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Praia do Ribatejo comemora 500 anos do Foral SET_OUT 19 | N°455 ANO XXXIX | PREÇO 1,20 EUROS | MENSAL DIRETORA RAQUEL BOTELHO | MÉDIO TEJO p05 CIMT apoia conversão da Central do Pego para resíduos florestais Até final de dezembro são várias as atividades que vão decorrer no âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral de Payo de Pelle. Ateliers de arte anuais arrancam em outubro no CEAC A Tejo Energia está a traba- lhar num projeto que prevê a conversão da Central do Pego, atualmente a carvão, a funcionar a resíduos flores- tais já a partir de 2022. Estão abertas inscrições para os ateliers de dese- nho, pintura, fotografia e vídeo do Centro de Estu- dos de Arte Contempo- rânea (CEAC), em Vila Nova da Barquinha. p12 p02 "Ordem do Templo - Ca- valaria Espiritual - Tem- plarismo" é o tema da iniciativa que irá reunir, entre 11 e 13 de outubro, no Centro de Interpre- tação Templário de Al- mourol, os maiores espe- cialistas mundiais nesta temática. p06 p05 Especialistas mundiais em "Templarismo" na Barquinha Dia Mundial da Paz assinalado em Vila Nova da Barquinha

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Praia do Ribatejocomemora 500 anos do Foral

SET_OUT 19 | N°455 ANO XXXIX | PREÇO 1,20 EUROS | MENSAL DIRETORA RAQUEL BOTELHO | MÉDIO TEJO

p05

CIMT apoia conversão da Central do Pego para resíduos florestais

Até final de dezembro são várias as atividades que vão decorrer no âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral de Payo de Pelle.

Ateliers de arte anuais arrancam em outubro no CEAC

A Tejo Energia está a traba-lhar num projeto que prevê a conversão da Central do Pego, atualmente a carvão, a funcionar a resíduos flores-tais já a partir de 2022.

Estão abertas inscrições para os ateliers de dese-nho, pintura, fotografia e vídeo do Centro de Estu-dos de Arte Contempo-rânea (CEAC), em Vila Nova da Barquinha.

p12 p02

"Ordem do Templo - Ca-valaria Espiritual - Tem-plarismo" é o tema da iniciativa que irá reunir, entre 11 e 13 de outubro, no Centro de Interpre-tação Templário de Al-mourol, os maiores espe-cialistas mundiais nesta temática.

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Especialistas mundiais em"Templarismo" na Barquinha

Dia Mundial da Paz assinalado em Vila Nova da Barquinha

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02NÓSNovoAlmourol

OUTUBRO 2019

Barquinha procura cantores paraintegrar projeto

Especialistas mundiais em “Templarismo” em Vila Nova da Barquinha

Teatro Espelhos e Coelhos

TEXTO PÉRSIO BASSO

"Ordem do Templo - Cavalaria Espiritual - Templarismo" é o tema da iniciativa que irá reu-nir, entre 11 e 13 de outubro de 2019, no Centro de Interpre-tação Templário de Almourol, Vila Nova da Barquinha, os maiores especialistas mundiais nesta temática, com oradores oriundos de França, Itália, Es-tados Unidos e Portugal.António Paris (Mestre da OS-MTHU, Itália), Barbara Frale (Arquivo do Vaticano), Nicolas Haimovici (Regente da OS-

MTJ, França), John von Blauch (Estados Unidos), Luís de Ma-tos, Manuel J. Gandra, Ernesto Jana e Nuno Villamariz Oli-veira (Portugal) são alguns dos oradores já confirmados.Durante o evento terá lugar a inauguração da nova exposição temporária do Centro de Inter-pretação Templário de Almou-rol - “Santoral e liturgia tem-plárias à roda do ano” – assim como a apresentação do respe-tivo catálogo. O acontecimento ficará também marcado pela as-sinatura de Protocolos de Coo-peração e Parceria com o CITA e receção da réplica da espada de Godofredo de Bouillon.Do programa fazem parte vi-sitas ao Castelo de Almourol (Vila Nova da Barquinha) e ao Convento de Cristo (Tomar), bem como momentos musicais.As inscrições têm um custo de 15€ (com oferta de catálogo), são obrigatórias e limitadas. O contacto para obter mais infor-mações e inscrições é o telefone +351 249720358.

A peça de teatro baseada na história de "Alice no País das Maravilhas" foi levada à cena pelo Grupo “Espaço Zero - Ar-tes Comunicantes", no Cais da Hidráulica, em Vila Nova da Barquinha, dia14 de setembro.

O Município de Vila Nova da Barquinha, no âmbito do CA-MINHOS – Programação Cul-tural em Rede no Médio Tejo, procura vozes para integrar o projeto “Segue-me à Capela”.À semelhança do espetáculo “Marcha das Almas", realizado em 2018, “Segue-me à Capela" é um projeto de música que une cantares do território com can-tares tradicionais portugueses, com uma oficina, para cantar reportório monódico e poli-fónico, contextualizado numa perspetiva funcional. Poderá também haver uma recuperação da memória local, de cantares que ainda estão na memória das pessoas, com a sua recolha e in-trodução no espetáculo final.O projeto concretiza-se em dois momentos: as oficinas e o espe-táculo. O espetáculo irá decor-

rer no dia 18 de outubro, pelas 21h30, no auditório do Centro Cultural de Vila Nova da Bar-quinha.As oficinas terão lugar nas se-guintes datas:Dia 15 de outubro (terça-feira): das 20h30 às 23h00Dia 16 de outubro (quarta-fei-ra): das 20h30 às 23h00Dia 17 de outubro (quinta-fei-ra): das 20h30 às 23h00O projeto está limitado a 30 participantes. Caso existam mais interessados, a seriação será efetuada de acordo com a data e hora da demonstração de interesse em participar.Para mais informações deverá contactar o email [email protected] e ou os números de telefone 927 410 436 ou 249 720 358.

