direito trabalho

521
Direito do Trabalho para Concursos

Upload: renata-montoro

Post on 27-Nov-2015

63 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 2: Direito Trabalho

PRÍNCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Page 3: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Seu propósito consiste em tentar corrigir desigualdades, criando uma superioridade

jurídica em favor do empregado, diante da sua condição de hipossuficiente na relação de

emprego. O Princípio da Proteção se divide em três outros

princípios, quais são:

Page 4: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Princípio do in dubio pro misero – em caso de dúvida entre duas regras, é aplicada a

mais favorável ao empregado, ou, interpreta esta de forma que seja mais vantajosa ao trabalhador.

Page 5: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Princípio da norma mais favorável –

não importa qual a posição da norma na escala hierárquica, aplica-se a que for mais favorável ao empregado. Havendo duas normas igualmente

aplicáveis, prevalece a mais favorável ao trabalhador em decorrência do que se chama hierarquia dinâmica das fontes do direito do

trabalho.

Page 6: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Princípio da condição mais benéfica -

as condições mais vantajosas estipuladas no contrato de trabalho prevalecerão, mesmo que

venham a ser alteradas posteriormente. Na mesma relação de emprego, uma condição de

trabalho mais benéfica não pode ser substituída por outra condição menos vantajosa.

Page 7: Direito Trabalho

Princípio da Primazia da

Realidade

A verdade real prevalece sobre a verdade formal, ou

seja, os fatos são de maior relevância do que os documentos.

Nas relações trabalhistas pactuadas através de contrato escrito é bastante comum verificar alterações nas

condições de trabalho ao longo do tempo, alterações estas que, salvo raras exceções, não são incorporadas

formalmente ao contrato de trabalho.

Page 8: Direito Trabalho

Princípio da Continuidade da

Relação de Emprego

Sua finalidade é informar a presunção de

indeterminação da duração do contrato de trabalho, ou melhor, que o contrato de trabalho

terá sempre continuidade. Este princípio objetiva dar segurança econômica, jurídica e até mesmo

psicológica ao trabalhador.

Page 9: Direito Trabalho

Princípio da Continuidade da

Relação de Emprego

“Artigo 10 da CLT – Qualquer alteração na

estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.”

“Artigo 448 da CLT – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará

os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”

Page 10: Direito Trabalho

Princípio da Continuidade da

Relação de Emprego

“Súmula 212 do TST – O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando

negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui

presunção favorável ao empregado.”

Page 11: Direito Trabalho

Princípio da Inalterabilidade

contratual

Este princípio tem origem no artigo 468 da CLT. Ele informa que em princípio o contrato não

pode ser alterado, salvo mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem prejuízos ao empregado. O presente princípio tem como

direcionamento o pacta sunt servanda.

Page 12: Direito Trabalho

Princípio da Intangibilidade

Salarial

“Art. 7º, da C.F.: - São direitos dos trabalhadores (...) além de outros:

VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto

em convenção ou acordo coletivo;

X – proteção do salário na forma da Lei, constituindo crime a sua retenção dolosa.”

Page 13: Direito Trabalho

Princípio da Intangibilidade

Salarial

O empregador não pode efetuar descontos no

salário do empregado. Esta regra comporta exceções, como por exemplo, quando este

resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de convenção coletiva de trabalho.

Page 14: Direito Trabalho

Princípio da

Indisponibilidade dos

Direitos trabalhistas

O trabalhador não pode renunciar os seus

direitos trabalhistas. Essa frase pode até parecer

óbvia, porém, o legislador teve o cuidado de regulamentar uma situação que infelizmente

ocorre no dia-a-dia.

Page 15: Direito Trabalho

Princípio da

Indisponibilidade dos

Direitos trabalhistas

“Art. 444 da CLT - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao

trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades

competentes.”

Page 16: Direito Trabalho

Princípio da

Indisponibilidade dos

Direitos trabalhistas

Mesmo que acertado um novo contrato entre as

partes, o empregado não pode renunciar aos seus direitos anteriormente adquiridos, como por exemplo, o empregado que desenvolve o

trabalho de eletricista abrir mão do equipamento de segurança em troca de um

importe maior em sua remuneração.

Page 17: Direito Trabalho

FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

Page 18: Direito Trabalho

Fontes do Direito do

Trabalho

A identificação das fontes é importante para que empregador e empregado se conscientizem que

além das obrigações contratuais impostas, existem outros regramentos que têm força

coercitiva, que devem ser respeitados e cumpridos.

Page 19: Direito Trabalho

Fontes Materiais

As fontes materiais observam os fenômenos materiais políticos, econômicos, sociológicos,

jurídicos e até mesmo filosóficos. As fontes

materiais de Direito do Trabalho encontram-se num estágio anterior às fontes formais, porque

contribuem com a formação do direito material: é antecedente lógico das fontes formais.

Page 20: Direito Trabalho

Fontes Materiais

Importante destacar que apesar de fatos geradores de normas ou leis, as fontes materiais

não têm força vinculante, pois são fontes potenciais de futuras leis, normas, acordos ou

convenções coletivas. Estas causas pressionam o Estado ou a sociedade a fim de que seja

regulamentado o direito, seja regulado ou imposto um comportamento uniforme a ser

adotado pela sociedade.

Page 21: Direito Trabalho

Fontes Formais

As fontes formais têm força vinculante, bem como exteriorizam o direito, anteriormente

manifesto por meio das fontes materiais. Podemos chegar à seguinte conclusão: toda

fonte formal já foi uma fonte material, in contrario sensu, chegamos à conclusão de que

nem toda fonte material chega a ser transformada em uma fonte formal.

Page 22: Direito Trabalho

Hierarquia das Fontes

1º) Constituição (Emendas à Constituição); 2º) Lei Complementar, Ordinária, Delegada, Medida

Provisória; 3º) Decretos;

4º) Sentenças Normativas; 5º) Convenção Coletiva e Acordo Coletivo;

6º) Usos e Costumes.

Tal hierarquia não é obedecida de forma tão rígida no Direito do Trabalho, pois aplica-se o critério da norma

mais favorável ao trabalhador.

Page 23: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

A produção não é efetuada pelo destinatário direto da norma. as fontes formais heterônomas

são impostas por agente externo. São em geral, as regras de direta origem estatal,

como a Constituição, as leis, medidas provisórias, decretos e outros diplomas

produzidos no âmbito do aparelho do Estado.

Page 24: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Constituição Federal da República – A Constituição encontra-se no topo da hierarquia

das normas jurídicas, pois ela é a base e fundamento de todas as outras regras existentes

em âmbito nacional. As normas infraconstitucionais apenas serão válidas se e eficazes desde que não estejam de encontro

àquilo que apregoa a Carta Magna.

Page 25: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Leis Complementares, Delegadas, Ordinárias, Medida Provisória – Não existe hierarquia entre leis

complementares e ordinárias, só há diferença da matéria inerente a elas e o quorum de votação.

A lei pode ser feita sob forma de consolidações (CLT), códigos (CP, CPP, CC, CPC), bem como leis extravagantes. A CLT, apesar de ser uma consolidação, também legisla acerca de direitos trabalhistas, não tendo se limitado

apenas à compilar artigos.

Page 26: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Decretos do Poder Executivo (Portarias, avisos, instruções e circulares) – O decreto é expedido por

atribuição do Presidente da República (art. 84, IV da CF), tem a função específica de regulamentar outra norma

jurídica, de regulamentar as leis, não podendo exorbitar o que a lei dispõe. O Executivo também pode emitir

portarias, avisos, instruções normativas, normas regulamentares e circulares.

Page 27: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Sentença Normativa – São aquelas proferidas em dissídios coletivos do trabalho, cuja vigência máxima é

de quatro anos, conforme preceitua o artigo 868, parágrafo único da CLT. Importante destacar o que determina a súmula 277 do TST: “as condições de

trabalho alcançadas por força de sentença normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma

definitiva, os contratos”.

Page 28: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Sentença Normativa – A sentença normativa é regra, abstrata, impessoal e obrigatória. Toda vez que é tentada uma negociação coletiva e as partes não

conseguem por fim àquela negociação, uma das duas partes pode instaurar o dissídio coletivo do trabalho, que, em princípio vai ter a função de, “substituir” a negociação. Como não se chegou a uma solução, se

necessita de alguém para decidir a questão, entrando nesse contexto, o tribunal trabalhista para interpretação

das normas e consequente aplicação destas.

Page 29: Direito Trabalho

Convenção Coletiva de

Trabalho

A CLT em seu artigo 611, afirma que Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo através do qual dois ou

mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no

âmbito das respectivas representações, às relações individuais de

trabalho. Trata-se de relação Sindicatos X Sindicatos. Apesar de origem privada, criam preceitos gerais, abstratos, impessoais,

e dirigidos a normatizar situações ad futurum.

Page 30: Direito Trabalho

Acordo Coletivo de Trabalho

Já em seu artigo 611, §1º, a CLT estipula que o Acordo Coletivo é o instituto através do qual é facultado aos sindicatos celebrarem com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem

condições de trabalho aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de

trabalho. Temos a relação Sindicatos X Empregador.

Page 31: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Coletivo de Trabalho – A CLT em seu artigo 614, §3º determina que não será permitido estipular

duração de Convenção ou Acordo Coletivo de

Trabalho por prazo superior a 2 anos.

Page 32: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Usos e costumes – O Uso é uma prática habitual adotada dentro de uma relação jurídica

específica e que somente produz efeitos entre essas partes, produzindo consequentemente, efeitos exclusivamente no delimitados âmbito

dessas mesmas partes. Este funciona como cláusula tacitamente ajustada na relação jurídica

entre as partes envolvidas (cláusula contratual).

Page 33: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Usos e costumes – O Costume ocorre quando um núcleo social adota e observa, constante e

espontaneamente, certo modo de agir de conteúdo jurídico. O costume é adoção reiterada de uma determinada postura jurídica, em certa

época, por um determinado grupo, firmando um modelo ou critério de conduta geral, impessoal, aplicável ad futurum a todos os empregados que

fazem parte do contexto do costume praticado.

Page 34: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes Secundum legem – A lei se refere expressamente à prática do costume, integrando o conteúdo da norma escrita. Como exemplo podemos citar o a

Lei 5.889/73, que trata do Rural, que em seu artigo 5º afirma que o intervalo intrajornada do rural será concedido de acordo com os usos e

costumes do local.

Page 35: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes Praeter legem – Ocorre quando a lei não

disciplina toda a matéria e o costume exerce

função supletiva e a regula. Como por exemplo

os 10% do garçom, que inclusive integram sua remuneração.

Page 36: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes

Contra legem – É o costume que contraria a lei. A princípio, não se admite, mas deve-se reconhecer a

força dele que atua no sentido de forçar o desuso da lei. Se o costume for mais favorável pode ser aplicado em

detrimento da lei, salvo de a lei for imperativa proibitiva. Por exemplo, se o empregado faz mais de duas horas extras, tem direito a receber a prestação

pecuniária do período.

Page 37: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes

Contra legem “Súmula 376, I do TST – A limitação legal da jornada

suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.”

“Súmula 376, II do TST – O valor das horas extras

habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista

no "caput" do art. 59 da CLT.”

Page 38: Direito Trabalho

FIGURAS CONTROVERTIDAS

Page 39: Direito Trabalho

Jurisprudência

A jurisprudência é simplesmente a cristalização de entendimentos dos tribunais superiores. Ela se forma

através da repetição de interpretações semelhantes nos órgãos julgadores. Importante destacar, que não

possuem força vinculante, ou seja, não são de aplicação obrigatória. Apesar de em regra, não ser normatizada,

podemos citar algumas exceções. A CLT adotou jurisprudência para normatizar o tema horas in itinere,

quando acresceu ao artigo 58 da CLT o §2º, esclarecendo o referido tema utilizando para tal

sequentes jurisprudências.

Page 40: Direito Trabalho

Súmulas, Orientações

Jurisprudenciais e

Precedentes Normativos

Esses institutos refletem o entendimento da Justiça do Trabalho quanto às condições de trabalho relativas aos dissídios coletivos. Estes diferem das súmulas, vez que

orientam a criação de sentenças normativas, materializando-se em fontes formais. Apesar das críticas

a esses precedentes, que tendem a desaparecer para viabilizar a real negociação coletiva, estes ainda

continuam sendo aplicados no Direito do Trabalho.

Page 41: Direito Trabalho

Doutrina

As doutrinas servem como fontes materiais eis que atuam como subsídios aos intérpretes e ao

legislador na compreensão do sistema jurídico.

Page 42: Direito Trabalho

Regulamentos de empresas

Esta não se enquadra como fonte formal de direito eis que resta limitado ao âmbito de

vontade do empregador, pois resulta de seu ato unilateral de vontade. Apesar de gerais,

abstratos e impessoais, o regulamento da empresa integra aos contratos de trabalho como

cláusulas.

Page 43: Direito Trabalho

Analogia (Equidade)

A analogia é um método de integração das normas jurídicas. O juiz não pode se eximir de sentenciar

alegando lacuna ou obscuridade da lei, tendo em vista o previsto no artigo 126 do Código de Processo Civil. A

analogia é feita pela busca a outras fontes normativas subsidiárias, para aplicação a um caso concreto, quando

é necessário para o preenchimento de lacunas normativas verificadas no sistema jurídico. Apesar de

prevista legalmente, a analogias não constituem fontes de direito.

Page 44: Direito Trabalho

Contratos de Trabalho

As leis, ou ordenamentos jurídicos têm por características serem impessoais, abstratas e genéricas. os contratos de trabalho não são

fontes materiais ou formais; não informam a criação de normas e nem têm caráter geral,

impessoal e abstrato.

Page 45: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 46: Direito Trabalho

Exercícios

1. Com relação às fontes de Direito do Trabalho, é certo que (Analista Administrativo – Mato Grosso do Sul – 2006)

(A) o direito comum não será fonte subsidiária do direito do trabalho, em razão da incompatibilidade com os princípios fundamentais deste.

(B) os usos e costumes são uma importante fonte do Direito do trabalho sendo que, muitas vezes, da sua reiterada aplicação pela sociedade, é que se origina

a norma legal. (C) é defeso, como regra, as autoridades administrativas e a Justiça do

Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirem, conforme o caso, por equidade.

(D) é defeso, como regra, as autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirem, conforme o

caso, por analogia. (E) o interesse de classe ou particular deve prevalecer sobre o interesse

público, em razão da natureza humanitária inerente da relação própria de emprego.

Page 47: Direito Trabalho

Exercícios

2. Acerca dos princípios que informam o Direito do Trabalho, pode-se afirmar que: (Técnico Judiciário – Ceará - 11.10.2009).

(A) A irredutibilidade do salário é um princípio absoluto. (B) É lícita a redução dos salários dos empregados da empresa, desde que

disposta em Convenção ou Acordo Coletivo. (C) O empregador pode, livremente, em qualquer hipótese, reduzir o salário

do empregado. (D) O empregador pode reduzir o salário do empregado, se este firmar por

escrito sua concordância. (E) O empregador pode reduzir o salário de seus empregados, desde que 75% deles concordem com tal redução, independentemente de negociação com a

entidade sindical da categoria.

Page 48: Direito Trabalho

Exercícios

3. Em relação ao Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas, seria equivocado dizer sobre ele que: (Analista Ministerial Processual / Jurídico –

MPE/PE - 2006). (A) Consiste na impossibilidade jurídica de o empregado privar-se

voluntariamente das vantagens conferidas pelo Direito do Trabalho. (B) Constitui uma limitação à autonomia da vontade contratual que previne

vícios do consentimento e renúncia de vantagens por pressão do poder econômico do empregador.

(C) Admite poucas formas de transação de direitos, desde que em consonância com preceito constitucional e negociada coletivamente com a

participação dos sindicatos. (D) Admite a possibilidade de transação de direitos, mesmo com prejuízo para

o empregado, desde que considere o ajuste como uma cláusula liberatória ampla.

(E) Revela o caráter imperativo das normas trabalhistas, bem como a sua essência social.

Page 49: Direito Trabalho

Exercícios

4. O acordo coletivo de trabalho é feito entre o [a]: (Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2002).

(A) sindicato da categoria econômica e o sindicato da categoria profissional.

(B) sindicato da categoria econômica e os empregados de uma empresa.

(C) empresa e o sindicato da categoria profissional. (D) empresa e os seus empregados.

(E) empresa e um grupo de seus empregados.

Page 50: Direito Trabalho

Exercícios

5. Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta: (Analista Processual – MPU - 2004)

I. A Constituição Federal é fonte formal do Direito do Trabalho;

II. A Convenção Coletiva do Trabalho é fonte formal do Direito do Trabalho;

III. O fato social é fonte formal do Direito do Trabalho; IV. A pressão dos trabalhadores sobre o empregador é fonte

formal do Direito do Trabalho.

(A) apenas III e IV estão incorretas; (B) I e IV estão corretas;

(C) I, II e III estão corretas; (D) apenas I e III estão corretas.

Page 51: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B

2 – B 3 – D 4 – C 5 – A

Page 52: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 53: Direito Trabalho

PRÍNCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Page 54: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Seu propósito consiste em tentar corrigir desigualdades, criando uma superioridade

jurídica em favor do empregado, diante da sua condição de hipossuficiente na relação de

emprego. O Princípio da Proteção se divide em três outros

princípios, quais são:

Page 55: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Princípio do in dubio pro misero – em caso de dúvida entre duas regras, é aplicada a

mais favorável ao empregado, ou, interpreta esta de forma que seja mais vantajosa ao trabalhador.

Page 56: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Princípio da norma mais favorável –

não importa qual a posição da norma na escala hierárquica, aplica-se a que for mais favorável ao empregado. Havendo duas normas igualmente

aplicáveis, prevalece a mais favorável ao trabalhador em decorrência do que se chama hierarquia dinâmica das fontes do direito do

trabalho.

Page 57: Direito Trabalho

Princípio da Proteção

Princípio da condição mais benéfica -

as condições mais vantajosas estipuladas no contrato de trabalho prevalecerão, mesmo que

venham a ser alteradas posteriormente. Na mesma relação de emprego, uma condição de

trabalho mais benéfica não pode ser substituída por outra condição menos vantajosa.

Page 58: Direito Trabalho

Princípio da Primazia da

Realidade

A verdade real prevalece sobre a verdade formal, ou

seja, os fatos são de maior relevância do que os documentos.

Nas relações trabalhistas pactuadas através de contrato escrito é bastante comum verificar alterações nas

condições de trabalho ao longo do tempo, alterações estas que, salvo raras exceções, não são incorporadas

formalmente ao contrato de trabalho.

Page 59: Direito Trabalho

Princípio da Continuidade da

Relação de Emprego

Sua finalidade é informar a presunção de

indeterminação da duração do contrato de trabalho, ou melhor, que o contrato de trabalho

terá sempre continuidade. Este princípio objetiva dar segurança econômica, jurídica e até mesmo

psicológica ao trabalhador.

Page 60: Direito Trabalho

Princípio da Continuidade da

Relação de Emprego

“Artigo 10 da CLT – Qualquer alteração na

estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.”

“Artigo 48 da CLT – A mudança na propriedade

ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos

empregados.”

Page 61: Direito Trabalho

Princípio da Continuidade da

Relação de Emprego

“Súmula 212 do TST – O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando

negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui

presunção favorável ao empregado.”

Page 62: Direito Trabalho

Princípio da Inalterabilidade

contratual

Este princípio tem origem no artigo 468 da CLT. Ele informa que em princípio o contrato não

pode ser alterado, salvo mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem prejuízos ao empregado. O presente princípio tem como

direcionamento o pacta sunt servanda.

Page 63: Direito Trabalho

Princípio da Intangibilidade

Salarial

“Art. 7º, da C.F.: - São direitos dos trabalhadores (...) além de outros:

VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto

em convenção ou acordo coletivo;

X – proteção do salário na forma da Lei, constituindo crime a sua retenção dolosa.”

Page 64: Direito Trabalho

Princípio da Intangibilidade

Salarial

O empregador não pode efetuar descontos no

salário do empregado. Esta regra comporta exceções, como por exemplo, quando este

resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de convenção coletiva de trabalho.

Page 65: Direito Trabalho

Princípio da

Indisponibilidade dos

Direitos trabalhistas

O trabalhador não pode renunciar os seus

direitos trabalhistas. Essa frase pode até parecer

óbvia, porém, o legislador teve o cuidado de regulamentar uma situação que infelizmente

ocorre no dia-a-dia.

Page 66: Direito Trabalho

Princípio da

Indisponibilidade dos

Direitos trabalhistas

“Art. 444 da CLT - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao

trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades

competentes.”

Page 67: Direito Trabalho

Princípio da

Indisponibilidade dos

Direitos trabalhistas

Mesmo que acertado um novo contrato entre as

partes, o empregado não pode renunciar aos seus direitos anteriormente adquiridos, como por exemplo, o empregado que desenvolve o

trabalho de eletricista abrir mão do equipamento de segurança em troca de um

importe maior em sua remuneração.

Page 68: Direito Trabalho

FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

Page 69: Direito Trabalho

Fontes do Direito do

Trabalho

A identificação das fontes é importante para que empregador e empregado se conscientizem que

além das obrigações contratuais impostas, existem outros regramentos que têm força

coercitiva, que devem ser respeitados e cumpridos.

Page 70: Direito Trabalho

Fontes Materiais

As fontes materiais observam os fenômenos materiais políticos, econômicos, sociológicos,

jurídicos e até mesmo filosóficos. As fontes

materiais de Direito do Trabalho encontram-se num estágio anterior às fontes formais, porque

contribuem com a formação do direito material: é antecedente lógico das fontes formais.

Page 71: Direito Trabalho

Fontes Materiais

Importante destacar que apesar de fatos geradores de normas ou leis, as fontes materiais

não têm força vinculante, pois são fontes potenciais de futuras leis, normas, acordos ou

convenções coletivas. Estas causas pressionam o Estado ou a sociedade a fim de que seja

regulamentado o direito, seja regulado ou imposto um comportamento uniforme a ser

adotado pela sociedade.

Page 72: Direito Trabalho

Fontes Formais

As fontes formais têm força vinculante, bem como exteriorizam o direito, anteriormente

manifesto por meio das fontes materiais. Podemos chegar à seguinte conclusão: toda

fonte formal já foi uma fonte material, in contrario sensu, chegamos à conclusão de que

nem toda fonte material chega a ser transformada em uma fonte formal.

Page 73: Direito Trabalho

Hierarquia das Fontes

1º) Constituição (Emendas à Constituição); 2º) Lei Complementar, Ordinária, Delegada, Medida

Provisória; 3º) Decretos;

4º) Sentenças Normativas; 5º) Convenção Coletiva e Acordo Coletivo;

6º) Usos e Costumes.

Tal hierarquia não é obedecida de forma tão rígida no Direito do Trabalho, pois aplica-se o critério da norma

mais favorável ao trabalhador.

Page 74: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

A produção não é efetuada pelo destinatário direto da norma. as fontes formais heterônomas

são impostas por agente externo. São em geral, as regras de direta origem estatal,

como a Constituição, as leis, medidas provisórias, decretos e outros diplomas

produzidos no âmbito do aparelho do Estado.

Page 75: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Constituição Federal da República – A Constituição encontra-se no topo da hierarquia

das normas jurídicas, pois ela é a base e fundamento de todas as outras regras existentes

em âmbito nacional. As normas infraconstitucionais apenas serão válidas se e eficazes desde que não estejam de encontro

àquilo que apregoa a Carta Magna.

Page 76: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Leis Complementares, Delegadas, Ordinárias, Medida Provisória – Não existe hierarquia entre leis

complementares e ordinárias, só há diferença da matéria inerente a elas e o quorum de votação.

A lei pode ser feita sob forma de consolidações (CLT), códigos (CP, CPP, CC, CPC), bem como leis extravagantes. A CLT, apesar de ser uma consolidação, também legisla acerca de direitos trabalhistas, não tendo se limitado

apenas à compilar artigos.

Page 77: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Decretos do Poder Executivo (Portarias, avisos, instruções e circulares) – O decreto é expedido por

atribuição do Presidente da República (art. 84, IV da CF), tem a função específica de regulamentar outra norma

jurídica, de regulamentar as leis, não podendo exorbitar o que a lei dispõe. O Executivo também pode emitir

portarias, avisos, instruções normativas, normas regulamentares e circulares.

Page 78: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Sentença Normativa – São aquelas proferidas em dissídios coletivos do trabalho, cuja vigência máxima é

de quatro anos, conforme preceitua o artigo 868, parágrafo único da CLT. Importante destacar o que determina a súmula 277 do TST: “as condições de

trabalho alcançadas por força de sentença normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma

definitiva, os contratos”.

Page 79: Direito Trabalho

Fontes Formais

Heterônomas

Sentença Normativa – A sentença normativa é regra, abstrata, impessoal e obrigatória. Toda vez que é tentada uma negociação coletiva e as partes não

conseguem por fim àquela negociação, uma das duas partes pode instaurar o dissídio coletivo do trabalho, que, em princípio vai ter a função de, “substituir” a negociação. Como não se chegou a uma solução, se

necessita de alguém para decidir a questão, entrando nesse contexto, o tribunal trabalhista para interpretação

das normas e consequente aplicação destas.

