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Diretrizes Ambientais para as Bacias Terrestres Luciene Ferreira Pedrosa Superintendência de Segurança Operacional e Meio Ambiente

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Diretrizes Ambientais

para as Bacias Terrestres

Luciene Ferreira Pedrosa

Superintendência de Segurança Operacional e Meio Ambiente

Base Legal

Diretrizes para a realização de licitações de blocos exploratórios

“Art. 2º. A Agência Nacional do Petróleo - ANP deverá, na

implementação da política ..., observar as seguintes diretrizes:

...

V - selecionar áreas para licitação, adotando eventuais exclusões de

áreas por restrições ambientais, sustentadas em manifestação

conjunta da ANP, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e de Órgãos Ambientais

Estaduais ...”

Resolução CNPE nº 08/2003

Pareceres Ambientais

GTPEG

Grupo de Trabalho

Interinstitucional de Atividades de

Exploração e Produção

de Óleo e Gás

o Gestão das Unidades de

Conservação Estaduais

o Licenciamento Ambiental

Blocos Marítimos/Terrestres Blocos Terrestres

Órgãos Estaduais de Meio Ambiente

(OEMAs) responsáveis pelo:

Todos os blocos em oferta na 13ª Rodada foram considerados aptos à

atividade de E&P pelos órgãos ambientais

Bacia do Amazonas

SEMA/AM

Sobreposição de blocos

com Unidades de

Conservação municipais

APA Adolpho Ducke AM-T-82

APA Ilha do Lago do Rei AM-T-107

APA Encontro das Águas AM-T-107

RDS Urariá AM-T-111

Fonte: Parecer SEMA, 2015

Bacia do Amazonas

SEMA/AM

APA da ME do Rio Negro AM-T-82

APA Nhamundá AM-T-87

Proximidade dos blocos

com Áreas de Proteção

Ambiental – APAs

estaduais

Fonte: Parecer SEMA, 2015

Bacia do Amazonas

SEMA/AM

Sobreposição de blocos

com Zonas de

Amortecimento de

Unidades de Conservação

estaduais

ZA da RDS Uatumã AM-T-86

ZA da RDS Canumã AM-T-132

Fonte: Parecer SEMA, 2015

SEMA/AM

o Durante o licenciamento ambiental das atividades localizadas nas

Zonas de Amortecimento das RDS Uatumã e Canumã, a SEMA e o

Conselho Gestor das unidades deverão ser consultados;

Bacia do Amazonas

o O empreendedor deverá garantir a conservação da biodiversidade,

a proteção dos cursos d’água e a conectividade biológica dos

recursos naturais, bem como considerar as populações residentes

nas Unidades de Conservação e entorno, e seus modos de vida.

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

Bacia do Amazonas

o O licenciamento de atividades de perfuração em blocos que

contenham, em seu interior áreas alagáveis deverá ser condicionado

ao mapeamento prévio do ciclo hidrogeológico da área de influência;

o Deverá ser avaliada previamente a viabilidade do uso de

tecnologias alternativas (poços direcionais) para perfuração de

poços somente a partir de áreas de terra firme;

o Deverão ser requeridas medidas de controle e prevenção de

vazamentos compatíveis com a sensibilidade ambiental e com as

limitações logísticas da região;

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

Bacia do Amazonas

o Deverá ser garantida a adequada destinação de fluidos, cascalhos

e água produzida;

o Deverão ser adotadas medidas para evitar a contaminação de

poços de água para o abastecimento humano;

o Deverão ser previstas medidas para proteção da fauna ameaçada

(Sauim-de-coleira);

o As “Diretrizes para Exploração, Produção e Transporte de Óleo e

Gás na Amazônia” deverão ser observadas (http://www.anp.gov.br/?pg=13036).

