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  • www.acasadoconcurseiro.com.br

    Direito Processual Penal

    Professor Joerberth Nunes

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    Direito Processual Penal

    LEI 9.099/95

    CAPTULO IIIDOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

    Disposies Gerais

    Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juzes togados ou togados e leigos, tem compe-tncia para a conciliao, o julgamento e a exe-cuo das infraes penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexo e continncia.

    Pargrafo nico. Na reunio de processos, perante o juzo comum ou o tribunal do jri, decorrentes da aplicao das regras de co-nexo e continncia, observar-se-o os ins-titutos da transao penal e da composio dos danos civis.

    Art. 61. Consideram-se infraes penais de me-nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a 2 (dois) anos, cumulada ou no com multa.

    Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se- pelos critrios da oralidade, infor-malidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possvel, a reparao dos danos sofridos pela vtima e a aplicao de pena no privativa de liberdade.

    SEO IDA COMPETNCIA E DOS

    ATOS PROCESSUAIS

    Art. 63. A competncia do Juizado ser determi-nada pelo lugar em que foi praticada a infrao penal.

    Art. 64. Os atos processuais sero pblicos e po-dero realizar-se em horrio noturno e em qual-quer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organizao judiciria.

    Art. 65. Os atos processuais sero vlidos sem-pre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critrios indicados no art. 62 desta Lei.

    1 No se pronunciar qualquer nulidade sem que tenha havido prejuzo.

    2 A prtica de atos processuais em outras comarcas poder ser solicitada por qual-quer meio hbil de comunicao.

    3 Sero objeto de registro escrito exclusi-vamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audincia de instruo e julgamento podero ser gravados em fita magntica ou equivalente.

    Art. 66. A citao ser pessoal e far-se- no pr-prio Juizado, sempre que possvel, ou por man-dado.

    Pargrafo nico. No encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhar as peas existentes ao Juzo comum para adoo do procedimento previsto em lei.

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    Art. 67. A intimao far-se- por correspondn-cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra-tando-se de pessoa jurdica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepo, que ser obrigatoriamente identificado, ou, sen-do necessrio, por oficial de justia, indepen-dentemente de mandado ou carta precatria, ou ainda por qualquer meio idneo de comuni-cao.

    Pargrafo nico. Dos atos praticados em audincia considerar-se-o desde logo cien-tes as partes, os interessados e defensores.

    Art. 68. Do ato de intimao do autor do fato e do mandado de citao do acusado, constar a necessidade de seu comparecimento acompa-nhado de advogado, com a advertncia de que, na sua falta, ser-lhe- designado defensor pbli-co.

    Seo IIDA FASE PRELIMINAR

    Art. 69. A autoridade policial que tomar conhe-cimento da ocorrncia lavrar termo circuns-tanciado e o encaminhar imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vtima, provi-denciando-se as requisies dos exames peri-ciais necessrios. Pargrafo nico. Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo, for imedia-tamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, no se im-por priso em flagrante, nem se exigir fiana. Em caso de violncia domstica, o juiz poder determinar, como medida de cautela, seu afas-tamento do lar, domiclio ou local de convivn-cia com a vtima.

    Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a v-tima, e no sendo possvel a realizao imedia-ta da audincia preliminar, ser designada data prxima, da qual ambos sairo cientes.

    Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-quer dos envolvidos, a Secretaria providenciar sua intimao e, se for o caso, a do responsvel civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.

    Art. 72. Na audincia preliminar, presente o re-presentante do Ministrio Pblico, o autor do fato e a vtima e, se possvel, o responsvel civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz es-clarecer sobre a possibilidade da composio dos danos e da aceitao da proposta de apli-cao imediata de pena no privativa de liber-dade.

    Art. 73. A conciliao ser conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientao.

    Pargrafo nico. Os conciliadores so auxi-liares da Justia, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharis em Direito, excludos os que exeram funes na administrao da Justia Criminal.

    Art. 74. A composio dos danos civis ser redu-zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentena irrecorrvel, ter eficcia de ttulo a ser executado no juzo civil competente.

    Pargrafo nico. Tratando-se de ao penal de iniciativa privada ou de ao penal pbli-ca condicionada representao, o acordo homologado acarreta a renncia ao direito de queixa ou representao.

    Art. 75. No obtida a composio dos danos civis, ser dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de represen-tao verbal, que ser reduzida a termo.

    Pargrafo nico. O no oferecimento da representao na audincia preliminar no implica decadncia do direito, que poder ser exercido no prazo previsto em lei.

    Art. 76. Havendo representao ou tratando-se de crime de ao penal pblica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministrio Pblico poder propor a aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser espe-cificada na proposta.

    1 Nas hipteses de ser a pena de multa a nica aplicvel, o Juiz poder reduzi-la at a metade.

    2 No se admitir a proposta se ficar comprovado:

  • Direito Processual Penal Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95) Prof. Joerberth Nunes

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    I ter sido o autor da infrao condenado, pela prtica de crime, pena privativa de li-berdade, por sentena definitiva;

    II ter sido o agente beneficiado anterior-mente, no prazo de cinco anos, pela aplica-o de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;

    III no indicarem os antecedentes, a con-duta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da me-dida.

    3 Aceita a proposta pelo autor da infra-o e seu defensor, ser submetida apre-ciao do Juiz.

    4 Acolhendo a proposta do Minist-rio Pblico aceita pelo autor da infrao, o Juiz aplicar a pena restritiva de direitos ou multa, que no importar em reincidncia, sendo registrada apenas para impedir nova-mente o mesmo benefcio no prazo de cinco anos.

    5 Da sentena prevista no pargrafo an-terior caber a apelao referida no art. 82 desta Lei.

    6 A imposio da sano de que trata o 4 deste artigo no constar de certido de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e no ter efeitos civis, cabendo aos interessados pro-por ao cabvel no juzo cvel.

    Seo IIIDO PROCEDIMENTO SUMARISSIMO

    Art. 77. Na ao penal de iniciativa pblica, quando no houver aplicao de pena, pela au-sncia do autor do fato, ou pela no ocorrncia da hiptese prevista no art. 76 desta Lei, o Mi-nistrio Pblico oferecer ao Juiz, de imediato, denncia oral, se no houver necessidade de di-ligncias imprescindveis.

    1 Para o oferecimento da denncia, que ser elaborada com base no termo de ocor-

    rncia referido no art. 69 desta Lei, com dis-pensa do inqurito policial, prescindir-se- do exame do corpo de delito quando a ma-terialidade do crime estiver aferida por bo-letim mdico ou prova equivalente.