Page 80: Direito Trabalho

Convenção Coletiva de

Trabalho

A CLT em seu artigo 611, afirma que Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo através do qual dois ou

mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no

âmbito das respectivas representações, às relações individuais de

trabalho. Trata-se de relação Sindicatos X Sindicatos. Apesar de origem privada, criam preceitos gerais, abstratos, impessoais,

e dirigidos a normatizar situações ad futurum.

Page 81: Direito Trabalho

Acordo Coletivo de Trabalho

Já em seu artigo 611, §1º, a CLT estipula que o Acordo Coletivo é o instituto através do qual é facultado aos sindicatos celebrarem com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem

condições de trabalho aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de

trabalho. Temos a relação Sindicatos X Empregador.

Page 82: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Coletivo de Trabalho – A CLT em seu artigo 614, §3º determina que não será permitido estipular

duração de Convenção ou Acordo Coletivo de

Trabalho por prazo superior a 2 anos.

Page 83: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Usos e costumes – O Uso é uma prática habitual adotada dentro de uma relação jurídica

específica e que somente produz efeitos entre essas partes, produzindo consequentemente, efeitos exclusivamente no delimitados âmbito

dessas mesmas partes. Este funciona como cláusula tacitamente ajustada na relação jurídica

entre as partes envolvidas (cláusula contratual).

Page 84: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Usos e costumes – O Costume ocorre quando um núcleo social adota e observa, constante e

espontaneamente, certo modo de agir de conteúdo jurídico. O costume é adoção reiterada de uma determinada postura jurídica, em certa

época, por um determinado grupo, firmando um modelo ou critério de conduta geral, impessoal, aplicável ad futurum a todos os empregados que

fazem parte do contexto do costume praticado.

Page 85: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes Secundum legem – A lei se refere expressamente à prática do costume, integrando o conteúdo da norma escrita. Como exemplo podemos citar o a

Lei 5.889/73, que trata do Rural, que em seu artigo 5º afirma que o intervalo intrajornada do rural será concedido de acordo com os usos e

costumes do local.

Page 86: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes Praeter legem – Ocorre quando a lei não

disciplina toda a matéria e o costume exerce

função supletiva e a regula. Como por exemplo

os 10% do garçom, que inclusive integram sua remuneração.

Page 87: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes

Contra legem – É o costume que contraria a lei. A princípio, não se admite, mas deve-se reconhecer a

força dele que atua no sentido de forçar o desuso da lei. Se o costume for mais favorável pode ser aplicado em

detrimento da lei, salvo de a lei for imperativa proibitiva. Por exemplo, se o empregado faz mais de duas horas extras, tem direito a receber a prestação

pecuniária do período.

Page 88: Direito Trabalho

Fontes Formais Autônomas

Costumes

Contra legem “Súmula 376, I do TST – A limitação legal da jornada

suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.”

“Súmula 376, II do TST – O valor das horas extras

habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista

no "caput" do art. 59 da CLT.”

Page 89: Direito Trabalho

FIGURAS CONTROVERTIDAS

Page 90: Direito Trabalho

Jurisprudência

A jurisprudência é simplesmente a cristalização de entendimentos dos tribunais superiores. Ela se forma

através da repetição de interpretações semelhantes nos órgãos julgadores. Importante destacar, que não

possuem força vinculante, ou seja, não são de aplicação obrigatória. Apesar de em regra, não ser normatizada,

podemos citar algumas exceções. A CLT adotou jurisprudência para normatizar o tema horas in itinere,

quando acresceu ao artigo 58 da CLT o §2º, esclarecendo o referido tema utilizando para tal

sequentes jurisprudências.

Page 91: Direito Trabalho

Súmulas, Orientações

Jurisprudenciais e

Precedentes Normativos

Esses institutos refletem o entendimento da Justiça do Trabalho quanto às condições de trabalho relativas aos dissídios coletivos. Estes diferem das súmulas, vez que

orientam a criação de sentenças normativas, materializando-se em fontes formais. Apesar das críticas

a esses precedentes, que tendem a desaparecer para viabilizar a real negociação coletiva, estes ainda

continuam sendo aplicados no Direito do Trabalho.

Page 92: Direito Trabalho

Doutrina

As doutrinas servem como fontes materiais eis que atuam como subsídios aos intérpretes e ao

legislador na compreensão do sistema jurídico.

Page 93: Direito Trabalho

Regulamentos de empresas

Esta não se enquadra como fonte formal de direito eis que resta limitado ao âmbito de

vontade do empregador, pois resulta de seu ato unilateral de vontade. Apesar de gerais,

abstratos e impessoais, o regulamento da empresa integra aos contratos de trabalho como

cláusulas.

Page 94: Direito Trabalho

Analogia (Equidade)

A analogia é um método de integração das normas jurídicas. O juiz não pode se eximir de sentenciar

alegando lacuna ou obscuridade da lei, tendo em vista o previsto no artigo 126 do Código de Processo Civil. A

analogia é feita pela busca a outras fontes normativas subsidiárias, para aplicação a um caso concreto, quando

é necessário para o preenchimento de lacunas normativas verificadas no sistema jurídico. Apesar de

prevista legalmente, a analogias não constituem fontes de direito.

Page 95: Direito Trabalho

Contratos de Trabalho

As leis, ou ordenamentos jurídicos têm por características serem impessoais, abstratas e genéricas. os contratos de trabalho não são

fontes materiais ou formais; não informam a criação de normas e nem têm caráter geral,

impessoal e abstrato.

Page 96: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 97: Direito Trabalho

Exercícios

1. Com relação às fontes de Direito do Trabalho, é certo que (Analista Administrativo – Mato Grosso do Sul – 2006)

(A) o direito comum não será fonte subsidiária do direito do trabalho, em razão da incompatibilidade com os princípios fundamentais deste.

(B) os usos e costumes são uma importante fonte do Direito do trabalho sendo que, muitas vezes, da sua reiterada aplicação pela sociedade, é que se origina

a norma legal. (C) é defeso, como regra, as autoridades administrativas e a Justiça do

Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirem, conforme o caso, por equidade.

(D) é defeso, como regra, as autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirem, conforme o

caso, por analogia. (E) o interesse de classe ou particular deve prevalecer sobre o interesse

público, em razão da natureza humanitária inerente da relação própria de emprego.

Page 98: Direito Trabalho

Exercícios

2. Acerca dos princípios que informam o Direito do Trabalho, pode-se afirmar que: (Técnico Judiciário – Ceará - 11.10.2009).

(A) A irredutibilidade do salário é um princípio absoluto. (B) É lícita a redução dos salários dos empregados da empresa, desde que

disposta em Convenção ou Acordo Coletivo. (C) O empregador pode, livremente, em qualquer hipótese, reduzir o salário

do empregado. (D) O empregador pode reduzir o salário do empregado, se este firmar por

escrito sua concordância. (E) O empregador pode reduzir o salário de seus empregados, desde que 75% deles concordem com tal redução, independentemente de negociação com a

entidade sindical da categoria.

Page 99: Direito Trabalho

Exercícios

3. Em relação ao Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas, seria equivocado dizer sobre ele que: (Analista Ministerial Processual / Jurídico –

MPE/PE - 2006). (A) Consiste na impossibilidade jurídica de o empregado privar-se

voluntariamente das vantagens conferidas pelo Direito do Trabalho. (B) Constitui uma limitação à autonomia da vontade contratual que previne

vícios do consentimento e renúncia de vantagens por pressão do poder econômico do empregador.

(C) Admite poucas formas de transação de direitos, desde que em consonância com preceito constitucional e negociada coletivamente com a

participação dos sindicatos. (D) Admite a possibilidade de transação de direitos, mesmo com prejuízo para

o empregado, desde que considere o ajuste como uma cláusula liberatória ampla.

(E) Revela o caráter imperativo das normas trabalhistas, bem como a sua essência social.

Page 100: Direito Trabalho

Exercícios

4. O acordo coletivo de trabalho é feito entre o [a]: (Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2002).

(A) sindicato da categoria econômica e o sindicato da categoria profissional.

(B) sindicato da categoria econômica e os empregados de uma empresa.

(C) empresa e o sindicato da categoria profissional. (D) empresa e os seus empregados.

(E) empresa e um grupo de seus empregados.

Page 101: Direito Trabalho

Exercícios

5. Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta: (Analista Processual – MPU - 2004)

I. A Constituição Federal é fonte formal do Direito do Trabalho;

II. A Convenção Coletiva do Trabalho é fonte formal do Direito do Trabalho;

III. O fato social é fonte formal do Direito do Trabalho; IV. A pressão dos trabalhadores sobre o empregador é fonte

formal do Direito do Trabalho.

(A) apenas III e IV estão incorretas; (B) I e IV estão corretas;

(C) I, II e III estão corretas; (D) apenas I e III estão corretas.

Page 102: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B

2 – B 3 – D 4 – C 5 – A

Page 103: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 104: Direito Trabalho

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO

Page 105: Direito Trabalho

Empregador

O EMPREGADOR é aquele que é o responsável pela contratação do empregado, é a parte mais

forte da relação de emprego.

Page 106: Direito Trabalho

Empregador

“Artigo 2º da CLT – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os

riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.”

§1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais

liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,

que admitirem trabalhadores como empregados.”

Page 107: Direito Trabalho

Empregador

O empregador pode ser tanto pessoa física, quanto pessoa jurídica, sendo requisito essencial para caracterização do empregador a atividade

econômica produtiva.

Page 108: Direito Trabalho

Grupo Econômico

“Artigo 2º da CLT – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os

riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.”

§2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica

própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica,

serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada

uma das subordinadas.”

Page 109: Direito Trabalho

Grupo Econômico

“Súmula 129 do TST – A prestação de serviços a

mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de

trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em

contrário”.

Page 110: Direito Trabalho

Solidariedade Ativa

A solidariedade ativa é aquela na qual não se distingue o devedor do responsável pela mesma dívida. Todos os componentes são devedores e responsáveis pela dívida.

Todos são empregadores e corresponsáveis por qualquer contrato de trabalho firmado entre as

empresas do grupo.

Page 111: Direito Trabalho

Solidariedade Passiva

As empresas pertencentes ao grupo do empregador são corresponsáveis pelas

obrigações trabalhistas daquele empregado, como se cada uma vista isoladamente fosse

devedor único, já que nenhuma delas pode, em seu proveito, alegar divisão da dívida ou

preferência de ordem em relação à outra.

Page 112: Direito Trabalho

Sucessão

Este é um fenômeno trabalhista que só ocorre

com as empresas urbanas ou rurais. Para sermos bem objetivos quanto à presente definição,

iremos utilizarmos como parâmetro um compilado de informações trazidos pela

doutrina, sintetizando a idéia da Sucessão no Direito do Trabalho, através da combinação dos

artigos 10 e 448 da CLT.

Page 113: Direito Trabalho

Sucessão

“A sucessão de empresários é a transferência da titularidade da empresa, de forma provisória ou definitiva, a título público ou

privado, graciosa ou onerosamente, e desde que o sucessor continue explorando a mesma atividade econômica que

explorava o sucedido, pouco importando a continuidade da prestação dos serviços pelo empregado, uma vez que o novo

titular responde tanto pelas obrigações trabalhistas dos contratos em curso como daqueles que se extinguiram antes da

transferência da titularidade da empresa, pois o contrato de trabalho, em relação ao empregador, não é intuito personae. O

sucedido não responde pelas dívidas trabalhistas após a sucessão, uma vez que a doutrina o desonera de tal

responsabilidade”.

Page 114: Direito Trabalho

Empregado

“Art. 3º da CLT – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza

não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.

Page 115: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

S – Subordinação; O – Onerosidade; P – Pessoalidade; P – Pessoa Física;

H – Habitualidade;

A – Alteridade ou Alheiabilidade.

Page 116: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego Subordinação – A subordinação existente pode ser:

econômica, técnica, hierárquica e jurídica. O empregado pode resistir ao comando do empregador, ius

resistentiae, quando o que o empregador lhe pede é defeso por lei, conforme preceitua o artigo 483, a da CLT. Isto é considerado causa de rescisão indireta do

contrato, pois o empregador está pedindo algo além do que poderia ao empregado, extrapolando o seu poder

hierárquico.

Page 117: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Subordinação Direta – Ocorre quando a ordem ou comando é feita

diretamente pelo patrão, pelos sócios ou diretores da empresa, sem intermediários.

Subordinação Indireta – ocorre quando entre empregado e o patrão existem intermediários, que repassam as ordens emanadas do comando.

Subordinação Objetiva – ocorre quando o comando do empregador recai sobre os serviços executados pelo trabalhador. Essa espécie de subordinação é

a adotada pelo legislador trabalhista, pois o enfoque da subordinação é objetivo, ou seja, atua no modo como o serviço deve ser executado e não

sobre a pessoa do trabalhador.

Subordinação Subjetiva – existia no trabalho escravo, na servidão, quando a

pessoa do trabalhador estava sujeita ao senhor feudal.

Page 118: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Parassubordinação – É a subordinação dos não empregados que têm

características de empregado, normalmente apresentada de forma leve, tênue. Como exemplos dessa espécie de subordinação temos alguns tipos de trabalhos artísticos, como diretor de fotografia, dubladores, apresentadores,

produtores e atores principais. Esses tipos, apesar de detentores de certa autonomia, preservando sua individualidade, permanecem à disposição do

tomador.

Subordinação Estrutural ou Integrativa – Sempre que o empregado executar

serviços essenciais à atividade-fim da empresa, ele terá uma subordinação estrutural ou integrativa, integrando o processo produtivo e a dinâmica

estrutural de funcionamento da empresa ou do tomador de serviços.

Page 119: Direito Trabalho

Terceirização

“Súmula N° 331 do TST

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário

(Lei n° 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera

vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei n° 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a

pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a

responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações

públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art.

71 da Lei n° 8.666, de 21.06.1993).”

Page 120: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Onerosidade – Conforme vislumbra o artigo 3º da CLT, um dos

requisitos para configuração da relação de emprego é a “existência” do salário em favor do empregado. Importante destacar quanto à onerosidade, que o salário do empregado

pode ser pago tanto em dinheiro (pecúnia), quanto em utilidades. Porém, o empregado não poderá receber o

pagamento apenas em utilidades, devendo receber no mínimo 30% de seu salário em pecúnia, conforme previsto no parágrafo

único do artigo 82 da CLT.

Page 121: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Pessoalidade – O contrato de emprego firmado entre as partes é

PERSONALÍSSIMO, pois no momento da contratação, o empregador escolhe o empregado devido aos seus atributos,

qualidades para exercício de determinada função, não podendo ser este substituído na prestação do serviço salvo quando autorizado expressamente pelo empregador. O contrato é

firmado com certa e determinada pessoa.

Page 122: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Pessoa Física – O pacto laboral existente entre empregador e

empregado, devendo ser este último PESSOA FÍSICA. Ainda sim, no que tange à condição de pessoa física, é

importante destacarmos o fenômeno da PEJOTIZAÇÃO. Mas o que seria isso? Bem meu aluno, como pode-se deduzir pelo

nome desse instituto, a PEJOTIZAÇÃO é a utilização da figura da contratação de pessoa jurídica para embaçar a legislação

trabalhista, visando evitar o pagamento aos trabalhadores das verbas a que eles têm direito como empregados celetistas.

Page 123: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Habitualidade – O artigo 3º da CLT fala em prestação de serviços

de forma não eventual, o que podemos definir para melhor elucidação do nosso estudo como sendo esta prestação de forma

habitual. A habitualidade não deve ser confundida com exclusividade! No contrato de trabalho previsto pela CLT, não há restrição quanto

ao número de empregadores para os quais o empregado poderá trabalhar. Porém, a exclusividade pode vir a ser objeto de

cláusula no contrato de trabalho.

Page 124: Direito Trabalho

Requisitos da Relação de

Emprego

Alteridade – O empregador corre o risco do negócio, ou seja, cabe a ele arcar com eventual prejuízo que venha a ocorrer. O

vinculo empregatício se dá diretamente com o tomador de serviços. Por exemplo: através do trabalho comissionado, o

empregado ganha uma remuneração variável, porém, o empregador tem que garantir pelo menos o salário mínimo nos

meses em que não conseguir este valor com as comissões (o empregado não corre o risco do negócio).

Page 125: Direito Trabalho

RELAÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO

Page 126: Direito Trabalho

Trabalhador Eventual

Segundo Mauricio Godinho Delgado, a eventualidade pode ser caracterizada através de cinco itens (que segundo Vólia Bonfim Cassar são teorias), quais são: a) descontinuidade da prestação

de trabalho; b) não fixação jurídica a uma única fonte de trabalho, com pluralidade variável de tomadores de serviços; c)

curta duração do trabalho prestado; d) natureza do trabalho concernente a evento certo, determinado e episódico quanto à

regular dinâmica do empreendimento do tomador de serviços; e) a natureza do trabalho não seria também correspondente ao

padrão dos fins normais do empreendimento.

Page 127: Direito Trabalho

Trabalhador Autônomo

É aquele que não se fixa a uma fonte de trabalho, que explora seu ofício ou profissão com habitualidade, por conta e risco

próprio. A atividade é exercida com repetição. A lei previdenciária (Lei nº. 8212/91) define no artigo 12, inciso V, h, que o

trabalhador autônomo é “pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins

lucrativos ou não”.

Page 128: Direito Trabalho

Trabalhador Avulso

O artigo 9º, VI do Decreto 3.048/99 diz que avulso é: “aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural,

a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do OGMO, nos termos da Lei 8.630/93

(Lei dos Portos), ou do sindicato da categoria (...)”.

É aquele que é necessariamente intermediado pelo sindicato ou pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra. Para exercício do trabalho

avulso o trabalhador tem de estar devidamente habilitado e registrado como tal, visando prestar serviços a tomadores

diversos, sem pessoalidade, em sistema de rodízio.

Page 129: Direito Trabalho

Trabalhador Temporário

O trabalhador temporário é aquele que é contratado por uma empresa prestadora de mão de obra para executar seus serviços para um tomador, sem que isto importe em vínculo de emprego

com a empresa cliente, pois o trabalhador é empregado da empresa temporária (que pode ser pessoa física ou jurídica). Essa espécie de trabalhador é regido pela Lei 6.019/74 e pelo Decreto

nº. 73.841/74. Ainda sim, utilizado em duas hipóteses: a fim de substituir

alguém do quadro regular e permanente, de atividade fim ou de meio, como por exemplo, quando um empregado entra de férias, ou licença maternidade. A segunda possibilidade ocorre quando há acréscimo extraordinário de serviço, como por exemplo, na

época de Natal, Ano Novo e outras festividades.

Page 130: Direito Trabalho

Estagiário

O estagiário tem sua lei própria, sendo regulado sua condição pela Lei 11.788/08. Segundo Vólia Bonfim Cassar considera-se estagiário “o estudante que, sem vínculo de emprego, presta

serviços a uma pessoa jurídica, que lhe oferece um procedimento didático-profissional, que envolve atividades sociais, profissionais e culturais, através da participação em situações reais da vida e de trabalho, sob a coordenação da instituição de ensino, estágio

curricular”. A duração máxima do estágio na mesma empresa não pode

exceder 2 anos, exceto quando o estagiário for deficiente físico.

Page 131: Direito Trabalho

Trabalhador Rural

“Artigo 7º da CLT - Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for em cada caso, expressamente

determinado em contrário, não se aplicam: (...) b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que,

exercendo funções diretamente à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades que, pelos métodos de

execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais.”

Page 132: Direito Trabalho

Trabalhador Rural

Segundo a Lei 5.889/73, quem trabalha com o produto da agricultura ou da pecuária até a 1ª transformação é considerado trabalhador rural. A partir da 2ª transformação, o produto passa a ser industrializado, logo, o trabalhador urbano. Ex: quem tira o

leite e aquele que transforma o leite em queijo (1ª transformação) são trabalhadores rurais, já aquele que

transforma o queijo em torta (2ª transformação) é trabalhador urbano.

Ainda sim, utiliza-se, para fins de prova objetiva, o conceito da Lei Complementar 11/71 que conceituou o empregado rural como

aquele que presta serviços rurais. Logo, onde há atividade econômica rural, há empregador rural, e quem para este trabalhe

nessa atividade, como empregado, é trabalhador rural.

Page 133: Direito Trabalho

Trabalhador Rural

“Artigo 2° da Lei 5.889/73 - Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta

serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário”.

“Artigo 3° - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio

de empregados”.

Page 134: Direito Trabalho

Empregado Doméstico

Segundo Mauricio Godinho Delgado “é uma modalidade especial da figura jurídica de empregado (...) É a pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade, e subordinadamente, serviços de

natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, em função do âmbito residencial destas”.

Seu tipo legal compõe-se dos mesmos requisitos fático-jurídicos característicos de qualquer empregado. Importante destacarmos que para fins de estudo acerca dos empregados domésticos A CLT

NÃO SE APLICA A ESTA ESPÉCIE DE EMPREGADO!

Page 135: Direito Trabalho

Empregado Doméstico

“Artigo 7º da CLT - Os preceitos constantes da presente

Consolidação salvo quando for em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam:

a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-econômica à

pessoa ou à família, no âmbito residencial destas;” Para fim de estudos acerca do presente instituto, devemos

utilizar como fundamento a Lei 5.859/72, e o Decreto 71.885/73.

Page 136: Direito Trabalho

Empregado Doméstico

Artigo 1º da Lei 5.859/72 - “Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de

natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, aplica-se o

disposto nesta Lei”.

Page 137: Direito Trabalho

Empregado Doméstico

”Artigo 7º da CRFB - “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria

de sua condição social:”

“Parágrafo único – São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos

incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.”

Page 138: Direito Trabalho

Empregado Doméstico

SA-I-DE-RE-FE-LI-LI-AVI-APO

IV – SA = Salário mínimo; VI – I = Irredutibilidade do salário;

VIII – DE = Décimo terceiro; XV – RE = Repouso semanal remunerado;

XVII – FE = Férias anuais; XVIII– LI = Licença maternidade; XIX – LI = Licença paternidade;

XXI – AVI = Aviso Prévio; XXIV– APO = Aposentadoria.

Page 139: Direito Trabalho

Empregado Doméstico

Não podemos enquadrar os diaristas na categoria dos trabalhadores domésticos! Os diaristas são

trabalhadores os quais não desenvolvem seu trabalho de maneira contínua e habitual. A doutrina e a

jurisprudência majoritárias adotaram o princípio de que o trabalho prestado num só dia da semana para

tomador doméstico, como, por exemplo, a faxineira, não gera vínculo de emprego, por não contínuo o

serviço prestado. Para três ou mais dias de trabalho na semana a jurisprudência consagrou como contínuo,

logo, acarreta o vínculo.

Page 140: Direito Trabalho

TABELA COMPARATIVA

Page 141: Direito Trabalho

TABELA COMPARATIVA

Você meu aluno, que deseja receber a tabela

comparativa com as diferenças entre o trabalhador urbano, rural e doméstico, acesse o

meu blog: jonatasrodriguess.blogspot.com . Através do blog, envie seu pedido através do e-

mail que estará disponível no site.

Page 142: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 143: Direito Trabalho

Exercícios

1. Aos empregados domésticos são devidos, obrigatoriamente, os seguintes direitos: (Técnico Judiciário – Ceará - 2009).

(A) salário mínimo, irredutibilidade de salário, licença gestante e aviso prévio.

(B) salário mínimo, irredutibilidade de salário, 13º salário e FGTS. (C) salário família, aviso prévio, horas extras e licença gestante.

(D) seguro contra acidente de trabalho, horas extras, FGTS e 13o salário.

(E) aposentadoria, repouso semanal remunerado, jornada de trabalho de 8 h/dia ou 44 h/semanais e salário família.

Page 144: Direito Trabalho

Exercícios

2. Ciro trabalha como taxista para uma empresa que explora o serviço de táxi de um município, sendo o automóvel utilizado em

serviço por Ciro de propriedade da mencionada empresa. Em face da situação hipotética apresentada, de acordo com a

legislação trabalhista, Ciro é considerado: (OAB – Nacional - 2008).

(A) empresário.

(B) trabalhador avulso. (C) trabalhador autônomo.

(D) empregado.

Page 145: Direito Trabalho

Exercícios

3. Joana é viúva e cria cinco filhos. Em sua residência possui quatro empregados: Cida, Maria, Débora e Osvaldo. Cida é a cozinheira; Débora é a

auxiliar do lar com as funções de lavar louças, lavar e passar roupas, bem como arrumar toda a casa; Maria é a baba de seus filhos e Osvaldo foi

contratado como motorista da família com a função principal de levar e buscar seus cinco filhos na escola. Considerando que a comida feita por Cida possui grande qualidade, Joana faz da sua residência um restaurante no horário do almoço. Nesse caso, NÃO é(são) considerado(s) empregado(s) domésticos

(Técnico Judiciário – Maranhão – 2009).

(A) Cida, Débora e Maria, apenas. (B) Osvaldo, apenas.

(C) Cida e Débora, apenas. (D) Cida, Débora, Osvaldo e Maria.

(E) Cida, apenas.

Page 146: Direito Trabalho

Exercícios

4. Assinale a opção correta no que se refere ao trabalhador avulso: (OAB –

São Paulo – 2009).