Quer praticar desporto e ainda não sabe onde? Venha conhecer o centro municipal de atividade física AQUAGYM, em Moita do Norte, Vila Nova da Barqui-nha.Estão abertas as inscrições para a Escola de Natação (adul-tos, crianças e bebés) e para as mais diversas atividades e aulas de grupo como Bike, GAP, Fit Mix, Pump, Fight, Jump e Ba-lance. Além das piscinas “Tejo” e “Zêzere”, este complexo ofere-ce o moderno ginásio "Almou-

rol" e ainda um SPA.O AQUAGYM foi idealizado com uma especial vocação: o Desporto enquanto promotor de bem-estar e saúde, possibi-litando a prática regular formal ou informal, dirigida ou livre, por parte da população de todas as idades.Para mais informações sobre os serviços de desporto do Muni-cípio de Vila Nova da Barqui-nha, consulte o site oficial da autarquia em www.cm-vnbar-quinha.pt.

Aquagym com inscrições abertas

Gonçalo Velho foi um navega-dor português, cavaleiro profes-so da Ordem de Cristo e Co-mendador de Almourol, íntimo colaborador do Infante D. Hen-rique, que terá desembarcado nas ilhas de Santa Maria e de São Miguel (Açores) em 1432.O descobridor do arquipélago deu o mote para a visita dos ele-mentos da Casa dos Açores de Lisboa ao Castelo de Almourol e ao novo Centro de Interpreta-ção Templário, dia 19 de setem-bro de 2019.A comitiva foi recebida pelo Presidente da Câmara, Fernan-do Freire.

Casa dos Açores visita Almourol e Centro Templário

FOTO PÉRSIO BASSO

TEXTO e FOTO PÉRSIO BASSO

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PUBLICIDADE 03OUTUBRO 2019

ANUNCIE NESTE ESPAÇ[email protected]

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04 REGIÃONovoAlmourol

OUTUBRO 2019

Dom Ramiro

E, depois das férias…

Técnico de Cultura

OPINIÃO CARLOS VICENTE

É sempre difícil determinar um novo caminho, mesmo depois de umas boas “lavagens” aos cantos das gavetas onde guar-damos todas as nossas alegrias, aspirações e combates pes-soais, laborais e outros afins. Por isso, muitas das vezes con-tinuamos o percurso sinuoso pela falta de coragem de mu-darmos de caminho. Nada que pessoalmente não tenha feito, mas no momento… (já não é o momento). Talvez seja o do ba-lanço… de tentar rever os pós e os contras e se valeu a pena. E preparar-me mais uma vez para este bombardeamento de tex-tos e programas televisivos que encapotam o poder partidário no país.

Tempo de decisões e não de contemplações ou amarrações. Dar vela ao barco na esperança duma melhora de vida (nossa) e do planeta.As promessas vão ser tantas que a dificuldade será, descobrimos alguma genuinidade… e não nos deixarmos levar pela estéti-ca luminosa ou pelo enquadra-mento das nossas necessidades no seu fantástico e envolvente embrulho, que todas as tecno-logias hoje permitem…Devemos aos nossos filhos… uma maior atenção à “nossa” realidade, ao estado das “coi-sas” e, muito mais, em quem depositamos a nossa confiança para um futuro melhor.

O III Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre”, pro-movido pelo Município de Sardoal, resulta agora numa exposição coletiva que estará patente no Centro Cultural Gil Vicente, entre 20 de setembro e 23 de novembro de 2019.Das obras apresentadas pelos 49 participantes, oriundos de todo o país, o júri do concur-so selecionou 33 trabalhos que compõem a referida exposição. O júri do concurso de pintura foi composto por Laura Afon-so, personalidade com estreita ligação ao panorama artístico nacional; Carlos Vicente, coor-denador do CEAC – Centro de Estudos de Arte Contemporâ-nea; e Rita Vieira, Doutorada em Belas-Artes – Desenho. Refira-se que o concurso “À Descoberta do Mestre” se pau-tou, mais uma vez, pelo suces-so, tendo havido nesta terceira edição um aumento do número de participantes e de obras a concurso. A iniciativa pretendeu pro-mover e divulgar a pintura enquanto recurso de expressão artística, estabelecendo uma estreita relação com a herança histórica e cultural legada pelos pintores manuelinos, Manuel Vicente e Vicente Gil, tradicio-nalmente reconhecidos como Mestre de Sardoal.