    2 Se a complexidade ou circunstncias do caso no permitirem a formulao da de-nncia, o Ministrio Pblico poder reque-rer ao Juiz o encaminhamento das peas existentes, na forma do pargrafo nico do art. 66 desta Lei.

    3 Na ao penal de iniciativa do ofendido poder ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as cir-cunstncias do caso determinam a adoo das providncias previstas no pargrafo ni-co do art. 66 desta Lei.

    Art. 78. Oferecida a denncia ou queixa, ser reduzida a termo, entregando-se cpia ao acu-sado, que com ela ficar citado e imediatamen-te cientificado da designao de dia e hora para a audincia de instruo e julgamento, da qual tambm tomaro cincia o Ministrio Pblico, o ofendido, o responsvel civil e seus advogados.

    1 Se o acusado no estiver presente, ser citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audincia de instru-o e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimao, no mnimo cinco dias antes de sua realizao.

    2 No estando presentes o ofendido e o responsvel civil, sero intimados nos ter-mos do art. 67 desta Lei para comparece-rem audincia de instruo e julgamento.

    3 As testemunhas arroladas sero intima-das na forma prevista no art. 67 desta Lei.

    Art. 79. No dia e hora designados para a au-dincia de instruo e julgamento, se na fase preliminar no tiver havido possibilidade de tentativa de conciliao e de oferecimento de proposta pelo Ministrio Pblico, proceder-se- nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.

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    Art. 80. Nenhum ato ser adiado, determinando o Juiz, quando imprescindvel, a conduo coer-citiva de quem deva comparecer.

    Art. 81. Aberta a audincia, ser dada a palavra ao defensor para responder acusao, aps o que o Juiz receber, ou no, a denncia ou quei-xa; havendo recebimento, sero ouvidas a vti-ma e as testemunhas de acusao e defesa, in-terrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e prolao da sentena.

    1 Todas as provas sero produzidas na audincia de instruo e julgamento, po-dendo o Juiz limitar ou excluir as que con-siderar excessivas, impertinentes ou prote-latrias.

    2 De todo o ocorrido na audincia ser lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audincia e a sen-tena.

    3 A sentena, dispensado o relatrio, mencionar os elementos de convico do Juiz.

    Art. 82. Da deciso de rejeio da denncia ou queixa e da sentena caber apelao, que po-der ser julgada por turma composta de trs Ju-zes em exerccio no primeiro grau de jurisdio, reunidos na sede do Juizado.

    1 A apelao ser interposta no prazo de dez dias, contados da cincia da sentena pelo Ministrio Pblico, pelo ru e seu de-fensor, por petio escrita, da qual consta-ro as razes e o pedido do recorrente.

    2 O recorrido ser intimado para ofere-cer resposta escrita no prazo de dez dias.

    3 As partes podero requerer a transcri-o da gravao da fita magntica a que alu-de o 3 do art. 65 desta Lei.

    4 As partes sero intimadas da data da sesso de julgamento pela imprensa.

    5 Se a sentena for confirmada pelos pr-prios fundamentos, a smula do julgamen-to servir de acrdo.

    Art. 83. Cabero embargos de declarao quan-do, em sentena ou acrdo, houver obscurida-de, contradio, omisso ou dvida. (Vide Lei n 13.105, de 2015) (Vigncia)

    1 Os embargos de declarao sero opos-tos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da cincia da deciso.

    2 Quando opostos contra sentena, os embargos de declarao suspendero o prazo para o recurso. (Vide Lei n 13.105, de 2015) (Vigncia)

    3 Os erros materiais podem ser corrigi-dos de ofcio.

    Seo IVDA EXECUO

    Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se- mediante pagamento na Secretaria do Juizado.

    Pargrafo nico. Efetuado o pagamento, o Juiz declarar extinta a punibilidade, deter-minando que a condenao no fique cons-tando dos registros criminais, exceto para fins de requisio judicial.

    Art. 85. No efetuado o pagamento de multa, ser feita a converso em pena privativa da li-berdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei.

    Art. 86. A execuo das penas privativas de li-berdade e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, ser processada perante o rgo competente, nos termos da lei.

    Seo VDAS DESPESAS PROCESSUAIS

    Art. 87. Nos casos de homologao do acordo civil e aplicao de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e 76, 4), as despesas proces-suais sero reduzidas, conforme dispuser lei es-tadual.

  • Direito Processual Penal Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95) Prof. Joerberth Nunes

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    Seo VIDISPOSIES FINAIS

    Art. 88. Alm das hipteses do Cdigo Penal e da legislao especial, depender de represen-tao a ao penal relativa aos crimes de leses corporais leves e leses culposas.

    Art. 89. Nos crimes em que a pena mnima co-minada for igual ou inferior a um ano, abrangi-das ou no por esta Lei, o Ministrio Pblico, ao oferecer a denncia, poder propor a suspen-so do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, pre-sentes os demais requisitos que autorizariam a suspenso condicional da pena (art. 77 do Cdi-go Penal).

    1 Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presena do Juiz, este, rece-bendo a denncia, poder suspender o pro-cesso, submetendo o acusado a perodo de prova, sob as seguintes condies:

    I reparao do dano, salvo impossibilida-de de faz-lo;

    II proibio de frequentar determinados lugares;

    III proibio de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizao do Juiz;

    IV comparecimento pessoal e obrigatrio a juzo, mensalmente, para informar e justi-ficar suas atividades.

    2 O Juiz poder especificar outras con-dies a que fica subordinada a suspenso, desde que adequadas ao fato e situao pessoal do acusado.

    3 A suspenso ser revogada se, no curso do prazo, o beneficirio vier a ser processa-do por outro crime ou no efetuar, sem mo-tivo justificado, a reparao do dano.

    4 A suspenso poder ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contraveno, ou descumprir qualquer outra condio imposta.

    5 Expirado o prazo sem revogao, o Juiz declarar extinta a punibilidade.

    6 No correr a prescrio durante o pra-zo de suspenso do processo.

    7 Se o acusado no aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prossegui-r em seus ulteriores termos.

    Art. 90. As disposies desta Lei no se aplicam aos processos penais cuja instruo j estiver iniciada. (Vide ADIN n 1.719-9)

    Art. 90-A. As disposies desta Lei no se apli-cam no mbito da Justia Militar. (Artigo inclu-do pela Lei n 9.839, de 27.9.1999)

    Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representao para a propositura da ao penal pblica, o ofendido ou seu representante legal ser intimado para oferec-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadncia.

    Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-es dos Cdigos Penal e de Processo Penal, no que no forem incompatveis com esta Lei.