(A) Será enquadrado como trabalhador avulso aquele que prestar serviço sem vínculo de emprego, a diversas pessoas, em atividade de natureza urbana ou

rural com a intermediação obrigatória do gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria, como, por exemplo, o amarrador de embarcação.

(B) Exige-se a intermediação do sindicato na colocação do trabalhador avulso na prestação do serviço, razão pela qual deve esse trabalhador ser

sindicalizado. (C) O trabalhador avulso não é amparado pelos direitos previstos na legislação

trabalhista, só tendo direito ao preço acordado no contrato e à multa pelo inadimplemento do pacto, quando for o caso.

(D) O trabalho avulso caracteriza-se pela pessoalidade na prestação do serviço, pois a relação é intuitu personae. .

Page 147: Direito Trabalho

Exercícios

5. Após a edição da Constituição de Federal de 1988, a contratação irregular

de trabalhador, por meio de empresa interposta: (Técnico Judiciário – Goiás – 2008).

(A) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública indireta ou fundacional.

(B) gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional.

(C) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública direta.

(D) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública indireta.

(E) não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional.

Page 148: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – A

2 – D 3 – C 4 – A 5 – E

Page 149: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 150: Direito Trabalho

CONTRATO DE TRABALHO

Page 151: Direito Trabalho

Teorias do Contrato de

Trabalho

Contratualismo: Considera a relação entre empregado e empregador é um contrato; o seu fundamento reside

numa tese: a vontade das partes é a causa insubstituível e única que pode constituir o vínculo jurídico.

Anticontratualismo: Sustenta que a empresa é uma instituição, na qual há uma situação estatutária e não contratual; o estatuto prevê as condições de trabalho, que são prestadas sob a autoridade do empregador,

que é detentor do poder disciplinar.

Page 152: Direito Trabalho

Teorias do Contrato de

Trabalho

“Artigo 442 da CLT – Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação

de emprego.”

A Legislação vigente no país define a relação entre empregado e empregador como um contrato, mas

afirma que o contrato corresponde a uma relação de emprego.

Page 153: Direito Trabalho

Princípios

Princípio da inalterabilidade contratual lesiva - A implementação do princípio da inalterabilidade

contratual lesiva é essencial para a manutenção do equilíbrio do pacto laborativo e efetivação jurídica da proteção especial ao trabalhador, afinal, as normas de

direito trabalhista não são apenas para regular a relação de trabalho, mas também para cumprir o papel de

proteção da parte hipossuficiente da relação laboral, qual seja, o trabalhador.

Page 154: Direito Trabalho

Princípio da Inalterabilidade

Contratual Lesiva

“Artigo 468 da CLT – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas

condições, por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da

cláusula infringente desta garantia.”

“Parágrafo único – Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o

respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função

de confiança.”

Page 155: Direito Trabalho

Princípio da Inalterabilidade

Contratual Lesiva

“Súmula n° 372 do TST – Gratificação de função –

supressão ou redução – limites. I – Percebida a gratificação de função por 10 ou mais

anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá

retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.

II – Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor

da gratificação.”

Page 156: Direito Trabalho

Princípio da Intransferibilidade Em regra, o empregado não pode ser transferido para uma localidade diversa daquela que ele foi contratado (mudar de Município e de domicílio), por ato unilateral

do empregador. Mas existem exceções a esta regra, como por exemplo, quando o empregado solicita a transferência; quando

este for exercer função de confiança; houver cláusula de transferibilidade implícita ou explícita no contrato decorrer de uma real necessidade do serviço; ou

quando ocorrer a extinção do estabelecimento (não precisa ser extinção de toda a empresa, pode ser

apenas de um setor).

Page 157: Direito Trabalho

Princípio da Intransferibilidade

“Artigo 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se

considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.

§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade

de serviço. § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em

que trabalhar o empregado. § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o

empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um

pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa

situação.”

Page 158: Direito Trabalho

Princípio da Intransferibilidade

“Súmula nº. 43 do TST – Presume-se abusiva a

transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço.”

“Precedente Normativo nº. 77 – Assegura-se ao

empregado transferido, na forma do art. 469 da CLT, a garantia de emprego por 1 (um) ano após a data da

transferência.”

Page 159: Direito Trabalho

Fases Preliminares do

Contrato

Antes de adentrar no tema Contrato Individual de Trabalho, é importante ter em vista que o contrato de

trabalho só passa a vigorar depois de firmado entendimento entre as partes, após os ajustes em fases preparatórias de conversações, entendimentos, debates e discussões. Estas etapas são as fases preliminares, as

quais são: negociações preliminares, oferta e aceitação.

Page 160: Direito Trabalho

Negociações Preliminares

É a fase das idéias. São os momentos nos quais os interesses são apresentados entre as partes. Nesse

momento não há qualquer vinculação jurídica entre as partes, não há direitos nem obrigações, pois nestes

momentos o terreno está sendo estudado, por ambas as partes. Os momentos das negociações preliminares não obrigam ao contrato, porém, é neste ato em que

são colocadas em pauta condições ou cláusulas relativas ao contrato que posteriormente poderá ser pactuado

entre as partes.

Page 161: Direito Trabalho

Oferta

Segundo Vólia Bonfim Cassar:

“É a declaração unilateral receptícia da vontade, dirigida por um interessado ao outro, com quem pretende celebrar o negócio jurídico, por força

da qual o ofertante manifesta sua intenção de se considerar vinculado, se a outra parte aceitar”.

Page 162: Direito Trabalho

Aceitação

A partir do momento em que a proposta de

emprego é aceita pelo empregado, a empresa é obrigada a cumprir com o que havia oferecido, na forma e nas condições oferecidas. Uma vez

aceita a proposta, esta obriga as partes ao cumprimento do contrato.

Page 163: Direito Trabalho

Contrato Individual de Trabalho

“Artigo 442 da CLT – Contrato individual de trabalho é o acordo

tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”.

“O contrato de trabalho é o acordo expresso (escrito ou verbal) ou tácito firmado entre uma pessoa física (empregado) e outra pessoa física, jurídica ou entidade (empregador), por meio do qual o primeiro se compromete a executar, pessoalmente, em

favor de segundo um serviço de natureza não-eventual, mediante salário e subordinação jurídica. Sua nota típica é a subordinação

jurídica. É ela que irá distinguir o contrato de trabalho dos contratos que lhe são afins e, evidentemente, o trabalho

subordinado do trabalho autônomo”.

Page 164: Direito Trabalho

Contrato de Equipe

Contrato de equipe ou plúrimo é aquele firmado com

um grupo de empregados, que se reúnem espontaneamente para realização de um serviço

comum e afim, sendo que o trabalho só se efetiva mediante os esforços de todos os membros da equipe,

pois na verdade, caracteriza-se por um feixe de contratos individuais. O grupo não possui personalidade jurídica e existe, menos em função do contrato do que

da obtenção do resultado pretendido, que exige um esforço comum de vários empregados: cada um deles, assim, realiza sua prestação, por força de um contrato

autônomo.

Page 165: Direito Trabalho

Características do

Contrato de Trabalho

Este ato bilateral (acordo de vontades) é

consensual; intuitu personae; sinalagmático e comutativo; contínuo; oneroso.

Page 166: Direito Trabalho

Consensual

“Artigo 444 da CLT – As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao

trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades

competentes.”

Page 167: Direito Trabalho

Intuitu Personae

A relação é de caráter personalíssimo, ou seja, o contrato é firmado de forma pessoal, junto à

pessoa física.

Sinalagmático e Comutativo

Cada um sabe previamente seu direito em relação ao outro, bem como suas obrigações,

que são recíprocas e equivalentes.

Page 168: Direito Trabalho

Contínuo

Segundo Vólia Bonfim Cassar, “o contrato não se

exaure com a prática de um único ato, pois é de débito permanente”.

Oneroso

O contrato de trabalho é um contrato bilateral. Enquanto o empregado presta serviços a seu

empregador, este arca com os custos para a percepção desses serviços, havendo portanto, contraprestação

pelo serviço prestado por parte do empregado.

Page 169: Direito Trabalho

Requisitos Intrínsecos do

Contrato de Trabalho

Os requisitos intrínsecos estão previstos no artigo 138 e

seguintes do Código Civil. São estes: o consentimento (pertinente ao desejo do próprio empregado e

empregador); ausência dos chamados vícios sociais (erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão e fraude –

causam nulidade relativa do ato; e simulação – nulidade absoluta do ato); e a causa (exercício de uma atividade

em troca de uma contraprestação).

Page 170: Direito Trabalho

Requisitos Extrínsecos do

Contrato de Trabalho

Capacidade das partes – Aptidão para exercer a

capacidade de empregador conforme preceitua a legislação trabalhista e o direito civil, bem como

trabalhador maior de 16 anos (ou trabalhador maior de 14 anos até 16 anos na condição de aprendiz). A

capacidade é a aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações.

Page 171: Direito Trabalho

Requisitos Extrínsecos do

Contrato de Trabalho

Licitude do Objeto – O objeto do contrato de trabalho tem de ser lícito, possível, determinado ou determinável.

OJ-SDI1-199 JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO.

NULIDADE. OBJETO ILÍCITO “É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do

jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico.”

Page 172: Direito Trabalho

Requisitos Extrínsecos do

Contrato de Trabalho

Forma prescrita ou não defesa em lei – Os contratos devem respeitar o que prescreve a lei, atendendo ao que determina a

legislação vigente. Todo contrato firmado que contrarie o ordenamento atual, ou que faça algo que esta proíbe não possui

qualquer validade.

Três situações em que a lei veda a formação de vínculo: Artigo 37, II, da CRFB – Prévia aprovação em concurso público para ser

empregado público; Artigo 7º, XXXIII da CRFB – Proibição de trabalho ao menor de 16

anos, salvo na condição de aprendiz, limitado a 14 anos; Lei nº. 6.815/80 – Proibição de Trabalho de estrangeiro sem visto

de trabalho.

Page 173: Direito Trabalho

Requisitos Extrínsecos do

Contrato de Trabalho

“Súmula nº 386 do TST - Policial Militar - Reconhecimento de Vínculo Empregatício com Empresa

Privada. “Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o

reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do

eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.”

Page 174: Direito Trabalho

Requisitos Extrínsecos do

Contrato de Trabalho

Inexistência de nulidades do Contrato – Alice Monteiro de Barros afirma que:

“A nulidade absoluta é considerada ainda como nulidade total e a anulabilidade é conhecida como

nulidade parcial. O ato nulo não produz efeito algum e invalida o ato desde a sua constituição, por isso é

insuscetível de retificação. O ato anulável, uma vez ratificado pelas partes, produz todos os seus efeitos.”

Page 175: Direito Trabalho

Requisitos Extrínsecos do Contrato

de Trabalho

“Artigo 166 do Código Civil – É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua

validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.”

“Artigo 171 CC - Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o

negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente;

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.”

Page 176: Direito Trabalho

Classificações dos

Contratos de Trabalho

“Artigo 443 da CLT – O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou

expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.”

Page 177: Direito Trabalho

Duração do Contrato de

Trabalho e suas espécies

Contrato por prazo indeterminado – Até como corolário do princípio da continuidade, o contrato por prazo indeterminado representa a regra, em que

a determinação do prazo constituiria a exceção.

Assim também se procederá quando desrespeitado qualquer preceito legal na duração ou na execução do contrato por prazo determinado, tais como:

a) Celebração de outro contrato por prazo determinado, antes de seis meses do término de um outro anterior, salvo se a expiração deste dependeu da

execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos, conforme previsto no artigo 452 da CLT;

b) Mais de uma prorrogação por igual de qualquer contrato por prazo determinado, segundo preceitua o artigo 451 da CLT;

c) Estipulação ou cumprimento de um contrato por prazo superior a dois anos ou noventa dias, no caso de contrato de experiência, conforme regra do artigo

445 da CLT.

Page 178: Direito Trabalho

Duração do Contrato de

Trabalho e suas espécies

Contrato por prazo determinado – O contrato por prazo determinado é a exceção à regra da indeterminação dos

prazos dos contratos de trabalho. Essa espécie de contrato é formal, e exige forma escrita. Nos contratos a

termo não se adquire estabilidade: mesmo que, por exemplo, uma mulher fique grávida durante o prazo do

contrato, esta não adquire estabilidade.

Page 179: Direito Trabalho

Contrato por Prazo Determinado

“Artigo 443, §1º da CLT – Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou

ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.”

“Artigo 443, §2º da CLT – O contrato por prazo determinado só

será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a

predeterminação do prazo (estipulação máxima de 2 anos); b) de atividades empresariais de caráter transitório (estipulação

máxima de dois anos); c) de contrato de experiência (duração máxima de noventa dias).

Page 180: Direito Trabalho

Contrato por Prazo Determinado

“Artigo 445 da CLT – O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de dois

anos, observada a regra do art. 451. Artigo 451 da CLT - O contrato de trabalho por prazo

determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem

determinação de prazo. Artigo 452 da CLT - Considera-se por prazo

indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de

serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.”

Page 181: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de experiência – Tem o prazo máximo de 90 dias. Sua finalidade é a de verificar se o empregado tem

aptidão para exercer a função para a qual foi contratado. Da mesma forma, o empregado, na vigência

do referido contrato, verificará se há a adaptação à estrutura hierárquica dos empregadores, bem como às

condições de trabalho a que está subordinado. “Artigo 445 da CLT, Parágrafo único - O contrato de

experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.”

Page 182: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

“Súmula 188 do TST – O contrato de experiência pode

ser prorrogado, respeitado o limite máximo de 90 (noventa) dias.”

“Súmula 244 do TST

III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão

mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa.”

Page 183: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de trabalho temporário - O trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, e está regulamentado pela Lei nº. 6.019, de 03 de janeiro de 1974 e

pelo Decreto 73.841, de 13 de março de 1974. “Artigo 10 da Lei 6.019/74 - O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com

relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério

do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra.”

Page 184: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de Safra – É o contrato empregatício rural a prazo certo, pois o termo final será fixado em função

das variações das safras da atividade agrária. Entende-se como contrato de safra, aquele em que as tarefas

normalmente executadas, são no período compreendido entre o preparo do solo para o cultivo e a colheita. Seu prazo máximo é de 2 anos, e não pode

ser prorrogado após o término da safra, podendo, entretanto, ser sucedido por outro contrato de

trabalho.

Page 185: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato por obra certa – O contrato de trabalho por obra certa é realizado quando o empregado é admitido para trabalhar enquanto determinada obra ou serviços durarem. O trabalhador deverá estar vinculado a uma obra específica e, em seu contrato de trabalho, deverá estar discriminada a obra em que esse trabalhador irá

trabalhar sob pena desse contrato ser considerado contrato por prazo indeterminado. Sua previsão legal está na Lei 2.952/56. Assim como a regra geral, sua

duração máxima é de dois anos.

Page 186: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de estímulo a novos empregos – Este contrato é diferenciado dos demais, só pode ser implantado com a anuência do Sindicato dos Empregados, devendo ser firmado através de convenção ou acordo coletivo de

trabalho e tem de haver acréscimo no número de empregados. Essa espécie de contrato de trabalho por

prazo determinado, que está prevista na Lei nº. 9.601/98 c/c Decreto nº. 2.490/98, incentiva a criação

de novos empregos, trazendo ainda redução nos encargos sociais e, consequentemente, nos seus custos.

Page 187: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de estímulo a novos empregos – Nas hipóteses da Lei 9601/98, havendo acordo coletivo ou

convenção coletiva autorizando, é possível a contratação por prazo determinado em qualquer

hipótese. A esta espécie não se aplicam: o artigo 451 da CLT, pois a prorrogação é livre; o artigo 452 da CLT, pois a sucessão é livre; e os artigos 479 e 480 CLT, tendo em

vista que a terminação é livre. Ainda sim, diferentemente das outras espécies, as estabilidades

provisórias são garantidas durante a vigência do Contrato.

Page 188: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de estímulo a novos empregos “Artigo 3º

da Lei 9.601/98 – O número de empregados contratados nos termos do art. 1º desta Lei observará o limite estabelecido no instrumento decorrente da negociação coletiva, não podendo

ultrapassar os seguintes percentuais, que serão aplicados cumulativamente:

I - cinqüenta por cento do número de trabalhadores, para a parcela inferior a cinqüenta empregados;

II - trinta e cinco por cento do número de trabalhadores, para a parcela entre cinqüenta e cento e noventa e nove empregados;

e III - vinte por cento do número de trabalhadores, para a

parcela acima de duzentos empregados.”

Page 189: Direito Trabalho

Espécies de Contrato por Prazo

Determinado

Contrato de estímulo a novos empregos – Assim como a regra, mesmo que ocorram várias prorrogações, é

uma espécie de contrato por prazo determinado não podendo ultrapassar 2 anos, a contratação pode ser

feita em qualquer atividade. Ainda sim, devemos observar algumas regras pertinentes a este contrato,

quais são: deve ser obrigatoriamente por escrito; anotação na CTPS; os benefícios fiscais, encargos sociais

reduzidos (50% do percentual vigente), e deve haver depósito de FGTS na ordem de 2%.

Page 190: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 191: Direito Trabalho

Exercícios

1. Assinale a opção correta de acordo com o contrato individual de trabalho regido pela CLT: (OAB – CESPE – Nacional - 2009).

(A) O referido contrato somente poderá ser acordado de forma expressa.

(B) É exigida forma especial para a validade e eficácia do contrato em apreço, motivo pelo qual não é permitida a forma verbal.

(C) Um contrato de trabalho por prazo determinado de dois anos poderá ser prorrogado uma única vez, por igual período.

(D) No contrato mencionado, o contrato de experiência poderá ser prorrogado uma única vez, porém não poderá exceder o

prazo de noventa dias.

Page 192: Direito Trabalho

Exercícios 2. A validade da alteração dos contratos individuais de trabalho dependerá: (Juiz do Trabalho Substituto – 1ª Etapa – TRT/RJ –

2008). (A) do mútuo consentimento, sempre que previsto em cláusula

contratual. (B) da proposta do empregador, aceita pelo empregado, e ainda assim desde que suas condições não resultem prejuízos diretos

ou indiretos ao empregado. (C) de acordo coletivo específico, dirigido a todos os empregados

do mesmo setor do estabelecimento. (D) da vantagem indenizatória a ser dada ao empregado, como

forma de reparação em caso de rebaixamento. (E) da ausência de reflexos negativos na carreira, observados os

critérios de promoção por merecimento e antiguidade.

Page 193: Direito Trabalho

Exercícios

3. Sobre as hipóteses de contrato de trabalho a termo, é legítimo asseverar: (Juiz do Trabalho Substituto – 1ª Etapa – TRT/PE – 2010).

(A) Os contratos a termo, inclusive o de experiência, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, com duração máxima de 90 (noventa) dias, permite

prorrogações em casos de serviços inadiáveis ou de força maior. (B) São modalidades de contrato a termo: contrato de experiência, contrato de safra, contrato rural por pequeno prazo, contrato por obra certa, contrato por

temporada e contrato provisório (Lei n. 9.601/98). (C) Os contratos a termo têm a finalidade única de aferir a adequação do

empregado ao serviço. (D) A Lei n. 9.601/98 não impôs qualquer limitação em relação ao número de

trabalhadores que podem ser contratados por prazo determinado. (E) A contratação de empregados por prazo certo tem como requisito

essencial a assistência sindical nos casos de prestação de serviço em território estrangeiro.

Page 194: Direito Trabalho

Exercícios

4. No contexto da teoria das nulidades do contrato de trabalho, assinale a alternativa correta: (OAB – FGV – Nacional – 2010).

(A) Configurado o trabalho ilícito, é devido ao empregado somente o pagamento da contraprestação salarial pactuada.

(B) Os trabalhos noturno, perigoso e insalubre do menor de 18 (dezoito) anos de idade são modalidades de trabalho proibido ou

irregular. (C) O trabalho do menor de 16 (dezesseis) anos de idade, que

não seja aprendiz, é modalidade de trabalho ilícito, não gerando qualquer efeito.

(D) A falta de anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado invalida o contrato de trabalho.

Page 195: Direito Trabalho

Exercícios

5. Em relação aos requisitos e efeitos dos contratos de trabalho, julgue os itens

subseqüentes, colocando C ou E: (Analista Judiciário – CESPE – Paraná - 2007). (A) O contrato de trabalho pode ser escrito, verbal ou tácito, e seus requisitos são a pessoalidade, a subordinação, a onerosidade e a continuidade. O contrato por prazo determinado, como exceção ao princípio da continuidade, entretanto, só é válido nas

situações e pelo tempo expressamente previsto em lei. (B) A CLT autoriza a formação de cooperativas destinadas à prestação de serviços. Não há vínculo de emprego entre elas e seus associados ou entre estes e os tomadores da mão-de-obra, exceto quando a associação for mera simulação ou resultar em fraude

aos direitos trabalhistas. (C) A alteração da estrutura social das empresas não afeta os contratos havidos com

seus empregados. (D) O dono de obra é, em qualquer caso, responsável direta ou solidariamente pelos trabalhadores que tenham prestado serviços para a sua construção, ainda que esses

trabalhadores tenham sido contratados por empreiteiros, quando estes inadimplirem o contrato com os respectivos empregados ou ajudantes.

Page 196: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – D

2 – B 3 – B 4 – B

5 – (A) C (B) C (C) C (D) E

Page 197: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 198: Direito Trabalho

DURAÇÃO DO TRABALHO

Page 199: Direito Trabalho

Duração do Trabalho

Por duração do trabalho podemos compreender que

ela é baseada no lapso diário em que o empregado está à disposição do empregador em razão do

respectivo contrato.

“Artigo 4º da CLT - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo

disposição especial expressamente consignada.”

Page 200: Direito Trabalho

Duração do Trabalho

Duração do Trabalho – É o lapso temporal de labor ou disponibilidade do empregado em favor do empregador

(pode ser dia, mês ou ano).

Jornada de Trabalho – É o tempo diário em que o empregado fica à disposição do empregador.

Horário de Trabalho – É o espaço de tempo diário, que

fixa o início e o fim da jornada de trabalho.

Page 201: Direito Trabalho

Jornada de Trabalho

“Artigo 7º da Constituição Federal – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que

visem à melhoria de sua condição social:

XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro

semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou

convenção coletiva de trabalho.”

Page 202: Direito Trabalho

Jornada de Trabalho

A jornada diária de trabalho não pode ser superior a oito horas, tampouco a jornada semanal superior a quarenta e quatro, considerando-se como serviço

extraordinário sempre que houver elevação em um desses parâmetros.

Não incidirá, no entanto, o pagamento de horas extras,

se o acréscimo diário que resultar em elevação daquelas oito horas, for ocasionado por compensação

de horários, desde que essa condição tenha sido prevista em negociação coletiva (acordo ou convenção).

Page 203: Direito Trabalho

Jornada de Trabalho

“Artigo 58 da CLT - A duração normal do trabalho, para

os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja

fixado expressamente outro limite.

§ 1º - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de

horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de

dez minutos diários.”

Page 204: Direito Trabalho

Jornada de Trabalho

“Súmula 366 do TST – Não serão descontadas nem

computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco

minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada

como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.”

Page 205: Direito Trabalho

Quadro de Horário

“Súmula 338 do TST –

I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-

apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em

contrário.

II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída

uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a

jornada da inicial se dele não se desincumbir.”

Page 206: Direito Trabalho

Cartão de Ponto

“Súmula 366 do TST - Não serão descontadas nem computadas

como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite

máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a

jornada normal.”

Page 207: Direito Trabalho

Intervalos Intrajornada

“Artigo 71 da CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual

será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido

por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências

concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período

correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o

valor da remuneração da hora normal de trabalho.”

Page 208: Direito Trabalho

Intervalos Intrajornada

“OJ nº. 342 da SDI-1 do TST - INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E

ALIMENTAÇÃO. NÃO CONCESSÃO OU REDUÇÃO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. INVALIDADE. EXCEÇÃO AOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS,

EMPREGADOS EM EMPRESAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO I - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a

supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71

da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. II – Ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que

são submetidos estritamente os condutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, é válida cláusula de

acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do intervalo intrajornada, desde que garantida a redução da jornada para, no mínimo, sete horas

diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogada, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem,

não descontados da jornada.”

Page 209: Direito Trabalho

Intervalos Intrajornada

“OJ nº. 354 da SDI-1 do TST - INTERVALO INTRAJORNADA. ART. 71, § 4º, DA CLT. NÃO CONCESSÃO OU REDUÇÃO. NATUREZA

JURÍDICA SALARIAL

Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de

1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.”

Page 210: Direito Trabalho

Intervalo Interjornada

“Artigo 66 da CLT – Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas

consecutivas para descanso.”

OJ nº. 355 da SDI-1 do TST – INTERVALO INTERJORNADA. INOBSERVÂNCIA. HORAS

EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT.

O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº. 110 do TST, devendo-se

pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.

Page 211: Direito Trabalho

Repouso Semanal

Remunerado

“Artigo 7º da Constituição Federal – São direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos

domingos.”