Licenciamento

Ambiental

Bacia do Amazonas

o Amazonas

Instituto de Proteção

Ambiental do Amazonas

(IPAAM)

Blocos R13

Bacia do Parnaíba

SEMA/MA

PI

MA

TO

Durante o licenciamento

deverão ser consideradas

particularidades geoambientais,

tais como, topografia, vegetação

e recursos hídricos,

especialmente APPs

UC de Proteção Integral

UC de Uso Sustentável

Bacia sedimentar

Blocos R13

Legenda

UC em processo de criação

Terras Indígenas

SEMAR/PI

Legenda

PI

MA

TO

PN-T-149 → Usina Hidrelétrica de

Uruçuí

(licença prévia indeferida)

PN-T-164 → Usina Hidrelétrica de

Ribeiro Gonçalves

(licença prévia já emitida)

Rio Parnaíba

Bacia do Parnaíba [

UC de Proteção Integral

UC de Uso Sustentável

Bacia sedimentar

Blocos R13

UC em processo de criação

Terras Indígenas

SEMAR/PI

o A realização de atividades em áreas de brejos, veredas e APPs de

hidrografia e de relevo deverá se restringir a situações

indispensáveis ao seu desenvolvimento, quando não existir outras

opções locacionais tecnicamente viáveis;

Bacia do Parnaíba

o Aspectos relacionados a sítios arqueológicos e manifestações

culturais deverão ser considerados no processo de licenciamento

ambiental.

SEMARH/TO

Área proposta para a criação da

UC de Proteção Integral

Monumento Natural Estadual Serra

da Cangalha, cujo processo de

criação está em fase final

Resolução Conama nº 428/2010

Bacia do Parnaíba

PI

MA

TO

Monumento Natural Estadual Serra da Cangalha

UC de Proteção Integral

UC de Uso Sustentável

Bacia sedimentar

Blocos R13

Legenda

UC em processo de criação

Terras Indígenas

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

o Parte dos blocos localizados no

município de Codó (PN-T-51, PN-T-

69, PN-T-87, PN-T-248 e PN-T-249)

poderão estar sobrepostos a

RPPN Fazenda Pantanal, onde as

atividades de E&P de petróleo e

gás não são permitidas;

Bacia do Parnaíba

MA

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

Bacia do Parnaíba

o Devido a possibilidade de sobreposição de atividades com área relevante para a

avifauna migratória deverá ser avaliada a previsão de adoção de medidas

compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação das espécies, de acordo

com o novo código florestal.

o Deverão ser considerados os impactos

potenciais sobre a bacia contribuinte da represa

Boa Esperança (jusante dos blocos PN-T-148,

PN-T-149 e PN-T-164) e estabelecidas estratégias

de proteção dos recursos hídricos no âmbito dos

Planos de Emergência, os quais deverão ser

pautados na Avaliação de Riscos;

PI

MA

Bacia do Parnaíba

o Piauí

Secretaria do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos (SEMAR)

o Maranhão

Secretaria de Estado de Meio

Ambiente e Recursos Naturais

(SEMA)

o Tocantins

Instituto Natureza do Tocantins

(NATURATINS)

Licenciamento

Ambiental

Blocos R13

SEMACE/CE

Bacia Potiguar

UC de Proteção Integral

UC de Uso Sustentável

Bacia sedimentar

Blocos R13

Legenda

Embasamento

UC em processo de criação

Existência de recursos hídricos

superficiais de grande porte

As APPs destes recursos

hídricos devem ser preservadas

CE

RN

IDEMA/RN

Bacia Potiguar

Presença de APPs de rios

permanentes e intermitentes

em pequenas porções

Fonte: IDEMA, 2015

Bacia Potiguar

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

o Devido a proximidade dos blocos POT-T-

196, POT-T-209 e POT-T-210 com o habitat do

peixe-boi marinho deverá ser prevista a

realização de medidas que visem à proteção

da espécie;

o Devido a possibilidade de sobreposição de atividades com área

relevante para a avifauna migratória deverá ser avaliada a previsão de

adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a

conservação das espécies, de acordo com o novo código florestal.

CE

RN

o Ceará

Superintendência Estadual

do Meio Ambiente (SEMACE)

Bacia Potiguar

o Rio Grande do Norte

Instituto de Desenvolvimento

Sustentável e Meio Ambiente

(IDEMA)

Licenciamento

Ambiental

Blocos R13

INEMA/BA

Bacia do Recôncavo

Área de Proteção Ambiental

Estadual Joanes Ipitanga

APA Joanes Ipitanga

UC de Proteção Integral

UC de Uso Sustentável

Bacia sedimentar

Blocos R13

Legenda

Embasamento

INEMA/BA

Bacia sedimentar

Legenda

APA Joanes Ipitanga

Bacia do Recôncavo

Blocos R13

APA Estadual Joanes-Ipitanga:

REC-T-207, REC-T-220, REC-T-223,

REC-T-235, REC-T-236, REC-T-237 e

REC-T-238

INEMA/BA

Bacia sedimentar

Legenda

APA Joanes Ipitanga

Bacia do Recôncavo

Blocos R13

Zoneamento – APA Joanes Ipitanga

Núcleo Urbano Consolidado

Área urbana, com

presença de comércio e

serviços

INEMA/BA

Bacia sedimentar

Legenda

APA Joanes Ipitanga

Bacia do Recôncavo

Blocos R13

Zoneamento – APA Joanes Ipitanga

Núcleo Urbano Consolidado

Área com características

de expansão urbana

Presença de comércio e

serviços

Zona de Ocupação Controlada

INEMA/BA

Bacia sedimentar

Legenda

APA Joanes Ipitanga

Bacia do Recôncavo

Blocos R13

Zoneamento – APA Joanes Ipitanga

Núcleo Urbano Consolidado

Área delimitada para a

implantação de

empreendimentos

específicos, como o Polo

Petroquímico de Camaçari

Zona de Ocupação Controlada

Zona de Uso Específico

INEMA/BA

Bacia sedimentar

Legenda

APA Joanes Ipitanga

Bacia do Recôncavo

Blocos R13

Zoneamento – APA Joanes Ipitanga

Núcleo Urbano Consolidado

Zona de Ocupação Controlada

Zona de Uso Específico

Zona de Proteção Rigorosa

Presença de remanescentes de

mata atlântica e matas ciliares →

não é permitida a instalação de

novos empreendimentos

INEMA/BA

Bacia sedimentar

Legenda

APA Joanes Ipitanga

Bacia do Recôncavo

Blocos R13

Zoneamento – APA Joanes Ipitanga

Núcleo Urbano Consolidado

Zona de Ocupação Controlada

Zona de Uso Específico

Zona de Uso Diversificado

Zona de Proteção Rigorosa

Área com cultivos agrícolas,

pecuária, mineração, E&P

e indústrias

INEMA/BA

o O parecer não levou em consideração aspectos relacionados ao

fraturamento hidráulico em reservatório não convencional.

o Os blocos exploratórios apresentam, em geral, restrições

localizadas relacionadas a APPs, zonas urbanas, áreas úmidas,

atividades potencialmente conflitantes e Lei da Mata Atlântica;

Bacia do Recôncavo

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

Bacia do Recôncavo

o Parte dos blocos

localizados no município de

São Sebastião do Passé

poderão estar sobrepostos a

RPPN Fazenda Panema, onde

as atividades de E&P de

petróleo e gás não são

permitidas;

GTPEG – Recomendações para o Licenciamento

Bacia do Recôncavo

o Proximidade de blocos com a

APA Plataforma Continental do

Litoral Norte.

o Sobreposição dos blocos com a

área de aplicação da Lei da Mata

Atlântica, que estabelece condições

específicas para o seu uso;

APA Plataforma Continental

do Litoral Norte

o Bahia

Instituto de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos (INEMA)

Bacia do Recôncavo

Licenciamento

Ambiental

Blocos R13

Divulgação

brasil-rounds.gov.br

Pacote de dados

o Todos os blocos a serem ofertados na 13ª Rodada foram

considerados aptos à atividade de E&P pelos órgãos ambientais;

Considerações

Finais

o APPs, áreas alagadas, zoneamentos ecológico-econômicos, áreas

prioritárias para a conservação da biodiversidade, podem determinar

medidas de mitigação mais específicas;

o Os Pareceres Ambientais não substituem o processo de

licenciamento ambiental (atribuição dos OEMAs e do Ibama);

Considerações

Finais

o Os Pareceres Ambientais evidenciam que não há “graves

incompatibilidades das áreas propostas com os objetivos de proteção

da qualidade ambiental” e antecipam recomendações para o

licenciamento na forma de condicionantes e medidas de mitigação.

o Papel institucional da ANP: avaliação do cumprimento do PEM

Sala de Situação dos Processos de Licenciamento Ambiental:

identificação de entraves → cumprimento de prazos → agilização do

processo;

Sala de dúvidas: ANP e Órgãos Ambientais

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Luciene Ferreira Pedrosa

Contato: [email protected]

www.anp.gov.br

http://brasil-rounds.gov.br/round_13/portugues_R13/Diretrizes_Ambientais.asp