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    Direito Processual Penal

    PROCEDIMENTO COMUM SUMARSSIMO

    CONSTITUIO FEDERAL

    Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Terri-trios, e os Estados criaro:

    I juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliao, o julgamento e a execu-o de causas cveis de menor complexida-de e infraes penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumarissimo, permitidos, nas hipteses previstas em lei, a transao e o julgamento de recursos por turmas de juzes de primei-ro grau;

    II justia de paz, remunerada, composta de cidados eleitos pelo voto direto, univer-

    sal e secreto, com mandato de quatro anos e competncia para, na forma da lei, cele-brar casamentos, verificar, de ofcio ou em face de impugnao apresentada, o proces-so de habilitao e exercer atribuies con-ciliatrias, sem carter jurisdicional, alm de outras previstas na legislao.

    1 Lei federal dispor sobre a criao de juizados especiais no mbito da Justia Fe-deral.

    2 As custas e emolumentos sero desti-nados exclusivamente ao custeio dos servi-os afetos s atividades especficas da Jus-tia.

    Lei n 9.099/1995

    Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juzes togados ou togados e leigos, tem compe-tncia para a conciliao, o julgamento e a exe-cuo das infraes penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexo e continncia.

    Pargrafo nico. Na reunio de processos, perante o juzo comum ou o tribunal do jri, decorrentes da aplicao das regras de co-nexo e continncia, observar-se-o os ins-titutos da transao penal e da composio dos danos civis.

    Art. 61. Consideram-se infraes penais de me-nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a 2 (dois) anos, cumulada ou no com multa.

    Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se- pelos critrios da oralidade, infor-malidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possvel, a reparao dos danos sofridos pela vtima e a aplicao de pena no privativa de liberdade.

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    Seo IDA COMPETNCIA E DOS

    ATOS PROCESSUAIS

    Art. 63. A competncia do Juizado ser determi-nada pelo lugar em que foi praticada a infrao penal.

    Art. 64. Os atos processuais sero pblicos e po-dero realizar-se em horrio noturno e em qual-quer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organizao judiciria.

    Art. 65. Os atos processuais sero vlidos sem-pre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critrios indicados no art. 62 desta Lei.

    1 No se pronunciar qualquer nulidade sem que tenha havido prejuzo.

    2 A prtica de atos processuais em outras comarcas poder ser solicitada por qual-quer meio hbil de comunicao.

    3 Sero objeto de registro escrito exclusi-vamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audincia de instruo e julgamento podero ser gravados em fita magntica ou equivalente.

    Art. 66. A citao ser pessoal e far-se- no pr-prio Juizado, sempre que possvel, ou por man-dado.

    Pargrafo nico. No encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhar as peas existentes ao Juzo comum para adoo do procedimento previsto em lei.

    Art. 67. A intimao far-se- por correspondn-cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra-tando-se de pessoa jurdica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepo, que ser obrigatoriamente identificado, ou, sen-do necessrio, por oficial de justia, indepen-dentemente de mandado ou carta precatria, ou ainda por qualquer meio idneo de comuni-cao.

    Pargrafo nico. Dos atos praticados em audincia considerar-se-o desde logo cien-tes as partes, os interessados e defensores.

    Art. 68. Do ato de intimao do autor do fato e do mandado de citao do acusado, constar a necessidade de seu comparecimento acompa-nhado de advogado, com a advertncia de que, na sua falta, ser-lhe- designado defensor pbli-co.

    Seo IIDA FASE PRELIMINAR

    Art. 69. A autoridade policial que tomar conhe-cimento da ocorrncia lavrar termo circuns-tanciado e o encaminhar imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vtima, provi-denciando-se as requisies dos exames peri-ciais necessrios.

    Pargrafo nico. Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo, for imediatamente en-caminhado ao juizado ou assumir o compro-misso de a ele comparecer, no se impor priso em flagrante, nem se exigir fiana. Em caso de violncia domstica, o juiz po-der determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domiclio ou local de convivncia com a vtima.

    Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a v-tima, e no sendo possvel a realizao imedia-ta da audincia preliminar, ser designada data prxima, da qual ambos sairo cientes.

    Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-quer dos envolvidos, a Secretaria providenciar sua intimao e, se for o caso, a do responsvel civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.

    Art. 72. Na audincia preliminar, presente o re-presentante do Ministrio Pblico, o autor do fato e a vtima e, se possvel, o responsvel civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz es-clarecer sobre a possibilidade da composio dos danos e da aceitao da proposta de apli-cao imediata de pena no privativa de liber-dade.

  • Direito Processual Penal Procedimento Comum Sumarssimo (Lei n 9.099/1995) Prof. Joerberth Nunes

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    Art. 73. A conciliao ser conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientao.

    Pargrafo nico. Os conciliadores so auxi-liares da Justia, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharis em Direito, excludos os que exeram funes na administrao da Justia Criminal.

    Art. 74. A composio dos danos civis ser redu-zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentena irrecorrvel, ter eficcia de ttulo a ser executado no juzo civil competente.

    Pargrafo nico. Tratando-se de ao penal de iniciativa privada ou de ao penal pbli-ca condicionada representao, o acordo homologado acarreta a renncia ao direito de queixa ou representao.

    Art. 75. No obtida a composio dos danos civis, ser dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de represen-tao verbal, que ser reduzida a termo.

    Pargrafo nico. O no oferecimento da representao na audincia preliminar no implica decadncia do direito, que poder ser exercido no prazo previsto em lei.

    Art. 76. Havendo representao ou tratando-se de crime de ao penal pblica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministrio Pblico poder propor a aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser espe-cificada na proposta.

    1 Nas hipteses de ser a pena de multa a nica aplicvel, o Juiz poder reduzi-la at a metade.

    2 No se admitir a proposta se ficar comprovado:

    I ter sido o autor da infrao condenado, pela prtica de crime, pena privativa de li-berdade, por sentena definitiva;

    II ter sido o agente beneficiado anterior-mente, no prazo de cinco anos, pela aplica-o de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;

    III no indicarem os antecedentes, a con-duta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da me-dida.

    3 Aceita a proposta pelo autor da infra-o e seu defensor, ser submetida apre-ciao do Juiz.

    4 Acolhendo a proposta do Minist-rio Pblico aceita pelo autor da infrao, o Juiz aplicar a pena restritiva de direitos ou multa, que no importar em reincidncia, sendo registrada apenas para impedir nova-mente o mesmo benefcio no prazo de cinco anos.