Page 212: Direito Trabalho

Repouso Semanal Remunerado

Segundo as Portarias nº 417/66 e 509/67do MTE o empregador é obrigado a conceder ao empregado o descanso de um domingo a cada 7 semanas de

trabalho. Em se tratando de trabalhador rural os direitos são iguais aos do trabalhador urbano, exceto a possibilidade de se aumentar o máximo de 2

horas de intervalo intrajornada, que para os rurais depende apenas dos usos e costumes da região.

Para os empregados do comércio a Lei nº. 10.101/00 estabelece no artigo

6º-A , a possibilidade de o comércio funcionar nos domingos e feriados, de modo que o empregado folgue (compense) em outro dia da semana. Neste

caso, é obrigatório haver o repouso no domingo a cada 3 semanas.

Para o empregado doméstico aplica-se o disposto no art. 7º, XV da CRFB, sendo obrigatória a concessão de um dia de descanso semanal, de preferência

no domingo.

Page 213: Direito Trabalho

Repouso Semanal Remunerado

“Súmula 354 do TST - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes,

integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas

extras e repouso semanal remunerado".

Page 214: Direito Trabalho

Compensação de Jornada

“Artigo 59 da CLT, §2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de

salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela

correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas

semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

§ 3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária,

na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre

o valor da remuneração na data da rescisão.”

Page 215: Direito Trabalho

Compensação de Jornada

A compensação pode ser feita da forma simples (mensal) ou através do chamado Banco de Horas (anual).

Por esse sistema, o excesso de horas trabalhado em determinado

período do ano (aquele em que há necessidade de aumentar a produção) poderá ser compensado em outro período, sem

pagamento de horas extras, desde de que não seja ultrapassado o módulo anual de 2.640 horas, nem a jornada máxima de 10

horas diárias.

“Súmula 85 do TST - O não atendimento das exigências legais, para adoção do regime de compensação de horário

semanal, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes, sendo devido, apenas, o adicional respectivo.”

Page 216: Direito Trabalho

Força Maior

“Artigo 61 da CLT - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à

realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo

dessa comunicação. § 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora

excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro

limite. § 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força

maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias

indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia

autorização da autoridade competente.

Page 217: Direito Trabalho

Horas in Itinere

“Artigo 58 da CLT, §2º – O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio

de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por

transporte público, o empregador fornecer a condução.”

“Súmula 320 do TST - O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso, ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção do pagamento das horas "In itinere".

Page 218: Direito Trabalho

Horas in Itinere

“Súmula 90 do TST – I - O tempo despendido pelo empregado, em condução

fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte regular público, e para o seu retorno, é computável na

jornada de trabalho. II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também

gera o direito às horas "in itinere". III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de

horas "in itinere". IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em

condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.

V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como

extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.”

Page 219: Direito Trabalho

Turno Ininterrupto de

Revezamento “Art. 7º da CRFB – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de

outros que visem à melhoria de sua condição social: XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos

de revezamento salvo negociação coletiva.”

O turno ininterrupto de revezamento se dá quando na mesma empresa, no mesmo local de serviço, os trabalhadores atuam em forma de rodízio, em diversos períodos de trabalho garantindo o funcionamento contínuo da

empresa. Em diversas atividades empresariais modernas, as empresas não podem interromper suas atividades, nem no dia, nem na semana.

É indispensável que o empregado trabalhe nos diversos turnos para que se caracterize o revezamento. Justamente porque essa contínua variação de

horário trabalho, ora à noite, ora de dia, em constante mutação, produz sérias conseqüências ao funcionamento adequado do organismo humano, é que o

legislador constituinte reduziu a jornada desses trabalhadores.

Page 220: Direito Trabalho

Turno Ininterrupto de

Revezamento

“Súmula 360 do TST - A interrupção do trabalho destinada a repouso e

alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto

no art. 7º, XIV, da CF/1988.”

“Súmula 213 do STF - É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento.”

“Súmula 423 do TST - Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a

oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao

pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.”

Page 221: Direito Trabalho

Contrato de Trabalho por

Tempo Parcial

“Art. 58-A da CLT - Considera-se trabalho em regime de tempo

parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.

§ 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos

empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. § 2º - Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo

parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de

negociação coletiva.”

Page 222: Direito Trabalho

Contrato de Trabalho por Tempo

Parcial “Artigo 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá

direito a férias, na seguinte proporção: I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas

horas, até vinte e cinco horas; II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas,

até vinte e duas horas; III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze

horas, até vinte horas; IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até

quinze horas; V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até

dez horas; VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo

parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.

Page 223: Direito Trabalho

Contrato de Trabalho por Tempo

Parcial

É considerado contrato por tempo parcial, aquele cuja quantidade de trabalho não exceda a quantidade de 25 horas

semanais. A CLT não previu uma limitação diária para estes empregados, razão pela qual devemos aplicar a regra da

Constituição da República Federativa do Brasil – art. 7º, XIII. O empregado então, trabalha 8 horas diárias, e no máximo 25

horas semanais. O salário do empregado neste tipo de ajuste é pago de forma proporcional à sua jornada, em relação aos

empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral, respeitado, sempre, o salário mínimo horário.

Os empregados contratados sob este regime estão proibidos de prestar horas extras – art. 59, § 4º da CLT.

Page 224: Direito Trabalho

Horário Noturno

“Art. 7º da CRFB – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social”.

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.”

“Artigo 73 da CLT - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos,

sobre a hora diurna.

§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.

§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.”

Page 225: Direito Trabalho

Horário Noturno

Urbano – 22:00 horas às 06:00 horas.

Rural agricultura – 21:00 horas às 05:00 horas.

Rural Pecuária – 20:00 horas às 04:00 horas

Page 226: Direito Trabalho

Horário Noturno

“Súmula 60 do TST – Adicional Noturno – Salário

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário

do empregado para todos os efeitos.

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas

prorrogadas.

Page 227: Direito Trabalho

Horário Noturno

“Súmula 112 do TST – O trabalho noturno dos empregados nas

atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados por meio de dutos é

regulado pela Lei nº 5.811, de 1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52' e 30'‘.

“Súmula 140 do TST – É assegurado ao vigia, sujeito ao trabalho

noturno, o direito ao respectivo adicional.”

“Súmula 265 do TST – A transferência para o período diurno de

trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.”

Page 228: Direito Trabalho

“Gerentinho”

“Artigo 224 da CLT - A duração normal do trabalho dos

empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com

exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.

§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e

equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um

terço) do salário do cargo efetivo.

Page 229: Direito Trabalho

Cargo de Confiança

“Artigo 62 da CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste

artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de

função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

Page 230: Direito Trabalho

Cargo de Confiança

“Súmula 287 do TST - A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o

exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT.” “Súmula 372 do TST

I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu

cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.

II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação.

Page 231: Direito Trabalho

TABELA DE HORÁRIOS

Page 232: Direito Trabalho

TABELA COMPARATIVA

Você meu aluno, que deseja receber a tabela

com os empregados que desempenham jornadas especiais, acesse o meu blog:

jonatasrodriguess.blogspot.com . Através do

blog, envie seu pedido através do e-mail que estará disponível no site.

Page 233: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 234: Direito Trabalho

Exercícios 1. Fábio, empregado da empresa Transportar Ltda., firmou, com seu

empregador, acordo escrito em que ficou estabelecido que o excesso de horas trabalhadas em um dia seria compensado pela correspondente diminuição em

outro dia, sem acréscimo salarial.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta: (OAB – CESPE

– Nacional - 2010). (A) Independentemente de a compensação de jornada relativa à categoria

profissional de Fábio ser expressamente proibida em norma coletiva, o acordo de compensação realizado entre as partes será válido, conforme

entendimento jurisprudencial consolidado do Tribunal Superior do Trabalho. (B) Fábio pode trabalhar onze horas diárias durante uma semana a título de

compensação na semana seguinte. (C) Caso Fábio preste horas extras habituais, o acordo de compensação de

jornada restará descaracterizado. (D) Não havendo a compensação dentro do período de um ano, Fábio terá

direito ao pagamento das horas trabalhadas em excesso acrescidas do adicional de 50%.

Page 235: Direito Trabalho

Exercícios 2. A Joana é empregada rural e trabalha na pecuária. João é empregado urbano. André é empregado rural e trabalha na

lavoura. Em regra, a jornada de trabalho noturno será das 21:00 às 5:00 para : (Analista Judiciário – TRT – Alagoas - 2008).

(A) André, apenas. (B) Joana, apenas. (C) João, apenas. (D) João e Joana.

(E) André e Joana.

Page 236: Direito Trabalho

Exercícios

3. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado

terá direito a dezesseis dias de férias, para a duração do trabalho semanal superior a: (Técnico Judiciário – TRT/14ª Região – FCC –

2011).

(A) cinco horas, até dez horas. (B) dez horas, até quinze horas.

(C) quinze horas, até vinte horas. (D) vinte horas, até vinte e duas horas.

(E) vinte e duas horas, até vinte e cinco horas.

Page 237: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – A 3 – D

Page 238: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 239: Direito Trabalho

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE

TRABALHO

Page 240: Direito Trabalho

Alteração do Contrato de

Trabalho

“Artigo 468 da CLT – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições, por mútuo

consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da

cláusula infringente desta garantia.”

O contrato de trabalho é um ajuste de trato sucessivo, cuja execução não se exaure em único momento, pois se dá de forma

continuada. Cabe ressaltar ainda, que durante sua vigência é possível a modificação de algumas cláusulas, direitos e

obrigações dos contratantes.

Page 241: Direito Trabalho

Alteração do Contrato de

Trabalho

Quanto à origem Obrigatória – A vontade individual das partes não concorre, pois

decorre de fonte formal heterônoma de direito que obriga e vincula o empregador.

Voluntária – São aquelas que as partes concorrem para a mudança diretamente, ou através das normas coletivas.

Quanto ao conteúdo

Quantitativa – É a mudança contratual que acarreta aumento ou diminuição do salário, da jornada, da quantidade de afazeres.

Qualitativa – Ocorrerá quando importar em mudança da qualidade ou natureza do trabalho.

Page 242: Direito Trabalho

Alteração do Contrato de

Trabalho

Se o trabalhador por transferido do turno da noite em seu serviço para o turno da manhã, este deixará de perceber o adicional noturno, portanto, seu salário (vencimentos + vantagens) reduzido, porém, esta redução acarreta melhores

condições de saúde ao trabalhador.

“Súmula 265 do TST - A transferência para o período diurno de trabalho implica na perda do direito ao adicional noturno.”

Outra hipótese de redução:

“Súmula 372 do TST I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se

o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.”

Page 243: Direito Trabalho

Alteração do Contrato de

Trabalho

Em relação a forma de remuneração do empregado, esta pode ser modificada desde que não cause prejuízos ao trabalhador, como na hipótese do

empregado que recebe comissões, que poderá ter sua contraprestação alterada para salário fixo, desde que esta alteração não traga prejuízo a média

salarial que ele percebia anteriormente.

A mudança de local de trabalho do empregado é permitida, desde que não importe em transferência para localidade/município diverso daquele para qual

o empregado foi contratado. Esta permissão faz parte do ius variandi do empregador.

“Artigo 469 da CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a

sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança

do seu domicílio.

Page 244: Direito Trabalho

Alteração do Contrato de

Trabalho

“Artigo 469 da CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a

sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança

do seu domicílio.”

Segundo a súmula 6, X do TST, entende-se por mesma localidade, o mesmo município ou municípios distintos que comprovadamente pertençam a mesma região metropolitana. Cabe ressaltar, que não podem ser transferidos o menor (artigo 227, §3º, III da CRFB/88); o dirigente sindical (artigo 543, §1º da CLT e artigo 8º, II da CRFB/88, salvo em caso de extinção da empresa, como prevê

a súmula 369, IV do TST).

Page 245: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

A suspensão do contrato de trabalho é caracterizada pela ausência temporária de prestação de serviços por parte do empregado ao empregador. O empregador por sua vez, não

realiza o pagamento de qualquer vencimento ou vantagem ao

empregado.

Durante a suspensão o empregador não poderá demitir o empregado sem justa causa, salvo em caso de extinção da

empresa ou por força maior. Mas e quanto ao contrato determinado? Durante o contrato por prazo determinado a

suspensão não impede o implemento do termo final, na forma do artigo 472, §2º da CLT.

Page 246: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

“Artigo 474 da CLT – A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato

de trabalho.”

Page 247: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Prestação de serviço militar obrigatório – O artigo 472 da CLT, e as leis nº. 4.072/62 e 4.375/64 prevêem tal situação. A prestação do serviço militar

importa na suspensão do contrato de trabalho, pois durante este período, o empregador não terá qualquer ônus salarial. Este o entendimento de grande

parte dos doutrinadores, como por exemplo, Maurício Godinho Delgado e Valentin Carrion.

Existem, porém, duas exceções quanto a suspensão do contrato nessa

hipótese, que estão previstas pelos doutrinadores. A primeira é na hipótese do ingresso voluntário do trabalhador nas Forças Armadas, situação na qual o

contrato é encerrado, pois o empregado simplesmente trocou de emprego. A segunda exceção ocorre no caso de convocação do empregado para

manobras, manutenção da ordem interna, ou para guerra, pois nessa hipótese o contrato é considerado interrompido, pois o empregador fica obrigado a

pagar 2/3 do salário do empregado.

Page 248: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Encargo civis público de larga duração – Quando eleito ou designado o empregado para exercício de determinado cargo

público, fica o contrato deste suspenso. Essa situação está prevista no artigo 472 da CLT, bem como no artigo 483, §1º,

também da CLT.

Suspensão disciplinar – O aspecto importante a se destacar

sobre a suspensão disciplina é que caso a suspensão seja por período superior a 30 dias, o contrato resta configurado como rompido sem justa causa por parte do empregador, conforme preceitua o artigo 474 da CLT. A suspensão disciplinar tem por

finalidade punir o empregado que tenha cometido falta de média gravidade, sendo como já dito acima, a sua duração máxima de

30 dias.

Page 249: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Suspensão para responder inquérito judicial – O empregado estável acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, consoante prevê ao artigo 494 da CLT. Trata-se de medida preventiva, simples faculdade do empregador,

não sendo, portanto, obrigatória. Optando pela suspensão, o empregador deverá interpor inquérito policial no prazo decadencial de tinta dias, conforme

menciona a súmula 403 do STF.

A suspensão perdurará até a decisão final do processo. Julgado procedente o inquérito, a suspensão se converterá em despedida. Julgado improcedente e não apurada a falta grave, determina a lei que seja o empregado reintegrado,

convertendo-se a suspensão contratual em mera interrupção, sendo o empregador obrigado a pagar os salários a que o empregado teria direito no

período da suspensão. Nesse caso, o período de afastamento não será considerado falta ao serviço, para efeito de férias.

Page 250: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Eleição para cargo de Dirigente Sindical

”Artigo 543 da CLT – O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido

do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das

suas atribuições sindicais.” “§2º - Considera-se de licença não remunerada, salvo

assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das

funções a que refere este artigo.”

Page 251: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Eleição para cargo de diretor de sociedade anônima – O TST pacificou o entendimento que o empregado eleito pra ocupar

cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se

permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

Greve – Quanto à greve, o artigo 7º da Lei nº. 7.783/89 prevê expressamente que a adesão à greve suspende o contrato durante o movimento, pois não há prestação de serviços e

consequentemente não há pagamento de salários. Porém, caso após o julgamento do dissídio o Tribunal determine ao

empregador o pagamento dos salários, o período será de interrupção, e não de suspensão.

Page 252: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Afastamento previdenciário por motivo de doença a partir do 16° dia – Segundo o artigo 476 da CLT, em caso de seguro-doença ou auxílio-

enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse beneficio. Será considerado suspenso o contrato de

trabalho se o benefício durar mais de quinze dias, contando-se a suspensão a partir do 16° dia, conforme artigo 476 da CLT, combinado com o artigo 65 do

Regulamento dos Benefícios da Previdência Social. Findo o benefício previdenciário, o empregado deverá retornar ao trabalho.

Configura-se o abandono de emprego quando o trabalhador não retornar ao

serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário, nem justificar o motivo de não o fazer.

Page 253: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Aposentadoria provisória por invalidez – A aposentadoria por invalidez é provisória, e enquanto perdurar, o contrato permanece suspenso, conforme

prescrevem os artigos 475 da CLT juntamente com o artigo 43 da Lei nº. 8213/91. Quanto ao prazo de duração da suspensão do contrato, a

jurisprudência trabalhista vem adotando o mesmo prazo da aposentadoria por invalidez, mesmo que superior a cinco anos, sendo fundamentado este

entendimento pela súmula 160 do TST.

Afastamento previdenciário por motivo de acidente de trabalho a partir do 16° dia – De acordo com a Lei nº. 8.213/91, e com artigo 476 da CLT, a partir

do 16º dia do acidente de trabalho suspende-se o contrato de trabalho, cabendo ressaltar porém, que o empregador continua obrigado a depositar o FGTS, e ainda sim, o período de suspensão é computado para todos os efeitos.

Page 254: Direito Trabalho

Suspensão do Contrato de

Trabalho

Suspensão para curso ou programa de qualificação profissional – O artigo 476-A da CLT, acrescentado recentemente, demonstrou a preocupação do

legislador em efetivar medidas contra o desemprego. A tentativa é de estimular a oferta e a manutenção de empregos por meio de previsão legal

para que o próprio empregador qualifique seu quadro funcional.

O empregado poderá ter seu contrato suspenso no período de dois a cinco meses, para que possa frequentar curso profissionalizante custeado pelo

empregador. Porém, a suspensão tem de estar prevista em norma coletiva e autorizada pelo trabalhador por escrito. Cabe ressaltar que o contrato não

pode ser suspenso pelo mesmo motivo por mais de uma vez no período de 16 meses.

Page 255: Direito Trabalho

Interrupção do Contrato de

Trabalho A interrupção preserva o contrato de trabalho, mantendo não só o vínculo

entre as partes, como algumas outras obrigações contratuais. Em regra, continua sendo devido o salário, no todo ou em parte, além de se computar o

período como tempo de serviço.

Ocorre a interrupção do contrato de trabalho quando o empregado deixa de prestar serviços, porém continua a receber a totalidade ou ao menos parte do

seu salário. O contrato permanece em vigor, mas algumas cláusulas ficam paralisadas, computando-se o tempo de serviço para todos os efeitos, como se o empregado estivesse trabalhando. Importante destacar ainda, que durante o

período de interrupção do contrato de trabalho o empregador não pode despedir o empregado sem justa causa.

Page 256: Direito Trabalho

Interrupção do Contrato de

Trabalho “Artigo 473 da CLT – O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem

prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,

descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;

IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço

Militar); VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular

para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.”

Page 257: Direito Trabalho

Interrupção do Contrato de

Trabalho Ausência do professor por nove dias, devido ao falecimento de pai, mãe,

filho ou cônjuge, conforme previsto no artigo 320, §4º da CLT; Domingos e feriados, previsto na Lei nº. 605/49;

Aviso prévio indenizado, hipótese na qual o empregado não trabalha no mês correspondente ao cumprimento do aviso prévio, porém, recebe todos os

benefícios pertinentes ao salário, como descreve o artigo 487, §1º da CLT; Doença ou acidente de trabalho durante os 15 primeiros dias, previsto no

artigo 60 da Lei nº. 8.213/91; Em caso de aborto, e desde que este não seja criminoso, o contrato fica

interrompido durante duas semanas, conforme prevê os artigos 392 e 395 da CLT;

Os representantes dos empregados na comissão de conciliação prévia (CCP), que está prevista no artigo 625-B, §2º da CLT, têm direito ao salário

integral quando estiverem no exercício da função;

Page 258: Direito Trabalho

Interrupção do Contrato de

Trabalho Quando o empregado for testemunha ou parte de processo, o seu

comparecimento ao juízo não importa em desconto salarial por parte do empregador, tendo esta hipótese de interrupção do contrato de trabalho

respaldo nos artigos 473 e 822 da CLT, bem como na súmula nº. 155 do TST; Quando o empregado é convocado para trabalhar nas eleições tem direito ao dobro dos dias de trabalho descansando e recebendo, segundo o artigo 98

da Lei nº. 9.504/97; Nas hipóteses de força maior, que está prevista no artigo 61, §3º da CLT,

esta pode acarretar a cessação das atividades da empresa ou a interrupção da atividade econômica. Nesse caso, o contrato fica interrompido durante o prazo

em que a empresa estiver paralisada; O contrato de trabalho também será interrompido caso ocorra um lockout.

O "lockout" é a suspensão temporária, total ou parcial, das atividades da empresa, deliberada pelos empregadores, para defender seus interesses em

face dos trabalhadores.

Page 259: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 260: Direito Trabalho

Exercícios

1. Relativamente à alteração do contrato de trabalho, é correto afirmar que : (OAB – FGV – Nacional - 2010).

(A) é considerada alteração unilateral vedada em lei a determinação ao empregador para que o empregado com mais de dez anos na função reverta

ao cargo efetivo. (B) o empregador pode, sem a anuência do empregado exercente de cargo de confiança, transferi-lo, com mudança de domicílio, para localidade diversa da que resultar do contrato, independentemente de real necessidade do serviço.

(C) o empregador pode, sem a anuência do empregado cujo contrato tenha como condição, implícita ou explícita, transferi-lo, com mudança de domicílio,

para localidade diversa da que resultar do contrato, no caso de real necessidade do serviço.

(D) o adicional de 25% é devido nas transferências provisórias e definitivas.

Page 261: Direito Trabalho

Exercícios 2. Nos contratos individuais de trabalho, a determinação do empregador para

que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança: (Técnico Judiciário – TRT – Santa

Catarina - 2011).

(A) não é considerada alteração unilateral. (B) é considerada alteração unilateral, sendo necessária a existência de norma

coletiva autorizadora. (C) é considerada alteração unilateral, sendo necessária apenas a anuência

expressa do empregado. (D) é considerada alteração unilateral, sendo necessária, além da anuência

expressa do empregado, o pagamento de indenização. (E) é considerada alteração unilateral, não sendo necessária anuência do

empregado, desde que seja paga a correspondente indenização.

Page 262: Direito Trabalho

Exercícios

3. Assinale a opção incorreta: (Auditor Fiscal do Trabalho – MTE – ESAF – 2011). (A) O trabalhador transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao

acréscimo da despesa de transporte. (B) Observado o princípio protetivo, na hipótese de coexistência de dois regulamentos da empresa, cujas cláusulas revoguem ou alterem vantagens deferidas, o empregado poderá optar, com efeitos ex nunc, por um deles, mas sua desistência será retratável,

acaso se comprove que a escolha ocorreu sobre normas menos favoráveis. (C) As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas

para os efeitos de duração de férias, salvo se o trabalhador tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio doença por mais de

seis meses, embora descontínuos. (D) A remuneração percebida pelo empregado à época da propositura da ação na

Justiça do Trabalho serve de base de cálculo para as férias não concedidas no tempo oportuno.

(E) A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) incide sobre a

remuneração mensal devida ao empregado, inclusive adicionais eventuais.

Page 263: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – A 3 – B

Page 264: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 265: Direito Trabalho

REMUNERAÇÃO E SALÁRIO

Page 266: Direito Trabalho

Remuneração e Salário

A remuneração é gênero do qual salário é espécie. Logo, todo salário é remuneração, porém nem toda remuneração é salário.

Remuneração é a retribuição devida e paga ao empregado não só

pelo empregador, mas também por terceiro, de forma habitual, em virtude do contrato de trabalho. Pelo que se vê, seu conceito

é mais amplo: abrange o salário e seus componentes, como também os adicionais e as gorjetas.

Salário é a retribuição devida e paga diretamente pelo

empregador ao empregado, de forma habitual, não só pelos serviços prestados, mas pelo fato de se encontrar á disposição

daquele, por força do contrato de trabalho.

Page 267: Direito Trabalho

Princípios

Princípio da Irredutibilidade Salarial

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;”

Princípio da Intangibilidade Salarial

“Artigo 462 da CLT - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos

salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.”

§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do

empregado.

Page 268: Direito Trabalho

Princípio da Intangibilidade Salarial

O Truck System ocorre quando o pagamento é realizado por meio de vales, bônus ou equivalentes para aquisição de mercadoria no estabelecimento de

empregador. Essa exigência é ilícita.

“Artigo 462 da CLT, §2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para

venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido

de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou

serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias

sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos empregados.

§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.

Page 269: Direito Trabalho

Princípio da Intangibilidade Salarial

“Súmula 342 do TST - Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a

autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência

privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o

disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.”

“OJ nº. 251 da SDI-1 do TST - É lícito o desconto salarial referente à devolução

de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo.”

Page 270: Direito Trabalho

Salário Mínimo

“Artigo 76 da CLT - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem

distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação,

vestuário, higiene e transporte.”

Os itens que compõe o salário mínimo estão previstos no artigo 7º, IV da Constituição Federal.

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,

além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,

saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para

qualquer fim;”

Uma regra simples e fácil para memorizar os itens que compõe o salário mínimo: MALES, HOJE VAI TER PROVA.

Moradia – Alimentação – Lazer – Educação – Saúde. Higiene – Vestuário – Transporte – Previdência Social.