Exposição do Concurso dePintura

Novo mural no refeitórioda Escola D. Maria II

A obra nasceu das mãos do de-signer e ilustrador Maike Bispo, durante a primeira edição da Vila Com Arte e Ciência, no Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha.O novo mural do refeitório da Escola D. Maria II foi ganhan-do forma desde maio de 2019 até à sua inauguração, com a participação do autor e dos alu-nos.O momento contou também com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Fer-nando Freire, da Vereadora da Cultura, Marina Honório, e do Diretor do Agrupamento, Paulo Tavares.“Comer é uma festa” é uma das frases que dá o mote para este trabalho divertido e animado, que remete para gastronomia internacional, desde a pizza ao

bacalhau, passando pelo Taco, a partir de agora o principal ele-mento decorativo do espaço de refeição da Escola D. Maria II.

TEXTO E FOTOS PÉRSIO BASSO

SARDOAL

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REGIÃO 05OUTUBRO 2019

Praia do Ribatejocomemora 500 anos do Foral de Payo de Pelle

Até final de dezembro são várias as atividades que vão decorrer no âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral de Payo de Pelle, atual Praia do Ribatejo.“Exaltação das Ordens”, Jornadas de História Local, teatro de rua a “Visitação” sáo algumas das atividades previstas. Do programa consta ainda uma Feira Renascentista de Payo de Pelle, nos dias 21 e 22 de dezembro.

A região do Médio Tejo tem desempenhado, nos últimos anos, um papel muito impor-tante ao nível da segurança de abastecimento do sistema elétrico português, uma posi-ção que pretende manter pois acredita estarem reunidas as condições necessárias para tal. No Município de Abrantes situa-se a Central Termoelé-trica do Pego que, desde a sua entrada em operação, em 1993, tem cumprido bem a missão que lhe foi atribuída. Independentemente das con-dições climatéricas, esta uni-dade de produção garante uma resposta imediata às necessida-des do sistema elétrico nacio-nal, assegurando energia 365 dias por ano.Foi com agrado que os re-presentantes da Comunida-de Intermunicipal do Médio Tejo (CIM do Médio Tejo) ouviram, da parte da adminis-tração da Tejo Energia, numa reunião realizada no Pego, nas instalações da central, que é intenção dos acionistas desen-volver um projeto ambicioso do ponto de vista ambiental, económico e social, para além da data final do Contrato de Aquisição de Energia (CAE) que lhe foi atribuído a 1 de-zembro de 2021, passando a funcionar a resíduos florestais já a partir de 2022. A Presidente da Comunida-de Intermunicipal do Médio Tejo, Anabela Freitas, subli-nhou que esta é uma grande oportunidade para manter um equipamento de extrema relevância e continuar a ter na nossa região um polo de desenvolvimento regional que pode contribuir para: dinami-zar a atividade económica no setor florestal no interior do País; manter postos de traba-lho, aumentando o nível de emprego com a utilização de biomassa; e transformar a bio-massa que muitas vezes flagela

a região, com os incêndios, em energia renovável. Com agrado verifica também a possibilidade de ser analisada a rentabilização de outros resíduos com enorme potencial energético.Além dos contributos para o interior do País, esta unidade de produção traz igualmente diferentes vantagens para a re-dução da dependência energé-tica do exterior e para a segu-rança de abastecimento à rede elétrica nacional, permitindo que se mantenha como reserva às fontes renováveis, através de uma central despachável que utiliza fontes endógenas, não pondo em causa a possibilidade do funcionamento de pequenas unidades de rentabilização de biomassa. A unidade de produção é hoje um grande polo de desenvolvi-mento regional, sendo respon-sável por cerca de 300 postos de trabalho permanentes e mais de 800 em momentos de pico de trabalho. “Saber que a Tejo Energia está a trabalhar num projeto que tem como objetivo a conversão da Central do Pego para resíduos florestais, a manutenção e cria-ção de postos de trabalho adi-cionais deixa-nos confiantes em relação ao futuro”, considera o Presidente da Câmara Munici-pal de Abrantes, Manuel Vala-matos, que destaca ainda como mais-valia da conversão para biomassa o aproveitamento de resíduos florestais, material que

CIM do Médio Tejo apoia conversão da Central do Pego para resíduos florestaisTEXTO E FOTO CIMT

muitas vezes arde durante os incêndios florestais e que em muito contribui para os mes-mos. Localizada no Pego, fregue-sia do concelho de Abrantes, a central tem uma localização privilegiada no centro do país, face à mancha florestal do Mé-dio Tejo.Para Beatriz Milne, Presidente Executiva da Tejo Energia, “a conversão da Central do Pego para resíduos florestais vai per-mitir que se continue a garantir a segurança de abastecimento da rede através da produção de energia renovável, disponível em permanência, servindo de complemento a outras tecnolo-gias intermitentes, o que trará vantagens ambientais, sociais e económicas não só para a re-gião, como para o cumprimen-to dos desafios ambientais com que Portugal se comprometeu”.Tendo em conta todos estes argumentos, a CIM do Médio Tejo recomenda ao governo português que explore o poten-cial da proposta da Tejo Ener-gia para conversão da atual cen-tral termoelétrica a carvão para resíduos florestais. A CIM do Médio Tejo mostra--se disponível para apoiar a di-namização de uma nova fileira económica de forma a valorizar os resíduos florestais na região e, consequentemente, diminuir o elevado risco de incêndio que regularmente fustiga os conce-lhos do Médio Tejo.