    5 Da sentena prevista no pargrafo an-terior caber a apelao referida no art. 82 desta Lei.

    6 A imposio da sano de que trata o 4 deste artigo no constar de certido de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e no ter efeitos civis, cabendo aos interessados pro-por ao cabvel no juzo cvel.

    Seo IIIDO PROCEDIMENTO SUMARISSIMO

    Art. 77. Na ao penal de iniciativa pblica, quando no houver aplicao de pena, pela au-sncia do autor do fato, ou pela no ocorrncia da hiptese prevista no art. 76 desta Lei, o Mi-nistrio Pblico oferecer ao Juiz, de imediato, denncia oral, se no houver necessidade de di-ligncias imprescindveis.

    1 Para o oferecimento da denncia, que ser elaborada com base no termo de ocor-rncia referido no art. 69 desta Lei, com dis-pensa do inqurito policial, prescindir-se- do exame do corpo de delito quando a ma-terialidade do crime estiver aferida por bo-letim mdico ou prova equivalente.

    2 Se a complexidade ou circunstncias do caso no permitirem a formulao da de-nncia, o Ministrio Pblico poder reque-

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    rer ao Juiz o encaminhamento das peas existentes, na forma do pargrafo nico do art. 66 desta Lei.

    3 Na ao penal de iniciativa do ofendido poder ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as cir-cunstncias do caso determinam a adoo das providncias previstas no pargrafo ni-co do art. 66 desta Lei.

    Art. 78. Oferecida a denncia ou queixa, ser reduzida a termo, entregando-se cpia ao acu-sado, que com ela ficar citado e imediatamen-te cientificado da designao de dia e hora para a audincia de instruo e julgamento, da qual tambm tomaro cincia o Ministrio Pblico, o ofendido, o responsvel civil e seus advogados.

    1 Se o acusado no estiver presente, ser citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audincia de instru-o e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimao, no mnimo cinco dias antes de sua realizao.

    2 No estando presentes o ofendido e o responsvel civil, sero intimados nos ter-mos do art. 67 desta Lei para comparece-rem audincia de instruo e julgamento.

    3 As testemunhas arroladas sero intima-das na forma prevista no art. 67 desta Lei.

    Art. 79. No dia e hora designados para a au-dincia de instruo e julgamento, se na fase preliminar no tiver havido possibilidade de tentativa de conciliao e de oferecimento de proposta pelo Ministrio Pblico, proceder-se- nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.

    Art. 80. Nenhum ato ser adiado, determinando o Juiz, quando imprescindvel, a conduo coer-citiva de quem deva comparecer.

    Art. 81. Aberta a audincia, ser dada a palavra ao defensor para responder acusao, aps o que o Juiz receber, ou no, a denncia ou quei-xa; havendo recebimento, sero ouvidas a vti-ma e as testemunhas de acusao e defesa, in-

    terrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e prolao da sentena.

    1 Todas as provas sero produzidas na audincia de instruo e julgamento, po-dendo o Juiz limitar ou excluir as que con-siderar excessivas, impertinentes ou prote-latrias.

    2 De todo o ocorrido na audincia ser lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audincia e a sen-tena.

    3 A sentena, dispensado o relatrio, mencionar os elementos de convico do Juiz.

    Art. 82. Da deciso de rejeio da denncia ou queixa e da sentena caber apelao, que po-der ser julgada por turma composta de trs Ju-zes em exerccio no primeiro grau de jurisdio, reunidos na sede do Juizado.

    1 A apelao ser interposta no prazo de dez dias, contados da cincia da sentena pelo Ministrio Pblico, pelo ru e seu de-fensor, por petio escrita, da qual consta-ro as razes e o pedido do recorrente.

    2 O recorrido ser intimado para ofere-cer resposta escrita no prazo de dez dias.

    3 As partes podero requerer a transcri-o da gravao da fita magntica a que alu-de o 3 do art. 65 desta Lei.

    4 As partes sero intimadas da data da sesso de julgamento pela imprensa.

    5 Se a sentena for confirmada pelos pr-prios fundamentos, a smula do julgamen-to servir de acrdo.

    Art. 83. Cabero embargos de declarao quan-do, em sentena ou acrdo, houver obscurida-de, contradio, omisso ou dvida.

    1 Os embargos de declarao sero opos-tos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da cincia da deciso.

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    2 Quando opostos contra sentena, os embargos de declarao suspendero o prazo para o recurso.

    3 Os erros materiais podem ser corrigi-dos de ofcio.

    Seo IVDA EXECUO

    Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se- mediante pagamento na Secretaria do Juizado.

    Pargrafo nico. Efetuado o pagamento, o Juiz declarar extinta a punibilidade, deter-minando que a condenao no fique cons-tando dos registros criminais, exceto para fins de requisio judicial.

    Art. 85. No efetuado o pagamento de multa, ser feita a converso em pena privativa da li-berdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei.

    Art. 86. A execuo das penas privativas de li-berdade e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, ser processada perante o rgo competente, nos termos da lei.

    Seo VDAS DESPESAS PROCESSUAIS

    Art. 87. Nos casos de homologao do acordo civil e aplicao de pena restritiva de direitos ou multa (arts. 74 e 76, 4), as despesas proces-suais sero reduzidas, conforme dispuser lei es-tadual.

    Seo VIDISPOSIES FINAIS

    Art. 88. Alm das hipteses do Cdigo Penal e da legislao especial, depender de represen-tao a ao penal relativa aos crimes de leses corporais leves e leses culposas.

    Art. 89. Nos crimes em que a pena mnima co-minada for igual ou inferior a um ano, abrangi-das ou no por esta Lei, o Ministrio Pblico, ao oferecer a denncia, poder propor a suspen-

    so do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, pre-sentes os demais requisitos que autorizariam a suspenso condicional da pena (art. 77 do Cdi-go Penal).

    1 Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presena do Juiz, este, rece-bendo a denncia, poder suspender o pro-cesso, submetendo o acusado a perodo de prova, sob as seguintes condies:

    I reparao do dano, salvo impossibilida-de de faz-lo;

    II proibio de freqentar determinados lugares;

    III proibio de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizao do Juiz;

    IV comparecimento pessoal e obrigatrio a juzo, mensalmente, para informar e justi-ficar suas atividades.

    2 O Juiz poder especificar outras con-dies a que fica subordinada a suspenso, desde que adequadas ao fato e situao pessoal do acusado.

    3 A suspenso ser revogada se, no curso do prazo, o beneficirio vier a ser processa-do por outro crime ou no efetuar, sem mo-tivo justificado, a reparao do dano.