Page 271: Direito Trabalho

Remuneração e Salário

“Artigo 457 da CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e

abonos pagos pelo empregador. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias

para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.

§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada à distribuição

aos empregados.”

Page 272: Direito Trabalho

Espécies de Salário

Piso Salarial – É o valor mínimo que pode ser pago a uma categoria profissional. Difere do salário profissional, pois a categoria profissional pode ser formada por empregados de diversas profissões, num setor comum de

atividade econômica.

Salário Profissional – Fixado como mínimo que pode ser pago a determinada profissão em razão da qual foi instituído.

Salário Real – É aquele que demonstra a real quantidade de bens que o

empregado poderá com ele adquirir.

Salário Nominal – É a expressão do valor numérico do salário do empregado. Não pode ser reduzido.

Salário Base - Também chamado de salário garantido, básico, normal ou

principal. É aquele valor fixo pago pelo empregador ao empregado, anotado na CTPS, que não pode ser reduzido sem ACT ou CCT, cujo valor não leva em

conta outras verbas como os adicionais, gratificações, prêmios, etc.

Page 273: Direito Trabalho

Modos de pagamento do salário

Salário por unidade de tempo – É calculado em função da duração do trabalho, do período em que o empregado permanece à disposição do

empregador (hora, dia, semana, quinzena, mês), independentemente da quantidade de serviços executados, ou seja, do resultado objetivo da

produção. Salário por unidade de obra ou produção – É fixada em função do resultado

do trabalho, da quantidade de mercadoria produzida pelo empregado. Salário por tarefa – É a contraprestação que advém de uma reunião do salário

pago por unidade de tempo com o salário pago por unidade de obra”. Salário complessivo – Esse tipo de forma de pagamento do salário é vedado,

pois não é permitido ao empregador efetuar o pagamento do salário em parcela única, onde são englobadas em um valor unitário, indiviso, monolítico,

sem discriminação das verbas pagas, como salário, horas extras e outros adicionais”.

Page 274: Direito Trabalho

Meios de pagamento do salário

“Precedente Normativo 93 do TST - O pagamento do salário será feito mediante recibo, fornecendo-se cópia ao empregado, com a

identificação da empresa, e do qual constarão a remuneração, com a discriminação das parcelas, a quantia líquida paga, os dias

trabalhados ou o total da produção, as horas extras e os descontos efetuados, inclusive para a Previdência Social, e o valor

correspondente ao FGTS.”

Page 275: Direito Trabalho

Espécies de pagamento que

integram a remuneração

Salário família – Sua natureza jurídica é de benefício previdenciário e os destinatários são os empregados urbanos, trabalhadores avulsos e empregados rurais. Está previsto

na Lei 8.213/91.

Gorjetas – É a quantia paga ao empregado por terceiros, estranhos ao estabelecimento do empregador. Podem ser pagas tanto de forma voluntária quanto devido à inclusão

do valor em nota de serviço. “Súmula 354 do TST - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou

oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno,

horas extras e repouso semanal remunerado.”

Abonos – Correspondem a um adiantamento em dinheiro de parte do salário.

Comissões - As comissões consistem em parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em decorrência de uma produção alcançada pelo obreiro

no contexto do contrato, calculando-se, variavelmente, em contrapartida a essa

produção.

Page 276: Direito Trabalho

Espécies de pagamento que

integram a remuneração

Gratificações – Originariamente integram o salário. Apesar de ser uma demonstração de gratidão, basta ser paga com habitualidade ou mesmo ser

ajustada, que tacitamente gera a natureza salarial.

“Súmula 207 do STF - As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário.”

“Súmula 202 do TST - Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em

acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica.”

“Súmula 203 do TST - A gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais.”

“Súmula 226 do TST - A gratificação por tempo de serviço integra o cálculo das horas extras.”

Page 277: Direito Trabalho

13º Salário

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e

rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.”

O pagamento do 13º salário é dividido em 2 parcelas, sendo a primeira paga

entre fevereiro e novembro, e a segunda em dezembro. Todo o valor pode ser pago até novembro, porém, não o total em dezembro. O pagamento da

parcela final deve ser feito até o dia 20 de dezembro (artigo 1º da Lei 4.090/62).

O valor do 13º salário será o relativo ao mês de dezembro quando o salário for fixo, porém, quando variável, será calculado mediante média dos 12 meses do

ano. Quando o empregado não laborou durante todo ano, será pago o valor proporcional aos meses que trabalhou, cabendo ressaltar que, quando forem prestados serviços em 15 ou mais dias no mês, este será contabilizado como

mês integral.

Page 278: Direito Trabalho

Salário In natura

O salário utilidade ou in natura é a parte da contraprestação que o trabalhador não recebe em espécie, mas em utilidades vitais. A

CLT em seu artigo 81 prevê quais utilidades são consideradas como salário: alimentação, habitação, vestuário, higiene e

transporte. Porém ao pagar em utilidades o empregador deve sempre observar o mínimo exigido a ser pago em espécie

(dinheiro), que é de 30%.

“Súmula 258 do TST - Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o

empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade.”

Page 279: Direito Trabalho

Salário In natura

“Artigo 458 da CLT – Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in

natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou

drogas nocivas.” § 1º - Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e razoáveis, não

podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo (arts. 81 e 82).

§ 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso

servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante

seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais;

VI – previdência privada;

Page 280: Direito Trabalho

Salário In natura

§3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por

cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.”

ATENÇÃO! No que concerne ao rural, os valores referentes ao fornecimento de habitação e alimentação como salário-utilidade são invertidos. Enquanto o limite para o urbano no que tange à

moradia é de 25%, para o rural será de 20%. Em relação à alimentação, o valor desta como salário-utilidade não poderá ultrapassar 20% para o urbano, enquanto para o rural o limite será de 25%. É importante destacar ainda que a base para o

cálculo das porcentagens do urbano será o salário contratual, enquanto do rural será o salário mínimo.

Page 281: Direito Trabalho

Salário In natura

“§4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação

pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.”

“Súmula 241 do TST - O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para

todos os efeitos legais.”

“OJ nº. 133 da SDI-1 do TST - A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº. 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para

nenhum efeito legal.”

“OJ nº. 215 da SDI-1 do TST - É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte.”

Page 282: Direito Trabalho

Salário In natura

“Súmula 367 do TST - UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO

I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm

natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.

II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à

saúde.”

Page 283: Direito Trabalho

Prazo para pagamento do Salário

“Artigo 459 da CLT - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período

superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

§ 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês

subsequente ao vencido.”

Equiparação salarial por Equivalência “Artigo 460 da CLT - Na falta de estipulação do salário ou não

havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma

empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.”

Page 284: Direito Trabalho

Equiparação Salarial

“Artigo 461 da CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,

prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.

§1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja

diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. §2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador

tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. §3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antinguidade, dentro de cada

categoria profissional. §4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não

servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.”

Page 285: Direito Trabalho

Equiparação Salarial

A equiparação salarial ocorre quando um empregado deseja ter seu salário aumentado, utilizando como parâmetro para tal requerimento outro

funcionário, o chamado paradigma ou modelo. São requisitos para equiparação salarial:

- Desempenho da mesma função;

- Serviço prestado com mesma produtividade e perfeição técnica; - Serviço prestado ao mesmo empregador;

- Desempenhado na mesma localidade; - Diferença de tempo na função não superior à dois anos;

- Inexistência de quadro de carreira (reconhecido pelo MTE); - A equiparação não pode ser requerida utilizando como paradigma

readaptado funcional; - Simultaneidade na prestação de serviços.

Page 286: Direito Trabalho

Equiparação Salarial

“Súmula 6 do TST - EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de

pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das

entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente.

II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego.

III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não

importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o

pedido se relacione com situação pretérita. V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta

responde pelos salários do paradigma e do reclamante.

Page 287: Direito Trabalho

Equiparação Salarial

“Súmula 6 do TST - EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal, de tese jurídica superada pela jurisprudência de

Corte Superior ou, na hipótese de equiparação salarial em cadeia, se não demonstrada a presença dos requisitos da equiparação em relação ao paradigma que deu origem à

pretensão, caso arguida a objeção pelo reclamado. VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equipa-ração

salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. VIII - É do empregador o ônus da prova do fato

impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da

equiparação salarial. IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças

salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente,

pertençam à mesma região metropolitana.”

Page 288: Direito Trabalho

Forma de pagamento do salário

“Artigo 463 da CLT – A prestação, em espécie, do salário será

paga em moeda corrente do País. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.”

“Artigo 464 da CLT - O pagamento do salário deverá ser efetuado

contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital,

ou, não sendo esta possível, a seu rogo. Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito

em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de

crédito próximo ao local de trabalho.”

Page 289: Direito Trabalho

Prazo para pagamento do salário

“Artigo 465 da CLT – O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do

horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo

anterior.” “Parágrafo único - O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao

Distrito Federal, aos Municípios, e as autarquias e fundações públicas.”

“Artigo 466 da CLT - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação

a que se referem. § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o

pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.

§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.”

Page 290: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 291: Direito Trabalho

Exercícios 1. Magali, Kátia e Cíntia são empregadas da empresa "Dourada". Todas as

empregadas realizam viagens de trabalho. Magali recebe diária de viagem que excede em 52% o valor de seu salário. Kátia recebe diária de viagem que

excede em 33% o valor de seu salário e Cíntia recebe diária de viagem que excede em 61% o valor de seu salário. Nestes casos,: (Analista Judiciário – FCC

– Sergipe - 2011). (A) integram o salário, pelo seu valor total, mas sem efeitos indenizatórios, as

diárias de viagens recebidas apenas por Cíntia. (B) não integram o salário para todos os efeitos as diárias de viagens recebidas

por todas as empregadas tendo em vista que diárias de viagens são retribuições pagas.

(C) integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagens recebidas apenas por Cíntia.

(D) integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagens recebidas apenas por Kátia.

(E) integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios,as diárias de viagens recebidas apenas por Magali e Cíntia.

Page 292: Direito Trabalho

Exercícios 2. A empresa Gama Participações fornece a seu gerente João alguns

benefícios, além do pagamento em dinheiro relativo ao salário. Das utilidades fornecidas pela empresa ao empregado sob a forma de benefícios, constituem

salário in natura: (Analista Judiciário – TRT – Amazonas - 2012).

(A) matrícula e mensalidade de curso universitário. (B) vestuário utilizado no local de trabalho para a prestação de serviços.

(C) transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno. (D) seguro de vida e acidentes pessoais.

(E) aluguel de apartamento decorrente do contrato ou do costume.

Page 293: Direito Trabalho

Exercícios

3. Camila labora no supermercado X, a quem a sua empregadora pretende pagar parte do salário contratual através de produtos alimentícios. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em se tratando de salário in natura,

o percentual legal permitido para alimentação fornecida como salário-utilidade não poderá exceder: (Técnico Judiciário – TRT/RS – FCC – 2011).

(A) 10% do salário contratual. (B) 15% do salário contratual. (C) 20% do salário contratual. (D) 25% do salário contratual. (E) 30% do salário contratual.

Page 294: Direito Trabalho

Exercícios

4. Assinale a alternativa CORRETA acerca das denominações próprias do

salário: (Técnico de Nível Superior – Banco Nacional do Nordeste – ACEP – 2006).

(A) Salário de contribuição, gorjeta, salário maternidade.

(B) Salário normativo, salário mínimo, salário família. (C) Salário profissional, salário normativo, salário mínimo. (D) Salário de benefício, salário educação, salário variável. (E) Salário paternidade, salário complessivo, salário fixo.

Page 295: Direito Trabalho

Exercícios

5. Segundo as normas preconizadas na Consolidação das Leis do Trabalho, o pagamento do salário, (Técnico Judiciário – TRT/PA-AP – FCC – 2010).

(A) na modalidade de contrato individual de trabalho por prazo

indeterminado, não deve ser estipulado por período superior a um mês, inclusive no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

(B) qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, inclusive no que concerne a comissões,

percentagens e gratificações. (C) qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por

período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

(D) na modalidade de contrato individual de trabalho por prazo determinado, pode ser estipulado por período superior a um mês, exceto no que concerne a

comissões e percentagens. (E) na modalidade de contrato individual de trabalho por prazo

indeterminado, pode ser estipulado por período superior a um mês, exceto no que concerne as gratificações.

Page 296: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – E

2 – E 3 – C 4 - C 5 - C

Page 297: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 298: Direito Trabalho

ADICIONAIS

Page 299: Direito Trabalho

Adicionais

São acréscimos salariais que tem como causa o trabalho em condições acima do que a lei entende como normal. São valores

compulsórios e que tem natureza salarial. Todo adicional remunera algum tipo de serviço que o empregado tem feito de forma além da prevista em regra, acarretando portanto, em um

pagamento diferenciado ao empregado.

Page 300: Direito Trabalho

Adicional de Horas Extras

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;”

“Artigo 59 da CLT - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre

empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.” §1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente,

a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal.

§2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela

correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja

ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. §3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a

compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o

valor da remuneração na data da rescisão.

Page 301: Direito Trabalho

Adicional de Horas Extras

“Artigo 62 da CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação

de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes

de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos

empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

Page 302: Direito Trabalho

Adicional de Horas Extras

“Súmula 291 do TST - A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou

fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do

dia da supressão.”

“Súmula 376 do TST - HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o

empregador de pagar todas as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos

haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.”

Page 303: Direito Trabalho

Adicional Noturno

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;”

“Artigo 73 da CLT - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração

terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. §1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52” e 30´.

§2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

§3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante.

Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo

devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. §4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e

noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.

Page 304: Direito Trabalho

Adicional Noturno

“Súmula 60 do TST - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos.

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, de-vido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.”

“Súmula 265 do TST – A transferência para o período diurno de trabalho implica a

perda do direito ao adicional noturno.”

“OJ nº. 97 da SDI-1 do TST – HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período

noturno.”

Page 305: Direito Trabalho

Adicional de Transferência

Em regra, o empregado não pode ser transferido, porém, essa regra comporta exceções. As exceções são: o empregado que anui com a transferência e não

importar em mudança de domicílio; quando houver real necessidade por conta do serviço; quando no contrato de trabalho houver cláusula implícita ou

explícita; no caso de extinção da empresa; e quando o empregado for exercente de cargo de confiança.

“Súmula 43 do TST - Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º

do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço.”

“OJ nº. 113 da SDI-1 do TST - O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho

não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.”

Page 306: Direito Trabalho

Adicional de Insalubridade

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;”

“Artigo 189 da CLT - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas

que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza

e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.”

“Súmula Vinculante nº. 4 do STF - Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de

servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.”

“Súmula 228 do TST - A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº. 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será

calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.”

Page 307: Direito Trabalho

Adicional de Insalubridade

“Súmula 47 do TST - O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo

adicional.”

“Súmula 80 do TST - A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a

percepção do respectivo adicional.”

“Súmula 248 do TST - A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem

ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.”

“Súmula 289 do TST - O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as

relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.”

Page 308: Direito Trabalho

Adicional de Insalubridade

“OJ nº. 4 da SDI-1 do TST - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIXO URBANO I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o

empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.

II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque

não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho.”

“OJ nº. 103 da SDI-1 do TST - O adicional de insalubridade já remunera os dias de

repouso semanal e feriados.”

“OJ nº. 173 da SDI-1 do TST - Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto.”

Page 309: Direito Trabalho

Adicional de Periculosidade

“Artigo 193 da CLT - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza

ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.

§1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. §2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe

seja devido.”

Segundo a Lei 7.369/85, enquadram-se nas hipóteses em que incide o adicional de periculosidade os trabalhos com inflamáveis, explosivos ou eletricidade.

“Súmula 191 do TST - O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário

básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das

parcelas de natureza salarial.”

Page 310: Direito Trabalho

Adicional de Periculosidade

“Súmula 39 do TST - Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao

adicional de periculosidade.” “Súmula 132 do TST - I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente,

integra o cálculo de indenização e de horas extra. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de

risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas.”

“Súmula 361 do TST - O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma

integral, porque a Lei nº. 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma

proporcionalidade em relação ao seu pagamento.” “Súmula 364 do TST - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto

permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o

fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.” “OJ nº. 259 da SDI-1 do TST - O adicional de periculosidade deve compor a base de

cálculo do adicional noturno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco.”

Page 311: Direito Trabalho

Adicional de Insalubridade e de

Periculosidade

Insalubridade Periculosidade

- agente nocivo à saúde - risco de vida

- grau mínimo – 10% *inflamáveis

- grau médio – 20% *explosivos

- grau máximo – 40% *eletricidade

- 30% do salário base

- Utilização de EPI

Page 312: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 313: Direito Trabalho

Exercícios 1. A construtora Nortão Adentro está construindo um edifício de 20 andares na cidade de Colider. No térreo e no décimo andar há tanques com líquido

inflamável em quantidade elevada. Diante dessa situação assinale a alternativa CORRETA. (Juiz – TRT – Mato Grosso - 2011).

(A) Nenhum trabalhador tem direito ao adicional de periculosidade, pois o armazenamento em tanques afasta o agente considerado perigoso.

(B) Todos os trabalhadores do térreo e do décimo andar tem direito ao adicional de periculosidade.

(C) Somente os trabalhadores do térreo e do décimo andar que de alguma forma manipulam o inflamável é que tem direito ao adicional de

periculosidade. (D) Todos os trabalhadores da área interna do edifício tem direito ao adicional

de periculosidade. (E) Todos os trabalhadores da área interna e externa do edifício tem direito ao

adicional de periculosidade.

Page 314: Direito Trabalho

Exercícios 2. José Antônio de Souza, integrante da categoria profissional dos

eletricitários, é empregado de uma empresa do setor elétrico, expondo-se, de forma intermitente, a condições de risco acentuado. Diante dessa situação

hipotética, e considerando que não há norma coletiva disciplinando as condições de trabalho, assinale a alternativa correta: (OAB – FGV – Nacional -

2011).

(A) José Antônio não tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade, em razão da intermitência da exposição às condições de risco. (B) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de

30% (trinta por cento) sobre o seu salário básico. (C) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de

30% (trinta por cento) sobre a totalidade das parcelas salariais. (D) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de

forma proporcional ao tempo de exposição ao risco.

Page 315: Direito Trabalho

Exercícios

3. Assinale a alternativa que não está correta: (Juiz – TRT – São Paulo – 2010).

(A) O adicional noturno corresponde ao acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora trabalhada pelo advogado no período das 20h às 5h.

(B) A CLT exige que nas atividades insalubres, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de

higiene do trabalho que deverão fazer os necessários exames locais e a verificação dos métodos e processo do trabalho. Entretanto, o TST afastou parcialmente a incidência

da norma, atribuindo validade a acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre sem a inspeção prévia da

autoridade acima citada. (C) Conforme expressa previsão legal, qualquer compensação praticada no recibo de

quitação final não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.

(D) Há vedação legal para o pagamento salarial por meio de mecanismos que caracterizem o truck system, ou seja, modalidade de vinculação automática do salário a

armazéns ou sistemas de fornecimento de mercadorias. (E) Será permitido o desconto salarial relativo a dano, culposo ou doloso, ocasionado

pelo empregado, desde que, esta possibilidade tenha sido acordada, ainda que tacitamente.

Page 316: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – D 2 – C 3 – E

Page 317: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 318: Direito Trabalho

FÉRIAS

Page 319: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

As férias serão usufruídas pelo empregado por 30 dias consecutivos, após um período aquisitivo de12 meses. Após o período aquisitivo, se inicia o período

concessivo, no qual o empregador tem 12 meses para conceder as férias depois de adquirido o direito pelo empregado. Cabe ressaltar, que as férias

serão concedidas no mês que melhor convier ao empregador. Como já visto anteriormente, durante o mês em que o empregado está de

férias o contrato de trabalho é interrompido, portanto, é contado como tempo de serviço, de trabalho efetivo para fins de contagem de um novo período

aquisitivo de férias. Caso o empregador conceda as férias depois do período concessivo, este terá obrigação de pagar estas em dobro.

Page 320: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 130 da CLT – Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;

lIl - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

§1° – é vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. – o que há é uma redução do período e não uma punição pecuniária pelas faltas. §2° – o período de férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de

serviço.”

Page 321: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período

aquisitivo: I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à

sua saída; Il - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta)

dias; lIl - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em

virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de

auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. §1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de

Trabalho e Previdência Social. §2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o

implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. §3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão

local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria

profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.”

Page 322: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 134 da CLT - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.”

“Artigo 135 da CLT - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.

§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos

empregados.

“Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.

§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar

prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas

férias com as férias escolares.”

Page 323: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 142 da CLT - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão.

§1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. §2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa

na data da concessão das férias. §3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das

férias. §4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a

anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. §5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão

computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. §6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo

adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das

importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.

Page 324: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 143 da CLT - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da

remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. §1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do

término do período aquisitivo. §2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo

deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de

requerimento individual a concessão do abono. § 3° - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de

tempo parcial.”

Page 325: Direito Trabalho

Férias

“Artigo 144 da CLT - O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem

como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de 20 (vinte) dias do salário, não integrarão a remuneração do

empregado para os efeitos da legislação do trabalho.”

“Artigo 145 da CLT - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do

início do respectivo período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação

do início e do termo das férias.”

Page 326: Direito Trabalho

Férias Coletivas

“Artigo 139 da CLT - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.

§1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.

§2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de

início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.

§3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a

afixação de aviso nos locais de trabalho.

“Artigo 140 da CLT - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período

aquisitivo.

Page 327: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 328: Direito Trabalho

Exercícios 1. A empresa Y resolveu conceder férias coletivas a seus empregados, a partir

de 06/05/2012. A quantos dias de férias JOSUÉ fará jus, sabendo-se que foi admitido em 07/10/2011 e, desde então, ausentou-se por 6 dias do serviço,

injustificadamente? (Juiz – TRT – Minas Gerais - 2012).

(A) 30 dias. (B) 24 dias. (C)14 dias. (D) 10 dias.

(E) Nenhuma das respostas anteriores.

Page 329: Direito Trabalho

Exercícios 2. O empregado, no período aquisitivo de férias, faltou quatro dias seguidos em razão de falecimento da sua mãe, oito dias seguidos para celebrar seu

casamento e de lua de mel, dois dias para doação voluntária de sangue. No período concessivo respectivo, ele terá direito a usufruir de: (Analista

Judiciário – FCC – Amazonas - 2012).

(A) 24 dias de férias. (B) 30 dias de férias. (C) 18 dias de férias. (D) 16 dias de férias.

(E) somente 15 dias de férias em razão do excesso de faltas.

Page 330: Direito Trabalho

Exercícios

3. A empresa A pretende conceder férias coletivas a todos os seus empregados em dois períodos anuais, sendo um de dez dias corridos e outro de vinte dias corridos; A

empresa B pretende conceder férias coletivas apenas para um setor da empresa em dois períodos anuais de quinze dias corridos cada; A empresa C pretende conceder

férias coletivas para todos os seus empregados em dois períodos anuais, sendo um de doze dias corridos e outro de dezoito dias corridos cada. Nestes casos,(Técnico

Judiciário – FCC – Sergipe – 2011).

(A) apenas as empresas B e C estão agindo de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho.

(B) apenas as empresas A e C estão agindo de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho.

(C) todas as empresas estão agindo de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho.

(D) todas as empresas não estão agindo de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, tendo em vista que as férias coletivas não poderão ser fracionadas.

(E) apenas a empresa A está agindo de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho.

Page 331: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – C 2 – A 3 – C

Page 332: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 333: Direito Trabalho

FGTS

Page 334: Direito Trabalho

FGTS

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

III - fundo de garantia do tempo de serviço.

O FGTS foi instituído em 1966 como substituto, nesta época ainda de natureza optativa, ao regime da estabilidade decenal previsto na CLT. Após a

promulgação da Constituição Federal de 1988, o FGTS é direito impostergável de todos os trabalhadores, tendo em vista que visa proteger contra a

despedida arbitrária. Portanto, revogou tacitamente o artigo 492 e seguintes da CLT, que só são aplicáveis àqueles que por força de direito adquirido,

tenham completado dez anos de serviço na empresa até 05 de Outubro de 1988.

Page 335: Direito Trabalho

FGTS

“Artigo 15 da Lei 8.036/90 – Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária

vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº

4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº. 4.749, de 12 de agosto de 1965.”

“Artigo 18 da Lei 8.036/90 - Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no

FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das

cominações legais.” “§1º - Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este,

na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do

contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.” §2º - Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela

Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.”

Page 336: Direito Trabalho

FGTS

“Artigo 28 do Decreto 99.684/90 - O depósito na conta vinculada do FGTS é

obrigatório também nos casos de interrupção do contrato de trabalho prevista em lei, tais como:

I - prestação de serviço militar; II - licença para tratamento de saúde de até quinze dias;

III - licença por acidente de trabalho; IV - licença à gestante; e V - licença-paternidade.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, a base de cálculo será revista sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou na categoria profissional a que pertencer o

trabalhador.”

“Artigo 3º-A da Lei 5.859/72 - É facultada a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, de que trata a Lei nº. 8.036, de 11 de maio de 1990, mediante requerimento do empregador, na forma do regulamento.”

