av. Emflio Ribas, 855. O tema central é "Cidadania, um direito de todos", contando com os expositores Vera Polverine, Marco Antonio Monteiro, Adão Batista, Marcelo L.de Oliveira, Arlete Cruz,Rosemary Corrêa, MauroSpínola, Cláudio Antoniode Mauro e Walter Gomes.

Ações dos educadores

espíritas

Em março, ocorreu na capital paulista, na sede do Núcleo Kardecista Antonio Pereira de Souza, uma 2a. etapa do Encontro de Edu­cadores Espíritas, patroci­nado pelo Departamento de Educação da USE. Os trabalhos do Encontro fo­ram coordenados por Adalgisa Campos Balieiro, contando com a colabora­ção de Dino Bernardi, Cé­lia Maria Rey de Carvalho, lolanda Húngaro, Carolina e Esmeralda Matos e An­tonio Cesar Perri de Carva­lho. O trabalho com os educadores tem se desen­volvido desde 1992, obje­tivando aqueles que exer­cem a profissão de profes­sor. O propósito é funda­mentar a ação pedagógica em bases espíritas e ofere-

Equipe do Encontro de Educadores

cer subsídios para que o professor atue em qualquer escola.

O 3° Encontro de Edu­cadores Espíritas, destina­do a receber interessados iniciais no movimento, está previsto para o período de 24 a 25 de setembro de 1994.

FEESP promoverá congresso

A Federação Espírita do Estado de São Paulo, pro­moverá seu tradicional evento FEESPÍRITA, no períodolde 14 a 16 de ou­tubro: de 1994, em São Paulo'. O tema central será o livro "Nos Domínios daMediunidade". O eventocontará com o apoio daUSE, inclusive com a par­ticipação na Comissão Or­ganizadora, dos compa­nheiros Antonio Cesar Per­ri de Carvalho e AttílioCampanini. O FEESPÍRI­TA é coordenado por JúliaNezu de Oliveira.

Encontros· espíritas em Miami

A Federação Espírita Kardecista da Flórida, pro­moverá o "Encuentro Es­pírita Miami - 94", simul­taneamente à reunião do Conselho Espírita Interna­cional, de 18 a 21 de agos­to de 1994, tendo como

tema central "O Espiritis­mo - A Terceira Revela­ção". O coordenador da reunião do C.E.I. é Nestor João Masotti, da FEB. A programação do Encontro de Miami é coordenada por Benjarnín Rodrigues Bar­rem. Informações: P.0 .Box 44-0892 - Miami, Fla,33133-0892, EUA.

Dirigentes da região de Marília

têm encontros

No dia 27 de março, 70 companheiros da região de Marília participaram da reunião prévia para o 8º

Encontro de Dirigentes de Sessões e Dirigentes de Centros Espíritas, na cida­de de Garça. A reunião foi · presidida por João Cega Fi­lho, da USE Regional de Marília. Na oportunidade foi votado o tema "Traba­lhos de desobsessão no Centro Espírita" para o 8º

Encontro, programado para o dia 28 de agosto, em Man1ia.

Palestras sobre assuntos médico­

espíritas

A AMESP (Av.Pedro Severino Jr., 325-Jabaqua­ra-Capital, fone 276-9055) promove às 5as à noite e sábados pela manhã, pales­tras especializadas. Para

Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994 - 13

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LIVROS

"Relações Humanas nos Centros

Espíritas"

Publicado por Edições Correio Fraterno, esta obra de Nazareno Tourinho é muito significativa. Trata-se de uma adaptação de obra da especia­lidade de Nazareno - "Chefia, Liderança e Relações Huma­nas" (Ed.Ibrasa). Além disto, o tema que é extremamenteatual no meio empresarial, tor­na-se muito oportuno para osdirigentes e colaboradores dosCentros Espíritos. Em 1 O ca­pítulos, de forma simples eacessível, inclusive com casose estórias ilustrativas, são tra­tados assuntos como o proces­so de interação humana, téc­nicas para o bom relaciona­mento interpessoal, como li­derar, entrando em questõesbem específicas: como tratarquem procura o Espiritismopela primeira vez, como mi­nistrar aconselhamento indi­vidual, como lidar com os di­rigentes, como conviver comos companheiros de trabalhoe ainda como dialogar e comodoutrinar Espíritos. Trata-sede obra que deverá merecerreflexões por parte dos diri­gentes espíritas.