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06 REGIÃO OUTUBRO 2019

NovoAlmourol

TEXTO E FOTOS PÉRSIO BASSO

Numa agradável noite, a fazer lembrar o verão, a nova Praça de República fez a sua estreia oficial como novo epicentro da vida social e cultural do conce-lho de Vila Nova da Barquinha, dia 23 de setembro, com um memorável concerto da Or-questra Ligeira do Exército.A iniciativa, inserida nas Co-memorações do Dia do Co-mando das Forças Terrestres e da Brigada de Reação Rápida

Orquestra Ligeira do Exército atuou na renovada Praçado Município

do Exército Português (sedeado no polígono militar de Tancos), foi promovida em estreita par-ceria com o Município de Vila Nova da Barquinha.O público compareceu em mas-sa. Os músicos responderam à altura, com um repertório cada vez mais contemporâneo, interpretado com a mestria de sempre.

Dia Mundial da Paz assinalado em Vila Nova da BarquinhaTEXTO e FOTOS PÉRSIO BASSO

O Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, em parceria com a Câmara Municipal, assinalou dia 20 de setembro de 2019, o Dia Mun-dial da Paz.Sob o lema “Educar para a Paz”, cerca de 600 alunos reu-niram-se na renovada Praça

da República, agora batizada de “Praça da Paz”, tendo para o efeito sido descerrada uma placa na presença do Diretor do Agrupamento de Escolas, Paulo Tavares, do Presidente da Câmara, Fernando Freire, e da Vereadora da Cultura, Marina Honório.

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PUB 07OUTUBRO 2019

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08 VÁRIOS OUTUBRO 2019

Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha

EDITAL Nº 41/2019

FERNANDO MANUEL DOS SANTOS FREIRE, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. TORNA PÚBLICO QUE, por deliberação do Órgão Executivo Mu-nicipal, tomada em sua reunião ordinária de 24 de julho de 2019, é submetido a consulta pública, pelo prazo de 30 dias úteis, o Projeto de Regulamento de Habitação em Regime de Arrendamento Apoiado do Município de Vila Nova da Barquinha, nos termos do disposto no artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado e em anexo ao Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro. ---------------------------O prazo da consulta pública é contado da data da publicação do respetivo aviso na 2.ª série do Diário da República. ------------------------------O Projeto de Regulamento está disponível para consulta na página da internet do Município, em www.cm-vnbarquinha.pt e no Edifício dos Serviços Municipais, sito na Praça da República, S/N, 2260-411 – Vila Nova da Barquinha, Serviços de Atendimento, das 09H00 às 12H30 e das 14H00 às 16H00. -------------------------------------------------Qualquer interessado pode apresentar, durante o período de consulta pública, por escrito, sugestões, que possam ser relevantes para o procedi-mento, as quais deverão ser dirigidas ao Sr. Presidente da Câmara Mu-nicipal e que poderão ser entregues nos Serviços Municipais da Câmara Municipal, enviadas para: Praça da República, S/N, 2260-411 Vila Nova da Barquinha, ou através do mail [email protected] Nova da Barquinha, 6 de agosto de 2019. -------------------------

O Presidente da Câmara(Fernando Manuel dos Santos Freire)

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ou contacte:Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo

Largo do Chafariz Nº32260-419 Vila Nova da Barquinha

[email protected]: 249 711 209

Irá decorrer no próximo dia 5 de outubro, pelas 21 horas, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, a Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2019/2020, da Formação Ocupacional de Seniores com apresentação da peça de teatro "Quem quer, vai! Quem não quer manda!"

Mara Ribeiro Duarte, Gover-nadora do Distrito Rotário 1960, foi recebida no edifício dos Paços do Concelho de Vila Nova da Barquinha pelo Pre-sidente da Câmara Municipal, Fernando Freire.A responsável do movimento rotário fez-se acompanhar por elementos do Rotary Club do Entroncamento, na sequência de uma visita à região. Mara Duarte deixou uma mensagem de agradecimento à Câmara Municipal pelo trabalho desen-volvido, no Livro de Honra de Município. Visitou a exposição “Projeto ARTEJO” na Galeria do Parque e o novo Centro de Interpretação Templário Al-mourol.