Page 337: Direito Trabalho

FGTS

“Artigo 20 da Lei 8.036/90 - A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:

I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;* II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou

agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita

da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;

IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores

previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;*

V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que:*

a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;

b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação;

Page 338: Direito Trabalho

FGTS

VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o

financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação;

VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes condições:

a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;

b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH; VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990,

fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta.*

IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;

X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.

XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna.* XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de

dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data

em que exercer a opção.

Page 339: Direito Trabalho

FGTS

XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV; XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em

razão de doença grave, nos termos do regulamento; XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.

XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:

a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente

reconhecidos pelo Governo Federal; b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de

estado de calamidade pública; e c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento.

XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível

na data em que exercer a opção.”

Page 340: Direito Trabalho

FGTS

“Súmula 362 do TST - É trintenária a prescrição do direito de

reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de

trabalho.”

Page 341: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 342: Direito Trabalho

Exercícios

1. Nos termos da lei, é obrigatório o depósito do FGTS, salvo em se tratando

de:(Juiz do Trabalho – TRT – Minas Gerais - 2012).

(A) afastamento para prestação do serviço militar obrigatório. (B) aposentadoria por invalidez.

(C) licença maternidade. (D) férias gozadas.

Page 343: Direito Trabalho

Exercícios

2. Assinale a opção correta acerca do FGTS: (OAB – CESPE – Nacional - 2009).

(A) Os valores referentes ao FGTS podem ser pagos diretamente ao

empregado. (B) Os trabalhadores autônomos são beneficiários do FGTS.

(C) A conta vinculada do trabalhador no FGTS não poderá ser movimentada em caso de despedida indireta.

(D) É devido o recolhimento do FGTS sobre os valores pagos a título de aviso prévio, quer tenha o empregado, durante esse período, trabalhado ou não.

Page 344: Direito Trabalho

Exercícios

3. Considere as seguintes assertivas a respeito do Conselho Curador do FGTS:(Analista Judiciário – FCC – TRT/RS – 2011).

I. A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante da Caixa

Econômica Federal. II. Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações

nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social. III. Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos

suplentes terão mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. IV. O Conselho Curador reunir-se-á ordinariamente, a cada bimestre, por convocação

de seu Presidente.

(A) II, III e IV. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV.

(E) I, II e IV.

Page 345: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B 2 – D 3 – A

Page 346: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 347: Direito Trabalho

ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO

Page 348: Direito Trabalho

Estabilidade

A estabilidade é oriunda do princípio trabalhista da continuidade da relação de emprego e do princípio da proteção, respaldando-se ainda no princípio da causalidade da dispensa, impossibilitando a dispensa arbitrária ou abusiva,

devendo propiciar ao empregado a segurança adequada para o desempenho de seu papel profissional. Estabilidade é o gênero (a proteção), do qual

derivam as espécies: proteção propriamente dita e garantia de emprego.

Anteriormente à Constituição Federal de 1988, o empregado optava pelo regime de estabilidade decenal ou pelo regime do Fundo de Garantia por

Tempo de Serviço. Porém, com advento da Carta Magna vigente, este sistema mudou, passando a vigorar apenas o regime do Fundo de Garantia por tempo

de Serviço. Obviamente, aqueles que haviam optado pelo regime de estabilidade decenal anterior a 1988 não perderam o referido direito.

Page 349: Direito Trabalho

Estabilidade

“Súmula 379 do TST – O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts.

494 e 543, §3º, da CLT.”

“Artigo 55 da Lei 5.764/71 - Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das

garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.”

“Súmula 396 do TST - Estabilidade Provisória - Pedido de Reintegração - Concessão do Salário Relativo ao Período de Estabilidade já Exaurido -

Inexistência de Julgamento "Extra Petita“ I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os

salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego.

II - Não há nulidade por julgamento "extra petita" da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da

CLT.

Page 350: Direito Trabalho

Estabilidade

Gestante

“Artigo 10 da ADCT - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o Art. 7º, I, da Constituição:

II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o

parto.”

“Súmula 244 do TST – GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao

pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais

direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de

admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa

causa.”

Page 351: Direito Trabalho

Estabilidade

Licença Maternidade

“Artigo 392 da CLT - A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.

§1° – a empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28° dia antes

do parto e ocorrência deste. §2°– os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2

semanas cada um, mediante atestado médico §3°– em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previstos neste

artigo. §4°– é garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais

direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a

retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no

mínimo, 6 consultas médicas e demais exames complementares.

Page 352: Direito Trabalho

Estabilidade

Acidente de Trabalho O empregado que sofreu acidente do trabalho tem garantido, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Se o afastamento do serviço em virtude do acidente for menor que dezesseis dias, o trabalhador não será beneficiado pelo auxílio-doença acidentário e, por assim dizer,

não gozará de qualquer garantia no emprego.

“Súmula 378 do TST - ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº. 8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS

I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº. 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao

empregado acidentado. II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do

contrato de emprego.

Page 353: Direito Trabalho

Estabilidade

Cipeiro “Súmula 339 do TST– Suplente da CIPA (Comissões Internas de Prevenção de

Acidentes) - Garantia de Emprego I- O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a",

do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II- A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas

garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica

a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.

Page 354: Direito Trabalho

Estabilidade

Membro da Comissão de Conciliação Prévia e Diretor Sindical “Artigo 543 da CLT - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições

sindicais. §1º- O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita.

§2º - Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que refere este artigo.

§3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um)

ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.

§4º - Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei.

§5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e

posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º.

§6º - A empresa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe a Sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado fica sujeita à

penalidade prevista na letra a do art. 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado.

Page 355: Direito Trabalho

Estabilidade

Membro da Comissão de Conciliação Prévia e Diretor Sindical

“Súmula 369 do TST - DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (nova redação

dada ao item II)

I- É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT.

II- O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e

igual número de suplentes. III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de

estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.

IV- Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.

Page 356: Direito Trabalho

Estabilidade

Servidor Público Celetista “Súmula 390 do TST - Estabilidade - Celetista - Administração Direta,

Autárquica ou Fundacional - Empregado de Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.”

I- O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida

a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.”

Page 357: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 358: Direito Trabalho

Exercícios

1. Sobre a estabilidade e a garantia de emprego, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta, de acordo com a lei e a jurisprudência cristalizada do Tribunal Superior do

Trabalho:(Juiz do Trabalho – TRT – Minas Gerais - 2012).

I. O dirigente sindical somente poderá ser dispensado mediante a apuração em inquérito judicial, a não ser que cometa justa causa, caso em que sua dispensa poderá ser imediata.

II. Subsistente a empresa, embora extinto o estabelecimento, é arbitrária a despedida do cipeiro, sendo cabível sua reintegração ou devida a indenização do período estabilitário.

III. A garantia do emprego do cipeiro estende-se ao suplente da CIPA. IV. O desconhecimento do registro da candidatura do empregado a dirigente sindical pelo

empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. V. O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de

aviso prévio, ainda que indenizado, lhe assegura a estabilidade, visto que o aviso prévio integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais.

(A) somente a afirmativa I está correta.

(B) somente a afirmativa III está correta. (C) somente as afirmativas I e III estão corretas.

(D) somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. (E) somente as afirmativas II, III e V estão corretas.

Page 359: Direito Trabalho

Exercícios

2. Com relação às estabilidades e às garantias provisórias de emprego, é correto afirmar que: (OAB – FGV – Nacional - 2010).

(A) o servidor público celetista da administração direta, autárquica ou

fundacional não é beneficiário da estabilidade prevista na Constituição da República de 1988, que se restringe ao ocupante de cargo de provimento

efetivo em virtude de concurso público. (B) a empregada gestante tem direito à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, uma vez que se visa à proteção

do instituto da maternidade. (C) os membros do Conselho Curador do FGTS representantes dos

trabalhadores, efetivos e suplentes, têm direito à estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente

podendo ser dispensados por motivo de falta grave, regularmente comprovada por processo sindical.

(D) o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio não obsta a estabilidade sindical, porque

ainda vigente o contrato de trabalho.

Page 360: Direito Trabalho

Exercícios

3. A respeito da estabilidade da empregada gestante, considere: (Analista Judiciário – FCC – TRT/SC – 2010).

I. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o

período de estabilidade. II. De acordo com o Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal brasileira, é vedada a dispensa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até seis

meses após o parto. III. Em regra, há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de

admissão mediante contrato de experiência, visto que há uma relação de emprego legalmente constituída.

IV. O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade.

(A) I, II e III.

(B) I e IV. (C) III e IV.

(D) I, III e IV. (E) I e III.

Page 361: Direito Trabalho

Exercícios

4. Joaquim, empregado da empresa J, registrou no sindicato competente a sua candidatura para dirigente sindical. De acordo com a Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT), o sindicato deverá comunicar a empresa J deste registro no prazo de: (Analista Judiciário – FCC – TRT/AP-PA – 2010).

(A) dez dias. (B) 48 horas.

(C) cinco dias. (D) 24 horas.

(E) quinze dias.

Page 362: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B 2 – C 3 – B 4 – D

Page 363: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 364: Direito Trabalho

GREVE

Page 365: Direito Trabalho

Greve

A greve é a paralisação conjunta e ordenada das atividades profissionais, com vistas a pressionar o empregador a conceder determinado direito, ou abster-

se de determinado intuito. É tipicamente decorrente de um direito coletivo. Uma vez deflagrada, importa na suspensão do contrato de trabalho, consoante o disposto no art. 7º da Lei n.º 7.783/89. Todavia, por uma construção jurisprudencial, se for considerada

“legal”, configurar-se-á em interrupção do contrato de trabalho, se houver determinação de pagamento dos salários retroativos.

Só atividade profissional pode fazer greve, pelo menos em termos estritamente jurídicos, portanto, como estudar não é profissão, os estudantes,

tecnicamente, não podem fazer greve. No Brasil, o direito de greve dos trabalhadores em geral possui assento constitucional.

Page 366: Direito Trabalho

Greve

O Tribunal Superior do Trabalho entende que “a greve é um direito social e não um direito coletivo do cidadão. Não pode ser exercido contra a ordem

jurídica e institucional. Não existe direito individual ou coletivo contra a ordem jurídica, estando a greve sujeita a limites implícitos na própria constituição

que a sustenta”.

Aos militares, por exemplo, são vedadas a sindicalização e a greve, por absoluta incompatibilidade entre estes institutos e o tipo de atividade e

estrutura desta categoria. Os servidores públicos, embora possuam previsão constitucional permissiva da greve, dependem ainda para exercitá-la de lei específica, que deverá conjugar a greve de servidores com o princípio da

continuidade do serviço público.

Page 367: Direito Trabalho

Greve

“Artigo 9º da Constituição Federal - Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão

das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.”

“§1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.”

“§2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.”

“Artigo 7º da Lei 7.783/89 – Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo

arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.” “Parágrafo único - É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na

ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.”

Page 368: Direito Trabalho

Greve

“Artigo 2º da Lei 7.783/89 - Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total

ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.”

“Artigo 3º da Lei 7.783/89 - Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do

trabalho.” Parágrafo único - A entidade patronal correspondente ou os empregadores

diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.”

Page 369: Direito Trabalho

Greve

“Artigo 9º da Lei 7.783/89 - Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável,

pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa

quando da cessação do movimento.” “Parágrafo único - Não havendo acordo, é assegurado ao empregador,

enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo.”

Page 370: Direito Trabalho

Greve

“Artigo 10 da Lei 7.783/89 - São considerados serviços ou atividades essenciais:

I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;

II - assistência médica e hospitalar; III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;

IV - funerários; V - transporte coletivo;

VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações;

VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; X - controle de tráfego aéreo; XI - compensação bancária.”

Page 371: Direito Trabalho

Greve

“Artigo 11 da Lei 7.783/89 - Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum

acordo, a garantir, durante a greve, a prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.”

“Parágrafo único - São necessidades inadiáveis da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a

segurança da população.”

“Artigo 12 da Lei 7.783/89 - No caso da inobservância do disposto no artigo anterior, o Poder Público assegurará a prestação dos serviços indispensáveis.”

Page 372: Direito Trabalho

Greve

“Artigo 13 da Lei 7.783/89 - Na greve, em serviços ou atividades essenciais,

ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência

mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação.

“Artigo 14 da Lei 7.783/89 - Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça

do Trabalho. “Parágrafo único - Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa

não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que: I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;

II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.”

Page 373: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 374: Direito Trabalho

Exercícios

1. Nos termos da Lei nº. 7.783, de 28/06/1989, que trata do direito de greve, tem-se a: (Advogado – CESGRANRIO – Petrobrás - 2011).

(A) definição das atividades essenciais, parâmetros de contingenciamentos e

percentuais de trabalhadores na permanência das atividades durante a greve. (B) definição das atividades essenciais e regulamentação do atendimento das

necessidades inadiáveis da comunidade. (C) relação exemplificativa de serviços e atividades essenciais para

atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. (D) relação de hipóteses de rescisão de contrato de trabalho durante a greve.

(E) relação de hipóteses de contratação de trabalhadores substitutos aos grevistas.

Page 375: Direito Trabalho

Exercícios

2. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve,

a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Nos termos da lei que assegura o exercício do direito de greve, NÃO são considerados serviços ou atividades essenciais:

(Analista Judiciário – FCC – TRT/AM - 2012).

(A) assistência médica e hospitalar. (B) atividades escolares do ensino fundamental.

(C) guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares.

(D) compensações bancárias. (E) distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos.

Page 376: Direito Trabalho

Exercícios

3. Suponha que os integrantes da categoria de empregados nas empresas de distribuição de energia elétrica, por meio de interferência da entidade sindical

que os representa, pretendam entrar em greve, em vista de não ter sido possível a negociação acerca do reajuste salarial a ser concedido à categoria.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta: (OAB – CESPE – Nacional – 2008).

(A) Não é assegurado a esses empregados o direito de greve. (B) A atividade executada pelos integrantes dessa categoria profissional não se

caracteriza como essencial. (C) Frustrada a negociação, é facultada a cessação coletiva do trabalho, sendo

afastada a possibilidade de recursos via arbitral. (D) Caso a categoria decida pela greve, a entidade sindical deverá comunicar a

decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 horas da paralisação.

Page 377: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B 2 – B 3 – D

Page 378: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 379: Direito Trabalho

CARTEIRA PROFISSIONAL - CTPS

Page 380: Direito Trabalho

CTPS

A Carteira de Trabalho e Previdência Social, mais conhecida como CTPS, é documento obrigatório para os empregados e para quem exerça atividade

profissional remunerada (como os profissionais liberais) ou trabalhe por conta própria no campo (individualmente ou explorando a terra em regime de

economia familiar).

A CTPS é o documento de identificação do trabalhador que serve não só para constatar que ele mantém contrato de trabalho com o empregador, provando sua existência, mas também comprova o tempo de serviço que foi prestado a outras empresas, pelo obreiro, servindo como atestado de antecedentes do

trabalhador.

Nela são anotadas os elementos mais importantes concernentes as relações de emprego passadas e presentes do trabalhador e as alterações relevantes

havidas em seus contratos de trabalhos, bem assim informações do interesse da Previdência Social.

Page 381: Direito Trabalho

CTPS “Artigo 13 da CLT - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de

qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.

§1º - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, a quem:

I - proprietário rural ou não, trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da mesma família, indispensável à própria subsistência, e

exercido em condições de mútua dependência e colaboração; II - em regime de economia familiar e sem empregado, explore área não excedente do módulo rural ou de outro limite que venha a ser fixado, para cada região, pelo Ministério do Trabalho. §2º - A Carteira de Trabalho e Previdência Social e respectiva Ficha de Declaração obedecerão

aos modelos que o Ministério do Trabalho adotar. §3º - Nas localidades onde não for emitida a Carteira de Trabalho e Previdência Social poderá ser

admitido, até 30 (trinta) dias, o exercício de emprego ou atividade remunerada por quem não a possua, ficando a empresa obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de

emissão mais próximo. §4º - Na hipótese do § 3º:

I - o empregador fornecerá ao empregado, no ato da admissão, documento do qual constem a data da admissão, a natureza do trabalho, o salário e a forma de seu pagamento;

II - se o empregado ainda não possuir a carteira na data em que for dispensado, o empregador Ihe fornecerá atestado de que conste o histórico da relação empregatícia.”

Page 382: Direito Trabalho

CTPS

“Artigo 14 da CLT - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será emitida pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou, mediante convênio, pelos órgãos

federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta. Parágrafo único - Inexistindo convênio com os órgãos indicados ou na

inexistência destes, poderá ser admitido convênio com sindicatos para o mesmo fim.”

“Artigo 20 da CLT - As anotações relativas a alteração do estado civil e aos

dependentes do portador da Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas pelo Instituto Nacional de Seguro Social e somente em sua falta, por

qualquer dos órgãos emitentes.”

“Artigo 21 da CLT - Em caso de imprestabilidade ou esgotamento do espaço destinado a registros e anotações, o interessado deverá obter outra carteira,

conservando-se o número e a série da anterior.”

Page 383: Direito Trabalho

CTPS

“Artigo 25 da CLT - As Carteiras de Trabalho e Previdência Social serão entregues aos interessados pessoalmente, mediante recibo.”

“Artigo 30 da CLT - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados

pelo Instituto Nacional de Previdência Social na carteira do acidentado.”

“Artigo 34 da CLT - Tratando-se de serviço de profissionais de qualquer atividade, exercido por empreitada individual ou coletiva, com ou sem

fiscalização da outra parte contratante, a carteira será anotada pelo respectivo sindicato profissional ou pelo representante legal de sua

cooperativa.”

“Artigo 36 da CLT - Recusando-se a empresa a fazer as anotações a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social

recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou por intermédio de seu sindicato, perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para

apresentar reclamação.”

Page 384: Direito Trabalho

CTPS

“Artigo 29 da CLT - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as

condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.

§1º - As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja

sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. §2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas:

a) na data-base; b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;

c) no caso de rescisão contratual; ou d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social.

§3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao

órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. §4º - É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em

sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. §5º - O descumprimento do disposto no § 4º deste artigo submeterá o empregador ao

pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo.”

Page 385: Direito Trabalho

CTPS

“Súmula 12 do TST - CARTEIRA PROFISSIONAL:

As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum.”

“Precedente Normativo nº.98 - Será devida ao empregado a indenização

correspondente a 1 (um) dia de salário, por dia de atraso, pela retenção de sua carteira profissional após o prazo de 48 horas.”

“OJ nº. 82 da SDI-1 do TST - AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS:

A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do

prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.”

Page 386: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 387: Direito Trabalho

Exercícios

1. Nas localidades onde não é emitida a Carteira de Trabalho e Previdência Social, a prestação de serviços por empregado que não a possua é admitida,

desde que: (Técnico Judiciário – FCC – TRT/SP - 2004).

(A) não exceda o prazo de 30 (trinta) dias, período no qual o empregador fica obrigado a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emissão de

CTPS mais próximo. (B) o trabalhador apresente declaração da qual constem a data de admissão, a

natureza do trabalho e o salário. (C) o empregado apresente os seguintes documentos: Certidão de Nascimento

ou Cédula de Identidade, Cadastro de Pessoa Física, Título de Eleitor e comprovante de residência.

(D) a contratação seja feita com a assistência do Sindicato, que fornecerá documento competente.

(E) se trate de atividade de natureza rural, exercida em área não excedente do módulo rural.

Page 388: Direito Trabalho

Exercícios

2. Com referência à Carteira de Trabalho e Previdência Social, assinale a opção correta: (OAB – CESPE – São Paulo - 2008).

(A) Tal documento é desnecessário para os trabalhadores em domicílio,

mesmo que a relação jurídica implique vínculo de emprego. (B) Tal documento é desnecessário para o trabalhador rural, mesmo que a

relação jurídica implique vínculo de emprego. (C) Esse documento é desnecessário para os trabalhadores domésticos,

mesmo que a relação jurídica implique vínculo de emprego. (D) Nas localidades onde tal documento não seja emitido, o empregado que não o possua poderá ser admitido até o limite de 30 dias, ficando a empresa,

em tal período, obrigada a permitir o comparecimento do trabalhador ao posto de emissão mais próximo.

Page 389: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – A 2 – D

Page 390: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 391: Direito Trabalho

MULHER

Page 392: Direito Trabalho

Mulher

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos

termos desta Constituição;”

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;”

Page 393: Direito Trabalho

Mulher

“Artigo 372 da CLT - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que

não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo.

“Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente

pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho.”

Page 394: Direito Trabalho

Mulher “Artigo 373-A da CLT - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos

acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou

situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir;

II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e

publicamente incompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de

remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou

gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em

concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez;

VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as

condições gerais de trabalho da mulher."

Page 395: Direito Trabalho

Mulher

“Artigo 384 da CLT - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de

15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho.”

“Artigo 389 da CLT - Toda empresa é obrigada: I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e

locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da autoridade competente;

lI - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento

físico; lIl - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja

exigida a troca de roupa e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde

possam as empregadas guardar seus pertences; IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteção

individual, tais como óculos, máscaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da pele, de acordo com a natureza do trabalho.”

Page 396: Direito Trabalho

Mulher “Artigo 389 da CLT, §1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta)

mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação.”

“§2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas,

diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de

entidades sindicais.”

“Artigo 390 da CLT - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e

cinco) quilos para o trabalho ocasional.

Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos

mecânicos.”

“Artigo 198 da CLT - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da

mulher.”

Page 397: Direito Trabalho

Mulher

“Artigo 391 da CLT - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez.

Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de

casamento ou de gravidez.”

“Artigo 392 da CLT - É proibido o trabalho da mulher grávida no período de 4 (quatro) semanas antes e 8 (oito) semanas depois do parto.

§1º - Para os fins previstos neste artigo, o início do afastamento da empregada de seu trabalho será determinado por atestado médico nos termos do art. 375, o qual deverá ser visado pela

empresa. §2º - Em casos excepcionais, os períodos de repouso antes e depois do parto poderão ser

aumentados de mais 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico, na forma do §1º. §3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá sempre direito às 12 (doze) semanas previstas

neste artigo. §4º - É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos:

I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;

II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.”

Page 398: Direito Trabalho

Mulher

“Artigo 392-A da CLT - À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392,

observado o disposto no seu § 5º.”

“Artigo 395 da CLT - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe

assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.”

“Artigo 396 da CLT - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois)

descansos especiais, de meia hora cada um. Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá

ser dilatado, a critério da autoridade competente.”

“Artigo 2º da Lei 9.029/95 - Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro

procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez.”

Page 399: Direito Trabalho

Mulher

“Artigo 10 da ADCT - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o

Art. 7º, I, da Constituição:

II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o

parto.”

“Súmula 244 do TST – GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.

I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, "b" do ADCT).

II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais

direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de

admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa

causa.”

Page 400: Direito Trabalho

Mulher

“OJ da SDC nº. 30 - ESTABILIDADE DA GESTANTE. RENÚNCIA OU TRANSAÇÃO

DE DIREITOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE

Nos termos do art. 10, II, "b", do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em

estado gravídico. Portanto, a teor do artigo 9º da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação,

pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário.”

Page 401: Direito Trabalho

Mulher

“Súmula 371 do TST – AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DESTE.

A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem

efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio,

todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário.”

“Súmula 396 do TST - ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO

"EXTRA PETITA"

I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo

assegurada a reintegração no emprego. II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido

for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT.”

Page 402: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 403: Direito Trabalho

Exercícios

1. Considerando as normas especiais de proteção ao trabalho da mulher, é INCORRETO

afirmar que: (Execução de Mandados – FCC – TRT/AM - 2012).

(A) é vedado publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade, pública

e notoriamente, assim o exigir. (B) é vedado exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de

esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego. (C) ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a vinte quilos de trabalho contínuo, ou vinte e cinco quilos

para o trabalho ocasional, salvo se exercida a atividade com aparelhos mecânicos. (D) a empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança

será concedida licença-maternidade condicionada à apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.

(E) em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de quatro semanas, ficando-lhe assegurado o

direito de retornar à função que ocupava antes do afastamento.

Page 404: Direito Trabalho

Exercícios

2. Com relação às normas de proteção ao trabalho da mulher, inseridas na CLT, assinale a opção correta. (OAB – CESPE – Nacional - 2010).

(A) O trabalho noturno terá salário superior ao diurno, com percentual de

acréscimo de, no mínimo, 25%. (B) Em caso de prorrogação do horário normal de trabalho, é obrigatória a concessão de descanso de, no mínimo, quinze minutos antes do início do

horário extraordinário do trabalho. (C) Na admissão ao emprego, é facultado ao empregador exigir atestado ou

exame para a comprovação de gravidez. (D) Entre duas jornadas de trabalho, deve haver um intervalo de, no mínimo,

doze horas consecutivas destinadas ao repouso.

Page 405: Direito Trabalho

Exercícios

3. Ana assinou contrato de trabalho por prazo indeterminado com a empresa ABC do Brasil para exercer as funções de cozinheira. Dois meses depois do início do trabalho,

Ana adota, legalmente, uma criança de sete anos de idade. (Analista Judiciário – FCC – TRT/PI - 2010).