    4 A suspenso poder ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contraveno, ou descumprir qualquer outra condio imposta.

    5 Expirado o prazo sem revogao, o Juiz declarar extinta a punibilidade.

    6 No correr a prescrio durante o pra-zo de suspenso do processo.

    7 Se o acusado no aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prossegui-r em seus ulteriores termos.

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    Art. 90. As disposies desta Lei no se aplicam aos processos penais cuja instruo j estiver iniciada.

    Art. 90-A. As disposies desta Lei no se apli-cam no mbito da Justia Militar.

    Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representao para a propositura da ao penal pblica, o ofendido ou seu representante legal ser intimado para oferec-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadncia.

    Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-es dos Cdigos Penal e de Processo Penal, no que no forem incompatveis com esta Lei.

    CAPTULO IVDISPOSIES FINAIS COMUNS

    Art. 93. Lei Estadual dispor sobre o Sistema de Juizados Especiais Cveis e Criminais, sua organi-zao, composio e competncia.

    Art. 94. Os servios de cartrio podero ser prestados, e as audincias realizadas fora da sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalaes de prdios pblicos, de acordo com audincias previamen-te anunciadas.

    Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territrios criaro e instalaro os Juizados Especiais no pra-zo de seis meses, a contar da vigncia desta Lei.

    Pargrafo nico. No prazo de 6 (seis) me-ses, contado da publicao desta Lei, sero criados e instalados os Juizados Especiais Itinerantes, que devero dirimir, priorita-riamente, os conflitos existentes nas reas rurais ou nos locais de menor concentrao populacional. (Redao dada pela Lei n 12.726, de 2012)

    Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses-senta dias aps a sua publicao.

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    MATERIAL COMPLEMENTAR

    1. Conceito: um dos tipos de procedimento comum.2. Linha do processo :3. Esquema dos procedimentos: 4. Linha do procedimento sumarssimo :5. Conceito de infrao penal de menor potencial ofensivo: art. 61, lei n 9099 de 19956. Princpios do JECRIM: art. 62, lei n 9099 de 19957. Competncia do JECRIM: art. 63, lei n 9099 de 19958. Nulidades no JECRIM: art. 65, lei n 9099 de 19959. Citao no JECRIM: art. 66, lei n 9099 de 199510. Intimao no JECRIM: arts. 68 e 69, lei n 9099 de 199511. Termo Circunstanciado e priso em flagrante nas infraes de menor potencial ofensivo:

    art. 69, lei n 9099 de 199512. Audincia preliminar: arts. 70 a 78, lei n 9099 de 199513. Audincia de Instruo e Julgamento: art. 81, lei n 9099 de 199514. Composio dos danos civis: art. 74, lei n 9099 de 199515. Transao penal: art. 76, lei n 9099 de 199516. Oferecimento da denncia ou queixa-crime: art. 77 e 78, lei n 9099 de 199517. Citao: art. 78, lei n 9099 de 199518. Recursos: arts. 82 e 83, lei n 9099 de 199519. Suspenso condicional do processo: art. 89, lei n 9099 de 199520. Outras regras: arts. 90 e seguintes, lei n 9099 de 1995

    Linha do Processo

    Crim

    e

    Cita

    o

    Sent

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    Exec

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    Cdigo Penal

    Direito PenalDireito Processual Penal

    Cdigo de Processo Penal

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    Espcies de Procedimentos

    PROCEDIMENTOS

    COMUM

    ORDINRIO

    SUMRIO

    SUMARSSIMO

    ESPECIAL

    Infra

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    Termo

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    Juizad

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    Art. 82Art. 81Art.78Art. 77/78Art. 76Art. 74Art. 69Art. 61

    Audincia Preliminar

    Procedimento Sumarssimo Lei n 9.095/1995

    Audi

    ncia d

    e Inst

    ruo

    e Jul

    gamen

    to

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    Direito Processual Penal

    ATOS JURISDICIONAIS

    Art. 792. As audincias, sesses e os atos pro-cessuais sero, em regra, pblicos e se realiza-ro nas sedes dos juzos e tribunais, com assis-tncia dos escrives, do secretrio, do oficial de justia que servir de porteiro, em dia e hora cer-tos, ou previamente designados.

    1 Se da publicidade da audincia, da ses-so ou do ato processual, puder resultar escndalo, inconveniente grave ou perigo de perturbao da ordem, o juiz, ou o tribu-nal, cmara, ou turma, poder, de ofcio ou a requerimento da parte ou do Ministrio Pblico, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o nmero de pessoas que possam estar presentes.

    2 As audincias, as sesses e os atos pro-cessuais, em caso de necessidade, podero realizar-se na residncia do juiz, ou em ou-tra casa por ele especialmente designada.

    Art. 798. Todos os prazos correro em cartrio e sero contnuos e peremptrios, no se inter-rompendo por frias, domingo ou dia feriado.

    1 No se computar no prazo o dia do co-meo, incluindo-se, porm, o do vencimen-to.

    2 A terminao dos prazos ser certifi-cada nos autos pelo escrivo; ser, porm, considerado findo o prazo, ainda que omi-tida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que comeou a correr.

    3 O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se- prorrogado at o dia til imediato.

    4 No correro os prazos, se houver im-pedimento do juiz, fora maior, ou obstcu-lo judicial oposto pela parte contrria.

    5 Salvo os casos expressos, os prazos cor-rero:

    a) da intimao;

    b) da audincia ou sesso em que for pro-ferida a deciso, se a ela estiver presente a parte;

    c) do dia em que a parte manifestar nos au-tos cincia inequvoca da sentena ou des-pacho.

    Art. 800. Os juzes singulares daro seus des-pachos e decises dentro dos prazos seguintes, quando outros no estiverem estabelecidos:

    I de dez dias, se a deciso for definitiva, ou interlocutria mista;

    II de cinco dias, se for interlocutria sim-ples;

    III de um dia, se se tratar de despacho de expediente.

    1 Os prazos para o juiz contar-se-o do termo de concluso.

    2 Os prazos do Ministrio Pblico contar--se-o do termo de vista, salvo para a inter-posio do recurso (art. 798, 5).

    3 Em qualquer instncia, declarando mo-tivo justo, poder o juiz exceder por igual tempo os prazos a ele fixados neste Cdigo.

    4 O escrivo que no enviar os autos ao juiz ou ao rgo do Ministrio Pblico no

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    dia em que assinar termo de concluso ou de vista estar sujeito sano estabelecida no art. 799.

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    Direito Processual Penal

    PRAZOS PROCESSUAIS

    Art. 798. Todos os prazos correro em cartrio e sero contnuos e peremptrios, no se inter-rompendo por frias, domingo ou dia feriado.