"Videoteca nas Sociedades Espíritas"

Os vídeos representam ex­celente recurso para utilização dos equipamentos de TV, nos lares e nos Centros. O opús­culo de autoria de Osvaldo Magro Filho, há pouco lança­do por Edições USE, embora singelo, reflete uma experiên­cia recente - a USE Vídeo, montada pela USE Municipal de Araçatuba. Esta publicação oferece em 56 páginas, subsí­dios iniciais aos interessados em vídeos e se constitui numa espécie de guia prático para a implantação de videotecas nos Centros Espíritas ou nos ór­gãos de Unificação. Temas abordados: Subsídios para a implantação de videoteca; Por que montar uma videoteca? Montar uma videoteca ou uma videolocadora? É correto fil-

mar palestras e fazer pirataria? Sugestões para funcionamen­to; Dez orientações para o uso correto do vídeo no Centro Espírita; Que filmes adquirir? E ainda onde adquirir os ví­deos.

"O Idoso no Centro Espírita"

"O Idoso no Centro Espí­rita" será lançado pela USE em junho, ao ensejo do "Ano Internacional da Fanu1ia" e da Campanha "Viver em Famí­lia". As autoras Maria Appa­recida Valente e Elaine Curti Ramazzini, partem do concei­to holístico de saúde, das fun­damentações e.spíritas e de co­nhecimentos fisio-patológicos, para propor uma atenção glo­bal e adequada ao idoso. São analisadas as relações famili­ares em geral, o idoso no lar, até os cuidados e atendimen­tos dispensados ao idoso em instituições beneficentes. Tra­ta-se de obra inédita na litera­tura espírita.

"Laços de Família"

Edições USE programa este lançamento para a Bienal Internacional do Livro, em agosto, em São Paulo. Sinte­tizará o Simpósio de lança­mento da Campanha "Viver em Farru1ia" para o Estado de São Paulo. Reunirá entrevista com Divaldo Pereira Franco e os temas dos 1 O expositores do Seminário "Formação de Equipes para a Campanha.

USE EDITORA Dispomos de títulos das editoras: FEB, IDE, Clarim, Petit, FEESP e outras para atendimento de Centros Espíritas, Livrarias e Bancas do Livro. Condições especiais para Feiras do Livro, sob consulta. Os valores dentro dos parênteses referem-se aos preços referenciais em URV, válidos a partir de 01/05/94 (sujeitos a alterações sem aviso prévio):

Livros de nossa edição:

Centros e Dirigentes Espíritas -Autores Diversos -224 páginas - (3,95) Centro Espírita (0) - Wilson Garcia - (3,09) Centro Espírita e suas Histórias - Wilson Garcia - (2,85) Ciência Espírita - J. Herculano Pires - (3,93) Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas - Divaldo Pereira Franco - 3' edição - (2,82) Dirigentes de Sessões e Práticas Espíritas - Enu1io Manso Vieira - 2' edição - (2,42) Espiritismo e os Problemas Humanos -Deolindo Amorim/Hermínio C. Miranda - 2ª edição - ( 4,56) Família e Espiritismo -Autores Diversos - 2" edição ampliada - (3,95) Videoteca nas Sociedades Espíritas - Osvaldo Magro Filho - lançamento

Opúsculos e Produções:

Atividades Doutrinárias - 3' edição - (2,20) Aulas para o Jardim - (1,86) Como Escrever para a Imprensa Espírita - Ivan René Franzolirn - (1,47) Fitas de Vídeo do Simpósio do lançamento da Campanha "Viver em Famfüa", em S. Paulo - Com Divaldo P. Franco e 10 expositores -total de 5 fitas - preço unitário - (17,30) Direção de Órgãos de Unificação - Autores Diversos - ( 1,67) Evangelização Infantil - (2,97)Estatuto Social da USE - (0,43) Manual do Expositor Espírita - 2• edição - (1,53) Organização Administrativa e Jurídica - (0,48) S.A.E. - Grupo de Gestantes - (2,39)S.A.E. - Grupo de Mães e Grupo de Pais - (2.39) S.A.E. - Grupo Mirim e Grupo de Jovens - (2,41) Serviço Assistencial Espírita - (2,41) Subsídios para Atividades Doutrinárias - 2' edição - (2,64)

Distribuidora e Livraria:

Anais do 8° Congresso Estadual de Espiritismo - (9,40) Calendário Espírita - 3ª edição - esgotado Camiseta da Campanha "Viver em Famfüa"- adulto - (7,20)Camiseta da Campanha "Viver em Família" - infantil - ( 4,80) Campanha "Viver em Falilllia" - Subsídios para sua implantação e desenvolvimento - Edição FEB - ( 1,24) Fitas de Vídeo do 8° Congresso Estadual de Espiritismo - cada - (13,90)

Jornais:

Dirigente Espírita (bimestral) - assinatura anual Meu Jornalzinho (bimestral) - assinatura anual

Discos e Fitas:

Nos Jardins da Terra Azul - Moacyr Camargo - (10,00) Viver em Família - Palestra Divaldo P. Franco (fita) - (8,00)

Outras publicações:

Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária (O) - Edição L.F.U. - (3,81)Progr. Infanto-Juvenil Espírita - Edição IELAR - (5,57) Reuniões de Estudo da Mediunidade - Edição IELAR - (4,03)

Pedidos para: USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - Rua Dr. Gabriel Piza, 433 - São Paulo - SP CEP 02036-011 - Fone e Fax: (011) 290-8108

Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994 - 15

Page 16: DIRIGENTE ESPÍRIIA.Cena da novela "A Viagem", em nova montagem na Globo. "Viagem" está 4e volta Novela de grande sucesso nos anos setenta mostra a vida no mundo espiritual. Página

REPORTAGEM

Momento pede reflexão dos espíritas

A sociedade se movimenta na discussão da terceira idade, em busca de soluções e recursos

para nossos idosos.

O Departamento de Servi­ço Assistencial da USE, na pes­soa de sua diretora Elaine Cur­ti Ramazzini e de Maria Appa­recida Valente, participou de oportuno Simpósio, no auditó­rio do MEC, em São Paulo. O evento foi realizado pelo Con­selho Estadual do Idoso, Fede­ração das Obras Sociais, Co­missão de Representantes de Entidades que Abrigam Idosos, com o apoio do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo e do Ministério da Educação.

Nas exposições e opúscu­los distribuídos, destaca-se a ampliação do segmento de ido­sos. Cerca de 7,8% da popula­ção do Estado de São Paulo é constituída por pessoas com 60 e mais anos de idade. Entre as motivações para as ações com idosos é a constatação de que 78% do total dos idosos aten­didos no Estado pela rede de instituições de Abrigos, esta­vam em entidades particulares, 18% em entidades Municipais e 4% em entidades Estaduais. Outro dado do Fundo Social de Solidariedade do Estado é que no atendimento mensal presta­do a idosos pela rede de servi­ços voltados a abrigá-los, 70% deles estavam internados em instituições asilares; 17% em abrigos de entidades religiosas ou laicas, onde os idosos ficam abrigados durante o dia; 5 % em casas de repouso; 4% em alber­gues; 2% em pensionatos; 1 % em casas transitórias e 1 % em clínicas geriátricas.

As propostas discutidas no Seminário têm muito a haver com o movimento espírita, pelo fato de, tradicionalmente, man­ter muitos abrigos para idosos e, sem dúvida, com os dirigen­tes espíritas, pela necessidade de acompanharem com espíri­to critico a evolução de propos­tas e as tendências para estas atua�õés.

Da mesma forma, que há

alguns anos atrás, antigos "or­fanatos" e lares para crianças foram transformados em cre­ches, pelo visto, há tendência similar para com os idosos. Aliás, tais propostas vêm a ca­lhar com os pensamentos de fortalecimento das responsabi­lidades familiares.