Presidente da Câmararecebeu Governadorado RotaryTEXTO E FOTO PÉRSIO BASSO

FormaçãoOcupacional de Seniores apresenta peça de teatro

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REGIÃO 09OUTUBRO 2019

É sabido que os ingleses, ao con-trário de todos os outros povos da parte continental europeia, conduzem pela esquerda, in-sistindo que é esse «the right side»… Que medem as distân-cias pequenas em jardas e as maiores em milhas, um século e meio depois da adoção do siste-ma decimal que instituiu o me-tro e o quilómetro. Da mesma forma que usam os galões em vez dos litros e por aí adiante. Em muitos aspetos da vida, os ingleses funcionam, de facto, ao contrário ou diferentemente da maioria dos outros…A Grã-Bretanha é uma ilha. Mas não é apenas uma ilha do ponto de vista geográfico: é uma ilha em termos culturais e identitá-rios. Os britânicos sempre gos-taram de viver apartados dos demais, em ilha, sendo ilha, com tudo o que isso significa em ter-mos da sua conceção do mundo e das relações entre povos. E, por outro lado, sempre gosta-ram muito de mandar: a Ingla-terra foi, durante uns trezentos anos, a «rainha dos mares» e construiu um império colonial gigantesco e muito rico que, en-quanto pôde, explorou em seu benefício. Quando, ao terminar a II Guerra Mundial, percebeu que os ventos da História so-pravam no sentido da desco-lonização, tratou – e nisso foi politicamente muito inteligente – de criar a Commonwealth, as-sim garantindo a continuidade possível do império, em termos diferentes, atualizados, neoco-lonialistas.Quando, em 1957, se tratou de criar a CEE – Comunidade Eco-nómica Europeia, o Reino Unido ficou de fora. Preferiu continuar ilha. Só 16 anos mais tarde, em 1973, viria a aderir por ter che-gado à conclusão que perderia muito mais ficando de fora do que entrando para o grupo e não podendo, portanto, adiar mais a adesão. Contudo, foi a contragosto e a pensar muito mais no seu interesse próprio do que nos grandes objetivos comunitários que entrou para a CEE. De facto, os ingleses sem-pre foram atlantistas e virados preferencialmente para o outro lado do oceano, para os Estados

Unidos da América, suas antigas colónias, do que para os euro-peus do continente – a França, a Alemanha, a Espanha –, seus rivais de todas os conflitos eco-nómicos e de todas as guerras de muitos séculos.Neste quase meio século de participação na comunidade – agora União Europeia – os bri-tânicos sempre estiveram nela apenas «com uma perna», meio dentro meio fora, estando sem estar propriamente: nunca ade-riram ao euro, partilhado por tantos outros países, preferin-do ficar agarrados à sua libra e, com argumentos de diversas na-turezas, sempre exigiram condi-ções especiais para si próprios em inúmeros situações ao longo do tempo.Há três anos, em referendo, os britânicos votaram pela saída da União Europeia. Foi pequena a diferença, de 52% contra 48%, mas venceu o «British Exit» – o «Brexit». Finalmente, embora muito divididos, os súbditos de Sua Majestade decidiam sair de uma comunidade à qual, de facto, nunca apreciaram mui-to pertencer e na qual, em boa verdade, nunca deveriam ter entrado…Daí para cá o processo com vista à saída tem sido uma barafunda que se acentuou nos últimos tempos. Porque os britânicos não se entendem entre si e mui-to menos com os outros. E por-que, no fundo, o que querem é o melhor de dois mundos, garan-tindo condições que na prática lhes permitam sair, ficando… Ora isso os parceiros europeus não podem, obviamente, con-sentir.O que temos assistido nas últi-mas semanas é inacreditável, com sucessivas votações no par-lamento em contradição com o propósito do governo conserva-dor chefiado pelo senhor Boris Johnson que insiste num Brexit em 31 de outubro a qualquer preço.Se isso acontecer, se a Grã-Bre-tanha sair da União Europeia, assim se consumando a primei-ra desistência de um estado--membro do clube dos 28, sem um acordo regulador, as conse-quências serão imprevisíveis.

Desde logo porque estará aber-ta uma situação completamente nova e desconhecida com sérias e complexas implicações nas relações de todo o tipo, a co-meçar pelas comerciais, entre o Reino Unido e a União Europeia. Depois porque, já não fazendo parte da União, os britânicos deixam de estar enquadrados pelos acordos comerciais entre a União e países terceiros (como os Estados Unidos, o Canadá, a China, o Japão, a Austrália, a África do Sul, o Brasil, etc.), tendo de negociar acordos bi-laterais com cada um deles. Por outro lado, ninguém sabe o que acontecerá em termos do movimento de pessoas com as fronteiras repostas e exigência de passaporte. A nível interno, a saída do país da União Europeia significará muito provavelmen-te a desunião do Reino já mui-to pouco Unido: a Escócia, que votou contra o Brexit, espreita a oportunidade para a secessão; na Irlanda colocar-se-á por certo a questão da unificação política da ilha, com a integração da Ir-landa do Norte na República da Irlanda e o reacendimento das velhas rivalidades entre católi-cos e protestantes que têm esta-do aparentemente serenas mas que não se encontram resolvi-das; e mesmo quanto ao País de Gales não é certo que não pre-tenda, também ele, tomar conta do seu destino. Assim, a velha Inglaterra ficará sozinha, trans-formando-se numa ilha dentro da ilha que por enquanto ainda vai comandando.O Brexit, portanto, não é bom para ninguém, nem para quem sai nem para quem fica. O Rei-no Unido tem todo o direito de sair da União Europeia. Como acontece nos casais, vale mais um bom divórcio do que um mau casamento. Mas é preciso que o divórcio (ou seja, o acor-do de saída) seja bom. E, neste caso, não é bom nem mau: não há simplesmente acordo, ou melhor, há um acordo que os britânicos negociaram mas ago-ra não querem implementar. A barafunda do Brexit é feita de um sem-número de «british» trapalhadas…

A bem dizer...