    1 No se computar no prazo o dia do co-meo, incluindo-se, porm, o do vencimen-to.

    2 A terminao dos prazos ser certifi-cada nos autos pelo escrivo; ser, porm, considerado findo o prazo, ainda que omi-tida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que comeou a correr.

    3 O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se- prorrogado at o dia til imediato.

    4 No correro os prazos, se houver im-pedimento do juiz, fora maior, ou obstcu-lo judicial oposto pela parte contrria.

    5 Salvo os casos expressos, os prazos cor-rero:

    a) da intimao;

    b) da audincia ou sesso em que for pro-ferida a deciso, se a ela estiver presente a parte;

    c) do dia em que a parte manifestar nos au-tos cincia inequvoca da sentena ou des-pacho.

    Art. 799. O escrivo, sob pena de multa de cin-quenta a quinhentos mil-ris e, na reincidncia, suspenso at 30 (trinta) dias, executar dentro do prazo de dois dias os atos determinados em lei ou ordenados pelo juiz.

    Art. 800. Os juzes singulares daro seus des-pachos e decises dentro dos prazos seguintes, quando outros no estiverem estabelecidos:

    I de dez dias, se a deciso for definitiva, ou interlocutria mista;

    II de cinco dias, se for interlocutria sim-ples;

    III de um dia, se tratar de despacho de ex-pediente.

    1 Os prazos para o juiz contar-se-o do termo de concluso.

    2 Os prazos do Ministrio Pblico contar--se-o do termo de vista, salvo para a inter-posio do recurso (art. 798, 5).

    3 Em qualquer instncia, declarando mo-tivo justo, poder o juiz exceder por igual tempo os prazos a ele fixados neste Cdigo.

    4 O escrivo que no enviar os autos ao juiz ou ao rgo do Ministrio Pblico no dia em que assinar termo de concluso ou de vista estar sujeito sano estabelecida no art. 799.

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    Direito Processual Penal

    ATOS JUDICIAIS

    1. Atos processuais: so aqueles que se do durante o processo.

    3. Forma: idioma, escrito e publicidade.

    4. Distino entre deciso interlocutria e definitiva.

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    Direito Processual Penal

    DECISES INTERLOCUTRIAS SENTENA

    COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS

    TTULO XII

    DA SENTENA

    Art. 381. A sentena conter:

    1 O procedimento comum ser ordinrio, sumrio ou sumarssimo:

    I os nomes das partes ou, quando no possvel, as indicaes necessrias para identific-las;

    II a exposio sucinta da acusao e da de-fesa;

    III a indicao dos motivos de fato e de di-reito em que se fundar a deciso;

    IV a indicao dos artigos de lei aplicados;

    Art. 382. Qualquer das partes poder, no pra-zo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentena, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradio ou omisso.

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    Art. 383. O juiz, sem modificar a descrio do fato contida na denncia ou queixa, poder atri-buir-lhe definio jurdica diversa, ainda que, em consequncia, tenha de aplicar pena mais grave.

    1 Se, em consequncia de definio ju-rdica diversa, houver possibilidade de pro-posta de suspenso condicional do pro-cesso, o juiz proceder de acordo com o disposto na lei.

    2 Tratando-se de infrao da competn-cia de outro juzo, a este sero encaminha-dos os autos.

    COMENTRIO: EMENDATIO LIBELLI

    Art. 384. Encerrada a instruo probatria, se entender cabvel nova definio jurdica do fato, em consequncia de prova existente nos autos de elemento ou circunstncia da infrao penal no contida na acusao, o Ministrio Pblico dever aditar a denncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ao pbli-ca, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

    1 No procedendo o rgo do Ministrio Pblico ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Cdigo.

    2 Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das par-tes, designar dia e hora para continuao da audincia, com inquirio de testemu-nhas, novo interrogatrio do acusado, rea-lizao de debates e julgamento.

    3 Aplicam-se as disposies dos 1 e 2 do art. 383 ao caput deste artigo.

    4 Havendo aditamento, cada parte pode-r arrolar at 3 (trs) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na senten-a, adstrito aos termos do aditamento.

    5 No recebido o aditamento, o processo prosseguir.

    COMENTRIO: MUTATIO LIBELLI

    Art. 385. Nos crimes de ao pblica, o juiz po-der proferir sentena condenatria, ainda que o Ministrio Pblico tenha opinado pela absolvi-o, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

    Art. 386. O juiz absolver o ru, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconhe-a:

    I estar provada a inexistncia do fato;

    II no haver prova da existncia do fato;

    III no constituir o fato infrao penal;

    IV estar provado que o ru no concorreu para a infrao penal;

    V no existir prova de ter o ru concorrido para a infrao penal;

    VI existirem circunstncias que excluam o crime ou isentem o ru de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e 1 do art. 28, todos do C-digo Penal), ou mesmo se houver fundada dvida sobre sua existncia;

    VII no existir prova suficiente para a con-denao.

    Pargrafo nico. Na sentena absolutria, o juiz:

    I mandar, se for o caso, pr o ru em li-berdade;

    II ordenar a cessao das medidas caute-lares e provisoriamente aplicadas;

    III aplicar medida de segurana, se cab-vel.

    COMENTRIO: SENTENA ABSOLUTRIA

    Art. 387. O juiz, ao proferir sentena condena-tria:

    I mencionar as circunstncias agravantes ou atenuantes definidas no Cdigo Penal, e cuja existncia reconhecer;

  • Direito Processual Penal Decises Interlocutrias Prof. Joerberth Nunes

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    II mencionar as outras circunstncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicao da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decre-to-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cdigo Penal;

    III aplicar as penas de acordo com essas concluses;

    IV fixar valor mnimo para reparao dos danos causados pela infrao, considerando os prejuzos sofridos pelo ofendido;

    V atender, quanto aplicao provis-ria de interdies de direitos e medidas de segurana, ao disposto no Ttulo XI deste Li-vro;

    VI determinar se a sentena dever ser publicada na ntegra ou em resumo e desig-nar o jornal em que ser feita a publicao (art. 73, 1, do Cdigo Penal).

    1 O juiz decidir, fundamentadamente, sobre a manuteno ou, se for o caso, a im-posio de priso preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuzo do conheci-mento de apelao que vier a ser interpos-ta.

    2 O tempo de priso provisria, de priso administrativa ou de internao, no Brasil ou no estrangeiro, ser computado para fins de determinao do regime inicial de pena privativa de liberdade.