(A) terá direito à licença-maternidade de 60 dias.

(B) terá direito à licença-maternidade de 120 dias. (C) não terá direito à licença-maternidade.

(D) terá direito à licença-maternidade de 30 dias. (E) terá direito à licença-maternidade de 10 dias.

Page 406: Direito Trabalho

Exercícios

4. Ainda a respeito das normas de proteção à gestante, assinale a opção correta. (Analista Judiciário – FCC – TRT/RJ - 2008).

(A) A proteção à gestante veda a dispensa com base em justa causa.

(B) O legislador brasileiro, a partir de 1932 e, mais claramente, desde 1974, vem tratando o problema da proteção à gestante cada vez menos como de natureza

previdenciária e cada vez mais como um encargo trabalhista do empregador. (C) A empregada sob regime de contratação temporária tem direito à licença-

maternidade, nos termos do art. 7.º, XVIII, da CF e do art. 10, II, b, do ADCT. Esse entendimento teve origem no TST.

(D) Nos termos do art. 10, II, b, do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador

a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do artigo 9.º da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias

referentes à manutenção do emprego e salário. (E) Durante a licença da gestante, a previdência social responderá mensalmente pelo

pagamento da gestante até o valor do maior beneficio pago pela previdência, respondendo o empregador pelo que exceder do valor máximo.

Page 407: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – E 2 – B 3 – B 4 – D

Page 408: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 409: Direito Trabalho

MENOR

Page 410: Direito Trabalho

Menor

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de

dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz.”

A idade mínima para o trabalho é dezesseis anos, sendo feita exceção apenas

ao chamado menor aprendiz, o qual está submetido a uma formação metódica de aprendizagem, que tem por finalidade ensinar-lhe uma profissão.

O contrato de aprendizagem é um contrato de trabalho regido por normas especiais, previstas na CLT e em leis esparsas.

Page 411: Direito Trabalho

Menor

É absolutamente capaz para o trabalho o maior de 18 (dezoito) anos.

É relativamente capaz, de acordo com a Emenda Constitucional 20/98, aquele trabalhador da faixa etária dos 16 (dezesseis) aos 18 (dezoito) anos.

O menor de 16 (dezesseis) anos e maior de 14 (quatorze) anos somente

poderá ser contratado como aprendiz.

“Artigo 402 da CLT - Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos.

“Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do

presente Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai,

mãe ou tutor, observado, entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 e na Seção II.”

Page 412: Direito Trabalho

Menor “Artigo 404 da CLT - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno,

considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas.”

“Artigo 405 da CLT - Ao menor não será permitido o trabalho:

I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do Trabalho;

Il - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade.

§3º - Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) prestado de qualquer modo em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos,

cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras

semelhantes; c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes,

desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral;

d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.”

Page 413: Direito Trabalho

Menor

“Artigo 406 da CLT - O Juiz da Infância e da Juventude poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras a e b do § 3º do art. 405:

I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser prejudicial à sua formação moral;

Il - desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à

sua formação moral.”

“Artigo 407 da CLT - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a

respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções.

Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de

função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483.”

Page 414: Direito Trabalho

Menor

“Artigo 408 da CLT - Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física ou moral.”

O artigo 408 da CLT visa a proteção ao adolescente, pois permite que seus pais promovam a

rescisão contratual sem prévio aviso ao empregador, quando a atividade desenvolvida por aquele acarretar prejuízos de ordem física ou moral.

“Artigo 428 da CLT - Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de

14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e

psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. §1º - A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e

Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade

qualificada em formação técnico-profissional metódica. §2º - Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. §3º - O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos, exceto

quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.”

Page 415: Direito Trabalho

Menor

“§4º - A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por

atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho.

§5º - A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência.

§6º - Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências

relacionadas com a profissionalização. §7º - Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no §1º deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde

que ele já tenha concluído o ensino fundamental.”

Page 416: Direito Trabalho

Menor

Principais características do menor aprendiz

- Anotação na CTPS; - Matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o

ensino fundamental; - Inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de

entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica; - O salário não poderá ser inferior ao mínimo;

- A jornada de trabalho é de no máximo 6 (seis) horas, podendo chegar a 8 (oito) caso o adolescente já tenha concluído o ensino fundamental;

- As únicas hipóteses de extinção do contrato são desempenho insuficiente, ausência não justificada à escola que implique em perda do ano letivo, o aprendiz completar 18 (dezoito) anos, ou extinção a pedido do próprio

aprendiz; - Prazo não superior a 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz

portador de deficiência.

Page 417: Direito Trabalho

Menor

“Artigo 432 da CLT - A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.

§1º - O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os

aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.”

“Artigo 433 da CLT - O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou

quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no §5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes

hipóteses: I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;

II – falta disciplinar grave; III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou

IV – a pedido do aprendiz.

Page 418: Direito Trabalho

Menor

“Artigo 439 da CLT - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18

(dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.

O artigo 439 da CLT dispõe de algumas regras especiais sobre o trabalho do menor. Segundo o referido artigo, o menor precisa de autorização dos pais para contratar,

autorização dos pais para distratar, e autorização dos pais para dar quitação. Porém, ainda o próprio artigo 439 da CLT permite que o menor assine recibo de pagamento

dos salários recebidos sem a assistência dos pais.

“Artigo 440 da CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.”

Page 419: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 420: Direito Trabalho

Exercícios

1. Em relação ao trabalho do menor é INCORRETO afirmar: (Procurador – PGE – PGE/RO - 2011).

(A) Se a autoridade competente verificar que o trabalho executado pelo menor é

prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou à sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso,

proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções. (B) Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de

trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízo de ordem física ou moral.

(C) O empregador, cuja empresa ou estabelecimento ocupar menores, será obrigado a conceder-lhes o tempo que for necessário para a frequência às aulas .

(D) Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno, considerado, na área urbana ou rural, o que for executado no período compreendido entre as 20 (vinte) e as 5 (cinco)

horas. (E) Os estabelecimentos situados em lugar onde a escola estiver a maior distância que

dois quilômetros e que ocuparem, permanentemente, mais de trinta menores analfabetos, serão obrigados a manter local apropriado em que lhes seja ministrada a

instrução primária.

Page 421: Direito Trabalho

Exercícios

2. A respeito da proteção conferida ao menor trabalhador, assinale a opção correta. (OAB – CESPE – Nacional - 2009).

(A) Não corre nenhum prazo prescricional contra os menores de 18 anos de idade.

(B) É vedado ao menor empregado firmar recibos legais pelo pagamento dos salários sem que esteja assistido pelos seus representantes.

(C) É lícita a quitação advinda da rescisão contratual firmada por empregado menor sem a assistência do seu representante legal.

(D) Excepcionalmente, é permitido o trabalho noturno de menores de 18 anos de idade, mas, em nenhuma hipótese, é admitido o trabalho de menores de 16 anos de

idade.

Page 422: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – D 2 – A

Page 423: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 424: Direito Trabalho

AVISO PRÉVIO

Page 425: Direito Trabalho

Aviso Prévio

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

“XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no

mínimo de trinta dias, nos termos da lei”.

A regra, é a concessão do aviso prévio quando o contrato de trabalho é por prazo indeterminado.

Page 426: Direito Trabalho

Aviso Prévio

“Artigo 487 da CLT - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com

a antecedência mínima de:

I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais

de 12 (doze) meses de serviço na empresa.

“Artigo 1º da Lei 12.506/11 - O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta)

dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.

Parágrafo único - Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de

60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.”

Page 427: Direito Trabalho

Aviso Prévio “Artigo 487 da CLT, §1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá

ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. §2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o

direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. §3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os

efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.

§4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. §5º - O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio

indenizado. §6º - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra

seu tempo de serviço para todos os efeitos legais.”

Page 428: Direito Trabalho

Aviso Prévio

No contrato a termo, em regra, não há aviso prévio. Porém, poderá constar no contrato a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada. A presença desta cláusula no contrato a termo traz para as partes a mesma insegurança que há no contrato por prazo indeterminado. Caso conste essa cláusula no momento do encerramento do contrato, serão aplicados os princípios que

regem o contrato por prazo indeterminado. Importante ainda dizer que o aviso prévio não é cabível nas rescisões de contrato por justa causa.

“Súmula 163 do TST – Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do artigo 481 da CLT.”

Quanto à culpa recíproca, conceder-se-á ao empregado 50% do valor referente ao aviso prévio.

“Súmula 14 do TST – Reconhecida a culpa recíproca na rescisão

do contrato de trabalho, o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.”

“Súmula 44 do TST – A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização,

simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.”

Page 429: Direito Trabalho

Aviso Prévio

O empregador decide como o empregado irá cumprir o aviso prévio, que poderá cumprido de duas formas, quais são:

Indenizado – É aquele que não é cumprido pelo empregado no

trabalho, sendo pago em espécie pelo empregador. O empregador opta pelo não comparecimento do empregado ao local de trabalho, indenizando o período de 30 dias seguintes ao empregado. Cabe ressaltar, que o aviso

prévio indenizado integra o contrato para todos os fins, pois a data de baixa na carteira é a do último dia do aviso prévio, conforme prevê as OJs

82 e 83 do TST.

Trabalhado – No aviso prévio trabalhado, o empregador pode optar pelo cumprimento do aviso prévio de duas maneiras. Na primeira, o empregado continua cumprindo sua jornada de trabalho, porém, é

dispensado duas horas mais cedo, sem prejuízo do salário, conforme prevê o artigo 488 da CLT. A segunda forma de cumprimento do aviso prévio

trabalhado consiste na liberação do empregado por parte do empregador dos últimos dias em que ele está cumprindo aviso prévio. Ou seja, o empregado não “desfruta” das

duas horas diárias, e sim de 7 dias ao final do contrato. Ambas as formas de cumprimento do aviso prévio trabalhado, tem por

finalidade permitir ao empregado a procura de novo emprego.

Page 430: Direito Trabalho

Aviso Prévio

“Artigo 488 da CLT – O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas)

horas diárias, sem prejuízo do salário integral.” Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas)

horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos,

na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação.”

Ao empregado rural é ao empregado doméstico são aplicados critérios diferentes. O empregado rural quando cumpre o aviso prévio

trabalhado ele não tem opção. Ele terá direito a folga de 01 dia na semana, além é claro, do repouso semanal remunerado. Em relação ao empregado doméstico, este não tem controle de jornada, não podendo existir a opção de sair 02 horas mais cedo. Logo,

a este resta a opção única de não trabalhar 07 dias corridos.

“Súmula 230 do TST - É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.”

Page 431: Direito Trabalho

Aviso Prévio

“OJ 82 da SDI-1 do TST – AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS. A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do

prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.”

“OJ 83 da SDI-1 do TST – AVISO PRÉVIO. INDENIZADO. PRESCRIÇÃO. A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso

prévio.”

“Súmula 380 do TST – Aplica-se a regra prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio,

excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento.”

Page 432: Direito Trabalho

Aviso Prévio

“Artigo 489 da CLT - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à

outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse

sido dado.”

“Artigo 490 da CLT - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo

da indenização que for devida.”

“Artigo 491 da CLT - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer

qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.”

“Súmula 73 do TST – Falta grave, salvo a de abandono de

emprego, praticada pelo empregado no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira àquele qualquer direito a indenização.”

Page 433: Direito Trabalho

Aviso Prévio

“Súmula 276 do TST – O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o

empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.”

Caso durante o período do aviso prévio o empregado encontre outro

emprego, este renuncia tacitamente o direito ao restante do período do aviso prévio, pois a função do aviso prévio além de

resguardar o empregado, é de justamente proporcionar a este oportunidade para procurar outro emprego.

Page 434: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 435: Direito Trabalho

Exercícios

1. Após 23 anos de trabalho numa empresa, Renato é dispensado sem justa causa, no dia 31 de janeiro de 2012. Na hipótese, ele fará jus ao aviso prévio

de: (OAB – FGV – Nacional - 2012).

(A) 90 dias.

(B) 30 dias.

(C) 96 dias.

(D) 99 dias.

Page 436: Direito Trabalho

Exercícios

2. A empresa privada Amarílis cessou suas atividades pagando indenização simples para seus funcionários. A empresa privada Violeta cessou suas atividades pagando

indenização em dobro para seus funcionários. Nestes casos, o pagamento da indenização. (Analista Judiciário – FCC – TRT/SP - 2008).

(A) não exclui, por si só, apenas aos empregados da empresa Amarílis, o direito ao

aviso prévio. (B) não exclui, por si só, apenas aos empregados da empresa Violeta, o direito ao aviso

prévio. (C) exclui, por si só, o direito dos empregados de ambas as empresas ao aviso prévio.

(D) não exclui, por si só, o direito dos empregados de ambas as empresas ao aviso prévio.

(E) só excluirá o direito dos empregados de ambas as empresas ao aviso prévio se o pagamento da indenização ocorrer até o quinto dia útil do mês seguinte à cessação das

atividades.

Page 437: Direito Trabalho

Exercícios

3. O empregado Vicente de Morais foi dispensado sem justa causa. Sete dias depois, requereu a liberação do cumprimento do aviso prévio, pois já havia obtido um novo

emprego. O antigo empregador concordou com o seu pedido, exigindo apenas que ele fosse feito por escrito, junto com a cópia da sua CTPS registrada pelo novo empregador,

o que foi realizado por Vicente. (OAB – FGV – Nacional - 2010).

(A) integrar o aviso prévio ao pagamento de todas as verbas rescisórias por ele devidas, uma vez que o aviso prévio é irrenunciável.

(B) deduzir o aviso prévio do pagamento de parte das verbas rescisórias devidas, uma vez que o empregado renunciou livremente a esse direito, mas o aviso prévio

continuará incidindo sobre as parcelas de natureza salarial. (C) deduzir o aviso prévio do pagamento de parte das verbas rescisórias devidas, uma

vez que o empregado renunciou livremente a esse direito, mas o aviso prévio continuará incidindo sobre as parcelas de natureza indenizatória.

(D) pagar as verbas rescisórias, excluindo o valor equivalente ao dos dias remanescentes do aviso prévio.

Page 438: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – A 2 – D 3 – D

Page 439: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 440: Direito Trabalho

RESCISÃO

Page 441: Direito Trabalho

Rescisão

“Artigo 477 da CLT - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações

de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.

§1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. §2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. §3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na

falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz. §4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da

rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em

dinheiro.”

Page 442: Direito Trabalho

Rescisão

“Artigo 477 da CLT - §5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.

§6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso

prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. §7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador

e empregador. §8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente

ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,

comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.”

Page 443: Direito Trabalho

Rescisão

O art. 477, § 6º da CLT prevê os prazos dentro dos quais deve ser efetuado o pagamento das verbas rescisórias devidas ao empregado. Na hipótese de contrato por

prazo determinado ou de dispensa imotivada de empregado contratado a prazo indeterminado, onde tenha havido aviso prévio trabalhado, o pagamento deve ser feito

até o 1º dia útil imediato ao término do contrato. Nos demais casos (despedida com justa causa, aviso prévio indenizado, ou dispensa de cumprimento de pré-aviso), o pagamento dos valores pertinentes à rescisão contratual

deve ser feito até o décimo dia contado da notificação da demissão.

Page 444: Direito Trabalho

Rescisão “Artigo 479 da CLT - Nos contratos que tenham termo estipulado, o

empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria

direito até o termo do contrato. Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo

indeterminado.”

Inexistindo a referida cláusula assecuratória, o empregador, ao despedir o empregado sem justa causa, obriga-se ao pagamento de indenização

correspondente à metade da remuneração a que o empregado teria direito até o término do contrato.

Page 445: Direito Trabalho

Rescisão

“Artigo 480 da CLT – Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos

prejuízos que desse fato lhe resultarem.

§1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.”

“Artigo 481 da CLT - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que

regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.”

Page 446: Direito Trabalho

Rescisão

“Artigo 482 da CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao

serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da

execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa;

h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego;

j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único – REVOGADO.”

Page 447: Direito Trabalho

Rescisão

Improbidade - Regra geral, é toda ação ou omissão desonesta do empregado, que revelam desonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma vantagem para si ou para

outrem.

Incontinência de Conduta ou Mau procedimento - A incontinência de conduta está ligada ao desregramento do empregado no tocante à vida sexual. São obscenidades praticadas, a

libertinagem, a pornografia, que configuram a incontinência de conduta. Caracteriza-se incontinência de conduta quando há assédio sexual de uma pessoa a outra, que não

corresponde a galanteio, ficando esta constrangida, por inexistir reciprocidade, evidenciando a falta grave para o despedimento.

O mau procedimento é a atitude do empregado que revela, não como a incontinência a vida desregrada, mas a existência de ato ou atos contrários ao bom viver, à discrição pessoal, ao

comportamento correto, ao respeito, à paz e ao decoro da comunidade.

Negociação Habitual - Ocorre justa causa se o empregado, sem autorização expressa do empregador, por escrito ou verbalmente, exerce, de forma habitual, atividade concorrente,

explorando o mesmo ramo de negócio, ou exerce outra atividade que, embora não concorrente, prejudique o exercício de sua função na empresa.

Condenação criminal do empregado - O despedimento do empregado justificadamente é viável pela impossibilidade material de subsistência do vínculo empregatício, uma vez que, cumprindo

pena criminal, o empregado não poderá exercer atividade na empresa.

Page 448: Direito Trabalho

Rescisão

Desídia - Caracteriza-se pelo descumprimento das obrigações contratuais. Consiste na repetição

de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa do empregado. Os elementos caracterizadores são o descumprimento pelo empregado da obrigação de maneira

diligente e sob horário o serviço que lhe está afeito. Pode resultar da inabilidade, da imperícia, da escassa produção ou da negligência do empregado.

Embriaguez habitual ou em serviço - Haverá embriaguez quando o indivíduo, intoxicado, perde o governo de suas faculdades a ponto de tornar-se incapaz de executar com prudência a tarefa a

que se consagra. É considerada habitual, mesmo que sem relação com o serviço.

Violação de segredo da empresa - Consiste, na hipótese do empregado, passar a outrem informações sigilosas, ou tão simplesmente, sem a expressa autorização do empregador. A

violação sem revelação (uso do segredo) ou com ela (transmitindo-o) importa em justa causa. Todavia, quando o empregado não as divulga, mas as utiliza em proveito próprio, pode ser

despedido por ato de improbidade ou de concorrência desleal.

Indisciplina e Insubordinação - O ato de indisciplina ocorre quando o empregado desrespeita as ordens, normas, portarias, circulares, diretrizes gerais da empresa. O ato reiterado de indisciplina

dentro da empresa leva à justa causa. A insubordinação é caracterizada quando ocorre o descumprimento de ordens pessoais dadas pelo chefe a determinado funcionário ou grupo de

empregados.

Page 449: Direito Trabalho

Rescisão

Abandono de Emprego - Configura-se o abandono pela ausência voluntária reiterada ao serviço, sem justo motivo e sem a permissão do empregador. Com base na jurisprudência e também na

analogia chegou-se ao entendimento de que o afastamento prolongado por mais de 30 dias constitui o requisito objetivo para a configuração do abandono de emprego.

“Súmula 32 do TST - Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o

motivo de não o fazer.”

Prática constante de jogos de azar - Jogos de azar são aqueles que envolvem apostas e que a sorte é o único elemento determinante para se ganhar ou perder. Para a caracterização como

falta, a prática do jogo de azar deve ser habitual. A prática dos jogos pode ser tanto dentro como fora da empresa.

ATENÇÃO! O artigo 508 da CLT, que permitia a justa causa de bancários em caso de existência de

dívidas não pagas por parte destes, foi revogado pela Lei 12.347/2010.

“Súmula 73 do TST - A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas

rescisórias de natureza indenizatória.”

Page 450: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 451: Direito Trabalho

Exercícios

1. Com relação à extinção do contrato individual de trabalho em razão da prática, pelo empregado, de ato considerado falta grave caracterizador da justa causa da respectiva

rescisão, é correto afirmar: (Analista Administrativo – FCC – São Paulo - 2008).

(A) Em regra, o período a ser considerado para a caracterização do abandono de emprego é de 10 dias.

(B) A insubordinação está relacionada ao descumprimento de ordens gerais de serviço. (C) Para haver justa causa, é preciso que o empregado seja condenado criminalmente,

embora a sentença criminal não tenha transitado em julgado. (D) A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas

rescisórias de natureza indenizatória. (E) Pratica ato de improbidade e mau procedimento o empregado que assedia

sexualmente seu colega de trabalho.

Page 452: Direito Trabalho

Exercícios

2. A empresa X pagou em 10/6/2011 as parcelas do rompimento do contrato do empregado Tício, após dação de aviso prévio, datado de 30/5/2011, de cujo

cumprimento o trabalhador foi dispensado. À época da dispensa, o trabalhador, que tinha 11 (onze) anos de tempo de serviço, recebia salário de R$ 700,00 mensais, com

forma de pagamento semanal.

Com base no exposto, é correto afirmar que o empregado. (OAB – FGV – Nacional - 2012).

(A) não faz jus a uma indenização no valor do salário, porque o empregador teria até o

dia seguinte ao prazo de 30 (trinta) dias do aviso prévio do qual foi dispensado para fazer o pagamento das verbas resilitórias.

(B) faz jus a uma indenização no valor do salário, por ter superado o prazo de 10 (dez) dias previsto em lei para o pagamento.

(C) faz jus a uma indenização no valor do salário, por ter superado o prazo de 8 (oito) dias para o pagamento de quem recebe por semana.

(D) Faz jus a aviso prévio em dobro, porque contava com mais de 10 (dez) anos de tempo de serviço à época da dispensa e a uma indenização no valor do salário, porque

superado o prazo para o pagamento das parcelas decorrentes do rompimento do contrato.

Page 453: Direito Trabalho

Exercícios

3. Analise as seguintes proposições concernentes as hipóteses de justa causa e ao final assinale a alternativa INCORRETA: (Juiz – TRT – TRT/MT - 2011).

(A) Furto, roubo, estelionato e apropriação indébita qualificam-se como ato de

improbidade. (B) Pratica incontinência de conduta o jogador de futebol que comparece com

frequência a casas noturnas até altas horas para encontros amorosos, com consumo imoderado de bebidas alcóolicas.

(C) Comete indisciplina o empregado que se recusa a cumprir uma determinação geral e legítima emitida por diretor da empresa.

(D) Considera-se justa causa do empregado bancário a falta reiterada de pagamento de dívidas legalmente exigíveis.

(E) A embriaguez habitual atualmente tem sido cada vez mais vista como uma doença crônica do que como uma hipótese que enseje justa causa.

Page 454: Direito Trabalho

Exercícios

4. A respeito do pagamento das verbas rescisórias, assinale a alternativa correta. (OAB – FGV – Nacional - 2011).

(A) No caso de pedido de demissão em contrato por prazo indeterminado, o prazo para

pagamento das verbas rescisórias é de 10 dias contados da data da notificação da demissão, quando dispensado o empregado do cumprimento do aviso prévio pelo

empregador. (B) O empregador que descumpre o prazo de pagamento das verbas rescisórias deverá

pagá-las posteriormente acrescidas de 50% de multa, nos termos do artigo 467 da Consolidação das Leis do Trabalho.

(C) O pagamento das verbas rescisórias ocorrerá no primeiro dia útil imediato ao término do contrato de trabalho quando o empregador indenizar o aviso prévio.

(D) As verbas rescisórias devidas após decurso normal de prazo de contrato a termo deverão ser pagas até o décimo dia contado do término, em face da inexistência do

aviso prévio.

Page 455: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – D 2 – B 3 – D 4 – A

Page 456: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 457: Direito Trabalho

RESCISÃO

Page 458: Direito Trabalho

Rescisão

Rescisão Indireta “Artigo 483 da CLT - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida

indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes,

ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;

c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;

f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.

§1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.

§2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.

§3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no

serviço até final decisão do processo.”

Page 459: Direito Trabalho

Rescisão

“Súmula 13 do TST - O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho.”

“Artigo 484 da CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de

trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.”

“Súmula 14 do TST - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484

da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.”

“Artigo 18, da Lei 8.036/90 - Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do

empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que

ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. §2º - Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do

Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.”

Ocorre a culpa recíproca quando, por decisão da Justiça do Trabalho, o empregador e o

trabalhador forem responsáveis, na mesma proporção, pela rescisão do contrato de trabalho.

Page 460: Direito Trabalho

Rescisão

“Artigo 485 da CLT - Quando cessar a atividade da empresa, por morte do empregador, os empregados terão direito, conforme o

caso, à indenização a que se referem os art. 477 e 497.”

Page 461: Direito Trabalho

Rescisão Factum Principis (Fato do Príncipe)

“Artigo 486 da CLT - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação

de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável.

§1º - Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito público apontada

como responsável pela paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, alegue o que entender devido, passando a figurar no processo como chamada à

autoria. §2º - Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada na disposição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a

parte contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. §3º - Verificada qual a autoridade responsável, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á

por incompetente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da Fazenda, perante o qual correrá o feito nos termos previstos no processo comum.”