A barafunda do Brexit

Historiador, Consultor Cultural

OPINIÃO ANTÓNIO MATIAS COELHO

AGRADECIMENTO

Os familiares de Geogina de Jesus Graça vêm por este meio agradecer reconheci-damente a todos os que lhe prestaram uma última home-nagem. Bem hajam

Georgina de Jesus Graça

N: 30-06-1922F: 08-09-2019

MOITA DO NORTE

AGRADECIMENTOA família de Vitaliana Oli-veira vem por este meio agra-decer a todos os que os que manifestaram o seu pesar pelo falecimento da sua ente querida e a todos os que lhe prestaram uma última home-nagem. Bem hajamVitaliana Maria Henri-

ques Lourenço Oliveira

F: 31-08-2019 PRAIA DO RIBATEJO

José Eduardo Ramos Paulo nasceu na Horta dos avós maternos ( José Ramos e Palmira Redol), no Cardal -Moita do Norte.Viveu depois dos seus 16 anos, no Beco do Vale, na Moita, numa casa construída pelos seus pais ( João Nunes Paulo e Júlia Ramos).Mais tarde veio para Alverca, onde passou a viver, tendo trabalhado durante 36 anos, nas O.G.M.A.Quase todos os fins de semana rumava até à sua terra natal que ele muito amava, pois era na Moita que marcava o ponto de encontro com familiares e amigos.Quando alguém lhe perguntava donde era natural, dizia, com muito orgulho, que era do Concelho de Vila Nova da Barquinha.Um Concelho, segundo ele, com muitas potencialidades e com fu-turo.Agradecemos à Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, nas pessoas dos seus presidentes, de Câmara e Assembleia Municipal, assim como dos seus Vereadores, o comunicado do seu falecimento, através dos seus meios de comunicação, assim como das suas pre-senças, junto dos familiares, no ato fúnebre.Também, na impossibbilidade de o fazer pessoalmente, sua esposa, mãe e irmã agradece as condolências que muitas pessoas expressa-ram, através dos vários meios de comunicaçâo.O nosso muito obrigada. Celeste, Júlia e Amélia.

AGRADECIMENTO

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010 REGIÃONovoAlmourol

OUTUBRO 2019

Marca d’ Água

O medo

Filósofo

OPINIÃO ALVES JANA

Oficina Tourism Up & Taste Up

… é outra das mais poderosas forças da natureza. O medo tem má fama, mas é nosso amigo. Protege-nos dos perigos que, de outro modo, poderiam pas-sar-nos despercebidos. Mas, é claro, também nos pode tolher os passos no caminho em que precisamos de avançar.O medo é um dom da natureza. O nosso corpo é uma máquina de detetar perigos e, por isso, é uma herança da natureza que ao longo de milhões de anos defendeu da morte os nossos mais longínquos ou mais recen-tes antepassados.Sendo uma herança biológica, vem nos genes com uma carga de informação que é o resulta-do acumulado de sucessivas gerações. Só que essa evolu-ção terminou, no essencial, há 50.000 anos: a partir de então, em vez de se adaptar biologica-mente ao meio, o ser humano passou a adaptar o meio às suas necessidades. Isto traz enor-mes consequências: enquanto o meio foi evoluindo, a infor-mação genética que governa o medo manteve-se estável. Por isso, continuamos a ter medo de cobras, apesar de já não ha-ver entre nós cobras venenosas, mas ainda não aprendemos a ter medo da electricidade, que mata muito mais do que devia. Para já não falar do automóvel, um assassino persistente, ou do telemóvel, um perigo certifica-do.O medo defende-nos, mas tam-bém nos limita. Por exemplo, o tão natural medo de falar em público estraga-nos a vida quando precisamos de falar para uma audiência de que de-pende o nosso futuro.O medo é natural e é amigo, re-pita-se. Mas é a cultura que nos permite superar o medo natu-ral, mantê-lo dentro dos limites do que nos convém e seguir em frente, apesar do medo.- Quem é que manda, eu ou o meu medo?Esta pergunta, decisiva, coloca--nos perante uma dupla reali-dade interior: a natural e uma que lhe é superior. O meu medo também sou eu, mas eu posso ser mais que o meu medo, se lhe for superior, se não me dei-xar dominar por ele. É a cultu-ra, ou seja, é o cultivo de uma realidade superior que me per-

mite ir além do medo, perceber quando devo respeitar o meu medo e quando devo violentá--lo, superá-lo.Não se trata de negar o medo, isso seria imprudência, loucura. Trata-se de ser mais inteligente que o medo natural. Somos, por isso, um eu que podemos dizer natural e um eu que devemos dizer cultivado.Há famílias em que se cultiva a submissão ao medo. Houve tempos em que se tinha medo de crianças diferentes do habi-tual. Há ainda hoje muito boa gente que tem medo dos que percepciona como diferentes. E há o natural medo da mudança.A cultura pode aqui ser definida como uma inteligência superior ao natural, pois o natural tam-bém é inteligente. A natureza dota-nos da capacidade de re-solver problemas de um certo tipo. A cultura é a capacidade de resolver outro tipo de pro-blemas, aqueles que a nossa na-tureza não aprendeu a resolver. Não se trata de negar a nature-za, mas de superá-la.Só que os problemas evoluem. Os de hoje são muito diferen-tes dos de há cinquenta ou cem anos. O ritmo de mudança dos problemas é rápido e acelerado, enquanto o ritmo de mudança da cultura é lento e cheio de re-cusas de mudança. A verdadeira mudança cultural dá-se, sobre-tudo mas não só, pela morte dos mais velhos e a sua subs-tituição pelos que nasceram noutro tempo. O medo da mu-dança resiste ao tempo. A inicia-tiva, a criatividade, a inovação, a investigação metódica… são a criação do novo tempo.Quem está aí a fazer o tempo novo de que a nossa região pre-cisa?