    COMENTRIO: SENTENA CONDENATRIA

    Art. 388. A sentena poder ser datilografada e neste caso o juiz a rubricar em todas as folhas.

    Art. 389. A sentena ser publicada em mo do escrivo, que lavrar nos autos o respectivo ter-mo, registrando-a em livro especialmente desti-nado a esse fim.

    Art. 390. O escrivo, dentro de trs dias aps a publicao, e sob pena de suspenso de cinco dias, dar conhecimento da sentena ao rgo do Ministrio Pblico.

    Art. 391. O querelante ou o assistente ser inti-mado da sentena, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encon-trado no lugar da sede do juzo, a intimao ser feita mediante edital com o prazo de 10 dias, afixado no lugar de costume.

    Art. 392. A intimao da sentena ser feita:

    I ao ru, pessoalmente, se estiver preso;

    II ao ru, pessoalmente, ou ao defensor por ele constitudo, quando se livrar solto, ou, sendo afianvel a infrao, tiver pres-tado fiana;

    III ao defensor constitudo pelo ru, se este, afianvel, ou no, a infrao, expe-dido o mandado de priso, no tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justia;

    IV mediante edital, nos casos do no II, se o ru e o defensor que houver constitudo no forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justia;

    V mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o ru houver constitudo tam-bm no for encontrado, e assim o certificar o oficial de justia;

    VI mediante edital, se o ru, no tendo constitudo defensor, no for encontrado, e assim o certificar o oficial de justia.

    1 O prazo do edital ser de 90 dias, se ti-ver sido imposta pena privativa de liberda-de por tempo igual ou superior a um ano, e de 60 dias, nos outros casos.

    2 O prazo para apelao correr aps o trmino do fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a inKmao por qual-quer das outras formas estabelecidas neste arKgo.

    Art. 393. (Revogado pela Lei n 12.403, de 2011).

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    CDIGO PENAL

    CAPTULO VIDOS EFEITOS DA CONDENAO

    Efeitos genricos e especficos

    Art. 91. So efeitos da condenao:

    I tornar certa a obrigao de indenizar o dano causado pelo crime;

    II a perda em favor da Unio, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-f:

    a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienao, uso, porte ou deteno constitua fato ilcito;

    b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prtica do fato crimino-so.

    1 Poder ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou pro-veito do crime quando estes no forem en-contrados ou quando se localizarem no ex-terior.

    2 Na hiptese do 1, as medidas asse-curatrias previstas na legislao processual podero abranger bens ou valores equiva-lentes do invesKgado ou acusado para pos-terior decretao de perda.

    Art. 92. So tambm efeitos da condenao:

    I a perda de cargo, funo pblica ou man-dato eletivo:

    a) quando aplicada pena privativa de liber-dade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violao de dever para com a Adminis-trao Pblica;

    b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

    II a incapacidade para o exerccio do p-trio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos pena de recluso, come-tidos contra filho, tutelado ou curatelado;

    III a inabilitao para dirigir veculo, quan-do utilizado como meio para a prtica de crime doloso.

    Pargrafo nico. Os efeitos de que trata este artigo no so automticos, devendo ser motivadamente declarados na senten-a.

    II a incapacidade para o exerccio do p-trio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos pena de recluso, come-tidos contra filho, tutelado ou curatelado;

    III a inabilitao para dirigir veculo, quan-do utilizado como meio para a prtica de crime doloso.

    Pargrafo nico. Os efeitos de que trata este artigo no so automticos, devendo ser motivadamente declarados na senten-a.

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    Direito Processual Penal

    DECISES INTERLOCUTRIAS COISA JULGADA

    DECISES INTERLOCUTRIAS

    So atos dos juzes no mbito do processo que decidem questes incidentais (incidente processual) sem dar fim ao processo, pois est a sentena. Podem ser simples, as quais no encerram qualquer fase do processo, questo incidental ou o processo como um todo (ex. recebimento da denncia) ou mistas, as quais do fim a uma fase do processo . As decises interlocutrias mistas podem ser terminativas ou no terminativas.

    COISA JULGADA

    CONCEITO: uma qualidade da deciso do juiz, a qual implica no ser possvel o ajuizamento de recurso.

    FORMAS: coisa material e coisa julgada formal

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    Direito Processual Penal

    FORMA, LUGAR E TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS

    LIVRO VI

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 791. Em todos os juzos e tribunais do cri-me, alm das audincias e sesses ordinrias, haver as extraordinrias, de acordo com as ne-cessidades do rpido andamento dos feitos.

    Art. 792. As audincias, sesses e os atos pro-cessuais sero, em regra, pblicos e se realiza-ro nas sedes dos juzos e tribunais, com assis-tncia dos escrives, do secretrio, do oficial de justia que servir de porteiro, em dia e hora cer-tos, ou previamente designados.

    1 Se da publicidade da audincia, da ses-so ou do ato processual, puder resultar escndalo, inconveniente grave ou perigo de perturbao da ordem, o juiz, ou o tribu-nal, cmara, ou turma, poder, de ofcio ou a requerimento da parte ou do Ministrio Pblico, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o nmero de pessoas que possam estar presentes.

    2 As audincias, as sesses e os atos pro-cessuais, em caso de necessidade, podero realizar-se na residncia do juiz, ou em ou-tra casa por ele especialmente designada.

    Art. 793. Nas audincias e nas sesses, os ad-vogados, as partes, os escrives e os especta-dores podero estar sentados. Todos, porm, se levantaro quando se dirigirem aos juzes ou quando estes se levantarem para qualquer ato do processo.

    Pargrafo nico. Nos atos da instruo cri-minal, perante os juzes singulares, os advo-gados podero requerer sentados.

    Art. 794. A polcia das audincias e das sesses compete aos respectivos juzes ou ao presidente do tribunal, cmara, ou turma, que podero de-terminar o que for conveniente manuteno da ordem. Para tal fim, requisitaro fora pbli-ca, que ficar exclusivamente sua disposio.

    Art. 795. Os espectadores das audincias ou das sesses no podero manifestar-se.

    Pargrafo nico. O juiz ou o presidente far retirar da sala os desobedientes, que, em caso de resistncia, sero presos e autua-dos.

    Art. 796. Os atos de instruo ou julgamento prosseguiro com a assistncia do defensor, se o ru se portar inconvenientemente.

    Art. 797. Excetuadas as sesses de julgamento, que no sero marcadas para domingo ou dia feriado, os demais atos do processo podero ser praticados em perodo de frias, em domingos e dias feriados. Todavia, os julgamentos iniciados em dia til no se interrompero pela superve-nincia de feriado ou domingo.