Houve duas exposições versando sobre o papel da f.a­rru1ia, do Estado e da Comuni­dade. Elaine salienta uma de­las, sobre o projeto Renovar, proposto pela Secretaria da Criança, Farru1ia e Bem-Estar Social, apresentada pelo prof. Antonio Jordão Netto. No bojo desta proposta se insere a vi­são do chamado "Centro Dia" no trabalho com o idoso insti­tucionalizado, isto é, uma espé­cie de creche, onde o idoso se­ria atendido durante o dia e, ao final deste, retornaria aos lares para a convivência familiar. O objetivo seria o atendimento familiar ao idoso, no sentido de auxiliá-lo, principalmente nas dificuldades de ordem física. Para o prof. Jordão Netto, "ne­nhuma instituição, por melhor que seja, substitui a farru1ia".

Um ângulo diferente foi abordado pelo dr.Paulo Maria Ferreira de Araújo, do Conse­lho dos Direitos da Pessoa Hu­mana, ao discorrer sobre algu­mas das características da ve­lhice. Este expositor salientou que "não temos hiatos de gera­ções, mas hiatos de educação da criança ao idoso, pois falta respeito mútuo entre as criatu­ras". Entre outras questões, o Dr. Paulo Maria alertou que "não pode haver cisão entre corpo e mente, conforme pro­posta cartesiana; o homem é ser integral".

Essas abordagens enseja­ram manifestação de Elaine Ramazzini, no instante da pa­lavra livre. De início situou a filosofia de trabalho realizado com os idosos pelos Centros

16 - Dirigente E,pírira - Maio/Junho de 1994

Espíritas, basicamente de uma sensibilização dos familiares no sentido de uma compreen­são melhor do papel do ser na terceira idade. Aproveitou para destacar o fato de que J 994 ser o "Ano Internacional da Famí­lia", o que reforça a propostado. "Centro dia" e também paraa preponderância da educação,assentada na proposta de reno­vação do homem. A diretora daUSE também retomou coloca­ção do prof. Jordão Netto deque "o Estado deveria trabalharem parceria com as ollras soci­aisjá existentes, para somar es­forços, respeitando nacionali­dade, raça, sexo, cor, condiçãosocial, credo político e religio­so" para ponderar sobre as in­gerências que os órgã(i)s gover­namentais desenvolvem emobras assistenciais, ferindoprincípios constitucionais. Ali­ás, recentemente, a FEB posi­cionou-se contrariamente a re­soluções do antigo CNSS. Es­tas colocações da representan­te da USE provocaram aprova­ções pelos presentes e estimu­laram outros depoimentos.

Na apresentação da Comis­são de Representantes de Enti­dades que Abrigam Idosos, ha­via a preocupação de se propor a criação de uma Associação Estadual das Entidades Filan­trópicas para Idosos, sob o pre­texto de oferecer-lhes orienta-

ção técnico-administrativo-ju­rídica; promover trocas de ex­periências e criar condições para promoções e campanhas unificadas para levantamento de recursos. Restam as dúvi­das: seria realmente necessária mais uma.Associação? Funci­onariam campanhas unifica­das?

À reportagem deste jornal, Elaine Curti Ramazzini fez considerações muito pertinen­tes aos dirigentes, sobre a "ne­cessidade de repensarmos as nossas atividades assistenciais, no sentido de priorizarmos o ser espiritual, atendendo às suas necessidades físicas, mas, sobretudo, criar-lhe condições para que se supere, enquanto ser total, conscientizando-o quanto às possibilidades de mudança, tanto na vida exteri­or, mas, principalmente, na vida interior, enquanto espíri­to eterno".

Aliás, a visão integral do ser e sua inserção familiar já haviam motivado Maria Appa­recida Valente e Elaine Curti Ramazzini a rever o projeto do livro em lançamento pela USE - "O idoso no Centro Espírita".Pensado inicialmente como umopúsculo para o Serviço Assis­tencial, foi ampliado para umavisão global e, inclusive, fami­liar.