Page 462: Direito Trabalho

Rescisão

Fato do príncipe é a paralisação definitiva ou temporária do trabalho, por ato de autoridade, sendo uma das espécies da força maior. Pode decorrer não

somente de ato administrativo, mas também de ato legislativo (lei ou resolução) cujos efeitos impossibilitem a continuação da atividade.

É ato da autoridade pública (federal, estadual ou municipal) que, por via administrativa ou legislativa, impossibilita a continuação da atividade da

empresa em caráter temporário ou definitivo. O reconhecimento da ocorrência do factum principis faz cessar a jurisdição trabalhista, devendo o Magistrado do Trabalho remeter os autos para a Vara de Fazenda Pública ou

para a Vara Federal competente, onde prosseguirá o feito segundo o processo comum (civil).

Page 463: Direito Trabalho

Rescisão

Força Maior “Artigo 501 da CLT - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em

relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.

§1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior. §2º - À ocorrência do motivo de força maior que não afetar substancialmente, nem for suscetível de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa

não se aplicam as restrições desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo.”

“Artigo 502 da CLT - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada

a este, quando despedido, uma indenização na forma seguinte: I - sendo estável, nos termos dos arts. 477 e 478;

II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem justa causa;

III - havendo contrato por prazo determinado, aquela a que se refere o art. 479 desta Lei, reduzida igualmente à metade.”

Page 464: Direito Trabalho

Rescisão

Força Maior

“Artigo 503 da CLT - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa,

proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da

região. Parágrafo único - Cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é

garantido o restabelecimento dos salários reduzidos.”

Artigo 504 da CLT - Comprovada a falsa alegação do motivo de força maior, é garantida a reintegração aos empregados estáveis, e aos não-estáveis o complemento

da indenização já percebida, assegurado a ambos o pagamento da remuneração atrasada.”

Page 465: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 466: Direito Trabalho

Exercícios

1. Considere:

I. Rescisão indireta do contrato de trabalho. II. Pedido de Demissão formulado pelo empregado.

III. Extinção do contrato de trabalho por justa causa obreira. IV. Extinção contratual em virtude da extinção do estabelecimento.

O 13º salário proporcional será devido nas hipóteses de extinção do contrato de

trabalho indicadas SOMENTE em (Analista Judiciário – FCC – TRT/RS - 2011).

(A) I, II e IV. (B) I, II e III.

(C) I e IV. (D) II e IV. (E) I e III.

Page 467: Direito Trabalho

Exercícios

2. João da Silva ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Alfa Empreendimentos Ltda., alegando ter sido dispensado sem justa causa. Postulou a condenação da reclamada no

pagamento de aviso prévio, décimo terceiro salário, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento) sobre os depósitos do FGTS, bem como na obrigação de fornecimento das guias para levantamento dos depósitos do

FGTS e obtenção do benefício do seguro-desemprego. Na peça de defesa, a empresa afirma que o reclamante foi dispensado motivadamente, por desídia no desempenho de suas funções (artigo 482, alínea “e”, da CLT), e que, por essa razão, não efetuou o pagamento das verbas postuladas e

não forneceu as guias para a movimentação dos depósitos do FGTS e percepção do seguro-desemprego. Considerando que, após a instrução processual, o juiz se convenceu da configuração

de culpa recíproca, assinale a alternativa correta. (OAB – FGV – Nacional - 2011).

(A) A culpa recíproca é modalidade de resilição unilateral do contrato de trabalho. (B) O reclamante tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das

férias proporcionais. (C) O reclamante não poderá movimentar a conta vinculada do FGTS.

(D) O reclamante não tem direito ao pagamento de indenização compensatória sobre os depósitos do FGTS.

Page 468: Direito Trabalho

Exercícios

3. As irmãs Simone, Sinara e Soraya tiveram seus contratos de trabalho rescindidos. A dissolução do contrato de trabalho de Simone decorreu de culpa recíproca de ambas as

partes; a rescisão do contrato de trabalho de Sinara foi indireta, tendo em vista que a sua empregadora praticou uma das faltas graves passíveis de rescisão contratual; e

Soraya foi dispensada com justa causa. Nestes casos, o aviso prévio: (Técnico Judiciário – FCC – TRT/RS - 2011).

(A) não será devido a Simone, Sinara e Soraya, por expressa disposição legal.

(B) será devido apenas a Simone, em 50% do seu valor. (C) será devido a Simone, Sinara e Soraya, sendo o seu valor integral para Simone e

Sinara e de 50% para Soraya. (D) será devido apenas a Simone e Sinara, sendo o seu valor integral para Sinara e de

50% para Simone. (E) será devido apenas a Simone e Sinara, sendo para ambas em valor integral.

Page 469: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – A 2 – B 3 – D

Page 470: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 471: Direito Trabalho

PRESCRIÇÃO

Page 472: Direito Trabalho

Prescrição

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois

anos após a extinção do contrato de trabalho.”

Durante a vigência do contrato de trabalho, o empregado que tem um direito violado dispõe de 5 (cinco) anos para pleiteá-lo na Justiça Trabalhista. Assim, para um

empregado que tinha o direito mas não recebeu suas férias em março/2004, terá até março/2009 para reclamar, ou seja, 5 (cinco) anos após ter ocorrido a lesão ao direito.

Quando da rescisão de contrato de trabalho, o prazo prescricional é de 02 (dois) anos,

isto é, o empregado dispõe de dois anos para reclamar os direitos referentes aos últimos cinco anos de trabalho (de vigência do contrato).

A maioria dos doutrinadores entende que só há uma hipótese de decadência na seara trabalhista: prazo de 30 dias para instauração de inquérito judicial para demissão de

empregado estável (Súmula 403 do STF), a contar da suspensão, por falta grave.

Page 473: Direito Trabalho

Prescrição

Prescrição Total – A prescrição total refere-se a lesões contratuais praticadas no decorrer da vigência do contrato de trabalho, que não lhe puseram fim, mas que se

estancaram no tempo há mais de cinco anos, pois caracterizaram o que se denomina de ato único, vale dizer, aquele que não se protraiu no tempo. Ainda sim, a prescrição

total se caracteriza quando o prazo de 2 anos para ajuizamento da ação não é respeitado por aquele que teria direito, o que consequentemente, faz com que este

perca a pretensão de perceber aquilo que lhe seria devido.

Prescrição Parcial - A prescrição parcial torna inexigível apenas as parcelas anteriores ao qüinqüênio imediatamente anterior a data de ajuizamento da ação. É dita parcial porque não impede a exigibilidade de todas as parcelas, mas tão somente daquelas

verbas devidas há mais de cinco anos. O direito se protrai no tempo.

“Artigo 11 da CLT - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:

§1º - O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.”

Page 474: Direito Trabalho

Prescrição

“Artigo 440 da CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.

Súmula 114 do TST - É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição

intercorrente.”

“Súmula 153 do TST - Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária.”

“Súmula 156 do TST - Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo

prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho.”

Page 475: Direito Trabalho

Prescrição

“Súmula 268 do TST - A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.”

“Súmula 294 do TST - Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.”

“Súmula 362 do TST - É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois)

anos após o término do contrato de trabalho.”

“OJ nº. 83 da SDI-1 do TST - A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio.”

Page 476: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 477: Direito Trabalho

Exercícios

1. Em relação à prescrição trabalhista, é correto afirmar (PGE – FCC – Mato Grosso - 2011).

(A) O prazo prescricional é de dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o

limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho. (B) A ação trabalhista, ainda que arquivada, não interrompe a prescrição trabalhista.

(C) É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de cinco anos após o término do contrato

de trabalho. (D) Não se aplica a prescrição às ações que tenham por objeto anotações para fins de

prova junto à Previdência Social. (E) Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de

alteração do pactuado, a prescrição é parcial, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.

Page 478: Direito Trabalho

Exercícios

2. Gabriel ajuizou reclamação trabalhista em face da sua ex- empregadora no dia 10 de novembro de 2010. A Audiência UNA foi realizada no dia 8 de fevereiro de 2011 sendo que, a empresa foi intimada da respectiva reclamação trabalhista no dia 27 de janeiro

de 2011. Neste caso, o prazo prescricional trabalhista de dois anos previsto na Constituição Federal brasileira: (Analista Judiciário – FCC – TRT/RS - 2011).

(A) interrompido no dia 10 de novembro de 2010.

(B) suspenso no dia 10 de novembro de 2010. (C) interrompido no dia 8 de fevereiro de 2011.

(D) suspenso no dia 27 de janeiro de 2011. (E) interrompido no dia 27 de janeiro de 2011.

Page 479: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – D 2 – A

Page 480: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 481: Direito Trabalho

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Page 482: Direito Trabalho

Direito Coletivo

“Artigo 8º da CLT - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na

organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de

categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,

independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do

mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único - As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de

colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.”

Page 483: Direito Trabalho

Direito Coletivo

“Artigo 511 da CLT - É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados,

agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.

§1º - A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.

§2º - A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas,

compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. §3º - Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam

profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.

§4º - Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural .”

“Artigo 512 da CLT - Somente as associações profissionais constituídas para os fins e na forma do

artigo anterior e registradas de acordo com o art. 558 poderão ser reconhecidas como Sindicatos e

investidas nas prerrogativas definidas nesta Lei.”

Page 484: Direito Trabalho

Direito Coletivo

“Artigo 558 da CLT – São obrigadas ao registro todas as associações profissionais constituídas por atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, de acordo com o art. 511 e na

conformidade do Quadro de Atividades e Profissões a que alude o Capítulo II deste Título. As associações profissionais registradas nos termos deste artigo poderão representar, perante as

autoridades administrativas e judiciárias, os interesses individuais dos associados relativos à sua atividade ou profissão, sendo-lhes também extensivas as prerrogativas contidas na alínea "d" e no

parágrafo único do art. 513.”

Categoria é o conjunto de pessoas que têm interesses profissionais ou econômicos em comum decorrentes de identidade de condições ligadas ao trabalho. Categoria econômica é a que ocorre

quando há solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constituindo vínculo social básico entre as pessoas.

Categoria profissional ocorre quando existe similitude de vida oriunda da profissão ou trabalho

em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas. Categoria diferenciada é a que se forma de empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força do estatuto profissional especial ou em conseqüência de condições de vida singulares, como a dos condutores de veículos rodoviários

(motoristas), ascensoristas, secretárias, entre outros.

Page 485: Direito Trabalho

Direito Coletivo

“Artigo 513 da CLT - São prerrogativas dos sindicatos: a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da

respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida;

b) celebrar contratos coletivos de trabalho; c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;

d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal;

e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.

Parágrafo Único - Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação. ”

“Artigo 514 da CLT - São deveres dos sindicatos :

a) colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social; b) manter serviços de assistência judiciária para os associados;

c) promover a conciliação nos dissídios de trabalho. d) sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de pessoal,

em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente social com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa e a integração

profissional na Classe. Parágrafo único - Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de :

a) promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito; b) fundar e manter escolas do alfabetização e prevocacionais.”

Page 486: Direito Trabalho

Direito Coletivo

“Artigo 516 da CLT - Não será reconhecido mais de um Sindicato representativo da mesma categoria econômica ou profissional, ou profissão liberal, em uma dada base territorial.”

“Artigo 517 da CLT - Os sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, e atendendo às peculiaridades de determinadas categorias ou profissões, o ministro do Trabalho, Indústria e Comércio poderá autorizar o reconhecimento de

sindicatos nacionais. ”

“Artigo 533 da CLT - Constituem associações sindicais de grau superior as federações e confederações organizadas nos termos desta Lei.”

“Artigo 534 da CLT - É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares

ou conexas, organizarem-se em federação. §1º - Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 (cinco) o número de Sindicatos

que àquela devam continuar filiados. §2º - As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho, Industria e

Comercio autorizar a constituição de Federações interestaduais ou nacionais. §3º - É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os

Sindicatos de determinado município ou região a ela filiados; mas a união não terá direito de representação das atividades ou profissões agrupadas.”

Page 487: Direito Trabalho

Direito Coletivo

“Artigo 535 da CLT - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República.

§1º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de empregadores denominar-se-ão: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do

Comércio, Confederação Nacional de Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional de Transportes Terrestres, Confederação Nacional de

Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional das Empresas de Crédito e Confederação Nacional de Educação e Cultura.

§2º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de empregados terão a denominação de: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, Confederação

Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional dos Trabalhadores

em Transportes Terrestres, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas

de Crédito e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura.”

Page 488: Direito Trabalho

Direito Coletivo O sindicato é pessoa jurídica de direito privado. É uma associação civil sem fins lucrativos, tendo seu caráter privado revelado por ser criado por iniciativa única dos interessados, constituído e

administrado sob a responsabilidade de seus membros e por ter sua finalidade voltada à defesa de seus interesses.

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de

outros que visem à melhoria de sua condição social: XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.”

“Artigo 611 da CLT - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual

dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações

individuais de trabalho.” §1º - É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem

condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.”

“Artigo 614, §3º da CLT - Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior

a 2 (dois) anos.”

Page 489: Direito Trabalho

Direito Coletivo Dissídio coletivo de trabalho é uma ação judicial entre o Sindicato dos empregados e o Sindicato dos empregadores, na qual se comporá uma lide coletiva, vale dizer, um conflito, entre o grupo suscitante e o grupo suscitado. No caso, a ação coletiva, diferentemente da individual, “contém

pretensões de um grupo indeterminado de pessoas, de uma coletividade, uma categoria”.

A solução do dissídio coletivo resulta da prolação de uma sentença normativa. A competência para conhecer das lides coletivas é sempre dos Tribunais (TRT's ou do TST). O art. 868, parágrafo único

da CLT determina que o Tribunal fixará a data em que a decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior a quatro anos.

“Artigo 144 da Constituição Federal - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e

entre sindicatos e empregadores. §2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça

do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho,

bem como as convencionadas anteriormente.”

Page 490: Direito Trabalho

Direito Coletivo Convenção nº. 87 da OIT

“Artigo 2º - Os trabalhadores e os empregadores, sem nenhuma distinção e sem

autorização prévia, têm o direito de constituir as organizações que estimem convenientes, assim como o de filiar-se a estas organizações, com a única condição de

observar os estatutos das mesmas.”

Page 491: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 492: Direito Trabalho

Exercícios

1. Constituem institutos típicos de Direito Coletivo do Trabalho, salvo: (Juiz – TRT –

TRT/MG - 2012).

(A) Negociação coletiva. (B) Dissídio Coletivo.

(C) Transação. (D) Sindicatos.

(E) Greve.

Page 493: Direito Trabalho

Exercícios

2. Em relação ao direito coletivo do trabalho é correto afirmar que: (Analista Judiciário – FCC – TRT/AM - 2012).

(A) Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou

mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às

relações individuais do trabalho. (B) a solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades

idênticas, similares ou conexas, constitui o vínculo social básico denominado categoria profissional diferenciada.

(C) somente os Sindicatos poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em Sindicatos, no

âmbito de suas representações. (D) as condições estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho prevalecerão sobre as

estipuladas em Convenção Coletiva de Trabalho. (E) não será permitido estipular duração de Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordo

Coletivo de Trabalho superior a um ano.

Page 494: Direito Trabalho

Exercícios

3. Quanto à liberdade sindical e outros princípios atinentes ao direito coletivo do trabalho, assinale qual dos itens corresponde a uma afirmativa FALSA: (Juiz – TRT – TRT/MT - 2011).

(A) A Convenção n° 87 da OIT, que trata sobre liberdade sindical, não foi ratificada pelo Brasil, o

que não traz maiores repecussões já que referida norma não foi reconhecida por aquele Organismo como uma de suas convençõesfundamentais.

(B) Caracteriza conduta antissindical a estipulação em norma coletiva de cláusula segundo a qual o empregador efetua transferência de recursos aos sindicatos obreiros sem os correspondentes

descontos remuneratórios dos trabalhadores da categoria respectiva, tratando-se de conduta que ofende o princípio da liberdade sindical e normas em vigor no Brasil.

(C) Pelo princípio da adequação setorial negociada, as normas autônomas juscoletivas podem prevalecer sobre o padrão geral heterônomo desde que implementem um padrão setorial de direitos superior ao padrão geral oriundo da legislação heterônoma ou quando transacionem

setorialmente parcelas justrabalhistas de indisponibilidade apenas relativa (e não absoluta, que são aquelas parcelas imantadas por uma tutela de interesse público, por constituírem um patamar

civilizatório minimo). (D) De acordo com o princípio da interveniência sindical na normatização coletiva, a validade do

processo negocial coletivo submete-se necessariamente à intervenção do ente sindical da categoria profissional.

(E) No Brasil vigora o princípio da unicidade sindical.

Page 495: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – C 2 – A 3 – A

Page 496: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 497: Direito Trabalho

DA JUSTIÇA DO TRABALHO (SERVIÇOS AUXILIARES)

Page 498: Direito Trabalho

Secretaria da Vara do Trabalho

“Artigo 710 da CLT - Cada Junta terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o Presidente designar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos vencimentos

correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei.”

“Artigo 711 da CLT - Compete à secretaria das Juntas: a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros

papéis que lhe forem encaminhados; b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;

c) o registro das decisões; d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos

processos, cuja consulta lhes facilitará; e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;

f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos; g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria;

h) a realização das penhoras e demais diligências processuais; i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta, para

melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.

Page 499: Direito Trabalho

Secretaria da Vara do Trabalho

“Artigo 712 da CLT - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação e Julgamento:

a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço; b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades superiores;

c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam ser por ele despachados e assinados;

d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação será submetida;

e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais; f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta

realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores; g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;

h) subscrever as certidões e os termos processuais; i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam ter

conhecimento, assinando as respectivas notificações; j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta.

Parágrafo único - Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do

excesso.”

Page 500: Direito Trabalho

Justiça do Trabalho

“Artigo 111 da Constituição Federal – São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juizes do Trabalho.”

Page 501: Direito Trabalho

Dos Distribuidores

“Artigo 713 da CLT - Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação e Julgamento haverá um distribuidor. ”

“Artigo 714 da CLT - Compete ao distribuidor:

a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados;

b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído; c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes

dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética; d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações

sobre os feitos distribuídos; e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados

pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões.”

“Artigo 715 da CLT - Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre

os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.”

Page 502: Direito Trabalho

Cartório dos Juízes de Direito

“Artigo 716 da CLT - Os cartórios dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, têm, para esse fim, as mesmas atribuições e obrigações conferidas

na Seção I às secretarias das Juntas de Conciliação e Julgamento. Parágrafo único - Nos Juízos em que houver mais de um cartório, far-se-á entre eles a

distribuição alternada e sucessiva das reclamações.”

“Artigo 717 da CLT - Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, competem especialmente as atribuições e obrigações dos

secretários das Juntas; e aos demais funcionários dos cartórios, as que couberem nas respectivas funções, dentre as que competem às secretarias das Juntas, enumeradas no

art. 711.”

Page 503: Direito Trabalho

Secretarias dos Tribunais Regionais

“Artigo 718 da CLT - Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcionário designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de

função fixada em lei.”

“Artigo 719 da CLT - Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:

a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos respectivos relatores;

b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para consulta dos interessados.

Parágrafo único - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.

“Artigo 720 da CLT - Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas

atribuições conferidas no art. 712 aos secretários das Juntas, além das que lhes forem fixadas no regimento interno dos Conselhos.”

Page 504: Direito Trabalho

Oficias de Justiça

“Artigo 721 da CLT - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos

Presidentes. §1º - Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça

Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento, salvo quando da existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico, destinado à distribuição de mandados

judiciais. §2º - Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágrafo

anterior, a atribuição para o comprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, após o decurso de 9 (nove) dias, sem

razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às penalidades da lei.

§3º - No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento da ato, o prazo previsto no art. 888.

§4º - É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões desses

Tribunais. §5º - Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, o Presidente

da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer serventuário.”

Page 505: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 506: Direito Trabalho

Exercícios

1. Sempre que uma ação for proposta na justiça do trabalho, (Técnico Judiciário – TRT

– TRT/RJ - 2008).

(A) ela só será admitida se firmada por advogado. (B) os serventuários que, injustificadamente, não realizarem os atos nos prazos fixados

serão descontados em seus vencimentos. (C) competirá aos chefes de secretaria tomar por termo as reclamações verbais, nos

casos de dissídios coletivos. (D) fugirá à competência da secretaria das varas do trabalho a contagem das custas

devidas pelas partes, nos respectivos processos. (E) ao oficial de justiça e oficiais avaliadores competirá o fornecimento de informações

sobre os feitos individuais.

Page 507: Direito Trabalho

Exercícios

2. São serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, além das Secretarias das Varas do Trabalho e dos Tribunais, (Técnico Judiciário – FCC – TRT/SP - 2004).

(A) Delegacia Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

(B) os Distribuidores e os Contadores Judiciais. (C) os Distribuidores e a Delegacia Regional do Trabalho.

(D) os Oficiais de Justiça e o Ministério do Trabalho. (E) os Distribuidores e os Oficiais de Justiça.

Page 508: Direito Trabalho

Exercícios

3. Nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor. Os distribuidores são designados pelo Presidente do: (Analista Judiciário – FCC – TRT/MS - 2006).

(A) Tribunal Superior do Trabalho dentre os funcionários das Varas do Trabalho e do Tribunal

Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade. (B) Tribunal Regional do Trabalho dentre os funcionários das Varas do Trabalho e do Tribunal

Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

(C) Tribunal Superior do Trabalho apenas dentre os funcionários do Tribunal Regional do Trabalho, existente na mesma localidade.

(D) Tribunal Regional do Trabalho apenas dentre os funcionários das Varas do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

(E) Tribunal Regional do Trabalho apenas dentre os funcionários dos Tribunal Regional do Trabalho, existente na mesma localidade, e diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

Page 509: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B 2 – E 3 – B

Page 510: Direito Trabalho

Direito do Trabalho para

Concursos

Page 511: Direito Trabalho

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

Page 512: Direito Trabalho

Segurança e Medicina do

Trabalho

A integridade física e psíquica do trabalhador é um direito fundamental e encontra respaldo Constitucional, em normas internacionais, na CLT e em

inúmeras instruções normativas, normas regulamentares e portarias expedidas pelo órgão competente do Executivo.

“Artigo 6º da Constituição Federal - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social,

a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

“Artigo 7º da Constituição Federal - São direitos dos trabalhadores urbanos e

rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,

higiene e segurança;”

Page 513: Direito Trabalho

Segurança e Medicina do

Trabalho

“Artigo 154 da CLT - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras

disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções

coletivas de trabalho.”

“Artigo 157 da CLT - Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Page 514: Direito Trabalho

Segurança e Medicina do

Trabalho

“Artigo 158 da CLT - Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as

instruções de que trata o item II do artigo anterior; Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item

II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.”

“Artigo 159 da CLT - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho,

poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento

das disposições constantes deste Capítulo.”

Page 515: Direito Trabalho

Segurança e Medicina do

Trabalho

“Artigo 163 da CLT - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos

estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o

funcionamento das CIPA (s).”

“Artigo 164 da CLT - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo

único do artigo anterior.” §1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. §2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio

secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.

§3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.

§4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.

§5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.”

Page 516: Direito Trabalho

Segurança e Medicina do

Trabalho “Artigo 165 da CLT -Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida

arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.” Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho,

comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.”

“Súmula 339 do TST - I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a

partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos

membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período

estabilitário.”

“Artigo 10 do ADCT - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o Art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:

a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.”

“Súmula 676 do STF - A garantia da estabilidade provisória prevista no art. 10, II, a, do ADCT, também se aplica

ao suplente do cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA).”

Page 517: Direito Trabalho

Segurança e Medicina do

Trabalho

“Artigo 166 da CLT - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de

conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.”

“Súmula 289 do TST - O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo

empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as

relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.”

Page 518: Direito Trabalho

EXERCÍCIOS

Page 519: Direito Trabalho

Exercícios

1. Sobre segurança e medicina no trabalho, nos termos da legislação trabalhista pertinente, é correto afirmar: (Analista Judiciário – FCC – TRT/AM - 2012).

(A) São consideradas atividades insalubres aquelas, por sua natureza ou métodos de

trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condição de risco acentuado.

(B) O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos da CLT e das

normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. (C) Será obrigatória a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,

conforme instruções do Ministério do Trabalho nos estabelecimentos nelas especificadas, sendo composta por representantes dos empregados cujo mandato dos

membros titulares será de um ano, sem direito à reeleição. (D) O trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos

por norma, assegura ao empregado o adicional de 30% sobre o salário contratual. (E) Caso o empregado exerça suas atividades em condições insalubres ou de

periculosidade, ele não poderá optar pelo pagamento de um dos adicionais, por falta de previsão legal.

Page 520: Direito Trabalho

Exercícios

2. Considere as seguintes assertivas a respeito da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes:

I. Em regra, o mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.

II. O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

III. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,

exclusivamente os empregados interessados. IV. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão eleitos em

escrutínio secreto, mediante voto obrigatório de, no mínimo, um terço dos presentes em Assembléia Extraordinária.

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que se afirma em:

(Técnico Judiciário – FCC – TRT/SE – 2011).

(A) I e II, apenas. (B) I, II e III, apenas. (C) II e III, apenas.

(D) I, III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV.

Page 521: Direito Trabalho

Exercícios

Gabarito

1 – B 2 – B