    Art. 798. Todos os prazos correro em cartrio e sero contnuos e peremptrios, no se inter-rompendo por frias, domingo ou dia feriado.

    1 No se computar no prazo o dia do co-meo, incluindo-se, porm, o do vencimen-to.

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    2 A terminao dos prazos ser certifi-cada nos autos pelo escrivo; ser, porm, considerado findo o prazo, ainda que omi-tida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que comeou a correr.

    3 O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se- prorrogado at o dia til imediato.

    4 No correro os prazos, se houver im-pedimento do juiz, fora maior, ou obstcu-lo judicial oposto pela parte contrria.

    5 Salvo os casos expressos, os prazos cor-rero:

    a) da intimao;

    b) da audincia ou sesso em que for pro-ferida a deciso, se a ela estiver presente a parte;

    c) do dia em que a parte manifestar nos au-tos cincia inequvoca da sentena ou des-pacho.

    Art. 799. O escrivo, sob pena de multa de cin-quenta a quinhentos mil-ris e, na reincidncia, suspenso at 30 (trinta) dias, executar dentro do prazo de dois dias os atos determinados em lei ou ordenados pelo juiz.

    Art. 800. Os juzes singulares daro seus des-pachos e decises dentro dos prazos seguintes, quando outros no estiverem estabelecidos:

    I de dez dias, se a deciso for definitiva, ou interlocutria mista;

    II de cinco dias, se for interlocutria sim-ples;

    III de um dia, se se tratar de despacho de expediente.

    1 Os prazos para o juiz contar-se-o do termo de concluso.

    2 Os prazos do Ministrio Pblico contar--se-o do termo de vista, salvo para a inter-posio do recurso (art. 798, 5).

    3 Em qualquer instncia, declarando mo-tivo justo, poder o juiz exceder por igual tempo os prazos a ele fixados neste Cdigo.

    4 O escrivo que no enviar os autos ao juiz ou ao rgo do Ministrio Pblico no dia em que assinar termo de concluso ou de vista estar sujeito sano estabelecida no art. 799.

    Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juzes e os rgos do Ministrio Pblico, responsveis pelo retardamento, perdero tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na contagem do tempo de servio, para o efeito de promoo e aposentadoria, a perda ser do do-bro dos dias excedidos.

    Art. 802. O desconto referido no artigo antece-dente far-se- vista da certido do escrivo do processo ou do secretrio do tribunal, que de-vero, de ofcio, ou a requerimento de qualquer interessado, remet-la s reparties encarre-gadas do pagamento e da contagem do tempo de servio, sob pena de incorrerem, de pleno di-reito, na multa de quinhentos mil-ris, imposta por autoridade fiscal.

    Art. 803. Salvo nos casos expressos em lei, proibida a retirada de autos do cartrio, ainda que em confiana, sob pena de responsabilida-de do escrivo.

    Art. 804. A sentena ou o acrdo, que julgar a ao, qualquer incidente ou recurso, condenar nas custas o vencido.

    Art. 805. As custas sero contadas e cobradas de acordo com os regulamentos expedidos pela Unio e pelos Estados.

    Art. 806. Salvo o caso do art. 32, nas aes in-tentadas mediante queixa, nenhum ato ou dili-gncia se realizar, sem que seja depositada em cartrio a importncia das custas.

    1 Igualmente, nenhum ato requerido no interesse da defesa ser realizado, sem o prvio pagamento das custas, salvo se o acusado for pobre.

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    2 A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz, importar renncia diligncia reque-rida ou desero do recurso interposto.

    3 A falta de qualquer prova ou diligncia que deixe de realizar-se em virtude do no--pagamento de custas no implicar a nuli-dade do processo, se a prova de pobreza do acusado s posteriormente foi feita.

    Art. 807. O disposto no artigo anterior no obs-tar faculdade atribuda ao juiz de determinar de ofcio inquirio de testemunhas ou outras diligncias.

    Art. 808. Na falta ou impedimento do escrivo e seu substituto, servir pessoa idnea, nomeada pela autoridade, perante quem prestar com-promisso, lavrando o respectivo termo.

    Art. 809. A estatstica judiciria criminal, a car-go do Instituto de Identificao e Estatstica ou reparties congneres, ter por base o boletim individual, que parte integrante dos processos e versar sobre:

    I os crimes e as contravenes praticados durante o trimestre, com especificao da natureza de cada um, meios utilizados e cir-cunstncias de tempo e lugar;

    II as armas proibidas que tenham sido apreendidas;

    III o nmero de delinquentes, menciona-das as infraes que praticaram, sua nacio-nalidade, sexo, idade, filiao, estado civil, prole, residncia, meios de vida e condies econmicas, grau de instruo, religio, e condies de sade fsica e psquica;

    IV o nmero dos casos de co-delinqun-cia;

    V a reincidncia e os antecedentes judici-rios;

    VI as sentenas condenatrias ou abso-lutrias, bem como as de pronncia ou de impronncia;

    VII a natureza das penas impostas;

    VIII a natureza das medidas de segurana aplicadas;

    IX a suspenso condicional da execuo da pena, quando concedida;

    X as concesses ou denegaes de habeas corpus.

    1 Os dados acima enumerados consti-tuem o mnimo exigvel, podendo ser acres-cidos de outros elementos teis ao servio da estatstica criminal.

    2 Esses dados sero lanados semestral-mente em mapa e remetidos ao Servio de Estatstica Demogrfica Moral e Poltica do Ministrio da Justia.

    3 O boletim individual a que se refere este artigo dividido em trs partes desta-cveis, conforme modelo anexo a este Cdi-go, e ser adotado nos Estados, no Distrito Federal e nos Territrios. A primeira parte ficar arquivada no cartrio policial; a se-gunda ser remetida ao Instituto de Iden-tificao e Estatstica, ou repartio cong-nere; e a terceira acompanhar o processo, e, depois de passar em julgado a sentena definitiva, lanados os dados finais, ser enviada ao referido Instituto ou repartio congnere.

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    MATERIAL DE APOIO

    1 - Fatos: so acontecimentos que se do na sociedade.

    2 - Fatos jurdicos: so os fatos naturais que interessam ao Direito.

    3 - Atos processuais: so aqueles que se do durante o processo.

    4 - Atos das partes: postulatrios, Instrutrios, Reais e Dispositivos.

    6 - Distino entre deciso interlocutria e definitiva.

    7 - Limites de lugar: art. 792, CPP.

    8 - Forma: idioma, escrito e publicidade.

    9 - Prazos: diversos.