Quem está aí para fazer o tempo novo de que a nossa região precisa?

Os Territórios Criativos vão desenvolver, mais uma vez, os Programas de Aceleração Tou-rism UP e Taste UP, em parceria com o Turismo de Portugal, e o Município do Entroncamento vai acolher uma das oficinas do roadshow.O Tourism UP é um programa de aceleração no sector do tu-rismo, que tem como objectivo apoiar startups no desenvolvi-mento de negócios neste sector, potenciando a inovação e a cria-ção de redes empreendedoras, e o Taste UP é um programa de aceleração em Turismo Gastro-nómico e Enoturismo, que tem como objectivo promover a ino-vação e a experiência turística nas áreas da Gastronomia e Vinhos.Os dois programas têm início com um roadshow por 50 ter-ritórios, nos quais é dinamizada uma oficina de capacitação e di-vulgação dos programas, e, pos-teriormente, os 36 projectos se-leccionados terão a oportunidade de desenvolver os seus negócios através da participação em dois bootcamps, cada um constituí-do por dois dias intensivos de mentoria e formação, nos dias 25 e 26 de outubro e 22 e 23 de novembro. Por fim, os programas irão culminar numa apresentação pública final, onde serão seleccio-nados os vencedores, no dia 5 de dezembro.Os programas disponibilizam 5.000€ em prémio monetário e 500€ em SEO (Search Engine Optimization) para o 1º lugar, 1000€ para o 2º lugar e 500€ para o 3º lugar.A oficina do Entroncamento irá realizar-se no dia 03 de outu-bro, quinta-feira, entre as 10h e as 12h, na Sala de Formação do CENPRE, Rua Infante de Sa-gres nº 41-A (frente ao Jardim Parque Dr. José Pereira Caldas) na qual serão apresentados os programas de aceleração e dina-mizadas sessões de formação so-bre Oportunidades e Tendências no Turismo, Turismo Gastronó-mico e Enoturismo, e Empreen-dedorismo e Proposta de Valor.

ENTRONCAMENTO

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Os Passos de Sísifo

O fim de um ciclo?

Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar

OPINIÃO LUIZ OOSTERBEEK

As democracias nasceram como uma das componentes de um sistema complexo, saído da grande depressão de 1929-1946. Num sistema mundial integra-do desde os finais do século XIX, após a IIª guerra mundial dife-rentes regiões afrontaram dis-tintos fatores disruptivos que haviam convergido para a de-pressão: a exiguidade dos mer-cados das potências coloniais (superado com o alargamento do mercado de consumo no hemisfério Sul, potenciado pe-las independências nacionais – o que alienou o peso negati-vo da gestão das colónias nas contas dos estados coloniais, ao mesmo tempo que manti-nha o essencial do controlo das matérias-primas e convertia os colonizados em clientes); a instabilidade gerada pela desi-gualdade social e o empobre-cimento das classes médias (superada através de uma nova versão do Estado Social no he-misfério Norte, que aprofundou e alargou o modelo inicial de Bismarck e estruturou o tripé “educação-saúde-trabalho”); o estrangulamento monetário da economia que havia marca-do a década de 1930 (superado no hemisfério ocidental com o fomento da economia através da estabilidade monetária ex-pansionista hemisfério ociden-tal, materializada em Bretton--Woods e inspirada em Keynes ); e a rutura social extrema que desencadeara revoluções antes e no imediato pós-guerra (su-perada no hemisfério oriental através do reforço do Estado as-sistencialista e totalitário). A democracia, sobretudo a Eu-

ropeia, emergiu no centro deste jogo de tensões, com um merca-do que cresceu menos a Norte do que a Sul, um Estado Social mais justo na Europa mas me-nos rico do que na América, uma estrutura monetária amplamen-te dependente do dólar e um as-sistencialismo dinâmico gerido por um Estado frágil mas assen-te nos lucros do alargamento de mercado a Sul e da manutenção de sistemas totalitários a leste, sem participação livre e concor-rencial no mercado global.Este quadro começou a mudar logo na década de 1960, com o regresso das perturbações sociopolíticas no final da dé-cada (em Portugal agravadas pela guerra colonial), o início da desestruturação do modelo de Bretton-Woods na década seguinte (abrindo caminho à fi-nancialização da economia e à crescente especulação na bolsa, sem qualquer correspondência na economia real), a alteração estratégica da situação relativa a leste (com a quebra ou mode-ração dos regimes totalitários, a par de uma nova dinâmica eco-nómica) e o empobrecimento global do hemisfério norte (mer-cê da crescente autonomia do Sul, com mais recursos e mais população – o que foi criando crescente pressão sobre a qua-lidade dos serviços de ensino e de saúde, bem como sobre o emprego).A depressão formalmente ini-ciada em 2008 (cuja natureza já discutimos noutro texto neste jornal) corresponde a este esgo-tamento do modelo construído após a última guerra mundial. O tom belicista e revivalista de muitos dos atuais protagonis-

