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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Prof. Pablo Cruz Atos Probatórios Parte 4

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Page 1: DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR · Capacidade para ser testemunha Art. 351. Qualquer pessoa poderá ser testemunha. Declaração da testemunha Art. 352. A testemunha deve declarar

DIREITO

PROCESSUAL

PENAL MILITAR

Prof. Pablo Cruz

Atos Probatórios

Parte 4

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ATOS PROBATÓRIOS

Militar de patente superior

Parágrafo único. Se a testemunha fôr militar de patentesuperior à da autoridade notificante, será compelida acomparecer, sob as penas do § 2º do art. 347, porintermédio da autoridade militar a que estiverimediatamente subordinada.

Dispensa de comparecimento

Art. 350. Estão dispensados de comparecer para depor:

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ATOS PROBATÓRIOS

a) o presidente e o vice-presidente da República, osgovernadores e interventores dos Estados, os ministrosde Estado, os senadores, os deputados federais eestaduais, os membros do Poder Judiciário e doMinistério Público, o prefeito do Distrito Federal e dosMunicípios, os secretários dos Estados, os membros dosTribunais de Contas da União e dos Estados, o presidentedo Instituto dos Advogados Brasileiros e os presidentesdo Conselho Federal e dos Conselhos Secionais da Ordemdos Advogados do Brasil, os quais serão inquiridos emlocal, dia e hora prèviamente ajustados entre êles e ojuiz;

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ATOS PROBATÓRIOS

b) as pessoas impossibilitadas por enfermidade ou porvelhice, que serão inquiridas onde estiverem.

Capacidade para ser testemunha

Art. 351. Qualquer pessoa poderá ser testemunha.

Declaração da testemunha

Art. 352. A testemunha deve declarar seu nome, idade,estado civil, residência, profissão e lugar onde exerceatividade, se é parente, e em que grau, do acusado e doofendido, quais as suas relações com...

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ATOS PROBATÓRIOS

...qualquer dêles, e relatar o que sabe ou tem razão desaber, a respeito do fato delituoso narrado na denúncia ecircunstâncias que com o mesmo tenham pertinência,não podendo limitar o seu depoimento à simplesdeclaração de que confirma o que prestou no inquérito.Sendo numerária ou referida, prestará o compromisso dedizer a verdade sôbre o que souber e lhe fôr perguntado.

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ATOS PROBATÓRIOS

Dúvida sôbre a identidade da testemunha

§ 1º Se ocorrer dúvida sôbre a identidade da testemunha,o juiz procederá à verificação pelos meios ao seu alcance,podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desdelogo.

Não deferimento de compromisso

§ 2º Não se deferirá o compromisso aos doentes edeficientes mentais, aos menores de quatorze anos, nemàs pessoas a que se refere o art. 354.

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ATOS PROBATÓRIOS

Contradita de testemunha antes do depoimento

§ 3º Antes de iniciado o depoimento, as partes poderãocontraditar a testemunha ou argüir circunstâncias oudefeitos que a tornem suspeita de parcialidade ou indignade fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e aresposta da testemunha, mas só não lhe deferirácompromisso ou a excluirá, nos casos previstos noparágrafo anterior e no art. 355.

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ATOS PROBATÓRIOS

Após o depoimento

4º Após a prestação do depoimento, as partes poderãocontestá-lo, no todo ou em parte, por intermédio do juiz,que mandará consignar a argüição e a resposta datestemunha, não permitindo, porém, réplica a essaresposta.

Inquirição separada

Art. 353. As testemunhas serão inquiridas cada umade per si , de modo que uma não possa ouvir odepoimento da outra.

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ATOS PROBATÓRIOS

Obrigação e recusa de depor

Art. 354. A testemunha não poderá eximir-se daobrigação de depor. Excetuam-se o ascendente, odescendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda quedesquitado, e o irmão de acusado, bem como pessoa que,com êle, tenha vínculo de adoção, salvo quando não fôrpossível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a provado fato e de suas circunstâncias.

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ATOS PROBATÓRIOS

Proibição de depor

Art. 355. São proibidas de depor as pessoas que, emrazão de função, ministério, ofício ou profissão, devamguardar segrêdo, salvo se, desobrigadas pela parteinteressada, quiserem dar o seu testemunho.

Testemunhas suplementares

Art. 356. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouviroutras testemunhas, além das indicadas pelas partes.

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ATOS PROBATÓRIOS

Testemunhas referidas

§ 1º Se ao juiz parecer conveniente, ainda que não hajarequerimento das partes, serão ouvidas as pessoas a queas testemunhas se referirem.

Testemunha não computada

§ 2º Não será computada como testemunha a pessoa quenada souber que interesse à decisão da causa.

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ATOS PROBATÓRIOS

Manifestação de opinião pessoal

Art. 357. O juiz não permitirá que a testemunhamanifeste suas apreciações pessoais, salvo quandoinseparáveis da narrativa do fato.

Caso de constrangimento da testemunha

Art. 358. Se o juiz verificar que a presença do acusado,pela sua atitude, poderá influir no ânimo de testemunha,de modo que prejudique a verdade do depoimento, faráretirá-lo, prosseguindo na inquirição, com a presença doseu defensor. Neste caso, deverá constar da ata dasessão a ocorrência e os motivos que a determinaram.

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ATOS PROBATÓRIOS

Expedição de precatória

Art. 359. A testemunha que residir fora da jurisdição dojuízo poderá ser inquirida pelo auditor do lugar da suaresidência, expedindo-se, para êsse fim, carta precatória,nos têrmos do art. 283, com prazo razoável, intimadas aspartes, que formularão quesitos, a fim de seremrespondidos pela testemunha.

Sem efeito suspensivo

§ 1º A expedição da precatória não suspenderá ainstrução criminal.

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ATOS PROBATÓRIOS

Juntada posterior

§ 2º Findo o prazo marcado, e se não fôr prorrogado,poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, acarta precatória, uma vez devolvida, será junta aosautos.

Precatória a juiz do fôro comum

Art. 360. Caso não seja possível, por motivo relevante, ocomparecimento da testemunha perante auditor, a cartaprecatória poderá ser expedida a juiz criminal decomarca onde resida a testemunha ou a esta sejaacessível, observado o disposto no artigo anterior.