tas, a dificuldade crescente em formar governos que requerem amplas coligações (Portugal tem sido uma exceção), o fosso crescente entre um ensino cada vez mais desorientado e as ne-cessidades culturais e económi-cas da sociedade, a esperança depositada em sucessivas ilu-sões tecnológicas … exprimem a exasperação da atual socie-dade, que perceciona o esgota-mento do modelo iniciado há sete décadas mas ainda não vis-lumbra uma alternativa.Tudo parece mau. E, no entanto, o passado sugere-nos que é de ciclos assim que pode nascer um novo rumo. Não um rumo de prolongamento de soluções passadas (que não foram de-senhadas para um planeta de quase 10 biliões de humanos, nem para uma espécie tão en-velhecida), nem um rumo que substitua a pluralidade das von-tades humanas (que são a nossa identidade) por uma qualquer tecnologia (que é o nosso ins-trumento para superar proble-mas mas não angústias). Um rumo que se apoie num novo desígnio o qual, por sua vez, se reencontre com a lógica milenar da evolução (que é também, para os que nisso acreditam, a da fé). Sísifo mora nesse rumo.

Dir-se-á que o que está a aconte-cer em muitas partes do mundo é medonho. É! Mas quem nos poderá impe-dir de festejar os pequenos pas-sos que, por toda a parte, estão a ser dados na direção da esperança.

Frei Bento Domingues.

Planeamento e orçamentação são segredo de sucesso para uma gestão mais eficienteO projeto financiado Ribate-jo InovFin, promovido pela NERSANT - Associação Em-presarial da Região de Santa-rém, esteve dia 19 de setembro na Startup Santarém a mostrar às empresas como realizar orça-mentos de forma simples.O workshop sobre “Planea-mento e Orçamentação”, que integra o conjunto de sessões de literacia financeira dinamizado pelo projeto financiado Ribate-jo InovFin, teve como objetivo facultar aos participantes co-nhecimentos que lhes permi-tam antecipar necessidades de financiamento ao utilizar mo-delos de evolução simples do seu negócio, como base na ela-boração do orçamento anual e respetivas revisões.A explicação do tema esteve ao cargo da especialista Fernanda Martins, da Rácios Consulting, que deu a conhecer métodos simplificados de modelização operacional e financeira, bem como apoiou as empresas na

realização de exercícios práticos para melhor compreensão da temática.De referir que esta sessão de capacitação é uma ação do Ri-batejo InovFin, projeto dinami-zado pela NERSANT e finan-ciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que visa promover a inovação como um instrumento fun-damental para o aumento da competitividade das empresas, a promoção de estruturas finan-ceiras mais equilibradas e a me-lhoria das condições de acesso ao financiamento por parte das PME.Outras ações de literacia finan-ceira estão previstas e calenda-rizadas quer no portal da NER-SANT, em www.nersant.pt, quer no portal do projeto Riba-tejo InovFin, em www.inovfin.pt. A participação das empresas em qualquer dos workshops é de presença gratuita.

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012 POR AGORA É TUDO OUTUBRO 2019

Novo Almourol

Título Jornal Novo Almourol Propriedade Associação Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo NIF 505056755 Diretora Raquel Botelho Chefe de Redação NA Colaboradores Cidália Delgado Opinião Luiz Oosterbeek, António Luís Roldão, Alves Jana, Luís Mota Figueira, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio, António Matias Coelho, António Carraço, Margarida Barbosa Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Novo Almourol Paginação Novo Almourol Publicidade Ana Rita Fonseca Departamento Comercial 249 711 209 - [email protected] Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Rua Adriano Lucas 3020-430 Coimbra Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redação e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Site www.ciaar.pt Email [email protected] Site https://novoalmourol.eu/

Novo Almourol

Ateliers de arte arrancam em outubroEstão abertas inscrições para os ateliers de desenho, pintura, fotografia e vídeo do Centro de Estudos de Arte Contemporâ-nea (CEAC), em Vila Nova da Barquinha. As aulas recomeçam no próximo mês de outubro e prolongam-se até maio de 2020, dando continuidade à parceria da Câmara Municipal com o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e Fundação EDP.No próximo dia 1 de outubro terá lugar no Centro Cultural de Vila Nova da Bar-quinha, às 19h, uma apresentação sobre o funcionamento dos ateliers, dirigida aos alunos e interessados, podendo as inscri-ções ser também efetuadas nesse dia.Os ateliers de arte são lecionados por técnicos credenciados e docentes do IPT. As aulas tem uma duração de três horas, acrescidas de uma aula de três horas para atelier livre, por semana, com um custo de 20€ mensais.O objetivo do CEAC é dotar os alu-nos de competências artísticas, técnicas

CEAC abre inscrições

e processuais nos diferentes domínios lecionados, através da aprendizagem e aprofundamento de conhecimentos teórico-práticos de processos, meios e técnicas. Os ensinamentos para alcançar novos horizontes estéticos são colocados em prática e mostrados ao público em diversas exposições dos trabalhos dos ateliers do CEAC, realizadas ao longo do ano na região. Para alguns pode sig-nificar o início de uma carreira no mun-do das artes.Os ateliers do CEAC são complemen-tados com visitas a museus e galerias de arte, e com a realização de workshops temáticos nas diversas modalidades ar-tísticas onde os artistas convidados fa-lam sobre o seu percurso artístico.Para mais informações e inscrições, contacte o telefone 926273161 (Carlos Vicente) ou o email [email protected].